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Geopolítica-Geoestratégia-Política de Defesa => Portugal => Tópico iniciado por: Miguel Roque em Setembro 10, 2005, 05:37:27 pm

Título: Que futuro queremos para Portugal?
Enviado por: Miguel Roque em Setembro 10, 2005, 05:37:27 pm
Para chegarmos aos dias de hoje é necessário fazer uma incursão na história pátria. Assim, em pinceladas rápidas, vou considerar os seguintes períodos:


- O período de 1128 a 1297 – que é o da fundação de Portugal, alargamento do reino e criação de uma identidade e individualidade próprias, a fim de se formar como entidade geopoliticamente viável.
- período de 1297 a 1415, em que se dá a consolidação da nação e a germinação do projecto nacional de expansão.
- O período de 1415 a 1521 (fim do reinado de D. Manuel I), é o período da expansão ultramarina dos portugueses que começou em Ceuta, em 1415, e que atingiu o seu apogeu no reinado de D. Manuel I .
- O período de D. João III à perda da independência (1580)  onde se verifica a tentativa de destruição do “projecto nacional” e que vai levar à perda da independência sem embargo da tentativa frustrada de D. Sebastião, que tem o seu epílogo em Alcácer Quibir, em 1578;
- O período que vai de 1580 a 1640, e que é o da dominação filipina, onde se destruiu quase por inteiro o projecto português, se depauperou o reino e se voltaram contra Portugal, alguns países que não eram até então nossos inimigos;
- O período de 1640 a 1707 (início do reinado de D. João V e fim da Guerra de Sucessão de Espanha); Restauração (que obrigou a mais um período de guerra de 28 anos); e luta política interna; perde-se a maior parte do Oriente e inicia-se o grande desenvolvimento do Brasil;
- O período de 1707 a 1807 (1.ª invasão francesa), verifica-se um segundo esforço no Brasil, desafogo financeiro e desenvolvimento;
- Período de 1807 a 1822, ocorreram as invasões francesas, entra em vigor a primeira Constituição Política e dá-se a independência do Brasil, Portugal falha a I Revolução Industrial;

- Período de 1822-1910, verifica-se:

. guerra civil quase permanente até 1851;
. Portugal “falha” a II Revolução Industrial;
. dá-se o lento “apodrecimento” do regime monárquico;
. revolução republicana e mudança de regime, o qual até hoje nunca foi referendado.

- período de 1910-1926 – verifica-se a falência política, económica e social da I República; participação algo desastrada na I Guerra Mundial;
- Período de 1926-1974, em que se deve considerar um sub período de 26 a 32, onde se verifica uma ditadura militar seguida de ditadura financeira e depois política, até que, em 1933 é referendada uma nova Constituição.

Seguiu-se:

. Institucionalização do “Estado Novo”;
. Renascimento do espírito nacional;
. Forte recuperação financeira e social e relativa recuperação económica;
. Virtuosismo político e diplomático durante a Guerra Civil de Espanha e a II Guerra Mundial;
. Verdadeiro início da industrialização do país nos anos 50;
. Ataque internacional concertado ao Ultramar português;

1974 – ? Revolução do 25 de Abril, III República menos parlamentar que a primeira e mais liberal que a segunda;

. Abandono da vocação ultramarina dos últimos 600 anos;
. Aposta na Comunidade Económica Europeia, mais tarde Comunidade Europeia, depois União Europeia, a caminho de algo que não se sabe muito bem o que vai ser.


Após esta síntese histórica, pode-se colocar novamente a pergunta: Que futuro queremos para Portugal?


Após o 25 de Abril esqueceu-se um passado quase milenar, é essencial que façamos as pazes com a História, isto é, não se pode meter tudo no mesmo saco e os heróis serem confundidos com os traidores!

Em suma,  nós (portugueses) temos que voltar a ter uma Ideia de Portugal e assumi-la!

Afirmo ainda as três maiores ameaças para Portugal:

- o perigo da união ibérica;
- o federalismo europeu;
- o relaxamento nacional;


Portugal só poderá ter futuro se... continuar a ser Portugal!
Garantir a soberania nacional, a integridade do território e a segurança das populações é o objectivo nacional, primordial.
  :Tanque: :Tanque: :Tanque: :Tanque:
Portugal, ontem, hoje e Sempre!
Título:
Enviado por: NBSVieiraPT em Setembro 10, 2005, 06:13:49 pm
:Palmas:
Título:
Enviado por: Spectral em Setembro 10, 2005, 10:20:48 pm
Conclusão : nos últimos 200 anos Portugal esteve melhor no período de 1926-1974.


Está realmente de parabéns pela sua análise lúcida e objectiva :roll:
Título:
Enviado por: Doctor Z em Setembro 11, 2005, 12:16:45 pm
Olá a todos.

Pessoalmente o futuro que quero para Portugal :

- retrocessão do concelho de Olivença no território nacional
- aumento do desenvolvimento do país
- baixar as occurrências de acidentes de viação duma vez para sempre
- baixar as occurrências de incêndios duma vez para sempre
- destruír a corrupção
- estructurar Portugal
- maior eficácia do sistema de saúde
- aumentar o nivél de conhecimento da população
- aumentar o destaque de Portugal a nivél mundial
- divulgação dos productos portugueses a nivél mundial

...
Título:
Enviado por: Miguel Roque em Setembro 11, 2005, 06:27:36 pm
Concordo consigo amigo

Olivença é um assunto que nós não deixaremos morrer, quer aqui quer nos nossos blogs e grupos, em parceria com o grupo amigos de Olivença e o Forum Olivença.
Por Olivença, Por Portugal
Miguel Roque
 :Soldado2:
Citação de: "Doctor Z"
Olá a todos.

Pessoalmente o futuro que quero para Portugal :

- retrocessão do concelho de Olivença no território nacional
- aumento do desenvolvimento do país
- baixar as occurrências de acidentes de viação duma vez para sempre
- baixar as occurrências de incêndios duma vez para sempre
- destruír a corrupção
- estructurar Portugal
- maior eficácia do sistema de saúde
- aumentar o nivél de conhecimento da população
- aumentar o destaque de Portugal a nivél mundial
- divulgação dos productos portugueses a nivél mundial

...
Título:
Enviado por: Miguel Roque em Setembro 11, 2005, 06:31:09 pm
E claro com este nosso Forum Defesa, peço desculpa pelo esquecimento...
 :Soldado2:
Citação de: "Doctor Z"
Olá a todos.

Pessoalmente o futuro que quero para Portugal :

- retrocessão do concelho de Olivença no território nacional
- aumento do desenvolvimento do país
- baixar as occurrências de acidentes de viação duma vez para sempre
- baixar as occurrências de incêndios duma vez para sempre
- destruír a corrupção
- estructurar Portugal
- maior eficácia do sistema de saúde
- aumentar o nivél de conhecimento da população
- aumentar o destaque de Portugal a nivél mundial
- divulgação dos productos portugueses a nivél mundial

...
[/quote]
Título: Re: Que futuro queremos para Portugal?
Enviado por: Sobrevivente em Fevereiro 04, 2006, 09:32:55 pm
Certamente, ser de direita ou de esquerda não invalida estas posições. Para voltarmos a ser o país que fomos temos que manter viva nossa dignidade, e recuperar a identidade perdida nos ultimos tempos.
VIVA PORTUGAL
Citação de: "Miguel Roque"
nós (portugueses) temos que voltar a ter uma Ideia de Portugal e assumi-la!

Afirmo ainda as três maiores ameaças para Portugal:

- o perigo da união ibérica;
- o federalismo europeu;
- o relaxamento nacional;


Portugal só poderá ter futuro se... continuar a ser Portugal!
Garantir a soberania nacional, a integridade do território e a segurança das populações é o objectivo nacional, primordial.
  :Tanque: :Tanque: :Tanque: :Tanque:
Portugal, ontem, hoje e Sempre!
Título:
Enviado por: pedro em Fevereiro 04, 2006, 10:13:38 pm
Voces tem o meu apoio na questao de Olivenca.
VIVA PORTUGAL.
cumprimentos
Título:
Enviado por: Marauder em Fevereiro 14, 2006, 10:45:35 am
Epá....União Iberica devem tar a gozar...
    Federalismo europeu ...verdade...mas ainda estamos um pouco distantes dessa realidade, senão vá consultar o Art nº 1 do TUE ou TEU ( Tratado da União Europeia, 1992 Maastricht) em que refere "povos da europa" em vez de "povo europeu". Somente isto afasta por agora essa ideia.

    O relaxamento nacional...é natural desde que voltamos a escrever Filipe em vez de Felipe , expulsando este caramelo lá para Espanha.

      Cumprimentos
Título: Re: Que futuro queremos para Portugal?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 14, 2006, 02:24:20 pm
Citação de: "Miguel Roque"
Para chegarmos aos dias de hoje é necessário fazer uma incursão na história pátria. Assim, em pinceladas rápidas, vou considerar os seguintes períodos:


- Período de 1926-1974, em que se deve considerar um sub período de 26 a 32, onde se verifica uma ditadura militar seguida de ditadura financeira e depois política, até que, em 1933 é referendada uma nova Constituição.

Seguiu-se:

. Institucionalização do “Estado Novo”;
. Renascimento do espírito nacional;
. Forte recuperação financeira e social e relativa recuperação económica;
. Virtuosismo político e diplomático durante a Guerra Civil de Espanha e a II Guerra Mundial;
. Verdadeiro início da industrialização do país nos anos 50;
. Ataque internacional concertado ao Ultramar português;

1974 – ? Revolução do 25 de Abril, III República menos parlamentar que a primeira e mais liberal que a segunda;

. Abandono da vocação ultramarina dos últimos 600 anos;
. Aposta na Comunidade Económica Europeia, mais tarde Comunidade Europeia, depois União Europeia, a caminho de algo que não se sabe muito bem o que vai ser.


Após esta síntese histórica, pode-se colocar novamente a pergunta: Que futuro queremos para Portugal?


Após o 25 de Abril esqueceu-se um passado quase milenar, é essencial que façamos as pazes com a História, isto é, não se pode meter tudo no mesmo saco e os heróis serem confundidos com os traidores!

Em suma,  nós (portugueses) temos que voltar a ter uma Ideia de Portugal e assumi-la!

Afirmo ainda as três maiores ameaças para Portugal:

- o perigo da união ibérica;
- o federalismo europeu;
- o relaxamento nacional;


Portugal só poderá ter futuro se... continuar a ser Portugal!
Garantir a soberania nacional, a integridade do território e a segurança das populações é o objectivo nacional, primordial.
  :Tanque: :Tanque: :Tanque: :Tanque:
Portugal, ontem, hoje e Sempre!


É impressão minha ou o amigo é um fã do Estado novo. Se comparar a industralização pós-2ª GM, verá que em todos os paises europeus houve um crescimento muito superior, tanto ao nível económico como ao nível social. Não se esqueça que ao contrário de Portugal, metade da Europa estava arrasada. Mesmo assim conseguiram superar-nos. E porquê? Porque estavamos sobre um regime ruralista e que não via com bons olhos o desenvolvimento dessa mesma industria que disse que se desenvolveu. Até a ponte Salazar (actual 25 de abril) foi feita contra a vontade do próprio Salazar.
Acho que o "culto" ao estado novo deve ser um pouco refreada porque Portugal é o que é graças a esse regime. Nós tivemos que passar de um pais rural e sem qualquer qualificação dos seus recursos humanos para um pais que tem que competir com outras nações que desde o pós-guerra têm sempre andadoa investir nos seus recursos humanos e onde a modificação da sua estrutura foi sendo feita de uma forma muito mais progressiva.
Título: Re: Que futuro queremos para Portugal?
Enviado por: Sobrevivente em Fevereiro 27, 2006, 06:56:52 pm
De maneira alguma concordo com o Fascismo de Salazar (a posição do Miguel Roque, desconheço-a) mas uma duvida me surge, não poderiam os politicos pós-entrada na CEE ter feito mais por Portugal???
veja-se o caso de Espanha que estava pior que nós e já nos passou e bem...  :n.idea:
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Nós tivemos que passar de um pais rural e sem qualquer qualificação dos seus recursos humanos para um pais que tem que competir com outras nações que desde o pós-guerra têm sempre andadoa investir nos seus recursos humanos e onde a modificação da sua estrutura foi sendo feita de uma forma muito mais progressiva.
Título:
Enviado por: Marauder em Fevereiro 27, 2006, 07:30:58 pm
Sim, de facto deveriam ter feito mais, mas a população também de certeza que limitaria as decisões do governo. E as decisões nunca viriam de um governo de esquerda mas de direita, mais alinhado com os principios económicos (pelo menos esta é a ideia que se passa na actualidade).

    Atraiu-se muito investimento, mas de má qualidade, fábricas que nasceram para explorar somente a mão-de-obra barata e que..obviament já abandonaram ou devem estar neste momento em abandonar o país.

  O que a Espanha fez e muito bem foi "limpar" o seu sistema economico. O tecido economico espanhol era muito semelhante ao nosso, mas eles acabaram com as empresas inviáveis e que só sobreviviam com esmolas do estado. Desemprego aumentou, mas as empresas que sobreviveram demonstraram ser competitivas e fortes, e mais se juntaram. Em Portugal continuou o Laissez-faire...o nacionalizar para privatizar para depois voltar a nacionalizar...mantendo empresas inviáveis...mas aumentar o desemprego é sempre muito inpopular entre o povo. Mas os erros pagam-se normalmente no futuro. Caso de estudo PortugalVsEspanha hoje em dia.

  Cumprimentos
Título:
Enviado por: papatango em Março 01, 2006, 04:14:00 pm
Gostaria de apelar para a seriedade e o cuidado com as afirmações.

Sobrevivente:

Em nenhum periodo da nossa história recente, excepto o periodo correspondente à guerra civil espanhola e o periodo até 1950, foi a Espanha mais pobre que Portugal.

A Espanha sempre foi mais rica que Portugal, nomeadamente desde as invasões francesas.

Temos os nossos problemas, mas eles não são de agora nem são todos responsabilidade dos governos pós 25 de Abril.

Em 1973/1974 havia em Portugal surtos de colera como no terceiro mundo, porque quase 75% do país não tinha agua canalizada e menos de 50% tinha electicidade em casa, quando em Espanha quase 66% das familias tinham televisão.

Não confunda a realidade de Lisboa, com a realidade de Portugal.
Se considerarmos apenas Lisboa e a grande-Lisboa, então estariamos entre os mais ricos.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Doctor Z em Março 03, 2006, 01:44:19 pm
Citação de: "papatango"
Não confunda a realidade de Lisboa, com a realidade de Portugal.
Se considerarmos apenas Lisboa e a grande-Lisboa, então estariamos entre os mais ricos.
Cumprimentos


O que vejo para Portugal para os próximos anos se nada for feito :
- Alentejo a 100 000 habitantes (Beja + Evora + Portalegre)
- Trás os Montes a 100 000 habitantes (Vila Real + Bragança)
- Algarve totalmente massacrado por causa do turismo
- Lisboa e Vale do Tejo com mais gente
- Porto e grande Porto com mais gente
- Mais portugueses a saírem do país ?

Os factos possitivos :
- Desenvolvimento de Braga, Viseu, Aveiro, Coimbra e Guarda
- Melhoramento no Minho

Para as ilhas, na faço ideias ...
Título:
Enviado por: dremanu em Março 03, 2006, 05:40:44 pm
Na minha opinião pessoal, o futuro de Portugal passa pelo esforço individual de cada um de nós para sermos bons cidadãos, bons maridos, bons país de família, bons professionais, bons amigos, bons vizinhos, dar boa educação aos filhos, continuamente cultivar as nossas capacidades individuaís, etc.

Quanto mais sucesso obtiverem nestas coisas que controem a nossa realidade individual, mais sucesso terá o nosso país.
Título:
Enviado por: pedro em Março 03, 2006, 06:08:37 pm
Tem razao dremanu.
Cumprimentos :lol:
Título:
Enviado por: sierra002 em Março 04, 2006, 12:00:38 pm
Los paises del sur de Europa tenemos que hacer una inversión brutal en educación, aunque subir los niveles puedan ser doloroso.

Tengamos cuidado y cuidemonos, porque el futuro para Portugal (y para España) que muchos en los paises del norte desean, es un país de vacaciones donde solo haya trabajo de camarero o dependiente de tienda de suovenir con productos fabricados en China.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 04, 2006, 12:31:33 pm
Citação de: "sierra002"
Los paises del sur de Europa tenemos que hacer una inversión brutal en educación, aunque subir los niveles puedan ser doloroso.

Tengamos cuidado y cuidemonos, porque el futuro para Portugal (y para España) que muchos en los paises del norte desean, es un país de vacaciones donde solo haya trabajo de camarero o dependiente de tienda de suovenir con productos fabricados en China.


Concordo totalmente com o que acabaste de dizer!
Título:
Enviado por: dremanu em Março 05, 2006, 05:51:24 pm
Citação de: "sierra002"
Los paises del sur de Europa tenemos que hacer una inversión brutal en educación, aunque subir los niveles puedan ser doloroso.

Tengamos cuidado y cuidemonos, porque el futuro para Portugal (y para España) que muchos en los paises del norte desean, es un país de vacaciones donde solo haya trabajo de camarero o dependiente de tienda de suovenir con productos fabricados en China.


Sierra002:

Também eu concordo contigo.

É uma triste realidade que Portugal, e Espanha(na realidade Castela), outrora compartilharam o mundo entre eles, e hoje em dia são países seguidores.
Título:
Enviado por: C. E. Borges em Abril 19, 2006, 11:26:52 am
Com a intenção de partilhar por quem não conheça e possa interessar-se, encontrei no "site" que abaixo referencio o texto (pdf) de uma Conferência muito interessante, pronunciada pelo Professor Ernâni Lopes na Academia da Marinha em Outubro de 2003 e subordinada ao tema :
- «O Mar no futuro de Portugal. Uma abordagem estratégica».

Passaram entretanto quase três anos.
Como é que um cidadão-comum pode informar-se acerca do «andamento» das grandes linhas de orientação ali descritas, analisadas e veementemente sugeridas ? Terá sido "pérolas a porcos" ? Não acredito ...

Saudações a todos

http://www.angelfire.com/pq/unica/europ ... _lopes.pdf (http://www.angelfire.com/pq/unica/europa_2003_ernani_lopes.pdf)
Título:
Enviado por: Marauder em Abril 19, 2006, 01:16:46 pm
Citação de: "C. E. Borges"
Com a intenção de partilhar por quem não conheça e possa interessar-se, encontrei no "site" que abaixo referencio o texto (pdf) de uma Conferência muito interessante, pronunciada pelo Professor Ernâni Lopes na Academia da Marinha em Outubro de 2003 e subordinada ao tema :
- «O Mar no futuro de Portugal. Uma abordagem estratégica».

Passaram entretanto quase três anos.
Como é que um cidadão-comum pode informar-se acerca do «andamento» das grandes linhas de orientação ali descritas, analisadas e veementemente sugeridas ? Terá sido "pérolas a porcos" ? Não acredito ...

Saudações a todos

http://www.angelfire.com/pq/unica/europ ... _lopes.pdf (http://www.angelfire.com/pq/unica/europa_2003_ernani_lopes.pdf)



Realmente um bom texto.

Mas quero salientar que nesses três anos que se passaram, as coisas não estão iguais...mas também não estão diferentes. Por exemplo, este ano a Refer completou a ligação ferroviária ao Porto de Aveiro, e a ligação ao Porto de Sines também está prevista ser terminada num futuro próximo. A construção naval também...militar para ser mais precisa está a sofrer um forte boost....esperemos é que não morra no fim, tal como em 1968..

 Falta é empresários portugueses "com eles no sítio" para apostar no sector marítimo....mas não...vai tudo para "atrás do bolo"....turismo..construção civil.....quando o bolo acabar e se decidirem virar para outros mercados aqui mesmo em Portugal...já não haverá espaço..."Olha tantos espanhóis!!!"...

  O governo também não ajuda muito, mas os sectores críticos a intervir pelo governo são tantos que a sua inactividade neste sector é aceite e tolerada pelos portugueses. Isso e o facto de não ser sector muito aliciante quando comparado com as novas tecnologias da informação etc..

  Penso que ao contrário do combate estúpido entre AgriculturaVsIndústria do Estado Novo (que só atrasou aquilo que já vinha tarde), penso que deve tentar SEMPRE criar ligações entre as novas tecnologias e todos os sectores da economia, continuando a apoiar todas......não se pode apostar tudo num cavalo chamado "Plano Tecnológico"..
Título:
Enviado por: Marauder em Abril 19, 2006, 01:17:16 pm
Citação de: "C. E. Borges"
Com a intenção de partilhar por quem não conheça e possa interessar-se, encontrei no "site" que abaixo referencio o texto (pdf) de uma Conferência muito interessante, pronunciada pelo Professor Ernâni Lopes na Academia da Marinha em Outubro de 2003 e subordinada ao tema :
- «O Mar no futuro de Portugal. Uma abordagem estratégica».

Passaram entretanto quase três anos.
Como é que um cidadão-comum pode informar-se acerca do «andamento» das grandes linhas de orientação ali descritas, analisadas e veementemente sugeridas ? Terá sido "pérolas a porcos" ? Não acredito ...

Saudações a todos

http://www.angelfire.com/pq/unica/europ ... _lopes.pdf (http://www.angelfire.com/pq/unica/europa_2003_ernani_lopes.pdf)



Realmente um bom texto.

Mas quero salientar que nesses três anos que se passaram, as coisas não estão iguais...mas também não estão diferentes. Por exemplo, este ano a Refer completou a ligação ferroviária ao Porto de Aveiro, e a ligação ao Porto de Sines também está prevista ser terminada num futuro próximo. A construção naval também...militar para ser mais preciso está a sofrer um forte boost....esperemos é que não morra no fim, tal como em 1968..

 Falta é empresários portugueses "com eles no sítio" para apostar no sector marítimo....mas não...vai tudo para "atrás do bolo"....turismo..construção civil.....quando o bolo acabar e se decidirem virar para outros mercados aqui mesmo em Portugal...já não haverá espaço..."Olha tantos espanhóis!!!"...

  O governo também não ajuda muito, mas os sectores críticos a intervir pelo governo são tantos que a sua inactividade neste sector é aceite e tolerada pelos portugueses. Isso e o facto de não ser sector muito aliciante quando comparado com as novas tecnologias da informação etc..

  Penso que ao contrário do combate estúpido entre AgriculturaVsIndústria do Estado Novo (que só atrasou aquilo que já vinha tarde), penso que deve tentar SEMPRE criar ligações entre as novas tecnologias e todos os sectores da economia, continuando a apoiar todas......não se pode apostar tudo num cavalo chamado "Plano Tecnológico"..
Título:
Enviado por: Luso em Abril 19, 2006, 03:48:07 pm
As observações do marauder são interessantes e fazem sentido.
Todavia vejo que se fala demasiado em macroeconomia e quase nada em microeconomia.
Critica-se os empresários e certamente também há motivos para isso mas quantas empresas inovadoras ou de base tecnológica não surgem devido a problemas com o licenciamento industrial, falta de infraestruturas (por falta de interesse ou de dinheiro, já que esse foi estoirado em investimentos não produtivos), impedidmentos colocados pelos burocratas que querem ser mais papistas que o papa e técnicos que no fundo ambicionam ser advogados?
Há muitos assuntos mesquinhos que por isso mesmo não merecem ser discutidos pelas liminárias com responsabilidade porque... nunca tiveram de lidar com eles no dia-a-dia.
E são essas pedrinhas (esses calhaus) que atrapalham - e muito - a engrenagem.

Nas televisões e jornais só vemos os comentários e indignações de políticos e ex-políticos ou candidatos a tal, geralmente professores universitários que se limitam a debitar generalidades e a descrever grandes cenários abstractos. Raramente falam dos problemas do dia-a-dia que fazem a diferença. Só ouços alguns empresários (como o director/presidente da FRESITE, por exemplo), os que estão fora das organizações empresariais que não pretendem fazer muita mossa aos governos, que são muito directos na identificação dos problemas que afectam a nossa economia.
Título:
Enviado por: antoninho em Abril 24, 2006, 05:25:44 pm
Só agora li este dialogo e meus amigos isto resume-se a um breves palavras:

NÃO PERGUNTES O QUE O PAÍS PODE FAZER POR TI MAS SIM O QUE PODES FAZER POR ELE!- JFK

gostava de ver os nossos governantes a fazer tal apologia, de terem ao peito no estrangeiro o simbolo de portugal e quando muda um governo que a luta politica partidaria não fosse para lá levada,  pois ali só interessa o dever nacional, pois o que fazem é meter as ideias governamentais na gaveta do anterior governo e imporem as suas como se este país fosse um clube de futebol tem sido assim desde o 25 de abril de 74, não é o dito que está errado mas as atitudes de quem se serve da nação para impor as suas ambições pessoais, meter os amigos nos sectores chaves do estado, em italia onde chegou a estarem governos a ritmos alucinantes tal nunca foi feito e a economia italiana nunca sofreu o que a nossa sofre.
  ESTADO É ESTADO E NÃO CLUBE DE ELITES PESSOAIS UM POLITICO COM RESPONSABILIDADES TEM QUE SE LEMBRAR QUE O PRIMEIRO CARTÃO QUE RECEBEU FOI O DE CIDADÃO NACIONAL E NÃO O PARTIDÁRIO....ISTO É CIDADANIA...