Raptor nos Açores

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« Responder #75 em: Outubro 25, 2008, 04:23:14 pm »
Não esquecer que mandar os americanos para fora das Lajes significa mandar dezenas de terceirenses para o desemprego.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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« Responder #76 em: Outubro 25, 2008, 11:49:53 pm »
Enfim embora não goste muito da política arrogante dos EUA não podemos deixar de dizer que embora muito hipocritamente eles afirmam serem nossos aliados, mas se mantivessemos um confronto armado com qualquer outro país eles proíbiam-nos a utilização de material de guerra made in EUA como aconteceu com os PALOPS ao qual tivemos de comprar de proposito os Fiat G-91 porque nao podiamos levar mateiral americano e alguns navios de guerra que estavam destacados nalguma força NATO também não os pudemos usar, bem são aguas passadas e agora temos de olhar para o futuro, sou a favor que embora não ganhemos muito com isso da utilização da Base Aérea nº4 pois para além de darem trabalho a muitos portugueses garantem de certa forma segurança aos seus habitantes, contudo penso que o governo deve ser mais exigente e duro nas conversaçoes para as contrapartidas, temos muito material que nos faz falta e de uma vez por todas esse material deve vir em bom estado e novo, nada de ferro velho:  eu apostava em misseis e armamento inteligente para os nossos F-16 MLU, os sistema AA Avenger, Helicopteros para o UALE uma duzia de AH-64 Apaches, assim comprariamos somente os NH90 para o Exército, ficando a FAP com a instrução (A-109 ou EC-635) e mais algumas unidades de M-109 A6 Paladim, o governo deveria fazer mais perssão sobre as reais necessidades das nossas Forças Armadas, se isso acontecer tudo bem,mesmo que os americanos digam que esse material não faz falta a Portugal, devemos ser nós a decidir e fazer o mesmo que fizemos com os Submarinos à "rebeldia" dos nosso parceiros da NATO que não queriam nem comparticiparam essa compra Portugal disse que sim e comprou mesmo é esta política que deve permanecer sempre na mente dos governantes, auto-confiança e dureza nas negociações, se eles continuarem a dizer que não, so temos que dizer também não sobre a cedencia da Base nº4 para treinos dos avioes deles depois prevalece a maior vontade e poder de decisão, sem ficar com receio que os americanos que vão embora... não eles não vao embora porque os Açores são umas das ilhas mais bem situadas estratégicamente a nível mundial a par com o Havaai. Só temos de demonstrar a nossa vontade, e aqueles equipamentos militares que frizei atras bem faziam falta às nossas forças armadas.
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C
 

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Mike23

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« Responder #77 em: Outubro 26, 2008, 11:34:39 am »
Citação de: "Instrutor"
Enfim embora não goste muito da política arrogante dos EUA não podemos deixar de dizer que embora muito hipocritamente eles afirmam serem nossos aliados, mas se mantivessemos um confronto armado com qualquer outro país eles proíbiam-nos a utilização de material de guerra made in EUA como aconteceu com os PALOPS ao qual tivemos de comprar de proposito os Fiat G-91 porque nao podiamos levar mateiral americano e alguns navios de guerra que e


Não concordo. Já não me lembro quem foi, mas um alto funcionário dos EUA disse há pouco tempo que depois da Inglaterra, Portugal era o mais fiável aliado dos EUA na Europa.

O caso da guerra colonial não pode ser para aqui chamado:

Regime ditatorial, a ONU era contra a manutenção da guerra em África e a favor da libertação dos povos “oprimidos” c34x
O Novo Portugal! Mais de 3 Milhões de Quilómetros Quadros!

 

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« Responder #78 em: Outubro 26, 2008, 07:26:05 pm »
Sim em certo ponto concordo relativamente á politica praticada antes de 1974, contudo pensso que deviamos ser mais exigentes comnosco proprios e vir material moderno para nos, no que respeita a treinamento dos nossos F-16 era muito bom, mas ao mesmo tempo poderá ser muito desmoralizador, isto é, comprar um F-16 MLU ao um F-22 é como comparar um Renaut 5 a um ferrari, por muito bom que sejam os pilotos não podem fazer milagres, a distancia de tecnologia que separa cada um dos avioes é gigante, para comparar a esquadra inteira 201 equipada com o MLU os cerca de 10 F-16 ao nosso dispor não aguentavam 5 minutos de combate com uma parelha de F-22, treinar o que? É claro que poderiam tirar algumas aprendizagens mas é muito desmoralizador, é como por uma equipa das distritais a treinar/jogo com um Benfica, Porto e Sporting, 20-0.
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Edu

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« Responder #79 em: Outubro 26, 2008, 09:32:19 pm »
Caro Instrutor, eu não ia tanto por ai, acredite que o F-22 não é assim tão bom como se faz querer, eu sei que um F-16 não é um Eurofigther mas olhe que não é assim tão impossivel um F-16 abater um F-22 , e acredite que até podia trazer grandes lições a Portugal e mesmo aos EUA sobre como combater aviões furtivos. Existe por exemplo uma tecnica usada que é a de voar a baixa altitude matendo o radar em modo passivo de forma a tornar o avião mais dificil de detectar e quando o outro avião furtivo tentar detectar o nosso avião é tentar vence-lo no dog-figth... mas isso é mais relativo, não há duvida que um F-22 teria sempre mais vantagem.

Em relação ao assunto do topico não estou tanto de acordo com alguns foristas que pensam que os EUA nos têm dado muito, quem não se lembra da inflação do preço das OHP para que pagassemos o mesmo que qualquer outro país onde não tivessem uma base, continuo a afirmar isto, pela utilização da base das lages devia haver um pagamento anual (como uma renda) que nós cá em Portugal depois usassemos para comprar armamento á nossa escolha a quem quisessemos, ou seja a quem nos fizesse a melhor relação preço/qualidadem, eu sugeria qualquer coisa como 200 milhões ao ano, mas se este valor for muito elevado ou muito baixo alguem que sugira outro valor...

Cumprimentos  :wink:
 

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PereiraMarques

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« Responder #80 em: Outubro 26, 2008, 09:37:57 pm »
Citação de: "Edu"
quem não se lembra da inflação do preço das OHP para que pagassemos o mesmo que qualquer outro país onde não tivessem uma base


Eu por acaso não me lembro que teriamos de pagar qualquer preço, os 80 milhões de Euros previstos eram para modernizar/por a navegar esses "sucatões" e não o preço de aquisição, que era zero :arrow: http://www.forumdefesa.com/forum/viewto ... ef9bc22d1d
 

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P44

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« Responder #81 em: Outubro 27, 2008, 09:55:48 am »
Citação de: "PereiraMarques"
Citação de: "Edu"
quem não se lembra da inflação do preço das OHP para que pagassemos o mesmo que qualquer outro país onde não tivessem uma base

Eu por acaso não me lembro que teriamos de pagar qualquer preço, os 80 milhões de Euros previstos eram para modernizar/por a navegar esses "sucatões" e não o preço de aquisição, que era zero :arrow: http://www.forumdefesa.com/forum/viewto ... ef9bc22d1d


Acho que não, oh pereira marques...

Acho que os 80 milhões era o preço "simbólico" de aquisição das fragatas "As Is" (i.e. no estado em que se encontravam), e depois existiriam os custos ADICIONAIS de reactivação , tudo sumado daria +- os mesmos  240 milhões das "Bartolomeu Dias".

Desculpas pelo off-topic :wink:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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PereiraMarques

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« Responder #82 em: Outubro 27, 2008, 11:45:09 am »
De um órgão "oficioso" das FFAA:

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Com esta assinatura do MDN em Haia encerra‑se o longo capítulo do processo de substituição das fragatas da classe “João Belo”. Recorda‑se que durante o governo anterior estava prevista e foi amplamente divulgada a intenção de as substituir por 2 navios provenientes dos EUA, da classe Oliver Hazard Perry, as FFG 12 USS George Philip e a FFG 14 USS Sides, a “custo zero”, mas com a condição imposta pelos EUA da sua reparação e modernização (eram navios construídos nos finais dos anos 70 e entregues à US Navy em 1980 e 1981 e parados desde 2003) ser feita em estaleiros deste país.


 :arrow: http://www.revistamilitar.pt/modules/ar ... php?id=162
 

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« Responder #83 em: Outubro 29, 2008, 10:54:12 am »
E as outras contrapartidas de que falei sobre a utilização da Base nº4, os missies e bombas inteligentes para os nossos F-16 MLU, o sistema AA Avenger, mais M-109 neste caso o A6 Paladin, os Apaches para equiparem a nossa UALE, missies Harppoon e SubHarpom para as nossas Fragatas e Submarinos? Algum forista mais experiente o que diz destas contrapartidas?
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nelson38899

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« Responder #84 em: Outubro 29, 2008, 11:09:10 am »
Se houver em segunda mão e Portugal tiver dinheiro para pagar esses equipamentos todos são umas boas contrapartidas
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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« Responder #85 em: Outubro 30, 2008, 11:29:37 pm »
Temos de pagar???? Como assim? Entao em troca da utilização da Base das Lajes eles forneciam-nos esses equipamentos a custo zero. Bem não me querem dizer que andamos a fornecer a base de graça e ainda temos de pagar as sucatas que para ca vem a peso de ouro? Ai ja não estou a gostar nada disso, eles que nos deem material novo e de borla pela utilização da base das lajes, porque se nao que procurem outro local. :evil:
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Lightning

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« Responder #86 em: Outubro 30, 2008, 11:34:18 pm »
Citação de: "Instrutor"
eles que nos deem material novo e de borla pela utilização da base das lajes, porque se nao que procurem outro local. :lol: , e nós compravamos o que bem entendessemos.
 

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« Responder #87 em: Outubro 30, 2008, 11:47:17 pm »
Temos de admitir que eles até tem jeito para construirem armamento... embora eu defenda mais a compra de material europeu. :lol:
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Lancero

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« Responder #88 em: Março 09, 2009, 05:48:52 pm »
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Açores: Estudo avalia impacto ambiental na eventual utilização Base Lajes para treinar aviões militares    

   Ponta Delgada, 09 Mar (Lusa) - O presidente do Governo açoriano anunciou  hoje que decorre um estudo para avaliar o impacto ambiental da eventual  utilização da Base das Lajes, nos Açores, para treinos de pilotos de caça  da Força Aérea dos Estados Unidos.  

 

   "Salientamos a necessidade nesta análise técnica de se proceder de forma  minuciosa, quanto à averiguação dos impactos ambientais ou de natureza económica  ou social. É isto que está a ser feito nesta fase técnica", disse Carlos  César aos jornalistas, depois de ter recebido em audiência a nova comandante  do destacamento norte-americano da Base das Lajes, coronel Margaret B.Poore.  

 

   Segundo Carlos César, decorre actualmente a fase técnica deste processo,  esperando que em breve se passe para a fase política.  

 

   O presidente do Executivo açoriano sublinhou que a região vai "salvaguardar  o que entender que é essencial", reafirmando, no entanto, a disponibilidade  do Governo.    

 

   "Apoiamos esta iniciativa e entendemos que com ela também os Açores  são revalorizados", referiu Carlos César, frisando a importância da infra-estrutura  como unidade empregadora e que contribui de forma "muito significativa"  para o desenvolvimento económico dos Açores.  

 

   O encontro com a coronel  Margaret B. Poore permitiu ainda abordar outros  dossiers sobre a Base das Lajes, nomeadamente questões relacionadas com  os trabalhadores portugueses ao serviço do destacamento norte-americano  das Lajes, deixando Carlos César a garantia que ambos os Governos "estão  a trabalhar para uma boa solução", no que se refere a actualizações salariais.  

 

   "O que subsiste é uma questão de interpretação do actual acordo no que  se refere às actualizações salariais, visto que os Estados Unidos possuem  legislação própria neste domínio que os impede designadamente de proceder  a aumentos salariais nas suas bases em montantes superiores aos que são  determinados por exemplo para a função pública norte-americana", explicou  Carlos César.  

 

   De acordo com o chefe do Executivo açoriano, ambos os Governos estão  a trabalhar neste assunto, para que se possa de certo modo ressarcir nos  últimos anos os diferenciais e para apurar um mecanismo mais automático  e menos conflituante para as actualizações salariais.    

 

   Depois da audiência, a nova comandante do destacamento norte-americano  da Base das Lajes, coronel Margaret B.Poore, disse que não recebeu quaisquer  questões de problemas laborais.  

 

   Em relação à asfaltagem de uma parte da pista da Base, a coronel Margaret  B.Poore, referiu que o seu financiamento vai ser discutido entre os Governos  português e dos Estados Unidos, considerando tratar-se de uma intervenção  "necessária.  
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Lancero

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« Responder #89 em: Março 24, 2009, 11:35:27 am »
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Açores: Base das Lajes pode ter campo de treinos para aviões F-22  dos EUA

Lajes, Praia da Vitória, 24 Mar (Lusa) -- O Comandante do Comando Aéreo dos Açores, Major-general Mora de Oliveira, confirmou hoje que "é exequível a criação de um campo de treinos para aviões F-22 norte-americanos nas Lajes".

 

    Numa entrevista à Agência Lusa, Mora de Oliveira revela que "está a ser elaborado o conceito de operações que avalia o impacto que a activação destas áreas terá na aviação comercial e em terra junto das populações com o aumento de tráfego de aviões militares".  

 

    O processo desenrolou-se após reuniões em Setembro [de 2008 entre a Força Aérea Portuguesa (FAP) e o United State Air Force Europe (USAFE) onde "os americanos explicaram os requisitos necessários".  

 

    Foram também necessários encontros de trabalho entre a NAV-EPE portuguesa e a USAFE tendo um relatório sido entregue ao adido militar e aeronáutico da embaixada norte-americana em Lisboa.  

 

    No documento foram explicados os constrangimentos pelo facto de "esta zona ser altamente povoada pela aviação comercial e qual o impacto que teria o campo de treinos" tendo a 18 de Fevereiro "a USAFE aceite as condições".

 

    Este é mais um facto que leva o Major-general a acreditar que, na sua opinião, "a Base das Lajes é importante estrategicamente no contexto do Atlântico Norte" recusando-se a fazer "juízos de valor" [comparativos] quanto a outros locais localizados no Oceano Atlântico.  

 

    "A importância das Lajes para os americanos e aliados também se pode traduzir nos melhoramentos que são feitos permanentemente pelos inquilinos", acrescentou.  

 

    Segundo Mora de Oliveira "estão em constante modernização física e tecnológica".

 

    Salienta que "este é o primeiro ponto de apoio que os aliados possuem no meio do atlântico entre a América e a Europa e tem condições para receber o Space Shuttle e qualquer outra aeronave".  

 

    A sua importância, acrescenta, "tem picos como foi o caso do Kosovo em 1999 ou do Iraque em 2003", mas garante que "está cá sempre".  

 

    Acentua que "a projecção das forças norte-americanas necessita das Lajes não só para aterrar para descanso das tripulações como para manter reabastecedores que fazem o reabastecimento das aeronaves no ar".  

 

    Mora de Oliveira afiança que "ainda está longe o tempo dos supersónicos que vão atravessar o atlântico sem necessidade de reabastecer nem sofrer penalizações quanto ao material que cada um transporta".  

 

    Admite no entanto que quando "surgem as alturas das negociações" exista sempre uma tendência para a desvalorizar" no sentido de quem tem de dar contrapartidas "quer dar o menos possível".  

 

    O Comandante do Comando Aéreo dos Açores diz "ter expectativas" quanto "à valorização ou não da base e à sua visibilidade com o campo de treinos para os F-22 e até com a anunciada modernização das forças militares russas e o seu rearmamento".  

 

    A Base das Lajes, instalada numa área com cerca de 500 hectares de terrenos, conta com uma pista principal com cerca de 4 quilómetros.  

 

    A pista, a única em funcionamento durante 24 horas no arquipélago, vai ser sujeita a obras de manutenção profunda, o que não sucede desde 1987.

 

    Os custos serão percentualmente repartidos, diz Mora de Oliveira, entre Portugal e os EUA, como consta do acordo técnico entre os dois países.  

 

    Na Base das Lajes trabalham 333 militares e 118 civis portugueses, enquanto os americanos mantêm em serviço 689 militares, 77 civis e 997 familiares do pessoal norte-americano.  

 

    O destacamento norte-americano emprega 777 portugueses nas mais variadas funções e serviços.  

 
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Açores: Base das Lajes, história  e números

Lajes, Praia da Vitória, 24 Mar (Lusa) - A Base das Lajes localizada o concelho da Praia da Vitória, Ilha Terceira, nos Açores, começou a ser onstruída pela engenharia militar portuguesa em 1934.  

 

    O interesse norte-americano por aquela estrutura remonta à década de 40, tendo o primeiro acordo para a sua utilização sido celebrado, em 17 de Agosto de 1943, entre Portugal e a Grã-Bretanha.  

 

    Assinou o acordo por Portugal o vice-almirante Alfredo Botelho de Sousa, natural de São Miguel, e pela Grã-Bretanha o vice-marchal Charles Edward Hastings Medhurst.  

 

    Ia começar o que, nos códigos de guerra britânicos, se designou por Operação Alacrity", iniciada em 1 de Outubro com a partida de Liverpool e dois comboios navais, que aportaram a Angra do Heroísmo na manhã do dia 8 do mesmo mês.  

 

    Os americanos, por seu lado, chegaram à ilha Terceira em Fevereiro de 1944, mas rumaram, no início de 1945, à ilha de Santa Maria, onde construíram o aeroporto local.  

 

    As Lajes têm apoiado diversas acções norte-americanas a primeira das quais em 1948 na ponte aérea de Berlim para os EUA denominada "Operação Vittles" que levou ao trânsito de mais de 3 mil aeronaves.  

 

    Apoiaram ainda forças militares americanas nas suas intervenções no íbano (1958), nos esforços de paz das Nações Unidas no Congo (1961), durante a Guerra do Yom Kippur entre Israel e Países Árabes (1973) e como ponto de reabastecimento da operação "Tempestade no Deserto" posta em marcha para o Golfo Pérsico (1991) e Iraque (2003).  

 

    A Base, sede do Comando Aéreo dos Açores, tem, para além das suas missões militares e de defesa, uma acção sanitária no apoio à deslocação de doentes inter-ilhas e socorro e salvamento nas águas do Atlântico.  

 

    No ano passado a Força Aérea Portuguesa, que disponibiliza nas ilhas  Aviocar, 4 helicópteros Pumas e 1 EH-101 Merlim, efectuou 172 evacuações sanitárias entre doentes inter-ilhas e doentes de navios que passam ao largo dos Açores.  

 

    Foram realizadas 130 missões inter-ilhas e 27 operações de busca e salvamento ao largo dos Açores.  

 

    Também em 2008 passaram 5.700 aviões civis e militares, de acordo com as estatísticas do comando português. Desses 5.300 foram portuguesas, 250 dos EUA e 150 de outras nacionalidades.  

 

    Aterraram de emergência na pista das Lajes 48 aviões, dos quais 29 por razões mecânicas e 19 por causas médicas dos passageiros.  

 

    Aeronaves militares, especificamente, operaram nas Lajes 1.100 portuguesas, 950 americanas e 350 de outras nacionalidades.  

 

    O mais significativo, no trânsito civil, foi o aumento de 100 aeronaves ortuguesas que escalaram as Lajes, que viram igualmente aumentar o trânsito de aviões militares portugueses e norte-americanos.  

 

    A Base das Lajes, que está instalada numa área com cerca de 500 hectares e terrenos, conta com uma pista principal com cerca de 4 quilómetros de extensão e 91 metros de largura está preparada para receber todo o tipo de aeronaves incluindo o Space Shuttle.  

 

    A base possui igualmente depósitos de combustível com capacidade para mais de 2 biliões de litros, o segundo maior da Força Aérea americana em todo o mundo.  

 

    A pista, a única em funcionamento durante 24 horas no arquipélago, vai ser sujeita a obras de manutenção profunda, o que não sucede desde 1987.
 

    Na Base das Lajes trabalham 333 militares e 118 civis portugueses, enquanto os americanos mantêm em serviço 689 militares, 77 civis e 997 familiares o pessoal norte-americano.  

 

    O destacamento norte-americano emprega 777 portugueses nas mais variadas funções e serviços.  

 





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Açores: Comandante das Lajes remete para o Estado questões de Guantanamo

Lajes, Praia da Vitória, 24 Mar (Lusa) - O Comandante do Comando Aéreo  dos Açores "não pode confirmar, ou desmentir, que pelas Lajes tenham passado  aviões norte-americanos com prisioneiros rumo a Guantanamo".  

 

   Numa entrevista à Agência Lusa, o Major-General Mora de Oliveira, sublinhou  que a passagem, ou não, de aviões americanos para Guantanamo "é uma questão  diplomática e de Estado que não compete ao Comandante do Comando Aéreo dos  Açores pronunciar-se sobre ela".  

 

   As autorizações de sobrevoo e escala são concedidas pelos Ministérios  dos Negócios Estrangeiros e da Defesa Nacional.  

 

   "Nas Lajes compete ao comando e aos operacionais, apenas, conferir se  tudo está de acordo com o plano de voo", frisou.  

 

   Outro procedimento só é possível "caso existam suspeitas, ou que nos  seja determinado que actuemos de forma diferente", caso contrário os sobrevoos  e escalas "que são autorizadas pelas autoridades nacionais são considerados  voos de Estado", acrescentou o militar.  

 

   Esse procedimento, explica Mora de Oliveira, "também é observado pelos  outros países quando se tratam de voos portugueses nos seus territórios"  o que revela "confiança mútua nas cargas que são declaradas".  

 

   Sobre colocação nas Lajes do mais recente comando da OTAN, o Africom,  Mora de Oliveira adianta que o assunto está para "ser decidido ao nível  político".  

 

   Admite que "responsáveis norte-americanos estiveram nas Lajes numa visita  de trabalho para avaliar as condições que a Base oferece".  

 

   Mas, chama a atenção para o facto de "também terem estado em outras  bases americanas na Europa".  

 

   Sobre as conclusões diz, taxativamente, que "não sei nem tenho de saber  porque o nosso nível é o de operacionais e as decisões são políticas".  
 

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Açores: Comandante desconhece intenção de despedimento de trabalhadores portugueses  



    Lajes, Praia da Vitória, 24 Mar (Lusa) - O Comandante do Comando Aéreo dos Açores, Major-general Mora de Oliveira, diz desconhecer "a intenção de virem a ser despedidos meia centena de trabalhadores portugueses" ao serviço do destacamento norte-americano da Base das Lajes.  

 

    "É uma medida que tem de ser comunicada ao comando português e até agora não recebi nenhuma comunicação nesse sentido", garantiu o Comandante do Comando Aéreo dos Açores.  

 

    Mora de Oliveira conhece duas questões pendentes, uma "em que há uma sanção aplicada a um trabalhador" que considera "ter o trabalhador razão e os americanos acham que não".  

 

    A segunda prende-se "com nove trabalhadores vigilantes do campo dos tanques de combustíveis que estão com contrato a prazo".  

 

    Os trabalhadores receberam cartas a dar conta do termo dos contratos a 15 de Abril o que levou o comando do destacamento norte-americano a esclarecer publicamente que "houve uma precipitação" e o governo regional "a manifestar o seu desagrado pelo assunto".  

 

    Mora de Oliveira limita-se a referir que "a legislação portuguesa é clara na questão dos contratos a prazo" mas admite, tal como o executivo da região, que o assunto "vai ser tratado na reunião da Comissão Laboral, que decorre esta semana".  

 

    O objectivo é, segundo as autoridades da região, "reintegrar os trabalhadores sem que percam o seu posto de trabalho".  

 

    Mora de Oliveira considera "como importante, mais importante que tudo, a manutenção da força laboral portuguesa ao serviço do destacamento norte-americano".

 

    O destacamento norte-americano emprega 777 portugueses nas mais variadas funções e serviços.  

 

    Para o Major-general "na questão laboral, porque envolve pessoas, tem de existir um cuidado especial".  

 

    "Tenho grande respeito pelas pessoas e isso para mim é uma questão central", afiança.  

 

    Quanto às queixas dos trabalhadores garante que "quando as há, uma faculdade dos trabalhadores, são prontamente atendidas e quando os comandos [português e americano] não chegam a consenso, o assunto sobe à comissão laboral".

 

    Caso aqui também não exista consenso "é debatido no seio das reuniões da comissão bilateral de acompanhamento da execução do tratado enre Portugal e EUA" e caso falhe nesta instância "segue-se o recurso aos tribunais".

 

    Mora de Oliveira adianta que "não compete ao comando militar ser advogado de defesa dos trabalhadores mas analisar as queixas formais, quando existem, e tentar resolvê-las à luz do regulamento laboral".  

 

    Realça que "as relações entre o pessoal e os comandos português e americanos são excelentes" e assentam "no respeito mútuo e na confiança".  

 

    Essa confiança e respeito são visíveis, acrescentou, não só em termos ilitares mas também nas acções civis e na área social.  
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