Tensão em Timor Leste

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PereiraMarques

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« Responder #465 em: Junho 24, 2008, 01:59:36 pm »
Isto não se enquadra nas questões da "tensão", mas como é sobre Timor...

Decreto n.º 15/2008, D.R. n.º 120, Série I de 2008-06-24
Ministério dos Negócios Estrangeiros
Aprova o Acordo de Cooperação entre a República Portuguesa e a República Democrática de Timor-Leste, visando a criação da Escola Portuguesa de Díli
 :arrow: http://dre.pt/pdf1sdip/2008/06/12000/0376003761.PDF
 

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André

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« Responder #466 em: Agosto 05, 2008, 02:54:07 pm »
País vai continuar a necessitar de força policial internacional «robusta»



Timor-Leste vai continuar a necessitar de uma «robusta» presença de forças policiais das Nações Unidas e do envolvimento da comunidade internacional para garantir a sua estabilidade, defendeu o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Num relatório ao Conselho de Segurança, divulgado segunda-feira, Ban Ki-moon recomendou que não sejam feitos quaisquer «ajustamentos» ao mandato da Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT).

Fontes na ONU disseram que as recomendações serão analisadas pelo Conselho de Segurança no dia 19 de Agosto.

Este é o primeiro relatório do secretário-geral da ONU sobre a situação em Timor-Leste desde as tentativas de assassinato do Presidente e primeiro-ministro timorenses, a 11 de Fevereiro.

Face a esses acontecimentos «deploráveis», Ban Ki-moon saudou a actuação «firme e racional» do primeiro-ministro, Xanana Gusmão, o facto de o Parlamento ter funcionado «efectivamente como um fórum de debate em resposta aos acontecimentos», os dirigentes dos partidos por terem apelado aos seus apoiantes para permanecerem calmos e a população em geral, que «demonstrou fé na capacidade do Estado em fazer face à situação».

Saudou também o Presidente da República, José Ramos-Horta, pelo «seu empenho para com o diálogo a todos os níveis» desde que regressou da Austrália, onde recuperou dos ferimentos sofridos a 11 de Fevereiro.

Mas Ban Ki-moon teceu duras críticas à actuação das forças de segurança de Timor-Leste afirmando que durante a crise, «as bem conhecidas insuficiências das instituições de segurança em termos de padrões profissionais e respeito pelo primado da lei, que foram o essencial do mandato da UNMIT, tornaram-se mais uma vez evidentes».

Desde então, houve «pouco progresso» em «investigar ou responsabilizar» os que violaram direitos humanos durante «a fase inicial do estado de sítio».

Embora em «termos gerais» a cooperação entre a polícia da UNMIT, que integra efectivos portugueses, e o Comando Conjunto formado após as tentativas de assassinato tenha sido «satisfatória», ocorreram «alguns incidentes preocupantes relacionados com o transporte e tratamento de suspeitos e presos», assinalou.

O documento cita dois incidentes em que elementos das forças de segurança ameaçaram com armas polícias das Nações Unidas. Um desses casos ocorreu quando um agente da ONU tentou impedir o espancamento de um preso.

Ban Ki-moon afirma que apesar da polícia local estar a assumir mais responsabilidades, o processo de criar uma polícia «imparcial e profissional» deve ser encarado como um projecto «a longo prazo», pelo que «não se propõe que haja uma redução da polícia da UNMIT» durante essa fase.

«Pelo contrário, a polícia da UNMIT continuará a jogar um papel crucial em monitorizar todos os distritos estando pronta a fornecer conselhos e também apoio operacional e em casos extremos a assumir responsabilidades de aplicação da lei se isso for necessário e pedido», salienta.

O relatório faz também notar que a nível económico, e «apesar dos melhores esforços do Governo e dos seus parceiros», Timor-Leste «não conseguiu alcançar progressos significativos no combate à pobreza», sublinhando que «na economia não petrolífera» o rendimento per capita é 20 por cento mais baixo do que era em 2002, aquando da restauração da independência.

Em Díli, onde está situado um quarto da força de trabalho, «o desemprego está estimando em 23 por cento e em 40 por cento entre as pessoas de idades compreendidas entre os 15 e 29 anos», frisa no documento.

Nas suas «observações» finais, Ban Ki-moon refere que «a inabilidade ou falta de vontade do Comando Conjunto» de resolver «adequadamente» casos de abuso e «as suas actividades para além do fim do estado de sítio, quando já não possuía base legal, são sintomáticas dos desafios institucionais fundamentais que existem no sector de segurança».

Ban Ki-moon afirma que quando terminar o actual mandato da missão da ONU será talvez possível emitir uma opinião «sobre a natureza e mandato da presença policial da UNMIT num futuro mandato».

«Contudo, qualquer possível redução tem que contemplar a necessidade da continuação de uma robusta presença da polícia da UNMIT através do país», salienta.

Para Ban Ki-moon, «a polícia nacional vai precisar de treino a longo prazo e apoio por muitos anos, requerendo a continuação do empenho da comunidade internacional incluindo parceiros bilaterais».

Dada a «fragilidade» da situação de segurança e das instituições do Governo e Estado, «não se recomenda nesta etapa qualquer ajustamento ao mandato e força da UNMIT», concluiu Ban Ki-moon.

Lusa

 

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André

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« Responder #467 em: Agosto 22, 2008, 04:59:49 pm »
ONU não vai diminuir efectivos em Timor-Leste



As Nações Unidas vão manter o seu actual efectivo em Timor-Leste, garantiu hoje em Díli o representante interino do secretário-geral da ONU, no encontro que manteve com o ministro da Justiça português.
A Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT) conta actualmente com 1.533 polícias (entre os quais militares da GNR e agentes da PSP) e 33 oficiais de ligação.

O encontro do representante interino Finn Reske-Nielsen com o ministro Alberto Costa realizou-se no âmbito da visita oficial de três dias que o governante português iniciou quinta-feira a Timor-Leste.

Num comunicado enviado à Lusa refere-se que no encontro com o representante interino da ONU «foi ainda abordada a colaboração de Portugal na área da justiça, tendo em vista a actual agenda legislativa em Timor-Leste, nomeadamente, o Código Penal, Código civil, Lei da Protecção de Testemunhas e Lei sobre questões de Justiça juvenil, a aguardar aprovação, e que contam com a colaboração portuguesa».

«O ministro da Justiça transmitiu ao representante das Nações Unidas o compromisso de Portugal em alargar a cooperação na área da justiça com a introdução de novas tecnologias e de novos métodos de trabalho nos tribunais, bem como na área dos registos e notariado», lê-se no comunicado.

Neste segundo dia da visita a Timor-Leste, Alberto Costa visitou o Parlamento Nacional, o Tribunal de Recursos, que tem competências de Tribunal Constitucional, e o Tribunal Distrital de Díli, terminando a jornada com um encontro com o secretário-geral da FRETILIN, partido na oposição com a maior bancada eleita no parlamento, Mari Alkatiri.

No primeiro dia, Alberto Costa assinou dois protocolos de cooperação na área da justiça com a sua homóloga timorense, Lúcia Lobato, depois de ter sido recebido pelo Presidente José Ramos-Horta e pelo primeiro-ministro Xanana Gusmão.

O primeiro acordo, de cariz bilateral, foi firmado entre os Ministérios da Justiça dos dois países e visa a assistência técnica em várias áreas, a formação de quadros e o apoio na elaboração de legislação específica que necessite de maior aprofundamento.

O segundo protocolo envolveu, além dos Ministérios da Justiça de ambos os países, a participação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e respeita à definição do enquadramento para a realização de missões de juízes e procuradores portugueses.

A cooperação portuguesa na área da Justiça, na vertente multilateral, apoiou já com 3 milhões de dólares (2 milhões de euros), entre 2006 e 2008, o programa do PNUD, que funciona com o apoio da Austrália, Brasil, Espanha, EUA, Irlanda, Noruega, Portugal e Suécia.

Este programa visa a formação de juízes, procuradores e defensores públicos timorenses, tendo o terceiro curso nesse âmbito começado no final de Julho passado.

A nível bilateral, a cooperação portuguesa tem neste momento quatro assessores jurídicos no Ministério da Justiça, dois deles no Gabinete da Ministra Lúcia Lobato e outros dois na Direcção Nacional de Assessoria Jurídica e Legislação.

No plano multilateral, em colaboração com o PNUD, há uma equipa de seis oficiais de Justiça, que se prevê venha a ser alargada em breve para oito elementos.

Lusa

 

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André

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« Responder #468 em: Setembro 15, 2008, 09:45:08 pm »
Ramos-Horta acusa Nações Unidas de «hipocrisia»



O Presidente da República de Timor-Leste acusou os membros do Conselho de Segurança da ONU de «hipocrisia extraordinária» por exigir que Díli julgue todos os culpados pelos actos de violência de 1999.

Em declarações à BBC, José Ramos-Horta explicou que deixou de fazer campanha pela criação de um tribunal internacional para julgar os crimes cometidos em 1999 devido à lealdade para com uma Indonésia democrática e a necessidade de manter uma boa relação com o país vizinho.

Ao mesmo tempo, acusou os membros do Conselho de Segurança de «hipocrisia» por defenderem a criação do tribunal e por criticarem Ramos-Horta por não fazer o suficiente para julgar os culpados pela violência.

O presidente timorense expressou dúvidas que a comunidade internacional esteja realmente interessada na criação do tribunal.

«Se eu fosse suficientemente ingénuo para ir a Washington, Oslo e Londres para lhes pedir que apoiassem uma resolução do Conselho de Segurança para o estabelecimento do tribunal, eles não o fariam. Mas depois têm esta hipocrisia extraordinária de nos dar lições de justiça», afirmou.

Ramos-Horta defendeu ainda a ideia que, para os países mais pequenos, é mais importante a reconciliação das partes em conflito do que levar criminosos ao banco dos réus.

Pelo menos 1.500 pessoas morreram em 1999 a seguir ao referendo à independência de Timor-Leste. Cerca de metade da população da antiga colónia portuguesa teve que se refugiar em território indonésio. Milhares foram vítimas de agressões e violação.

SOL

 

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ricardonunes

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« Responder #469 em: Setembro 17, 2008, 05:24:25 pm »
Quando andou a "mamar" à conta, não se queixou   :idea:
Potius mori quam foedari
 

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André

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« Responder #470 em: Setembro 17, 2008, 05:41:24 pm »
Citação de: "ricardonunes"
Quando andou a "mamar" à conta, não se queixou   :roll:  :roll:

 

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André

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« Responder #471 em: Setembro 19, 2008, 03:45:23 pm »
Incompreensão da "ideologia" timorense pelos vizinhos é ameaça à segurança do país

A "percepção errada da política externa e da ideologia" de Timor-Leste pelos seus vizinhos está entre as ameaças à segurança do país, segundo um documento de reflexão do sector a que a Agência Lusa teve acesso.

O relatório final do Simpósio sobre o Sector Nacional de Segurança de Timor-Leste, realizado de 12 a 18 de Setembro no Havai, inclui uma análise das ameaças actuais ou potenciais às prioridades nacionais.

A falta de capacidade para integrar operações de manutenção de paz e o facto de Timor-Leste não pertencer à ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático) nem a outras organizações regionais são indicados como obstáculos à contribuição timorense para a estabilidade regional.

O documento inicia-se com a identificação dos interesses nacionais de Timor-Leste, destacando "a defesa e garantia da soberania do território".

Outras prioridades nacionais são "garantir a paz, liberdade e prosperidade do povo timorense", "garantir o primado da lei", "promover o desenvolvimento sustentável" e "contribuir para a estabilidade e segurança regional e internacional".

Em relação às "capacidades e processos necessários para enfrentar causas e responder a desafios", o documento analisa com mais detalhe a defesa da soberania e da integridade territorial.

O relatório final do simpósio aponta para "uma forte componente marítima", "capacidade de diplomacia preventiva", "integração de organizações regionais", "autoridade marítima integrada", "doutrina de segurança integrada" e "processo de construção de consensos em matérias de segurança nacional".

Estes aspectos reflectem-se num outro capítulo do documento, dedicado às áreas de possível assistência internacional, com destaque para o "diálogo marítimo trilateral" entre Timor-Leste, Austrália e Indonésia.

O documento salienta a importância para Timor-Leste de instituições como a Organização Marítima Internacional (IMO) e a participação na Coral Triangle Initiative (CTI, lançada por seis países em Dezembro de 2007 por iniciativa da Indonésia).

A importância e as dificuldades colocadas em torno das línguas oficiais e de trabalho são abordadas em diferentes capítulos do relatório, por exemplo no contexto do sistema jurídico e no desenvolvimento de capacidade técnica e critérios de exigência.

Entre os "próximos passos para implementar as recomendações" do simpósio, o documento inclui "a resposta rápida aos problemas dos veteranos de forma mais detalhada".

O simpósio sobre o sector de segurança foi acolhido pelo Asia Pacific Center for Security Studies (APCSS), uma instituição de pesquisa ligada ao Comando do Pacífico (PACOM) das forças norte-americanas.

Deputados, antigos governantes e oficiais das forças de segurança, diplomatas e representantes das Nações Unidas participaram dos quatro dias de discussão.

Vários dos participantes, ouvidos pela Lusa no regresso a Díli, consideraram o simpósio "uma oportunidade de diálogo intratimorense".

Lusa

 

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HSMW

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« Responder #472 em: Março 08, 2009, 05:17:00 pm »
Citar
Polícias atacam GNR com catanas
Quatro soldados da GNR do 6º Contingente do Subagrupamento Bravo em Timor foram atacados à catanada ontem de madrugada por um grupo de timorenses, no final de uma festa num bar em Díli. O CM apurou que dois dos quatro suspeitos, já detidos, pertencem à Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), cujos elementos têm sido precisamente formados pela GNR portuguesa.

Os soldados foram agredidos de surpresa, na rua, pelas 03h00 locais (18h00 em Lisboa), após abandonarem o Casa Minha Residence, onde decorreu uma festa promovida por uma organização não-governamental (ONG). Um grupo de cerca de trinta timorenses estaria à espera dos homens da GNR e cercou-os. Segundo apurou o CM, o ataque não foi um incidente ocasional. As primeiras investigações revelam haver indícios de a acção ter sido premeditada.

Os quatro soldados agredidos não estavam de serviço, tinham estado na festa e na altura do ataque aguardavam na rua o transporte de carro – patrulha da GNR que os levaria de volta ao quartel. Os elementos que seguiam nesta viatura da GNR acabaram por se envolver também no confronto violento com o grupo de cerca de trinta timorenses.

Os quatro soldados sofreram ferimentos vários, mas estão fora de perigo. Só um deles exige maiores cuidados por ter uma luxação num ombro. Outro militar sofreu uma contusão no pescoço devido a uma catanada; um terceiro elemento levou um golpe superficial na face e o último militar foi atingido com um golpe profundo nas costas.

Segundo fontes oficiais da GNR, 'a situação só acalmou quando a patrulha chegou ao local e fez disparos de aviso para o ar'. Foram elementos da GNR que procederam às detenções, mas os timorenses detidos foram entregues à polícia das Nações Unidas (Unpol).

'Todos os envolvidos foram submetidos a testes de alcoolemia, realizados por elementos da Unpol, que não eram nem portugueses nem timorenses. Os militares da GNR acusaram zero gramas por litro de sangue, mas dois dos detidos tinham taxas superiores a 1 gr/l', adiantou a mesma fonte.

REGRESSAM ESTA SEMANA

A segunda metade dos militares do 6.º contingente do sub-agrupamento Bravo – incluindo os feridos – regressa a Portugal entre quarta e sexta-feira. Este regresso estava já previsto e não tem relação com o incidente de ontem. Aliás, neste momento é já o 7.º contingente que exerce funções operacionais em Timor.


Correio da Manhã
 :?
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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André

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« Responder #473 em: Março 09, 2009, 12:30:54 pm »
Ataque à GNR em Timor foi «premeditado e incisivo»



O ataque sofrido por militares da GNR na sexta-feira à noite «foi premeditado e incisivo», afirmou hoje fonte oficial da instituição em Díli, Timor-Leste.

«Não foi um incidente que aconteceu por acaso. O ataque foi premeditado e incisivo e podia ter tido consequências mais graves» , afirmou fonte oficial da GNR.

Quatro militares do Subagrupamento Bravo da GNR sofreram ferimentos ligeiros na sequência de um incidente ocorrido sexta-feira à noite junto a um restaurante na Avenida de Portugal, em Díli.

Uma patrulha que ia recolher cinco militares do Subagrupamento Bravo ao restaurante «começou a ser atacada com pedras e catanas» por cerca de «vinte a trinta timorenses» assim que chegou ao local, segundo relato da GNR.

«Não conseguimos ainda perceber os motivos do ataque e qualquer das versões que circulam não passam por enquanto de especulação» , referiu hoje um oficial da GNR.

A aparente premeditação do ataque foi confirmada à Lusa por relatos de pessoas presentes no restaurante antes do incidente e que referiram que «as intenções do grupo (que atacou) eram óbvias, sobretudo para quem conhece os principais envolvidos».

Dois dos detidos após o incidente são elementos da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), que serão presentes terça-feira a tribunal, segundo fonte policial timorense.

Nem a GNR nem a PNTL revelaram a identidade dos dois agentes timorenses envolvidos.

A GNR apreendeu uma pistola e armas brancas no local do incidente.

Os quatro militares da GNR feridos, um deles com um golpe de catana no pescoço, foram assistidos no próprio quartel do Subagrupamento Bravo em Díli pela unidade do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que acompanha o contingente da Guarda.

«Os militares recuperaram bem e nunca inspiraram cuidados de maior» , acrescentou a fonte oficial da GNR ouvida hoje pela Lusa.

O incidente aconteceu com militares do sexto contingente do Subagrupamento Bravo na véspera da passagem de comando, que ocorreu sábado à tarde.

Parte dos efectivos do sexto contingente regressou já a Portugal num voo que trouxe cerca de 80 militares do sétimo contingente na terça-feira passada.

Os restantes, incluindo os quatro militares feridos sexta-feira à noite e que estão já de licença, regressam na próxima sexta-feira a Portugal.

A GNR tem 140 militares em serviço em Timor-Leste, como unidade autónoma de polícia no âmbito da Missão Integrada das Nações Unidas (UNMIT).

Lusa

 

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Cabecinhas

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« Responder #474 em: Março 09, 2009, 04:08:44 pm »
Não se dizia que os timorenses tinham mais respeito por nós que pelos outros  :shock:
Se é verdade nem imagino o que poderam fazer aos outros!?
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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legionario

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« Responder #475 em: Março 10, 2009, 12:22:59 pm »
Os timorenses, como toda a gente, têm tendencia para respeitar os mais fortes, e parece que eles ja perceberam que os tugas de hoje ja nao sao os mesmos de antes de 1975. Hoje a verdadeira potencia é a Australia, e os timorenses sabem isso. Resta-nos talvez o capital afectivo que tem uma parte da populaçao por nos.
A cooperaçao luso-timorense é ainda muito timida e merece um consideravel incremento da nossa parte. A primeira coisa a fazer seria reforçar a presença miltar lusa assim como o envio de mais professores e de quadros tugas, que em vez de estarem no dersemprego em Portugal, podiam obrar pelo bem comum em Timor.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #476 em: Março 10, 2009, 02:07:26 pm »
Legionário, nada tem a haver com os Páras e militares do Exército e Marinha que estavam lá em 75. Nem a possivel falta de respeito por parte deles à nossa GNR. Cá para mim tem outras cenas por detrás (não te esqueças, pelo menos um era Policia Timorense).
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lancero

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« Responder #477 em: Março 10, 2009, 06:09:35 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Cá para mim tem outras cenas por detrás


"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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legionario

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« Responder #478 em: Março 10, 2009, 06:33:49 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Legionário, nada tem a haver com os Páras e militares do Exército e Marinha que estavam lá em 75. Nem a possivel falta de respeito por parte deles à nossa GNR. Cá para mim tem outras cenas por detrás (não te esqueças, pelo menos um era Policia Timorense).


Claro que tem ! aposto que é a Australia a destabilizar para melhor reinar :twisted:
 

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Lusitano89

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Re: Tensão em Timor Leste
« Responder #479 em: Novembro 29, 2009, 09:13:59 pm »
Embaixador australiano aponta corrupção das autoridades

Peter Heyward acredita que cenário de crise que se viveu em 2006 não se irá repetir.  E garante que tropas estrangeiras saem em 2012

Os militares australianos e neozelandeses estacionados em Timor- -Leste deverão sair nos próximos três anos, disse à Lusa o embaixador da Austrália em Díli, que lamentou ainda a má utilização de "muito dinheiro" doado por Camberra devido à corrupção e inexperiência. Em entrevista à agência noticiosa em Sydney, Peter Heyward considerou pouco provável a repetição do cenário de crise que Timor-Leste conheceu em 2006.

"É pouco provável que o que aconteceu em 2006 se repita", disse Peter Heyward sobre a crise institucional e de segurança que levou a confrontos entre forças militares e policiais timorenses e deixou cerca de 150 mil deslocados internos.

Nesse sentido, as forças militares estrangeiras, cerca de 800 efectivos australianos e neozelandeses, devem retirar-se do país nos próximos três anos. Isto no caso de a situação continuar estável, embora Heyward alerte para uma decisão final dependente de negociações com o Governo timorense.

Mesmo após 2012, deverão permanecer militares australianos enquadrados em projectos de cooperação com as Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste, adiantou.

Para o embaixador, é fácil entender os motivos da violência que afectou o país no passado recente, enquadrada pela "luta que acompanhou a primeira declaração de independência (a 28 de Novembro de 1975) e a invasão indonésia (a 7 de Dezembro de 1975) e a resistência que se seguiu, alimentada por um período ainda maior de conflito entre comunidades timorenses anteriores e durante o período colonial".

Relativamente à utilização das verbas doadas pela Austrália para a cooperação com Timor, o diplomata identificou a corrupção e a falta de experiência das autoridades timorenses como razões para "gastos desnecessários" dos cerca de cem milhões de dólares australianos (61 milhões de euros) doados anualmente para ajuda em diversos sectores. "Devido à corrupção e inexperiência governamental, muito dinheiro (doado pela Austrália) é gasto desnecessariamente", disse, explicando que a corrupção não se aplica apenas aos fundos dos doadores, mas também ao próprio orçamento do Estado.

Peter Heyward antecipa o futuro de Timor-Leste com optimismo e acredita em mudanças a breve prazo, e dá como exemplo a continuação da tendência dos últimos anos, que é o regresso de muitos timorenses, formados noutros países, para ocupar altos cargos na máquina estatal.

Mas, para Peter Heyward, não é surpreendente que um país que ascendeu somente há pouco mais de oito anos à independência tenha tantos problemas.

"Apesar do desemprego, Timor--Leste está a crescer no sector turístico e deve começar a oferecer mais empregos na área, mas nunca deverá se transformar numa Bali", comparou Heyward, considerando que, a par do turismo, uma área-chave do desenvolvimento será a agricultura. Apesar de se preocupar com o problema da pobreza em Timor-Leste, que aumentou desde a independência, o embaixador disse que "nenhum dos problemas é impossível de se resolver".

Dentro 20 anos, Timor-Leste será "um país muito diferente, com economia e moeda local, infra-estrutura muito mais desenvolvida, auto-suficiente em alimentos, com melhores programas de educação para crianças, e um mercado maior para mão-de-obra". "É um país bonito, rico em história e cultura. Tem tudo para dar certo", concluiu.

in DN