Remodelado o site da Marinha

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Fábio G.

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Remodelado o site da Marinha
« em: Maio 20, 2004, 12:28:16 pm »
O site oficial da Marinha foi remodelado e até criaram um fórum.

http://www.marinha.pt/Marinha/pt

http://www.marinha.pt/Forum/
 

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JNSA

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« Responder #1 em: Maio 20, 2004, 05:44:22 pm »
Está bastante bom, o novo site!  :wink:
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #2 em: Maio 20, 2004, 07:12:00 pm »
Muito bom de facto.

Os meus parabéns à marinha.  :wink:
Ricardo Nunes
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komet

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« Responder #3 em: Maio 20, 2004, 07:18:47 pm »
Esperemos que os outros ramos sigam o mesmo exemplo ;)

Os meus parabéns.
"History is always written by who wins the war..."
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #4 em: Maio 20, 2004, 07:20:28 pm »
Do site da marinha:

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Atlântico Norte (14 de Outubro de 1918)


No dia 13 de Outubro largou da Madeira com destino aos Açores o vapor São Miguel, transportando carga e duzentos e seis passageiros, escoltado pelo patrulha Augusto de Castilho comandado pelo primeiro-tenente Carvalho Araújo. O patrulha era um antigo arrastão transformado em navio de guerra pela adição de duas pequenas peças, uma de 65 mm à proa e outra de 47 mm à popa. Parte da sua guarnição era constituída por pessoal da Armada e outra parte pelos seus antigos tripulantes. Nesta viagem, levava ainda seis passageiros: dois aspirantes em férias e quatro operários da Madeira.

Ao amanhecer do dia 14 de Outubro de 1918 encontravam-se os dois navios a cerca de duzentas milhas de Ponta Delgada quando, subitamente, começaram a ver cair à sua volta granadas de grosso calibre que levantavam enormes gerbes. Só então se aperceberam de que estavam a ser atacados a tiro de canhão por um submarino navegando à superfície. Aos gritos de «submarino!», «submarino!», o vapor aumentou a sua velocidade para catorze nós, que era a sua velocidade máxima, enquanto o patrulha passava a postos e combate, aumentava também a velocidade para dez nós, que para mais não davam as suas máquinas, começando a disparar a peça de ré contra o submarino e a lançar uma cortina de fumo para se encobrir a si e ao São Miguel.

O submarino era o U-139, um poderoso cruzador submarino alemão, armado com dois enormes canhões de 150 mm. O seu comandante era o capitão-tenente Von Arnaul de La Periére.
Iniciou-se então um insólito duelo de artilharia entre a minúscula peça de ré do patrulha e os dois monstros do submarino que, para poder usar ambos, era obrigado a guinar ora para um bordo ora para o outro o que fazia aumentar a distância. O certo é que, graças à cortina de fumo lançada pelo patrulha e à pequena dimensão do alvo, os artilheiros alemães não conseguiam acertar com nenhum tiro. Mas as caixas de fumo acabaram-se, a visibilidade melhorou, o submarino aproximou-se e as granadas alemãs começaram novamente a cair muito perto dos dois navios portugueses.

Receando que o São Miguel fosse atingido, Carvalho Araújo inverteu o rumo e avançou direito ao submarino. Von Arnaul sabia que a guerra estava a acabar, que a derrota da Alemanha era inevitável, tinha partido um periscópio num ataque anterior e não estava disposto a correr mais riscos. Por isso guinou também para sul, por forma a poder continuar a usar as suas duas peças e conservar-se fora do alcance das peças do patrulha. Mas com esta manobra permitiu que o vapor lhe ganhasse grande avanço.

Entretanto o Augusto de Castilho começava a ser atingido por estilhaços de granadas e a ter os primeiros mortos e feridos. Cerca de uma hora depois de ter começado o combate, Carvalho Araújo, vendo que o São Miguel já estava muito afastado, inverteu novamente o rumo e tomou o caminho do vapor perseguido pelo submarino que continuava a bombardeá-lo intensamente. É certo que nenhuma das granadas alemãs até então lhe tinha acertado em cheio, mas as que caiam mais perto produziam uma chuva de estilhaços que continuavam a fazer vítimas. Pelas oito da manhã acabaram-se as munições da peça de ré do patrulha. Mais uma vez Carvalho Araújo inverteu o rumo e aproou ao submarino unicamente com a intenção de gastar todas as munições da peça de vante antes de se render. Quando estas se esgotaram mandou parar as máquinas e colocar a bandeira a meia adriça. Mas o fogo do submarino continuava. Mandou então içar uma bandeira branca juntamente com a bandeira nacional. mas nem por isso o fogo do submarino abrandou. Nessa altura uma granada acertou em cheio no patrulha e uma onda de estilhaços varreu o navio. O comandante caiu morto e o imediato, guarda-marinha Armando Ferraz, sofreu ferimentos ligeiros pela segunda vez. Foi então que ocorreu um acidente grave a bordo do submarino. Uma das suas granadas explodiu prematuramente ao sair da boca da peça provocando avarias no seu casco exterior e em alguns tanques de combustível.

É óbvio que Von Arnaul se tinha apercebido de que o Augusto de Castilho se rendera mas continuara a fazer fogo na intenção de o afundar antes de se lançar na perseguição do São Miguel. Vendo-se agora obrigado a reparar as avarias produzidas pela sua própria peça, deu finalmente a ordem de cessar fogo, pondo termo ao combate.

Ao ser içado o sinal de rendição, a guarnição do patrulha apressara-se a pôr as embarcações na água e a abandonar o navio. Mas uma das baleeiras estava muito danificada e foi ao fundo. A outra com vinte e nove homens a bordo, muitos deles feridos, seguiu à vela, sob o comando do aspirante Samuel Vieira, para a ilha de Santa Maria onde chegou dois dias depois, tendo-lhe morrido um dos feridos durante a viagem. Os restantes doze homens, que tinham sido os últimos a deixar o navio, conseguiram, com um sobretudo dobrado, remendar o bote no qual, sob o comando do guarda-marinha Armando Ferraz, alcançaram a ilha de São Miguel após uma portentosa viagem de cerca de duzentas milhas a remos, sem comida e praticamente sem água.

O Augusto deCastilho acabou por ser afundado com cargas explosivas colocadas a bordo.


Pessoalmente não conhecia este episódio. Muito interessante.
Ricardo Nunes
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Luso

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« Responder #5 em: Maio 20, 2004, 07:59:12 pm »
Muito bom!
Até que enfim, marinheiros!
Agora só vos faltam navios!  8)
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Fábio G.

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« Responder #6 em: Maio 20, 2004, 11:01:16 pm »






Nesta fotografia vê-se bem aquela "porta" á frente da ponte de comando, esta "porta" deve ser onde se pode instalar o lançador VLS, não?
« Última modificação: Maio 20, 2004, 11:58:45 pm por Fábio G. »
 

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dremanu

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« Responder #7 em: Maio 20, 2004, 11:56:01 pm »
Está bonito sim, parabéns e que façam melhor ainda.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #8 em: Maio 21, 2004, 07:37:00 pm »
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Nesta fotografia vê-se bem aquela "porta" á frente da ponte de comando, esta "porta" deve ser onde se pode instalar o lançador VLS, não?


--> Ao que sei, essa parte está ocupada por uma sala de reuniões (aparentemente, nada indica o contrário) e, portanto, não há um espaço vazio no navio que permite receber o módulo que em si é bastante profundo. Os australianos andavam ensaiar, julgo, um programa para incluir um VLS nas suas Meko 200, acrescentando um módulo, mas a um custo nada convidativo...  :?
Talvez o que possa acontecer é a inclusão de um segundo CIWS, como chegou a estar previsto (na década de 90, O Diabo publicou mesmo um perfil das Meko em que haviam 2 Mk15, um na proa e outro na popa). De resto, ao que tem sido dado a entender a Marinha já tem planos delineados quanto ao que quer como modernização de meia-vida das VG (o Presidente Sampaio até assistiu a um briefing sobre isso, na sua visita às Selvagens).
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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Spectral

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« Responder #9 em: Maio 21, 2004, 08:12:56 pm »
Também me parece mais ser uma área destinada a um 2º sistema CIWS, como as MEKO gregas e turcas têm nessa posição.

O upgrade australiano às MEKO/ANZAC vai envolver um sonar rebocado, talvez um novo radar, mísseis ESSM ( na posição dos Sea Sparrow) e mísseis Harpoon.

E alguém faz algumas ideias do que a Marinha quer para as VdG ( não pode fugir muito ao que está acima...)

Cumptos
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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P44

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« Responder #10 em: Junho 07, 2004, 03:18:23 pm »
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Nesta fotografia vê-se bem aquela "porta" á frente da ponte de comando, esta "porta" deve ser onde se pode instalar o lançador VLS, não?
--> Ao que sei, essa parte está ocupada por uma sala de reuniões (aparentemente, nada indica o contrário)


---Deve ser onde jogam "á bisca"!!!!! :evil:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas