Sobre a
estória do senhor "Armando da Anunciação Coutinho, mais conhecido por ‘Penálti’", que diz ter sido da 1.ª Companhia de Comandos e que esteve na Guiné (onde "foi dado como morto"), descrita na última reportagem acima, foi-me hoje dito que o homem afinal nunca foi comando.
Ao que parece é um senhor perturbado que todos os 10 de Junho veste o camuflado e põe uma boina vermelha e vai para o monumento
EDIT: No site
www.comandosdeportugal.net/jornal têm a história melhor contada.
MAIS UM EX-COMANDO ()
Meu caro Neves, obrigado pela sua resposta. Já tinha visto o texto, até repetido, porque quando ele me desapareceu da caixa inicial, passei-o para a outra e lá foi...mas não é fácil perceber a lógica de envio..o site é muito bonito e está bem organizado...pena esta forma um pouco complexa de envio e troca de mensagens...melhorará...ou a culpa é minha...
Agora outro assunto, sobre o fundo do nosso assunto. Da forma como abandalhamos o que não o devia ser. Esta até tem graça. Estava ontem a almoçar com um velho amigo meu - velho no sentido também da idade (tem 82 e dois) um coronel de cavalaria à antiga, com 4 comissões, sempre rijo e ele mostra-me o Correio da Manhã de 11 de Junho com uma bela reportagem de um ex-comando, fotografia junto ao monumento de Belém, camuflado novo em folha, uma medalha de valor militar e duas cruzes de guerra ao peito: Titulo (cito de memória)este homem foi dado como morto - sub títulos: Salazar deu-lhe duas cruzes de guerra (desconfiei) olha o Salazar a dar alguma coisa? A medalha de Valor Militar presumo que lhe foi dada de bónus. Vinha no texto a alcunha pela qual era conhecido o nosso herói: Penalti.
Foi esta alcunha que chamou a atenção ao coronel Monteiro da Graça. Ele conhecera nas suas andanças pela Guiné um tal penalti, soldado da companhia de Xitole que passava a maior parte do tempo em Bissau porque era o guarda-redes suplente do clube de Bissau e era protegido do director, um médico. Em Bissau toda agente conhecia o penalti, que exibia um louvor do director da casa de correcção (da Idanha Nova) onde estivera internado. Era um corrécio bem comportado. Ora o Penalti só ia ao Xitole quando tinha mesmo de ser e um dia caiu numa emboscada. Um camarada ficou coma cara desfeita e morreu, ele foi ligeiramente ferido e vieram os dois evacuados de helicóptero para o hospital militar. O Penalti raspou-se para a tabanca e foi ele quem foi dado como morto. (Esta parte coincide com o artigo do jornal) Quando soube da notícia da sua morte, o Penalti tratou de aproveitar o acontecimento e, com os seus bons relacionamentos foi chorar-se às senhoras do movimento nacional feminino, dizendo que tinha de ir a Lisboa
para que a mãe, a Maria Bêbada, o visse e acreditasse que ele estava vivo.
As senhoras moveram influências junto do comando militar e juntaram dinheiro e o Penalti veio a Lisboa. Aqui chegado, esqueceu-se de voltar durante os tempos. Até que um, um grupo de amigos dele, do bairro do Casal Ventoso embarcava para a Guiné, em comissão, e o Penalti decidiu acompanhá-los (o tipo é divertido) e volta a fardar-se e embarcar sem quaisquer papéis.
Apresentou-se em Bissau ao major Monteny, chefe da repartição de pessoal e um bom homem que foi meu professor na Academia Militar, que teve um trabalhão para inventar desculpas legais para a deserção do Penalti (inventar licenças, títulos de baixa ao hospital e coisas dessas). E a partir daí perde-se o rasto do Penalti: até ao 10 de Junho de 2007, agora antigo comando, medalhado !!!
Talvez fosse engraçado o nosso site perguntar se alguém conhece dos comandos o tal Penalti, que diz ter sido da 1ª CCmds, os Fantasmas e ter feito comissões de 63 a 64 na Guiné e também de 63 a 65 em Angola...
Um grande abraço
Carlos Matos Gomes