UE/RDCongo: Portugal participa em missão europeia

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Rui Elias

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« Responder #15 em: Junho 27, 2006, 04:18:31 pm »
A missão é só de 4 neses e as nossas forças, (ainda ontem voltaram a falar que seria o DAE) vai ficar no Gabão, sob comando francês e só será activado em caso de necessidade, ou seja:

Eles não vão andar a fazer patrulhas, que nem é essa a sua vocação.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #16 em: Junho 27, 2006, 04:36:25 pm »
Nem isso passou-me pela cabeça, este tipo de unidades não faz esse tipo de missão. No entanto pensei que esta missão seria como no Afeganistão, ou seja, tem uma duração no tempo indetermináda e as unidades vão sendo substituidas (2ª Companhia de Comandos, 1ª Companhia de Comandos, 1 companhia de atiradores do 2ª BIParas, etc.).
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lightning

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« Responder #17 em: Junho 27, 2006, 07:29:36 pm »
A missão da EUFOR é apoiar os 17.000 capacetes azuis que estão na Republica Democrática do Congo (ex-Zaire) durante as eleições que se vão realizar nesse pais, essa missão vai ter a duração de 4 meses e pelo que está planeado a missão fica cumprida ao fim desse tempo.

A EUFOR vai ser constituida por 2.000 militares, o Comando Operacional vai ficar situado em Potsdam na Alemanha, o quartel-general local vai ser em Kinshasa no aeroporto de Ndolo juntamente com 800 militares europeus que vão apoiar os capacetes azuis, entre estes 800 militares encontram-se 1 batalhão de para-quedistas alemães, 1 companhia da policia militar polaca responsavel pela segurança do aeroporto, etc.

Os restantes 1.200 militares europeus vão ficar colocados numa base militar francesa no Gabão, esta força será uma QRF (quick reaction force/ força de reacção rápida) para ser utilizada em apoio na RDC se isso for necessário (podem nem sair do Gabão).
Dentro desta QRF existe uma Componente de Forças Especiais composta por 200 militares, entre eles 30 fuzileiros DAE.
 

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ricardonunes

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« Responder #18 em: Junho 27, 2006, 07:49:54 pm »
Por falar em Capacetes Azuis no Congo:
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Dois «capacetes azuis» libertados na RD do Congo

Dois dos sete capacetes azuis mantidos reféns por milícias em Ituri, no nordeste da República Democrática do Congo (RDC), foram libertados hoje de manhã, anunciou fonte da Missão da ONU no país (MONUC).
«Dois capacetes azuis (designação por que são conhecidos os militares ao serviço das Nações Unidas) foram libertados. Estamos a fazer o máximo possível para que os outros também o sejam rapidamente», disse Carmine Camerini, porta-voz da MONC em Bonua, capital da província de Ituri.

A mesma fonte disse não poder fornecer mais pormenores, nomeadamente as circunstâncias em que os dois militares foram libertados.

Os sete soldados ao serviço das Nações Unidas tinham sido capturados a 28 de Maio durante uma operação militar conjunta da MONUC e do exército congolês, com o objectivo de desalojar as milícias entrincheiradas perto da localidade de Fataki, a mais de 60 quilómetros para nordeste de Bunia.

Diário Digital / Lusa

27-06-2006 7:07:50
Potius mori quam foedari
 

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Yosy

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« Responder #19 em: Junho 27, 2006, 09:45:29 pm »
Citação de: "Rui Elias"
A missão é só de 4 neses e as nossas forças, (ainda ontem voltaram a falar que seria o DAE) vai ficar no Gabão, sob comando francês e só será activado em caso de necessidade, ou seja:

Eles não vão andar a fazer patrulhas, que nem é essa a sua vocação.


Exacto. Lembrem-se de que unidades estilo DAE são tropas de reserva, usadas só quando existem missões que exijam as suas capacidades.
 

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ricardonunes

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« Responder #20 em: Julho 05, 2006, 09:33:45 am »
Do Diário da Republica de hoje.

Potius mori quam foedari
 

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Marauder

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« Responder #21 em: Julho 05, 2006, 10:13:06 pm »
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Fuzileiros partem a 14 de Julho para missão da UE na RDCongo
Os fuzileiros portugueses que integram a missão da União Europeia de apoio às eleições na República Democrática do Congo (RDC) vão partir a 14 de Julho e ficar estacionados no Gabão, disse esta quarta-feira à agência Lusa a fonte militar.

Do aeroporto militar de Figo Maduro partem 25 fuzileiros e 16 militares da Força Aérea, que vão assegurar a operação no terreno do avião Hércules C-130 que transporta o contingente.

Hoje, largou do porto de Setúbal com destino à RDC um navio com todo o material necessário à operação, onde seguem cinco fuzileiros (no total, 30 militares deste corpo integram a missão da União Europeia).

Para o terreno seguiu já uma equipa de dois oficiais encarregues de fazer o reconhecimento e estabelecer a ligação com os militares franceses.

Os militares portugueses vão ficar estacionados (por um período de quatro meses após as eleições de 30 de Julho) no aquartelamento de Port-Gentil, uma localidade a sul da capital do Gabão, Libreville.

Os fuzileiros, que ficarão sob comando francês, ficam em estado de prontidão para actuar em caso de necessidade, juntamente com contingentes de outros países da União.

A missão militar da UE, que visa apoiar os capacetes azuis das Nações Unidas durante o processo eleitoral, tem a configuração de uma força de reacção rápida e é composta por cerca de 500 militares, que ficarão concentrados em Kinshasa, mais 800 de reserva estacionados no Gabão.

«Dispor de uma força de reacção rápida permite-nos alertar eventuais prevaricadores que reagiremos se tentarem perturbar o processo de paz em curso na RDC», justificou recentemente o major Hans Reichen, porta-voz da missão das Nações Unidas no Congo (Monuc).

O Leste da RDC tem sido palco de confrontos com forças rebeldes, que têm desestabilizado o processo que conduzirá às eleições de 30 de Julho, as primeiras verdadeiramente democráticas dos últimos 40 anos no país.

O comando central da missão da UE ficará instalado em Potsdam, perto de Berlim (Alemanha).

A participação de militares portugueses na missão da União Europeia foi aprovada a 22 de Maio em Conselho Superior de Defesa Nacional, que deu ainda «luz verde» à participação de um avião de transporte C-130 e oficiais para serviço no quartel-general da força.

Os oficiais que integram a missão desempenharão funções no Estado-Maior da força da UE, que ficará sedeado em Kinshasa e será comandado pela França.

As eleições presidenciais e legislativas na República Democrática do Congo, as primeiras em mais de 40 anos, realizam-se a 30 de Julho (primeira volta).

Alemanha e França são os países que contribuirão com mais efectivos, estando ainda prevista a participação, além de Portugal, de militares da Itália, Grécia, Irlanda e Reino Unido.

O Presidente da República, Cavaco Silva, esteve no final de Maio com os fuzileiros que integram a missão da UE, que encontrou no final de uma visita à Base Naval do Alfeite, em Almada, a primeira deslocação a instalações da Marinha como Comandante Supremo das Forças Armadas.

Diário Digital / Lusa

05-07-2006 17:10:00


de:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=235064

Ta quase..
 

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Mazagão

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« Responder #22 em: Julho 14, 2006, 02:13:17 pm »
Aqui vão eles

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Missão das Nações Unidas
Elite dos fuzileiros portugueses parte hoje para o Congo
14.07.2006 - 09h07   Nuno Sá Lourenço PÚBLICO
 


Os militares portugueses ficarão instalados numa base francesa, em Port Gentil (Gabão), juntamente com elementos de outras forças especiais, francesas e suecas.

A participação portuguesa insere-se no apoio da União Europeia à iniciativa da ONU. A duração prevista para esta missão é de quatro meses. Juntamente com estes fuzileiros seguirão 16 militares da Força Aérea, adstritos ao avião de transporte C-130, que permanecerá em África para permitir capacidade de transporte aéreo à força. As Nações Unidas destacaram para aquele território 14 mil militares regulares. A União Europeia apoiou o esforço com o envio de 1800 alemães, polacos e noruegueses. Os trinta militares portugueses farão parte de um restrito grupo onde se incluem 130 franceses e 50 suecos. Todos de forças de operações especiais.

Os militares, com guia de marcha para África, são, portanto, a elite dentro da elite. Fuzileiros que se incluem na categoria designada de operações especiais, da qual em Portugal só existe mais um grupo, o de Operações Especiais de Lamego (Rangers). A média de idades no DAE está acima dos trinta anos. A permanência no destacamento é igualmente elevada. Entre os militares com que o PÚBLICO falou havia quem fizesse parte do DAE há oito anos e outros há vinte.

O tipo de missões que a força habitualmente leva a cabo obriga a um maior cuidado com a identificação dos elementos. A pedido da Marinha, as caras, patentes e nomes dos militares destacados para o terreno foram ocultados.

O PÚBLICO foi encontrar os militares prestes a embarcar para uma das zonas mais perigosas do globo num total ambiente de serenidade. Com todo o material pesado já enviado, na Base Naval do Alfeite, o que restava aos militares era passar as últimas horas com as famílias. Sobre a missão, não mostraram grande emoção ou preocupação. Consideram-na "estimulante", apesar de estarem avisados para o clima de "instabilidade" que se vive na região.

Mas para estes fuzileiros, a expectativa de partir para um país diferente não é superior à noção de que partem para África, para fazer aquilo que desde sempre treinaram e algumas vezes executaram em território nacional. Até porque esta é uma das forças militares com mais trabalho do país. De acordo com um dos seus elementos, em 360 dias o DAE contabiliza "empenhamento" em 180 deles, sem contar com os treinos.

Sendo tropas de elite, a tarefa definida para o seu empenho no Congo é específica. As missões que poderão vir a ser chamados a desempenhar no terreno são de reconhecimento especial, o que, nas palavras do comandante que vai liderar a força, significa "obtenção de informação de carácter estratégico" e acções directas, que traduzido quer dizer "resgate, captura e destruição". Uma vez no terreno, terão de ter um nível de prontidão que lhes permita intervir em qualquer parte do território da República Democrática do Congo, "por horas, semanas ou meses".

Não quer isto dizer que o DAE parta para o Gabão pronto para entrar em combate. Estes elementos só actuarão caso o comando operacional em Potsdam, na Alemanha, o entenda e para as tarefas já explicitadas. Mesmo aí foi-lhes dada formação relativamente às regras de empenhamento que deverão respeitar quando em missão. De acordo com o comandante Brás Oliveira, relações públicas da Marinha, os elementos que seguem hoje "sabem qual o limite do uso da força". O que significa que só podem responder ao fogo, em caso de "defesa própria ou da pessoa a resgatar". "Se lhes for chamado um nome feio, sabem que não podem reagir", acrescenta.

A experiência é uma das mais-valias da força. Em missões no exterior, a maior visibilidade foi atingida com as operações de resgate na Guiné-Bissau, em 1998. Passaram também por Timor. De acordo com o oficial que vai liderar os 30 portugueses no terreno, a esmagadora maioria (25) "já estiveram em situações operacionais dentro e fora do território nacional".

Em Portugal, o DAE é responsável por operações anfíbias, contra-terrorismo, combate ao narcotráfico e salvamentos em pontos da costa de difícil acesso.A novidade desta missão está na proximidade com congéneres europeus. O comandante da força explica que, ao "nível do desenvolvimento profissional, o termo de comparação é o melhor que pode haver". Mas haverá reencontros. Entre os portugueses de partida há quem já tenha trabalhado com as operações especiais francesas também destacadas para o Gabão.


Fonte: http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1264051
“Commanded by António da Silveira that has a pair of balls stronger than the balls of your canons and that all the Portuguese here have balls and do not fear those who don’t have them”
 

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TOMKAT

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« Responder #23 em: Julho 15, 2006, 02:50:33 pm »
Em complemento ao post anterior do Mazagão...

http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=208353&idCanal=10

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Defesa - Goe e fuzileiros já no terreno
Tropas no Congo


Um pequeno grupo de militares do RESCOM – a ultra-secreta unidade de elite da Força Aérea, especializada em acções de regaste de combate – integra a missão de 17 elementos e um avião C-130 que partiu ontem à noite para a República Democrática do Congo.

Com a chegada desta força, sobe para 47 o número de militares portugueses empenhados naquele país africano, já que ontem partiram de Lisboa 30 fuzileiros. E, na embaixada de Portugal em Kinshasa, estão também elementos do Grupo de Operações Especiais da PSP.

Segundo explicou ao CM fonte militar, o C-130 da Força Aérea Portuguesa, tal como outras seis aeronaves, poderá vir a ser “chamado a operar debaixo de fogo para evacuar civis”. Neste tipo de acção, é fundamental a presença dos elementos do RESCOM, a elite da Força Aérea, já que as aeronaves não chegam a parar na pista, procedendo à recolha dos civis em andamento. “Chamar pista às zonas previstas de aterragem é um exercício de imaginação. São terrenos planos onde é chegar, recolher e partir”, disse fonte militar.

Integrados no mesmo grupo, segundo apurou o CM, seguiram também militares especializados em informações de combate, que irão formar uma célula de informações para toda a componente aérea. “Não é uma missão de alto risco, mas tem algum risco associado.” Os 17 militares, todos com experiência em zonas como o Afeganistão, vão ficar estacionados num aeródromo no Gabão.

A missão de imposição de paz por razões humanitárias da União Europeia, no âmbito da ONU, deve durar quatro meses.


Curiosa a menção ao "ultra-secreto" RESCOM.

Não pensei que fosse assim tão secreto... :?

Curiosa também a partida das forças portuguesas.
Todos de "passa-montanhas" enfiado na cabeça para não serem identificados... até um oficial DAE(?) ao dar uma entrevista à RTP, lá estava de "passa-montanhas"...
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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Yosy

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« Responder #24 em: Julho 16, 2006, 01:34:16 pm »
:lol:

RESCOM ultra-secreto

Estes jornalistas não sabem mesmo nada de nada: na reportagem da RTP (até compreendo as caras-tapadas, bem melhor que as despedidas chorosas para a TV á lá Guerra Colonial) o jornalista a referir o grupo de "Fuzileiros da Marinha" - 'atão existem fuzileiros de outro lado?  :roll:
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #25 em: Julho 20, 2006, 06:59:15 pm »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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PereiraMarques

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Re: UE/RDCongo: Portugal participa em missão europeia
« Responder #26 em: Outubro 11, 2010, 04:30:32 pm »
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COMUNICADO UE

Na sequência da proposta nacional o Major General Cameira Martins foi escolhido pela EU para chefiar a missão da EUSEC na Republica Democrática do Congo. O mandato, com inicio de imediato, terá a duração de um ano, prorrogável por mais um.

 :arrow: http://www.emgfa.pt/documents/wqby9rdv7pmf.pdf