CPLP pode transformar-se numa força poderosa
O Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, afirmou hoje na abertura da Cimeira da CPLP, em Luanda, que a organização pode «transformar-se numa força poderosa e dinâmica»
No discurso de boas vindas, José Eduardo dos Santos defendeu que a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) pode «contribuir para a paz e segurança e acelerar o crescimento e o desenvolvimento» dos seus membros.
Nesta Cimeira de Chefes de Estado e de Governo, em que a presidência da CPLP transita de Portugal para Angola, José Eduardo dos Santos disse que chegou o «momento de aprofundar as relações multilaterais a todos os níveis».
E esse aprofundamento das relações entre os países membros da CPLP passa, segundo Eduardo dos Santos, pelo estímulo aos investimentos e à criação de condições para que «todos e cada um» possam beneficiar do desenvolvimento comum.
O Chefe de Estado lembrou que o nível de desenvolvimento entre os oito é diferente e, por isso, apontou como caminho a «valorização da solidariedade» como «eixo central da acção».
José Eduardo dos Santos sublinhou a necessidade de existir «respeito pela diversidade», porque é aí que a CPLP encontra a «base da unidade» e a razão para o «apoio mútuo», de forma a que os estados possam «caminhar juntos na construção de um futuro melhor».
O Presidente angolano disse ainda, na sua intervenção inicial, que as afinidades que ligam os povos da CPLP «vão muito além da língua» e «constituem frutos de uma conquista que tem a ver com um passado de lutas e de vitórias, durante o qual os povos exerceram e absorvem influências recíprocas».
Essas influências recíprocas, adiantou, «permitem enriquecer e reforçar» as diversas identidades nacionais que perfazem a comunidade lusófona.
José Eduardo dos Santos felicitou Portugal e Cavaco Silva pelo «significativo impulso» dado a CPLP nos dois anos em que exerceu a presidência.
SOL