Notícias da Marinha do Brasil

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JMM

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« Responder #75 em: Dezembro 26, 2008, 06:05:04 pm »
Finalmente o Brasil percebeu qual o seu papel geo-estratégico e quais as mudanças na sua doutrina militar que tem que implementar... uma Armada assente em submarinos, os meios de ISTAR por excelência, incluindo nucleares porque de facto estes amigos precisam de cobrir grandes àreas, i.e., praticamente todo o Atlântico Sul, e navios de patrulha de grande autonomia para fiscalizar os campos petrolíferos, tudo apoiado numa força de superfície de dimensões razoáveis mas não megalómanas.

A única coisa de que faz falta libertarem-se é do elefante branco chamado São Paulo! Para que é que os brasileiros querem um porta-aviões, se depois nem têm dinheiro para o equipar com um grupo aéreo minimamente decente é coisa que nuca percebi. Nem sequer têm uma doutrina para a sua utilização... quando a Argentina ainda conseguia ter uma Armada digna desse nome e um porta-aviões próprio, ainda vá, mas agora... A mim parece-me o velho complexo de macho levado ao extremo... o meu porta-aviões é maior que o teu... quando muito os brasileiros precisariam de uma PA ligeiro para tarefas anti-submarinas no Atlântico Sul, tanto mais que a Venezuela vai (ia? Com o baixar dos preços do petróleo desconfio que muito do discurso no nosso amigo Chavéz vai amansar por uns tempos, mas isso é outra conversa...) comprar uns Kilo modernizados, mas mais que isso é "mais olhos que barriga".
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #76 em: Janeiro 03, 2009, 03:32:01 pm »
Citação de: "gaitero"
Os submarinos eram segundo relatos iniciais e anteriores a este acordo da classe “Scorpene“, mas o texto oficial dos estaleiros franceses DCN afirma agora:

“DCNS will act as prime contractor for four conventional-propulsion submarines to be built by the Joint Venture that will be set up by DCNS and Brazilian partner Odebrecht. The submarines will be designed in cooperation with Brazilian teams under DCNS design authority to meet the Brazilian Navy’s specific needs: They will be ideally suited to the protection and defence of the country’s 8,500 km coast. The first submarine is scheduled to enter active service in 2015.” Ou seja… Não são Scorpene, mas um novo submarino, desenvolvido de forma a cumprir as necessidades específicas do Brasil. Isto não teria que ser necessariamente assim, já que por exemplo, a Índia aceitou submarinos “Scorpene” clássicos, sem alterações de monta…

O acordo tem talvez ainda mais relevância no aspeto em que incluir a assistência da DCN na construção do novo submarino nuclear de ataque (SNA) brasileiro… Ignora-se contudo se este desenho será um derivado do Scorpene (o que pode ser interessante para encurtar prazos de desenvolvimento e custos de construção) ou se, pelo contrário, será uma evolução a partir da classe nuclear francesa Amethyste. A notícia da AP indica que poderá ser uma derivação a partir do Scorpene (”The Scorpene is a conventional diesel-powered attack vessel that Brazilian officials say will help them develop a nuclear-propelled submarine“). De qualquer forma, o Brasil não precisa de apoio na construção do reator, tecnologia que já domina, contudo quanto ao casco, é outra coisa… O casco do Amethyste já foi transformado pela DCN noutra classe de submarinos, a Turquoise, que usa a tecnologia AIP Mesma e portanto, a sua seleção como plataforma de base para o SNA seria vantajosa para o Brasil, já que o vital aspecto do treinamento poderia ser feito a bordo de navios franceses idênticos por marinheiros brasileiros. Transformar um Scorpene num SNA seria neste aspeto pelo menos bem mais problemático, porque nenhum Scorpene/Marlin do mundo tem hoje propulsão nuclear…

Todos os cinco submarinos serão construídos localmente pela empresa brasileira Odebrecht sob a supervisão e seguindo os planos da DCN, cabendo à empresa francesa desenvolver nas suas instalações na Europa alguns não especificados “key advanced-technology equipment“, reforçando a indicação de que não se trata de um “Scorpene” puro e se dúvidas ainda restassem, o texto oficial da DCN acrescenta ainda que “The designs for the Brazilian Navy will combine advanced technologies with innovations developed for other programmes, particularly with regard to hydrodynamics, acoustic discretion, automation and combat systems”, numa referência que se pode referir à combinação deste projeto de características do Turquoise com as do Scorpene.

Para finalizar.

A Odebrecht e a DCNS estão vendendo a localização do Estaleiro que será na região da Marambaia. O Estaleiro será civil e parte dele será destinado para construir o SBR e o almejado SNBR. O Governo está garantindo o estaleiro com a encomenda dos 4 SBR e do casco para o SNBR.
O primeiro será quase todo de fornecimento francês e montangem no Brasil, o índice de nacionalização irá aumentando, no primeiro serão por volta de 36 mil dos 250 mil itens do submarino, segundo levantamento da MB (espero que aumente exponencialmente) até o último SBR.

A estimativa é de mais de 2 mil empregos diretos e 6 mil indiretos, apenas para a construção do estaleiro que será feito pela Odebrecht, parceira nacional da DCNS no projeto.
Sobre o SBR será baseado no Scorpène/Marlin (possivelmente com estabilizadores em X em vez de em cruz) e do Turquoise com modificações hidrodinâmicas e de manobra, o sistema operacional será o Subtics, e lançará exocet (não sei qual modelo, acredito que o 39)
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #77 em: Janeiro 03, 2009, 03:35:13 pm »
Citação de: "JMM"
A única coisa de que faz falta libertarem-se é do elefante branco chamado São Paulo! Para que é que os brasileiros querem um porta-aviões, se depois nem têm dinheiro para o equipar com um grupo aéreo minimamente decente é coisa que nuca percebi. Nem sequer têm uma doutrina para a sua utilização... quando a Argentina ainda conseguia ter uma Armada digna desse nome e um porta-aviões próprio, ainda vá, mas agora... A mim parece-me o velho complexo de macho levado ao extremo... o meu porta-aviões é maior que o teu... quando muito os brasileiros precisariam de uma PA ligeiro para tarefas anti-submarinas no Atlântico Sul, tanto mais que a Venezuela vai (ia? Com o baixar dos preços do petróleo desconfio que muito do discurso no nosso amigo Chavéz vai amansar por uns tempos, mas isso é outra conversa...) comprar uns Kilo modernizados, mas mais que isso é "mais olhos que barriga".


O A-12 está em melhor condições do que quando foi para o Brasil. Os A-4 tiveram problemas de manutenção (ou falta dela) mas estão a sofrer uma modernização em Israel e dentro de em breve estaram em condições de fazer as suas missões.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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JMM

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« Responder #78 em: Janeiro 03, 2009, 11:26:35 pm »
Até pode estar em boas condições, mas alguém me pode explicar para que é que eles o querem sem ser para dizer que sim? E para que servem os Skyhawk? Ataque? Contra quem? Porque para defesa aérea são inúteis... quando muito servem como solução interina para treinar pilotos até chegar o Rafale....
 

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feluzpaz

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« Responder #79 em: Janeiro 04, 2009, 01:35:40 am »
ALguns dão palpites sobre o que não entendem. Melhor ficar calado,que falar tonterias...eu einh. :(
 

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HSMW

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« Responder #80 em: Janeiro 04, 2009, 02:03:02 am »
Citação de: "feluzpaz"
ALguns dão palpites sobre o que não entendem. Melhor ficar calado,que falar tonterias...eu einh. :?
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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rafafoz

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« Responder #81 em: Janeiro 04, 2009, 04:39:27 am »
Sobre os A-4, vai variar da modernização que terão, os radares, podem ser implementados, radares para ataques ao solo e anti-navio ou anti-submarino,  ou até mesmo radares, multi missão com capacidade BVR. Vai variar do que a MB vai querer, mais se optar por ataques ao solo e anti-submarino e anti-navio, vai ser bem específico que tipo de missão os A4 terão, caso contrario, será caças multi missão, além que os A4, passarão por uma nova motorização, o que aumentará a potencia dos motores dos atuais A4 e sua avionica.

O próprio A12 está sendo revitalizado, então a meu ver, passará a ter uma função depois que receber os A4 modernizados, já que o São Paulo não tem só a capacidade de porta aviões, possui outras capacidades que serão melhoradas com sua modernização. Mas como pra muitos não adianta nem falar, pois pensam ser uma grande perda de tempo até para muitos brasileiros ter o A12.
 

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JMM

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« Responder #82 em: Janeiro 04, 2009, 12:20:07 pm »
Meus caros amigos brasileiros,

Tenham lá calma que eu não pretendi ofender ninguém, ok? Não me parece que esse tipo de linguagem e insinuações levem a lado nenhum, tá? Só gostava que alguém me explicasse (e estou a dizer isto sem ponta de ironia...) qual o conceito doutrinário estratégico por trás da aquisição do São Paulo, porque não me parece, de todo, a melhor utilização de recursos, senão vejamos:

Um porta-aviões é uma arma de projecção de poder e ofensiva por excelência; pode atacar aqui um dia e a 1000 kms de distância no dia seguinte. É fantástico e tem o potencial para permitir a um país a superioridade naval e aérea sobre uma vasta àrea de oceano. Até aqui estamos todos de acordo, agora vamos às desvantagens:

a) É extremamente caro e complexo de utilizar. Quantas fragatas e navios de patrulha de última geração pode ser operadas pelo mesmo preço? Muitas...

b) Além disso, necessita de de ser convenientemente protegido. Tudo o que seja menos de 2 ou 3 navios de defesa anti-aérea de última geração (Burkes ou Darings, p.ex.) e outros 2 ou 3 de defesa anti-submarina (tipo FREMM), mais um submarino nuclear (para poder mover-se à mesma velocidade da força-tarefa) é pura perda de tempo, porque a única coisa que faz é tornar o porta-aviões um "sitting-duck" de 40000 toneladas. Vejam o que aconteceu com o 25 de Mayo na guerra das Malvinas... basta a oposição (seja o Chavéz, seja quem fôr) ameaçar pôr submarinos de última geração, sejam nucleares, sejam convencionais com AIP ou Kilos modernizados, por exemplo, com armas anti-navio e torpedos de última geração e o porta-aviões não sai do porto se não tiver confiança na capacidade da escolta de eliminar ou neutralizar a ameaça. Agora vamos à questão financeira: três Burkes/Daring e três FREMM nunca ficam por menos de 6000 milhões USD.... quem tem dinheiro para isso?

c) Agora vamos ao grupo aéreo. Por muitas modernizações que os A-4 levem, alguém acha sinceramente que se podem opôr aos SU-30 venezuelanos, que me parecem ser a única ameaça aérea credível no hemisfério sul? A não ser que a Marinha Brasileira compre Rafale, o que, a manter o A-12 em serviço, parece o caminho óbvio a seguir... mais 2000 milhões de USD para 20-25 aviões!

Vamos agora a um conceito estratégico alternativo, aliás defendido há pouco pelo vosso Presidente: o Brasil não tem ideias expensionistas e pretende, acima de tudo, proteger a sua integridade territorial e os seus recurso naturais, sejam em terra, seja no mar. No que diz respeito à Marinha Brasileira isto implica efectivamente manter uma postura defensiva relativamente às ameaças previsíveis e "selar" grande parte do Atlântico Sul, se necessário fôr.

E quais são as maiores ameaças previsíveis? A arma de negação do espaço marítimo por excelência são, como sabemos, os submarinos, pelo que a grande ameaça à supremacia da Marinha Brasileira deverá vir dos U-209 argentinos (os que ainda funcionarem...) e, especialmente, dos Kilo modernizados venezuelanos, armados com míssies anti-navio de última geração... na configuração actual e com a força de escolta actual, alguém acha que se o Chavéz disser que tem dois ou três Kilos armados com mísseis Klub ao largo do Rio de Janeiro o São Paulo sai do porto???

Como todos sabemos, a melhor arma ASW é outro submarino, certo? Especialmente um que consiga ser uma arama dissuasora eficaz numa área tão grande como o Atlântico Sul, i.e., que possa manter-se submerso durante quanto tempo quiser, com velocidade elevada e sensores e armas modernos. Alguém reconhece aqui a especificação de submarinos de ataque nucleares? A meu ver, a Marinha Brasileira devia apostar tudo (ou quase) em colocar operacional rapidamente uma pequena flotilha de submarinos nucleares (tipicamente três, para manter sempre um em patrulha e outro de prontidão), complementada por outra de submarinos convencionais avançados com AIP. Daí os meus parabéns pelo último anúncio e que levou a esta discussão...

Em termos de frota de superfície parece-me que o Brasil devia apostar em OPVs de grande autonomia para manter uma boa vigilância sobre a ZEE e as plataformas petrolíferas, complementado por uma frota de superfície com ênfase ASW e anti-navio moderna mas não excessivamente numerosa (diria cerca de nove a doze navios).

Com uma Marinha com esta estrutura parece-me que seria praticamente impossível a quem quer que não se chame US Navy disputar a supremacia (nem falo de superioridade) no Atlântico Sul...

Claro que estou disponível para ser desmentido e se me conseguirem justificar a utilidade do São Paulo e a vantagem de o ter, por comparação com esta estrutura, serei o primeiro a dar a mão à palmatória... só peço é civilidade na discussão, ok?

Um abraço a todos

João
 

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rafafoz

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« Responder #83 em: Janeiro 05, 2009, 02:36:32 pm »
:], sim senhor.

Quando eu falei sobre o A12, a muita discussão no Brasil sobre o assuntos, muitos brasileiros também são contrários, eu sou a favor, mesmo com os A4 (mesmo sabendo das limitações), a grande esperança de quem defende a A12 é que de Rafale no FX-2, e que a marinha opere ele no A12 (já que foi reformada a catapulta e seu peso de lançamento ampliado para cerca 22 ton, e sem contar que os elevadores podem levantar uma aeronave de 15 toneladas em 9 Segundos. Mas segundo fontes de 1994 da marinha francesa eles são capazes de erguer uma carga de até 30 toneladas, o problema é o desgaste ). O que em testes já foi operado o Rafale, pode-se tornar realidade com a MB.

Bem é esperar e torcer, caso opere Rafale, a MB dará um salto enorme, e os A4 seriam para quebrar um galho até receber os Rafale, já a modernização é por que do jeito que estava os A4 não dava.
Pelo menos essa é a esperança nossa, e por isso defendemos o A12.
Claro o A12 está sendo modernizado, mais não ficará muito tempo operante, pelo que a MB declarou, irá construir seu próprio NAe (pra daqui uns 100 anos eu acho :D).

O problema é o quanto debatemos não mudará em nada nas decisões da MB, mesmo sendo contrários ou não, a quantidade de Sub que ela irá adquirir também será uma incógnita, nós sabemos o que ela já comprou, mas não sabemos se irá comprar mais ou construí-los, primeiro acho que ela irá se preocupar em primeiro construir o SNA e a dominar essa tecnologia, principalmente a do casco, para depois fazer uma nova compra. Mas especulações a parte, não podemos declarar nada como certo.
 

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JMM

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« Responder #84 em: Janeiro 05, 2009, 03:21:08 pm »
Ok, obrigado pela informação.

Eu também acho que se o Brasil optar pela compra/sub-contratação dos Rafale, pode utilizar 20 a 30 para constituir um excelente grupo aéreo para o A-12, especialmente se complementado por aeronaves ASW e AWACS, capaz de negar a utilização aérea e de superfície do Atlântico Sul a qualquer potência que não a US Navy e a Royal Navy quando esta tiver os novos Queen Elizabeth e Prince of Wales com F-35.

No entanto, o meu ponto mantém-se válido, julgo eu, porque fazer o investimento no PA e respectivo grupo aéreo sem o equivalente num força de escolta, especialmente ASW moderna é muito arriscado.

Existem dois tipos principais de ameaça a um PA: aérea e submarina. Se no primeiro caso a aquisição dos Rafale tomaria conta do assunto, já no segundo as debilidades que eu apontei no último post se mantém. De facto, na luta entre ameaça e resposta os últimos desenvolvimentos em tecnologia de submarinos e mísseis anti-navio, neste momento e num futuro previsível, a vantagem está do lado do submarino, excepto para a US NAvy e, possívelmente, a Royal Navy, senão vejamos:

a) Os submarinos de hoje são muito mais silenciosos e com maior autonomia submersos que há 10 anos atrás. Já existem algumas technologias para lidar com eles (especialmente am águas litorais onde são mais ameaçadores, já que em mar aberto não têm a velocidade para acompanhar um grupo de superfície), tais como os sonares activos de baixa frequência rebocados, mas obrigam à existência de escoltas ASW de primeiro nível, logo... caras.

b) Mais grave ainda, os novos mísseis anti-navio de alta velocidade são um autêntico pesadelo para os sistemas de defesa anti-aérea e, neste momento, só a US Navy, com a capacidade anti-missíl balístico dos Tico e Burke é que consegue lidar com ela. Mesmo os britânicos, com os novos Daring, não estão absolutamente certos de que o consigam e os francese/italianos têm um radar menos poderoso que o dos Daring nas suas respectivas derivações (além de só terem dois cada, por causa do custo). Só para informação, consultem o seguinte texto na Strategy Page, http://www.strategypage.com/htmw/htsurf ... 80410.aspx, que mostra o tipo de preocupação/esforçaos/custos que a US NAvy está a ter para implementar um sistema de treino de defesa contra este tipo de mísseis. Portanto, e mais uma vez, a única solução passa por adquirir navios AAW topo-de-gama, que são caríssimos...

Perante estes factos, mantenho a minha pergunta: Se numa "chatice" com a Venezuela, o Chavéz resolver colocar (ou dizer que coloca...) 2 Kilo armados com Klub ao largo do Rio de Janeiro, o São Paulo atrever-se-ia a sair do porto?

Lamento, mas ainda não foi desta que me convenceram a alterar a minha posição de que, em 2020/25, a MB teria muito mais vantagens em tentar ter 3/4 SSNs activos que em ter 1 SSN e 1 PA. :wink:

Saudações

João
 

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Johnnie

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« Responder #85 em: Janeiro 05, 2009, 05:19:20 pm »
Citação de: "JMM"
capaz de negar a utilização aérea e de superfície do Atlântico Sul a qualquer potência que não a US Navy e a Royal Navy quando esta tiver os novos Queen Elizabeth e Prince of Wales com F-35.


E a Marinha Russa, Francesa, Indiana  :roll:
«When everything is coming your way... You are in the wrong lane!!!!"
 

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JMM

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« Responder #86 em: Janeiro 05, 2009, 05:26:53 pm »
Dessas três só a francesa é que pode ter interesses no Atlântico Sul e seria uma batalha de igual para igual, entre dois grupos-batalha equipados com Rafale; neste caso, julgo que o Brasil teria sempre a vantagem de ter perto as suas bases principais, incluindo aéreas, portanto não me parece que o resultado seja assim tão claro.

As Marinhas Russa e Indiana não têm capacidade (nem terão num futuro próximo) de suportar uma força-tarefa com dimensão suficiente para se impôr ao Brasil a tão longa distância das suas bases... eu sei que os russos querem construir mais 4 ou 5 porta-aviões, mas um dia destes vão cair da cama e acordar :twisted:  então se a Marinha Soviética, que era a potência que era nunca o conseguiu fazer, vão ser estes agora a conseguir? Duvido...
 

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Emperor

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« Responder #87 em: Janeiro 06, 2009, 12:49:13 am »
Olá caros amigos sou n ovo por aki, e só me cadastrei porque gostei dos comentaários e me indiguinei com o caro amigo JMM.

você tem sim uma bela visão sobre a marinha brasileira, porém esqueceu-se de uns pontos:

respondendo a pergunta: os  submarinos que o Brasil possui com sistema AIP nao dariam suporte ao PA Sao Paulo sair de um porto por causa de dois kilos recentemente comprados que nem chegaram ainda e que os venezuelanos nao sabem sequer operar?

faz-me rir...

e quando chegarem daki a 12 anos os SBR, ou os MArlin aperfeiçoados novos em folha, poderá alguém na América Latina tirar superioridade nas águas brasileiras? e o SNA ou SNBR como preferir quando terminado, ele certamente poderia insurgir em meio à frota chilena ou Venezuleana (sem considerar argentina porque sequer tem navios xD).

as corvetas brasileiras nao representam nada?

e porque você se refere apenas a US navy e Royal Navy?
por acaso há um conflito diplomático entre  Brasil e USA ou Brasil e Inglaterra?
porque vvc eleva os estados unidos à uma condição de endeusamento? eles nao puderam com Vietnã e nao estão aguentando iraque e afeganistão.

oras, faça-me o favor, não digo que ganhamos de qualquer país no mundo mas nao menospreze assim o Brasil.


e respondendo a outra pergunta, acaso o Brasil em um conflito irá ficar aqui nas paguas do atlântico se defendendo, aí acaba com a marinha da espanha e de portugal, e vai continuar aqui, deixando que os aviões e a FAB cuidem do ersto q o exército vá a nado? ou num conflito regional, você acha que vamos esperar a marinha alheia e deixar os portos inimigos e estaleiros livres? o Brasil é demasiado gbrande para se dar ao luxo de nao ter sequer armas de ataque, se for por isso, vamos comprar AWACS e supertucanos para defender a amazonia xD


nada contra,,, respeito sua opinião e ela é muio bem embasada, mas tente olhar por outras óticas.

abrass e se cuidem gnt xD  :D
 

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rafafoz

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« Responder #88 em: Janeiro 06, 2009, 01:08:27 am »
Conseguir até podem, mais não com as tecnologias e os equipamentos utilizados pelos USNavy e Royal Navy, por isso a Rússia e china apostam em números para combater a superioridade tecnológica americana.
Bem o que o Emperor citou, é verdade, os diversos fracassos americanos em algumas guerras, sendo que ele não citou a guerra do Golfo, mostra que somente tecnologia não ganha de números ou tempo.
A Royal Navy tem uma Marinha extraordinária, mais ela se baseia em equipamentos americanos, por quê? Será que caso ela entre em guerra ela entraria com alguma nação que possui equipamentos americanos (o que eu duvido, para algum país comprar seus equipamentos DA MARINHA SUB/NAVIOS/ETC, além de ser economicamente forte, por ser caro, tem que ser aliado dos EUA)? Bem sobre essa pergunta eu responderia somente pela superioridade dos equipamentos americanos, mais todos os equipamentos americanos são excelentes e melhores que do resto do mundo? Já isso eu discordo.
O gasto que a Royal Navy possui é extremamente alto, só ficando atrás dos EUA que possui os maiores gastos.

E para a questão do Brasil eu não citaria como exemplo essas marinhas que são totalmente irrisórias para comparação com a MB, eu compararia a MB e sua frota, com as da Venezuela, Chile e Peru, que pra mim são as potencias que mais estão investindo nessas áreas, a argentina está somente sucateando suas forças armadas.
 

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JMM

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« Responder #89 em: Janeiro 06, 2009, 01:14:12 am »
Citação de: "Emperor"
Olá caros amigos sou n ovo por aki, e só me cadastrei porque gostei dos comentaários e me indiguinei com o caro amigo JMM.

você tem sim uma bela visão sobre a marinha brasileira, porém esqueceu-se de uns pontos:

respondendo a pergunta: os  submarinos que o Brasil possui com sistema AIP nao dariam suporte ao PA Sao Paulo sair de um porto por causa de dois kilos recentemente comprados que nem chegaram ainda e que os venezuelanos nao sabem sequer operar?

faz-me rir...

Dariam suporte para sair, mas não em operação. A velocidade de um SSK é de poucos nós e uma esquadra de superfície desloca-se a mais de 20 nós. Por isso é que americanos e ingleses têm SSN a proteger forças-tarefa; são os únicos que conseguem fazer esse acompanhamento. Um SSN do tipo Kilo com mísseis Klub pode atacar a mais de 100 km de distância; se um SSK não consegue acompanhar uma força-tarefa, como é que a vai proteger de um submarino que lança um míssil a 150 km de distância???

Quanto à plicação dos SSK, uma das suas vantagens é exactamente a que o meu caro refere, daí no meu cenário o Brasil ter que complementar uma frota de 3/4 SSN com 5/6 SSK, portanto estamos de acordo. Não sei porque é que tem vontade de rir...

Citar
e quando chegarem daki a 12 anos os SBR, ou os MArlin aperfeiçoados novos em folha, poderá alguém na América Latina tirar superioridade nas águas brasileiras? e o SNA ou SNBR como preferir quando terminado, ele certamente poderia insurgir em meio à frota chilena ou Venezuleana (sem considerar argentina porque sequer tem navios xD).

Mais uma vez, estamos de acordo. Aliás, é exactamente nisso que se baseia o meu cenário... Afinal parece que o Português de Portugal e o do Brasil não são assim tão parecidos, se não se apercebeu disso (desculpe a ironia :wink:

Quanto ao endeusamento da US Navy, não o pretendo fazer, mas é apenas um facto. A US Navy provavelmente poderia combater (convencionalmente) e ganhar às 10 próximas marinhas juntas... aqueles 11 porta-aviões, mais de 60 SSNs e quase 100 destroyers e cruzadores AEGIS encarregar-se-iam disso, ou acha que não?

Citar
e respondendo a outra pergunta, acaso o Brasil em um conflito irá ficar aqui nas paguas do atlântico se defendendo, aí acaba com a marinha da espanha e de portugal, e vai continuar aqui, deixando que os aviões e a FAB cuidem do ersto q o exército vá a nado? ou num conflito regional, você acha que vamos esperar a marinha alheia e deixar os portos inimigos e estaleiros livres? o Brasil é demasiado gbrande para se dar ao luxo de nao ter sequer armas de ataque, se for por isso, vamos comprar AWACS e supertucanos para defender a amazonia xD


Mais uma vez só vem reforçar o meu ponto. Uns SSN armados com mísseis de cruzeiro podem ser bastante mais eficazes que meia dúzia de A-4 modernizados para destruir as infraestruturas de qualquer adversário. Basta ver que é assim que quem os tem faz, e com muito bons resultados... (não vou referir nomes para não ser novamente acusado de estar a endeusar quem quer que seja c34x )