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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Força Aérea Portuguesa => Tópico iniciado por: Ricardo Nunes em Outubro 02, 2004, 04:00:57 pm

Título: Aberto concurso para a substituição dos Aviocar
Enviado por: Ricardo Nunes em Outubro 02, 2004, 04:00:57 pm
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"Portas Lança Concurso para Substituição dos Aviocar"
Sábado, 02 de Outubro de 2004

O ministro da Defesa, Paulo Portas, assinou ontem o lançamento do concurso para o fornecimento de 12 aviões de transporte táctico, que substituirão os Aviocar já com 30 anos. Cinco destes aparelhos serão só para fiscalização marítima. O orçamento previsto para esta compra é de cerca de 356,811 milhões de euros.

A Força Aérea dispõe de 24 Aviocar, que estão divididos ao longo do país, embora nem todos estejam ainda operacionais. A maior parte encontra-se em Sintra, mas também voam a partir da base das Lajes e dos Açores. Um destes aviões está permanentemente em São Tomé e Príncipe, numa acção de cooperação militar. Servem essencialmente para fiscalizar as águas territoriais e recolher informação fotográfica. Transportam no máximo 16 pessoas e são uma espécie de irmão mais pequeno dos Hércules C-130, aviões de grande porte para transporte de tropas que serão também substituídos, mas mais tarde.

Os aviões que agora irão ser comprados terão uma maior capacidade de carga e maior autonomia de vôo. Podem levar até 40/60 militares.

A escolha do Governo deverá ser entre o C-295 da EADS/CASA e o C-27J da Alenia pois são os únicos aviões, até agora, que preenchem os requisitos da Força Aérea. As propostas podem ser apresentadas até 15 de Dezembro e o Ministério da Defesa escolherá, no máximo, quatro concorrentes para passar à fase de negociações.

De acordo com o despacho para lançamento do concurso, a adjudicação será feita "tendo em conta os seguintes factores, por ordem decrescente de importância: aspectos relativos a custos; índice de satisfação global e aspectos relativos a contrapartidas".

Maior taxa de execução da LPM

Portas anunciou ontem que a Lei de Programação Militar (LPM) terá este ano a maior taxa de execução de sempre, ultrapassando os 68 por cento de 2003. O anúncio foi feito durante a cerimónia de assinatura do contrato-programa para a produção de 1200 rádios tácticos para o Exército, que serão feitos pela indústria de defesa portuguesa e terão um custo de 50 milhões de euros. Com este projecto, Portugal poderá responder à NATO "Response Force" em 2006 com o factor equipamento. Os rádios chegarão ao Exército no próximo ano. H.P. "

in "Publico" 02/10/2004
Título:
Enviado por: JNSA em Outubro 02, 2004, 10:42:59 pm
Boa notícia. Espero que este programa avance depressa, e não se torne em mais uma telenovela...

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Cinco destes aparelhos serão só para fiscalização marítima.


Curioso por duas razões:
- em primeiro lugar, desconheço que exista alguma versão de fiscalização marítima do C-27J. Mas isso não deve ser problema: não é uma plataforma muito diferente de outros aviões de transporte convertidos para essa missão
- em segundo lugar, é uma redução considerável do número de aeronaves de transporte (que esperemos, seja compensada por outros meios), e um aumento do número de aeronaves de fiscalização marítima (o que é bom, até porque vamos ter menos um P-3 Orion.
Título:
Enviado por: FFAP em Outubro 03, 2004, 11:54:22 am
Boas


  A FAP possui 5 aeronaves de patrulha maritima, duas C-212-300 e 3 C-212-100 modificados, logo é troca de 5 por 5, só não percebo é o que vão fazer com os C-212-300 que são relativamente novos, vieram em 93/94, na minha opinião acho que deveriam ser mantidos no activo.
Título:
Enviado por: Spectral em Outubro 03, 2004, 02:08:54 pm
Não se poderia transferir os equipamentos de vigilância marítima (radares, FLIR ?)  dos C-212-300 para os novos aparelhos, e de seguida vender estes C-212-300 que por serem relativamente novos, de 93/94, ainda têm algum mercado ?
Título:
Enviado por: papatango em Outubro 03, 2004, 03:34:42 pm
Notei a questão dos C-212-300 e dos aviões de vigilância marítima.

E há um assunto sobre o qual gostaría de ouvir opiniões.

Na comparação que fiz, entre o CASA C-295 e o C-27J, resultou uma clara superioridade do avião da Lockeed.

A superioridade do C-27J, tem especialmente a ver com a sua vertente de avião de transporte. Portanto, o C-27J ganha ao CASA C-295 em práticamente tudo. Chega mais longe, transporta mais carga, e transporta veículos ligeiros, o que para avião de transporte é crucial.

Já na questão de avião de vigilância, tenho duvidas sobre as vantagens do C-27J sobre o C-295.

Uma das maiores diferenças entre as duas aeronaves, é o seu peso em vazio. Ou seja, no chão, sem combustível, o C-295 pesa pouco mais de metade do peso do C-27J, que é uma aeronave mais robusta e feita de raiz a pensar no transporte militar.

Para avião de vigilância marítima, o C-27J é muito mais pesado, e consome muito mais que o C-295, porque entre outras coisas, tem que carregar com quase vinte toneladas de peso do próprio avião. Aliás, esta grande diferença é a principal razão de o C-27J ter motores muito mais potentes que o C-295.

Cinco dos doze aviões a adquirir, significa 42% da frota. Ou seja, o C-27J, é mais caro (mas é melhor para transporte militar) mas é demasiado grande e pesado (17 toneladas), para andar de um lado para o outro sobre o mar, apenas com equipamentos electrónicos e uma tripulação reduzida.

A minha tese:
O C-27J, não é o melhor avião para patrulha marítima e gasta demais. Será provavelmente demasiado caro (especulação minha) para a função.

O CASA C-295 é superior ao C-27J para a função de patrulha. É mais leve e, para carregar relativamente pouca carga (equipamentos electrónicos), serve tanto, ou melhor que o avião da Lockeed.

A situação fica complicada, porque,  se o concurso fosse apenas para um avião de transporte, o C-27J ganhava destacado (quase sem contestação), mas quase metade da frota destina-se a uma função em que o C-27J não ganha com a mesma vantagem.

Confesso que a escolha ficou complicada. Opiniões e argumentos são bem vindos.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: lf2a em Outubro 03, 2004, 04:54:07 pm
Olá a todos,
Parece-me que a notícia do Público poderá (como já é habitual) incluir alguma especulação jornalística. Como actualmente a FAP possui 5 C-212 para patrulha marítima assumiram que também serão destacados 5 dos novos aparelhos para a mesma missão.
Quanto a mim parece me que faz mais sentido (se é que isso tem alguma importância nas nossas FA :twisted: ) um dos dois seguintes cenários:

1- Os 12 novos aparelhos virão substituir apenas os C-212-100 de transporte puro (19 unidades) mantendo se as células mais recentes (os 3 que actualmente fazem patrulha com os C-212-300) durante mais alguns anos até poderem ser substituídos por aeronaves dedicadas do tipo ERJ-145 ou outro qq.

2- Os 12 novos aparelhos virão substituir todos os C-212-100 (22 unidades) mas a FAP manterá ainda os C-212-300. Assim apenas terão de destacar 3 dos novos aviões para a função de patrulha. Como estes terão uma autonomia de vôo de cerca do dobro da dos C-212 poderão até apenas ser necessários 2 a juntar aos 2 C-212-300 para desempenhar satisfatóriamente essa missão.

O que vos parece?

Cmpts,
LF2A
Título: MDN e as 12 aeronaves de transporte.
Enviado por: tsahal em Outubro 04, 2004, 10:19:27 pm
O lancamento do concurso foi inclusive lancado atraves do JN. Esta atitude deve ser para dar a conhecer o lancamento de concursos para a aquisicao de equipamentos junto da populacao em geral.
Título:
Enviado por: Luso em Outubro 05, 2004, 12:46:34 pm
Lf2a, o cenário que descreve parece-me ser o mais realista e provável. A ver vamos.
Título:
Enviado por: JLRC em Outubro 05, 2004, 02:18:53 pm
lf2

O seu primeiro cenário parece-me o mais lógico. Eu não li o texto do lançamento do concurso público, por isso não sei se vinha lá alguma referência à patrulha marítima. Alguém sabe?
Na minha opinião o ideal seria fazerem-se dois concursos. Um para a vertente transporte e nesse caso o melhor (na minha opinião), seria o C27J, sobretudo se optarmos pelo C-130 J. O outro concurso seria para aviões de patrulha marítima, para complementarem os novos P-3C e neste caso não tenho opinião formada, balançando-me entre o CASA C-295 e o Embraer ERJ-145. Se por acaso comprássemos o Embraer AEW então optaría pelo ERJ-145, substituindo também os Falcon por Embraer.
Cumptos
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Outubro 05, 2004, 02:37:53 pm
É preciso diferenciar situações. São conceitos parecidos de nome mas com implicações bastante diferentes na realidade.
Os C-212-300 e C-212-100 modificados não são aeronaves de patrulha marítima, mas sim aeronaves de fiscalização.
Um avião de patrulha implica uma autonomia elevada e uma capacidade ofensiva para ambiente marítimo. Os  CN-212-300/100 não têm capacidade de, por ex, detecção e combate a um submarino.
Título:
Enviado por: JLRC em Outubro 05, 2004, 03:38:03 pm
Citação de: "Ricardo Nunes"
É preciso diferenciar situações. São conceitos parecidos de nome mas com implicações bastante diferentes na realidade.
Os C-212-300 e C-212-100 modificados não são aeronaves de patrulha marítima, mas sim aeronaves de fiscalização.
Um avião de patrulha implica uma autonomia elevada e uma capacidade ofensiva para ambiente marítimo. Os  CN-212-300/100 não têm capacidade de, por ex, detecção e combate a um submarino.


Completamente de acordo Ricardo. Talvez não me tivesse explicado bem. O que eu queria dizer era que se fizesse um concurso para aviões de transporte e nesse caso poderíamos avançar para o C-27J, e que se fizesse outro para aviões de vigilância marítima (CASA C-295, ERJ-145 ou outro), para complementar os P-3C, esses sim, de patrulha marítima. Aliás, dado o estado actual da ameaça submarina, parece-me que 5 P-3C são suficientes, complementados por um número razoável de aviões de vigilância marítima para controlarem a nossa ZEE e a futura plataforma continental. Por vêzes os termos vigilância e patrulha marítima confundem-se e eu não me preocupei muito com eles, peço desculpa.
Cumptos
Título:
Enviado por: OPCOM em Outubro 05, 2004, 04:51:48 pm
Boas.
Pessoal, acho que este concurso de aquisição dos novos aviões de transporte se destina apenas a substituir a frota de 19 C212-100 de transporte, ficando os C212-300 que têm apenas 10 anos para o SIFICAP, não sei se vão manter os outros 2 100 ou não, já que é precisso não esquecer que 2 dos Merlin vão ser dedicados para o SIFICAP também. Portanto 5 P3 para patrulha e 3/5 C212 e mais dois EH101 para vigilancia não me parece nada mau.
Para transporte 6 C130 + 12 CJ27, já começa a parecer um FAP a sério, So faltava os 2 C17..... Isso já era outra história.
Para transporte dos nossos VIP, acho que deviamos trocar os Falcon 50 pelos C212-100 ou mesmo pelos FTB337, dado a qualidade dos nossos governates ficava equiparado.
Título: JN.
Enviado por: tsahal em Outubro 05, 2004, 09:19:39 pm
No anuncio do MDN do JN vem la preto no branco 12 aeronaves de transporte com a possivel aquisicao de 5 para patrulha maritima.

O que da 7 para transporte e 5 para patrulha maritima. Penso que os C212-300 Patrullero poderao vir a ser vendidos ou mantidos.
Título:
Enviado por: Luso em Outubro 05, 2004, 09:36:36 pm
"No anuncio do MDN do JN vem la preto no branco 12 aeronaves de transporte com a possivel aquisicao de 5 para patrulha maritima. "

Ou seja, 17 aeronaves??
Título:
Enviado por: lf2a em Outubro 06, 2004, 12:04:23 am
Caro Tsahal,
Se o que efectivamente está escrito é:
Citar
12 aeronaves de transporte com a possivel aquisicao de 5 para patrulha maritima.

então penso que o Luso tem razão. Ou seja confirmam a vinda de 12 unidades para transporte e ainda a possibilidade de mais 5 para vigilância marítima.

Cmpts,
LF2A
Título: re:
Enviado por: p_shadow em Outubro 06, 2004, 04:24:35 am
"No anuncio do MDN do JN vem la preto no branco 12 aeronaves de transporte com a possivel aquisicao de 5 para patrulha maritima.

O que da 7 para transporte e 5 para patrulha maritima. Penso que os C212-300 Patrullero poderao vir a ser vendidos ou mantidos."


Isto é o mesmo que dizer que o C-295 já ganhou......  :roll:



Cumptos
Título:
Enviado por: emarques em Outubro 06, 2004, 11:44:59 am
Eu estou com o Luso e o lf2a. "12 de transporte com a possível aquisição de 5 para patrulha marítima" dá 17 aviões.

Por outro lado, o JLRC também tem razão, ninguém nos obriga a comprar transportes e aviões SIFICAP do mesmo modelo. Se há vantagens em operar o C-27J para transporte e o C-295 para vigilância marítima, porque não fazê-lo?
Título: JN.
Enviado por: tsahal em Outubro 06, 2004, 07:18:44 pm
Segundo o anuncio vao ser adquiridas 12 aeronaves. Entre estas doze, poderao ser adquiridas 5 de patrulha maritima.

como disse, poderemos ter 7 de transporte e 5 de patrulha maritima. O MDN nao disse que 5 serao de patrulha maritima, apenas mencionou que poderao ser caso de haver uma mudanca de atitude durante as negociacoes. Foi no JN de Sabado ou Domingo. Nao me recordo em que dia foi concretamente.
Título: JN.
Enviado por: tsahal em Outubro 06, 2004, 07:21:21 pm
Eu concordo e sem duvida que vai ser escolhido o C295M. Mas nunca dois de modelo diferente. Nunca podera acontecer isso. Nem pode, nem deve.
Título:
Enviado por: emarques em Outubro 06, 2004, 08:44:46 pm
Bem, se realmente dizia que eram 12 no total, então compreendo que não se possam operar dois modelos diferentes. Estou à procura no site do JN a ver se encontro qualquer coisa.

Entretanto, algo que não tinha reparado na notícia da execução da LPM e dos rádios:

Citar
Entre as vantagens dos aparelhos, destaca-se a "interoperabilidade do Exército e da Marinha em operações conjuntas. Os rádios tácticos serão compatíveis com as futuras viaturas blindadas de rodas, que em 2005 deverão substituir os chaimites".


Será que agora as VBR só são mesmo para substituír as chaimites, ou o Sr. Portas não sabe muito bem para que é que as vão comprar?
Título: JN.
Enviado por: tsahal em Outubro 07, 2004, 12:00:18 am
Duvido que os anuncios dos concursos do MDN sejam colocados no site do JN. Lembro que o P/GRC 525 nao vai ser construido em Portugal, como anunciou varias vezes o MD, este equipamento vai apenas ser montado pela EID. Aproveito para dizer que a EID vai apresentar esta semana na Defendory 2004 um novo sistema de comunicacao interno para VBRs e segundo sei o MDN quer ver este equipamento nas VBRs que serao adquiridas. Este sistema tem o nome de P/ICC 201 e nao aparece no site da EID.
Título: JN.
Enviado por: tsahal em Outubro 07, 2004, 12:04:06 am
Mesmo que o numero de aeronaves fosse maior, seria um grande erro adquirir duas aeronaves diferentes. Nunca seria cometido esse erro. Penso eu.
Título:
Enviado por: Moi em Outubro 15, 2004, 11:02:33 pm
Pelo que entendi são 12 unidades, das quais 5 estarão entregues exclusivamente a tarefas marítimas.

De facto, parece-me pouco, mas dentro daquilo a que se tem assistido.

Se assim for, o C-295 parace ganhar vantagem, o que me parece acertado.
Continuo a achar estranho, e não provado, que o C-295 não consiga «encaixar» um veículo ligeiro, quando até um EH101 com «jeitinho» o faz...

Além do mais, o C-295 com as suas 9 toneladas de carga tem como função substituir o C-130 em missões mais ligeiras (lançamento de pára-quedistas e carga, missão para a qual transporta mais palete de carga), levando-me a fazer a pergunta: Para que é que, neste cenário, o C-295 precisaria de levar um UMM (ex.)?

Penso que o Aviocar marítimo também não deverá manter-se na FAP, visto ser um número reduzido, por sua vez revelando-se caro e difícil de manter logisticamente.
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Outubro 15, 2004, 11:10:09 pm
Citação de: "Moi"
Penso que o Aviocar marítimo também não deverá manter-se na FAP, visto ser um número reduzido, por sua vez revelando-se caro e difícil de manter logisticamente.


Não concordo.
Logisticamente a tarefa encontra-se facilitada. Os conhecimentos estão adquiridos, as tripulações treinadas e teremos 22 aeronaves para canibalizar se necessário. Porquê desperdicar estas 2 aeronaves tão valiosas?  :roll:
É deitar dinheiro à rua.
Título:
Enviado por: Moi em Outubro 15, 2004, 11:25:04 pm
Ñão sei se será assim se não, se calhar é o que vai acontecer quando se der baixa dos C-212, o que não impede que estes continuem no activo até à vinda dos novos aviões. Algo que ainda deverá demorar alguns anos.

Seja como fôr, até que ponto será justificável do ponto de vista das capacidades das aeronaves manter duas unidades que foram ultrapassadas pelos novos modelos?
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Outubro 15, 2004, 11:33:09 pm
Caro Moi,

O equipamento electrónico presente nos CN-212-300 é bastante recente.
E esse é o factor importante. De um ponto de vista operacional vigiar um arrastão com um CN-295 ou CN-212 é igual, o essencial é o material electrónico necessário ao desempenho dessa função.  :wink:
Título:
Enviado por: papatango em Outubro 16, 2004, 12:07:21 am
Atenção que o C-295 pode levar uma viatura tipo UMM, Land Cruiser ou Land Rover, que são veículos ligeiros.

O que não pode transportar são veículos do tipo do HUMVEE, ou dos PANHARD VBL.

Não comparação possível entre um avião feito para as forças armadas e uma versão civil adaptada para uso militar.

No entanto, como já disse, reconheço que o C-27J não é adequado para patrulha maritima, pelo que para ter que escolher, considerando a patrulha maritima, a escolha devería recair sobre o C-295, porque é o unico que pode fazer as duas coisas, embora em termos de transporte militar esteja limitado.

Ao mesmo tempo também acho que o C-295 é demasiado grande para substituir o C-212-100 na patrulha marítima. Os C-212-300 como disse o Ricardo Nunes, são relativamente recentes.

Acho de qualquer forma que alguém anda a fazer mal as contas, porque com os EH-101, os C-212-300 e mais C-295 de patrulha maritima, acho que íamos ficar com patrulhas a mais. (ou se calhar talvez não).

Cumprimentos
Título: JN
Enviado por: tsahal em Outubro 16, 2004, 09:49:35 am
Volto a repetir o que disse. O MDN apenas vai adquirir 12 aeronaves de transporte e de estas 12 aeronaves, 5 poderao ser de patrulha maritima.

Esta tudo preto no branco.

Se alguem estiver interessado na LPM para a Marinha, que entre em contacto cmg por mail. Estive esta semana no workshop da DANOTEC.

Sabiam que os fuzos estao a testar o MBDA Mistral, o Thales Startreak, o RBS 70 e o Stinger?
Título:
Enviado por: Luso em Outubro 16, 2004, 12:18:44 pm
Com o Starstreak também poderiam destruir carros de combate...
Título:
Enviado por: Spectral em Outubro 16, 2004, 02:06:02 pm
Mas como o exército já tem Stingers, talvez fizesse sentido uma certa uniformização...
Título:
Enviado por: papatango em Novembro 11, 2004, 08:16:20 pm
Está no site websamba/areamilitar uma nova versão da comparação entre o Lockeed C-27J e o CASA C-295, feita á luz de algumas duvidas que entretanto me foram referidas.

Desta vez, tratámos de dar notas aos dois aviões, segundo vários quesitos,  para ver qual ganhava.

Qualquer dos dois modelos, supera enormemente o actual AVIOCAR, no entanto há cada vez mais razões para acreditar que a decisão não será técnica, mas sim politica (aliás como sempre)

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Luso em Novembro 21, 2004, 12:00:19 pm
Primeiro queria dar os meus parabéns pelo artigo que podemos encontrar na Área Militar. Em seguida queria pergunta se seria assim tão difícil transformar um C27 em plataforma de vigilância. A Guarda Costeira dos EUA usa C130 portanto não vejo porque não fazer o mesmo com outro avião semelhante mas mais pequeno...
Título:
Enviado por: Spectral em Novembro 21, 2004, 01:05:51 pm
Difícil não deve ser, mas teríamos que pagar o custo da integração dos equipamentos electrónicos na aeronave, ou seja o desenvolvimento de uma nova versão.

Hoje em dia, estas tarefas são bastante morosas e caras, devido a todas os diferentes equipamentos que é preciso juntar num único sistema. Então se for preciso desenvolver software específico...
 Além que depois certamente se seguiria uma fase de testes...
Título:
Enviado por: papatango em Novembro 21, 2004, 10:19:31 pm
Acrescentando ao que disse o Spectral, há ainda o problema do peso. Técnicamente é possivel fazer do C-27J um avião de patrulha, mas como se trata de um avião muito potente, porque tem que ser mais potente, para carregar mais 50% de carga máxima (30 Toneladas contra 20 do C-295) acaba sendo mais gastador em termos de consumo de combustivel.

O LOCKEED/ALENIA C-27J pesa 17 Ton, contra menos de 10 Ton do avião da EADS/CASA. Portanto, mesmo voando vazio, ele consumirá bastante mais.

É a diferença entre um Land Rover e um HUMVEE. Aquilo (o HUMVEE) bebe que nem um camelo num oasis. Mas alguém duvida da superioridade (genérica) do HUMVEE sobre o Land Rover?

No entanto, há que dizer que mesmo o C-295 não deixa de ser um bom avião. Não é um AVIOCAR, quando entendido como um avião que se destinava ao campo de batalha, é um avião de apoio logístico, não um avião que se possa referir como "battlefield tactical transport ", mas dá para o gasto.  Além de tudo isto, parece que será mais barato.

No entanto, a Lockeed tem os seus trunfos.
Não deixa de ser uma briga engraçada.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: typhonman em Novembro 23, 2004, 01:30:17 pm
Caros amigos, fala-se nos mentideros que o escolhido vai ser o C27J.
Segundo me avançou um oficial que trabalha na AFA.
Segundo o mesmo o C130J também vem a caminho,a não ser que se opte por modernizar os 6 actuais e se comprem 2 C17, esta ultima opção também não esta fora da mesa.
A ver vamos..  :o
Título:
Enviado por: soultrain em Dezembro 19, 2004, 01:20:09 pm
"Os fabricantes aeronáuticos EADS (através da espanhola CASA) e a Alenia (Itália) entregaram ao Ministério da Defesa propostas de substituição dos Aviocar da Força Aérea Portuguesa que variam entre os 288 milhões de euros e os 349 milhões de euros, revelaram ao DN fontes governamentais.

As propostas foram abertas na quinta-feira, tendo motivado de imediato a contestação da CASA (relativamente à candidatura adversária) - que a comissão do concurso «considerou improcedente», garantiram as fontes.

Em causa está a substituição dos 24 aviões de transporte táctico que complementam a frota dos Hércules C-130H. Os modelos a concurso são o C-27J da Alenia e o C-295 da CASA. Ambos os construtores apresentaram duas propostas a primeira envolve o fornecimento de 12 aparelhos (que a Alenia propõe por 288 milhões de euros e a CASA por 310 milhões de euros); a segunda apenas sete para transporte militar e mais cinco para o desempenho específico de missões de vigilância marítima (que os italianos vendem por 336 milhões de euros e os espanhóis por 349 milhões de euros). É a preferida por Lisboa.

Segundo as mesmas fontes, o protesto da CASA visava «explicar» a diferença de preços relativamente à proposta da Alenia.

A Lei de Programação Militar consagra 350 milhões de euros para o programa de substituição dos Aviocar. Da escolha do novo modelo depende a opção pelo substituto dos actuais Hércules C-130H, segundo os especialistas, pois existe complementaridade técnica e operacional entre o C-27J e o Hércules C-130J (dos EUA), bem como entre o C-295 e o A400-M (da EADS, candidata à privatização das OGMA)."

in DN online 2004/12/18

http://dn.sapo.pt/2004/12/18/nacional/f ... _mari.html (http://dn.sapo.pt/2004/12/18/nacional/fap_ter_cinco_avioes_vigilancia_mari.html)
Título:
Enviado por: papatango em Dezembro 19, 2004, 10:26:30 pm
Esta é uma notícia curiosa, nomeadamente porque um dos pontos negativos do C-27J é de facto o preço. Toda a gente diz que o C-27J é muito bom, e claramente superior ao C-295 como avião militar, mas que é demasiado caro.

A confirmar-se é de facto uma noticia interessante, que tornará, do meu ponto de vista a opção pelo C-27J mais lógica ainda.

Há ainda que realçar que há muito mais características comuns entre o C-27J e o C-130 que entre o C-295 e o A-400.

Pese embora o facto de eu ainda não estar esclarecido sobre qual será de facto a melhor opção. C-130(J?) ou A-400.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: JNSA em Dezembro 28, 2004, 09:13:27 pm
Citar
Ministério da Defesa deixa próximo Governo decidir substituição Aviocar
O Ministério da Defesa vai deixar para o próximo Governo, saído das legislativas de Fevereiro, a decisão sobre a escolha do fornecedor do novo avião de transporte táctico e vigilância marítima que vai substituir o Aviocar.

Fonte oficial do ministério afirmou à agência Lusa que, dado que a fase de avaliação das propostas teve início este mês, o concurso não poderá ser concluído antes de 20 de Fevereiro, quando cessam as competências de gestão do actual Governo.

Contudo, a fonte adianta que o ministério deixará pronto para o próximo Governo o relatório preliminar da comissão de avaliação das propostas dos concorrentes, EADS-Casa e Alenia.

A Lei de Programação Militar (LPM) consagra uma verba de 356,8 milhões de euros para a substituição dos 24 Aviocar da década de 70, complementares da capacidade global de transporte de pessoas e carga da Força Aérea.

Segundo fonte ligada ao processo, a Alenia apresentou a proposta mais baixa - 336 milhões de euros por 12 aparelhos C-27J, sete de transporte militar e cinco para vigilância marítima.

Pelo mesmo pacote de aviões C-295, a EADS-CASA pede 349 milhões de euros.

As avaliações feitas até ao momento pela comissão de avaliação de propostas dão vantagem à da EADS, que deverá ser expressa no relatório preliminar sobre o concurso, revelou à Lusa fonte ligada ao processo.

A EADS tem uma participação de um por cento no consórcio vencedor da privatização da OGMA, quase integralmente detido pelo fabricante aeronáutico brasileiro Embraer.

O caderno de encargos do concurso de substituição dos Aviocar prevê que a escolha seja feita pela vantagem económica da proposta, tendo em conta custos, índice de satisfação global e contrapartidas, por ordem decrescente de importância.

A actual frota de C-212 Aviocar está distribuída por três esquadras de voo, das quais a maior é a 502, de transporte aéreo e táctico, que também executa missões de busca e salvamento, a partir da Base Aérea 1 de Sintra.

A Força Aérea dispõe de uma outra esquadra (711) com missão de transporte, sedeada na base das Lajes, Açores, e de uma de fotografia aérea e geofísica e Sistema de Fiscalização e Controlo das Actividades de Pesca (401).

Agência LUSA


fonte: http://www.rtp.pt/index.php?article=145314&visual=16