Sector Portuário

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PedroI

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Re: Sector Portuário
« Responder #135 em: Novembro 26, 2012, 12:29:05 pm »
Boas,

Anda aqui um bolo que não se imagina.

Esta greve entrou no descontrolo e se pouco sentido fazia quando alguem que só faz a primeira hora de um turno recebe a totalidade do mesmo e que leva para casa valores na ordem dos 4000€ só em horas extraordinarias, com os danos que têm causado ainda faz menos.
Entretanto este Sr. João Carvalho que é presidente de um organismo que no papel já não existe e que se diz viu o nome ser vetado para uma suposta presidencia conjunta dos portos de Lisboa e Setubal vai apreguando que só com Leixões e Sines "vai-se lá" porque será.

Depois de este tempo todo de greve dos estivadores e panos quentes do Governo começo a pensar até que ponto é que o interesse do governo não vai mesmo no sentido de sangrar até a morte os Portos de Lisboa e Setubal recorrendo a Leixões e Sines.
Os terrenos dos terminais de contentores de Lisboa devem valer uma pequena gigante fortuna em imobiliario e compadrio, e os veiculos da AutoEuropa ficavam a matar num porto de Sines a precisar de diversificação sendo que os terrenos dos terminais ro-ro e multiusos de Setubal deviam dar uns condominios topo de gama com vista para Troia.
Claro que como aconteçe sempre lá se vão esquecendo dos custos a longo prazo porque Leixões simplesmente nunca conseguirá crescer em infraestrutura, Sines continua a ser longe demais e a não ter procura propria (99,9999999% dos produtos acabados descarregados em Sines não são para...... Sines!), sem um enorme investimento em infraestrutura ferroviaria quer publico quer privado nunca se conseguiram colocar mercadorias na maior area de consumo nacional, Lisboa atraves de Sines ou Leixões.

Cumprimentos,
 

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Luso

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Re: Sector Portuário
« Responder #136 em: Novembro 26, 2012, 02:52:01 pm »
Brilhante comentário, Pedro I.

Citar
Claro que como aconteçe sempre lá se vão esquecendo dos custos a longo prazo porque Leixões simplesmente nunca conseguirá crescer em infraestrutura, Sines continua a ser longe demais e a não ter procura propria (99,9999999% dos produtos acabados descarregados em Sines não são para...... Sines!), sem um enorme investimento em infraestrutura ferroviaria quer publico quer privado nunca se conseguiram colocar mercadorias na maior area de consumo nacional, Lisboa atraves de Sines ou Leixões.

Precisamente. Mas para estas maltas governativas a racionalidade é coia que menos importa. O que interessa mesmo são os argumentos que justificam as suas decisões. O resto é cantiga.
Isto está a ser muito bem conduzido.
Ainda há quem diga que as coisas não são feitas dessa maneira. Agora já não é por ignorância mas por má fé.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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PedroI

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Re: Sector Portuário
« Responder #137 em: Novembro 26, 2012, 04:05:12 pm »
Caro Malagueta,

O que se passa em Portugal no sector dos transportes é criminoso e eu não falo em coisas como o Mario Soares comprar terrenos na OTA antes de se saber que o suposto novo aeroporto era para aqueles lados ou as concessões das Pontes e das SCUT's ou mesmo na renegociação da concessão da Liscont à Mota-Engil que valia cada centimo do dinheiro que o Coelhone ia por ao bolso, mas que ia criar em Lisboa o unico terminal de contentores necessario para os proximos 50 anos ficando um pequeno terminal na zona de Santa Apolonia para a cabotagem insular.
Falo de crimes geracionais que nos vão custar milhões em durante muito tempo em produtividade, competitividade, investimento estrangeiro, divisas, qualidade de vida e outros não tangiveis. O caso acima referido da concessão da Liscont é um desses, esforçaram-se tanto para fazer uma panelinha que impossibilitaram a criação do um terminal competitivo em Lisboa quando ainda por cima se tivessem feito um concurso as claras aera dificil a Mota-Engil não sair vencedora na mesma.

E quando estão todos muito preocupados com o impacto da greve da estiva na exportação todos se esqueçem da importação:
Citar
Portos: Empresas dão ultimato
23 de Novembro, 2012 por David Dinis e João Madeira

Empresas avisam que os custos de transporte das exportações estão a «disparar» e há negócios a cair.
Armadores internacionais pedem apoio do PS à lei do Governo que motivou greve dos estivadores. Dizem que só assim se evitará o cancelamento de negócios e fecho de escritórios em Lisboa.

Preocupadas com os efeitos da prolongada greve dos estivadores, quatro   das maiores companhias de navegação   internacionais que utilizam o Porto de Lisboa solicitaram uma audiência de urgência ao líder parlamentar do Partido Socialista (PS).

O objectivo: pedir a Carlos Zorrinho um «consenso alargado» – leia-se, o voto favorável – à nova legislação portuária proposta pelo Governo, que vai ser votada na próxima semana na Assembleia da República, de modo a parar a «greve infindável» que, garantem, «tem lesado gravemente toda a economia portuguesa» .

Numa carta enviada ao PS, no início da semana,  os armadores falam de encomendas de exportações canceladas e de companhias a ponderar o fecho dos escritórios em Portugal devido à inoperabilidade dos terminais.

A carta, a que o SOL teve acesso, é assinada pelos presidentes da alemã Oldenburg, da britânica MacAndrews, da suíça XCL e da holandesa WEC. Estas empresas transportam entre 65% e 70% da carga intereuropeia com destino/origem em Portugal.

A presente situação no Porto de Lisboa, onde os estivadores estão desde Agosto a organizar greves, está, segundo explicam na missiva, a levar ao congestionamento do Porto de Leixões e a fazer com que o transporte seja feito de camião, com um efeito: «O custo de transporte para as exportações portuguesas está a disparar» . Em alguns casos, «os exportadores desistem mesmo de negócios já fechados» , alegando que a margem de venda não é suficiente para compensar os custos acrescidos de transporte.

«Muitas das exportações portuguesas estão, neste momento, à espera de transporte, e muitas empresas europeias cancelaram já as suas encomendas» , já que o transporte por camião é «demasiado caro» e Espanha e Marrocos também produzem os materiais em questão.

De resto, os empresários lembram que os portos em Espanha já estão a registar «um crescimento inesperado» com a greve em Portugal. E avisam que «muitas companhias de navegação estão a considerar reduzir ou encerrar os seus escritórios no nosso país»

A OPDR, a MacAndrews, WEC são responsaveis por trazerem e levarem para Roterdão, Antuerpia, etc as cargas com origem e destino no Oriente quando começarem a faltar produtos importados do dia a dia nas prateleiras do Continente e da loja do Chines eu estou cá para ver.
Ou quando as lojas dos 300's passarem a lojas dos 1500's eu estou ca para ver. :N-icon-Axe:

Tendo em conta o estado avançado de podridão em que vai esta crise o Governo devia aproveitar e acabar de vez com a estiva em Portugal e era muito simples.
Uma concessão portuaria é usualmente atribuida por 20 ou 30 anos correcto?! Bastava obrigar o concessionario a contratar trabalhadores com carteira profissional de estivador (que só existe no papel mas vamos dar-lhes essa borla) e ter um esquema de salario "à Maritimo" um ordenado base de suponhamos 10€ mais um adicional de trabalho efectivo em terminal de 30€ por forma a garantir o posto emprego em alturas em que não há trabalho sem onerar os custos do operador em fazes menos boas. Quando houvesse mais trabalho ou se punha mais gente ou se dobravam os turnos, horas extraordinarias, etc, e acabava-se com esta pouca vergonha.

Cumprimentos,
 

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HSMW

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Re: Sector Portuário
« Responder #138 em: Novembro 26, 2012, 04:27:09 pm »
Citação de: "PedroI"
Boas,

Os terrenos dos terminais de contentores de Lisboa devem valer uma pequena gigante fortuna em imobiliario e compadrio, e os veiculos da AutoEuropa ficavam a matar num porto de Sines a precisar de diversificação sendo que os terrenos dos terminais ro-ro e multiusos de Setubal deviam dar uns condominios topo de gama com vista para Troia.

Já tínhamos saudades dos comentários do PedroI!  :G-beer2:

Lembro-me de à alguns anos (5? 10?) atrás falar-se de uma "remodelação" da zona ribeirinha de Lisboa. Esse projecto incluía fazer desaparecer a zona portuária. Já foi à uns bons anos, e a oposição dizia que a zona portuária era uma característica que fez de Lisboa aquilo que é em história e em estética. Não me lembro de se falar em questões económicas (tal como nunca se falou com visão de futuro).
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Malagueta

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Re: Sector Portuário
« Responder #139 em: Novembro 26, 2012, 04:28:43 pm »
Caro Pedro I,

Primeiro obrigado, pela tua contribuição para melhor entendermos o sector Portuario e logistica/transportes.

Só de ler algo de com o nome de uma pessoa como Carlos Zorrinho ou do mesmo calibre independentemente do partido, é motivo para mim não ler mais, para esse tipo de pessoas só existia um unico "transporte " que eu lhe arranjava ( carrinhas de cor camel, dos serviços prisonais ).

A moto-engil entre outras empresas é o produto de muitos anos de vilanagem cometidos pelas nossas supostas elites.
Que hoje em dia, já não me dou ao trabalho discutir.

Tenho pena, que todos os dias vermos ao desperdiçar de enormes oportunidades economicas entre outras para melhorar o pais que temos. E não só no sector Portuario, apesar deste momento ser um dos que mais depressa podia contribuir para o nosso desenvolvimento enconomico ou para criação de emprego.

Somos "devorados" todos os dias por interesses, desdes os grandes ao pequenos, que a vontade que dá é deixa-los "comer tudo", para um dia se comerem a eles mesmos, até não existir mais nada, para se "comer", que é o caminho que estamos a levar.

De qualquer fomas mais uma vez obrigado, pelo para mim, que me ajudas a conhecer e a esclarecerme sobre algo que não tinha, e não tenho conhecimentos, alem do que leio, e vejo.

E já agora comprem produtos Portugueses e este natal em vez de oferecem "bujigangas " das lojas dos chineses e outras, ofereçam produtos Portugueses, como por exemplo uma bela garrafa da vinho, aguardente.. etc.
 

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Malagueta

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Re: Sector Portuário
« Responder #140 em: Novembro 26, 2012, 05:48:22 pm »
Citar
criar em Lisboa o unico terminal de contentores necessario para os proximos 50 anos

caro Pedro I

Este terminal que referiste é o terminal que foi pensado ( e já falamos ) para trafaria? e que o governo faltou no seu investimento que rondava na ordem dos 500 milhoes?
é que nunca mais ouvi falar nisso.
 

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PedroI

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Re: Sector Portuário
« Responder #141 em: Novembro 26, 2012, 07:58:24 pm »
Citar
Este terminal que referiste é o terminal que foi pensado ( e já falamos ) para trafaria? e que o governo faltou no seu investimento que rondava na ordem dos 500 milhoes?
é que nunca mais ouvi falar nisso.

Não quando me referi ao único terminal que Lisboa precisava para os próximos 50 anos era em referencia ao plano que havia para remodelar o Terminal de Contentores de Alcântara para suporte do hinterland de Lisboa e Vale do Tejo.
A questão da Trafaria é uma questão Nacional. Um terminal bem feito e pensado de raiz na Trafaria, dava para a carga toda do pais e iria remeter Sines de volta para o Transhipment e Leixões para abastecer exclusivamente o Grande Porto e Minho e mesmo assim provavelmente só para cargas de alto valor que não estão sujeitas ao impacto do valor do transporte, se calhar é por isso que não se fala nisso.

Sines no Transhipment, Minérios e Combustíveis
Setúbal no RO-RO e Agroquimicos,
Trafaria na Exportação e Importação do Centro e Sul,
Alcântara na Cabotagem Insular,
Santa Apolónia nos Cruzeiros,
Leixões na Exportação e Importação do Norte,
Viana com os ENVC....
Uma ferrovia gerida por pessoas capazes e operada por privados
E uma lei do trabalho portuário como deve ser...

.... e ficávamos com um infraestrutura de transportes capaz de fazer o país andar 50 anos para a frente, pagar o investimento, pagar as dividas e atrair investimento sem ser pela mão de obra barata.

Mas isto já me faz lembrar os tópicos dos NPL/NPD, da substituição dos F16's e das G3's, não vai acontecer e a acontecer vai ser em cima do joelho com meias soluções como sempre.
 

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Re: Sector Portuário
« Responder #142 em: Novembro 27, 2012, 12:38:23 am »
É verdadeiramente revoltante ver que neste tema como em outros as soluções correctas eram faceis de tomar. Na grande parte dos casos as soluções correctas e mais beneficas para o país são na realidade bastante lógicas e nem é preciso uma pessoa com um discernimento acima do comum dos portugueses para conseguir pensar nelas.

A verdade é que o mais grave na corrupção feita pelos nossos politicos nem é a quantia que eles conseguem meter aos bolsos com os esquemas, perder só o que eles metem aos bolsos era algo que o país coseguiria suportar. O problema é que para um politico meter 10 ao bolso dele cria esquemas e toma soluções erradas que vão custar ao país 100 ou 1000 e são esses custos que na realidade o país não consegue suportar.

Por via de meterem ao bolso meia duzia de milhões estes senhores destroem negócios e estratégias que iriam render centenas ou milhares de milhões ao país.
 

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Malagueta

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Re: Sector Portuário
« Responder #143 em: Novembro 27, 2012, 10:13:16 am »
bom dia,

Pedro I, já agora como "encaixavas" os portos de Aveiro, Figueira e do algarve ?
 

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Malagueta

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Re: Sector Portuário
« Responder #144 em: Novembro 28, 2012, 09:17:41 am »
O presidente do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), João Carvalho, disse hoje que podem ser criados mais de 200 postos de trabalho nos portos portugueses no prazo de três a cinco anos.

Em entrevista à Lusa, o presidente do IPTM, entidade reguladora do sector portuário, defendeu que "o número de postos de trabalho nos portos nacionais pode crescer 40% no prazo de três a cinco anos", como resultado da implementação do novo regime laboral e do aumento da carga movimentada.

Tendo em conta que os portos de Portugal Continental empregam cerca de 650 estivadores, João Carvalho prevê a criação de mais de 200 postos de trabalho, rejeitando o argumento dos trabalhadores, que protestam contra a nova legislação, de que vai criar desemprego.

"São precisos mais trabalhadores, porque o movimento de carga está a crescer. Com a nova lei, em três anos, haverá muito mais emprego. E há também necessidade de rejuvenescer [a mão-de-obra]", defendeu o presidente do IPTM.

João Carvalho sustenta que "só há necessidade de mais emprego se vier mais carga. Quem pensar o contrário qualquer dia não tem emprego", alertando que, se as greves se prolongarem por mais tempo, "a probabilidade é que se percam clientes".

"A questão de fundo é a imagem com que fica o porto [em greve]. Esta direcção sindical deveria ouvir bem o que tem sido dito por toda a gente, porque qualquer dia está a provocar o desemprego, uma vez que a actividade está a diminuir bastante", declarou.

O presidente do IPTM realçou à Lusa que o porto de Lisboa, o mais representativo dos quatro que têm estado em greve (Setúbal, Aveiro e Figueira da Foz) "não tem estado em greve só por causa desta lei".

De acordo com dados oficiais, em 2012, 14 greves levaram à perda de 295 dias de trabalho, quando, no ano anterior, sete greves representaram 145 dias de trabalho perdidos.

Defensor da proposta de lei que, na quinta-feira, vai ser discutida na generalidade, João Carvalho acredita que a produtividade dos portos vai sair reforçada, o que dará condições a estas infraestruturas para "concorrerem com os portos espanhóis e ficarem ao nível de outros grandes portos europeus".

"Poderemos reduzir as taxas [portuárias], porque virão mais cargas e, com preços equivalentes a outros portos, ficamos em igualdade de circunstâncias", acrescentou.

O novo regime do trabalho portuário, previsto no memorando de entendimento com a 'troika', que vem substituir a legislação laboral em vigor desde 1993, vai ser debatido na quinta-feira, o que levou os dois sindicatos, que o contestam, a convocar uma manifestação junto à Assembleia da República.

Os portos de Aveiro, Figueira da Foz, Lisboa e Setúbal estão em greves sucessivas desde setembro, tendo pré-avisos de greve até 17 de dezembro.

De acordo com dados oficiais, os dois sindicatos, que, em setembro e desde então, se recusaram a subscrever o acordo para a alteração legislativa, representam 45% dos trabalhadores portuários e cerca de 28% da carga movimentada nos portos nacionais.
 

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PedroI

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Re: Sector Portuário
« Responder #145 em: Novembro 28, 2012, 12:03:01 pm »
Caro Malagueta,

Ontem tinha a resposta pronta e entretanto fechei o browser e lá se foi.
:N-icon-Axe:

Quando listei os negócios por portos foi numa óptica Nacional, de aposta dos maiores portos nas áreas em que podem ser competitivos ao nível internacional.
Não se pode estar a investir na Figueira, Portimão e Aveiro com o intuito de os tornar portos de referência mundial mas sim continuar a criar condições para os fazer potenciadores da economia regional.

Assim a resposta seria: Não encaixas!! pelo menos numa primeira linha. :N-icon-Axe:  :jaja:

Ainda sobre a greve tenho linhas de navegação a pedir cerca de 200€ para aceitar um contentor em Lisboa e leva-lo para Leixões onde não há greve. Se considerarem que um frete para o Norte da Europa anda abaixo dos 1000€ all-in são 20% de aumento nos custos, se considerarem que os fretes para América do Sul andam nos 2000€ all-in são 10%, a cargas de exportação com origem no hinterland primário de Lisboa não se vão aguentar muito mais tempo. :G-beer2: [/quote]
Citar
Primeiro obrigado, pela tua contribuição para melhor entendermos o sector Portuario e logistica/transportes.
Os meus comentários são da minha exclusiva responsabilidade e devem ser encarados com espírito crítico.
As minhas opiniões admito são usualmente exageradas e redutoras mas encaro como uma forma de levantar questões e alertar para assuntos que normalmente quem não está por dentro do sector portuário e dos transportes apenas consumindo o que sai na nossa comunicação social (que ainda sabe menos do assunto) não conhece ou não acha ser relevantes.
:lol:
 

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Malagueta

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Re: Sector Portuário
« Responder #146 em: Novembro 28, 2012, 01:42:28 pm »
Boas PedroI

Da minha parte obrigado, por me responderes, fiquei com mais algumas noções, e se não for maçada, voltarei a te "chatear " com mais perguntas. :)
 

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Edu

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Re: Sector Portuário
« Responder #147 em: Novembro 28, 2012, 01:47:09 pm »
Exelente post, gostei. Dá para perceber que ainda há gente que saberia como por isto a funcionar.

Talvez um dia consigamos sentar as pessoas certas nos lugares certos.
« Última modificação: Novembro 28, 2012, 01:58:10 pm por Edu »
 

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miguelbud

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Re: Sector Portuário
« Responder #148 em: Novembro 28, 2012, 01:48:56 pm »
O Pedro é que devia ser Ministro dos Transportes e Infraestruturas.  :G-clever:
 

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PedroI

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Re: Sector Portuário
« Responder #149 em: Novembro 28, 2012, 02:56:38 pm »
Citação de: "miguelbud"
O Pedro é que devia ser Ministro dos Transportes e Infraestruturas. :nice:

Vou dar um exemplo ocorrido num país amigo de uma uma pessoa de reconhecida capacidade técnica e teórica na área da agricultura, não filiada em nenhum partido, respeitada por todo o sector e por sectores transversais (pecuária, silvicultura, cinegética, etc) e mesmo por quem não gosta pessoalmente dele, que foi convidada para tomar posse num novo organismo que resultaria da fusão de diversos outros organismos mais pequenos e maiores que tinham responsabilidades duplicadas, sobrepostas e inúteis por forma a criar um organismo virado para a dinamização do sector e para romper com vícios adquiridos.
A pessoa em questão respondeu OK com duas condições:
Primeiro tenho de receber um salário equivalente ao salário que recebo como gerente da minha pequena exploração agrícola familiar.
Segundo só vêm para o novo organismo os funcionários que sejam reconhecidamente bons profissionais sendo que me comprometo a fazer entrevistas pessoais a todos aqueles que eu por trabalhar no sector ainda não conheça, todos os outros empurra papeis, mangas de alpaca, filhos e primos não tem lugar comigo e teriam de ser vocês a encontrar solução para eles, sendo que eu me comprometo a fazer um melhor trabalho com nem 2/3 do pessoal.

A resposta foi como seria de esperar que até não haveria problema de lhe pagar mais do que ele pedia, mais carro, despesas, etc, agora despedir incompetentes vinculados ao Estado é que nem pensar.

Agora se calhar vou dizer algo que poderá cair mal a muito boa gente: Enquanto se disser que são pornográficos os salários de gestores como o Zeinal Bava, Mexia, Paulo Azevedo,  etc, quando as empresas que gerem mais ou menos publicas dão lucros e cartas nos mercados as pessoas este país não vai a lado nenhum. Esquecem-se que estas empresas sendo bem geridas por pessoas competentes dão milhões.
Agora veja-se o exemplo do Horta Osório homem forte do Lloyds Bank detido pelo governo de sua Majestade e veja-se só Português que em 2011 teve de ser afastado temporariamente do gestão diária do banco por exaustão. Estaríamos nós Portugueses preparados para lhe pagarmos um salário pornográfico para fazer dele Ministro das Finanças ou Economia ou ambos, quando certamente valeria cada cêntimo?


Foi um grande off-topic mas com uma certa relevância
Só para que não pensem que sou um grande gestor de uma qualquer empresa do ramo marítimo-portuário recebo menos de 1100€ por mês e costumo preencher administrativo nos inquéritos. :lol:
Obviamente condeno os administrados politizados que vão para empresas privadas ou publicas receber milhares e nem se quer aparecem para tomar decisões culpados de grande parte das ineficiências da nossa economia.