Programa de substituição do C-130

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Lightning

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #750 em: Junho 09, 2017, 09:51:56 am »
Quando estávamos metidos no A400M e no NH-90 também não houve concurso nenhum (fazíamos parte do consórcio de construção), para os NPO Viana do Castelo também não houve, deve ser se existir participação da industria portuguesa não é preciso, se for tudo feito no exterior já deve ser preciso.
« Última modificação: Junho 09, 2017, 09:54:03 am por Lightning »
 

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mafets

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #751 em: Junho 09, 2017, 11:25:08 am »
Quando estávamos metidos no A400M e no NH-90 também não houve concurso nenhum (fazíamos parte do consórcio de construção), para os NPO Viana do Castelo também não houve, deve ser se existir participação da industria portuguesa não é preciso, se for tudo feito no exterior já deve ser preciso.
As Pandur também foram feitas em Portugal e vieram de concurso público. A alegação do Conselho de Ministros como critério para o ajuste directo à Embraer é a seguinte:
Citar
Em comunicado, o Governo justificou a opção destacando a “importância estratégica que a indústria aeronáutica pode desempenhar para o desenvolvimento económico nacional, enquanto indústria de elevado valor acrescentado com capacidade para estimular e valorizar o investimento em inovação” e “dinamizar a criação de redes de empresas de base tecnológica”.

Citar
Curiosamente, a eliminação da Steyr foi defendida no concurso público internacional, em Novembro de 2004 pela Comissão Técnica do Exército, por não satisfazer os requisitos essenciais e por o fabricante nunca ter comprovado o nível de protecção da blindagem, nos testes efectuados em Portugal.
          Nos mesmos testes a STEYR utilizou um motor Cummings ISL 405, com cerca de 400cv, considerado insuficiente para suportar o peso do blindado, quando na proposta final indicava um motor de 450cv.

Em paralelo, foi acordado com a STEYR um contrato de contrapartidas no valor de 516 milhões de Euros, entre as quais, a instalação nos blindados do sistema de comunicações interna P/ICC 201 e o sistema de comunicações tácticas P/GRC 525 de concepção e fabrico nacional (EID), que já foram consumadas.
          A linha de produção iniciou-se em Novembro de 2006, com a inclusão de componentes portugueses (electrónica, software e cablagem), correspondendo a 80% das viaturas da versão de transporte de tropas e ambulância, nas instalações da empresa A.R.B. FABREQUIPA, Lda, detentora de uma licença para fabricar o veículo, em virtude da aquisição da empresa Gestão de Operações Metalomecânicas, parceira da STEYR.




https://barcoavista.blogspot.pt/2009/12/blindados-anfibios-pandur-ii_22.html

Entretanto no Brasil: http://www.aereo.jor.br/2017/06/08/portugal-inicia-negociacao-para-compra-de-cinco-kc-390-para-substituir-c-130/
Citar
O Governo decidiu hoje avançar com a compra de cinco aeronaves KC-390, com opção de mais uma, autorizando a abertura de um processo negocial com a Embraer para a aquisição das aeronaves que vão substituir os aviões C-130

Segundo uma resolução aprovada hoje em Conselho de Ministros, foi autorizado o início das negociações com a Embraer, Defesa e Segurança, S.A, para a aquisição de cinco aeronaves KC-390, com opção de mais uma, e um simulador de voo (fullflight simulador CAT D) para a instalação e operação em território nacional”.

A resolução não indica valores ou prazos.

As aeronaves irão substituir os aviões C-130 da Força Aérea Portuguesa e poderão ser usadas para o transporte e lançamento de cargas e tropas, reabastecimento aéreo, busca e resgate e ainda a valência de combate a incêndios.

A possibilidade de o KC-390 poder ser utilizado no combate direto a incêndios é uma vertente que interessa em particular ao Governo português, tendo em conta a possibilidade de a Força Aérea vir a participar nessas missões.

Em comunicado, o Governo justificou a opção destacando a “importância estratégica que a indústria aeronáutica pode desempenhar para o desenvolvimento económico nacional, enquanto indústria de elevado valor acrescentado com capacidade para estimular e valorizar o investimento em inovação” e “dinamizar a criação de redes de empresas de base tecnológica”.

Portugal está envolvido no projeto do KC-390 através do CEIIA (desenvolvimento e testes) e das unidades da Embraer no país: a OGMA, em Alverca, e as fábricas de Évora (construção de componentes).

Fonte do Ministério da Defesa adiantou à Lusa que as negociações com a Embraer serão dirigidas pelo ministro da Defesa, Azeredo Lopes, que constituirá uma equipa com representantes dos ministérios das Finanças, da Economia e da Ciência e Ensino Superior.

No prazo de três meses, o grupo de trabalho “acordará com a Embraer os termos e as condições técnicas e financeiras da aquisição das aeronaves, estabelecendo os montantes máximos de financiamento”, programação financeira e calendário, segundo o ministério da Defesa.

As negociações incluirão a “sustentação logística” das aeronaves, com as configurações técnicas e operacionais específicas definidas pela Força Aérea.

Cumprimentos
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Lightning

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #752 em: Junho 09, 2017, 12:26:38 pm »
As Pandur também foram feitas em Portugal e vieram de concurso público.

Tem que se ver a lei, não sei isso em pormenor. Mas a fábrica das Pandur só foi instalada em Portugal depois do concurso que decidiu o vencedor, antes não havia nada.
 

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mafets

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #753 em: Junho 09, 2017, 12:54:01 pm »
Provavelmente será isto:
Citar
Critérios materiais – qualquer valor (art.º 23º a 27 e 31º, n.º 3)
http://www.base.gov.pt/mediaRep/inci//files/base_docs/CCP_Ajuste_directo.pdf
Citar
O ajuste direto é um procedimento pré-contratual através do qual a entidade adjudicante convida diretamente uma ou várias entidades à sua escolha a apresentar uma proposta. O CCP permite que a entidade adjudicante convide apenas uma única entidade e não estabelece qualquer limite máximo de entidades a convidar.

http://www.base.gov.pt/Base/pt/CodigoDosContratosPublicos/Procedimentos

https://nca.tecnico.ulisboa.pt/gestao-das-aquisicoes/tipos/ajuste-directo/

Saudações
« Última modificação: Junho 09, 2017, 12:59:03 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #754 em: Junho 09, 2017, 01:07:59 pm »
Parabéns!

Fizeram uma excelente aquisição.
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #755 em: Junho 09, 2017, 01:23:10 pm »
Parabéns!

Fizeram uma excelente aquisição.

Foi mais uma decisão eminentemente política, mandando literalmente "à fava" os requisitos operacionais. Se tivesse sido pela NSPA não teria vindo cá parar de certeza, e não com nações como a França e Alemanha a optarem recentemente pela compra do C-130J. Não coloco em causa que o KC-390 venha a ser a médio prazo um excelente aparelho de transporte táctico, porém preferia que tivesse já alguma rodagem antes de aterrar em Portugal e fossem conhecidas as suas reais capacidades.

Não é só a aeronave que vem, é toda uma cadeia de logística e know-how que irá mudar radicalmente ao fim de 40 anos, daí que o passo intermédio para o C-130J fosse o mais aconselhado como tanto se tem escrito. O povão vai papagueando o que dizem os políticos, que é uma aeronave com metade de participação nacional, o que é uma patranha tão grande quanto aquela que nos venderam em 2011 de que estávamos a viver acima das nossas possibilidades. Embora não seja novidade virmos a operar meios aéreos que ainda se encontram na sua infância (por exemplo, Alouette III e C-212, que depois de superados os seus problemas iniciais se tornaram nos sistemas de armas que conhecemos), esta aquisição é um autêntico tiro no escuro. 
« Última modificação: Junho 09, 2017, 01:52:02 pm por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #756 em: Junho 09, 2017, 02:02:23 pm »
A ficarem por este preço, era mais uma razão em favor da escolha pelo C-130J que neste momento está estimado em 80M€ a unidade.

Citar
(...) Segundo o Expresso apurou, o custo dos novos cinco ou seis KC-390, que deverão substituir os velhinhos C-130 (Hércules), nunca será inferior a 350 milhões de euros, podendo mesmo alcançar 500 milhões ou 600 milhões. Tal verba excede largamente o orçamento da Defesa e mais ainda da LPM, a lei onde se inscrevem as compras dos equipamentos militares. Para 2017, a dotação atribuída à Defesa foi de €2185 milhões, a da LPM de €250 milhões.

Essa questão obriga o Governo a fazer cálculos de engenharia financeira, que podem passar por uma espécie de “joint-venture” de vários ministérios, partilhando o custo da aquisição dos aviões, atendendo às suas diversas funcionalidades, tal como o Expresso já noticiou. Essa solução permitiria também fazer passar mais facilmente a compra entre os parceiros do Governo.

http://expresso.sapo.pt/politica/2017-06-08-Governo-aprova-negociacoes-para-compra-de-novos-avioes-militares
« Última modificação: Junho 09, 2017, 02:05:00 pm por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #757 em: Junho 09, 2017, 02:33:00 pm »
Já estou como o Lightning. A vir o Kc390, não será antes de 2030  ;D :P . Ainda antes fazem um ajuste directo a 6 Super Tucano  :P :jok:

Já agora, é desta que vamos ter reabastecedor? Já que não dá para os F16, pelo menos para os Merlin  :) ;)


Cumprimentos

P.S. Até lá penso que a marinha portuguesa ficará por aqui:  max1x1 :nice:

 
« Última modificação: Junho 09, 2017, 02:45:37 pm por mafets »
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Vitor Santos

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #758 em: Junho 09, 2017, 04:18:31 pm »
Parabéns!

Fizeram uma excelente aquisição.

Foi mais uma decisão eminentemente política, mandando literalmente "à fava" os requisitos operacionais. Se tivesse sido pela NSPA não teria vindo cá parar de certeza, e não com nações como a França e Alemanha a optarem recentemente pela compra do C-130J. Não coloco em causa que o KC-390 venha a ser a médio prazo um excelente aparelho de transporte táctico, porém preferia que tivesse já alguma rodagem antes de aterrar em Portugal e fossem conhecidas as suas reais capacidades.

Não é só a aeronave que vem, é toda uma cadeia de logística e know-how que irá mudar radicalmente ao fim de 40 anos, daí que o passo intermédio para o C-130J fosse o mais aconselhado como tanto se tem escrito. O povão vai papagueando o que dizem os políticos, que é uma aeronave com metade de participação nacional, o que é uma patranha tão grande quanto aquela que nos venderam em 2011 de que estávamos a viver acima das nossas possibilidades. Embora não seja novidade virmos a operar meios aéreos que ainda se encontram na sua infância (por exemplo, Alouette III e C-212, que depois de superados os seus problemas iniciais se tornaram nos sistemas de armas que conhecemos), esta aquisição é um autêntico tiro no escuro.

Tem vossas razões e bons argumentos que, acredite, eu os entendo. Porém ainda persisto na ideia de que a FAP estará muito bem servida em termos de transporte tático com o KC-390.

Port falar nisso:


KC 390 | Water Spray Test
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #759 em: Junho 09, 2017, 06:31:40 pm »
Se isto der para o torto... quem fica na lama é a FAP. Se houver atrasos e aumento dos custos por unidade, não sei até que ponto não compensaria arranjar uns A-400.

Para termos reabastecedor a FAP teria que adquirir os pods para a função, e visto o número de aeronaves da FAP que aceitam aquele tipo de reabastecimento, terei as minhas dúvidas.
De momento apenas os EH101 operam o dito sistema na FAP, certo? Já que os nossos C-295 não receberam a "agulha".

Será que o KC-390 conseguiria reduzir a sua velocidade de modo a acompanhar um EH101 para o reabastecer de forma segura?
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #760 em: Junho 09, 2017, 10:05:41 pm »
Fizeram uma excelente aquisição.
isso só poderá ser dito depois da aeronave ser testada operacionalmente e ainda não o foi.

É como quando compramos um carro novo.
Dizemos que é uma excelente compra pois está todo bonito e reluzente e com aquele cheirinho a novo no interior.
Mas depois de algum tempo passa a vida na oficina...
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #761 em: Junho 09, 2017, 10:14:13 pm »
Parabéns!

Fizeram uma excelente aquisição.

A ver vamos, a ver vamos, por o carro á frente dos bois não dá lá muito resultado !!
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #762 em: Junho 09, 2017, 11:10:13 pm »
Estou a ver que é só "vendedores" da Airbus por aqui!
Até querem que compremos um avião que para além de estar sobrevalorizado (em vários milhões), quase todas as forças aéreas que os operam estão a tentar vender grande parte deles e comprar outro tipo de avião. Porque será?

Sabemos que é um avião novo que não têm provas dadas, mas todos eles no principio eram assim e então se olharmos para o A400 demora a dar provas e a resolver os problemas.

Não sejam como os velhos do Restelo!
« Última modificação: Junho 09, 2017, 11:15:03 pm por oi661114 »
 
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #763 em: Junho 09, 2017, 11:27:45 pm »
Estou a ver que é só "vendedores" da Airbus por aqui!
Até querem que compremos um avião que para além de estar sobrevalorizado (em vários milhões), quase todas as forças aéreas que os operam estão a tentar vender grande parte deles e comprar outro tipo de avião. Porque será?

Sabemos que é um avião novo que não têm provas dadas, mas todos eles no principio eram assim e então se olharmos para o A400 demora a dar provas e a resolver os problemas.

Não sejam como os velhos do Restelo!

Para não falar que o A400 custa o dobro (fora os problemas).
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #764 em: Junho 10, 2017, 12:20:30 am »
Estou a ver que é só "vendedores" da Airbus por aqui!
Até querem que compremos um avião que para além de estar sobrevalorizado (em vários milhões), quase todas as forças aéreas que os operam estão a tentar vender grande parte deles e comprar outro tipo de avião. Porque será?

Sabemos que é um avião novo que não têm provas dadas, mas todos eles no principio eram assim e então se olharmos para o A400 demora a dar provas e a resolver os problemas.

Não sejam como os velhos do Restelo!

Não aqui é mais "vendedores" da Lockheed ;D, mas piadas à parte existe um problema que não tem nada a haver com as capacidades técnicas do avião ou da empresa que o fabrica e que ainda pode provocar o descarrilamento do projecto mesmo nesta fase avançada.

O C-130J deu montes de problemas ao Reino Unido mas como este era o país fabricante dos motores, aguentou uma década de situações difíceis ao nível das operações da RAF até a situação ficar resolvida.

O Airbus A400 é a novela que se sabe, mas o consórcio de países europeus que o encomendou manteve-o à tona embora  cada vez com menos paciência para as "estórias" da AIRBUS

O cliente principal e até anteontem o único cliente confirmado é o brasileiro, e confiar que com os problemas que o Brasil tem ele se irá manter fiel ao projecto se aparecerem situações que obriguem a um aumento substancial do investimento previsto para os resolver é capaz de ser pedir de mais.

Pelo menos este velho do Restelo gostava de ver o avião a fazer um milhar ou dois de horas de voo em operações e ver os dados sobre os custos de manutenção/hora de voo resultantes para poder fazer uma escolha com conhecimento de causa. Isto de ser beta tester e pagar pelo privilégio não é para um país com o orçamento da defesa de Portugal.

Cumprimentos,

Ps: A acreditar na publicidade eu até acho que o avião é superior ao C-130J, mas sem a certificação dessas performances não é possível comprová-lo.