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Indústrias de Defesa e Tecnologia Militar => Indústrias de Defesa => Tópico iniciado por: Cabeça de Martelo em Abril 22, 2009, 03:19:54 pm

Título: O que se poderia ter feito em Portugal...
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 22, 2009, 03:19:54 pm
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MKE

Alexandre Beraldi

A Makina ve Kimya Endüstrisi Kurumu (MKE), empresa estatal turca para a produção de armamentos equivalente à nossa IMBEL, compareceu a LAAD2009 apresentando in loco uma grande variedade de armas leves produzidas pela empresa, desde cópias de famosas pistolas, tais como a italiana Beretta 92F e a tcheca CZ 75, até uma cópia da famosa metralhadora de emprego geral alemã MG3 (a famosa MG42 da 2ª Guerra Mundial transformada para o calibre 7,62x51mm OTAN), passando por toda a linha de submetralhadoras e fuzis de assalto roller-lockers da Heckler und Koch., produzidos de maneira licenciada naquele país.

Em posição de destaque no estande se encontrava o fuzil de assalto T50. Este produto é, na realidade, uma reedição do conhecido Heckler und Koch HK33, bem conhecido por estas bandas por se tratar do fuzil de assalto padrão da infantaria da Força Aérea Brasileira. O T50, na forma apresentada na LAAD2009, na verdade traduz-se num HK33 com algumas modificações que objetivam torná-lo uma arma mais atual, mas que não chegam o ponto de aproximá-lo do excelente Heckler und Koch G41.

O T50 tem um comprimento de 920mm e um cano de 390mm, pesando 3,6kg vazio. Funciona através do conhecido sistema de trancamento do ferrolho por roletes (roller-lock) empregado pela grande maioria das armas produzidas pela Heckler und Koch até meados da década de 90 do século passado, sendo alimentado por um carregador de polímero translúcido com capacidade de 30 cartuchos com construção e características muito similares àquelas dos carregadores utilizados pelo fuzil de assalto H&K G36, contando, inclusive, com o sistema de encaixes que permite que se prendam os carregadores lado a lado (stacking). Ele emprega o conhecido seletor de tiro SEF característico das submetralhadoras MP5 de primeira geração e a tradicional alavanca de manejo posicionada na lateral superior esquerda, logo acima do cano, fazendo uso também do conhecido sistema de miras com alça do tipo tambor giratório com quatro posições para diferentes alcances (100, 200, 300 e 400m) e massa fixa protegida "ghost ring". Os detalhes que lhe emprestam um ar de modernidade são o trilho Picatinny localizado sobre a caixa de culatra, que permite o emprego de diversos sistemas de miras óticas diurnas e noturnas, e a coronha fixa com regulagem de comprimento idêntica à do fuzil de assalto HK416. Fica evidente a ausência de alguns detalhes já presentes no antigo G41, e que tornavam esta arma superior ao HK33, tais como o botão de trancamento auxiliar, que permite que seja feito o trancamento do ferrolho manualmente quando sob condições extremas, a tampa da janela de ejeção, que mantém o mecanismo mais protegido dos elementos externos, o retém do ferrolho, que faz com que o ferrolho permaneça aberto após o último disparo do carregador, além do módulo seletor de tiro com as posições segurança, semi-automático, burst e automático.

Até aí não parece uma grande novidade em termos de fuzil de assalto: apenas um HK33 fabricado sob licença na Turquia com algumas poucas modificações para aproximá-lo das armas da atual geração. Mas tudo muda de figura quando descobrimos que a referida arma está sendo oferecida para ser produzida sob licença pela ARES do Brasil, juntamente com a cópia licenciada da submetralhadora Heckler und Kock MP-5 A3, para atender ao eventual programa de substituição dos fuzis FAL do Exército Brasileiro.

Os preços anunciados pela MKE são de US$ 1.200,00 para o T50 e US$ 1.000,00 para a MP-5 A3, ou seja, metade do que se pagaria pelos originais fabricados na Alemanha


Crédito das fotos: Alexandre Beraldi


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi224.photobucket.com%2Falbums%2Fdd141%2Fcmbv79%2Fforum%2FIMG_1058.jpg&hash=38158d83e5d919175adbc8af31ede615)
Lateral direita do fuzil de assalto T50.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi224.photobucket.com%2Falbums%2Fdd141%2Fcmbv79%2Fforum%2FIMG_1061.jpg&hash=02ff6d4dfc9a27b27965dba9f48f9638)
Lateral esquerda do fuzil de assalto T50.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi224.photobucket.com%2Falbums%2Fdd141%2Fcmbv79%2Fforum%2FIMG_1063.jpg&hash=4cb2abd855f74e2b05ad070728a38b88)
Fuzil de assalto T50 e submetralhadora MP-5 A3, armas da MKE a serem produzidas no Brasil pela ARES.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi224.photobucket.com%2Falbums%2Fdd141%2Fcmbv79%2Fforum%2FIMG_1066.jpg&hash=b9ee7376b13846672fcf8c0d97fdd7c4)
Pistola Yavuz 16 Regard, cópia da italiana Beretta 92F.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi224.photobucket.com%2Falbums%2Fdd141%2Fcmbv79%2Fforum%2FIMG_1067.jpg&hash=d47841c68707495180532579ddd5c7ce)
Pistola Yavuz 16 Bora, uma interessante versão da Beretta 92F com a parte superior do ferrolho fechada.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi224.photobucket.com%2Falbums%2Fdd141%2Fcmbv79%2Fforum%2FIMG_1072.jpg&hash=60a1c309d022de1f5793e3821f0d5e04)
Fuzis de assalto G3 fabricados pela MKE.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi224.photobucket.com%2Falbums%2Fdd141%2Fcmbv79%2Fforum%2FIMG_1073.jpg&hash=7de83472e8cbe58dcbd06af3c5c4649e)
Metralhadora MG3 fabricada pela MKE.


 :arrow: http://www.defesanet.com.br/01_lz/laad2 ... 20_mke.htm (http://www.defesanet.com.br/01_lz/laad2009/090420_mke.htm)
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 22, 2009, 03:24:29 pm
Agora já é tarde demais, a maquinaria foi vendida a uma empresa Norte-Americana e preparamo-nos para receber uma nova espingarda-automática (será para breve?), que será construida no estrangeiro. Vamos gastar o dinheiro e iremos ajudar outro país a manter os postos de trabalho por lá.

É pena... :(
Título:
Enviado por: P44 em Abril 23, 2009, 10:28:49 am
bem vindo a Portugal...
Título:
Enviado por: papatango em Maio 20, 2009, 07:58:04 pm
Por acaso não se podia ter feito por uma razão.

O exército turco, chegou a contar com 500.000 homens e o numero de efectivos que ainda hoje mantém justificaria a existência de uma ou mais industrias de armas ligeiras.

Uma linha de montagem tem que funcionar permanentemente e não apenas quando o exército do país precisa de fazer uma encomenda. Não podemos parar a linha de montagem quando a encomenda é fornecida.

O tamanho das forças armadas turcas, não só o exército como as forças militarizadas é tal que justifica o investimento nas linhas de montagem e na modernização das armas, porque isso permite após o fornecimento do último lote, começar um novo ciclo para substituir novamente as armas mais antigas.

Não devemos esquecer a dimensão do país que temos.
Muitas industrias como a Turca, nunca poderiam existir se não fosse o mercado interno.
Título:
Enviado por: JLRC em Maio 20, 2009, 10:20:37 pm
Eu penso que deveríamos anular o concurso das armas ligeiras e entrar em conversações com a FN e fazer um ajuste directo para comprar a SCAR e a MINIMI que seriam fabricadas na fábrica da FN em Portugal.
Título:
Enviado por: papatango em Maio 20, 2009, 10:57:21 pm
seria uma opção com alguma lógica, considerando a existência de uma linha de montagem.
Mas estaria a linha de montagem adaptada para produzir esses modelos ou seria necessária uma nova linha de montagem ?

Nesse caso, a arma ficaria mais cara por causa disso, criavam-se mais alguns postos de trabalho que depois tinham que ser desativados com o fim da encomenda.

A industria militar está numa situação complicada em toda a Europa

Ainda há dias no Prós e Contras da RTP se falava nisso. A Europa está completamente dependente dos Estados Unidos e paga muito pouco pela sua defesa, dependendo absolutamente dos Estados Unidos.
Além de gastar relativamente pouco dinheiro com a defesa, a multiplicação de programas entre todos os países da Europa acaba tornando o investimento ainda menos produtivo.
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Maio 20, 2009, 11:09:12 pm
De facto, os EUA dominam as indústrias de defesa. No entanto, nós (europeus) também temos tido sucesso em vários equipamentos. Um dos casos é a britânica BAE Systems que é a 2º ou 3º maior empresa mundial ligada à indústria; se bem que uma parte significativa das vendas seja para a américa do norte.
do mesmo modo, o Reino Unido tem a  2º ou 3º maior ind. de defesa mundial.

Quanto aos programas dos vários países de Europa, tem-se vindo a endereçar isso através do seguinte: http://en.wikipedia.org/wiki/European_d ... rocurement (http://en.wikipedia.org/wiki/European_defence_procurement)
Título:
Enviado por: oultimoespiao em Maio 22, 2009, 02:30:18 am
Citação de: "Chicken_Bone"
De facto, os EUA dominam as indústrias de defesa. No entanto, nós (europeus) também temos tido sucesso em vários equipamentos. Um dos casos é a britânica BAE Systems que é a 2º ou 3º maior empresa mundial ligada à indústria; se bem que uma parte significativa das vendas seja para a américa do norte.
do mesmo modo, o Reino Unido tem a  2º ou 3º maior ind. de defesa mundial.

Quanto aos programas dos vários países de Europa, tem-se vindo a endereçar isso através do seguinte: http://en.wikipedia.org/wiki/European_d ... rocurement (http://en.wikipedia.org/wiki/European_defence_procurement)


Conheco muito bem esta empresa, Ja tive muito envolvimento com ela! Alias ha duas fabricas aqui bem perto de mim e sei que ha muitos engenheiros portugueses a trabalhar para ela! O que eles fornecem as forcas armadas americanas tem que ser feito na america! Por isso penso que tem mais empregados na america que na GB
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Maio 22, 2009, 02:59:49 pm
Costumo lidar com a BAE, mas não a conheço bem. Só mais a sua organização (ou falta dela :D ).

Imagino que deva haver eng. portugueses a trabalhar para ela, pelo menos cá. No entanto, a entrada está um pouco limitada a quem consegue ter um nível de segurança.

Quanto às armas, há esse problema, já que os ameriqueines são uns maricas paranóicos. Lá têm o seu super ITAR, que é dificil de conhecer ou interpretar.
A nível de Defesa, parece que é quase sempre necessário ter um "nativo" encarregue dos projectos.
Título:
Enviado por: oultimoespiao em Maio 26, 2009, 01:39:21 am
Citação de: "Chicken_Bone"
Costumo lidar com a BAE, mas não a conheço bem. Só mais a sua organização (ou falta dela :D ).

Imagino que deva haver eng. portugueses a trabalhar para ela, pelo menos cá. No entanto, a entrada está um pouco limitada a quem consegue ter um nível de segurança.

Quanto às armas, há esse problema, já que os ameriqueines são uns maricas paranóicos. Lá têm o seu super ITAR, que é dificil de conhecer ou interpretar.
A nível de Defesa, parece que é quase sempre necessário ter um "nativo" encarregue dos projectos.


e?
Título:
Enviado por: Nuno Calhau em Maio 26, 2009, 02:24:30 pm
Citação de: "papatango"
Por acaso não se podia ter feito por uma razão.

O exército turco, chegou a contar com 500.000 homens e o numero de efectivos que ainda hoje mantém justificaria a existência de uma ou mais industrias de armas ligeiras.

Uma linha de montagem tem que funcionar permanentemente e não apenas quando o exército do país precisa de fazer uma encomenda. Não podemos parar a linha de montagem quando a encomenda é fornecida.

O tamanho das forças armadas turcas, não só o exército como as forças militarizadas é tal que justifica o investimento nas linhas de montagem e na modernização das armas, porque isso permite após o fornecimento do último lote, começar um novo ciclo para substituir novamente as armas mais antigas.

Não devemos esquecer a dimensão do país que temos.
Muitas industrias como a Turca, nunca poderiam existir se não fosse o mercado interno.




Concordo em parte com o seu ponto de vista.

Contudo, lembre-se que nós não necessitávamos ter de partir do zero (como agora iria acontecer com a pseudo reactivação da industria em Portugal), se os dirigentes políticos têm sabido lidar com a nossa indústria de armamento, aproveitando para o efeito toda a experiencia anterior, desenvolvendo novos produtos e encontrando novos mercados.
As exportações de material de guerra destinaram-se sempre à exportação, sendo o consumo interno o proveito desse fabrico para o exterior.

A título de exemplo, no ano de 1984 as exportações atingiram 83.7%, com o proveito de muitos milhares de milhões de escudos.
A países tão variados como surpreendentes...

Portanto esse sentimento de "tamanho" nada significa, basta observar o que se passa na Bélgica com um terço da nossa área geográfica.


Um abraço.
Título:
Enviado por: Three Of Five em Maio 29, 2009, 12:00:51 pm
Citação de: "papatango"
Por acaso não se podia ter feito por uma razão.

O exército turco, chegou a contar com 500.000 homens e o numero de efectivos que ainda hoje mantém justificaria a existência de uma ou mais industrias de armas ligeiras.

Uma linha de montagem tem que funcionar permanentemente e não apenas quando o exército do país precisa de fazer uma encomenda. Não podemos parar a linha de montagem quando a encomenda é fornecida.

O tamanho das forças armadas turcas, não só o exército como as forças militarizadas é tal que justifica o investimento nas linhas de montagem e na modernização das armas, porque isso permite após o fornecimento do último lote, começar um novo ciclo para substituir novamente as armas mais antigas.

Não devemos esquecer a dimensão do país que temos.
Muitas industrias como a Turca, nunca poderiam existir se não fosse o mercado interno.



Mais uma vez falta imaginação. Porque razão a indústria de armamento só pode produzir para o exército?  Existem forças como a PSP. GNR e Bombeiros que precisam constantemente de equipamento e por isso recorrem frequentemente à índústria civil com todas as suas desvantagens.  Penso que a indústria militar é estratégica para qualquer país e pode fácilmente ser reconvertida em indústria civil e vice versa, basta existir vontade para isso e não ceder aos mercenários da economia preocupados com o lucro imediato esquecendo quem vive dessa indústria, como já é hábito
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Maio 29, 2009, 12:25:03 pm
Bombeiros e policias com Espingardas-automáticas? Explique melhor a sua idéia para eu conseguir perceber.
Título:
Enviado por: Three Of Five em Maio 29, 2009, 12:50:29 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Bombeiros e policias com Espingardas-automáticas? Explique melhor a sua idéia para eu conseguir perceber.


Polícias, sim, porque não?  Os assaltantes já tem melhor armamento do que o que eles tem agora.......

Quanto aos bombeiros estva a pensar mais em viaturas de combate adaptadas...
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Maio 29, 2009, 02:23:50 pm
A PSP já não tem espingardas-automáticas excepto na UEP/GOE. Foi uma decisão tomada à anos.

Veiculos? Bem aí já são outros tantos e pelo que eu tenho visto à excepção de umas viaturas adaptadas da Mitsubichi, não estou a ver mais hipóteses na pouca industria automóvel em Portugal haver veiculos adaptáveis aos bombeiros.

Em Portugal o que não falta é empresas para adaptação de viaturas aos bombeiros:

 :arrow: http://www.guianet.pt/vcat/6660/viatura ... eiros.html (http://www.guianet.pt/vcat/6660/viaturas+e+equipamentos+para+bombeiros.html)
Título:
Enviado por: papatango em Maio 29, 2009, 07:05:49 pm
O que é que as exportações têm a ver para o caso ?

Que diacho de mercados de exportação eram esses, numa altura em que tinha caído o muro de Berlim, a União Soviética se tinha afundado e desmembrado, o Pacto de Varsóvia tinha desaparecido e o mercado internacional de armas estava inundado de armas a pataco ?

Durante os anos 90, podia-se comprar um tanque T-55 AM/2 pelo preço de um carro popular, ou seja mais ou menos 10.000 dolares americanos.
As AK-47 eram a pataco e vendiam-se em lotes por 20 dolares cada uma (com portes por conta do comprador).

Os países europeus tinham os seus mercados reservados e os países dos mercados alternativos estavam inundados de armas russas.

Para nós, é fácil criticar os políticos dez ou vinte anos depois de tomarem as decisões, mas eles têm que tomar as decisões na altura e não vários anos depois. Por isso correm o risco de cometer erros.

Acredito que ainda hoje, a opção foi do ponto de vista da lógica a mais razoável. O exemplo turco não procede porque se trata de um país com uma dimensão completamente diferente da nossa em termos de mercado para as armas ligeiras.

Não podemos ultrapassar a questão do mercado interno. O mercado externo existe, mas são sete cães a um osso. Os outros poderiam dar-se ao luxo de vender até abaixo do preço de custo, mas nós dependeríamos exclusivamente das exportações onde não teríamos qualquer lucro.
Título:
Enviado por: Nuno Calhau em Junho 01, 2009, 12:23:24 am
"O que é que as exportações têm a ver para o caso ?
 
Tudo!

"Que diacho de mercados de exportação eram esses, numa altura em que tinha caído o muro de Berlim, a União Soviética se tinha afundado e desmembrado, o Pacto de Varsóvia tinha desaparecido e o mercado internacional de armas estava inundado de armas a pataco ?"

Vou só utilizar um dos inumeros exemplos (relatório do Ministério da Defesa):

Entre 1984/1989 na guerra Irão vs Iraque; 154 milhões de euros de armamento vendido...

De entre o vasto role; Minas, Fardamento, Explosivos Plásticos, Rádios, G-3, AK-47(???),Granadas de mão e de mostreiro etc. etc.

Deste relatório, constam empresas como a Cometna (fabrico de bosmbas para a aviação iraniana), Fundição de Oeiras (Morteiros e obuses para os iranianos), SPEL (Explosivos plásticos, ambos os lados da fação) e INDEP (Tudo o resto incluindo armamento ligeiro e cartuchame etc etc. Ambos os oponetes).


"Para nós, é fácil criticar os políticos dez ou vinte anos depois de tomarem as decisões, mas eles têm que tomar as decisões na altura e não vários anos depois. Por isso correm o risco de cometer erros."

Mas para isso é que são eleitos, ou não, sendo assessorados pelas mais ilustres figuras nas determinadas áreas, ou assim devia ser!

 Apesar do desmembramento ocorrido anos depois, existiria sempre alguém na desposição de um contrato para todos vantajoso.
Se os "nossos" politicos passassem a ser mais responsabilizados (civilmente) pelos seus actos, actuariam com muito menos displicência.

Um Abraço.
Título:
Enviado por: papatango em Junho 01, 2009, 08:29:49 pm
Nuno Calhau ->

Quais eram os mercados no inicio dos anos 90 ?
A questão é essa.

A guerra Irão-Iraque é anterior ao problema. Durante a guerra Irão Iraque, ainda havia mercado para os países que produziam equipamentos menos sofisticados e fardamentos.
Nessa altura ainda não tinha desaparecido a União Soviética.

O problema localiza-se no final dos anos 80 e inicio dos anos 90. É a partir daí, que deixa de haver guerras e que os países da fragmentada União Soviética começam a colocar armamentos a pataco nos mercados internacionais.

No inicio dos anos 90, começa um aumento no nível de salários em Portugal, que veio tornar os produtos portugueses mais caros.

Um país não pode ter industrias de defesa à espera unicamente do mercado de exportação. Os casos que existem são pouco significativos e acabam por dar em falência.

Esta é a realidade objectiva da economia portuguesa e da economia internacional. Sem guerras, e com empresas que têm que pagar salários mais altos, como é que é possível sobreviver ?

A única hipótese é mudar de gama e passar para uma plataforma superior. Mas na área da defesa isso implica investimentos em tecnologia, que nós não estamos em condições de fazer.