Ainda se lembram do Império desenvolvido pela PAIC/PEMA como contrapartida pela modernização dos P-3? (
PAIC presents Imperio SP1 at Farnborough) Pois bem, o projecto acabou em Dezembro do ano passado e o site da PEMA diz que o projecto custou cerca de 98 milhões de euros.
(Deve ser erro, espero eu.)
Entretanto, a X Aerosystem, que foi criada para gerir o projecto já conseguiu um financiamento do QREN (#24563) para o «DESENVOLVIMENTO DE AEROESTRUTURAS DE UAV PARA APLICAÇÃO CIVIL».
Relativamente a estes programas todos (PITVANT, ANTEX-M, e companhia), tão cedo não vamos ver a FAP com UAVs 100% operacionais. Estes programas não passam de boas intenções. Sim, a FAP ganha
know-how a operar UAVs e na investigação de sistemas e a indústria ganha experiência e financiamento. Mas ao final do dia o que é realmente ganho? Continuamos sem um UAV operacional e muito atrasados em comparação a outros países.
Grande parte das empresas portuguesas envolvidas acabam é por serem subcontratadas para trabalhar em produtos de outras empresas estrangeiras e os investigadores das universidades e dos institutos ou vão trabalhar para essas empresas, ou para outras empresas fora do país, ou simplesmente ficam a dar aulas nas universidades e nunca acabam por fazer um produto final. Sem falar que os israelitas e as outras empresas já têm grande parte do mercado sobre o controlo deles. Alguém acha mesmo que uma empresa portuguesa vai conseguir criar um UAV estilo Heron ou Predator que consiga competir com aqueles gajos?
O
know-how que a FAP precisa para operar aeronaves não tripuladas podia ser também "facilmente" ganho ao adquirir-se uma vez por todas um sistema
off-the-shelf que também incluí-se o treino dos operadores.
A ver o que vai acontecer com o fim do PITVANT em 2015...
Entretanto, deixo aqui um artigo de 2011:
Unmanned Aircraft Systems: contibutos para uma visão estratégica.
Cumprimentos,