Dia da Marinha 2004

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snakeye25

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Dia da Marinha 2004
« em: Maio 16, 2004, 09:24:06 pm »
Face à limitada informação disponibilizada pela Revista da Armada, e tendo em conta os meios previstos para o desfile naval de dia 20 (ver o programa mais detalhado no Military Zone : http://www.geocities.com/militaryzone_portugal ), alguém sabe se os navios estão abertos ao público durante a presente semana ?
Um abraço,

André Carvalho
 

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JNSA

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« Responder #1 em: Maio 17, 2004, 07:43:21 pm »
snakeye, também não tenho mais informações, mas tendo em conta os anteriores dias da Marinha, é provável que haja navios abertos ao público.

Pelos menos as João Belo e as corvetas costumam ser visitáveis.

Houve até um ano em que o NRP Cunene (classe Cacine) esteve disponível para pequenos passeios no Tejo - e eu aproveitei, claro  :shock: ... deviam afinar aquilo  :(

Já agora, porque razão é que não se faz algo como uma demonstração de desembarque anfíbio por parte dos Fuzileiros e DAE? Há alguns anos vi na TVE algo semelhante em Espanha - fizeram desembarques em botes e em lanchas, heliassalto, e desembarque de forças especiais (fast-rope) para resgate de reféns... Isso sim foi uma óptima maneira de passar uma boa imagem das forças armadas  :D
 

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Spectral

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« Responder #2 em: Maio 17, 2004, 08:03:07 pm »
No ano passado em Aveiro todos os navios presentes estavam abertos ao público, até a Álvares Cabral ( acho que era esta).


Cumptos
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #3 em: Maio 17, 2004, 09:30:39 pm »
Citação de: "Spectral"
No ano passado em Aveiro todos os navios presentes estavam abertos ao público, até a Álvares Cabral ( acho que era esta).


Cumptos


Precisamente, a Álvares Cabral, a Sacadura Cabral e a João Coutinho, entre outros.
Em Aveiro, estiveram, ainda, presentes os fuzileiros, Polícia Marítima e Mergulhadores com stands muito completos. Na parada, participaram, inclusive helicóptero(s?) Lynx e houve desembarque na praia de alguns fuzileiros em botes. Ao que foi dado a entender, o cenário repete-se, desta com dois Lynx.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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Fábio G.

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« Responder #4 em: Maio 17, 2004, 11:37:25 pm »
Citação de: "JNSA"
Há alguns anos vi na TVE algo semelhante em Espanha - fizeram desembarques em botes e em lanchas, heliassalto, e desembarque de forças especiais (fast-rope) para resgate de reféns... Isso sim foi uma óptima maneira de passar uma boa imagem das forças armadas.


Sim eu vi em directo na TVE essa exibição foi á cerca de 3-4 anos e foi espectacular, até ainda tenho algumas partes gravadas. Básicamente lembro-me do despegue vertical de 3 Harrier do PdA na baía, reabastecimento em voo de 2 F-18 e 2 F-1, desembarque de forças na praia através de botes do PdA e espectacular um Chinook sobre a água desce a rampa (que fica metade submersa) e larga um bote com elementos das Forças Especais. Quando as forças chegam á praia fazem um assalto a uma casa com refens e terroristas, com a missão cumprida são recolhidos por um SuperPuma. Depois entrevistaram as pessoas que assistiam e elas diziam coisas interessantes como: se queremos ser um pais do 1º mundo temos de ter umas FA do 1º mundo, o dinheiro empregue nas FA é bem empregue, estão bem equipadas e treinadas é um orgulho, etc...
 

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emarques

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« Responder #5 em: Maio 17, 2004, 11:42:16 pm »
Bem, pessoas que se deram ao trabalho de ir ver uma demonstração militar teriam uma certa tendência a dizer coisas dessas, não é? :)

Segundo o site da CM de Viana do Castelo, "...às 11h00, na esplanada entre o Gil Eannes e o Lima, uma parada militar com ... 2000 marinheiros que chegarão à cidade em 12 navios. Segue-se um desfile com evolução de helicópteros.

Às 12H30, na baía portuária, unidades operacionais da marinha realizam demonstrações públicas de operacionalidade naval."
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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Fábio G.

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« Responder #6 em: Maio 18, 2004, 12:11:16 am »
Não propriamente porque alguns dos entrevistados eram mulheres e alguma com mais de 40 anos, que não percebia nada só sabia o que era um helicóptero, um bote, etc. Claro que a maioria tava ali por gosto mas em mais de 20 mil pessoas havia muitas que estavam só por curiosidade e só por ver.
 

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Fábio G.

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« Responder #7 em: Maio 21, 2004, 12:11:55 pm »
CM

Citar
Comemoração: Viana do Castelo assistiu ao Dia da Marinha
DE OLHOS BEM POSTOS NO MAR  
"Quero ser marinheiro". O Filipe, nos seus nove anos, não tem dúvidas. Confessa o futuro à saída do patrulha 'Cassiopeia', uma das muitas saídas para o mar em Viana do Castelo, destinada a civis, a comemorar o Dia da Marinha. Sonha com "muitas missões", como diz, mas na margem esquerda do Lima, onde o Filipe embarcou na 'Cassiopeia', está parte do futuro certo da Armada, uma corveta e uma fragata que não chegarão a 2010.  
Sérgio Freitas
 
O Dia da Marinha ficou marcado por um balanço do presente a pensar no futuro
Uma realidade que o almirante Vidal de Abreu, chefe de Estado-maior da Armada, deu conta no discurso oficial. Manifestou-se confiante em que o poder político vai manter os programas de reequipamento, mas deixou claro que as interrupções terão custos: "é mais fácil manter uma Marinha do que recriá-la".

E o panorama não é famoso. Três das seis fragatas, as quatro corvetas ainda a navegar e a quase totalidade dos patrulhas estão bem perto do fim da vida. Na prática, mais de metade da Marinha tem que ser abatida ao efectivo no espaço de cinco anos.

Os novos submarinos estão na calha, dos dez patrulhas oceânicos quatro estão encomendados - com os estaleiros de Viana do Castelo a beneficiarem da aposta de reequipamento -, os fuzileiros recebem cada vez mais equipamento, mas falta manter a continuidade. E é essa a preocupação da Armada, ainda à espera do navio de desembarque, das três fragatas norte-americanas e da substituição do reabastecedor de esquadra 'Bérrio'. E este é daqueles pacíficos navios, que, no entanto, são essenciais, uma vez que são eles que fazem andar os agressivos navios de combate - dão-lhes o combustível, a alimentação e as munições. É um todo de que falou Vidal de Abreu, uma ideia de conjunto que tem sido tão cara à Armada.

É claro que o pequeno Filipe ainda não sabe nada destas coisas e também ainda não percebeu que o futuro da Armada vai decidir-se no presente. E daqui por uma década, será que o Filipe quererá continuar a ser marinheiro se descobrir que a 'Cassiopeia', onde ele embarcou com nove anos, continua a desfilar no Dia da Marinha?

ASSOBIOS E PALMAS PARA PORTAS

Chegava o ministro da Defesa a Viana do Castelo - atrasado meia hora, como começa a ser habitual - quando começaram os assobios. Que aliás já se anunciavam quando foram desfraldados cartazes contra a intervenção no Iraque e a participação portuguesa. Os apupos mantiveram-se ao fazer revista às forças em parada, mas ao passar por outra bancada, a situação inverteu-se, com o disparo de múltiplos aplausos por grande parte da população.

E houve até quem quase se pegasse: Judite Oliveira, por exemplo, portuense até à medula - como fez questão de salientar -, não achou graça nenhuma às críticas de Joaquim Sá Pedra. "Mas não gosta do Paulo Portas porquê? Ele até tem feito muita coisa", e retorquia ele "Não tem feito nada", mas a portuense batia-se: "Esteja mas é calado". "Eu tenho direito a falar".

A coisa pareceu azeda e só os acordes do hino nacional repuseram a paz. E voltaram a unir-se quando foi para ver o desfile. "Oh senhores saiam daí". Os 'senhores' éramos nós, os jornalistas. E obedecemos.

EMBARQUES

Viana do Castelo viveu dias diferentes com o Dia da Marinha. As ruas encheram-se de marinheiros e o comércio agradeceu. A população em geral também, que os embarques nos patrulhas para um passeio de uma hora de mar foram muito concorridos.

DEMONSTRAÇÃO

As exibições de um helicóptero e fuzileiros arrancaram muitos aplausos às centenas de populares que assistiram às cerimónias. É sempre assim, toda a gente acha muita graça, mas quando se fala de milhões para reequipamento então a conversa costuma ser outra.

DANÇARINO

O ministro não só aguentou com os apupos, amenizados pelos aplausos, como ainda soube dar um ar de sua graça. Uma minhota, Maria Menezes, apareceu-lhe ao pé vestida a rigor e convidou-o para dançar. Portas não se fez rogado - até parecia estar em campanha.