Monarquia ou Republica no Pros e Contras 10/03/08

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Lusitanus

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Monarquia ou Republica no Pros e Contras 10/03/08
« em: Março 10, 2008, 03:36:17 am »
Foi uns meses antes ao dia 1 de fevereiro que eu me interessei mais em perceber melhor os regimes entre Monarquia e Republica,mas foi no dia 1 que enviei uma sugestão ao Pros e Contras um programa visto por mtos portugueses,para discutir sobre este assunto que há mto deveria ser debatido...e,talvez referendado.

E é esta segunda (hoje) á noite que o programa terá como tema : Monarquia ou Republica?? Rei ou Presidente??

E gostava de saber se alguém vai assistir ao programa,eu vou tentar ir,e tb para discutirmos.

"Paulo Teixeira Pinto, presidente da Causa Real, enfrenta António Reis, Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano.
Ética republicana ou ideais monárquicos?
O que divide hoje os dois regimes?
As experiências europeias…
Fundamentos e valores políticos…
Paulo Teixeira Pinto, António Reis, Medeiros Ferreira e um conjunto alargado de personalidades monárquicas e republicanas."

Já fazia falta um debate televisivo sobre este tema.
"Cumpriu-se o mar e o império se desfez
Senhor, falta cumprir-se Portugal"
 

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Benny

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« Responder #1 em: Março 10, 2008, 07:56:47 am »
Este debate já não anda um bocadinho repetido? Creio que já foi tudo dito sobre este assunto, que para mim se encontra completamente esgotado.

Benny


PS: Nunca vi um só programa "Prós e contras" mas todos aqueles debates, com "personalidades" e "ministros" parecem perfeitamente inconsequentes e previsíveis. E, sobretudo, aborrece ter de ouvir os aplausos do público sempre que alguém manda meia dúzia de frases soltas em tom indignado.
 

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P44

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« Responder #2 em: Março 10, 2008, 08:25:55 am »
Paulo Teixeira Pinto, o "pobre reformado" do BCP, da Opus Dei????

Pera aí, vou já pôr a gravar, para não me esquecer.... :lol:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Lusitanus

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« Responder #3 em: Março 10, 2008, 01:55:30 pm »
Citação de: "Benny"
Este debate já não anda um bocadinho repetido? Creio que já foi tudo dito sobre este assunto, que para mim se encontra completamente esgotado.

Benny


PS: Nunca vi um só programa "Prós e contras" mas todos aqueles debates, com "personalidades" e "ministros" parecem perfeitamente inconsequentes e previsíveis. E, sobretudo, aborrece ter de ouvir os aplausos do público sempre que alguém manda meia dúzia de frases soltas em tom indignado.


Exactamente,mas a apresentadora ás vezes diz ao publico para não baterem palmas ao ponto de se chatear com o mesmo.
Sim este debate pode estar esgotado mas aqui,não está nem sequer discutido via televisiva e como sabemos,os portugueses só conhecem as coisas pela TV,isto é um bom momento para começarem a perceber bem o que as coisas são,e talvez abrirem um pouco os olhos.


Acabei de fazer reserva,por isso cá vou eu a Lisboa.
Não se paga e basta ligar para o 217 947 000
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Benny

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« Responder #4 em: Março 10, 2008, 08:03:00 pm »
Meu caro Lusitanus,

Se for para o ouvir a si, até arrisco a ver o programa!

Contacte os administradores para fazer publicidade com uma camisola a dizer ForumDefesa - vai ver que ainda recebe patrocínio :D !

Benny
 

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Lusitanus

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« Responder #5 em: Março 12, 2008, 03:33:37 pm »
Para quem viu o debate,é obvio que notou a falta de argumentos republicanos perante a causa monarquica.
Eu pensava k os monarquicos fossem mais unidos,infelizmente isso não se vê em casos como estes,quando a questão monarquia ou republica volta á praça publica.
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papatango

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« Responder #6 em: Março 12, 2008, 04:10:02 pm »
Pois eu acho que não se viu nenhum argumento válido em favor da monarquia.

Mas, também digo, como já disse anteriormente, que acho que a legitimidade da república está manchada e ferida, pelo preceito constitucional que impede outra forma de governo que não seja a republicana.

Achei de uma imbecilidade total a argumentação do Medeiros Ferreira, ao propor que se os monárquicos queriam um rei como chefe de estado que apresentassem o chefe da casa real como candidato à presidência.

Sinceramente vi argumentos fracos, muito fracos, dos dois lados.

Ouvi o argumento imbecil de que na república toda a gente pode ser presidente, o que não acontece na monarquia.
Ora na monarquia o rei não tem o mesmo tipo de função de um presidente. O rei é um símbolo. O rei é como a bandeira. Um símbolo de unidade e continuidade da Pátria.
Mas não passa pela cabeça de ninguém (acho eu) querer ser bandeira quando for grande.

Também não gostei em absoluto de alguma das argumentações monárquicas em que se afirmava que só o rei poderia ter legitimidade para resolver problemas quando surgissem questões que tivessem que ser resolvidas com isenção.

A minha visão da monarquia, é a de uma monarquia puramente constitucional, onde ou o rei não tem qualquer poder, por mais pequeno que seja, porque é um símbolo e nada mais que isso.

O rei pode falar, pode discursar, mas não pode agir no campo da política, pois foi esse o erro crasso de D. Carlos.

Portanto, embora o programa fosse muito interessante, ele não me parece ter adiantado grande coisa, salvo me parecer ter sido consensual a necessidade, de em nome da liberdade e da justiça, suprimir o preceito constitucional que impede Portugal de ser uma monarquia, mesmo que os portugueses o decidam.

Fico também com a ideia de que a república continua envergonhada. A maçonaria, apresentou os argumentos comuns da lógica e do bom senso, não se referindo nunca ao facto de ter desrespeitado o direito dos cidadãos logo quando chegou ao poder em 1910.

Também não se falou (ou omitiu-se) o apoio de parte da maçonaria ao regime de Salazar, que condicionou a opção republicana do regime.

Em suma, não se fez o necessário exercício teórico, tentando ver o que teria acontecido desde 1976, se em vez de um presidente, que tem o respaldo do voto de milhões de pessoas para tomar decisões quando é necessário, tivesse um rei, que por muito boa pessoa e muito patriota que fosse, não resistiria (a meu ver, por falta da legitimidade do voto) à primeira decisão polémica que tivesse que tomar.
Isto, por sermos um país onde facilmente se destrói a figura de um politico e onde com a maior das facilidades se injuria e se insulta, sem dó nem piedade e com a segurança de nada poder acontecer a quem o faz.
Um rei seria a primeira vitima, o primeiro a cair.
Para termos um rei que acabaria por cair à primeira crise, é melhor não o ter.

Pelo menos enquanto a mentalidade dos cidadãos não se modificar no sentido de uma maior maturidade e consciência politica.

Quando os portugueses souberem entender quando os partidos, os sindicatos, os governos, os politicos em geral, e mesmo os jornalistas lhes estão a mentir.

Nesse dia, o povo entenderá que provavelmente o rei, como símbolo de continuidade até será melhor que o presidente.

Até esse dia, precisamos de um presidente que seja um contra-poder, para quando necessário, resolver os problemas e os bloqueios políticos do sistema, com a legitimidade politica que só lhe dá o voto.

O rei, como figura que representa um país, um povo e uma ideia de Pátria, tem legitimidade histórica que lhe é concedida por via hereditária para representar o país, mas a legitimidade histórica não se pode transformar em legitimidade política.

E Portugal precisa desse segundo contra-poder com legitimidade politica.

A monarquia terá que esperar. Este não é o seu momento.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Lusitanus

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« Responder #7 em: Março 13, 2008, 12:18:58 am »
Sim isso é certo,ainda não é o momento da monarquia.Mas é por isso que se discute vezes sem conta este tema,para que as pessoas vejam a monarquia como outra oportunidade ao país além do actual regime e perceberem realmente o que é a monarquia para que serve e que vantagens possui,hoje em dia as pessoas apenas só sabem que a monarquia é um rei com cargo vitalicio,mas isso não é 100% verdade,por isso o povo ainda não está preparado para decidir,mas já que o povo não se preocupa em informar-se e ir de encontro ao assunto,vai o assunto ao povo,e a melhor forma é a televisiva.

A monarquia que tu te referes não era a monarquia que já tinhamos?? tipo uma Monarquia Republicana??

Sinceramente,é verdade quando usaram o argumento em que um Rei é o unico que consegue dar continuação a uma identidade nacional coesa,e ter uma maior visão global das coisas,não sendo por acaso serem preparados desde pequenos para isso.Coesão essa que só se vê no futebol,e assistiu-se no euro,infelizmente.

No meio do programa um gajo da plateia,passou-se ao ouvir o Grão-Mestre e gritou a dizer : Caraças pá,posso falar?? e o gajo estava na plateia do lado republicano,a apresentadora fez sinal que não,e o gajo foi convidado a sair,porque prejudicava o programa.Mas na tv não se vê,apenas ouve-se o grito dele.
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Subillaumbra

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« Responder #8 em: Março 13, 2008, 04:12:22 pm »
Caros foristas,

Podem defender a repúblia, a monarquia, podem até inventar um novo regime, mas o que é certo é que não adianta rigorosamente nada. Portugal é, como sempre foi, um país pouco desenvolvido. Talvez a época dos descobrimentos tenha sido a excepção, mas até uma das razões para os descobrimentos foi a miséria que por cá imperava.

A solução dos problemas de um país é a força do seu povo, a sua cultura, a sua educação, etc.

Todos os agumentos de uma parte têm contra-argumentos da outra, por exemplo, tanto há paises desenvolvidos republicanos, como monárquicos, tanto existem bons ou maus reis, como presidentes. Pessoalmente não vejo vantagem em termos monaquia ou república, vejo vantagem é em desenvolver o país e sairmos do marasmo em que estamos há centenas de anos.

Resumidamente, quando existia monarquia, sobre ela caiam todas as culpas, depois veio a 1ª república e sobre ela cairam todas as culpas, depois veio o estado novo, e sobre ele cairam todas as culpas e, finalmente, veio a democracia e a história repetiu-se. Já enjoa. A chamada sociedade civil tem de se organizar, exigir que o politicos cumpram as suas funções de lideres, mas também tem de assumir as suas obrigações.

Dou um exemplo: grande parte da assistência social em Portugal é pretada por instituições sociais de solidariedade social, que são privadas, prestando um bom serviço e empregando milhares de pessoas. Foi um modo de a sociedade se organizar.

Dêm aos politicos e aos regimes a importância que têm, nem mais, nem menos.

Cumprimentos.
 

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Benny

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« Responder #9 em: Março 13, 2008, 05:10:51 pm »
Bem dito!

Benny
 

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Lusitanus

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« Responder #10 em: Março 14, 2008, 12:14:10 am »
Subillaumbra pra já na altura da Monarquia,havia miseria em Portugal como em Espanha,Inglaterra e França etc,e depois o povo sempre foi unido em defender os interesses do pais o que infelizmente se vê o contrário hoje em dia que até se vê mta gente com vontade de ser espanhol. A monarquia é o unico regime que dá poder ao país de se afirmar através de uma identidade nacional forte,exemplo: a forma como os ingleses e espanhois lidam com o mundo lhes deu e lhes dá ainda hoje um forte amor á pátria que é representada por uma familia de origem secular,hoje em dia não se vê isso nos portugueses,além do futebol.

Quero lhe relembrar que estamos numa Republica,mas que nem todos podem ser presidentes da republica (contraditorio) como referem os republicanos,se eu me candidatar não irei ser porque nunca fui primeiro-ministro,nem nunca fui presidente de algum partido,e isto se resume a duas palavras que não existem num rei,"influência partidária".

Se há republicanos que dizem que Portugal é um pais democratico então porque é que não deixam que haja eleições para mudanças de regime em vez de eleições partidárias??

Não há regimes perfeitos isso é certo,mas há regimes adequados para cada nação.

Um Rei é, educado para reinar e só pode fazê-lo bem. Mas, também salientado, se não o fizer há sempre a possibilidade de devolver-se ao povo a decisão sobre qual o rumo que o destino do país deverá seguir na sua organização.

Neste aspecto há a salientar que não existem monarquias cuja constituição do respectivo país proíba essa sustentada escolha nem a inflexão para a República sempre e quando tal se justifique. A contrário, nos países republicanos já assim não é, ficando claro que a República tem um "demenos" nesse aspecto de ponderação...
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« Responder #11 em: Março 19, 2008, 03:38:05 am »
Gonçalo Ribeiro Telles pode ser considerado o monárquico oficial da Terceira República. O arquitecto paisagista pertenceu aos governos da Aliança Democrática (AD) de Francisco Sá Carneiro e foi obreiro de um partido monárquico e ecologista (o PPM), provando que o ideário do rei não estava necessariamente ligado a brasões, anéis, colarinhos engomados e Estado Novo.

Há uma crise dos portugueses consigo próprios. Têm vergonha de ser portugueses. A única coisa que os exalta é o futebol. Por isso, considero que o ideal monárquico nunca esteve tão ligado ao futuro do país como neste momento. A monarquia tem uma oportunidade única para refazer esta unidade nacional”. Para a haver uma mudança de regime, o ex-ministro não refere nem referendos ou mudanças da Constituição: “A restauração depende só da vontade do povo português.”

Ribeiro Telles sabe que ainda há preconceitos sobre a monarquia: “Mas ela é de todos, dos comunistas aos conservadores, e não de uma elite nobiliárquica.” Aliás, um dos motivos que o levou a sair do PPM foi o de acreditar que o movimento é transversal na sociedade. O casamento de D. Duarte com D. Isabel reforçou a sua convicção que a causa monárquica deveria ser “alargada e não estreitada.” Daí que torça o nariz a partidos ou federações exclusivamente monárquicas.

O receio de que um Rei incompetente se possa perpetuar na cadeira do poder é afastado categoricamente: “Defendo que se um monarca não proceder bem poderá vir a ser substituído por referendo ou plebiscito.” A História tem como grande exemplo o de D. Afonso VI.
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Lusitanus

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« Responder #12 em: Março 24, 2008, 03:05:53 am »
Para muitos republicanos que dizem que qq um pode ser presidente da republica ora aqui está realmente a prova de que eu ou um de vocês pode ocupar o cargo de presidente deste país:

"Donativos milionários nas presidenciais
Grandes empresários preferiram Cavaco

Os grandes empresários portugueses deram donativos à candidatura de Cavaco Silva à Presidência da República. Ao todo, este candidato presidencial contou com o apoio financeiro de 345 pessoas singulares, das quais 30 contribuíram com o valor máximo previsto na Lei do Financiamento dos Partidos e Campanhas Eleitorais: 22 482 euros.

O apoio máximo à candidatura de Cavaco Silva surgiu de homens de negócios como Américo Amorim, António Mota,DiogoVazGuedes,Joaquim Coimbra, Ricardo Espírito Santo e Vasco de Mello. Já Stanley Ho, magnata dos casinos em Macau, Estoril e Lisboa, e JardimGonçalves,ex-presidentedo BCP, apoiaram Cavaco Silva e Mário Soares com um donativo igual para ambos: vinte mil euros e dez mil euros.
As listas de donativos das pessoas singulares nas últimas eleições presidenciais, que o CM consultou no Tribunal Constitucional, deixam claro que o actual Chefe de Estado foi o candidato à Presidência da República preferido dos grandes empresários portugueses. E a prova disso é o donativo máximo individual no valor de 22 482 euros dado, ao abrigo da Lei 19/2003, por 30 importantes personalidades à candidatura de Cavaco Silva.
Em contrapartida, Mário Soares só obteve quatro donativos de montante máximo, oferecidos por Rui Nabeiro e o filho João Manuel Nabeiro, Ilídio Pinho, e Pedro Queiroz Pereira. Já Manuel Alegre, Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa não contam comnenhumdonativodesta grandeza financeira.
Mas os apoios financeiros de empresários aos candidatos não ficam por aqui: as candidaturas de Cavaco Silva e de Mário Soares contam ainda com um elevado número de donativos de montantes entre dez mile22mileuros por pessoa singular.
EXEMPLOS DE QUEM DEU O DONATIVO MÁXIMO A CAVACO SILVA
AMÉRICO AMORIM
É conhecido como o ‘rei da cortiça’, mas tem também investimentos na área da Energia. É, neste momento, o homem mais rico de Portugal.
ANTÓNIO MOTA
É presidente do Grupo Mota-Engil, um dos mais importantes do País no sector da Construção Civil e Concessão de Transportes.
ALEXANDRE S. DOS SANTOS
É o líder histórico do Grupo Jerónimo Martins, um dos mais importantes no sector da Distribuição Alimentar. Tem a marca Pingo Doce.
DIOGO VAZ GUEDES
É o ex-presidente do conselho de administração da Somague, empresa integrada no grupo espanhol Sacyr Vallehermoso desde 2004.
JOAQUIM COIMBRA
É um empresário de referência do Centro, com investimentos no vinho e nas energias renováveis. É dirigente do PSD.
JOSÉ MANUEL DE MELLO
É o fundador da holding José de Mello nos anos 80, após as privatizações. Hoje, tem uma presença importante no sector da Saúde.
JOÃO OLIVEIRA RENDEIRO
É fundador e presidente do Banco Português Privado (BPP). Preside também à Fundação Luso-Brasileira.
RICARDO ESPÍRITO SANTO
É um dos banqueiros de referência do País. Neste momento, é presidente da comissão executiva e vice--presidente do conselho de administração do Banco Espírito Santo (BES).
STEFANO SAVIOTTI
É o líder do Grupo de Hotéis Dom Pedro, cuja rede hoteleira foi fundada pelo pai Pietro Saviotti há cerca de 40 anos. O grupo tem unidades na costa portuguesa e quer expandir-se para o Brasil.
VASCO MARIA DE MELLO
Filho de José Manuel de Mello, é presidente da administração e da comissão executiva da Brisa - Auto--Estradas de Portugal. Exerce também as mesmas funções na José de Mello, SGPS.
6348 EUROS
A candidatura de Cavaco Silva obteve um total de 1,19 milhões de euros em donativos de pessoas singulares. Em média, cada uma das 345 pessoas deu 6348 euros.
EXEMPLOS DE QUEM DEU O DONATIVO MÁXIMO A MÁRIO SOARES
ILÍDIO COSTA LEITE PINHO
É um dos empresários de referência no Norte. Preside à administração da IP Holding e da Fundação Ilídio Pinho.
MANUEL RUI NABEIRO
Fundador da Delta Cafés, é um dos mais importantes empresários do sector agro-alimentar em Portugal.
JOÃO MANUEL NABEIRO
É filho de Rui Nabeiro e administrador da Delta, ao lado do pai. É também presidente do Campomaiorense.
PEDRO QUEIROZ PEREIRA
É presidente da Semapa e Portucel. Em 2006, deu donativo de 23 154 euros, valor máximo nesse ano.
2741 EUROS
Mário Soares obteve 682 751 euros em donativos. Em média, cada uma das 249 pessoas deu 2741 euros.
DONATIVOS IGUAIS PARA CAVACO E SOARES
JARDIM GONÇALVES: 10.000 euros
STANLEY HO: 20.000 euros
CONTAS COM SALDO POSITIVO    
A candidatura de Cavaco Silva à Presidência da República deu um saldo positivo no valor de 740 170 euros. Este foi o valor mais alto entre os candidatos.
TRIBUNAL APONTA IRREGULARIDADES
O acórdão do Tribunal Constitucional sobre as eleições presidenciais diz que há irregularidades nas contas de todos os candidatos.
RESTANTES CANDIDATOS
ALEGRE COM 886 APOIOS
Manuel Alegre recebeu donativos de 886 pessoas singulares, o número mais alto de todos os candidatos, mas o valor total dos donativos foi muito inferior ao registado por estes dois candidatos. Com muitos donativos de cinco e dez euros, Alegre obteve 176 876 euros.
JERÓNIMO SEM FAMOSOS
Jerónimo de Sousa só recebeu donativos de 19 pessoas singulares, no valor total de 18 574 euros. E o donativo mais alto atinge 2436 euros. Nenhum dos nomes referidos nessa lista é conhecido. E quatro recebidos não têm o destinatário identificado.
LOUÇÃ SÓ COM 5.090 EUROS
Francisco Louçã apenas conseguiu obter um total de 5090 euros em donativos. A lista presente no Tribunal Constitucional não identifica as pessoas singulares que deram apoios financeiros ao candidato. E o donativo mais elevado ascende a 2500 euros.
NOTAS
RECEITAS DE CAMPANHA
Lei do Financiamento dos Partidos e Campanhas Eleitorais diz que donativos de pessoas singulares são receitas de campanha.
60 SALÁRIOS MÍNIMOS
A Lei 19/2003 diz no artigo 16.º que os donativos nas eleições presidenciais estão sujeitos ao limite de 60 salários mínimos.
VALORES MÁXIMOS
Como em 2005, o salário mínimo era de 373,64 euros, o donativo máximo de 22 482 euros. Em 2006, atingiu os 23 154 euros."

Fonte: Correio da Manhã
http://www.correiomanha.pt/Noticia.aspx ... AE4C0C6DEA
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papatango

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« Responder #13 em: Março 24, 2008, 12:17:20 pm »
Este argumento não procede.

Não procede, porque mesmo assim, é possível ao filho do merceeiro ou do dono do posto de gasolina chegar a Presidente.
Ou seja, se uma pessoa for competente e reconhecida como tal, pode obter os apoios para ser eleito e fazer campanha.

É apenas uma questão de principio, embora saibamos que os princípios muitas vezes são esquecidos.

Em principio o rei também não se deveria meter na política, mas veja o que aconteceu com o D. Carlos.
Em principio o rei deveria ser consequente e moderado, veja o que aconteceu com o D. Sebastião...

Tudo depende do ponto de vista.

Cumprimentos
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« Responder #14 em: Março 24, 2008, 03:01:34 pm »
Citação de: "papatango"
Este argumento não procede.

Não procede, porque mesmo assim, é possível ao filho do merceeiro ou do dono do posto de gasolina chegar a Presidente.
Ou seja, se uma pessoa for competente e reconhecida como tal, pode obter os apoios para ser eleito e fazer campanha.

É apenas uma questão de principio, embora saibamos que os princípios muitas vezes são esquecidos.

Em principio o rei também não se deveria meter na política, mas veja o que aconteceu com o D. Carlos.
Em principio o rei deveria ser consequente e moderado, veja o que aconteceu com o D. Sebastião...

Tudo depende do ponto de vista.

Cumprimentos


Não é um filho do merceeiro ou do gasolineiro que chega a Presidente,é sim ex-dirigentes partidários,ex-primeiro-ministros,é o que tem acontecido,que depois de ocupar o cargo paga estes "pequenos" favores aos empresários que os financiou,porque ninguém dá nada a ninguém.
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