ForumDefesa.com

Forças de Segurança e Policiais de Elite => Forças de Segurança => Tópico iniciado por: Cabeça de Martelo em Março 02, 2006, 05:28:04 pm

Título: GNR - GIPS
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 02, 2006, 05:28:04 pm
300 militares aprendem a combater "um adversário que não tem medo"

Rita Carvalho
Gonçalo Santos
Formação
Expectativas    
 
O barulho é ensurdecedor. E o vento gerado pelas pás do helicóptero torna a situação mais desconfortável. Vinte metros separam do chão o militar que, preso a um cabo, se prepara para descer em rappell. O momento é de nervosismo. Mas o exercício serve para isso mesmo, aprender a gerir a tensão. Daqui a uns meses a realidade será bem mais intimidatória. No solo haverá chamas. E sobre esta força de elite recairá a expectativa de um País que espera um ano menos devastador em matéria de fogos florestais.

Após a descida, a equipa de oito elementos recolhe as ferramentas e reúne-se em formatura. O chefe do grupo dirige para o céu o gesto que confere o OK à operação e prepara o passo seguinte. No GPS regista as coordenadas e traça o percurso. O grupo começa a andar em passo acelerado pelo mato e o helicóptero desaparece no horizonte.

O exercício de helicordagem encerra mais um dia de treinos na Escola Nacional de Bombeiros, na Lousã. O sol brilha com intensidade e as temperaturas estão amenas, mas a chuva dos dias anteriores inviabilizou o momento mais aguardado por formadores e formandos: o contacto directo com o fogo e a simulação de toda a operação.

Mesmo sem este dia de fogo, os 46 sargentos estão prestes a terminar a formação de três semanas. Em Março, juntar-se-ão aos outros 250 elementos da GNR que compõem os GIPS, grupos de intervenção, protecção e socorro. Mais dois meses de treino em Portalegre e esta força especial estará operacional, garante o capitão Tavares, um dos responsáveis do curso.
Cada equipa actuará com o apoio de um helicóptero, por isso os militares aprendem a manejar o balde de transporte de água. O briefing cabe ao piloto; os militares, dispostos em círculo, ouvem atentamente as explicações e colocam questões antes de iniciar o treino. Cada equipa ensaia a aproximação ao helicóptero, a colocação do balde e das ferramentas no cesto. A operação é aparentemente simples, mas um passo em falso pode pôr em causa a segurança da equipa. Em terra, o tenente Maia Morgado corrige falhas e esclarece dúvidas.

Depois de as seis equipas terem sido transportadas no aparelho, despejadas na encosta da serra da Lousã e depois resgatadas, acabam os exercícios da manhã. Para os instrutores, "todos se estão a portar bem, basta apenas limar arestas".

Nesta fase final do curso, aplicam-se os conhecimentos adquiridos nas semanas anteriores: tácticas de combate ao fogo, procedimentos a ter em conta, utilização do material e regras de segurança. Nas simulações os formandos constatam a teoria ensaiada no laboratório, como os efeitos do vento e do declive na progressão das chamas.

Curiosamente, a água não é o principal elemento de combate nesta primeira intervenção ao fogo, um "adversário que não tem medo", como diz Jorge Marques, militar habituado a outro tipo de adversários enquanto elemento de um posto da Guarda. As ferramentas para conter as chamas ainda em fase nascente - nos primeiros 15 minutos - são pás, batentes, uma espécie de ancinhos e apenas 20 litros de água numa mochila.

O sucesso da contenção do fogo depende da rapidez e da dinâmica da equipa, onde cada um tem uma função específica. Ao fim de 25, 30 minutos a equipa abandona o local. Se não for possível extinguir o foco de incêndio, o comando das operações fica nas mãos dos bombeiros.
"Uma missão nova, nobre e que vai contribuir para ajudar a resolver um problema do País." Josefa Cabral, 30 anos, resume com esta expressão a motivação que a fez integrar os GIPS. Depois da Força Aérea, onde foi bombeira de aeronaves, e de, já GNR, ter trabalhado na investigação criminal, busca nesta missão o entusiasmo que qualquer coisa nova desperta. "O friozinho na barriga é inevitável quando se está prestes a descer do helicóptero." E o risco existe, assegura, mas é contornado pelas regras de segurança.

A opinião é partilhada por Filipe Cruz, 29 anos e um currículo de missões internacionais invejável: Balcãs, Timor e Iraque. "O risco é relativo, temos é de saber adequar-nos a ele." Aqui é o fogo, num cenário de guerra podem ser os atentados.

A camaradagem é o segredo do êxito da missão, garante. "Se não temos confiança no outro que está ao nosso lado, a equipa não funciona", acrescenta João Matos, que há uns meses patrulhava a serra da Arrábida de moto, e agora está prestes a lançar-se no desconhecido.

"É uma forma de ser profissional", remata Filipe Cruz, para quem a situação é simples: "Foi dada à Guarda esta missão. Vamos fazer o nosso melhor e não vamos falhar de certeza." A confiança e o moral estão no topo, embora para trás fiquem familiares, amigos e férias de Verão. A interacção com os bombeiros não os preocupa, porque garantem que ambos querem ajudar a "salvar o País", mas algumas vozes também agoiram conflitos.  

http://dn.sapo.pt/2006/02/26/sociedade/ ... er_um.html (http://dn.sapo.pt/2006/02/26/sociedade/300_militares_aprendem_a_combater_um.html)
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 02, 2006, 05:43:05 pm
GNR na frente do fogo acende polémica

 
 
Colocar na mão da Guarda Nacional Republicana (GNR) a primeira intervenção nos fogos florestais não está a ser uma opção pacífica. A necessidade de criar grupos de intervenção, protecção e socorro não é contestada. A sua eficácia também não. Mas a aposta nos militares da Guarda não caiu bem no seio das corporações de bombeiros.

"Há uma opção política em valorizar a GNR em desfavor dos bombeiros", considera Duarte Caldeira. Para o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, uma das soluções para o problema dos incêndios podia ser utilizar as forças já existentes e não apostar noutra: a GNR.

A criação destes grupos de intervenção, prevenção e socorro (GIPS), uma espécie de brigadas de elite, decorre de uma decisão governamental tomada em Outubro. Na altura, os GIPS foram apresentados como brigadas para actuar em acções de prevenção e intervenção de primeira linha, em situações de emergência de protecção e de socorro. Os incêndios florestais seriam a prioridade destes militares a curto prazo, mas o objectivo da missão não se esgota aí.

Quatro meses depois, sabe-se que os GIPS formarão um contingente de 300 elementos e que actuarão apenas em cinco distritos (Vila Real, Viseu, Coimbra, Leiria, Faro). Noutros distritos irão actuar os 80 elementos das brigadas helitransportadas dos bombeiros, criadas no ano passado. Duarte Caldeira queixa-se de desarticulação: "Falta informação sobre a organização operacional e a relação desta força com os bombeiros", diz. E lança questões práticas: se a GNR vai fazer a primeira intervenção, como, quando, onde e quem vai passar o comando para os bombeiros?

A dúvida de como esta força de elite se vai articular com os outros agentes - vigilantes, sapadores florestais, bombeiros, municípios e outros - não está esclarecida. E a preocupação com o assunto está a gerar mal-estar nas corporações.

Apesar de ser uma força militar, com autoridade, para Duarte Caldeira uma coisa é certa: não vai ser a GNR a comandar os bombeiros nem vice-versa. "Essa interacção terá de partir do topo das hierarquias."

No seio desta polémica, os argumentos dividem-se. E apesar de as dúvidas serem fonte de preocupação dos dois lados, exprimem-se em voz baixa. Há quem considere a disciplina e a autoridade pontos a favor da GNR. Do outro lado, lamenta-se que a aposta tenha sido feita numa força sem experiência na matéria.

Com ou sem polémica, o dispositivo será apresentado no início de Maio, para começar a actuar no dia 15, início da época de incêndios.

Em Outubro, os militares que quiserem permanecer nos GIPS receberão formação adicional e específica na área do mergulho, da radioactividade e no resgate vertical. Segundo o Governo, o dispositivo crescerá para 500 efectivos.  

http://dn.sapo.pt/2006/02/26/sociedade/ ... emica.html (http://dn.sapo.pt/2006/02/26/sociedade/gnr_frente_fogo_acende_polemica.html)
Título:
Enviado por: typhonman em Março 03, 2006, 04:42:02 pm
Estes andam-se a armar em "finos" e "coitadinhos"...

Uns 60% dos bombeiros que combatem fogos florestais não têm a minima preparação para efectuar esta luta, nem a forma fisica e disciplina que uma tarefa destas exige.

Basta ver média de idades dos nossos bombeiros.. Para muitos é um part-time, so que isto de combater fogos violentos não é para amadores, muito menos para crianças.

A cadeia de comando também é deficiente, o que provoca erros graves.

Por isso defendo a utilização da GNR e o alargamento da sua utilização a mais zonas do país.


PS: Este texto é um pouco "violento" mas  ja me começei a fartar das"queixas" do SNB e das criticas " anti-militares" que alguns membros da direcção apregoam nomeadamente o facto de o comandante do SNBPC ser um militar.

Isto sem nunca me esquecer de todos os bombeiros que deram a sua vida no combate aos fogos florestais.
Título:
Enviado por: Ugo em Março 05, 2006, 05:10:26 pm
É preciso muito respeitinho quando se pronuncia a palavra “Bombeiros”. É que 90% deles são voluntários e, por isso, ser voluntário não é palavra vã, especialmente num país onde mais de metade da população de uma ou outra maneira depende do orçamento do estado.

Convém lembrar e ter sempre presente que só no ano de 2005 morreram mais bombeiros em serviço do que GNRs nos últimos 50 anos e não é por isso que andam por ai em manifs a despromoverem-se.

Vou esperar para ver o berreiro que vão fazer quando um desses GNR-GIPs partir uma perna.

Acho que chegou a altura de muitos de nós, especialmente os voluntários, começarmos a reflectir seriamente sobre o que cá andamos a fazer…

ugo
Título:
Enviado por: Ugo em Março 07, 2006, 12:44:33 am
Coimbra: responsáveis distritais dos bombeiros demitem-se

Os três comandantes das zonas operacionais e o comandante do sector operacional distrital do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra apresentaram a demissão destas funções, anunciou segunda-feira a Federação de Bombeiros.


«Os comandantes das zonas operacionais apresentaram a sua demissão, recusando qualquer hipótese de virem a ser comandados por um militar, neste caso concreto da GNR», anuncia um comunicado divulgado hoje pela Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra (FBDC), cujo presidente, Jaime Soares, abandonou também o cargo de comandante de sector operacional distrital no CDOS, devido ao mesmo motivo.

Na nota, divulgada na sequência de uma reunião de elementos das 24 corporações de bombeiros do distrito de Coimbra, estas manifestam-se «totalmente contra» a nomeação, para o comando operacional do distrito, de uma figura exterior aos bombeiros.

«Há nos quadros dos bombeiros do distrito de Coimbra pessoas com capacidade técnica, operacional e organizacional para assumir o comando operacional do distrito», é sublinhado numa moção aprovada na reunião que contou com cerca de 60 participantes, entre comandantes, segundos-comandantes e adjuntos de comando.

Segundo a nota da Federação, foi também aprovada por maioria (com apenas quatro abstenções) uma posição contra a nomeação de qualquer elemento da GNR para o comando operacional distrital.

«Não estamos disponíveis para sermos comandados por quem não tem conhecimentos na área dos bombeiros. Nada de novo nos traz em termos técnicos e operacionais», sublinha o presidente da FBDC, Jaime Soares, defendendo que a proposta é uma «menor valia para uma área extremamente sensível que requer conhecimentos técnicos de nível muito elevado».

Em comparação, na sua óptica, seria como se o comandante de uma corporação de bombeiros do distrito «assumisse o comando da Brigada Territorial nº5 da GNR».

De acordo com Jaime Soares, a Federação teve conhecimento da intenção de nomear para o comando operacional distrital uma figura da GNR.

«Os bombeiros do distrito de Coimbra reservam-se ainda o direito de tomarem as atitudes que entenderem por convenientes face às nomeações que vierem a ser levadas a cabo pelo Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) que não se enquadrem nos parâmetros da exigência e dos conhecimentos técnicos que a área requer», é ainda referido.

A Federação, que pediu a marcação de uma reunião com o governador civil de Coimbra, adianta ainda que não se revê na posição da Liga dos Bombeiros Portugueses «reflectida no parecer favorável à nomeação de um militar para a presidência do SNBPC», considerando que «uma estrutura da sociedade civil não deve ser liderada por um militar, quando há outras e melhores soluções».

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: Ugo em Março 07, 2006, 12:48:03 am
Protecção Civil: demissões provocam protestos

Viana do Castelo e Viseu também estão contra a alegada substituição de responsáveis

A demissão de quatro comandantes operacionais dos Bombeiros e Protecção Civil de Coimbra, esta segunda-feira, segue-se a outras tomadas de posição no sector em Viana do Castelo e Viseu contra a alegada substituição de responsáveis.

«Os (quatro) comandantes das zonas operacionais apresentaram a sua demissão, recusando qualquer hipótese de virem a ser comandados por um militar, neste caso concreto da GNR», anunciou em comunicado a Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra (FBDC), cujo presidente, Jaime Soares, abandonou também o cargo de comandante de sector operacional distrital no Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS), devido ao mesmo motivo.

Os CDOS são as estruturas distritais do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), que tem um novo presidente, o major-general Arnaldo Cruz, que substituiu outro militar, o major-general Bargão dos Santos, que permaneceu no lugar apenas nove dias, ao fim dos quais apresentou a demissão ao Governo.

No comunicado, divulgado na sequência de uma reunião de elementos das 24 corporações de bombeiros do distrito de Coimbra, estas manifestam-se «totalmente contra» a nomeação, para o comando operacional do distrito, de uma figura exterior aos bombeiros.

«Há nos quadros dos bombeiros do distrito de Coimbra pessoas com capacidade técnica, operacional e organizacional para assumir o comando operacional do distrito», sublinha-se numa moção aprovada na reunião, que contou com cerca de 60 participantes, entre comandantes, segundos-comandantes e adjuntos de comando.

Segundo a nota, foi também aprovada por maioria (com apenas quatro abstenções) uma posição contra a nomeação de qualquer elemento da GNR para o comando operacional distrital.

Já no domingo os comandantes de 11 das 12 corporações de bombeiros do distrito de Viana do Castelo manifestaram «total discordância» sobre a eventual substituição do comandante operacional distrital, que classificam de «despropositada e caricata».

Reunidos quinta-feira à noite em Castro Daire, 28 dos 33 comandantes do distrito decidiram enviar um novo abaixo-assinado a dar conta da sua posição ao presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.


2006/03/06 | 20:06 - Portugal Diário
Título:
Enviado por: Trafaria em Março 08, 2006, 05:01:59 pm
Esses bombeiros estão cheios de razão.
Cada macaco no seu galho, é assim mesmo!
Isto não é a América Latina com seus coronéis de província nem estamos no ante 25Abril em que militar “servia” para tudo, desde censurador a Administrador de Concelho e muitas outras funções para as quais não tinha qualquer preparação.
Reminiscências do passado, paciência, mas há que acabar com elas!
Acho desprestigiante até para os próprios…
Título:
Enviado por: Pacifico em Março 18, 2006, 01:36:55 am
Concordo plenamente com o que aqui foi ditos nestes ultimos posts. Os fulanos na GNR querem tudo!!!! mas a verdade é que os postos da rural estão vazios, sem pessoal e sem meios. Está tudo a cair de podre. Mas é velos no Iraque e em todo o lado, onde podem dar nas vistas. O 25 de Abril foi a 30 anos, hoje vivemos em democracia. Não faz qualquer sentido ter militares a fazer serviço que deve ser feito por civis ( trata-se de protecção civil e segurança interna, sou da opinião que a GNR deveria ser integrada na PSP, que é civil, chefiada por um juiz, não por um general).
Quanto ao voluntários, concordo plenamente com as vossas opiniões, voluntarismo é uma coisa de muito respeito. Se hoje temos muitos fogos, isso não se deve aos bombeiros, mas sim a erros sucessivos dos politiqueiros que nos governam  há 30 anos e que nunca foram capazes de resolver esse problema - nem esse nem os outros.....
Título:
Enviado por: Lightning em Março 18, 2006, 10:53:05 am
Eu respeito muito os bombeiros e acho muito mal sempre que se entra na época de incendios que lá apareça na tv o sr. general xyz que é o chefão da SNBPC, e agora é os GNR que também querem um bocado do "bolo" atribuido ao combate aos incendios. Esse GIPS não podia ser constituido por bombeiros profissionais? E pra quando é que iremos ter em Portugal uma verdadeira força profissional de bombeiros em todo o pais? Apenas nas cidades é que tem unidades de bombeiros sapadores e mesmo assim é só algumas porque também  existem voluntários, devem achar que depois de andar dias ou semanas no mato a apagar fogos, salvar crianças e idosos, etc que se paga isso tudo com uma "jantarada com o pessoal", sendo que muitos bombeiros ficam com problemas de saude para o resto da vida e outros até perdendo a vida.
Eu sou a favor de uma força nacional de bombeiros profissionais.
Título:
Enviado por: PATTON em Março 31, 2006, 10:01:30 am
Ha pois é  blx2x1 a ajuda de todos é imprescendivel , Força Aerea Portuguesa, PSP, Marinha, Exercito, mas calma ai  :bombeiro: Pelo que nós sabemos, e para quem pertence ás forças de segurança, sabe perfeitamente que ha falta de pessoal, expliquem-me lá como é que um posto da GNR com 35 elementos pode patrulhar uma população 17 500 cidadãos sabendo que ha turnos diarios, ferias, baixas, etc.. esta situação reflecte-se no  policiamento e as nossas familias sabem disso, os nossos filhos, os nossos pais são constantemente injuriados, assaltados e até agredidos e já não importa o local, porqué :new_argue: e em relação aos Bombeiros Voluntários calma aí, podem não ser os melhores mas têm força de vontade e espirito de sacrificio e principios o que não acontece com a maioria da nossa população que só pensa em comer mais que o vizinho e lixar o próximo se póssivel nem que seja para ficar bem visto. Ainda pergunto quem serão os idiotas que deixam a familia durante a semana depois do trabalho ou no fim de semana ou nas férias para efectuarem formações e cursos ou serviços, algumas delas pagas pelos próprios, e não se esqueçam quando ligam o 112, excepção nas Lisboa e Porto, Coimbra e  :?: é o "idiota" do Zé Bombeiro que vai porque gosta e não recebe nada em troca, minto, recebe a gratidão de alguns e satisfação do dever comprido após uma situação onde o receio, medo, perigo e até a morte andam de braço dado. Não me venham com histórias :anjo:
Tenho dito  :Esmagar:
Título:
Enviado por: Marauder em Março 31, 2006, 10:58:38 am
Citação de: "PATTON"
Ha pois é  blx2x1 a ajuda de todos é imprescendivel , Força Aerea Portuguesa, PSP, Marinha, Exercito, mas calma ai  :bombeiro: Pelo que nós sabemos, e para quem pertence ás forças de segurança, sabe perfeitamente que ha falta de pessoal, expliquem-me lá como é que um posto da GNR com 35 elementos pode patrulhar uma população 17 500 cidadãos sabendo que ha turnos diarios, ferias, baixas, etc.. esta situação reflecte-se no  policiamento e as nossas familias sabem disso, os nossos filhos, os nossos pais são constantemente injuriados, assaltados e até agredidos e já não importa o local, porqué :new_argue: e em relação aos Bombeiros Voluntários calma aí, podem não ser os melhores mas têm força de vontade e espirito de sacrificio e principios o que não acontece com a maioria da nossa população que só pensa em comer mais que o vizinho e lixar o próximo se póssivel nem que seja para ficar bem visto. Ainda pergunto quem serão os idiotas que deixam a familia durante a semana depois do trabalho ou no fim de semana ou nas férias para efectuarem formações e cursos ou serviços, algumas delas pagas pelos próprios, e não se esqueçam quando ligam o 112, excepção nas Lisboa e Porto, Coimbra e  :?: é o "idiota" do Zé Bombeiro que vai porque gosta e não recebe nada em troca, minto, recebe a gratidão de alguns e satisfação do dever comprido após uma situação onde o receio, medo, perigo e até a morte andam de braço dado. Não me venham com histórias :anjo:
Tenho dito  c34x
Título:
Enviado por: Yosy em Março 31, 2006, 06:28:33 pm
Excelente post PATTON
Título:
Enviado por: Lightning em Março 31, 2006, 06:36:53 pm
:Palmas:  :Palmas:  :Palmas:  :Palmas:
Título: GNR não vai substituir bombeiros - António Costa
Enviado por: Lancero em Abril 21, 2006, 03:04:02 pm
GNR não vai substituir bombeiros - ministro António Costa

Portalegre, 21 Abr (Lusa) - O ministro de Estado e da Administração Int erna, António Costa, garantiu hoje que o Governo não pretende substituir nenhum  agente de Protecção Civil com a criação do Grupo de Intervenção, Protecção e Soc orro (GIPS) da GNR.

        Na cerimónia de encerramento do primeiro curso de formação do GIPS da G NR, em Portalegre, o ministro afirmou que a função desta unidade especializada é

"reforçar e apoiar" os outros agentes de Protecção Civil no combate aos incêndi os.

        "Esta unidade não foi criada para substituir qualquer outro agente de P rotecção Civil. Sabemos que a coluna dorsal da Protecção Civil em Portugal é ass egurada pelo esforço abnegado e voluntário dos bombeiros", declarou.

        António Costa considerou "correcta e racional" a decisão de criar esta  unidade especializada de Protecção Civil dentro da GNR para apoiar no combate ao s incêndios.

        "A GNR é uma força que tem dispositivo em todo o território, tem enquad ramento e capacidade administrativa e logística. Se este grupo fosse criado numa

outra instituição teria que ser feito tudo de novo", sublinhou.

        O ministro enalteceu ainda o trabalho desenvolvido pela GNR no âmbito d a criação deste Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro.

        "Se há algo que, passados seis meses, tenho a dizer é que a GNR esteve  à altura e cumpriu o desafio que o Governo lhe colocou", disse.

        O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Duarte Caldeira, também

participou na cerimónia, no Agrupamento de Instrução de Portalegre da GNR, entr egando insígnias a alguns dos elementos que participaram no curso de formação da

unidade especializada da GNR.

        Em declarações aos jornalistas, Duarte Caldeira assegurou que estão ult rapassadas todas as dúvidas acerca do papel a desempenhar pelos bombeiros e por  esta unidade especializada da GNR no combate aos incêndios.

        "Nunca houve problemas entre bombeiros e GNR", disse Duarte Caldeira, a firmando que "está perfeitamente clara a delimitação de missão entre a GNR e os  bombeiros".

        "A nossa preocupação tinha a ver com essas dúvidas e esclarecidas que e stão, estamos preparados para o desafio que todos os anos se coloca aos bombeiro s", frisou.

        No primeiro curso de formação do Grupo de Intervenção, Protecção e Soco rro da GNR, desenvolvido nos últimos seis meses em Portalegre e na Lousã, partic iparam 306 elementos que vão intervir no combate aos incêndios em Portugal, a pa rtir do dia 15 de Maio.

        Os elementos da GNR que participaram no curso de formação vão ser distr ibuídos por três companhias que vão actuar nas zonas de Vila Real, Viseu, Coimbr a, Leiria e em Faro.


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg66.imageshack.us%2Fimg66%2F7098%2Flis10681725fr.th.jpg&hash=1fea9fdf8b22cdf71dc3eace965380cb) (http://http)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg64.imageshack.us%2Fimg64%2F5931%2Flis10681740vq.th.jpg&hash=2e752f70ac6895ff771fe63be4f8ef41) (http://http)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg66.imageshack.us%2Fimg66%2F3618%2Flis10681768my.th.jpg&hash=7d87cf32ecaa85ff26e0c0cf8864e7f1) (http://http)
Título: Governo profissionaliza parte dos voluntários
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 19, 2006, 04:58:38 pm
O Ministério da Administração Interna (MAI) vai avançar com a profissionalização de uma parte dos corpos de bombeiros voluntários, respondendo assim a uma reivindicação antiga dos bombeiros.

A intenção é criar grupos de intervenção permanente que actuarão não só no combate aos incêndios florestais mas também nos fogos urbanos ou em qualquer outra ocorrência. A medida avança já no próximo ano e incidirá, numa primeira fase, nos concelhos de maior risco. "A criação destes grupos passa pela profissionalização de alguns voluntários", adiantou ao DN fonte do MAI.

Depois de ter apostado na GNR para intervir, numa primeira fase, no combate aos incêndios e, posteriormente, noutras acções de socorro - tendo criado os grupos de intervenção, protecção e socorro entregues a 340 militares -, o ministro da Administração Interna, António Costa, acaba assim por reconhecer que tal aposta se revelou insuficiente. E virou as atenções para os bombeiros.

"O Governo está a perceber agora que é natural, óbvio e necessário recorrer aos bombeiros e que a GNR não resolve o problema do socorro em Portugal", reagiu ao DN o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Duarte Caldeira, que se congratulou com a intenção do MAI.

Há já alguns anos que a Liga alerta para o parco número de bombeiros que estão a cem por cento (ou seja, a tempo inteiro) no combate aos fogos e nas acções de socorro à população, exigindo a criação de uma estrutura permanente. Recorde-se que os fogos florestais representam apenas 30% do total das ocorrências dos bombeiros. O Governo, é certo, sempre reconheceu esta carência, mas deixou claro, em Outubro do ano passado, que já tinha feito a sua aposta... na GNR. Opção que suscitou, então, muita polémica e contestação por parte dos bombeiros.

A profissionalização de parte dos corpos de bombeiros voluntários será feita de forma gradual, começando já no próximo ano. Mas o Governo não sabe ainda qual o número de voluntários que será abrangido e em quantos concelhos arrancará a medida. "Essa é uma matéria para tratar depois de terminada a fase Charlie do dispositivo de combate aos incêndios. Nessa altura, o tema será objecto de diálogo com a Liga dos Bombeiros Portugueses", disse ao DN fonte do MAI. O presidente da Liga, no entanto, já tem em mente qual a proposta que vai apresentar a António Costa. "A nossa sugestão é que, em 2007, sejam criados grupos de intervenção permanente em cem corpos de bombeiros e que, em 2008, sejam criados em 120, o que cobrirá 50 % dos corpos de bombeiros voluntários", explicou Duarte Caldeira.

Comandante municipal

A criação da figura do comandante municipal dos bombeiros, que ficará sob a alçada do presidente de câmara, é outra das apostas do Governo. Mas as associações do sector estão a reagir com algumas reservas a esta iniciativa. "É importante saber qual vai ser a missão, o modelo de recrutamento e como será feita a articulação com os comandantes das corporações. Isso não está clarificado", avisa Duarte Caldeira.

Paulo Jesus, presidente da Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários, concorda com a criação da figura, mas defende que o comandante municipal deve ser nomeado pelo presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil e não pelo presidente da autarquia.

http://dn.sapo.pt/2006/08/19/sociedade/ ... olunt.html (http://dn.sapo.pt/2006/08/19/sociedade/governo_profissionaliza_parte_volunt.html)
Título:
Enviado por: typhonman em Setembro 02, 2006, 09:49:08 pm
Já os vi a actuar, trabalham bem!
Título:
Enviado por: atirador em Outubro 01, 2006, 10:47:02 pm
saudações militares a todos!
bem, começo por dizer que ja participei em diversos rescaldos no Exercito (porque me encontro a servir nesta instituição) e em todos os incendios para os quais somos convocados, a população e o SNBPC estao imensamente gratos pela nossa prestação e ajuda. muitos populares acham mesmo que estamos a fazer um trabalho mais eficaz do que os bombeiros, isto em proporção, é claro! não se trata de colocar os bombeiros a patrulhar as ruas ou por os militares a apagar fogos, o que se passa e que nao existem meios para equipar melhor os bombeiros. e digo tmb que o Estado nao dispende verba alguma para formar os militares que vao para os incendios! o que precisamos de saber aprendemos numa instrução de um dia e vamos equipados com abafadores, pás, e machados. nem mangueiras temos, por isso nao se trata de substituir ninguem nem de haverem fundos mal dispendidos.
a todos um abraço
Título:
Enviado por: Artic Fusion em Outubro 03, 2006, 09:46:03 pm
Ora aqui está uma força á qual gostaria de me juntar. Ouvi dizer que precisam de mais pessoal...

Cumprimentos,
Título: Farda deste GNR's Bombeiros
Enviado por: vaz_f em Outubro 04, 2006, 01:07:14 pm
ALguem tem alguma foto destes elementos?? Ouvi dizer que era de cor de areia?
Título:
Enviado por: Bravo Two Zero em Outubro 05, 2006, 12:46:18 pm
Citar
bem, começo por dizer que ja participei em diversos rescaldos no Exercito (porque me encontro a servir nesta instituição) e em todos os incendios para os quais somos convocados, a população e o SNBPC estao imensamente gratos pela nossa prestação e ajuda. muitos populares acham mesmo que estamos a fazer um trabalho mais eficaz do que os bombeiros, isto em proporção, é claro

Lá vão começar a defender as quintinhas


Citar
o que precisamos de saber aprendemos numa instrução de um dia e vamos equipados com abafadores, pás, e machados. nem mangueiras temos


Conhece o conceito de sapador florestal?
Título: Re: Farda deste GNR's Bombeiros
Enviado por: Migas em Outubro 05, 2006, 02:06:32 pm
Citação de: "vaz_f"
ALguem tem alguma foto destes elementos?? Ouvi dizer que era de cor de areia?


Afirmativo, aqui tens algumas fotos:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.gnr.pt%2Fmultimedia%2Finternet%2Fimagens%2Fportal%2Fnoticias%2FGaliza.jpg&hash=7c9a6851de8196664f26253f7f69bca6)
Título:
Enviado por: vaz_f em Outubro 05, 2006, 02:08:19 pm
.... como colocas as fotos ??!!  :?:
Título:
Enviado por: Lightning em Outubro 05, 2006, 02:09:45 pm
Citação de: "vaz_f"
.... como colocas as fotos ??!!  :?:


escreves (https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fcolocas%2520o%2520site%2520e%2520depois%2520escreves&hash=25d5476373c67dd374ab0b273e7a0ea4)
Título: N: «Bombeiros contra GIPS»
Enviado por: Get_It em Outubro 27, 2006, 03:39:32 am
Embora já não seja novidade...
Citação de: "Portugal Diário"
Bombeiros contra GIPS
2006/10/26 | 17:01
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Duarte Caldeira, afirmou que a criação de uma segunda equipa do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) «não faz sentido» em termos de Protecção Civil, escreve a agência Lusa.

Questionado em conferência de imprensa sobre a criação de uma segunda equipa do GIPS, Duarte Caldeira precisou tratar-se de «uma política de gestão de forças de segurança que, em termos de Protecção Civil, não faz sentido».

O ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, anunciou terça-feira passada, na Comissão Parlamentar Eventual para os Incêndios Florestais, que no Orçamento de Estado de 2007 estão previstas verbas para a constituição de uma nova equipa do GIPS.

O GIPS foi constituído este ano no âmbito da orgânica da Guarda Nacional Republicana (GNR), com o objectivo de intervir em incêndios florestais nascentes, calamidades e outros desastres naturais.

Esta unidade da GNR - com duas valências, uma terrestre e outra helitransportada - começou a funcionar com cerca de 350 elementos, distribuídos por três zonas do território continental português.

Duarte Caldeira disse que as equipas helitransportadas de bombeiros registaram um sucesso equivalente às do GIPS, mas com um custo inferior.

Durante a apresentação de um balanço do Dispositivo Integrado da Defesa da Floresta Contra Incêndios (DIDFCI) 2006, a LBP destacou que «as 22 equipas helitransportadas de Bombeiros registaram um sucesso equivalente às 12 equipas helitransportadas do GIPS, apesar de as primeiras registarem um custo largamente inferior às segundas».

A LBP anunciou que vai propor ao Ministério da Administração Interna (MAI) a constituição de uma subcomissão permanente para os incêndios florestais, no âmbito da Comissão Nacional de Protecção Civil, com o objectivo de um «acompanhamento contínuo e imediato» das situações.

Além de defender que seja salvaguardada a sua participação na fase de planeamento do dispositivo de combate a incêndios florestais para 2007, a LBP vai propor ao MAI que as «despesas extraordinárias dos incêndios florestais realizadas em 2006 pelas entidades detentoras dos corpos de bombeiros sejam regularizadas até ao final» do próximo mês.

A LBP reclama, ainda, a definição de um novo modelo de apoio financeiro às entidades detentoras dos corpos de bombeiros, para «evitar a espera do reembolso das despesas efectuadas» e criar «uma base financeira» para as organizações.

fonte: http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=736198&div_id=291


Cumprimentos,
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 07, 2006, 06:45:35 pm
Citar
GIPS: Nova unidade da Guarda Nacional Republicana

TCOR M. Silva Machado
 
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.revistamilitar.pt%2FUserFiles%2FImage%2Fimgs2006%2FRM2457_Cronicas_Nacionais2.jpg&hash=519b5144243dc2aa6a2e5b11860888de)
 
Foi oficialmente criada no passado mês de Fevereiro e já actuou nesta “época de incêndios 2006”, uma nova unidade da GNR, o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS). Destinado a executar acções de prevenção e de intervenção de primeira linha em todo o território nacional, em situações de emergência de protecção e socorro, designadamente nas ocorrências de incêndios florestais ou de matérias perigosas, catástrofes ou acidentes graves, a grande motivação governamental para o levantamento em tempo muito curto desta força foi na realidade – e como primeira prioridade – o combate aos incêndios florestais.
 
O GIPS é composto por 315 militares da GNR organizados em comando e 3 companhias, sendo que cada uma destas dispõe de 4 pelotões. Cada pelotão tem duas secções e estas duas equipas cada.
 
O conceito de utilização destas equipas – composta por 1 cabo e 4 soldados que utilizam um helicóptero ligeiro ou uma viatura – é o da primeira intervenção logo que um incêndio nascente é detectado, com a utilização de ferramentas manuais e apoiados pelo meio aéreo. A equipa actua sobre o fogo nos primeiros 20 a 25 minutos (o que corresponderá ao mesmo tempo a duas descargas de água efectuada pelo helicóptero). Se não tiver sucesso a equipa retira e entram em acção os meios de combate tradicionais dos bombeiros.
 
O comando do GIPS está instalado num antigo depósito de material do Exército, no Grafanil, e as Companhias dispersas pelo território, com uma na região Sul, outra na região Centro e outra na região Norte.
 
O GIPS actua em coordenação com o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil que fornece os meios de helitransporte das suas secções.
 
Os militares da GNR que actuam no GIPS receberam, entre Janeiro e Maio de 2006, uma formação muito completa, que incluiu, entre outras matérias, técnicas de montanhismo, técnicas de resgate vertical, topografia e orientação, técnicas de sapador florestal, adaptação a meios aéreos, condução todo o terreno, gestão de situações de crise, legislação, treino de competências psicológicas e emocionais.
 
A intenção governamental já anunciada é a de duplicar no próximo ano o número de militares da GNR a envolver no GIPS alargando também a sua actuação a mais regiões do país. Os primeiros elementos estatísticos disponíveis permitem já dizer que o GIPS tem taxas de sucesso muito elevadas mas, naturalmente, só no final do tempo quente se fará a avaliação rigorosa do seu contributo, nesta área de actividade que o governo cada vez mais parece querer profissionalizar, abandonando progressivamente o actual sistema que se baseia em grande parte nos bombeiros voluntários.
 
Os militares da GNR que integram o GIPS, oriundos do Regimento de Infantaria da GNR, além dos equipamentos próprios de combate a incêndios, foram dotados com um novo uniforme de trabalho (castanho claro) e usam dois símbolos exclusivos: No peito a insígnia do “curso GIPS” e no ombro a da unidade GIPS. Ambas têm como elemento principal uma ave, um açor, pelo facto de ter decorrido na serra do mesmo nome (a sul da Serra da Estrela) a parte prática deste primeiro curso. A boina que usam é a do Regimento de Infantaria, azul ferrete com uma lista verde e um fio dourado.

Fonte: http://www.revistamilitar.pt/modules/ar ... php?id=142 (http://www.revistamilitar.pt/modules/articles/article.php?id=142)
Título:
Enviado por: ricardonunes em Dezembro 07, 2006, 07:20:40 pm
Alguem sabe que tarefas estes Sr.'s desempenham quando não há incendios?
Título:
Enviado por: Bravo Two Zero em Dezembro 07, 2006, 08:06:40 pm
Citação de: "ricardonunes"
Alguem sabe que tarefas estes Sr.'s desempenham quando não há incendios?


Eu também coloco-me muitas vezes essa questão.............o que fazem os "salvadores das matas" fora da época de incêndios ? Actuam em inundações ? Em fogos urbanos ? Sobem a árvores para resgatar gatinhos ?
Perdoem-me o desabafo, mas oiço cada comentário por aí....."o GIPS é que percebe do assunto"; " os bombeiros voluntários só querem ganhar o piquete e ter faltas justificadas no local de trabalho"............

Ora bolas......também tive formação na Escola Nacional de Bombeiros, 3 meses..........e a experiência adquiri-a no terreno, estando todos os dias a aprender.

Perdoem-me os militares da GNR, mas não aceito que desvalorizem o papel das corporações de bombeiros do nosso país
Título:
Enviado por: ricardonunes em Dezembro 07, 2006, 08:22:36 pm
Se andam a trabalhar nas zonas de cheias, não sei, aqui na minha zona, Constancia, Vila Nova da Barquinha, só vejo os bombeiros e o exercito a efectuar esses trabalhos.
Mas deixo a questão em aberto, pode ser que alguem saiba responder.

Alguem sabe que tarefas estes Sr.'s desempenham quando não á incendios?
Título:
Enviado por: 1bimec2000 em Dezembro 07, 2006, 08:44:13 pm
Para além do combate aos fogos e vigilância, desempenham outras funções como ex: segurança durante operações da GNR ou de apoio a outra forças policiais, S.E.F.
Num artigo publicado no correio da manha no dia 04/12/2006, relativamente a uma rusga em bares de alterne em Loulé. vem o seguinte

"Loulé - Operação de rusga em seis estabelecimentos Ilegais apanhados em bares de alterne.
......
......

DISPOSITIVO

A operação da GNR, que decorreu entre as 00h00 e as 05h00 de ontem, mobilizou cerca de 20 elementos, divididos por três grupos. Entre os militares, esteve uma equipa do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) com cinco militares, que garantiram a segurança durante a fiscalização. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras apoiou na identificação dos ilegais."

Deve ser para apagar o fogo de algum cliente!!!!
Título:
Enviado por: aero em Dezembro 07, 2006, 08:51:00 pm
Citação de: "1bimec2000"
Deve ser para apagar o fogo de algum cliente!!!!

 :guitar:
Título:
Enviado por: Artic Fusion em Dezembro 08, 2006, 11:29:11 pm
Eles fazem o que qualquer GNR que não seja parte de um GIPS faz...
Título:
Enviado por: ricardonunes em Dezembro 09, 2006, 07:08:36 pm
Citação de: "Artic Fusion"
Eles fazem o que qualquer GNR que não seja parte de um GIPS faz...

Ver dias a passar :lol:
Título:
Enviado por: Artic Fusion em Dezembro 09, 2006, 10:27:50 pm
Citação de: "ricardonunes"
Citação de: "Artic Fusion"
Eles fazem o que qualquer GNR que não seja parte de um GIPS faz...
Ver dias a passar :twisted:  :twisted:
Título:
Enviado por: Bravo Two Zero em Dezembro 10, 2006, 01:46:18 pm
Citação de: "Artic Fusion"
Citação de: "ricardonunes"
Citação de: "Artic Fusion"
Eles fazem o que qualquer GNR que não seja parte de um GIPS faz...
Ver dias a passar :twisted:  :twisted:


 :no:
Não vá por aí........................
Título:
Enviado por: Artic Fusion em Dezembro 10, 2006, 02:54:43 pm
Citação de: "Bravo Two Zero"
Citação de: "Artic Fusion"
Citação de: "ricardonunes"
Citação de: "Artic Fusion"
Eles fazem o que qualquer GNR que não seja parte de um GIPS faz...
Ver dias a passar :twisted:  :twisted:

 :no:
Não vá por aí........................


?

Grau de humor de Bravo Two Zero=0
Título:
Enviado por: Bravo Two Zero em Dezembro 10, 2006, 03:29:48 pm
Citação de: "Artic Fusion"
Citação de: "Bravo Two Zero"
Citação de: "Artic Fusion"
Citação de: "ricardonunes"
Citação de: "Artic Fusion"
Eles fazem o que qualquer GNR que não seja parte de um GIPS faz...
Ver dias a passar :twisted:  :twisted:

 :no:
Não vá por aí........................

?

Grau de humor de Bravo Two Zero=0


Deve ser isso, deve......................
Título:
Enviado por: typhonman em Dezembro 10, 2006, 10:58:38 pm
O camarada ArticFusion sei que aí em Vila Real ta frio mas não se chatei-e.. :lol:
Título:
Enviado por: sturzas em Dezembro 11, 2006, 02:24:06 am
Boas Pessoal

Penso que a rapaziada do GISP, quando não há "fogos", realizam as tarefas de um qualquer militar da GNR. Pelo menos já fui multado há cerca de três semanas, em Bragança, a minha terra de origem, por um militar da Guarda, que tinha o "patch" do GISP.

Penso contudo, que o empenho feito na formação de cerca de 300 (?) elementos (pelo menos 3 companhias destacadas pelo território nacional, durante o Verão), também deva atingir, se não o faz, sem dúvida deveria, a formação em qualquer situação de catástrofe, cheias, tremores de terra, vulcões, etc.

Acho na realidade, que a criação destes operacionais, que pelos vistos até fizeram um trabalho aceitável, neste último verão, inseridos como é claro num esquema diferente, não deve esconder aquilo que deveria existir, um Corpo de Bombeiros Profissionais, dependentes directamente do SNBPC-Ministério da Administração Interna. E a estes últimos, sim deveriam ser dadas condições materiais e de formação para desempenharem a missão que, na prática continuam a ser deles. Ainda não vi nestas cheias, ninguém do GISP a fazer qualquer coisa que fosse; bombeiros muitos. O dinheiro da formação desses elementos tem que ser justificado, na prática, pois é essa a sua função.

Cumprimentos.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Dezembro 11, 2006, 02:03:06 pm
Decreto - Lei 22/2006 de 02/02/2006

Artigo 4.º
Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro

1 - É criado, na dependência do comando-geral da GNR, o GIPS.

2 - O GIPS tem como missão específica a execução de acções de prevenção e de intervenção de primeira linha, em todo o território nacional, em situação de emergência de protecção e socorro, designadamente nas ocorrências de incêndios florestais ou de matérias perigosas, catástrofes e acidentes graves.

A minha questão para o Alferes Artic Fusion, estão os soldados do GIPS capacitados para actuar em situações de catástrofe e acidentes graves?
Se sim, já entraram em "acção" nestes últimos casos de cheias e vendavais?
É que o que se houve e vê noticiado, é que esses militares tiveram formação para combate a incêndios, bem como o material que lhes foi destribuido é especifico para esse fim.
Título:
Enviado por: golex em Fevereiro 11, 2007, 05:56:38 pm
acho piada aos que se revoltam contra  a instituição GNR por tentar fazer o melhor numa nova missão que lhe atribuiram (mais uma) em vez de questionarem as estratégias administrativas de quem governa e toma este tipo de decisões.
acho que é um problema nacional, em vez de reclamarmos junto do gerente limitamo-nos a gritar com o balconista.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Fevereiro 11, 2007, 06:02:17 pm
Citação de: "golex"
acho piada aos que se revoltam contra  a instituição GNR por tentar fazer o melhor numa nova missão que lhe atribuiram (mais uma) em vez de questionarem as estratégias administrativas de quem governa e toma este tipo de decisões.
acho que é um problema nacional, em vez de reclamarmos junto do gerente limitamo-nos a gritar com o balconista.


Sr. golex, sabe responder á minha última questão?

Falo por mim, não tenho nada contra a GNR, só não gosto dos paparazzi da BT :twisted:
Título:
Enviado por: golex em Fevereiro 11, 2007, 06:21:21 pm
sr. ricardo nunes, creio que como qualquer outra unidade que tem por base o RI, quando não estão em serviço efectivo estão de prevenção e em treino. sublinho o creio.
quanto aos meios fornecidos a estes militares não lhe sei dizer, mas a formação é abrangente e não limitada aos incêndios. de qualquer forma é obvio que sendo os incendios florestais a principal calamidade que tem assolado o território nacional, é natural que a maior preocupação tenha sido precisamente o combate ao incendios.
devo ainda dizer que em matéria de opinião eu também não concordo com a atribuição desta função à GNR, à protecção civil ou a um corpo profissional e de elite de bombeiros seriamais apropriado, acho que a especialização leva a uma melhor performance e o estado português está a fazer precisamente o contrário.
quanto ao fotografos da bt sao fáceis de contornar, basta cumprir o código da estrada.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Fevereiro 11, 2007, 06:44:11 pm
Citação de: "golex"
sr. ricardo nunes, creio que como qualquer outra unidade que tem por base o RI, quando não estão em serviço efectivo estão de prevenção e em treino. sublinho o creio.


Crê ou sabe?
Mas a minha questão é mais simples, os GIPS já entraram em acção este ano/ano passado para acudir a situações de calamidade publica sem ser incêndios florestais?
Título:
Enviado por: golex em Fevereiro 11, 2007, 06:50:05 pm
peço desculpa que eu não tinha lido a suaquestão com atenção. já reformulei a resposta. em resposta a esta ultima pergunta será "creio", a informação que lhe dei não é totalmente isenta de imprecisões.
Título:
Enviado por: golex em Fevereiro 11, 2007, 06:51:04 pm
de facto naõ sei qual tem sido a utilização operacional dos GIPS.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Fevereiro 11, 2007, 06:56:26 pm
Citação de: "golex"
quanto ao fotografos da bt sao fáceis de contornar, basta cumprir o código da estrada.


Tenha cuidado com os ditos na zona da Soalheira (Túnel da Gardunha), são omnipresentes :twisted:
Título:
Enviado por: golex em Fevereiro 12, 2007, 01:52:30 am
tb isso ha-de acabar, tabaco em edificios públicos :lol:
Título:
Enviado por: Pirex em Maio 27, 2007, 12:00:48 am
Citar
Quando toca a sirene no Centro de Meios Aéreos de Santa Comba Dão há nove corações que começam a bater com mais intensidade. Sem dizer palavra, os operacionais do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da GNR vestem os casacos antifogo, colocam os capacetes e correm para o helicóptero. Em menos de dois minutos estão sentados nos bancos de lona da aeronave e prontos a partir para a frente de fogo.

O piloto liga os motores, recebe as coordenadas do local do incêndio, cumpre os procedimentos de segurança aeronáutica e descola em direcção à floresta.

O ruído dentro da aeronave impede a troca de palavras e os olhares tornam-se mais expressivos. Não há medo, mas a inquietude é evidente. As pulsações só abrandam quando se avista a coluna de fumo – pouco densa e esbranquiçada. É sinal de que as chamas não lavram com grande intensidade e o combate será mais fácil. Os riscos serão menores.

O helicóptero descreve um círculo ainda em altitude, verifica se há pessoas ou habitações em perigo e aterra próximo do fogo. Logo que a aeronave toca o solo, a máquina humana entra em funcionamento.

Sob o comando de um sargento, quatro homens retiram os batedores, os Macloud (um instrumento que faz de ancinho e enxada) e os dois extintores dorsais (com 20 litros de água cada). Os restantes operacionais colocam o balde do helicóptero em condições de fazer descargas e afastam-se. A descrição demora quase mais tempo do que a acção no terreno, cronometrada ao segundo. Não há pausas nem hesitações. “Cada elemento tem a sua função e sabe o que tem fazer a cada momento ou situação”, explica o comandante da 3.ª Companhia de GIPS de Viseu, capitão Cura Marques.

Após deixar os militares, o heli levanta à procura de um ponto de água para começar o combate aéreo e a equipa de nove homens dirige-se a um dos flancos do incêndio.

Seguem em fila indiana, com a adrenalina próxima dos limites. Se as chamas estão mais altas, os primeiros projectam jactos de água. Seguem-se os batedores, que malham no fogo de forma energética. No fim da fila os portadores dos Macloud remexem a terra ardida para impedir os reacendimentos.

Em menos de 40 minutos o incêndio está extinto. Em 2006 foi assim em 94 por cento dos casos (ver caixa). Os novos ‘bombeiros’ chegaram, actuaram e venceram o fogo. Este ano, apesar das previsões meteorológicas apontarem para um Verão com temperaturas altas, as expectativas são maiores. Fruto da experiência acumulada e alguns acertos nos equipamentos e metodologias, todos esperam conseguir melhores resultados.

Há dois anos, no rescaldo de um dos períodos mais devastadores para a floresta portuguesa, os bombeiros chilenos que vieram auxiliar no combate aos incêndios florestais fizeram um diagnóstico pouco abonatório sobre a forma como se atacava os fogos em Portugal. Segundo eles, os nossos bombeiros usavam muita água para extinguir as chamas e poucas ferramentas, o que favorecia a ocorrência dos temidos reacendimentos.

MÉTODO NOVO

Com a entrada em cena dos GIPS, o panorama modificou-se. O ataque ao fogo na fase nascente passou a ser prioritário. E as ferramentas passaram a ser encaradas como peças fundamentais para o combate, assim como a força física e psicológica dos operacionais.

“Na primeira intervenção a água tem pouco peso. O importante é actuar com estratégia, conhecimento e muita disciplina”, afirma Cura Marques, destacando a disciplina e o espírito de entreajuda como pilares essenciais na actuação das equipas especiais da GNR.

Sendo uma estrutura militarizada, o GIPS assenta numa cadeia hierárquica única, rígida e bem definida. Uma voz de comando é uma ordem inquestionável e, como tal, não há lugar a atritos entre operacionais, mesmo em situações de grande stress, garante o sargento Luís Davi. O profissionalismo é mais do que evidente, mas mesmo assim incapaz de contornar alguns dos problemas endémicos da cultura portuguesa, como é o caso da tendência generalizada para o improviso.

Em Santa Comba Dão, como na maioria dos Centros de Meios Aéreos para combate aos fogos florestais, as brigadas helitransportadas estão ‘arrumadas a um canto’ disponibilizado pelos bombeiros locais. Os operacionais ocupam uma pequena garagem que partilham com duas máquinas de lavar roupa e uma barulhenta arca frigorífica.

Enquanto aguardam pelo toque da sirene, ocupam os tempos livres com a leitura, a jogar computador, a navegar na internet ou a ver televisão. Nesta Fase Bravo, que se iniciou a 15 de Maio, as saídas têm sido praticamente nulas. Mas o inferno pode chegar a qualquer momento. E o grau de prontidão tem de estar sempre a cem por cento.

“Pode pensar-se que os GIPS é só fardas bonitas e carros novos mas não. É, sobretudo, muito sacrifício e abnegação”, sublinha Luís Davi.

Seleccionados com base em rigorosos critérios físicos e psicológicos, os militares da GNR destacados para o combate aos incêndios rodam pelas brigadas helitransportadas e terrestres para garantir uma melhor gestão do esforço e dos recursos.

A escala de serviço compreende seis dias de trabalho de 12 horas (08h00/20h00) seguidos de três dias de folga. Os elementos que estiverem um dia nos helis passam a integrar as brigadas terrestres no dia seguinte. No pico dos incêndios, em que se registam várias saídas, esta rotatividade revela-se fundamental para garantir o equilíbrio físico e psicológico dos operacionais.

Na brigada terrestre as exigências são igualmente grandes, mas os níveis de esforço são diferentes e mais repartidos. Por norma, as equipas – com cinco elementos cada – actuam em conjunto e servem de apoio às brigadas helitransportadas, sempre que o terreno permite o acesso à frente do incêndio.

O equipamento de protecção pessoal (ver infografia) é o mesmo – com excepção do Fire Sheltor – e as ferramentas base também. Mas em cada jipe todo-o-terreno há mais uma motobomba e um depósito com 700 litros de água, uma mangueira com cem metros, um ancinho especial de fabrico nacional, uma pá, um machado, um extintor e uma foice.

Se não estão a combater fogos as brigadas terrestres aproveitam para fiscalizar as florestas e sensibilizar as populações para a necessidade da limpeza dos terrenos. Por vezes, são mal recebidos. Mas na generalidade dos casos os moradores manifestam satisfação por se cruzarem com uma força de segurança.

“Chegamos a ir a sítios em que as pessoas nos dizem que não viam a GNR por ali há mais de um ano. E o facto de nós passarmos com mais frequência deixa os cidadãos mais descansados e atentos a possíveis transgressões”, refere o tenente José Lopes, comandante do Centro de Meios Aéreos da GNR, em Santa Comba Dão.

Os elementos dos GIPS receberam formação na Escola Nacional de Bombeiros, na Lousã, e fazem questão de se manter em reciclagem permanente, quer a nível físico quer teórico. ‘Instrução difícil, combate fácil’ é o lema adoptado.

“Temos que andar nestas actividades mais puxadas enquanto temos forças. O tempo de ganhar barriga fica para depois”, justifica o guarda António Marques, após fazer uma pausa no jogo de estratégia Age of Empires, do qual usa e abusa para passar os tempos mortos.

O militar de 27 anos esteve na Bósnia e no Kosovo em missões de paz ao serviço do Exército. O ano passado ingressou na GNR, directamente para o GIPS. Já passou por uma situação de grande perigo, quando uma língua de fogo inesperada quase atingiu a equipa, no Verão passado, em Tábua. O episódio não deixou marcas. Apenas serviu para lhe incutir mais respeito pelos fenómenos naturais, sempre que parte para um incêndio.

NOS LIMITES

O esforço dos militares quando estão numa primeira intervenção de combate a um incêndio é levado aos limites, físicos e psicológicos.

Nos treinos são simuladas situações para aproximar as exigências físicas às psicológicas e avaliar o comportamento dos operacionais. Porém, nenhum exercício se compara a uma acção de fogo real, onde as capacidades de resistência humana são verdadeiramente postas à prova.

“Ver um homem a querer beber água do depósito que já está vazio e ajudá-lo a ignorar a sede para continuar a combater o incêndio não é fácil para ninguém, mas é essencial para garantir que ninguém falha nas suas funções”, diz o capitão Cura Marques. O comandante da 3.ª Companhia de GIPS, que abrange Viseu, Armamar e Santa Comba Dão, quis sentir de perto a adrenalina do combate no terreno e no ano passado acompanhou as brigadas em mais de 40 saídas,

A aguardar pela primeira experiência real está o guarda Rebelo Marques, da Companhia de GIPS de Santa Comba Dão. Ofereceu-se como voluntário, trocando a vida “mais descansada” que levava em Lisboa pela agitação do combate aos incêndios, na região da Beira Alta. Casado há um ano com uma militar do Exército, sentiu grandes dificuldades em que ela aceitasse a sua entrada nos grupos de combate ao fogo da GNR. “A princípio não aceitou muito bem”, mas após o choque inicial acabou por se resignar.

O casal planeava ter um filho este ano só que a entrada no GIPS fez adiar este projecto de vida.

“Vamos ver como correm as coisas e tentaremos para o próximo ano”, revelou o militar. Enquanto aguarda pelo primeiro frente-a-frente com um fogo autêntico, o militar tem apenas uma ideia da forma como as pulsações aumentam quando a sirene toca no Centro de Meios Aéreos. Isto porque um elemento do GIPS se lembrou de gravar o som da sirene no telemóvel para surpreender os amigos. Quando o aparelho tocou, saltaram todos da cadeira, prontos para atacar as chamas. Os ritmos cardíacos dispararam, até perceberem que era alarme falso.

AMEAÇADOS COM UMA CAÇADEIRA

Os elementos dos GIPS arriscam a vida para salvar os bens da voracidade das chamas, mas a sua presença no terreno nem sempre é apreciada pelos cidadãos. “Uma vez uma equipa foi ameaçada por um homem armado com uma caçadeira, que não queria que o helicóptero tirasse água do seu tanque”, conta o capitão Cura Marques, comandante da 3.ª Companhia GIPS, em Viseu. Noutras ocasiões, em zonas mais isoladas, os moradores chegaram a atirar pedras à aeronave, numa tentativa de impedir que chegasse perto dos pontos de água particulares, mas essenciais para garantir a extinção das chamas florestais. Alheias aos deveres de cidadania e às normas legais, algumas pessoas “chegam a tapar os poços ou tanques de água com redes” para inviabilizar o abastecimento dos helicópteros mobilizados para o ataque aos fogos, adianta o oficial. Nestes casos, os guardas vêem-se obrigados a tomar conta das infracções e elaborar os respectivos autos de notícia para posterior procedimento judicial. As redes são confiscadas e se os proprietários mantiveram uma atitude que se revele deliberadamente prejudicial para o trabalho dos guardas ou dos bombeiros podem acabar detidos e conduzidos ao posto mais próximo.

EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL DO GIPS

CAPACETE

Feito em material resistente ao choque e às altas temperaturas junto às chamas.

ÓCULOS

Preparados para proteger os olhos das faúlhas e das temperaturas elevadas.

LUVAS

Fabricadas com nomex kevlar, permitem agarrar um tronco em brasa sem haver perigo de queimadura.

CALÇAS

Tal como o casaco, são em tecido nomex e permitem estar mais próximo das chamas sem consequências.

MÁSCARA

Os soldados colocam um cogola na cabeça, resistente ao fogo, semelhante às usadas pelos pilotos de Fórmula 1.

FIRE SHELTER

Às costas levam um abrigo anti-fogo e uma mochila com água, um kit de primeiros socorros e outro de sobrevivência.

BOTAS

Em couro especial que resiste ao fogo e permite a respiração do pé. A sola está preparada para pisar brasas.

"NÃO COMPETIMOS COM OS BOMBEIROS", Cura Marques, comandante da 3.ª Companhia GIPS

Correio da Manhã – Com os bons resultados alcançados pelos GIPS em 2006 que metas traçaram para a época de fogos florestais deste ano?

- Cura Marques – O objectivo é melhorar a eficácia. É transpor os bons resultados para os distritos onde foram criadas novas companhias e, se possível, atingir os cem por cento de eficácia. Se não conseguirmos tentaremos pelo menos melhorar os índices conseguidos em 2006.

- O que distingue os elementos do GIPS dos bombeiros?

- Não somos melhores nem piores. Temos a nossa forma de actuar e conseguimos bons resultados. Mas não estamos a competir com ninguém. A nossa competição é interna, para atingir o máximo de cada um. Respeitamos muito o trabalho dos bombeiros e não pensamos sequer em competição, porque o nosso inimigo é comum.

- O que falta fazer para melhorar a prevenção?

- A GNR tem investido muito na prevenção e sensibilização das populações, alertando-as para a necessidade da limpeza das matas e dos terrenos. Mas continuamos a deparar-nos com três problemas essenciais. A dificuldade em notificar alguns proprietários, o facto de os emigrantes só chegarem às suas propriedades no Verão e as queimadas feitas pelos pastores. Sabemos que eles vão deitar o fogo, porque têm necessidade de o fazer, só não temos é forma de os controlar. A legislação está bem conseguida, mas é preciso que as pessoas sintam que têm de cumprir as normas.

HELICÓPTEROS MOBILIZADOS DE ACORDO COM RISCO DE INCÊNDIO

O plano aprovado pela Comissão Nacional de Protecção Civil (CNPC) prevê que os meios aéreos entrem em funcionamento de forma progressiva, durante a Fase Bravo e de acordo com o risco de incêndio.

Segundo um porta-voz do Ministério da Administração Interna, neste momento estão ao serviço das brigadas helitransportadas da GNR quatro helicópteros: em Loulé, Santa Comba Dão, Fafe e Vidago.

A presença dos Grupos de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) foi alargada este ano a Viana do Castelo, Porto, Vila Real e Aveiro, prevendo-se a mobilização gradual de 14 aerotanques até ao dia 15 de Junho, data em que os dois Canadair entram em actividade.

Como a operacionalidade dos meios aéreos adquiridos pelo Estado sofreu um atraso, “foram contratados dez helicópteros que estarão em funcionamento na primeira quinzena de Junho”, informou o gabinete do ministro Rui Pereira.

Estas aeronaves servirão para transportar também as brigadas da Companhia Especial de Bombeiros, designadas por canarinhos. A nova estrutura tem um comando próprio e foi constituída com alguns dos bombeiros pertences às equipas helitransportadas existentes em 2005 e 2006. Dados como operacionais desde ontem, os canarinhos abrangem os distritos da Guarda, Castelo Branco, Portalegre e Santarém. A formação que receberam na Escola Nacional de Bombeiros obedece aos padrões internacionais, o que os habilita a partir para missões no estrangeiro em 24 horas.

Em 2008 o espaço de intervenção destas brigadas será alargado aos distritos de Évora, Beja e Setúbal.

Correio da Manhã
Título:
Enviado por: calaico em Maio 27, 2007, 10:08:07 pm
Citação de: "sturzas"
Boas Pessoal

Penso que a rapaziada do GISP, quando não há "fogos", realizam as tarefas de um qualquer militar da GNR. Pelo menos já fui multado há cerca de três semanas, em Bragança, a minha terra de origem, por um militar da Guarda, que tinha o "patch" do GISP.


 Caro sturzas, é só para informar, que em Bragança, não existe GIPS, eu sei porque faço lá serviço, não terá sido o SEPNA?
Título:
Enviado por: sturzas em Maio 30, 2007, 02:15:10 am
Viva a todos.

Antes demais, Calaico desejo-lhe as boas vindas ao Fórum Defesa.

Bem sei que em Bragança não existe nenhuma Companhia de GIPS pelo menos permanente (talvez lá para 2008). A sub-unidade do GIPS mais próxima de Bragança, é a 5ª Companhia, com base/sede operacional no Vidago (tem mais um pelotão em Ribeira de Pena). O que afirmei, e confesso agora deixou-me um pouco baralhado (GIPS/SEPNA), e daqui deixo a dúvida, é se na Companhia Territorial de Bragança da GNR, não possam existir elementos com formação específica em GIPS.

Já agora uma pequena descrição operacional/organizacional do GIPS/GNR para o Verão Quente de 2007, que se avizinha:

1ª Companhia (Lousã)

1 Pelotão na Lousã, com 36 efectivos + 1 helicóptero médio;
1 Pelotão em Pombal, com 34 efectivos + 1 helicóptero médio;
1 Pelotão em Figueiró dos Vinhos, com 20 elementos + 1 helicóptero ligeiro.

2ª Companhia (Loulé)

1 Pelotão em Loulé com 36 efectivos + 1 helicóptero médio;
1 Pelotão em Monchique com 20 efectivos + 1 helicóptero ligeiro;
1 Pelotão em Cachopo com 20 efectivos + 1 helicóptero ligeiro.

3ª Companhia (Viseu)

1 Pelotão em Viseu, com 36 efectivos + 1 helicóptero médio;
1 Pelotão em Stª Comba Dão, com 34 efectivos + 1 helicóptero médio;
1 Pelotão em Armamar, com 20 elementos + 1 helicóptero ligeiro.

4ª Companhia (Arco de Valdevez)

1 Pelotão em Arco de Valdevez com 33 efectivos + 1 helicóptero médio;
1 Pelotão em Braga com 22 efectivos + 1 helicóptero ligeiro;
1 Pelotão em Fafe com 20 efectivos + 1 helicóptero ligeiro.

5ª Companhia (Vidago)

1 Pelotão em Vidago com 34 efectivos + 1 helicóptero médio;
1 Pelotão em Ribeira de Pena com 22 efectivos + 1 helicóptero ligeiro.

6ª Companhia (Baltar)

1 Pelotão em Baltar com 34 efectivos + 1 helicóptero médio;
1 Pelotão em Águeda com 22 efectivos + 1 helicóptero ligeiro;
1 Pelotão em Vale de Cambra com 22 efectivos + 1 helicóptero ligeiro.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Raul Neto em Maio 31, 2007, 12:41:58 am
Mas está previsto no futuro haver uma companhia por Distrito  :shock:
Título:
Enviado por: calaico em Maio 31, 2007, 07:24:31 pm
Não existe nenhum elemento com esse curso no Grupo Territorial de Bragança.
Título:
Enviado por: TOMKAT em Junho 09, 2007, 01:23:07 am
Citar
Falta de meios compromete investigação às causas dos fogos florestais no país

08.06.2007, Mariana Oliveira

Número de relatórios não conclusivos disparou no último ano. Antigos guardas florestais, os únicos que até aqui asseguravam essa tarefa, lamentam falta de condições

Em Maio de 2006, o Governo extinguiu o Corpo Nacional da Guarda Florestal (CNGF) e determinou a integração dos seus cerca de 500 funcionários no Serviço da Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR. Mas, mais de um ano passado, o panorama não é animador. A GNR não tem dinheiro para pagar horas extraordinárias aos guardas florestais, o que implica que durante a noite, feriados e, em algumas zonas do país, ao fim-de-semana não se faça investigação às causas dos incêndios florestais nem vigilância florestal. Há ainda quem se queixe da falta de condições logísticas, lamentando não ter sequer um computador para trabalhar.

Os problemas são visíveis nos resultados operacionais. Segundo os dados da Direcção-Geral de Recursos Florestais e do SEPNA, citados no relatório da comissão parlamentar de fogos florestais, 64 por cento das 3093 investigações realizadas no ano passado terminaram sem causa atribuída (perto de dois mil incêndios com origem desconhecida). O valor significa um grande aumento face aos últimos anos, em que esta percentagem rondou os 30 por cento. A título de exemplo, refira-se que, em 2002, o CNGF, que investigou 1039 sinistros, registou apenas 27 por cento de fogos com razões desconhecidas.

Até agora, os antigos guardas florestais eram o único corpo destinado a fazer investigação das causas dos incêndios. A Polícia Judiciária só in-
vestiga fogos quando há suspeitas de crime e os militares do SEPNA só agora estão a terminar a formação nesta área - 120 destes operacionais terminam-na hoje.

Rui Raposo, da Federação Nacional de Sindicatos da Função Pública, que acompanha há vários anos os problemas dos guardas florestais, avança com a explicação. "Entre Maio do ano passado e Julho não houve investigação das causas dos fogos. A estrutura intermédia de comando da GNR não estava preparada para a transição e não sabia o que fazer com os guardas florestais", diz. "As primeiras instruções surgiram tarde e chegaram a ser dadas ordens para se investigar fogos que tinham ocorrido um mês antes. Ora, nessa altura já não é possível recolher
prova."

Raposo lamenta que, neste momento, os guardas florestais estejam subaproveitados e garante que é possível fazer muito melhor com os recursos existentes. "Este desperdício é inadmissível", considera.
Jorge Caldas, dirigente sindical e mestre florestal há 22 anos, concorda que a GNR não estava preparada. Hoje é obrigado a trabalhar sem computador e perdeu o GPS que tinha instalado no carro. "Estamos praticamente esquecidos", lamenta, ao explicar que pediu em Setembro passado uma reunião com um superior da GNR e até hoje ainda não foi recebido.

"Falta motivação"

Muitos salientam que os horários fixos de manhã e de tarde, feitos para escapar ao pagamento das ajudas de custo, e a ausência de guardas nos feriados são prejudiciais ao trabalho. "Aqui não trabalhamos aos fins-de-
-semana e feriados. Se uma pessoa quiser violar a lei sem ser apanhado, basta saber o nosso horário", alega Martinho Gonçalves, dirigente sindical no distrito de Portalegre e mestre florestal há quase 20 anos.

Figueiredo Lopes, sindicalista na Zona Centro e mestre florestal, é dos que fazem um balanço positivo da transição. "Operacionalmente, acho que foi benéfica. Agora estamos mais concentrados na fiscalização e não fazemos trabalho de técnicos florestais", afirma. Sabe que a sua realidade não se repete em todo o território nacional e lamenta os 200 euros mensais que muitos perderam com o fim das horas extraordinárias e das ajudas de custo. Isto além de ganharem menos duas a três centenas de euros que os colegas militares. "Assim não podemos estar motivados", remata Caldas.

O PÚBLICO tentou insistentemente obter um comentário da GNR a estes problemas, mas não conseguiu falar com nenhum dos seus responsáveis. No site da GNR na Internet também não se encontra qualquer referência à participação dos ex-guardas florestais, nem no dispositivo nem na estrutura do SEPNA.

A investigação exige lupa e pinça, remetendo-nos para um imaginário à Sherlock Holmes. Mas a realidade é bem diferente. Longe da elegância do trabalho do detective da Baker Street, esta é uma tarefa suja. Literalmente suja. Os investigadores, sejam da Polícia Judiciária (PJ), sejam da Guarda Nacional Republicana (GNR), têm que meter mãos e pés nas cinzas. O inevitável para descobrir a causa de um incêndio florestal e despistar um eventual crime.
Justificam-se, por isso, pezinhos de lã num espaço que se quer previamente delimitado por fitas coloridas. O objectivo é poupar os vestígios. Um passo no local errado e a investigação pode estar comprometida.

A rapidez é, por isso, essencial para que as estatísticas não registem mais um incêndio de origem desconhecida. O rótulo ficou associado a quase 2000 dos 3093 fogos investigados o ano passado pela GNR. A PJ só aparece quando há suspeitas de crime. Ambos partilham o lema: todo o cuidado é pouco.
"Tudo no que mexemos já não serve mais. Nesta investigação só temos uma oportunidade", insiste o inspector-chefe da PJ, António Carvalho, fato-macaco vestido, enquanto analisa os vestígios de um fogo posto na Tapada de Mafra. Desta vez, a intenção não foi dolosa. Destinou-se apenas a dar uma aula prática de investigação de causas de incêndios. Uma explicação no terreno semelhante às que receberam os 120 militares do Serviço da Protecção da Natureza e do Ambiente, da GNR, que terminam hoje a formação.

Primeiro passo: desvendar o caminho do fogo. Para descobrir o sentido e a direcção das chamas é preciso saber ler os vestígios. Objectivo? Determinar o ponto do início do incêndio. "Onde é que o ramo está mais ardido?", pergunta António Carvalho a uma plateia de jornalistas. Alguém responde, mas é o inspector que tira a conclusão. "Então quer dizer que o fogo veio nesta direcção", aponta, ao mesmo tempo que enterra uma seta vermelha nas cinzas. O processo repete-se. E repete-se. E repete-se.

Cuidadosamente, dezenas de ramos, troncos, pinhas e arbustos são analisados. A cor, a existência de casca e a fixação da fuligem são indicadores. Ajudam a revelar a direcção do fogo. E levam as setas vermelhas a fechar o círculo.

O incêndio poderia ter tido mais de um hectare, mas neste momento as atenções dos investigadores concentram-se num pequeno espaço com cerca de 30 centímetros de diâmetro. De um dos bolsos do fato-macaco de António Carvalho sai a lupa. Os centímetros são minuciosamente analisados, por vezes à pinça. Sopra-se. A cinza levanta voo e deixa a nu um pequeno buraco. "O que vos parece?", questiona Carvalho. "Um rebento de pinheiro", responde prontamente um jornalista.
Escava-se à volta e fica-se com a prova na mão. Um novo olhar, mais cuidado, desconstrói a primeira versão. O rebento é, afinal, o pavio de uma vela. "Belo pinheiro", ironiza António Carvalho. Para o fim, fica a prova dos nove. Desmembra-se o pedaço de terra e queima-se. A terra liberta um cheiro intenso a cera. O mistério está desvendado. M.O.
Os antigos guardas florestais começaram a trabalhar na GNR a 2 de Maio do ano passado, mas até hoje continuam sem um cartão de identificação. "Se alguém nos pedir para nos identificarmos, não temos nada para mostrar", lamenta Martinho Gonçalves, dirigente sindical e mestre florestal. Rui Raposo, da Federação Nacional de Sindicatos da Função Pública, lamenta o desleixo do Ministério da Administração Interna. "Só é preciso uma portaria de uma página, mas ainda não foram capazes de fazer isso", estranha. Raposo reclama também do facto de ainda não haver base legal para os ex-guardas florestais usarem as armas.
M.O.

http://jornal.publico.clix.pt/default.asp?url=search%2Easp%3Fweb%3DUH%26q%3Dincendios%26check%3D1

Citar
Os antigos guardas florestais começaram a trabalhar na GNR a 2 de Maio do ano passado, mas até hoje continuam sem cartão de identificação.
"Se alguém nos pedir para nos identificarmos não temos nada para mostrar", lamenta Martinho Raposo, dirigente sindical e mestre florestal.
Rui Raposo da Federação Nacional de Sindicatos da Função Pública, lamenta o desleixo do Ministério da Administração Interna. "Só á preciso uma portaria de uma página, mas ainda não foram capazes de fazer isso", estranha.
Raposo reclama também do facto de ainda não haver base legal para os ex-guardas florestais usarem armas.

in Público


Devagar, devagarinho, ... um dia talvez cheguemos lá.  :roll:
Título:
Enviado por: ricardonunes em Agosto 07, 2007, 12:05:51 pm
Força de combate aos fogos da GNR pode estar em risco

Citar
GIPS consomem muitos recursos importantes
A missão da GNR no ataque inicial dos incêndios pode estar em risco de continuidade ou de vir a ser reformulada. Segundo apurou o DN, os grupos de intervenção protecção e socorro - os GIPS criados em 2006 sob forte contestação dos bombeiros -, poderão ter os dias contados. Em causa os enormes recursos financeiros que estão a consumir e que estarão a fazer falta noutros sectores.

Em última instância, os GIPS poderão mesmo ser extintos. O que seria um enorme recuo do Governo, que no ano passado, pela voz do ex-ministro da Administração Interna (MAI), António Costa, assegurou que a GNR tinha um papel fundamental no combate aos incêndios e que tal não constituía uma despromoção do sector dos bombeiros. Aliás, no final da época de fogos, o então MAI realçou o sucesso desta força e a forma pacífica como se integrou no dispositivo. Motivo que levou, até, ao seu reforço este Verão.

Ao DN, um antigo dirigente da Protecção Civil, próximo do PS, afirmou que "os GIPS estão a consumir grandes recursos financeiros que são necessários para garantir outras prioridades na protecção civil. Como por exemplo, as 60 equipas permanentes nos quartéis de bombeiros de cinco distritos". Recorde-se que estas equipas profissionais foram prometidas por Costa para o final do ano.

Apesar de o ministro da Administração Interna ter mudado, o Governo assegura que a sua posição perante este assunto se mantém. Ao DN, o Secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões, afirmou que "quem criou os GIPS foi este Governo e o Governo ainda é o mesmo".

Confrontado com esta hipótese, António Paixão, major da GNR e comandante dos GIPS, reagiu com surpresa. Ao DN, afirmou não saber de nada e realçou o sucesso apresentado pela força que comanda na extinção dos fogos na sua fase inicial. Aliás, António Paixão adiantou que, ainda na semana passada, esteve reunido com Ascenso Simões que lhe pediu para começar a programar o próximo ano.

Outro dado importante foi a profissionalização dos Canarinhos, equipas de primeira intervenção da Força Especial de Bombeiros, criada este ano. "Com a sua criação, este grupo (dos GIPS) deixa de ser tão necessário", disse a mesma fonte.

Além disso, no final do Verão de 2006 estava previsto que os soldados do GIPS completassem formação na área do mergulho, radioactividade e resgate vertical. Mas apenas um número reduzido de 24 elementos recebeu formação em mergulho e nas outras áreas nem sequer se avançou.

Reacções

A possibilidade de extinguir os GIPS cai que nem uma luva nas pretensões da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). Apesar de não ter conhecimento da hipótese , Duarte Caldeira, presidente da Liga, reconhece que vem ao encontro do que sempre defendeu. E frisa "a necessidade de dispor de uma intervenção permanente e profissionalizada mas levantada a partir dos recursos humanos dos bombeiros, como a experiência dos Canarinhos está a demonstrar". Ou seja, "é a partir desta experiência piloto que se deve seguir numa lógica de dispor de uma força de socorro especifica", concluiu.

José Manageiro, presidente da Associação de Profissionais da Guarda (APG) também reconhece que "a GNR não existe para apagar fogos. Mas este grupo tem tido sucesso na sua missão e falar-se na sua eventual reestruturação nesta altura só serve para perturbar o seu trabalho".

O dirigente da APG afirma que "o papel da GNR é estar junto das populações e têm estado a ser canalizados recursos para os GIPS e para as missões internacionais que depois fazem falta nos postos, que é onde somos procurados pelos cidadãos".

Desde a criação que os GIPS estiveram debaixo de criticas dos bombeiros que se queixaram de falta de articulação e de terem sido relegados para um papel secundário.

DN (http://http)
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 07, 2007, 12:25:17 pm
Depois de todo este investimento vai-se acabar com estas unidades? Só mesmo em Portugal!  :roll:
Título:
Enviado por: SSK em Agosto 07, 2007, 01:17:10 pm
Muda de ministro, muda a orientação e política para o país... Espectáculo....
Título:
Enviado por: xenical_ em Agosto 07, 2007, 05:10:57 pm
Boa tarde
Os portugueses não podem é continuar a assistir ao fecho (ou ameaças de) de postos da guarda, a falta de EPI dos elementos que fazem a inactivação de explosivos (caso do Algarve à poucas semanas), a falta de formação, a obras nos postos territoriais adiadas, ao constante envelhecimento da frota auto, ao armamento obsoleto; e por outro lado assistir a unidades de "elite" com orçamentos sumptuosos com alguns equipamentos que deixam muito a desejar (aeroboat de 9 mil ctos., carrinhas com equipamento para as cheias que curiosamente durante as cheias deste Inverno não foram vistas!) a fazerem aquilo que no pais já era feito a largos anos por bombeiros voluntários (apesar de nos meses de Verão serem miseravelmente subsidiados).
Penso que a criação dos GIPS foi mais um devaneio de novo-riquismo por parte dos nossos governantes, algo que foi apresentado por alguém como uma Visão e possível de ser posto em pratica, mas que nunca foi orçamentada com rigor.

Como português tenho muito orgulho na GNR, pelas difíceis missões desempenhadas com brio e profissionalismo no Iraque e em Timor, e também no SEPNA que me parece, isso sim, uma força policial de importância cada vez maior. Agora para apagar fogos chamem os Bombeiros e profissionalizem parte deles.

Cumprimentos

Paulo Mariano
Título: GIPS
Enviado por: bodyguard-madeira em Agosto 07, 2007, 06:57:53 pm
Santas palavras camarada, que se aposte nos recursos existentes, formação e equipamento.
A GNR a fechar postos às 17h por falta de pessoal e andar com unidades especializadas a entrar nas especialidades dos outros, só neste cantinho da Europa.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 07, 2007, 09:12:50 pm
A sério? Já ouviram falar da UME?
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Agosto 07, 2007, 09:14:43 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
A sério? Já ouviram falar da UME?


UME é do Exército (Ejército de Tierra)...
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 07, 2007, 09:21:37 pm
Mais uma razão, eu acho mais normal uma unidadedeste género pertencer a uma instituição policial (militarizada) do que às Forças Armadas.
Título:
Enviado por: Bravo Two Zero em Agosto 07, 2007, 09:52:16 pm
Apesar de ser um pouco suspeito para opinar, acho que o último post do xenical_ diz tudo.....Portugal tem poucos recursos para a criação de mais "quintinhas", o pessoal do GIPS é merecedor de todo o meu respeito e admiração, mas há carências económicas e em pessoal noutras áreas da competência da GNR que tem de ser colmatadas.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Agosto 08, 2007, 10:38:03 am
MAI nega que força de combate aos fogos da GNR possa estar em risco

A propósito da notícia publicada ontem no Diário de Notícias sob o título "Força de combate aos fogos da GNR pode estar em risco", o MAI esclarece o seguinte:

1 - O Conselho de Ministros de 29 de Outubro de 2005 aprovou um conjunto de medidas de combate a incêndios florestais.

2 - Essas medidas referiram-se a alterações legislativas, políticas sectoriais e estruturas operacionais.

3 - Uma das medidas então tomadas foi a consolidação do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) e a criação dos Grupos de Intervenção de Protecção e Socorro (GPIS), no âmbito da GNR.

4- O Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro nasceu para ajudar a resolver o problema da segurança interna que são os incêndios florestais, tendo sido concebido como força helitransportada e terrestre, mas também para intervir como estrutura complementar, no campo mais amplo de intervenções de intervenção de protecção civil.

5 - Esta decisão foi feita com base na realidade nacional, mas tendo também em conta as realidades internacionais evidenciadas pelo furacão Katrina e pelos terramotos no Paquistão, cujos relatórios sublinharam a necessidade de reforçar a intervenção de força de segurança que possuem valências em áreas da protecção civil.

6 - Também em Espanha se reconhecem, na sequência da criação do GIPS português, a importância de uma força militar em acções de protecção civil – por isso, o Governo Espanhol criou uma estrutura de cerca de 4000 homens preparados para o efeito, no âmbito das próprias Forças Armadas.

7 - Os GIPS têm vindo pois a participar no intenso esforço de combate aos incêndios florestais, esforço esse que conta com a estrutura central da protecção civil, que são os bombeiros portugueses, mas também com sapadores florestais, sapadores do exército e elementos de brigadas Agris e de equipas municipais.

8 - O dispositivo de prevenção e combate aos incêndios florestais tem dado boas provas devido à integração de todos estes componentes, devido a uma coordenação política e operacional muito efectiva e devido a uma programação antecipada e rigorosa de meios e acções.

9 - O Ministério da Administração Interna não vai alterar o enquadramento actual e as missões atribuídas aos GIPS, que continuará a participar como até aqui no esforço do combate aos incêndios florestais.

Lisboa, 7 de Agosto de 2007
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 08, 2007, 11:32:13 am
Boa!  :wink:
Título:
Enviado por: Raul Neto em Agosto 08, 2007, 01:30:20 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Boa!  :wink:
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 19, 2008, 04:49:28 pm
:arrow: http://www.gnr-gips.org/ (http://www.gnr-gips.org/)
Título: Re: GNR - GIPS
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 18, 2018, 10:35:46 am
Decreto-Lei n.º 113/2018 - Diário da República n.º 243/2018, Série I de 2018-12-18117428716
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS
Cria a Unidade de Emergência de Proteção e Socorro na Guarda Nacional Republicana

https://dre.pt/web/guest/home/-/dre/117428716/details/maximized
Título: Re: GNR - GIPS
Enviado por: PereiraMarques em Setembro 21, 2020, 10:24:46 am
Com 13 companhias, se tiverem o efetivo total, já devem ter mais pessoal do que cada uma das três brigadas do Exército  :mrgreen:

Citar
Dispositivo da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro

1) Comando de Grupo de Emergência de Proteção e Socorro.

2) Companhia de Intervenção de Proteção e Socorro 11.

3) Companhia de Intervenção de Proteção e Socorro 12.

4) Companhia de Intervenção de Proteção e Socorro 13.

5) Companhia de Intervenção de Proteção e Socorro 14.

6) Companhia de Intervenção de Proteção e Socorro 15.

7) Companhia de Intervenção de Proteção e Socorro 16.

8) Companhia de Intervenção de Proteção e Socorro 17.

9) Companhia de Intervenção de Proteção e Socorro 18.

10) Companhia de Ataque Estendido 21.

11) Companhia de Ataque Estendido 22.

12) Companhia de Ataque Estendido 23.

13) Companhia de Ataque Estendido 24.

14) Companhia de Intervenção e Proteção em Emergência 31

https://dre.pt/web/guest/home/-/dre/143189706/details/maximized
Título: Re: GNR - GIPS
Enviado por: Lightning em Setembro 21, 2020, 07:44:07 pm
O crescimento do GIPS para sensivelmente o dobro tornou-o uma unidade demasiado grande para continuar subunidade da UI, agora também eles são uma unidade escalão Brigada.
Título: Re: GNR - GIPS
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 14, 2020, 04:00:38 pm
https://www.instagram.com/p/CGSDDJkAc9a/?utm_source=ig_web_button_share_sheet
Título: Re: GNR - GIPS
Enviado por: Lightning em Março 12, 2022, 07:47:56 pm
Equipa Hazmat da UEPS/GNR, em cenário nuclear.

https://cnnportugal.iol.pt/videos/e-esta-equipa-da-gnr-que-se-prepara-para-um-eventual-acidente-nuclear/622b98e10cf2cc58e7e80511