FAP no prazo 2005/2011

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NVF

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« Responder #15 em: Julho 14, 2005, 03:16:39 am »
O problema nao foi a formacao em si, a ideia era positiva. Nem estou a discutir o descontrolo a que a ausencia de controlo conduziu — e quem estudou gestao, sabe perfeitamente que a receita para uma boa gestao, passa em grande medida pelo controlo.

A questao que tentei introduzir foi a das prioridades. E se a formacao era prioritaria, a Educacao deveria ter sido muito mais. E' verdade que nos anos de Cavaco Silva a Universidade conheceu uma grande expansao — o que foi muito positivo dado o grande atraso em que se encontrava —, mas este foi, em grande medida, 'a custa da criacao de universidades privadas e dos chamados cursos de papel e cantena. Mais uma vez, protegendo a 'industria' nacional do lucro rapido mas nao sustentado — o futuro o dira'.

Quando me refiro 'a Educacao, faco-o em sentido lato: basico, secundario e universitario. No final dos anos 80 tinhamos uma rede decente de escolas basicas e secundarias e a populacao juvenil ate ja' estava em decrescimento — parcialmente contrariado no final da era cavaquista e inicio da era guterrista — e poderia e deveria ter-se apostado na melhoria dessa rede e, principalmente, na qualificacao e na formacao dos professores.

Mas o que e' um facto e' que desde Veiga Simao, no inicio dos anos 70, nao houve uma reforma estruturada do ensino em Portugal. Tem havido algumas tentativas, mas parece que nao passam de experiencias, pois algumas nao duram mais que um ano lectivo e passa-se o tempo a alterar a designacao dos exames e ora se faz no oitavo, ora no nono e nao passamos disto. A politica de escolha de livros escolares deve ser a mais liberal do mundo, parecedo ate' que foi desenhada para eriquecer os livreiros e nao passamos disto.

A receita da Irlanda foi essa mesmo e depois e' que vieram os americanos com os seus investimentos, se nos tivessemos feito algo semelhante quem sabe quem viria investir aqui? E se eles estao uma ilha e nao tem a necessidade de criar infraestrutura viaria da mesma dimensao que a nossa, tiveram que criar a infraestrutura para os outros tipos de transporte.

E quanto ao turismo, a Irlanda — com somente 1/3 da polucao portuguesa  como o PT bem referiu — e uma area um pouco superior a 2/3 da nossa, teve em 2002 6,476 milhoes de visitantes. Nos tivemos, no mesmo ano, 11,666 milhoes. Aplicando uma regra de 3 simples, diria que os tipos tem uma industria turistica 50% superior 'a nossa.

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As generalizações não levam a lado nenhum.

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Mas crianças burras, são responsabilidade de todos nós.

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Não adianta criticar os de sempre, ELES, os POLITICOS. A culpa, está muito mais próxima.


Oh PT, devemos entao concluir que a sua generalizacao nao leva a lado nenhum?

Nao se zangue, estou so' a entrar consigo  :)
Talent de ne rien faire
 

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Cabeça de Martelo

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Ecónomia
« Responder #16 em: Julho 14, 2005, 12:28:24 pm »
Subscrevo tudo o que o Papatango disse
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Jorge Pereira

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« Responder #17 em: Julho 14, 2005, 03:44:18 pm »
Citação de: "soultrain"
Enquanto a classe politica não perceber, que a industria da defesa é o principal motor da tecnologia e do desenvolvimento no mundo, não vamos longe.


Eis uma frase que engloba um pensamento e uma linha de acção que ando a pregar a anos num deserto em que todos aqueles que deveriam decidir nesse sentido ou tentam faze-lo, são logo rotulados de belicistas. Mas esse é tema para outro tópico.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos