Nem um civil vai entrar na GNR

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SLBFaNaTiC

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Nem um civil vai entrar na GNR
« em: Dezembro 30, 2008, 02:16:31 pm »
Nem um civil vai entrar na GNR

A reestruturação da Guarda entra em vigor do dia 1 de Janeiro mas não hánem sinal dos milhares de civis prometidos para libertar polícias para a rua

00h00m

CARLOS VARELA

O Governo falava muito na entrada de funcionários públicos na GNR para libertar operacionais para o patrulhamento, mas nem um vai entrar, numa altura em que a Guarda, esta quinta-feira, dia 1, já estará reestruturada.
Os anúncios da chegada de civis à GNR e à PSP chegaram a ser veiculados pelo próprio primeiro-ministro, José Sócrates, ainda com António Costa enquanto ministro da Administração Interna.
A ideia era prover os serviços administrativos da GNR e da PSP com funcionários públicos excedentários, provenientes de outros ministérios, medida que iria libertar os militares e agentes agora atribuídos a esses serviços para o patrulhamento ou outras funções mais de acordo com a formação policial recebida.
No entanto, a GNR era o principal alvo da medida, uma vez que esta força militar de segurança era apontada como a que tinha uma maior carga administrativa, até pela existências das brigadas.
A ideia começou a ser veiculada quando, no ano passado, o primeiro-ministro foi ao Parlamento apresentar a reforma das forças policiais, tendente a reduzir o efectivo aplicado em serviços administrativos. E na Resolução de Conselho de Ministros de 1 de Março de 2007 dizia-se o seguinte: "(...) Estão identificados cerca de seis mil postos de trabalho nas forças em funções de suporte que podem ser desempenhados por civis sem formação militar ou policial. Desde logo, 1800 efectivos podem ser libertados" e falava da respectiva "colocação de funcionários civis".
Mas dois anos depois e com 2009 a começar, e a GNR a aplicar já depois de amanhã, dia 1 de Janeiro, a nova Lei Orgânica, com a extinção das várias unidades de escalão brigada, a conclusão é de que nem um único civil chegou à Guarda. "É isso, de facto", apontaram, ao JN, fontes da GNR. Curiosamente, no entanto, ainda em Setembro deste ano, Sócrates, de novo no Parlamento, questionado pelo deputado do PSD, Paulo Rangel, face à onda de violência que grassava no país, garantia que dois a três mil efectivos da GNR iriam ser empenhados em funções operacionais, no âmbito da reestruturação, agora aplicada a partir do próximo dia 1.
Mas também aqui a correspondência não é clara. Com efeito, mercê da reestruturação, a "GNR consegue criar uma estrutura mais flexível e mais rápida a responder às necessidades", segundo fontes daquela força militar de segurança adiantaram ao JN.
São extintas quatro brigadas territoriais e duas especiais, a Fiscal e a de Trânsito, mas os números conseguidos para a componente operacional não ultrapassam os 1200 homens, já contando com os cerca de mil novos militares que começaram a servir no Verão.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Naciona ... id=1064678


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CBras

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Re: Nem um civil vai entrar na GNR
« Responder #1 em: Dezembro 30, 2008, 02:39:36 pm »
Citação de: "SLBFaNaTiC"
Nem um civil vai entrar na GNR

São extintas quatro brigadas territoriais e duas especiais, a Fiscal e a de Trânsito, mas os números conseguidos para a componente operacional não ultrapassam os 1200 homens, já contando com os cerca de mil novos militares que começaram a servir no Verão.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Naciona ... id=1064678


não percebo mto bem se será bom ou mau, mas parece-me que não é nada de bom...em vez de porem funcionários públicos a fazerem trabalhos onde não é preciso formação de guarda...não percebo onde chegaremos, mas que abram mais escolas... depois vemos mais pessoal a queixar-se que faz trabalho de jardinagem e a lavar pratos :?   1200? :lol:  :cry:  :?:
:)wollen wir mal sehen wo dieses neue Erlebnis uns hinführt:)
 

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AJ

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« Responder #2 em: Dezembro 30, 2008, 06:04:10 pm »
Concordo com a não abertura de lugares nas forças de segurança a civis.
A César o que é de César.

O que deveriam fazer era, aquando do concurso para ingresso nas forças de segurança, criar vagas específicas para pessoal de secretariado, etc. Este pessoal passaria na mesma pela "recruta" (desculpem-me a falta de exactidão), no entanto teriam uma formação específica nas funções a desempenhar no cargo.

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SLBFaNaTiC

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« Responder #3 em: Dezembro 30, 2008, 06:11:19 pm »
Alerto que os que se fala aqui é aquilo que a uns tempos se falou em relação a colocar os que estavam a prestar serviço de secretariado/administrativos a fazer patrulha, colocando nesses lugares civis que saíram de alguns serviços públicos extintos, onde não há necessidade de estar 1 GNR ou PSP.

Abraço


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bruno loureiro

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« Responder #4 em: Dezembro 30, 2008, 06:57:31 pm »
Sendo assim, nada muda!!
Muda só a estruturação, certo?
Abraço
Cumpre  o  teu  último  objectivo,  como  se  fosse  o  primeiro !!!!
 

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AJ

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« Responder #5 em: Dezembro 30, 2008, 08:14:52 pm »
No que respeita à inclusão de civis na GNR, sim, nada muda.

De resto vai mudar muita coisa. Já estive a dar uma vista de olhos ao jornal e parecem haver mudanças estruturais profundas.

Agora só falta aguardar para: 1º ver se realmente são implementadas correctamente e atempadamente; 2º ver se as alterações são na realidade vantajosas para a instituição e para a PSP.

Agora um áparte/desabafo pessoal: é impressão minha ou a PSP está a perder largos pontos em relação à GNR, em todos os aspectos (materiais, especialidades, infrastruturas, condições de trabalho, etc)?

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Trafaria

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« Responder #6 em: Dezembro 31, 2008, 09:10:38 pm »
Calma AJ,
Neste caso trata-se de aproximar a organização da GNR à da PSP e nao o inverso.

Já fizeram o mesmo em relação à intrução, à farda, etc... e farão-no em muitos outros aspectos. A PSP serve-lhes de modelo e guião, não o inverso.
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Trafaria

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« Responder #7 em: Dezembro 31, 2008, 09:18:22 pm »
Citar
O que deveriam fazer era, aquando do concurso para ingresso nas forças de segurança, criar vagas específicas para pessoal de secretariado, etc. Este pessoal passaria na mesma pela "recruta" (desculpem-me a falta de exactidão), no entanto teriam uma formação específica nas funções a desempenhar no cargo.

Nao, nao concordo.
No que toca à PSP, que é a força que conheço, a sua escola serve para formar os seus agentes e subchefes e tb - nalguns casos - para os especializar.

Para o pessoal com funções nao-policiais (civis na GNR) é igual ao litro. As funções dum continuo, amanuense, porteiro, cozinheiro, motorista ou informático, nao diferem na sua essência do ministério da agricultura para o da saude e deste para o da administração interna. E se nuances existirem, que existem mesmo, ao fim da primeira semana estão assimiladas...
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sarg

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gnr
« Responder #8 em: Janeiro 01, 2009, 09:19:52 pm »
Citação de: "Trafaria"
Calma AJ,
Neste caso trata-se de aproximar a organização da GNR à da PSP e nao o inverso.

Já fizeram o mesmo em relação à intrução, à farda, etc... e farão-no em muitos outros aspectos. A PSP serve-lhes de modelo e guião, não o inverso.


é só mais uma opinião ou uma certeza.....

basta ver que tudo o que foi criado na GNR nestes ultimos anos para reparar que de modelo para a GNR a PSP nao teve nada.
as vezes temos de ter certeza das coisas antes de falar.experimente dar um salto á EPG e veja em que aspectos a PSP esta a servir de modelo.
em relação á entrada de civis, na minha opinião pessoal o que queriam fazer na GNR não era a integração de pessoal para faxinas,cozinheiros,electicistas etc mas sim para a função administrativa ( vulgo papelada).ora sabendo que muita "papelada" contem info classificada e em segredo de justiça seria impossivel essa integração de civis
2º ARMIJA / NATO QRF 2000/2001
QUERER É PODER MUITO
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Trafaria

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« Responder #9 em: Janeiro 01, 2009, 10:52:33 pm »
Caro,
A aproximação da formação da GNR à da PSP foi apenas objecto de decisão governamental...
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raphael

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Re: gnr
« Responder #10 em: Janeiro 01, 2009, 10:56:34 pm »
Citação de: "sarg"
Citação de: "Trafaria"
Calma AJ,
Neste caso trata-se de aproximar a organização da GNR à da PSP e nao o inverso.

Já fizeram o mesmo em relação à intrução, à farda, etc... e farão-no em muitos outros aspectos. A PSP serve-lhes de modelo e guião, não o inverso.

é só mais uma opinião ou uma certeza.....

basta ver que tudo o que foi criado na GNR nestes ultimos anos para reparar que de modelo para a GNR a PSP nao teve nada.
as vezes temos de ter certeza das coisas antes de falar.experimente dar um salto á EPG e veja em que aspectos a PSP esta a servir de modelo.
em relação á entrada de civis, na minha opinião pessoal o que queriam fazer na GNR não era a integração de pessoal para faxinas,cozinheiros,electicistas etc mas sim para a função administrativa ( vulgo papelada).ora sabendo que muita "papelada" contem info classificada e em segredo de justiça seria impossivel essa integração de civis


Bom a realidade de os civis terem acesso a informação classificada, não é novidade, pelo menos nas Forças Armadas, para isso é que existem diferentes graus de credenciação e nem todos os civis podem estar adstritos a determinadas funções...
por isso essa impossibilidade de integração de civis é um pormenor facilmente ultrapassável... só assim de repente... o MAI que tutela as forças de segurança é o quê? civil certo?  :twisted:
Um abraço
Raphael
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Trafaria

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« Responder #11 em: Janeiro 01, 2009, 10:58:40 pm »
Em todos os organismos do estado existem "civis" que mexem com papelada tão ou bem mais sensível do que na PSP ou GNR...

Mas sim, concordo, que há serviços e assuntos ditos de secretaria e que só OPCs devem lidar com eles... e é isso que acontece e nao vejo a acontecer de outra maneira.
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AJ

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« Responder #12 em: Janeiro 02, 2009, 08:13:22 pm »
Confesso que me sinto bastante confuso no que respeita à situação da PSP em relação à GNR, em termos de condições e evolutivos.

Vendo a actual situação ainda com olhos de civil, confesso que a GNR tem chamado muito mais à atenção da opinião pública, quer em termos operacionais, quer em termos de condições (com muita pena minha).

Mas devo dizer que sou um leigo no que respeita a esta matéria.

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Trafaria

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« Responder #13 em: Janeiro 05, 2009, 03:53:02 pm »
O Major-General Pires Nunes, ex-comandante da extinta Brigada Territorial N.º3, afirmando que “a reestruturação visa aproximar a GNR do modelo hierárquico da PSP”.


http://www.vozdaplanicie.pt/index.php?q ... SHOW/25327
::..Trafaria..::
 

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nosso cabo

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« Responder #14 em: Janeiro 06, 2009, 08:41:46 am »
Citação de: "Trafaria"
O Major-General Pires Nunes, ex-comandante da extinta Brigada Territorial N.º3, afirmando que “a reestruturação visa aproximar a GNR do modelo hierárquico da PSP”.


http://www.vozdaplanicie.pt/index.php?q ... SHOW/25327

 Que remédio. Já que com o Exercito não dá. É que eles não têm modelo territorial. Um exemplo; as antigas Brigadas Territoriais (BTer) tinham como modelo as Regiões Militares (RM). BTer 4 = RM Norte; BTer 5 = RM Centro, BTer 2 = RM Lisboa e BTer 3 = RM  Sul. Portanto tinham que alterar o modelo.
Comps.
PERGUNTAI AO INIMIGO QUEM SOMOS