Tecnologia Portuguesa

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comanche

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« Responder #240 em: Outubro 28, 2008, 10:18:52 pm »
Equipa da FCTUC vence Maratona de Programação


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A equipa do Departamento de Engenharia Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) venceu a MIUP 2008 (Maratona Inter-Universitária de Programação) ao resolver o maior numero de complexos problemas elaborados por um grupo de investigadores de informática de várias universidades e politécnicos do país e baseados em problemas reais que surgem nas empresas de informática ou em investigação.


Formada pelos alunos Diogo Ferreira, João Oliveirinha e Pedro Correia, a equipa "Californication", resolveu 5 dos 9 problemas durante as 5 horas da prova, portando-se heroicamente na luta com os segundos classificados, os Lusco-Fusco.

A MIUP 2008 reuniu, no passado sábado, 100 dos melhores Programadores das escolas de Engenharia Informática de todo o país, agrupados em equipas, e envolveu a resolução de 9 complexos problemas com recurso às linguagens de programação C, C++, Java ou Pascal.

De acordo como o responsável da Comissão Organizadora, Francisco Câmara Pereira, os “desafios eram altamente complexos. Os programadores foram confrontados com problemas que muitos engenheiros informáticos levariam vários dias a resolver”.

Visivelmente satisfeito com os resultados, o Docente da FCTUC sublinha que “ganhar uma MIUP, o principal evento de programação do país, é muito especial para o currículo de um programador. Significa ter um leque alargado de empresas interessadas na sua contratação”.

A Maratona Inter-Universitária de Programação (MIUP) é um concurso de programação para estudantes universitários que proporciona uma excelente oportunidade testarem a sua capacidade de resolução de problemas. Para além do aspecto competitivo, a MIUP possibilita também o convívio e troca de experiências entre alunos e professores das Universidades e Politécnicos portugueses.

A equipa vencedora tem agora de enfrentar a SWERC - South Western European Regional Contest, uma prova internacional que reúne equipas do sudoeste da Europa, em Novembro próximo.

Os 10 melhores da MIUP 2008, cujos resultados podem ser consultados em http://mooshak.dei.uc.pt/~miup2008/.
 

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André

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« Responder #241 em: Outubro 30, 2008, 06:14:44 pm »
Portugueses lideram consórcio europeu para desenvolvimento industrial de novo analgésico

Investigadores portugueses lideram um consórcio europeu de cinco parceiros criado para produzir um novo fármaco com propriedades analgésicas e que poderá ser usado na terapia das doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.

O projecto terá um financiamento de 695.000 euros da Comissão Europeia por quatro anos, na sequência da aprovação da sua candidatura à rubrica "Parcerias e Diálogo Indústria/Centros de Investigação" das "Acções Marie Curie", disse hoje à agência Lusa o coordenador do projecto.

Miguel Castanho, do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, explicou que o novo produto, ainda em processo de patenteação, resultou da transformação de uma molécula isolada do cérebro de mamíferos por cientistas japoneses nos anos 70, mas posteriormente abandonada por falta de interesse farmacológico.

O problema dessa molécula analgésica, chamada quiotorpina, era que tinha de ser colocada directamente no cérebro dos pacientes para ser eficaz.

O que este grupo de investigadores conseguiu foi "transformar a molécula de modo a poder ser introduzida na corrente sanguínea, passando daí ao cérebro, mantendo as suas propriedades analgésicas e de protecção contra as doenças neurodegenerativas", disse Miguel Castanho, que lidera a Unidade de Bioquímica Física do IMM.

A nova molécula foi concebida e estudada inicialmente pela equipa deste investigador, em parceria com o grupo de Isaura Tavares, da Universidade do Porto, tendo depois sido licenciada à BIOALVO, uma empresa portuguesa de biotecnologia que colaborou posteriormente no desenvolvimento do projecto, e a que se juntaram investigadores espanhóis e alemães.

As "Acções Marie Curie" inserem-se no 7º Programa Quadro de Investigação (FP7) da União Europeia e destinam-se a apoiar parcerias inovadoras entre centros de investigação públicos e instituições privadas, em especial pequenas e médias empresas, das quais possam resultar novos produtos.

Lusa

 

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comanche

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« Responder #242 em: Outubro 30, 2008, 08:57:25 pm »
Potencialidades das microalgas podiam ser melhor aproveitadas

Universidade de Coimbra tem a maior colecção do mundo

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A colecção de microalgas de água doce existente na Universidade de Coimbra é considerada "a maior do mundo", mas as suas potencialidades estão longe de serem aproveitadas, sendo os estrangeiros os maiores beneficiados até agora.

Na Algoteca da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) estão quatro mil estirpes diferentes de microalgas de água doce, mais de 300 géneros e mil espécies isoladas de uma vasta gama de habitats, informou a instituição.

A colecção - que está à frente da existente na Universidade do Texas, em Austin - tem sido procurada sobretudo por cientistas e universidades estrangeiras, para investigação fundamental, contou a bióloga Lília Santos, coordenadora da Algoteca.


As microalgas foram colhidas em albufeiras, rios, charcos, monumentos, estátuas, vitrais e paredes, e muitas delas são únicas.

“Temos recebido muitos pedidos a partir da Alemanha, Estados Unidos e Canadá”, referiu a especialista, sublinhando que são os estrangeiros os que mais têm aproveitado o potencial da colecção existente em Portugal. Consideradas a “matéria-prima do futuro”, as microalgas representam um “enorme potencial para aplicação na medicina e na farmácia, pois são-lhe conhecidos efeitos antioxidantes, imunológicos e anti-cancerígenos”, sublinha a investigadora.

“Se tivéssemos capacidade económica para explorar todas as capacidades das microalgas, daríamos passos de gigante em muitas áreas da ciência”, frisou.

Em 2000, a FCTUC submeteu à Fundação para a Ciência e Tecnologia um projecto para o “levantamento das potencialidades de aproveitamento das estirpes de microalgas, mas não foi contemplado” com financiamento.

A Spirulina é a microalga mais cultivada a nível mundial e utilizada no combate à obesidade e na despoluição e regeneração dos solos, a Botryococcus tem aplicação na produção de biodiesel, e a Chlorella é usada na aquacultura e alimentação saudável, exemplifica a bióloga da FCTUC.

Estudos para a produção de biodiesel tem levado entidades estrangeiras a procurar a Algoteca da FCTUC, com destaque para a Austrália, Canadá e Índia, referiu.

A rentabilização das potencialidades da colecção de microalgas, afirma a bióloga, passa por “empresas que queiram apostar nesta matéria-prima e por apoios para aquisição de novos equipamentos”.

A Algoteca reúne “espécies praticamente de toda a flora portuguesa” e é o resultado do trabalho da investigadora Fátima Santos, que há mais de 30 anos se dedica à colheita, isolamento, identificação e manutenção das culturas de microalgas.
 

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comanche

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« Responder #243 em: Outubro 30, 2008, 11:58:17 pm »
Reforço da ciência terá de ser feito pelas empresas

Portugal tem avançado, segundo relatório da OCDE,que alerta UE e EUA para formarem mais cérebros "top"

EDUARDA FERREIRA


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Portugal está a crescer no seu desempenho em ciência e tecnologia, apesar do escasso envolvimento das empresas. Em comparações internacionais, o país deixou de ocupar os últimos lugares. Em resultados e verbas.

Os tradicionais lugares de última fila ou penúltima fila deixaram de estar ocupados por Portugal em matéria de ciência, tecnologia e inovação. É certo que a dimensão do país nunca lhe reservará as posições cimeiras de colossos como os EUA, mas o último relatório bienal da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) já lhe confere alguma visibilidade que não seja apenas a relativa aos predomínio das mulheres em profissões científicas.

O relatório agora divulgado anota duas realidades. Primeira: têm sido feito esforços para aumentar as verbas do Produto Interno Bruto (PIB) (passaram de 0,75% em 2005 parar 1% em 2008 e há a promessa de alcançar 1,8% em 2010). Segunda: o tecido empresarial ainda põe muito pouco dinheiro no sector da investigação e inovação. E isto apesar de as empresas adoptarem produtos e serviços inovadores de forma bastante expressiva.

O financiamento pela indústria de actividades de investigação e desenvolvimento dá-nos um dos piores lugares na listagem de 30 países membros da OCDE. Aí ficamos em antepenúltimo. No entanto, o país continua a exportar sobretudo produtos com pouco valor acrescentado, ainda que lentamente se registe a tendência para a exportação de bens com média e alta tecnologia.

Os números deste documento da OCDE são quase sempre relativos a 2005, ainda que em muitos casos os anos subsequentes também surjam retratados.

Portugal surge com algum destaque (em segundo lugar entre 30, logo a seguir à Suíça) no aumento de doutorados em ciência e engenharias. Outro crescimento notório tem a ver com a publicação de artigos científicos: triplicou entre 1995 e 2005. Dado mais notável é a subida, em cada ano, de 11% das patentes com triplo registo (nos Estados Unidos, no Japão e na União Europeia). Isto mesmo que parte dessas patentes tenham a assinatura de mais inventores que não apenas portugueses.

A OCDE não se limitou a estudar a evolução dos seus 30 membros em matéria de ciência e inovação. Os casos da China e Índia e de outras economias emergentes, como a Rússia e Israel, foram também estudados. A Rússia, por exemplo, reforçou nos últimos anos e de forma significativa as verbas para investigação. Foi coisa que não aconteceu nos EUA, onde as empresas cortaram muito do seu financiamento. Resultado directo ou não, tem decrescido o número de patentes registadas. Na Europa, França, Alemanha e Reino Unido reduziram as verbas, o que se traduziu numa redução da média dos 27; também desceu o número de patentes.

Este menor financiamento das actividades de investigação, inovação e desenvolvimento por parte dos 30 da OCDE leva a dois tipos de alertas desta organização. Os países e os seus governos terão de aumentar a cooperação, não só entre si, mas com outros países, empresas e governos. Tal poderá atrair investimento estrangeiro e favorecer a participação em redes de inovação.

Outro alerta deixado diz respeito aos recursos humanos altamente especializados: cada vez serão mais requeridos num mercado altamente competitivo. Os agora países emergentes, que têm fornecido cientistas, deixarão de fazê-lo com o desenvolvimento dos seus próprios sistemas científicos.
 


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1036020
 

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« Responder #244 em: Outubro 31, 2008, 12:03:26 am »
Empresas portuguesas entram na Alta Tecnologia

Uma nova geração de empresas tecnológicas lusas está a trabalhar para melhorar a imagem de Portugal no mundo e a contribuir para uma mudança substancial no perfil das exportações.

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Sabia que o Itaú, o maior banco do Brasil e da América Latina com 47 milhões de clientes, utiliza software "Made in Portugal" para gerir o seu gigantesco centro de contactos telefónicos? E que o alargamento a Leste do espaço de Schengen no final de 2007 só foi possível antecipar dois anos graças a um programa informático desenvolvido em Coimbra? Ou, ainda, que os sensores em fibra óptica que equipam o novo avião Airbus A380 e em breve dos satélites da ESA (Agência Espacial Europeia) são fabricados no nosso país? Pois é verdade, a Altitude Software, a Critical Software e a FiberSensing são três bons exemplos de uma mão-cheia de empresas portuguesas tecnológicas que estão a dar cartas a nível internacional.
São pequenas e médias organizações, geridas por jovens empreendedores, que não só estão a influir positivamente na melhoria da imagem de Portugal no mundo, como começam a ter um papel de relevo no perfil das nossas exportações. A tal ponto que contribuíram de forma decisiva, em conjunto com a actividade local de algumas multinacionais (por exemplo, AutoEuropa, Qimonda ou NokiaSiemens), para que em 2007 tivesse ocorrido um marco histórico na economia portuguesa: pela primeira vez a balança comercial tecnológica foi positiva. Ainda em 2001, segundo dados do Banco de Portugal, 44% das exportações nacionais ainda eram produtos tradicionais de "baixa tecnologia". Mas, em 2007, já tinham baixado para 35,6%, a favor de produtos e serviços mais "high-tech". O que fez com que a maquinaria passasse a ser a primeira rubrica das nossas exportações.

Para trás terão ficado décadas, para não dizer séculos, em que as nossas exportações não iam além dos produtos tradicionais ou de indústrias que tiravam partido da mão-de-obra barata e pouco qualificada. Até os moldes portugueses que entraram em crise devido à forte concorrência asiática estão a saber reagir apostando em serviços de maior valor acrescentado. Por isso, continuam a merecer a confiança de marcas como a Porsche, Swatch ou Nokia. "A nova geração de empresários portugueses tem uma nova atitude: apostam mais na inovação e concebem os seus projectos a pensar no mercado internacional", afirma Lino Fernandes, presidente da Agência de Inovação, salientando a modernização dos sectores tradicionais. "Apostam nas produções flexíveis para melhor poder competir com a concorrência asiática", refere.

Portugueses fãs da tecnologia.  
 
Actuar como multinacional. Para Gastão Taveira, presidente-executivo da Altitude, ter a sede em Portugal não é inconveniente
Ao mesmo tempo, é justo assinalar que os portugueses têm vindo a revelar uma grande aceitação pelas novas tecnologias: temos uma das mais elevadas taxas de penetração de telemóveis do mundo (mais de 100%) e registamos um elevado índice de utilização (67% da população entre os 16 e os 74 anos) da rede Multibanco que, aliás, é reconhecida como das mais sofisticadas do mundo. Só assim é possível que 34% dos portugueses realizem pagamentos ao Estado por Multibanco e que 76% dos carregamentos dos telemóveis também sejam feitos nas caixas da SIBS.

E Portugal também tem sido palco de inovações que são "premières" mundiais. Foi no nosso país que surgiram em meados dos anos 1990 as primeiras portagens electrónicas do mundo nas auto-estradas (Via Verde) e que foram inventados os telemóveis pré-pagos (o Mimo da TMN), uma inovação tipo "ovo de Colombo" que se tornaria a grande responsável pela explosão das comunicações móveis em todo o mundo.

Também será justo dizer que a classe política dá sinais de acreditar na modernização tecnológica da economia portuguesa. Além de ter lançado o Plano Tecnológico e de ter feito acordos de colaboração estratégica com algumas das melhores universidades norte-americanas (MIT, CMU e Austin), tem tido alguns gestos simbólicos pró-Portugal "high-tech" impensáveis há poucos anos. Foi assim que o Presidente da República, Cavaco Silva, durante a última visita oficial a Espanha, ofereceu ao rei Juan Carlos um GPS (sistema de navegação por satélite) criado pela NDrive.

Além da NDrive, há outras empresas tecnológicas que já não têm vergonha de afirmar a sua origem portuguesa. Arregaçaram as mangas, colocaram fasquias elevadas e partiram à conquista do mundo. Comportam-se como verdadeiras multinacionais - a língua interna é o inglês - e ocupam nichos emergentes (disputar mercados aos gigantes mundiais como a Microsoft seria um suicídio).

Na biotecnologia também estão a surgir nomes como a Biotecnol, Alfama ou Bial que começam a ter os frutos dos longos anos de investigação e desenvolvimento que esta área do conhecimento requer. E já estão debaixo de olho das grandes farmacêuticas mundiais. Por exemplo, a Biotecnol produziu recentemente a primeira vacina do mundo contra a diarreia.

Com a banalização da Internet e a globalização, o posicionamento periférico e a reduzida dimensão do mercado interno deixaram de servir de desculpa. "Portugal precisa de acelerar uma agenda de excelência centrada nos casos de sucesso ligados à Inovação e Tecnologia", afirma Jaime Quesado, gestor do Programa Operacional Sociedade do Conhecimento. E acrescenta ser necessário "envolver de forma activa a rede de talentos espalhada pelo mundo na captação de investimento estrangeiro de alto valor acrescentado e na promoção de uma imagem de eficiência e modernidade do país".

 
 
Programas informáticos à prova de bala. Gonçalo Quadros, da Critical Software, diz que a exigência é a chave do sucesso para ganhar a NASA
Terá sido como resultado desta melhoria de imagem que três estrelas nacionais da tecnologia foram compradas nos últimos dois anos: a Enabler (especialista em sistemas de gestão de cadeias de hipermercados), pelos indianos da Wipro, a Chipidea (especialista no desenho de circuitos analógicos), pelos americanos da MIPS, e até a Mobicomp (aplicações para telemóvel), que foi adquirida recentemente pela Microsoft. E que a Vulcano foi detectada pelo radar da Bosch, o que levou a que a marca alemã colocasse em Portugal o seu centro de competência em esquentadores.

Das empresas que continuam em mãos portuguesas, a mais antiga (nasceu em 1992) e a mais internacional é a Altitude Software. Já vendeu o seu software de gestão de centros de contacto em mais de 60 países dos quatro continentes e tem escritórios de representação em 18 países. Para Gastão Taveira, presidente-executivo da Altitude, o segredo do sucesso está em ter adoptado procedimentos típicos de uma multinacional. "A produção do software está centralizada em Lisboa e está padronizada, mas a comercialização está descentralizada pela rede escritórios e distribuidores em cada mercado", explica. Para este executivo, ter a sede em Portugal acaba por não ser inconveniente porque o suporte aos clientes internacionais é feita remotamente (através da Internet).

Por sua vez, a FiberSensing, uma pequena empresa (20 colaboradores) com sede no Porto, está a dar cartas a nível mundial na nova geração de sensores em fibra óptica que permitem fazer medições de alta precisão. Não foi por acaso que passou nos rigorosos ensaios e certificações das exigentes indústrias aeronáutica (Airbus) e espacial (ESA). "A nível mundial só existe uma dezena de empresas com esta tecnologia", afirma Sérgio Aniceto, presidente-executivo da FiberSensing, adiantando que, após um período em que foi preciso "evangelizar o mercado", esta tecnologia desenvolvida pelos investigadores portugueses já está a ser procurada por empresas de todo o mundo. "Recentemente, fomos contactados por empresas de Taiwan e da Coreia a quem iremos vender os nossos produtos", exemplifica Sérgio Aniceto. O segredo do sucesso tem residido em dominar uma tecnologia de ponta, antecipar as necessidades dos clientes e em estar uns passos à frente da concorrência.

Grande valor simbólico para a auto-estima do Portugal "high-tech" tem também o recente fornecimento de sistemas biométricos de controlo de fronteiras para o aeroporto da capital da Finlândia (Helsínquia) que foram criados e desenvolvidos pela Vision-Box. Isto prova que Portugal, afinal, também pode exportar tecnologia para o país da Nokia. Mas há mais empresas nacionais com um pé em Portugal e outro no mundo. A WeDo Technologies, fundada em 2001 pela Sonaecom, está em 40 países e em mais de 60 operadores de telecomunicações com o software "Revenue Assurance" (gere a garantia de receitas de grande empresas de serviços). Já a YDreams está a colocar Portugal no mapa mundial da indústria dos jogos para telemóvel (e não só). E está atacar mercados sofisticados (EUA) com conceitos inovadores no campo dos "media" digitais e interactivos.

 
 
Bater o pé aos gigantes do software. Paulo Rosado, da Outsystems, diz que ´é preciso ser paranóico com a inovação, qualidade e prazos
Outro nome incontornável das tecnológicas nacionais é a Critical Software. Além de equipar as fronteiras europeias do espaço Schengen, celebrou contratos com os gigantes do aeroespacial NASA e ESA a quem fornece programas informáticos à "prova de bala". Para Gonçalo Quadros, o presidente-executivo da empresa de Coimbra, grande parte do êxito resulta da adopção da chamada "tecnologia em duplo-uso". "São soluções desenvolvidas para os mercados com requisitos mais exigentes que depois são colocadas nos mercados 'civis'", explica Gonçalo Quadros. As taxas de crescimento de dois dígitos por ano têm sido mantidas ano após ano porque, segundo o mesmo dirigente, a empresa aposta em mercados cujas barreiras à entrada são grandes (por exemplo, NASA ou ESA). "A geração de mais valor está na proporção directa dessa dificuldade de penetração", sustenta Gonçalo Quadros.

Outsystems é outro nome que é preciso reter. É considerada uma das mais promissoras empresas europeias de software, segundo a revista "Forbes". Porquê? Construiu uma plataforma que encurta de forma considerável o tempo de criação de programas informáticos em relação aos métodos tradicionais. Para Paulo Rosado, fundador e administrador da empresa, um dos segredos do sucesso tem sido a colocação da fasquia muito alta. "Temos de ser os melhores do mundo e não apenas os melhores de Portugal". Só assim foi possível ganhar recentemente um contrato com a Safeway, a segunda maior cadeia de supermercados dos Estados Unidos. Mas para lutar em pé de igualdade com os gigantes do software, Paulo Rosado diz "ser paranóico com a inovação, a qualidade e o cumprimento dos prazos de entrega dos produtos".

A Tim w.e. é outro nome desta nova vaga, embora menos conhecido. Tem vindo a ocupar um espaço vago na distribuição de conteúdos para telemóveis a nível mundial. Tem como clientes operadores em 60 países onde conta com mais de seis milhões de clientes activos e está também a explorar o terreno quase virgem da publicidade nos terminais móveis.

Outros casos de empresas que souberam saltar fronteiras com sucesso podiam ser referidos. Desde a Number Five, nos cartões de auto-identificação, passando pela Primavera (software de gestão) e Novabase (que fabrica caixas descodificadoras de TV e fornece software e serviços em vários pontos do mundo) até à Siscog (que planeia os recursos humanos das redes de caminhos-de-ferro). Todas formam uma vaga em crescendo que só parará de aumentar se começarem a faltar recursos humanos qualificados. O talento português está na rua, é só saber aproveitá-lo...



http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stori ... ies/423921
 

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comanche

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« Responder #245 em: Novembro 06, 2008, 12:45:37 am »
Neurocientista português distinguido nos EUA
Sociedade para a Neurociência reconhece trabalho de Ricardo Gil da Costa dedicada ao estudo da evolução cognitiva através de imagiologia cerebral

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O investigador português Ricardo Gil da Costa vai ser distinguido este mês pela Sociedade para a Neurociência (SFN) dos Estados Unidos pelo conjunto de estudos e publicações científicas que produziu para a sua tese de doutoramento, noticia a agência Lusa.

Será a 17 de Novembro que o prémio Donald B. Lindsley para Neurociência Comportamental lhe será entregue em Washington, por ocasião da reunião anual da SFN, em que são esperados milhares de membros, entre os quais os melhores profissionais do mundo nas várias áreas da Neurociência.

Segundo fonte da instituição, Ricardo Gil da Costa foi seleccionado entre várias candidaturas concorrentes muito fortes, tendo a escolha sido «especialmente difícil» este ano.

Ricardo Gil da Costa considerou a distinção «extremamente gratificante» tanto a título pessoal, pelo reconhecimento internacional do seu trabalho, que lhe poderá «abrir várias portas de continuidade profissional», como por ajudar a promover a sua área de investigação, bastante recente, dedicada ao estudo da evolução cognitiva através de imagiologia cerebral.

O cientista fez questão de assinalar que apesar dos trabalhos premiados terem sido feitos nos Estados Unidos (na Universidade de Harvard e nos Institutos Nacionais de Saúde), foram enquadrados no Programa Gulbenkian de Doutoramento em Biologia e Medicina, e em ligação com o Instituto Gulbenkian de Ciência e a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.


Reconhecimento da SFN, um ano depois da tese de doutoramento

Acrescentou que o reconhecimento pela SFN da sua tese de doutoramento como a melhor a nível internacional em Neurociências Comportamentais é extensivo às instituições portuguesas e aos programas doutorais portugueses.

O objectivo da sua investigação, como explicou «é compreender através de uma abordagem evolutiva como é que desenvolvemos as capacidades cognitivas que nos permitem ter desde representações mentais de objectos e eventos, a memorizar, estabelecer correlações, conceitos, ideias e comunicar».

É que «a compreensão da origem e evolução da linguagem e cognição humana é fundamental para o desenvolvimento de terapias adequadas às várias desordens neurológicas com incidências crescentes na nossa sociedade», afirmou.

Na sua perspectiva, «todo o destaque que se consiga dar, pelos vários cientistas portugueses, à educação e investigação científica em Portugal é uma mais valia importante para o reconhecimento da ciência nacional, com os devidos apoios e reconhecimento internacional».

A sua tese final de doutoramento, em Ciências Biomédicas, vertente Neurociências, foi examinada por um júri misto luso-americano e defendida no ano passado na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, sob a orientação de João Lobo Antunes.

 

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« Responder #246 em: Novembro 06, 2008, 09:50:53 pm »
Ciência: Equipa luso-americana comprova propriedades neuroprotectoras da carnitina e vê trabalho publicado nos EUA


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Porto, 06 Nov (Lusa) - Um estudo científico efectuado por uma equipa luso-americana confirmou as propriedades neuroprotectoras da carnitina, disse hoje à Lusa fonte do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto (UP).

Teresa Summavielle sustentou ainda que "os resultados deste estudo permitem sugerir que a carnitina poderá também retardar a progressão de outras doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson".

"Há vários trabalhos que apontam para essa possibilidade", revelou a investigadora, acrescentando que esta mesma equipa está já a desenvolver outras investigações com base nas comprovadas propriedades neuroprotectoras da carnitina.

O estudo, que foi publicado na Neuroscience, uma das principais revistas da especialidade, é a conclusão de um trabalho de colaboração entre investigadores portugueses e americanos, que inclui, entre outros, Teresa Summavielle e Ema Alves (IBMC), Félix Carvalho, da Faculdade de Farmácia da UP e Zbigniew Binienda, da Food and Drug Adminstration (FDA) dos Estados Unidos.

Financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, o projecto resultou numa investigação efectuada por esta equipa destinada a estudar as lesões cerebrais provocadas pelo uso de ecstasy (MDMA).

A carnitina, componente natural do organismo humano, é uma molécula composta por aminoácidos que circula no sangue com a função de transportar e mobilizar os ácidos gordos dentro do nosso organismo.

Por ter esta característica e por ser absorvida com relativa facilidade através do intestino, é adicionada com frequência a alimentos e bebidas.

"A carnitina está presente em vários alimentos disponíveis no mercado como a carne, mas também em bolachas integrais e algumas águas minerais aromatizadas, às quais esta substância foi adicionada", disse à Lusa Teresa Summavielle.

A ecstasy provoca grande libertação de serotonina, um mensageiro natural do cérebro, conhecido por "hormona da felicidade", responsável pelos efeitos de euforia.

O artigo explica que a presença da ecstasy no cérebro leva a uma acumulação de radicais livres altamente reactivos, com a consequente deterioração das mitocôndrias, principal organelo dos neurónios a ser afectado pelo consumo de ecstasy.

Segundo os autores do trabalho, a administração de carnitina ajuda a manter a integridade das mitocôndrias e preserva a funcionalidade dos neurónios.

Uma vez que as membranas das mitocôndrias parecem ser danificadas pela ecstasy, equipa questionou-se quanto ao possível papel protector que a carnitina teria nos neurónios quando administrada em simultâneo.

Os mecanismos pelos quais a carnitina consegue proteger as mitocôndrias não são ainda bem conhecidos e continuam a ser estudados por estes investigadores.

PF.

Lusa/Fim

 

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« Responder #247 em: Novembro 06, 2008, 09:55:15 pm »
VIH/SIDA: FMUC desenvolve projecto inovador com doentes na área das doenças cardiovasculares



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Porto, 06 Nov (Lusa) - Um projecto inovador sobre os riscos cardiovasculares nos doentes com VIH/SIDA, que vai ser realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), recebeu hoje a Bolsa Pfizer no valor de 60 mil euros.

Os investigadores vão estudar, segundo disse à Lusa fonte da FMUP, 1500 pacientes com VIH que frequentam a consulta do serviço de doenças infecciosas do Hospital São João no Porto.

Estudos internacionais retrospectivos indicam que o risco de um paciente com VIH sofrer um acidente cardiovascular é de 1,5 a 2 vezes maior do que na população em geral.

Os responsáveis pelo projecto pretendem verificar se a proteína dimetilarginina assimétrica, presente no organismo, pode ser um marcador do risco de acidentes cardiovasculares nos pacientes com VIH.

A hipótese surgiu porque esta proteína serve de marcador de acidentes cardiovasculares nos doentes renais, que têm uma probabilidade acrescida de sofrer de doença coronária.

Numa primeira fase, a equipa de investigação vai avaliar os níveis da proteína presente no organismo relacionando os valores com factores de risco tradicionais e não tradicionais.

Na segunda etapa do projecto, os investigadores vão desenvolver uma análise dos doentes durante dois anos, período em que serão monitorizados eventuais internamentos, complicações clínicas, mortalidade, entre outros factores.

Actualmente, os doentes com VIH dispõem de melhores condições de saúde e melhor qualidade de vida devido à eficácia dos medicamentos antiretrovíricos.

No entanto, verifica-se que os acidentes cardiovasculares são uma das principais causas de morte em doentes com VIH.

Os especialistas distinguidos com a "Bolsa Pfizer de investigação clínica em VIH/SIDA" esperam com este projecto abrir novas portas para os doentes através do desenvolvimento de terapêuticas que permitam modular a acção desta proteína e, consequentemente, reduzir o risco de acidentes cardiovasculares que ela provoca.

JZV.

Lusa/Fim.

 

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« Responder #248 em: Novembro 06, 2008, 10:06:31 pm »
Cientistas portugueses dão cartas em Portugal e no estrangeiro

Marília Cascalho, Leonor Gonçalves, Nuno Barbosa-Morais e Miguel Ramalho-Santos são os nomes das mais recentes ‘estrelas’ da ciência feita em português. Artigos publicados em revistas de referência e prémios atribuídos por instituições de prestígio são o resultado do trabalho destes quatro portugueses.


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Nas últimas semanas, várias investigações de cientistas portugueses que se encontram a trabalhar em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente nos Estados Unidos da América (EUA) e no Reino Unido, foram premiadas ou publicadas em importantes revistas da área ci-entífica.
Marília Cascalho, Leonor Gonçalves e Miguel Ramalho Santos viram os seus trabalhos de investigação ser premiados por várias instituições de renome. Nuno Barbosa-Morais publicou um artigo na revista ‘Science’, juntamente com a sua equipa de investigação.
Cada um na sua área, estes quatro investigadores mostram ao mundo a qualidade dos cientistas portugueses, e enchem de orgulho não só os seus amigos e familiares, mas também todo o mundo português.

Uma vacina contra a Sida

Marília Cascalho trabalha na Universidade de Michigan, nos EUA, e está a desenvolver uma vacina mutável para o vírus da imunodeficiência humana (o ví-rus da Sida). Um desafio difícil, que esta investigadora portuguesa radicada há 18 anos na Amé-rica do Norte decidiu aceitar co-mo seu.
Um dos principais obstáculos encontrados é o da rápida mutação do vírus, que se “modi-fica muito mais rapidamente do que o tempo que o organismo leva a produzir uma resposta protectora”, informou Marília Cascalho. A solução passará, em seu entender, pela criação de “uma vacina mutável, capaz de espoletar respostas imuni-tárias para diferentes variedades do vírus”.
Este projecto ambicioso da cientista portuguesa e da sua equipa recebeu recentemente um apoio precioso, ao ser premiado pela Fundação Bill e Melissa Gates, no âmbito do programa ‘Explorações de Grandes Desafios’. Esta iniciativa pretende distribuir 100 milhões de dólares (cerca de 78 milhões de euros) para impulsionar o combate a algumas das doenças que afectam os países mais pobres. O projecto de Marília Cascalho recebeu 100 mil dólares.

Sobre a dor crónica e a depressão

Leonor Gonçalves é investigadora da Universidade do Mi-nho, e realizou um estudo que demonstra “uma relação entre a depressão e a dor crónica”.
Segundo descobriu no seu estudo, “a dor crónica induz alterações no cérebro que conduzem à depressão, na medida em que se regista um aumento de neurónios em zonas do cérebro que não se sabia que ti-nham essa capacidade”.
Esta investigação foi agora galardoada com o Prémio Grünenthal Dor, destinado a distinguir trabalhos em língua portuguesa sobre temas de investiga-ção básica ou clínica relacionados com a dor. Leonor Gonçal-ves foi a primeira cientista a tra-zer este prémio para Portugal.
Apesar das conclusões do estudo, um trabalho de dois anos, a investigadora admite que os resultados “abrem mais perguntas” e levam à necessi-dade de se realizarem ainda “mais estudos” sobre a patologia da dor.

Sobre o ADN humano

Nuno Barbosa-Morais faz parte de uma equipa de investigadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
A equipa está a estudar o ge-noma humano, e descobriu agora que este tipo de ADN conti-nua a comportar-se como huma-no mesmo quando colocado num ambiente de células de ratos.
O trabalho tem como obje-ctivo perceber como é que a in-formação codificada no genoma é interpretada, para, dessa forma, se poder explicar como é que as diferenças no ADN se traduzem em diferenças orgânicas.
As conclusões desta investigação foram publicadas numa das últimas edições da famosa revista ‘Science’, num artigo conjunto de toda a equipa.
Nuno Barbosa-Morais tem 30 anos, é licenciado em Engenha-ria Física Tecnológica e doutorado em Ciências Biomédicas. Na sua opinião, o entendimento sobre como os genes são activados e silenciados é decisivo, quer para uma melhor compreensão do desenvolvimento fisiológico do organismo, quer para a compreensão e o tratamento de doenças de origem genética.

Prémio Novo Inovador

Miguel Ramalho-Santos licenciou-se em Biologia na Universidade de Coimbra e douto-rou-se na Universidade de Harvard, nos EUA. Actualmente, é docente da Faculdade de Medi-cina da Universidade da Califórnia e professor assistente no Instituto de Medicina de Rege-neração.
A investigação do português centra-se no controlo e na função das células estaminais embrionárias, um estudo com implicações para a biologia, a medicina regenerativa e o cancro.
Os seus trabalhos têm vindo a ser publicados em várias revistas científicas de referência, nomeadamente na ‘Cell Stem Cell’ e na ‘Gene Therapy’. Agora, o investigador ganhou o Prémio de Novo Inovador, atribuído pelo National Institutes of Health (da área da saúde), no valor de 1,5 milhões de euros.
Este prémio vai apoiar o trabalho da equipa de Miguel Ramalho-Santos nos próximos cinco anos. A investigação está focalizada nas células estaminais, nomeadamente nas embrioná-rias, que têm a capacidade de originar todas as outras.
O objectivo do trabalho passa por manipular estas células de modo a poder transformá-las quer em células de um qualquer órgão, já diferenciadas e especializadas em funções específicas, quer em tecidos necessários ao tratamento de doenças como Alzheimer, Parkinson ou a diabetes.


http://www.mundoportugues.org/content/1/3572/cientistas-portugueses-dao-cartas-portugal-estrangeiro/
 

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« Responder #249 em: Novembro 06, 2008, 10:50:48 pm »
Portugal à frente de Espanha
27 Outubro 2008 - 00h30

Ranking de objectivos na estratégia de Lisboa

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Portugal ocupa a décima quarta posição no ranking do ‘World Economic Forum, The Lisbon Review’, um índice que mede os progressos alcançados pelos 27 Estados-membros da União Europeia sobre os objectivos definidos para a Estratégia de Lisboa, tendo descido um lugar face ao relatório de 2006.

Segundo um comunicado do gabinete do coordenador da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho, a posição lusa no relatório bienal deste índice "representa a segunda maior subida" entre os 27 Estados-membros, numa comparação com os dados de 2004.

A Espanha, por exemplo, ficou na décima sétima posição. A Suécia lidera o ranking que avalia os progressos na sociedade de informação, inovação e I&D, entre outros.


http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... 0000000011



Ver Ranking completo no link,
http://www.weforum.org/pdf/gcr/lisbonre ... nkings.pdf
 

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« Responder #250 em: Novembro 06, 2008, 11:23:36 pm »
Investigadores da FEUP ganham prémio internacional com aditivo verde para gasóleo


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Em conjunto, dois investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) procuraram uma forma de tornar o gasóleo menos poluente que a gasolina. E encontraram uma solução, através de um processo flexível de síntese de aditivos verdes para redução de emissões de partículas na combustão de gasóleo.

É sabido que os motores a diesel são mais eficientes que os de gasolina. Mas, a partir de agora, o gasóleo pode passar também a ser menos poluente. Foi este o desafio abraçado há vários anos por dois Investigadores do Laboratório Associado de Processos de Separação e Reacção (LSRE) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), e que acaba por lhes valer o prémio "ABB Global Consulting Award for Sustainable Technology", no âmbito dos "IChemE Awards for Innovation & Excellence 2008".

Este galardão, que reconhece a excelência na investigação química, foi assim atribuído ao projecto de investigação "A Sustainable Process for Green Diesel Additives Synthesis: Acetals production by Simulated Moving Bed Reactor" que, na prática, se traduz num processo flexível de síntese de aditivos verdes para redução de emissões de partículas na combustão de gasóleo.

O projecto-piloto, da autoria de Alírio Rodrigues, catedrático de Engenharia Química da FEUP e director do laboratório associado, e de Viviana Silva, investigadora auxiliar desta unidade, vem criar um processo sustentável de produção de aditivos verdes para gasóleo, e já está patentado.

Até ao momento, a implementação desta tecnologia limpa e eficiente para sintetizar aditivos de gasóleo, aplicando soluções integradas de tecnologia de separação/reacção, está confinada ao Laboratório Associado LSRE-LCM da FEUP. No entanto, há já empresas interessadas na compra desta tecnologia, que já deu lugar a diversas publicações em revistas internacionais, várias patentes e duas teses de doutoramento.

O Institution of Chemical Engineers (IChemE) é uma organização internacional fundada em 1922 que conta actualmente com 27 mil membros de mais de 113 países. Com o objectivo de encorajar, celebrar e reconhecer a inovação e excelência da investigação na área da engenharia química, esta organização lança anualmente o "IChemE Awards for Innovation & Excellence".  
 

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« Responder #251 em: Novembro 08, 2008, 12:55:03 am »
Portugueses lideram grande investigação sobre malária

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Investigadores do Instituto de Medicina Molecular (IMM) em Lisboa rastrearam mais de 700 moléculas para identificar algumas envolvidas na infecção por malária. É a primeira fase de um ambicioso projecto que quer chegar a abranger todo o genoma humano, ou seja, mais de 30 mil genes. Para já, os resultados desta primeira etapa foram publicados hoje na revista PLoS Pathogens.


O estudo baseou-se na aplicação da tecnologia de interferência de RNA (RNAi), que permite reprimir a expressão de genes específicos, e na utlização de microscopia de fluorescência para monitorizar o efeito de tal repressão na infecção de células hepáticas (do fígado) pelo parasita da malária.

O trabalho é da autoria de Miguel Prudêncio, Cristina D. Rodrigues e colaboradores e foi liderado pela Unidade de Malária do Instituto de Medicina Molecular, chefiada por Maria Manuel Mota. Parte do estudo foi levado a cabo na empresa Cenyx Bioscience, lider mundial da tecnologia de RNAi.

O rastreio incidiu sobre genes envolvidos em processos de sinalização celular (que permitem às células receber e responder aos estímulos do ambiente), e levou à identificação de pelo menos 5 proteínas cuja inibição leva a uma diminuição da infecção nos hepatócitos (células do fígado).

“Feita a identificação destes genes, há agora que descobrir através de que mecanismos moleculares eles influenciam a infecção”, afirma Miguel Prudêncio. “O rastreio efectuado, que por si só, é um enorme passo para os estudos em malária, constitui o início e não o fim da investigação”, acrescenta Cristina Rodrigues.

A caracterização dos mecanismos de infecção em que participam os genes agora identificados é, pois, uma das actuais linhas da investigação da Unidade de Malária do IMM. O trabalho agora publicado revela a competitividade desta equipa de investigação, cuja qualidade científica tem permitido atrair importantes financiamentos internacionais.

De facto, “o presente trabalho só foi possível devido ao significativo investimento feito pela European Science Foundation que, através do seu programa EURYI, contribuiu de forma determinante para o financiamento da Unidada de Malária do IMM”, refere Maria Mota. “Esta publicação constitui o culminar dum enorme esforço científico e económico do nosso laboratório. Dado o elevado custo da técnica de RNAi, as fontes de financiamento a nível nacional não teriam sido suficientes para permitir um trabalho desta envergadura”, acrescentou a investigadora.
 

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« Responder #252 em: Novembro 08, 2008, 12:59:30 am »
Leões podem ser modelo para estudar a Sida no Homem


Estudo de cientista português revela a variedade genética daquela espécie

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Um cientista português descobriu que a elevada diversidade genética e de vírus existente nos leões permitirá utilizar esta espécie como modelo para estudar, entre outras doenças, a dinâmica do vírus da Sida em humanos. Por esta razão, a preservação de populações de leões em declínio assume uma elevada importância e mudar estes felinos de lugar pode levar à mobilidade de vírus potencialmente patogénicos e ameaçar a própria espécie, disse em entrevista o geneticista Agostinho Antunes.

Este investigador, do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIMAR) da Universidade do Porto, liderou uma equipa de 20 cientistas internacionais que realizou uma investigação durante anos com mais de 350 animais da Índia e de vários países de África, que é publicada hoje na conceituada revista "PLoS Genetics". "Foi um esforço grande. Não é propriamente fácil amostrar estes animais, nem fácil, nem seguro", sublinhou o geneticista que esteve também envolvido na descoberta da sequenciação do genoma do gato.


O trabalho visou conhecer melhor a variedade genética destes animais e caracterizar algumas doenças infecciosas, particularmente o FIV (desencadeia SIDA no gato doméstico), que existe com frequência elevada (até 97 por cento) em algumas populações de leões em África. "Há casos em que quase toda a população está infectada. É um caso interessante porque, ao contrário do gato doméstico, que desenvolve o Síndrome de Imunodeficiência Adquirida semelhante aos humanos, os leões não apresentam esses sintomas", explicou o cientista, que está ligado a esta investigação desde 2002.

A investigação aponta o facto dos leões já coexistirem com o vírus há muito tempo e terem desenvolvido estratégias de defesa natural como sendo a explicação para a inexistência destes sintomas nestes animais. "Esta descoberta é mais uma possibilidade de utilizar espécies como o leão, infectadas com o FIV, como modelo para estudar a dinâmica do HIV em humanos e do FIV em primatas", sublinhou.

O trabalho desvendou a evolução da dinâmica populacional dos leões e deitou por terra a ideia de que as populações de leões se resumiam a uma grande população em África e uma população na Ásia. "O que viemos mostrar é que a diversidade genética nos leões em África é bastante considerável", sublinhou o investigador, acrescentando que estes felinos têm uma "estrutura populacional bastante marcada entre diferentes regiões geográficas".

A conservação da espécie

Apesar de os leões terem capacidade de se dispersar com facilidade, na realidade o seu comportamento social cooperativo e outras características inerentes à biologia da espécie fazem com que, afinal, não troquem grande fluxo génico entre populações próximas e sejam significativamente diferentes, sustentou.

O cientista deu como exemplo o ecossistema do Serengeti, uma região que, apesar de relativamente pequena, tem a maior densidade de leões na Tanzânia. "Há uma evidência de uma estrutura genética considerável que sugere a existência, num passado recente, de três populações que agora vivem juntas e que fisicamente não se conseguem diferenciar, mas geneticamente está lá a marca", explicou.

Paralelamente, os investigadores descobriram que as populações que parecem ser mais antigas são as do Este de África e do Sul de África. "Parece ter havido algumas migrações históricas. Provavelmente a colonização do Norte de África e da Ásia terá ocorrido a partir do Sul e do Este de África há cerca de 100 mil anos", revelou. Mais do que um dado curioso, esta é uma "informação valiosa" em termos de conservação desta espécie, que é bastante ameaçada em África e tem vindo a regredir consideravelmente devido ao impacto das populações humanas. Até há bem pouco tempo, pensava-se que os leões em África eram todos muito semelhantes, uma única população, o que sugeria que se alguns leões se extinguissem em determinado local em África não era problemático porque persistiam noutros países africanos. A investigação veio mostrar exactamente o contrário: "Às vezes perder leões numa determinada zona pode ser uma perda definitiva de diversidade genética e que nunca se irá recuperar", concluiu.
 

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André

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« Responder #253 em: Novembro 11, 2008, 01:11:48 am »
Português ajuda a aumentar a ‘inteligência’ da net

Um português foi premiado no principal evento internacional ligado a conteúdos de internet, por um trabalho que pretende aumentar a eficácia de motores de busca. É mais um passo em direcção à 'Web 3.0'.

Nuno Silva, do Instituto Superior de Engenharia do Porto, foi premiado no Euriographics, o principal evento internacional ligado a conteúdos na internet. O trabalho pretende aumentar a eficácia das buscas na internet, substituindo a pesquisa por palavras-chave por outras mais abrangentes e baseadas em conceitos.

Esta evolução permitirá dar mais um passo em direcção à chamada Web 3.0, ou Web semântica, que vai permitir, com aquela técnica, diminuir significativamente o número de páginas que encontramos ao realizar pesquisas, ao mesmo tempo em que o grau de proximidade com o tema pretendido aumenta. Por outras palavras, será possível, no futuro, referirmo-nos a situações concretas directamente nos motores de busca.

O sistema criado por Silva e pelo seu orientando, o galês Owen Gilson, permite visualizar os conteúdos em termos gráficos. Por exemplo, em vez de uma lista com o top de vendas de  CD, o programa permite apresentar um gráfico que ilustra a evolução das vendas ao longo das últimas semanas. Silva é hoje em dia um dos principais investigadores mundiais nesta área da Web.

SOL

 

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Magalhaes

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« Responder #254 em: Novembro 12, 2008, 01:01:28 am »
Citação de: "André"
Esta evolução permitirá dar mais um passo em direcção à chamada Web 3.0, ou Web semântica

A Web Semântica é a web do futuro... e sempre será.