General Loureiro dos Santos alerta p/ desespero de militares

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Trafaria

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« Responder #30 em: Outubro 31, 2008, 06:55:19 pm »
Citação de: "Lightning"
Então confirma-se o que eu disse, os militares já há muitos anos que são esquecidos, há 20 anos atrás não havia crise...


Nada disso. Que me lembre sempre ganiram... só que larachas estupidas como as do Sr Loureiro nao eram ouvidas ou nao existima. Os militares tinham prestigio e juizo... eram mais respeitados.

Todos se lembravam bem que uma questão corporativa tinha acabado em golpe de estado.

Hoje nao. Se alguem ameaçar com golpe de estado o maximo que pode acontecer é o pais tremer devido à enorme gargalhada que isso provocaria na população em geral.
::..Trafaria..::
 

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Tiger22

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« Responder #31 em: Outubro 31, 2008, 07:17:09 pm »
Citação de: "Trafaria"
Ó senhor,
na organização judiciária portuguesa tambem existem auxiliares, amanuenses, oficiais de justiça, escrivães, secretários, secretários gerais, chefes de secção, chefes de departamento, directores, etc... uma hierarquia tão vasta quanto a dos militares.

Numa coisa lhe garanto, no tocante aos vencimentos a tropa ganha-lhes em muitos pontos especialmente no que toca aos postos mais baixos...
Pode crer que vai ter uma surpresa!

Aguardo, serenamente, que prove isto que diz. E de forma documentada. c34x

Continuando:

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Há poucos dias saiu no Jornal de Notícias um excelente trabalho sobre os deputados da Nação. Aconselho vivamente os meus leitores a seguirem o link anterior e a lerem essa matéria. Depois, voltem aqui para uma pequena comparação.
Contudo, para aqueles que não quiserem dar-se ao trabalho de ler o artigo, fiz um pequeno resumo que se traduz no seguinte:
No ano de 2008 um deputado aufere, mensalmente, de salário base, qualquer coisa como 3.708 €, ou seja, mais 77 € do que no ano anterior. O presidente da Assembleia da República recebe a módica quantia de 5.810 € e mais, para despesas de representação, 2.950 €.
Todos os deputados que residam fora da área de Lisboa e concelhos limítrofes recebem ajudas de custo, em cada dia que haja plenário, ou seja, 67, 24 € por dia — como há plenário, pelo menos, duas vezes por semana… Faça o leitor a conta! Mas se residir fora da área da cidade de Lisboa, tem um subsídio para pagamento de combustível no valor de 0,39 € por quilómetro e, se a sua residência for nas Regiões Autónomas, tem direito ao pagamento das viagens de ida e volta, na classe mais elevada do meio aéreo que utilizar, uma vez por semana. No restaurante da Assembleia da República os nossos deputados pagam um almoço pela módica quantia de 4,65 €.
Pois muito bem, tudo isto independentemente de idade e habilitações académicas. Mas não acabam aqui as vantagens de pertencer àquele corpo de elite!
Com 12 (note bem, caro leitor, doze) anos de serviço como deputado os nossos políticos e representantes passam a ter direito a um subsídio vitalício, quando atingirem a idade de 55 anos, no valor actual de cerca de 1.850 €… Nada mau!

Agora convido o leitor a olhar, muito por alto, para a situação dos militares.
Na impossibilidade de analisar toda a hierarquia, escolhi quatro postos para termo de comparação: tenente-general, coronel, capitão e 1.º sargento. Passemos, pois à análise.
Um tenente-general — tem direito a automóvel por conta do Estado, com condutor militar — representa o topo de uma carreira já excepcional, porque o comum é ela acabar em coronel (equivalente a comandante de um regimento… qualquer coisa como cerca de mil homens entre combatentes e não combatentes). Normalmente, só se atinge o posto de tenente-general depois de mais de 25 a 30 anos de serviço. Usualmente, tem direito a ser abonado do almoço por conta do Estado. Só muito raramente aufere subsídio para despesas de representação e ganha por mês — com ou sem subsídio da condição militar — respectivamente 3.936,53 € ou 4.537,50 €, se tiver todos os escalões de serviço. Tem, ele e todos os outros militares do quadro permanente, direito à reforma vitalícia, aos 65 anos de idade. Reforma que, por legislação recente, passará a ser liquidada pela Caixa Nacional de Pensões e não pela Caixa Geral de Aposentações, segundo uma fórmula que lhe baixa substancialmente o valor a receber por mês. Isto mesmo é, também, aplicado a todos os outros militares.
Passemos ao coronel. Para lá chegar terá de ter, em números mínimos, cerca de 20 anos de serviço, sendo compulsivamente passado à reserva aos 57 anos de idade — e, 5 anos depois, à reforma — se não tiver sido promovido a major-general!
Os coronéis auferem de soldo (é assim que se designa, correctamente, o pagamento de um oficial) — com ou sem subsídio de condição militar e no máximo escalão de tempo de serviço — respectivamente 3.173,39 € ou 3.622,48 €. E é aqui que começa o descalabro!
Então não é que, de remuneração base, um deputado, com ou sem experiência de espécie alguma, sem limite de idade, sem obrigações académicas, sem mais isto ou aquilo, recebe, em números redondos, mais 86 € do que o máximo que um coronel pode receber! Onde está a equidade? Onde pára a lógica? Sim, porque um coronel no escalão máximo de tempo de serviço já viveu muito, já passou muito, já andou com a casa de um lado para o outro muitas vezes e já, se calhar, arriscou a vida em diversas oportunidades — ou está disposto a fazê-lo!
Note o leitor o meu caso particular, que vem a propósito de várias outras mordomias que são dadas aos senhores deputados. Durante 15 anos estive colocado em duas unidades que distavam, ida e volta, 64 quilómetros da minha casa e nem um centavo recebi de compensação por levar a minha viatura pessoal e particular para o serviço… Nem nunca recebi, também, subsídio de deslocação da área da minha residência! Veja, caro leitor, quanto teria beneficiado se fosse deputado!
Escandaloso é que um capitão, a quem é exigido a aprovação num curso superior e o cumprimento de uma série de obrigações, vença, segundo os critérios já anteriormente referidos, entre 2.131,06 € ou 2.470,23 € e um 1.º sargento — peça humana fundamental para a boa articulação das ordens entre os escalões hierárquicos superiores e as praças — tenha de vencimento entre 1.391,16 € e 1.622,99 €.
Escandaloso é que um deputado com 12 anos de serviço ganhe o direito a um subsídio — para não lhe chamar pensão acumulável — de 50% do seu salário a receber a partir dos 55 anos de idade! Catorze anos estive eu até ser promovido a major, mais sete neste posto e outro tanto em tenente-coronel… Como eu muitos outros oficiais.
Passará pela cabeça dos senhores deputados o que sente um militar do quadro permanente quando olha para as mordomias que são atribuídas a esses representantes do Povo!
A um militar, a condição de o ser retira-lhe a capacidade de intervenção política e, até, grande parte dos direitos de cidadania. Aquilo que, do ponto de vista cívico é retirado aos militares é dado, quase sem limites, aos deputados; uns vivem uma vida para terem direito a uma mísera pensão, outros uma dezena de anos!

Saber-se-á que um jovem oficial do quadro permanente, ao fim de oito anos, repito, oito anos de serviço, se desejar desvincular-se da vida castrense é passado ao quadro de complemento e perde todas as regalias — das poucas que ainda restam — e deixa de poder receber a percentagem de pensão que lhe cabe por esse tempo?

Saber-se-á que existem deputados que nem formação académica universitária possuem — auferindo mensalmente mais do que um coronel — e que há sargentos do quadro permanente com licenciaturas e, até, mestrados concluídos?

Interiormente, sinto uma tremenda revolta contra o actual estado de coisas. Os políticos, todos os políticos sem excepção, compactuaram com a pouca vergonha do roubo público! Aprovam leis — e propõem-nas — que, em primeiro lugar, os favorecem e, depois, pedem sacrifícios à Nação. Como se pode exigir moralidade na vida pública se os imorais tomaram de assalto as cadeiras do Poder?
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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Edu

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« Responder #32 em: Outubro 31, 2008, 07:41:48 pm »
Ok suponhamos que se faz o golpe de estado como o general loureiro dos santos avisou que o passado se podia voltar a repetir: militares nas ruas, tanques nas ruas, o povo do lado dos militares (o que hoje não acredito que acontecesse), tirava-se de lá o governo, as pessoas ficavam todas muito contentes, etc. Então e depois? Depois punha-se lá um governo provisório, aumentavasse o salario a toda a gente (os produtos automaticamente subiam também de preço, fazendo com que na pratica o aumento não tivesse grande significado), os militares tinham o que queriam as pessoas tinham o que queriam. Depois tinham de se realizar as primeiras eleições como país democratico que pretendemos ser, realizavam-se, ia para o governo um heroi qualquer da revolução que no fundo não sabia como governar o país. O país pouco a pouco ia ficando pior do que o que estava, afinal de contas se não se aumentavam os ordenados era porque de facto não dava, e os herois da revolução no governo (alguns ex militares provavelmente) iam continuar a ter grandes ordenados e mordomias (afinal são herois do povo!!), o país entrava em grande recessão pois a instabilidade não ajuda nenhum país, ainda tinhamos de lidar com mais alguns feriados que diminuião ainda mais a produtividade e passado 20 anos que era o tempo que isto tudo ia demorar a estabilizar iamos tar piores que agora...

Não é mais facil realizar eleições???  :wink:
 

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Xô Valente

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« Responder #33 em: Outubro 31, 2008, 07:44:50 pm »
Concordo Edu.
Qualquer revolução, "boa ou má", acaba por estagnar um país durante um tempo, e o mesmo deve ter acontecido com o 25 de Abril.
Cumprimentos.
http://valente-city.myminicity.com/  -  Cria a tua minicidade também.
 

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Trafaria

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« Responder #34 em: Outubro 31, 2008, 07:50:03 pm »
Citação de: "Xô Valente"
Concordo Edu.
Qualquer revolução, "boa ou má", acaba por estagnar um país durante um tempo, e o mesmo deve ter acontecido com o 25 de Abril.
Cumprimentos.

Sim, o poder de compra que tínhamos em 25 de Abril de 74 só foi recuperado já nos governos de Cavaco Silva.... nesse aspecto marcámos passo durante 11 anos.
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Trafaria

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« Responder #35 em: Outubro 31, 2008, 07:59:14 pm »
Citação de: "Tiger22"
Aguardo, serenamente, que prove isto que diz. E de forma documentada. c34x


ORDENADO MINIMO NACIONAL €425,OO (BRUTOS, Há que tirar os descontos)

SOLDO DE UM SOLDADO €582,90 (Há que juntar as benesses da ordem)
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flavio

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« Responder #36 em: Outubro 31, 2008, 08:26:08 pm »
Citação de: "Trafaria"
Citação de: "Tiger22"
Aguardo, serenamente, que prove isto que diz. E de forma documentada. ;)
 

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Trafaria

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« Responder #37 em: Outubro 31, 2008, 08:48:33 pm »
Tiger22,
Quanto ao artigo que transcreveu agradeço-lho por me provar que nem todos se comparam com juízes; afinal também os há que se comparam com deputados.

Nao perco a esperança de encontrar um que se identifique ou compare com o português comum.
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tgcastilho

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« Responder #38 em: Outubro 31, 2008, 09:09:58 pm »
Citar
Muito importante:
Nao se esqueçam que a maioria da população masculina deste país fez tropa. Sabemos das virtudes e podres da nossa instituição militar e dos nossos militares.
Portanto e no que toca a elencar as virtudes sejam comedidos.

(*) nada de extrapolações abusivas, refiro-me só ao e aos que conheço.

Desculpem,mas comedido porque??
Essa não entendi. :wink:
 

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Trafaria

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« Responder #39 em: Outubro 31, 2008, 09:18:35 pm »
Terá que ler as anteriores para se colocar no contexto.
Isso dos criados à borlix era no tempo do SMO!!!!  :wink:
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Lightning

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« Responder #40 em: Outubro 31, 2008, 09:28:52 pm »
Citação de: "Trafaria"
Nao perco a esperança de encontrar um que se identifique ou compare com o português comum.


 

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SSK

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« Responder #41 em: Outubro 31, 2008, 09:29:11 pm »
Lá por a "tropa" ser profissional não quer dizer que tenha de ser tratada com outra profissão qualquer. Isto tanto a nível de direitos como de deveres, nunca podemos esquecer as duas vertentes. A mim parece-me que de ambas as partes todos se esquecem um pouco da que menos lhes interessa!!!
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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Trafaria

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« Responder #42 em: Outubro 31, 2008, 09:45:49 pm »
Citação de: "SSK"
Lá por a "tropa" ser profissional não quer dizer que tenha de ser tratada com outra profissão qualquer. Isto tanto a nível de direitos como de deveres, nunca podemos esquecer as duas vertentes. A mim parece-me que de ambas as partes todos se esquecem um pouco da que menos lhes interessa!!!


Concordo!
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FFAP

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« Responder #43 em: Outubro 31, 2008, 09:47:30 pm »
Boas noites


 Se calhar o facto de ser ou ter sido militar foi excluído dos requisitos para concorrer para a GNR foi porque o numero de candidatos era muito inferior ao número de vagas...


Muito boa gente diz mal dos militares, mas quando vão num barco e este se afunda quem os vai salvar?? A Marinha ou a Força Aérea!!
   
Quando o país está em chamas quem vai ajudar?? O Exército e a Força Aérea!!

   Quando o nosso país é invadido por droga e emigrantes ilegais quem o impede?? A Marinha e a Força Aérea!!

   Quem representa o nosso país por esse mundo fora?? Força Aérea, Exército e Marinha!!

   Quando há cheias quem vai acudir?? Exército, Marinha e Força Aérea!!

   Quando é necessário um órgão ou uma evacuação médica nos Açores ou da Madeira para o continente quem a faz?? A Força Aérea!!
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SOLDO DE UM SOLDADO €582,90 (Há que juntar as benesses da ordem)



Tenho um amigo na Força Aérea que é primeiro cabo à 2 anos e que ganha 590 euros, é militar à três anos, e já como você diz com "as benesses da ordem".   Só se no Exército recebem mais...
Um abraço

EX MERO MOTU
 

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Lightning

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« Responder #44 em: Outubro 31, 2008, 09:53:49 pm »
Citação de: "FFAP"
SOLDO DE UM SOLDADO €582,90 (Há que juntar as benesses da ordem)

Penso que não devem receber mais, este valor é sem descontos.

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Tenho um amigo na Força Aérea que é primeiro cabo à 2 anos e que ganha 590 euros


Esse valor é com descontos.