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Conflitos => Conflitos do Presente => Tópico iniciado por: routechecker em Abril 04, 2008, 08:41:09 pm

Título: Piratas à Abordagem
Enviado por: routechecker em Abril 04, 2008, 08:41:09 pm
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Somalie : l'équipage d'un navire français retenu par des pirates
vendredi 4 avril 2008 20h11

Des pirates ont pris d'assaut ce vendredi un grand voilier de luxe français, le Ponant, qui croisait au large de la Somalie. Ils retiennent à bord une trentaine de membres d'équipage majoritairement français mais pas de passagers. Le voilier est suivi par un bâtiment de la Marine nationale et une "réflexion" est en cours pour trouver une issue à la crise, selon les mots du ministre de la Défense, Hervé Morin.

Le Ponant, un grand voilier de luxe français, a "été victime d'un acte de piraterie en début d'après-midi alors qu'il naviguait entre la Somalie et le Yémen", a déclaré vendredi le capitaine de vaisseau Christophe Prazuck, de l'état-major des armées. Confirmant ainsi au passage qu'une trentaine de membres d'équipage étaient retenus. Majoritairement des Français. Pour l'instant, aucun coup de feu n'aurait été tiré.

Le voilier est suivi par un Aviso de la Marine nationale et une "réflexion" est en cours pour trouver une issue à la crise, a déclaré vendredi le ministre de la Défense, Hervé Morin. Selon le ministre, "il y aurait 32 membres d'équipage, en grande majorité des Français et probablement aussi des personnes de nationalité ukrainienne", mais "il n'y avait aucun touriste à bord" au moment de l'attaque. Le gouvernement a déclenché le "plan Pirate-mer", avaient indiqué plus tôt les services du Premier ministre.

Les côtes somaliennes sont réputées pour être l'une des principales zones de piraterie dans le monde. La marine française a ainsi été amenée à assurer l'escorte de bateaux affrétés par le Programme alimentaire mondial au profit des populations somaliennes.

Lors de son attaque par des pirates dans le Golfe d'Aden, le Ponant rejoignait la Méditerranée depuis l'archipel des Seychelles, dans l'océan Indien. Le navire appartient à la Compagnie des îles du Ponant, filiale de croisières haut de gamme du groupe CMA-CGM. Cette filiale exploite aussi deux autres bateaux de luxe, le Levant et le Diamant.


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Pirates seized control of a French luxury yacht carrying 30 crew members Friday in the Gulf of Aden off Somalia's coast, the French government and the ship's owner said.

Attackers stormed the three-mast Le Ponant as it returned without passengers from the Seychelles, in the Indian Ocean, toward the Mediterranean Sea, said officials with French maritime transport company CMA-CGM.

"This is a blatant act of piracy," Prime Minister Francois Fillon told reporters while on a visit to Brussels. "The Defense and Foreign Ministries are mobilized to act as quickly as possible, I hope in the coming minutes or hours to try to win the freedom of these hostages."

He did not elaborate. France has considerable military resources in the region, including a base in Djibouti and a naval flotilla circulating in the Indian Ocean.

The ship was in the high seas in the Gulf of Aden, off Somalia's coast in the Indian Ocean, the ministry said. At least some of the crew members are French. The company declined to identify any other crew member nationalities.

"French authorities are handling the situation," Jean-Emmanuel Sauvee, managing director of La Compagnie des Iles du Ponant, told reporters in the southeastern city of Marseille, where his subsidiary of CMA-CGM is based. The company did not want to comment further so as not to endanger the crew members held hostage, he said.

According to the company's Web site, the 288-foot boat features four decks, two restaurants, and indoor and outdoor luxury lounges. It can hold up to 64 passengers.

Le Ponant was next scheduled to carry passengers as part of a 10-day, 7-night trip from Alexandria, Egypt, to Valletta, Malta starting April 19. Prices started at $3,465, not including air fare or taxes.

Pirates seized more than two dozen ships off Somalia's coast last year.

Denmark's government paid a ransom to win the release in August of the crew of a Danish cargo ship that was hijacked by Somali pirates some two months after they were taken captive.

The U.S. Navy has led international patrols to try to combat piracy in the region. Last year, the guided missile destroyer USS Porter opened fire to destroy pirate skiffs tied to a Japanese tanker.

Wracked by more than a decade of violence and anarchy, Somalia does not have its own navy, and a transitional government formed in 2004 with U.N. help has struggled to assert control.

The International Maritime Bureau, which tracks piracy, said in its annual report earlier this year that global pirate attacks rose 10 percent in 2007, marking the first increase in three years.
Título:
Enviado por: André em Abril 04, 2008, 11:26:46 pm
Piratas apoderam-se de veleiro de luxo

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.aboveluxe.fr%2Fimages%2Fgalerie-photo%2Fgalerie-photo-bateaux-voiliers-compagnies-des-iles-du-ponant%2Fphoto-voilier-ponant.png&hash=00977669cc39373489bfc6cb52dbf4db)

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Piratas apoderaram-se hoje de um grande veleiro de luxo francês, o Ponant, que cruzava os mares sem passageiros ao largo da Somália, uma zona considerada perigosa, e retêem a bordo três dezenas de tripulantes.

O Ponant «foi vítima de uma acto de pirataria no início da tarde quando navagava entre a Somália e o Iémen», declarou o capitão de mar e guerra Christophe Prazuck, do estado-maior das Forças Armadas em Paris.

«Tanto quanto sabemos, nenhum tiro foi disparado», disse, precisando que o veleiro «navegava sem passageiros a bordo».

O ministro da Defesa francês, Hervé Morin, indicou que «haverá 32 tripulantes, na grande maioria franceses, e provavelmente também pessoas de nacionalidade ucraniana».

O navio voltava das Seychelles sem passageiros e dirigia-se para o Mediterrâneo quando foi atacado no Golfo de Aden, indicou, por seu lado, o armador do barco, a companhia CMA-CGM.

O governo francês desencadeou o «plano pirata mar» que prevê mobilizar todos os meios disponíveis na zona« e «contactar» com os «aliados» da França na região, indicaram os serviços do primeiro-ministro.

O Ponant, um navio veleiro de luxo de 88 metros de comprimento, está actualmente a ser «seguido» por um navio de guerra da Marinha francesa.

Interrogado na rádio Europe 1 sobre uma eventual intervenção das forças francesas, o ministro respondeu: «Examinamos nomeadamente o trajecto que este barco efectua e em função dos trajectos, da situação a bordo, das condições, vamos ver o que faremos».

Segundo o Estado-maior das Forças Armadas, «meios militares franceses e a Task Force 150 (uma força marítima de intervenção colocada sob comando militar norte-americano) estão presentes na zona».

A marinha francesa dispõe também de um avião de patrulha marítima, o Atlantique 2, sediado em Djibouti.

As costas somalis são perigosas para a navegação: nessa zona é vulgar piratas atacarem navios para se apoderarem da carga e obter o pagamento de resgates contra a libertação das tripulações.

A marinha francesa teve assim de garantir a escolta de barcos fretada pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) em auxílio das populações somalis, no final de 2007 e início de 2008.

Dois navios daquele Programa tinham já sido antes atacados por piratas somalis.

A 01 de Fevereiro, um potente rebocador dinamarquês foi capturado neste sector e sequestrado durante 47 dias, até ser libertado na região semi-autónoma de Puntland.

Segundo o ministro dos Portos e da Pesca de Puntland, Ahmed Said Awnur, o armador russo pagou um resgate de 700 mil dólares.

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: André em Abril 11, 2008, 01:44:09 pm
Sarkozy anuncia o fim sequestro de veleiro francês na Somália

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Os 30 tripulantes do veleiro de luxo francês «Le Ponant», sequestrados há uma semana na costa da Somália, foram liberados «sem incidente», anunciou o presidente Nicolas Sarkozy num comunicado, que não explica as condições da libertação.

«O presidente da República anuncia a libertação dos 30 reféns, 22 deles franceses, do veleiro Le Ponant, na costa somali», lê-se num comunicado divulgado pelo palácio do Eliseu, sede da presidência.

«O presidente da República expressa a sua profunda gratidão às Forças Armadas francesas e a todos os serviços do Estado que permitiram um desenlance rápido e sem incidentes desta tomada de reféns», acrescenta o texto.

Os pormenores da libertação serão anunciados após um encontro entre Sarkozy e as famílias dos reféns, hoje à tarde.

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: André em Abril 21, 2008, 12:08:05 am
Piratas Somalis sequestram navio pesca espanhol com 26 tripulantes, 13 deles espanhóis ...

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Piratas sequestraram hoje um navio pesqueiro espanhol enquanto pescava em águas internacionais ao largo da Somália e em que viajam 13 tripulantes espanhóis e 13 de origem africana, confirmou à Lusa fonte do governo espanhol.

A fonte disse desconhecer a nacionalidade dos 13 africanos referindo que os restantes são oito pescadores da Galiza e cinco do País Basco, região onde está registada a embarcação, o "Playa de Bakio", que pertence a uma associação local.

Em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol confirmou que a embarcação foi aproximada por outra embarcação de onde foi lançado um primeiro ataque antes de vários homens armados terem feito a abordagem.

O ataque inicial, que envolveu lança-granadas e ocorreu cerca das 13:00 a 250 milhas da costa somali, causou alguns danos ligeiros ao navio que continua a ser navegável.

Não há para já registo de incidentes no caso que está a ser acompanhado por vários membros do governo espanhol e por missões diplomáticas espanholas na região, nomeadamente no Quénia - que tem jurisdição sobre a Somália.

A caminho da zona está já uma fragata espanhola que se encontrava no Mar Vermelho, numa operação da qual foi já também informada a NATO, podendo participar nas operações de apoio outras embarcações, incluindo um navio francês.

O sequestro ocorre uma semana depois de na mesma zona ter sido abordado um iate de luxo com 30 tripulantes, dos quais 22 franceses.

Paris conseguiu a libertação dos reféns, desconhecendo-se as condições de um eventual acordo.

No caso do navio espanhol hoje abordado ainda não há relatos de pedidos de resgate.

Lusa
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Título:
Enviado por: old em Abril 21, 2008, 11:05:09 am
Piden dinero, confirmado. Encima hay al menos un herido :(

En el caso Frances el dueño del velero de luxo pago 2 millones de dolares, de los que recupero solo una parte.

La Fragata mas proxima es una F104 que estaba de maniobras en el mar rojo y se direge a la zona del incidente
Título:
Enviado por: pedro em Abril 21, 2008, 04:26:10 pm
Sera que a França nao poderia fazer nada? :roll:
Saludos
Título:
Enviado por: komet em Abril 21, 2008, 09:42:47 pm
O meu patrão hoje disse-me que o resgate foi pago, e foi lançada de imediato uma operação para resgatar o dinheiro e deter alguns dos piratas, alguém tem informações sobre isto?
Título:
Enviado por: sniper14 em Abril 21, 2008, 10:15:25 pm
Pensava que todos sabiam :D
Lamento estar em francês mas não tenho o texto traduzido.
Título:
Enviado por: satans13 em Abril 22, 2008, 07:11:50 pm
Uma vez mais a França a dar cartas com uma Operação devidamente planeada, sem receio de empregar TU's de Ope. Espe. com todos os meios ao seu dispor.Um exemplo a seguir pelos nossos comandantes Tugas, (diga-se muito fracos) mas é o que temos. Somos mesmo um País a parte, para infelicidade de alguns. :headb:
Título:
Enviado por: old em Abril 25, 2008, 12:29:57 pm
Pues el secuestro del Pesquero Espanhol se complica bastante.

Las noticias son confusas.

El gobierno ha enviado a un numero indeterminado de agentes del CNI, varios Geos,  1 P3 Orion de vigilancia 1 B707 con 50 Buceadores de Combate y todo su equipo , 1 Hercules con repuestos, municion, viveres etc etc  y 1 Falcon para repatriar a los Secuestrados, a parte de una Fragata F100.
Título:
Enviado por: Tiger22 em Abril 27, 2008, 10:57:26 pm
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El armador paga un millón de euros por la liberación de los marineros españoles

Al filo de las cinco y media de la tarde de ayer hora española concluyó la pesadilla que desde el pasado domingo vivían los 26 tripulantes del pesquero vasco «Playa de Bakio», secuestrados por piratas frente a las costas de Somalia. A esa hora los secuestradores abandonaron el barco a dos millas de la costa, después de que el armador pagara más de un millón de euros de rescate. Tras la liberación, el atunero, custodiado por la fragata Méndez Núñez, puso rumbo a «puerto más seguro», concretamente al de Victoria, capital de las islas Seychelles.
La tripulación arribará a puerto después de una travesía de 70 horas. Y desde allí los 13 marineros españoles serán trasladados en avión a nuestro país, donde se espera que lleguen el martes o el miércoles de esta semana. El Gobierno español no facilitó ayer información sobre cuál será el destino del resto de los pescadores de origen africano. Eso sí, confirmó que los 26 marineros se encuentran en «perfecto estado de salud» y que serán sustituidos a bordo del «Playa de Bakio» por otra tripulación en el puerto Victoria.
La vicepresidenta primera compareció ante la prensa, escoltada por las ministras de Defensa y Medio Ambiente, para informar sobre la liberación. Teresa Fernández de la Vega, que ha coordinado el comité de crisis del Gobierno en estos siete días de cautiverio de los marineros, guardó un «prudente» silencio sobre los detalles que han permitido el «feliz» desenlace. De la Vega rehusó aclarar si se pagó el rescate exigido por los secuestradores. Ante la insistencia de la prensa por conocer este extremo, puntualizó que el Gobierno «ha priorizado la seguridad de los 26» marineros a cualquier otra cosa.
«Tendrán que entender que no sea mas explícita. Se ha llegado a una liberación como resultado de una acción conjunta del Gobierno, el armador y la diplomacia. Han sido todas las actuaciones propias de la diplomacia las que han determinado este final». De esta manera, apeló a la comprensión de los informadores para no arrojar más luz sobre cómo se ha producido el fin del cautiverio.
Sin embargo, fuentes gubernamentales confirmaron a LA RAZÓN que el armador del pesquero pagó un rescate cercano al millón de euros. Estas mismas fuentes aseguraron a este diario que «las distintas Administraciones Públicas españolas buscarán las fórmulas» oportunas para compensar en parte el desembolso realizado por el armador vasco.
La vicepresidenta tampoco aclaró ayer el número de piratas que secuestraron el barco ni cómo huyeron de la zona, una vez que pusieron en libertad a los marineros. Tan sólo se limitó a asegurar que los servicios de inteligencia españoles siguen trabajando para conseguir detenerlos.
En su breve relato de los hechos, narró cómo el Gobierno conoció la noticia sobre las 17:15 o 17:30 de la tarde de ayer. Tras realizar las comprobaciones pertinentes, informó al presidente del PP, Mariano Rajoy, y a los jefes de los Ejecutivos vasco y gallego del «feliz» desenlace. Carme Chacón y Elena Espinosa hicieron lo propio con los portavoces parlamentarios. De la Vega agradeció la colaboración prestada estos días por EE UU y Francia. Mientras, José Luis Rodríguez Zapatero trasladó su felicitación a la tripulación, a sus familias y a todos los servicios públicos que, desde hace casi una semana, contribuyeron «de manera decisiva» a su liberación.


 :roll:
Título:
Enviado por: pedro em Abril 28, 2008, 02:13:18 pm
Vao ver que para a semana ha outro barco atacado. :roll:
Cumprimentos
Título:
Enviado por: Tiger22 em Maio 07, 2008, 12:12:03 pm
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El Gobierno encargó al CNI el pago del rescate del 'Playa de Bakio'

El 'gabinete de crisis' descartó desde el principio una operación militar
M. GONZÁLEZ / J. A. RODRÍGUEZ - Madrid - 05/05/2008

El Gobierno prestó apoyo logístico al armador del Playa de Bakio para que pudiera pagar el rescate exigido por los piratas somalíes que mantuvieron secuestrado al atunero vasco y a sus 26 tripulantes, 13 de ellos españoles, entre el 20 y el 26 de abril, según fuentes gubernamentales.

El Gobierno prestó apoyo logístico al armador del Playa de Bakio para que pudiera pagar el rescate exigido por los piratas somalíes que mantuvieron secuestrado al atunero vasco y a sus 26 tripulantes, 13 de ellos españoles, entre el 20 y el 26 de abril, según fuentes gubernamentales. El dinero (1,2 millones de dólares, 766.188 euros, según un responsable somalí) no salió de los fondos reservados, agregaron las mismas fuentes, sino que lo aportó la empresa propietaria del buque: Pevasa (Pesquería Vasco Montañesa, SA), con sede en Bermeo.

Sin embargo, el Gobierno encargó al Centro Nacional de Inteligencia (CNI) que se hiciera cargo de la entrega del rescate, después de que los secuestradores exigieran su pago en Somalia y ante la imposibilidad de que el armador pudiera efectuarlo por sus propios medios.

El miércoles 23 de abril, tres días después de la captura, voló desde Torrejón de Ardoz (Madrid) a la base francesa de Yibuti, al norte de Somalia, un Boeing-707 del Grupo 45. Aunque el avión tiene más de 100 asientos, llevaba sólo media docena de pasajeros: los miembros de un equipo del servicio secreto. El CNI reclamó un avión con la máxima urgencia y el Ejército del Aire no disponía de otro en aquel momento (un Falcon 900, más pequeño, se había enviado a Nairobi para llevar a Mogadiscio al embajador español en Kenia, Nicolás Martín Cinto). En Yibuti, los agentes del CNI contactaron con sus homólogos franceses y, en especial, con miembros del Grupo de Intervención de la Gendarmería Nacional (GIGN), quienes se encargaron de pagar el rescate de 1,3 millones de euros a los secuestradores del velero Ponant el pasado 11 de abril.

Tras la liberación del Playa de Bakio, los seis agentes del CNI dieron por concluido su trabajo y regresaron a España. "La investigación sigue abierta, tanto a nivel español como internacional, pero no tiene sentido mantener personal desplegado sobre el terreno en un lugar tan peligroso como Somalia", afirman las fuentes consultadas.

La diferencia con el caso del Ponant es que el Gobierno español, al contrario que el francés, descartó una operación militar para capturar a los secuestradores y recuperar el dinero una vez liberados los rehenes. Y lo hizo desde el primer momento.

La prueba es que, aunque el jefe del Estado Mayor de la Defensa, el general Félix Sanz, se incorporó al gabinete de crisis dirigido por la vicepresidenta Fernández de la Vega en Moncloa e incluso montó en su cuartel general una célula de coordinación, nunca se involucró en la crisis al Mando de Operaciones, responsable de diseñar y dirigir cualquier acción de fuerza.

¿Por qué? "Primero, porque carecíamos de las capacidades necesarias en la zona", explican las fuentes consultadas. "Los franceses disponían de una base [Yibuti, con unos 3.000 soldados], muy cerca de lugar donde tuvo lugar el secuestro del Ponant, y contaban en la zona con un portahelicópteros, dos fragatas y un buque de aprovisionamiento. Nosotros sólo teníamos allí una fragata, además de un avión de patrulla marítima, y hubiéramos tardado más de diez días en tener otra".

"Segundo", agregan, "porque los franceses se aprovecharon del factor sorpresa, pero ahora los piratas estaban advertidos y tomaron medidas de precaución, lo que hacía que la operación fuera mucho más difícil".

La última razón son los 28 pesqueros españoles que faenan en el Índico y contra los cuales podrían tomar represalias los piratas. Para garantizar su seguridad, España confía en que den fruto las negociaciones que se desarrollan en Naciones Unidas.


 :roll:  :roll:
Título:
Enviado por: garrulo em Maio 07, 2008, 07:00:43 pm
Mis paisanos en el gobierno son unos mierdas.
Título:
Enviado por: komet em Maio 07, 2008, 09:41:37 pm
Citação de: "garrulo"
Mis paisanos en el gobierno son unos mierdas.


Se fosse uma embarcação portuguesa se calhar nem dinheiro havia para o resgate  :D
Título:
Enviado por: Kawa em Maio 07, 2008, 11:40:22 pm
Citação de: "garrulo"
Mis paisanos en el gobierno son unos mierdas.


No me digas que eras de los que se tragaron lo de que se iba a hacer algo más que pagar Garrulo? :lol:

Que tenemos a Zapatitos, despues de 4 años ya deberías estar curado de espantos :roll:
Título:
Enviado por: old em Maio 08, 2008, 09:12:55 am
Citação de: "garrulo"
Mis paisanos en el gobierno son unos mierdas.


Al menos enviaron una Fragata por si algo salia mal.

No es tan facil como parece.

Esa misma semana los Piratas atacaron con granadas un petrolero Japones y yo no vi a la Armada Imperial por ningun lado  :wink:
Título:
Enviado por: Kawa em Maio 08, 2008, 11:36:33 pm
Old, realmente piensas que se tenía pensado hacer algo? los franceses ofrecieron su ayuda para el caso de que decidiesemos hacer como ellos, pagar rescate y cazar a los piratas y ni se les contestó  :evil:
Título:
Enviado por: NVF em Maio 09, 2008, 01:05:20 am
Não vejo, qual o problema em ter pago resgate.  Os franceses também pagaram resgate pelo seu veleiro sequestrado e ate tem bases permanentes na região (coisa que Espanha não tem).
Título:
Enviado por: Kawa em Maio 09, 2008, 01:29:40 am
Citação de: "NVF"
Não vejo, qual o problema em ter pago resgate.  Os franceses também pagaram resgate pelo seu veleiro sequestrado e ate tem bases permanentes na região (coisa que Espanha não tem).


Os franceses pagaron NVF pero inmediatamente despois da liberación do navio montaron unha operación na que capturaron a boa parte dos piratas e recuperaron parte do pagado, e as mesmas bases que teñen os franceses son as que se ofreceron a España para unha operación pero o goberno preferiu non fazer nada
Título:
Enviado por: Rui Conceicao em Maio 09, 2008, 07:09:06 pm
Espanha tem o Zapatero, se fosse o Aznar aposto que tinha feito algo, com apoio é certo
Título:
Enviado por: NVF em Maio 11, 2008, 04:00:13 am
Citação de: "Rui Conceicao"
Espanha tem o Zapatero, se fosse o Aznar aposto que tinha feito algo, com apoio é certo


Se fosse o Aznar tinha atacado o Marrocos. Tambem sao mouros e sempre estao mais perto  :D
Título:
Enviado por: Roque em Maio 11, 2008, 07:53:16 pm
Citação de: "Kawa"
Citação de: "NVF"
Não vejo, qual o problema em ter pago resgate.  Os franceses também pagaram resgate pelo seu veleiro sequestrado e ate tem bases permanentes na região (coisa que Espanha não tem).

Os franceses pagaron NVF pero inmediatamente despois da liberación do navio montaron unha operación na que capturaron a boa parte dos piratas e recuperaron parte do pagado, e as mesmas bases que teñen os franceses son as que se ofreceron a España para unha operación pero o goberno preferiu non fazer nada

Teníamos las bases en la zona, lo que no teniamos eran los medios. No creo que pudieramos haber hecho más.
Título:
Enviado por: André em Setembro 10, 2008, 05:02:12 pm
Navio sul-coreano sequestrado ao largo da Somália

Uma embarcação sul-coreana com 21 tripulantes a bordo foi hoje sequestrada por piratas armados ao largo da Somália, segundo o Centro de Informação sobre Pirataria.

Noel Chong, porta-voz do centro com sede em Kuala Lumpur, disse que a embarcação foi capturada quando navegava pelo Golfo de Áden, rumo à Ásia.

Por motivos de segurança, o porta-voz não informou as nacionalidades dos membros da tripulação, e não indicou a carga da embarcação, que zarpou de um porto europeu.

Esta é a 11ª embarcação que é sequestrada desde 20 de Julho no Golfo de Áden, onde, durante este ano, pelo menos 38 embarcações caíram em poder de piratas.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Setembro 14, 2008, 01:24:55 pm
Piratas Somalis tentam capturar atuneiro francês ao largo das Seychelles

Piratas somalis tentaram no sábado capturar um atuneiro francês, que se encontrava a pescar ao largo do arquipélago das Seychelles, anunciou a rádio France-Info.

Os piratas, que se deslocavam numa vedeta rápida, abordaram o atuneiro «Drennec», do porto de Concarneau, mas não conseguiram subir a bordo por causa do estado do mar, acabando por disparar dois rockets sobre o navio, sem causar vítimas nem danos de monta.

O comandante do atuneiro, interrogado pelo telefone pela France-Info, disse que ele e «a maioria» dos outros navios franceses e espanhóis à pesca na zona decidiram interromper a faina e regressar ao porto em Seychelles, à espera de protecção da Marinha.

A Somália, país pobre do Corno de África, devastado pela guerra civil e sem governo central desde 1991, transformou-se num ponto quente da pirataria marítima nos últimos meses.

Um veleiro francês foi interceptado a 2 de Setembro por piratas que ainda mantêm reféns as duas pessoas que se encontravam a bordo.

Ocorreram pelo menos oito assaltos de piratas ao largo das costas da Somália desde o fim de Julho. Segundo a Agência Marítima Internacional, verificaram-se 24 ataques de pirataria ao largo das costas somalis no primeiro semestre de 2008.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Setembro 16, 2008, 01:02:30 pm
Militares franceses libertam casal sequestrado no Golfo de Aden

 Os dois franceses que tinham sido sequestrados no dia 2 de Setembro por piratas somalis no Golfo de Aden foram libertados ilesos na noite de segunda-feira por militares franceses, anunciou hoje o Eliseu.

Um dos piratas foi morto e outros seis foram capturados na operação militar lançada por ordem do Presidente Nicolas Sarkozy, indica o comunicado da Presidência da República francesa.

Sarkozy alegrou-se com o êxito da operação e felicitou os militares que a levaram a cabo, acrescenta a nota.

A 2 de Setembro, piratas somalis tinham sequestrado o veleiro "Caré d'As", onde velejavam Yves Delanne e a mulher, Bernardette, tendo-os levado para uma localidade costeira na região de Puntland, no Norte da Somália.

Os piratas exigiam um resgate milionário e a libertação de seis somalis presos em França após a sua captura na operação de resgate de 30 tripulantes do veleiro "Ponant", sequestrado igualmente na zona, em Abril.

A intervenção militar que libertou na noite de segunda-feira os dois navegadores, residentes no Taiti, ocorreu dois dias depois de um grupo de piratas ter tentado apoderar-se de um atuneiro francês ao largo das Ilhas Seychelles.
 
TSF
Título:
Enviado por: ShadIntel em Setembro 16, 2008, 01:04:42 pm
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França põe piratas do mar em sentido

A marinha francesa libertou um casal gaulês que havia sido feito refém dos piratas somalis. A intervenção militar, resultou na morte de um dos piratas e na detenção de outros seis.

"A operação (de libertação dos reféns) é um aviso para todos os que se entregam a esta actividade do crime", disse o presidente francês, Nikolas Sarkozy.  "A França não aceitará que o crime compense", acrescentou.

"O mundo não deve permanecer indiferente, nem passivo" perante as crescentes acções de piratas que aumentaram o raio de acção e que, há poucos dias, atacaram com lança-granadas um atuneiro francês a 750 quilómetros da costa da Somália, afirmou Sarkozy, numa intervenção proferida no Eliseu, horas depois da libertação do casal francês, que havia sido raptado a 2 de Setembro.

A operação foi lançada segunda-feira à noite para libertar os dois franceses sequestrados por piratas do mar somalis, no Golfo de Aden. Um dos criminosos morreu e os outros seis piratas somalis, detidos durante a operação, serão levados para a França, segundo Sarkozy, que especificou que a sua extradição para a Somália só poderá ocorrer se houver a garantia de uma condenação.

Criação de uma polícia do mar

Sarkozy apelou à criação de uma "polícia do mar", salientando que "a França não pode carregar sozinha" o peso de uma vigilância dessa região marítima, uma das mais perigosas do mundo.  "Já não se trata de casos isolados mas de uma verdadeira indústria do crime", considerou.

A 2 de Setembro, piratas somalis atacaram o veleiro "Caré d'As", onde velejavam Yves Delanne e a mulher, Bernardette, tendo-os levado para uma localidade costeira na região da Puntilãndia, território indpendentista do Norte da Somália.

Os piratas exigiam um resgate milionário e a libertação de seis somalis detidos em França, na sequência da captura na operação de resgate de 30 tripulantes do veleiro "Ponant", sequestrado igualmente na zona, em Abril.

A intervenção militar que libertou na noite de segunda-feira os dois navegadores, residentes no Taiti, ocorreu dois dias depois de um grupo de piratas ter tentado apoderar-se de um atuneiro francês ao largo das Seychelles.

Navio-tanque de Hong Kong sequestrado

Já hoje, uma autoridade marítima da Malásia informou que piratas armados sequestraram um navio-tanque de Hong Kong com produtos químicos com 22 tripulantes no Golfo de Aden, perto da Somália.

Noel Choong, do Bureau Marítimo Internacional, disse que o navio foi sequestrado na segunda-feira, sendo o 12.º caso de pirataria na região desde 20 de Julho. Verificaram-se 24 ataques de pirataria ao largo das costas somalis no primeiro semestre de 2008.

Segundo disse, o navio-tanque de Hong Kong, que rumava à Ásia, navegava num corredor marítimo de segurança patrulhado por uma coligação internacional de vasos de guerra e aviões quando foi atacado.

Choong advertiu que todos os navios devem redobrar a vigilância na zona, mesmo navegando em corredores de segurança.

A Somália, país pobre do Corno de África, devastado pela guerra civil e sem governo central desde 1991, transformou-se num ponto quente da pirataria marítima nos últimos meses.

JN (http://http)
Título:
Enviado por: André em Setembro 17, 2008, 04:35:27 pm
Navio mercante sequestrado no Iémen

Um navio mercante com tripulação de 22 membros, a maioria indianos, foi hoje sequestrado em águas do Iémen e desviado para a Somália, indicou a guarda costeira da Índia.

O navio, com bandeira de Hong Kong e o nome de MT Stolt Valor, navegava entre o canal de Suez e Bombaim (oeste da Índia) quando foi atacado por piratas a 60 quilómetros das costas do Iémen na terça-feira à tarde, segundo a guarda costeira indiana.

Entre os 22 membros da tripulação estão 18 indianos, dois filipinos, um bengalês e um russo.

Lusa
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Enviado por: André em Setembro 22, 2008, 09:37:31 am
Navio carvoeiro grego com maioria da tripulação filipina sequestrado ao largo da Somália

O Governo das Filipinas confirmou hoje que um navio carvoeiro grego com 17 tripulantes filipinos a bordo foi sequestrado no domingo ao largo da Somália.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Claro Cristobal, indicou em comunicado que não há notícias sobre o estado dos tripulantes sequestrados, entre os quais se contam ainda um chinês e outro ucraniano.

Um grupo de piratas armados de lança-granadas abordou o navio Captain Stephanos, com bandeira de conveniência das Bahamas, quando transportava um carregamento de carvão no Golfo de Aden rumo à Ásia.

Segundo as autoridades filipinas, dos 200 marinheiros que continuam sequestrados por piratas e que viajavam a bordo de uma dúzia de navios capturados pelos piratas, 96 são filipinos.

Outro navio grego com bandeira de Malta que transportava sal para o Quénia e que era tripulado por 25 filipinos foi apresado na semana passada em águas territoriais da Somália.

Desde 20 de Julho que já foram sequestrados 14 navios nas águas do Corno de África, elevando para 55 o número de apresamentos desde o início do ano.

Em Junho, o Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizou os navios de guerra estrangeiros a perseguir durante seis meses as embarcações piratas, desde que obtenham consentimento da Somália.

A Somália, país muito pobre do Corno de África, vive em estado de anarquia sem governo central efectivo desde que o ditador Siad Barre foi derrubado em 1991 por diferentes clãs que lutam agora entre si.

Lusa
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Enviado por: André em Setembro 25, 2008, 09:03:06 pm
Piratas apresam cargueiro ucraniano ao largo da Somália

Piratas apoderaram-se de um cargueiro ao largo das costas da Somália, quando se dirigia para o porto de Mombaça, anunciou hoje um responsável de uma organização marítima queniana de assistência aos marinheiros.

O incidente coincidiu com um aviso feito hoje pelo comissário europeu das Pescas e Política Marítima, Joe Borg, sobre a possibilidade de uma operação europeia «a curto prazo» nas águas da Somália contra a pirataria, se os países da UE disponibilizarem os meios e houver acordo com as autoridades do país africano.

O barco foi atacado às 16:00 (17:00 em Lisboa) ao largo das costas somalis», declarou Andrew Mwangura, que dirige a secção queniana do Programa de Assistência aos Marinheiros.

«Ele vinha do Báltico e era esperado em Mombaça a 27 de Setembro para descarregar 2.320 toneladas de equipamentos. Não sabemos que tipo de equipamento é», acrescentou.

Perante o aumento da pirataria nas águas somalis no último ano, a Comissão Europeia estuda «o que se pode fazer» e, neste ponto o comissário mencionou a possibilidade de uma »presença efectiva policial ou militar« nessa zona, para proteger melhor os barcos comunitários.

Todavia, o comissário lembrou que, para isso, os países comunitários «terão de disponibilizar os meios» porque a Comissão Europeia não dispõe de patrulhas e, além disso, há que chegar a um acordo com o Governo da Somália, «o que não é muito fácil».

O comissário referiu-se assim a possíveis medidas europeias para proteger as frotas de ataques como o sequestro, há cinco meses, do pesqueiro espanhol «Playa de Bakio» ou a tentativa de captura, este mês, do atuneiro «Playa de Anzoras».

Sobre a prontidão de uma operação coordenada a nível europeu, nas águas somalis, Borg assegurou que é exequível «a curto prazo», se houver acordo e a «vontade política ou a determinação necessária entre os países»

Borg salientou, a propósito, que quando aumentou o programa da imigração, a UE activou «rapidamente» medidas de vigilância.

»Quando o problema (da imigração) começou a aumentar consideravelmente, foram enviadas com rapidez patrulhas - barcos ou aviões - para o Mediterrâneo e para a costa ocidental de África. Puseram-se medidas em marcha: se foram suficientes ou não é outra questão«.

«Se houver determinação (no caso da pirataria na Somália), as medidas não devem esperar», salientou o comissário, indicando que este assunto será discutido no Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros.

A presença de efectivos europeus, coordenados por Bruxelas, »garantiria protecção e segurança« aos barcos que operam nas águas orientais de África, vincou.

Por ora, a UE acordou a criação de uma célula em Bruxelas para coordenar as operações contra a pirataria que alguns países realizam junto às costas somalis.

Lusa
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Enviado por: André em Setembro 26, 2008, 01:38:15 pm
Piratas assaltam cargueiro e roubam 30 tanques

Piratas da Somália atacaram quinta-feira um navio ucraniano ao largo da costa africana e roubaram 30 tanques de guerra russos destinados ao Sul do Sudão.

A informação foi confirmada pelo governo ucraniano, que revela que o navio, de bandeira do Belize, tinha uma tripulação de 21 cidadãos ucranianos.

O ataque ocorreu quinta-feira na costa da Somália e o navio cargueiro terá sido levado para o porto de Eyl, onde se encontram mais de uma dezena de navios roubados pelos piratas.

A Somália, país africano que está sem governo há 17 anos, tem sido um porto de abrigo para a pirataria internacional, cada vez mais activa nas águas do leste de África.

Lusa
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Enviado por: komet em Setembro 26, 2008, 02:33:54 pm
São T-72 já agora.
Título:
Enviado por: André em Setembro 26, 2008, 02:44:41 pm
Citação de: "komet"
São T-72 já agora.


Sera que esses piratas somalis têm capacidade para descarregar material pesado como os T-72, já que os portos daquela região não devem tar em boas condições ??   :?
Título:
Enviado por: ShadIntel em Setembro 26, 2008, 02:58:23 pm
Citação de: "André"
Citação de: "komet"
São T-72 já agora.

Sera que esses piratas somalis têm capacidade para descarregar material pesado como os T-72, já que os portos daquela região não devem tar em boas condições ??   :?

Os piratas somalis costumam levar os navios capturados para uma zona próxima da cidade de Eyl, onde não me parece que exista qualquer porto. Além disso, duvido que os T-72 lhes sejam de uma grande utilidade para o seu... ofício. Na minha opinião, o mais provável é que tentem contactar algum comprador potencial, procurando escapar entretanto à perseguição marítima e aérea que já começou.  

 :roll:
Título:
Enviado por: Kawa em Setembro 26, 2008, 03:16:02 pm
Citação de: "ShadIntel"
Citação de: "André"
Citação de: "komet"
São T-72 já agora.

Sera que esses piratas somalis têm capacidade para descarregar material pesado como os T-72, já que os portos daquela região não devem tar em boas condições ??   :?
Os piratas somalis costumam levar os navios capturados para uma zona próxima da cidade de Eyl, onde não me parece que exista qualquer porto. Além disso, duvido que os T-72 lhes sejam de uma grande utilidade para o seu... ofício. Na minha opinião, o mais provável é que tentem contactar algum comprador potencial, procurando escapar entretanto à perseguição marítima e aérea que já começou.  

 :roll:


¿Sabe leer Shad Intel? El navío es UCRANIANO no ruso, por tanto el que estaría cometiendo la violación sería Ucrania, ¿o como es aliado de USA no les interesa? :roll:
Título:
Enviado por: ShadIntel em Setembro 26, 2008, 04:08:41 pm
Citação de: "Kawa"
¿Sabe leer Shad Intel? El navío es UCRANIANO no ruso, por tanto el que estaría cometiendo la violación sería Ucrania, ¿o como es aliado de USA no les interesa? :roll:

Um ponto para si, Kawa.
Talvez ainda vá a tempo de aprender a ler... Cometi o erro de me basear num relatório que acabava de ler sobre compensações oferecidas pelos russos ao governo do Sudão depois da não instalação de uma fábrica de T-72 nesse mesmo país uns anos atrás. Ao que tudo indica, o carregamento era mesmo ucraniano (ainda assim, não é pela nacionalidade do navio ou da maioria da tripulação que se pode saber de onde vem um carregamento...).
Desta vez, quem terá violado o embargo será a Ucrânia, se é que os T-72 eram destinados ao Sudão e não ao Kénia. A marca do jogo das violações é nesse caso Ucrânia 3 - Rússia 671...
Título:
Enviado por: André em Setembro 26, 2008, 11:47:21 pm
Tanques T-72 e armamento russo para o Quénia na mão de piratas somalis

Moscovo anunciou hoje o envio de um navio de guerra para o largo da Somália, um dia depois de piratas somalis apresaram um cargueiro ucraniano com tanques e armamento para o exército queniano.

A Rússia despachou hoje o barco patrulha Intrépido, para as costas somalis, devido à intensificação dos ataques perpetrados por piratas, incluindo contra cidadãos russos", indicou hoje a Marinha russa em Moscovo.

Alguns cidadãos russos estão a bordo do barco apresado pelos piratas.

O Quénia anunciou hoje que a carga do Faina se destinava ao seu exército, pondo fim a especulações sobre o destino final da carga.

"A carga inclui equipamento militar, como tanques e peças sobresselentes, destinada a ser utilizada pelas diferentes componentes do exército queniano", explicou o porta-voz do governo queniano, Alfred Mutua, num comunicado.

O ministro da Defesa ucraniano, Iouri Ekhanourov, confirmou hoje que o Faina transportava 33 tanques pesados T-72 de concepção soviética entregues por Kiev no âmbito de um contrato de venda de armas ao Quénia.

"Um número suficiente de munições" e de lança-granadas estavam também a bordo do barco, precisou o ministro, citado pela agência russa Interfax, acrescentando que o navio efectuava uma ligação entre o porto ucraniano perto de Mykolaiv, no Mar negro, e o porto de Mombaça, no sudeste do Quénia.

Por seu lado, o Pentágono diz-se "preocupado" com o apresamento do navio ucraniano e afirmou estudar "as opções possíveis".

"Estamos preocupados com a pirataria, estamos também preocupados com o tipo de frete transportado, com o uso que dele pode ser feito e com a origem dos piratas", declarou um dos porta-vozes do Pentágono, Bryan Whitman.

Os piratas apoderaram-se do Faina quinta-feira "às 16:00 TMG (17.00 em Lisboa) quando se dirigia para Mombaça.

Estavam a bordo 21 pessoas (17 ucranianos, três russos e um letão) estavam a bordo, refere o comunicado do Ministério ucraniano

O Faina era esperado em Mombaça, a 27 de Setembro para descarregar 2.320 toneladas de equipamentos.

Uma dezena de cargueiros pirateados está actualmente ancorada no porto somali de Eyl, a cerca de 800 quilómetros a Norte da capital somali, Mogadiscio, aguardando o desenrolar de negociações.

As costas da Somália, país em guerra civil desde 1991, tornaram-se extremamente perigosas nos últimos anos para a navegação, devido ao recrudescimento da pirataria.

Segundo o Gabinete Marítimo internacional, pelo menos 55 barcos foram atacados no Golfo de Aden e no Oceano Pacífico desde Janeiro de 2008 por piratas somalis que detêm actualmente cerca de 11 navios e respectivas tripulações.

A 22 de Setembro, a França entregou no Conselho de Segurança da ONU um projecto que visava criar uma força internacional para escoltar navios do Programa Alimentar das Nações Unidas (PAM) que cruzam as águas ao largo da Somália e "atacar" os piratas, segundo uma fonte francesa.

Na sequência de uma iniciativa lançada por Paris há um ano, a França, Holanda, Dinamarca e depois o Canadá enviaram sucessivamente para a região navios de guerra para escoltar os comboios alimentares do PAM, que contribuem em larga escala para a alimentação da população somali.

Lusa
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Enviado por: André em Setembro 28, 2008, 12:29:59 pm
Navio tomado por piratas cercado por navios de guerra ocidentais

O navio que foi tomado por piratas na quinta-feira ao largo da Somália está rodeado por navios de guerra estrangeiros. Segundo um responsável somali, perto do local estão um navio norte-americano e dois vindos de países da União Europeia.

O navio de carga ucraniano que transporta armas e que foi tomado por piratas na quinta-feira ao largo da costa da Somália está a ser rodeado por vários navios de guerra estrangeiros.

Citado pela AFP, um alto responsável somali deu conta da existência de três navios de guerra que se estariam a aproximar deste navio, sendo que dois deles já estavam perto do local.

«Um dos navios é norte-americano e outros dois são originários da União Europeia», adiantou Bile Mohamoud Qabowsade, conselheiro da presidência da região semi-autónoma de Puntland, localizada no nordeste da Somália.

O cargueiro Faina, cuja carga se destina ao exército queniano, foi tomado por piratas na quinta-feira numa altura em que se dirigia para o porto de Mombassa, no sudeste do Quénia.

A bordo do Faina, seguem 17 ucranianos, três russos e um letão, bem como 33 carros de combate T-72, de concepção soviética, que foram entregues pelo governo ucraniano ao Quénia no âmbito de um acordo de venda de armamento.

Em guerra civil desde 1991, a Somália tem-se tornado o país extremamente perigoso em termos de navegação, uma vez que se tem vindo a assistir a um aumento das acções de pirataria na zona.

TSF
Título: U.S. ship fires shots toward boats off Somalia
Enviado por: LM em Setembro 28, 2008, 08:24:11 pm
Citar
Security forces aboard a U.S. naval vessel fired warning shots toward two approaching small boats off the Somali coast Tuesday, the U.S. military said Wednesday.

The USNS John Lenthall is one of 14 fleet refueling ships operated by Military Sealift Command.

The rounds landed in the water, prompting the boats to turn around, and no casualties were reported, the military news release said.

It is unclear whether the boats were trying to attack the 41,000-ton USNS John Lenthall, the military said.

"It is clear they were not following the international rules of the road observed by mariners around the globe," it said.

The release noted that the location of the incident, the types of boats involved and the maneuvering were all "consistent with reports from previous attacks on merchant vessels in the region."

The USNS John Lenthall is one of 14 "fleet replenishment oilers" in the Military Sealift Fleet Support Command, according to a U.S. Navy Web site. Oilers refuel Navy ships at sea and any aircraft they may be carrying.

Attacks by pirates have increased dramatically off the northern coast of Somalia in the past year, prompting the United States and other nations to step up patrols in the region.

In May, the U.S. Navy warned merchant ships to stay at least 200 miles off the Somali coast. But the U.S. Maritime Administration warns that pirates sometimes issue false distress calls to lure ships closer to shore.


CNN 24/09/2008 (http://http)
Título:
Enviado por: André em Outubro 01, 2008, 06:01:16 pm
Seis países europeus dispostos a intervir contra os piratas na Somália

Pelo menos seis países da União Europeia, incluindo Portugal, manifestaram hoje disponibilidade para participar numa operação militar aeronaval europeia para combater a pirataria ao largo da Somália, informou fonte diplomática francesa.
Durante a reunião de ministros da Defesa europeus a decorrer em Deauville, França, o ministro francês, Hervé Morin, fez «uma ronda pela mesa para mobilizar os parceiros» e «um grande número de países manifestou disposição para envolver um navio», segundo a fonte, citada pela France Presse.

Entre esses países estão a Alemanha, a França, a Holanda, Espanha, Portugal, a Suécia «e talvez também» o Reino Unido, segundo o diplomata.

Em face do aumento dos casos de pirataria ao largo da Somália, a França, que presidente à União Europeia até ao final do ano, apelou para «uma mobilização internacional» contra essa «indústria do crime». A pedido de Espanha, Paris propôs o lançamento de uma operação militar aeronaval de dissuasão, protecção e vigilância em Dezembro próximo.

A UE criou em Setembro uma «célula de coordenação» encarregada da protecção contra a pirataria ao largo da Somália, como fase prévia a uma operação naval que pode prolongar-se por um ano.

Até agora, apenas uma fragata francesa e um avião de patrulha marítima espanhol estão naquela zona.

Segundo o International Maritime Bureau (IMB), pelo menos 55 navios foram atacados por piratas no golfo de Aden e no oceano Índico desde Janeiro de 2008 por piratas provenientes da Somália.

Piratas somalis capturaram também a 25 de Setembro um navio ucraniano com bandeira do Belize, o Faina, com cerca de 30 tanques T-72 e armamento pesado a bordo, que se dirigia para o porto de Mombaça, no Quénia.

A tripulação do Faina, actualmente ancorado em frente do porto de Hobyo (500 quilómetros a norte de Mogadíscio), é composta por 17 ucranianos, incluindo o capitão, três russos e um letão.

Depois, de terça-feira, vários vasos de guerra norte-americanos - três, segundo os piratas - se terem colocado em volta do navio ucraniano, três outros navios - um vaso de guerra russo e duas fragatas malaias - estão hoje a caminho do local, para ajudar a fechar o cerco aos piratas.

SOL
Título:
Enviado por: André em Outubro 02, 2008, 10:18:59 pm
Dinamarca quer perseguir os piratas em tribunal internacional

A Dinamarca, à cabeça da força naval multinacional Task Force 150 que persegue piratas ao largo da Somália, quer que os actos de pirataria sejam julgados num tribunal internacional, indicou hoje o ministro da Defesa.

«A caça aos piratas é um problema internacional e achamos que cabe a um tribunal internacional julgá-los», declarou Soeren Gade.

Revelou que vai «lançar um apelo às Nações Unidas« sobre este assunto. Mas «não se trata», segundo ele, «de criar uma nova jurisdição que seria pesada e cara mas sim estabelecer uma unidade no seio do Tribunal Penal internacional da ONU, por exemplo consagrada à pirataria».

A marinha dinamarquesa foi obrigada o mês passado a libertar dez alegados piratas que havia detido no Golfo de Aden, por falta de provas.

«Sabíamos que eram piratas e tínhamos-lhe confiscado armas e instrumentos de comunicação mas se os tivéssemos levado a tribunal, não teriam sido condenados, porque não foram apanhados em flagrante delito num barco que terão atacado ou estavam prestes a abordar», segundo o ministro.

«Os piratas dos mares são um problema crescente. É difícil pará-los porque não chegam a ir a tribunal», reconheceu o ministro.

«E é frustrante e insatisfatório libertá-los», acrescentou.

Esta situação «não é aceitável« porque os piratas podem assim prosseguir com os seus crimes. É por isso que um tribunal internacional pode ser mais apto a julgar os piratas que apanhamos e que suspeitamos possam passar à acção».

«Poderemos ter uma solução internacional para um problema internacional», defendeu.

O ministro dinamarquês discutiu esta ideia com os seus homólogos da UE durante a sua reunião, quarta e quinta-feira em Deauville (France).

«A Suécia, a Bélgica, Chipre, entre outros apoiaram este projecto», salientou.

Segundo o Gabinete marítimo internacional, pelo menos 55 barcos foram atacados no Golfo de Aden e no Oceano Índico desde Janeiro de 2008 por piratas vindos da Somália, país mergulhado no caos há 17 anos.

Piratas retêm desde 25 de Setembro perto das costas somalis um cargueiro ucraniano carregado de armas, o Faina, e pelo menos três navios estrangeiros dirigiam-se quarta-feira para esta zona, além dos barcos de guerra norte-americanos já no local.

Lusa
Título:
Enviado por: triton em Outubro 02, 2008, 10:27:46 pm
Mas porque é que não não enviam Caças para fazerem a escolta de navios e carregueiros mais importantes?
Título:
Enviado por: komet em Outubro 02, 2008, 11:26:25 pm
Citação de: "triton"
Mas porque é que não não enviam Caças para fazerem a escolta de navios e carregueiros mais importantes?


Pagas tu? Passam por ali milhares de navios por ano... e mesmo assim são uma minoria os que são de facto atacados. Perder um navio é um risco "aceitável", tendo em conta o custo de não o fazer, ou fazê-lo minimamente protegido.
Título:
Enviado por: triton em Outubro 07, 2008, 10:46:59 pm
Será assim tão dispendioso destacar um helicóptero da força aerea para fazer a escolta de um navio?
Título:
Enviado por: komet em Outubro 07, 2008, 11:08:36 pm
Citação de: "triton"
Será assim tão dispendioso destacar um helicóptero da força aerea para fazer a escolta de um navio?


 :lol:
Título:
Enviado por: André em Outubro 07, 2008, 11:28:10 pm
Citação de: "triton"
Será assim tão dispendioso destacar um helicóptero da força aerea para fazer a escolta de um navio?


Ohh Triton com o mundo ocidental em grave crise financeira e preocupado com o Afeganistão, achas que alguém se vai preocupar com mais esse fardo ...  :roll:
Título:
Enviado por: TOMSK em Outubro 07, 2008, 11:56:51 pm
Citar
triton escreveu:
Será assim tão dispendioso destacar um helicóptero da força aerea para fazer a escolta de um navio?
Mas porque é que não não enviam Caças para fazerem a escolta de navios e carregueiros mais importantes?


Este triton às vezes parece que não mora no mesmo mundo que nós... :toto:
Título:
Enviado por: Xô Valente em Outubro 08, 2008, 09:08:58 am
Seria possível um caça fazer escolta a um carguerio?? Se calhar um P-40 a voar devagarinho é capaz de escoltar. :lol:
Título:
Enviado por: raphael em Outubro 08, 2008, 10:18:53 am
Não é necessário meios aéreos para isso... usem submarinos! :twisted:
Título:
Enviado por: TOMSK em Outubro 08, 2008, 10:32:33 am
Nada disso! O que há melhor que o policiamento de proximidade para afastar os criminosos?
Enviem uma fragata para escoltar cada navio  f2x2x que assim é melhor!
Título:
Enviado por: komet em Outubro 08, 2008, 04:47:52 pm
Uma "Operação Mar Verde" nos portos base dos piratas resolveria o problema por uns tempos  :wink:
Título:
Enviado por: Cabecinhas em Outubro 08, 2008, 05:04:39 pm
Citação de: "komet"
Uma "Operação Mar Verde" nos portos base dos piratas resolveria o problema por uns tempos  ys7x9  :lol:
Título:
Enviado por: Kawa em Outubro 09, 2008, 02:30:13 am
A este paso va a haber que "resucitar" los viejos CAM y empezar a meter gente armada en los barcos, eso y empezar a lanzar operaciones de castigo en Somalia, cuando vean que es más arriesgado dedicarse a la piratería que lo que pueden sacar de ella, ya pararán.
Título:
Enviado por: André em Outubro 09, 2008, 11:15:21 pm
NATO vai tentar combater pirataria

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg86.exs.cx%2Fimg86%2F5832%2Fotan.jpg&hash=d444bc282166d7c1cae847c90b25ad42)

A NATO anunciou esta quinta-feira que vai enviar navios de guerra para a costa da Somália, com o objectivo de combater a pirataria.

A decisão foi tomada pelos ministros da Defesa da Aliança Atlântica, numa reunião realizada na Hungria, em que ficou acordado que a força estará pronta para actuar no final deste ano.

Os navios de guerra da NATO irão escoltar embarcações das Nações Unidas com ajuda humanitária, destinada à Somália, onde quase metade da população necessita desta ajuda.

Só no último mês, os piratas sequestraram 33 barcos naquela região, o que levou a uma maior pressão da comunidade internacional para dar resposta a este problema.

Vários países já anunciaram o envio de navios militares para a Somália, para controlar o fenómeno.

TV NET
Título:
Enviado por: typhonman em Outubro 09, 2008, 11:28:39 pm
A NATO que se concentre no Afeganistão e na coesão dos aliados....
Título:
Enviado por: André em Outubro 09, 2008, 11:29:47 pm
Citação de: "Typhonman"
A NATO que se concentre no Afeganistão e na coesão dos aliados....


As marinhas não precisam de ir para o Afeganistão ...  :lol:  :lol:  :lol:  :wink:
Título:
Enviado por: legionario em Outubro 10, 2008, 03:20:27 pm
Eu quando era miudo queria ser pirata, daqueles com pala no olho , papagaio e tudo !

Ainda hoje penso que deve ser uma vida fascinante ;)
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Enviado por: André em Outubro 10, 2008, 03:23:33 pm
Citação de: "legionario"
Eu quando era miudo queria ser pirata, daqueles com pala no olho , papagaio e tudo !

Ainda hoje penso que deve ser uma vida fascinante :shock:  :shock:  :shock:  :shock:  :shock:  :shock:  :shock:  :shock:
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Enviado por: nelson38899 em Outubro 10, 2008, 05:52:28 pm
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The Royal Netherlands Navy is to deploy the De Zeven Provincien-class frigate HrMs De Ruyter to waters off Somalia to escort World Food Programme (WFP) aid ships.

It will replace Canada's Halifax-class frigate HMCS Ville de Québec towards the end of October; the latter began duties as a WFP escort in August following a plea from the UN organisation for protection from pirate attacks.

The Netherlands is the latest country to offer naval assets for anti-piracy duties off Somalia. On October 1, the German government said it would make one of its frigates available for a proposed European Union (EU) naval task group for the area.

European defence ministers meeting in Deauville, France, on 1 October gave their initial support to plans to deploy what will be the EU's first such force. Final approval is expected at a meeting on 10 November.

Consisting of three frigates, a supply ship and three maritime surveillance aircraft, the group is expected to arrive off Somalia by the end of 2008.
http://www.janes.com/news/defence/naval ... _1_n.shtml (http://www.janes.com/news/defence/naval/jni/jni081010_1_n.shtml)


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.kitsune.addr.com%2FRifts%2FRifts-Pre-Rifts-Vehicles%2FZeven_Provincien_Frigate.gif&hash=dee07f92509d1079d33aaaaa471b0d86)
Título:
Enviado por: TOMSK em Outubro 10, 2008, 11:49:41 pm
Citação de: "TOMSK"
Nada disso! O que há melhor que o policiamento de proximidade para afastar os criminosos?
Enviem uma fragata para escoltar cada navio  cax23
Afinal eu tinha razão :banana:
Título:
Enviado por: André em Outubro 23, 2008, 05:56:06 pm
Militares franceses capturam nove piratas no golfo de Áden

A Marinha francesa em missão no golfo de Áden deteve nove piratas somalis em duas embarcações, nas quais apreenderam armamento pesado e material de abordagem.
O Ministério da Defesa francês afirmou em comunicado que os militares entregaram hoje os piratas às autoridades somalis, capturados nas águas internacionais a 100 milhas náuticas (185 quilómetros) do litoral do país africano.

O Departamento de Defesa francês salientou que as autoridades da Somália comprometeram-se a levar os detidos à Justiça e «deram ao Governo francês todas as garantias» de que o tratamento dado a estes prisioneiros será «conforme as convenções internacionais».

No final de Setembro, seis piratas somalis foram transferidos para França para serem julgados pelos militares franceses que os tinham capturado por sequestrar, no início do mesmo mês, um casal de franceses que navegava pela região num veleiro.

Os militares franceses conseguiram libertar o casal, numa operação em que mataram um dos piratas.

Após aquela operação, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, relançou a ideia de uma missão militar internacional, com navios e aviões, para combater a pirataria marítima na costa da Somália.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Outubro 24, 2008, 07:40:56 pm
Três navios da NATO iniciam patrulhas ao largo da Somália

Três navios da NATO começaram a patrulhar as águas ao largo da Somália e no golfo de Aden, em missões de escolta e dissuasão face aos piratas na região, segundo anunciou, hoje, um porta-voz militar.
O contratorpedeiro italiano Durand de la Penne e duas fragatas grega e britânica, Themistocles e Cumberland, "cruzam estas paragens e começaram a desempenhar o seu papel de dissuasão", declarou um oficial do comando naval sul da NATO, em Nápoles, contactado por telefone.

Quanto às missões de escolta, a pedido da ONU, dos navios do Programa Alimentar Mundial (PAM), "serão (feitas) em função dos pedidos", acrescentou.

"Os barcos da NATO farão patrulhas nas rotas marítimas em que o risco de ataque criminoso contra navios mercantes é mais elevado, na aplicação das regras de acompanhamento e em conformidade com as leis internacionais e nacionais" do mar, especificou o quartel-general da NATO em Mons (sul da Bélgica) em comunicado.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Outubro 27, 2008, 06:19:12 pm
Navio da NATO escolta cargueiro com sucesso rumo à Somália

Um navio da NATO escoltou com sucesso um cargueiro em direcção à Somália, na primeira missão de escolta da Aliança Atlântica na região dominada por piratas, anunciou o secretário-geral da NATO, Jaap de Hoop Scheffer.

"Um navio (de guerra) da NATO acaba de escoltar um barco que transportava material" para a missão de manutenção da paz das Nações Unidas na Somália, declarou Jaap de Hoop Scheffer em conferência de imprensa, na companhia do chefe da diplomacia europeia, Javier Solana.

O navio escoltado deverá chegar à doca de um porto da Somália na próxima terça-feira, acrescentou.

Três navios de guerra da NATO - o contratorpedeiro italiano Durand de la Penne e duas fragatas, uma grega (Themistikles) outra britânica (Cumberland) - começaram na última semana a patrulhar ao largo da costa da Somália e no Golfo de Aden, de forma a dissuadir os piratas daquela região.

Mais navios de guerra deverão ainda acompanhar os navios do Programa Alimentar Mundial (PAM), que transportam 30 a 50 mil toneladas de ajuda mensal à Somália. O Canadá, que garantiu esta protecção até à data, deverá ser substituído na próxima quinta-feira pela Holanda.

A União Europeia (UE) anunciou que iria enviar cerca de dez navios para a região, uma estreia da UE englobada no quadro da política europeia de segurança e defesa.

Esta missão naval da UE deveria substituir a NATO em Dezembro próximo.

Cerca de 63 embarções estrangeiras foram atacadas este ano por piratas somalis no Oceano Indíco e no Golfo de Aden, o dobro do balanço em todo o ano de 2007, de acordo com o Departamento Marítimo Internacional.

Lusa
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Enviado por: AMRAAM em Outubro 29, 2008, 01:24:39 pm
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miércoles, 29/10/2008Disuadió a dos lanchas de piratas que iban a asaltar el buque
EL AVIÓN ESPAÑOL P-3 ORIÓN EVITA EL SECUESTRO DE UN PETROLERO EN EL GOLFO DE ADÉN

El avión realizó tres pasadas sobre las embarcaciones hostiles y lanzó botes de humo que hicieron desistir a los piratas de su intento de abordaje

El avión español de patrulla marítima P-3 Orión ha evitado el secuestro de un petrolero en el Golfo de Adén, al disuadir con su actuación a un grupo de piratas a bordo de dos lanchas que se disponían a abordar el buque.

El intento de secuestro se produjo ayer, a 35 millas al sur de la costa de Yemen y 130 millas al norte de la costa de Somalia. La tripulación del P-3 Orión, que se encontraba realizando una misión, a unos 20 minutos de vuelo de su base, recibió una llamada de socorro a través del Servicio Móvil Marítimo.

En dicha llamada, la tripulación de un barco mercante, el petrolero ‘Leander’, de bandera panameña, comunicaba que estaban siendo atacados por dos lanchas de piratas. A su llegada a las proximidades del buque, la tripulación del avión observó que dos embarcaciones tipo ‘skiff’ estaban intentando abordar el buque.

Para disuadir a los piratas, el avión realizó tres pasadas sobre las embarcaciones hostiles y lanzó un bote de humo en cada una de ellas. Tras el tercer lanzamiento, la tripulación del P-3 Orión apreció que las dos lanchas desistieron de su intento de abordaje y se separaron del petrolero.

CONTACTO CON PESQUEROS Y PERIMETRO DE SEGURIDAD

El P-3 Orión, que realiza labores de vigilancia, información y prevención de la piratería frente a las costas somalíes, tiene su base en Yibuti e inició su misión el pasado 21 de septiembre. Desde entonces ha realizado ya más de 237 horas de vuelo. Además, contacta diariamente con los pesqueros españoles para conocer su situación y prevenirles de movimientos sospechosos que puedan suponer algún riesgo de piratería.

Por otro lado, como medida de prevención frente a la piratería, se ha establecido un perímetro de seguridad con respecto a las costas somalíes para detectar cualquier movimiento de los piratas hacia la zona en que se encuentran los atuneros españoles.

Toda la información recogida por el P-3 Orión se traslada permanentemente a la célula de coordinación de la UE con sede en Bruselas y bajo mando del capitán navío español Andrés Breijo. Con la información recibida, dicha célula coordina los medios militares con que cuentan los países de la UE en la zona.

http://www.mde.es/NotasPrensa?id_nodo=4072&accion=1&id_nota=1806

SALUDOS!!
Título:
Enviado por: André em Novembro 02, 2008, 02:02:35 pm
França e Espanha lançam operação contra a pirataria marítima

Os ministros da Defesa de França e Espanha, Hervé Morin e Carme Chacon, respectivamente, abriram caminho este domingo para uma operação militar europeia de luta contra a pirataria marítima, em visita hoje a Djibuti.

Os dois ministros assinaram uma declaração de intenção bilateral que prevê que a França coloque a sua base militar em Djibuti à disposição da Espanha.

Este é o marco zero da operação que deve ainda ser confirmada a 10 de Novembro, durante um Conselho formal dos ministros da Defesa da União Europeia em Bruxelas, declarou Morin.

O ministro da Defesa francês lembrou que França e Espanha tomaram no início de Agosto a iniciativa de propor aos seus parceiros da UE uma operação para toda a Europa da defesa, para proteger o conjunto do tráfego marítimo no Golfo de Adenm.

Cerca de 16.000 navios passam a cada ano no corredor de navegação deste ponto estratégico, por onde também circulam 3,5 milhões de barris de petróleo a cada dia, lembrou.

Morin também confirmou que esta operação seria colocada sob comando britânico, com um «magnífico símbolo para a Europa da defesa».

Lusa
Título:
Enviado por: Vicente de Lisboa em Novembro 08, 2008, 05:39:53 pm
Pergunta:

Portugal aparentemente participou na CTF 150 (http://http) que pretende combater a pirataria na Somalia. Alguém me sabe dizer com que meios o fez?

Obrigado!
Título:
Enviado por: LM em Novembro 13, 2008, 11:03:51 am
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Navy shoots pirate suspects dead

The Royal Navy has repelled a pirate attack on a Danish cargo-ship off the coast of Yemen, shooting dead two men believed to be Somali pirates.

The Ministry of Defence (MoD) confirmed the incident took place on Tuesday, when HMS Cumberland crew members tried to board a traditional wooden dhow.

The Yemeni-flagged vessel was identified as having been involved in an earlier attack on the Danish ship

An MoD spokesman said the pirates were shot in self-defence.

After initial attempts to stop the dhow failed, the Royal Navy launched sea boats to encircle the vessel.

The British seamen were fired on and shot back before the dhow was boarded and its crew surrendered.

Third death

An MoD Spokesman said: "Two foreign nationals, believed to be Somali pirates, were shot and killed in self-defence.

"A Yemeni national was also found injured and later died, despite receiving emergency treatment from the ship's doctor.

"It is unclear whether his injuries were as a result of the fire-fight or a previous incident involving the pirates."

A post-shooting investigation is being carried out, the spokesman added.

Details of the incident emerged when Russian navy spokesman Igor Dygalo revealed the frigate Neustrashimy (Fearless), from its Baltic Sea Fleet, had also tried to rescue the Danish vessel MV Powerful.  
HMS Cumberland is taking part in Nato anti-piracy operations

He said the two warships repelled the attempted raid after the pirates fired weapons at the Danish ship and twice tried to board it.

There has been a rise in attacks on merchant shipping and aid shipments in the area.

The boarding took place 60 nautical miles south of the Yemeni coast, inside the Maritime Security Patrol Area.

The MoD said the boarding operation was conducted "in accordance with UK Rules of Engagement".

Pirates have been causing havoc in one of the world's busiest shipping areas, making the waters off the Horn of Africa some of the world's most dangerous.

The pirates prey on one of the world's key shipping routes, which leads to the Suez Canal, the transit point for up to a third of the world's oil.

Rocket grenades

Pirates have hijacked more than 30 ships so far this year, twice as many as last year, with the ransoms paid to them by governments or ship-owners far higher than in previous years.

The pirates are equipped with speedboats and armed with automatic weapons and rocket-propelled grenades.

They have taken millions of dollars in ransoms and their actions have led to a hike in insurance costs for shipping and threatened humanitarian supplies.

A Turkish-flagged tanker with a 14-man crew became the latest victim of the pirates when it was hijacked off Yemen on Wednesday, according to the Anatolia news agency.

Last month, a maritime watchdog said that Somali pirates were responsible for nearly a third of all reported attacks on ships.



 :arrow: BBC News 12 November 2008
 (http://http)
Título: Indian warship fends off pirate attack
Enviado por: LM em Novembro 19, 2008, 10:27:32 am
:arrow: Outro artigo interessante: All at sea (http://http)
Título:
Enviado por: dremanu em Novembro 19, 2008, 04:34:15 pm
Mapa dos principaís pontos de pirataria

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ffarm4.static.flickr.com%2F3150%2F3041309162_6658e6d5df_o.jpg&hash=4333fcbcc70984aea008c27c151c4a11)


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ffarm4.static.flickr.com%2F3032%2F3040468875_63d2d46326_o.jpg&hash=8154e3282a883d7a6e64d1b8467dd6fe)


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ffarm4.static.flickr.com%2F3033%2F3041309144_3461a99119_o.jpg&hash=6ee6e100f69d1f273b41c9597954f87b)

É pena que Portugal não tenha um base militar em Moçambique para ajudar a combater a pirataria em mar alto, seria uma oportunidade boa para a marinha ganhar prática de luta.
Título:
Enviado por: nelson38899 em Novembro 19, 2008, 05:35:13 pm
e euros para isso???? Não se lembra o que aconteceu quando enviamos a Vasco da gama para a Guiné??
Título:
Enviado por: LM em Novembro 19, 2008, 06:24:00 pm
Este problema resolve-se em terra (com um Governo...) e no mar com NPO/OPV, não com fragatas tipo VdG com custos operativos muito altos e poucas unidades disponiveis.

Artigo a verificar: Os Navios de Patrulha Oceânica e os conflitos assimétricos no Mar (http://http)

E não necessitamos de uma base "nossa", basta facilidades concedidas pelas autoridades locais (excelente cooperação em Cabo Verde durante a crise da Guiné-BIssau, por exemplo).
Título:
Enviado por: emarques em Novembro 19, 2008, 11:17:17 pm
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The pirates opened fire, threatening to blow up the warship, however the INS Tabar retaliated

A parte sublinhada é linda. Estão numa traineira, um navio de guerra começa a fazer-lhes perguntas, e eles não estão com meias medidas, é logo "deixem-nos em paz ou rebentamos convosco", e começam aos tiros...  :lol:
Título:
Enviado por: Feinwerkbau em Novembro 20, 2008, 08:28:54 am
uma 0.50 nas asas da ponte pode fazer milagres numa traineira  :D
Título:
Enviado por: Upham em Novembro 20, 2008, 10:49:27 am
Bom dia!

E uma peça de artilharia rebocada "clássica" fixa no convés??????(aparafusada ou segura com cabos de aço naquelas peças cujo nome desconheço e que servem para amarrar cabos)

Bem sei que pode parecer um disparate, mas por vezes estas soluções de improviso e relativamente simples até podem ser funcionais e causar surpresas, para alem de que material deste tipo de origem soviética não deva faltar naquela área.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Feinwerkbau em Novembro 20, 2008, 11:21:05 am
com tanta peça de artilharia naval disponivel pra que raio se ia montar um peça terrestre num navio??  :shock:

falei na 0.50 porque é uma metralhadora fácil de montar e desmontar, barata e com grande poder destrutivo.....
Título:
Enviado por: LM em Novembro 20, 2008, 11:43:46 am
Citação de: "Feinwerkbau"
uma 0.50 nas asas da ponte pode fazer milagres numa traineira  :D

(...)
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Once they had located and approached it, though, Newton says, the Sirius Star would have been considered "pretty much a risk-free operation" by the pirates. First, he says, the crew would not have put up a fight. "Maybe a European professional crew might have tried, but the pirates know full well that a civilian crew from the Philippines, from Russia or Croatia will not really resist. They'd be the first to admit that they are only there because they can earn more money at sea than they can at home; they'll have little or no appetite for a struggle."

Nor, even if the crew of a supertanker was attempting to guard against a pirate attack, could it actually do so. The Sirius Star, with its crew of 25, would have probably six deckhands, Newton points out. "Assuming one guy can be expected to survey maybe a 100-metre stretch of deck, on a carrier the size of this your entire deck crew would be permanently engaged in looking out for a possible attack," he says. "That's plainly impractical."

The suggestion, floated in the wake of the latest hijacking, that crews might in future be armed is equally unworkable, Newton argues. "Carrying weapons is very, very problematic. If I'm on board ship I'm bound by exactly the same rules and laws as you are in an office in London. We can't carry knives or any other kind of weapon. The problem is, if you're an armed security guard on land you're not going to find yourself in a different country in a few weeks' time. Can you imagine a merchant ship arriving in a foreign port with half its crew armed to the teeth? It's just not going to happen."


All at Sea (http://http)
Título:
Enviado por: LM em Novembro 20, 2008, 12:27:09 pm
guardian.co.uk November 20 2008 (http://http)

British warship to lead EU armada into Gulf of Aden

Britain is to lead an armada of EU warships to the Gulf of Aden next month to tackle the escalating problem of piracy, in a mission expected to last 12 months.

The naval fleet, under UK command, would "disrupt and tackle the scourge of piracy", foreign secretary David Miliband said yesterday on a visit to Beirut. Piracy threatened trade and prosperity, he added.

EU military planners this week drew up a mandate, including rules of engagement for the use of force, for the mission at a meeting at Northwood, Britain's joint operations centre in north-west London. Plans for the EU fleet, led by HMS Northumberland and known as Operation Atalanta, are due to be formally agreed early next month, European defence officials said yesterday.

The EU fleet, originally proposed to escort boats carrying food aid to Somalia, should include ships from 10 countries.

Nato military chiefs, meeting in Brussels yesterday, indicated that a coordinated worldwide response was required to deal with piracy amid a plethora of proposals about how to deal with the problem.

Russia yesterday came up with its own proposal - land operations against the bases of Somali pirates.

Dmitry Rogozin, Russia's ambassador to Nato, said the view of Russian experts was that naval action alone, even involving the large fleet of a powerful nation, would not be enough to defeat the pirates, given Somalia's geo-strategic position.

"So it is up to Nato, the EU and other major stakeholders to conduct not a sea operation, but in fact a land coastal operation to eradicate the bases of pirates on the ground," he said. "Because we all know ... they have their bases on the ground and of course those actions should be coordinated with Russia," Rogozin said, without making clear whether he envisaged Russian involvement in any operation.

Allied chiefs of staff, meeting in Nato's military committee which devoted most of its time to the conflict in Pakistan, said piracy must be tackled as a long-term problem involving other international organisations, including the UN, a Nato military spokesman said.

Most European countries take the view that piracy is intrinsically linked to the economic and political crisis in Somalia, a failed state. They do not, however, believe that al-Qaida is involved in any of the piracy incidents.

Nato has four ships patrolling the waters off Somalia, with two protecting UN food aid convoys. That mission, Nato's first against pirates, ends next month when the EU operation, called Atalanta, starts.

"The EU presence will be bigger and more designed for the mission," James Appathurai, the chief Nato spokesman, was reported as saying yesterday.

The recent increase in pirate attacks is not only a reflection of Somalia's chronic instability, it is symptomatic of an unstable region, a report for Chatham House, the foreign affairs thinktank, says today.

The report, Yemen: Fear of Failure, says future instability in Somalia had the potential to expand a lawless zone stretching from northern Kenya, through Somalia and the Gulf of Aden, to Saudi Arabia.
Título:
Enviado por: Upham em Novembro 20, 2008, 12:40:28 pm
Citação de: "Feinwerkbau"
com tanta peça de artilharia naval disponivel pra que raio se ia montar um peça terrestre num navio??  :shock:

falei na 0.50 porque é uma metralhadora fácil de montar e desmontar, barata e com grande poder destrutivo.....


Boa tarde!

Não houve qualquer intenção de ironia no meu post, Feinwerkbau.

Apenas me ocorreu que, com o nivel de organização que os piratas já demonstram, com um navio (traineira) de apoio, com ataques a várias centenas de milhas da costa e com o atrevimento frente a navios de combate, algum pirata mais "engenhoso" pense que uma 0.50 é pouco e que com uma peça de 122 mm (por exemplo) ou qualquer outra de calibre menor teria mais hipoteses, apesar das óbvias complicações  e limitações da instalação de um equipamento desse tipo.

Cordiais saudações
Título:
Enviado por: AC em Novembro 20, 2008, 03:39:50 pm
Perdoem-me o off-topic:
1. A Alemanha em tempos experimentou instalar uma torre do PzH 2000 (155) mm numa corveta. Contudo, tiveram o problema clássico: o Sal é tramado.

2. Estabilização e direcção de tiro são importantes.
Título:
Enviado por: Feinwerkbau em Novembro 21, 2008, 01:19:18 pm
falava da 0.50 num navio de guerra, tipo os nossos NPO que dizem que estão mal armados...

nunca me passou pela cabeça armar um tripulação civil...
Título:
Enviado por: Upham em Novembro 21, 2008, 02:44:14 pm
Citação de: "Feinwerkbau"
falava da 0.50 num navio de guerra, tipo os nossos NPO que dizem que estão mal armados...

nunca me passou pela cabeça armar um tripulação civil...


Boa tarde! :)

Tratou-se de um mal entendido. Aquilo a que me referi mesmo era que a piratagem aumentasse o nivel de armamento nos navios de que dispõe. E já mostraram que são bons a "adquirir" novos navios, ainda há poucos dias "adquiriram" um de 300.000 toneladas, mas o mais preocupante mesmo é o destino da carga (armamento variado) de um navio ucraniano desviado há umas semanas.

Quanto a "armar" uma tripulação civil, lembro-me de há uns dias ter visto de relance no DN (no metro não tive tempo de ler muito mais) uma notícia relativa a armadores contratarem uma "empresa de segurança" presente no Iraque defender navios civis. Tenho que ler com mais atenção.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: André em Novembro 28, 2008, 11:55:55 pm
Canal do Panamá preocupado com a pirataria nas costas da Somália

O aumento da pirataria nas costas da Somália preocupa as autoridades do Canal do Panamá pelas suas consequências no comércio marítimo internacional, afirmou hoje a administração da via inter-oceânica panamiana.

O administrador da Autoridade do Canal de Panamá (ACP), Alberto Aleman Zubieta, depois de informar a Assembleia nacional sobre as obras de ampliação naquela via, disse à imprensa que a entidade do Canal segue com atenção a situação no Oceano Índico, onde se registam actualmente cerca de quatro assaltos por dia.

Embora os ataques a navios mercantes que navegam no Mar Vermelho e no Oceano Índico não afectem directamente o tráfego da carga por aquela via panamiana, Aleman salienta a preocupação que suscita no comércio marítimo mundial.

O administrador do Canal apoiou o apelo feito recentemente pelo embaixador panamiano na ONU, Ricardo Alberto Arias, que defendeu a adopção urgente de medidas que travem a pirataria, uma actividade anacrónica que se supunha ultrapassada.

Os mais de 8.000 navios de bandeira panamiana também estão debaixo dessa ameaça, advertiu.

Panamá encabeça o Registro Internacional de Navios e Tonelagem Bruta (TRB) a 31 de Outubro de 2008 com 8.159 embarcações e mais de 180 milhões de toneladas, respectivamente, segundo dados oficiais.

De acordo com Alemán, esta situação tem de ser abordada "com seriedade" no seio do Conselho de Segurança da ONU e na Organização Marítima Internacional (OMI).

Segundo a Agência Marítima Internacional, com sede em Kuala Lumpur, desde Janeiro de 2008 ocorreram 95 ataques piratas na zona e, em 39 casos, os assaltantes sequestraram o navio, números que apontam para um aumento deste delito.

A NATO concordou o mês passado em enviar navios de guerra para as águas próximas da Somália, em continua guerra civil, a fim de proteger os barcos que levam para esse país ajuda humanitária do Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas, numa operação coordenada com a União Europeia (UE).

Ainda hoje, piratas somalis apoderaram-se de um navio-cisterna que transporta químicos no Golfo de Aden e um canhoneira da NATO, que chegou demasiado atrasada para impedir o sequestro, resgatou três guardas da segurança, dois dos quais britânicos, que saltaram para o mar.

Lusa
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Enviado por: André em Dezembro 21, 2008, 01:28:25 pm
China envia três navios de guerra para águas da Somália

A China anunciou sábado o envio de três navios de guerra para o Golfo de Aden para combater a pirataria marítima ao largo da Somália, avançou a agência noticiosa chinesa Nova China.

Nos últimos meses, vários navios chineses foram atacados nas águas da Somália, em actos de pirataria que têm visado embarcações de várias nacionalidades e que, em muitos casos, culminaram com o sequestro das tripulações e pedidos de resgate.

O porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Liu Jianchao, declarou que as embarcações, duas fragatas e um navio de abastecimento, partirão a 26 de Dezembro para se juntarem à frota internacional que patrulha as águas da Somália e o Golfo de Aden.

«A nossa principal missão consistirá em zelar pela segurança dos navios e das tripulações chinesas, bem como dos barcos que transportam ajuda humanitária para organizações internacionais como o Programa Alimentar Mundial, das Nações Unidas», adiantou Liu Jianchao.

Os navios chineses cumprirão estritamente as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e as leis internacionais, garantiu o mesmo responsável.

Na sexta-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução a autorizar, pelo prazo de um ano, operações internacionais no território da Somália.

A resolução determina que os Estados associados na luta contra este flagelo «dispõem de todas as garantias necessárias na Somália para impedirem de agir aqueles que utilizam o seu território para preparar, facilitar ou organizar os actos pirataria de mar».

Na quarta-feira passada um navio chinês foi atacado ao amanhecer, mas a tripulação conseguiu aguentar os piratas até à chegada das forças da coligação, que conseguiram travar o ataque.

De acordo com o porta-voz, sete navios pertencentes a companhias chinesas, com tripulações chinesas, ou com cargas provenientes da China foram atacados pelos piratas no Golfo de Aden desde Janeiro deste ano.

Pelo menos 108 navios foram atacados naquela zona por piratas desde o início do ano e 42 foram capturados, segundo dados da Agência Marítima Internacional.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Janeiro 02, 2009, 11:32:04 pm
Navio militar dinamarquês socorre cargueiro atacado

Um navio militar dinamarquês em missão contra a pirataria socorreu hoje um cargueiro holandês atacado por piratas no Golfo de Aden, anunciou a Marinha dinamarquesa.

O navio dinamarquês, o Absalon, recebeu durante a manhã um pedido de socorro do cargueiro registado nas Antilhas, atacado por cinco piratas que estavam a bordo de uma embarcação rápida.

«O Absalon enviou imediatamente um helicóptero armado para a zona e o helicóptero disparou tiros de aviso perto dos piratas para os obrigar a cessar o ataque», declarou a Marinha dinamarquesa, em comunicado.

«O navio de comércio holandês disparou projécteis de alarme sobre o barco dos piratas, que se incendiou. Os piratas saltaram para a água e foram socorridos por membros da tripulação do Absalon», acrescentou a Marinha.

O Absalon afundou depois o barco piratas em chamas, «para que ele deixasse de constituir uma ameaça para as actividades marítimas civis na região», indicou a Marinha.

Os piratas socorridos permanecerão a bordo do Absalon até a Marinha decidir o que fazer com eles, acrescenta o comunicado.

A Dinamarca assumiu em Setembro o comando da Task Force 150, uma força internacional que persegue os piratas e traficantes de armas somalis no Norte do Oceano Índico.

Em 2008, ocorreram mais de 100 ataques de piratas ao largo das costas da Somália.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Janeiro 05, 2009, 12:51:08 am
Navio de guerra francês impede novos ataques de piratas

Um navio de guerra francês impediu, este domingo, no Golfo de Aden dois novos ataques de piratas contra cargueiros, um croata e outro panamiano, e 19 piratas somalis foram detidos, anunciou o Eliseu.
«Três dias depois de um navio de guerra lançar um ataque contra um cargueiro panamiano, a fragata Jean de Vienne, da Marinha nacional (francesa)», efectuou uma «acção determinante» para se «opor a dois novos ataques», refere um comunicado da presidência francesa.

Um visava o cargueiro croata Donat, o outro o navio panamiano Vulturnus, que navegavam no Golfo de Aden, acrescenta o comunicado do Ministério da Defesa.

O documento refere ainda que os 19 piratas somalis detidos possuíam armas de guerra, munições e material de abordagem e vão ser entregues às autoridades somalis.

Segundo o ministério, foram também capturados duas carabinas, dois lança-rockets, dois "rockets" e mais de 1.000 litros de gasolina.

O presidente Nicolas Sarkozy já enviou felicitações à equipa da fragata Jean de Vienne, e congratulou-se com os primeiros sucessos tangíveis registados na luta contra a pirataria, ao mesmo tempo que desejou que a mobilização internacional se «alargue agora para erradicar este flagelo do Golfo de Aden e das costas somalis», acrescenta o comunicado.  

TSF
Título:
Enviado por: André em Janeiro 09, 2009, 02:00:13 pm
Piratas somalis anunciam libertação do petroleiro saudita

O superpetroleiro saudita «Sirius Star», capturado a 15 de Novembro passado no Oceano Índico por piratas somalis com toda a sua tripulação e dois milhões de barris de petróleo, foi libertado esta sexta-feira, informou o chefe dos sequestradores.

«O Sirius Star está livre, a tripulação está livre», declarou Mohamed Said a partir do porto de Harardhere, a norte da capital somali Mogadíscio.

Os piratas exigiam como resgate do superpetroleiro 25 milhões de dólares. Ainda não se sabe se essa quantia foi efectivamente paga aos sequestradores.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Janeiro 12, 2009, 07:39:59 am
:arrow:  Marinha portuguesa vai combater Pirataria

A aventura começa ainda este mês. Um navio e almirante portugueses ao comando de uma força da OTAN, numa longa e complexa missão - enfrentar piratas e fazer a Aliança Atlântica passar em mares nunca antes navegados.

Quando, no dia 17, a fragata "Álvares Cabral" zarpar da Base Naval do Alfeite, a OTAN inicia aquela que vai ser uma das suas mais importantes missões, a mais longa viagem operacional fora da sua área tradicional de responsabilidade, rumo ao Índico, um exibir de bandeira que vai chegar à Índia, Paquistão e Austrália, associado à necessidade de pacificar as águas que medeiam o Corno de África, assediadas pelos ataques dos piratas.

A força, designada por Standing NATO Maritim Group (SNMG) é constituída por oito navios de outros tantos Estados da Aliança, Portugal, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Noruega e Dinamarca e sucede à antiga STANVFORLANT. Ao comando vai estar o contra-almirante Pereira da Cunha, que curiosamente embarcou nos anos 90 sob o comando do então contra-almirante Reis Rodrigues, o primeiro oficial português a comandar a STANAVFORANT.

E uma das principais missões passa pelo trazer da estabilidade às águas que medeiam o Corno de África, como aponta, em declarações ao JN, o contra-almirante Pereira da Cunha, ameaçadas pela pirataria. "Há vários grupos de piratas a actuar, mas há três principais identificados a actuar", aponta o oficial português.

Até à chegada à região, prevista em Março, a força vai ser sujeita a um conjunto de exercícios para enfrentar a ameaça dos piratas, uma novidade plena para fragatas e destroyeres da SNMG.

O alvo dos modernos piratas é a navegação comercial, com raptos de tripulações e sequestro de navios, para conseguir o resgate, e as últimas informações dão conta de 15 navios e guarnições sequestrados.

A missão da SNMG é manter os corredores de navegação abertos e garantir a segurança da navegação, mas não estão previstas acções em terra, se bem que a actividade dos piratas esteja identificada, assim como os pontos de origem, vilas piscatórias ao longo da costa da Somália. Há, pois, o risco de que logo que a força da OTAN deixe a zona ou a força da União Europeia na região termine o mandato - acaba no final do ano -, o problema volte a surgir em força. Os navios mercantes têm usado todos o meios legais - estão proibidos de usar armas - para combater as embarcações de piratas, desde o lançamento de objectos pesados, óleo de máquinas até ao disparo de pistolas de sinais luminosos.

Pereira da Cunha não acredita que os piratas, armados com armas ligeiras e roquetes, queiram fazer frente aos navios da OTAN. "Normalmente rendem-se ou fogem", mas estão preparados para tudo, inclusive para abordar as embarcações piratas.

JN
Título:
Enviado por: André em Fevereiro 05, 2009, 06:48:03 pm
Piratas libertam navio carregado de tanques T-72

Piratas da Somália que tinham sequestrado no ano passado um navio ucraniano carregado com 33 tanques T-72, lança-foguetes e outras armas abandonaram hoje a embarcação.

Os donos do navio MV Faina terão supostamente pago aos piratas um resgate 3,2 milhões de dólares na quarta-feira, depois de meses de negociações.

A Presidência da Ucrânia disse em comunicado que os 20 tripulantes do navio estão seguros e de saúde, e o MV Faina agora está protegido pela Marinha americana.

Os piratas invadiram a embarcação a 25 de Setembro, quando o navio ucraniano seguia para o porto de Mombasa, no Quénia.

Desde então o MV Faina ficou ancorado na cidade somali de Harardhere, juntamente com outros navios que foram tomados pelos piratas.

O destino do carregamento ainda está a ser discutido.

O governo do Quénia reivindica ser o dono das armas, mas os documentos do navio sugerem que o destino final das armas era o sul do Sudão.

O Quénia ajudou a fechar o acordo que acabou com a guerra civil entre o sul do Sudão e o governo em 2005.

Lusa
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Enviado por: André em Fevereiro 27, 2009, 07:50:50 pm
Missão comandada por Portugal chega à Somália no fim de Março


A NATO alterou a missão da sua força naval permanente, comandada por Portugal, definindo uma intervenção no combate à pirataria na Somália a partir do final de Março, disse à Lusa o Estado-Maior General das Forças Armadas.

"O Conselho do Atlântico Norte, a parte política da NATO, aprovou uma alteração da missão, havia só um trânsito na zona da Somália e agora vai haver uma actuação [contra a pirataria] durante algum tempo", disse hoje à Lusa o porta-voz do chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), o comandante Ramos de Oliveira.

Segundo o comandante, depois desta decisão há que proceder a uma fase de "enquadramento em termos legais da actuação" contra a pirataria, sendo também necessário "coordenar a actuação" com todos os intervenientes que estão actualmente naquele ponto do globo.

"Há que coordenar meios e aspectos legais para a actuação da força", disse.

No final de 2008, a União Europeia lançou uma missão naval de combate à pirataria na zona do Corno de África, que conta com a participação de um oficial português.

O DN adiantou hoje que a força naval permanente da NATO "já recebeu autorização formal para ficar cerca de quarenta dias no golfo de Adem a combater a pirataria". O jornal diz ainda que esta missão "recém-aprovada prolonga-se até meados de Maio".

A fragata "Álvares Cabral" da Marinha Portuguesa assumiu o comando da força naval permanente da Aliança Atlântica - o Standing NATO Maritime Group One (SNMG1) - no final de Janeiro, indo liderar a "Operação Pérola", inicialmente apenas de patrulhamento marítimo no sudoeste asiático, passando em países com a Índia, o Paquistão e a Austrália.

"Dentro de uma a duas semanas teremos mais dados", garantiu Ramos de Oliveira, dizendo que por enquanto não há qualquer previsão sobre o tempo que os oito navios comandados por Portugal poderão actuar.

"Sabemos que o período há-de ser maior do que aquele que estava previsto em termos de passagem, vai depender dos portos que ficarem definidos para esta missão", referiu o militar, acrescentando que esta intervenção na costa somali poderá dividir-se em duas que terão lugar em alturas diferentes.

A fragata portuguesa é constituída por mais de 150 militares e tem ainda um helicóptero "Lynx" integrado.

Lusa
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Enviado por: LM em Março 19, 2009, 10:54:17 pm
The latest ONI Worldwide Threat to Shipping Report (to 18 March 09) can be found here (http://http). Highlights:

3.  GULF OF ADEN:  NATO ships in new anti-piracy mission off Somalia, 11 Mar 09. NATO warships will be in position next week to conduct a new anti-piracy operation in a majorworld shipping area off the coast of Somalia, the alliance's chief spokesman, James Appathuraisaid Wednesday. He said that seven ships -- one each from the United States, Canada, theNetherlands, Portugal, and Spain, with two vessels from Germany -- would exit the Suez Canalon March 19. "They will be there for about one month, and then they will go on and do portvisits, and come back and near the end of June conduct about two more weeks of counter-piracyoperations," Appathurai said. The operation has been dubbed "Allied Protector" (AFP).

***G.  WEST AFRICA:.     1.  NIGERIA:  Oil station attacked 16 Mar 09 at Nembe in Bayelsa State.  Suspected armedmilitants in five gunboats attacked an oil flow station, operated by Royal Dutch Shell, accordingto a military spokesman.  There was no damage to the oil station, and no injuries reported(Reuters)..     2.  NIGERIA:  Passenger boats attacked, women abducted 14 Mar 09 while underway fromBonny Island to Part Harcourt.  According to a Nigerian military spokesman, gunmen attackedtwo passenger boats, forcing the men to jump overboard.  They then abducted at least fivewomen and brutally raped and tortured them.  The women were later rescued by the Nigerianmilitary after receiving a distress call (BBC, LM: Afriquejet)..     3.  NIGERIA:  Tanker boarded 11 Mar 09 at 0252 UTC while anchored in position 06:19N –003:25E, Lagos anchorage.  Men armed with guns, knives, and iron rods boarded the vessel andassaulted the crew.  The captain and another crew member were seriously injured.  The captainreceived medical treatment onboard while the other injured crew member was sent ashore formedical treatment.  The vessel weighed anchor and proceeded away from port.  A full report andmore details are awaited from the owners (IMB)..     4.  NIGERIA:  Ferry hijacked, passengers kidnapped 4 Mar 09 midday local time whileunderway near the Bonny Island gas terminal at Dutch Island Creek.  While transiting from PortHarcourt to Bonny Island, the ferry was hijacked by gunmen, who then robbed all the passengersof their valuables.  The passengers were later released along a mangrove at a creek.  However,the vessel’s boat driver and conductor were still held onboard.  No injuries to the releasedpassengers were reported.  No group has claimed responsibility for the hijacking (AFP, Reuters)..     5.  NIGERIA:  Tanker fired upon 22 Feb 09 at 2340 UTC while underway in position 03:59N– 006:46E, 40NM southwest of Bonny Island Port Facility.  Five men armed with automaticguns in a high-speed boat and two men in a fishing boat approached the vessel underway.  Theyopened fire at the bridge and attempted to board.  The master raised the alarm, increased speedand took evasive maneuvers.  Due to the evasive maneuvering, the gunmen aborted the attack(IMB)..     6.  CAMEROON:  Vessel (SIL TIDE) attacked, crewmembers kidnapped 14 Mar 09 whileunderway approximately 8NM off the coast of Bakassi, on the Nigeria-Cameroon border. According to security officials, approximately 30 gunmen in speedboats attacked the vessel earlymorning.  Around five shots were fired and six men were taken as hostages.  All six hostageswere released two days later (AFP, LM: AfricaNews).

***H.  INDIAN OCEAN-EAST AFRICA:.     1.  BAB-EL-MANDEB:  Vessel reported suspicious approach 16 Mar 09 at 1505 UTC whileunderway in position 12:33N – 043:25E.  Five men in two speed boats armed with gunsapproached the vessel from the port bow.  The captain conducted evasive maneuvers whilereporting the incident on VHF Ch. 16, but received no reply.  The speed boats abandoned theirpursuit after 10 minutes (Operator, IMB)..     2.  GULF OF ADEN:  Cargo vessel (DIAMOND FALCON) fired upon 14 Mar 09 at 0629UTC while underway in position 13:42N – 049:19E, approximately 50NM southeast of AlMukalla, Yemen.  Two skiffs with men onboard armed with automatic weapons and RPGs firedupon the vessel.  The captain conducted evasive maneuvers and counter-piracy measures while aTurkish warship nearby dispatched two helicopters to provide assistance along with a Danishwarship.  The men in the two skiffs fled the scene after the warships’ arrival, but no arrests weremade. The vessel escaped but reported 40-45 shots around the bridge with minimal damage.  Noinjuries to the crew were reported (Operator, AFP).

***     4.  GULF OF ADEN:  Vessel reported suspicious approach 11 Mar 09 at 0520 UTC whileunderway in position 13:16N – 049:44E.  A suspicious boat was sighted drifting at 5 milesdistance on the starboard beam.  The vessel continued its transit, and the distanced to thesuspicious boat was reduced to less than 2 miles.  The boat had a white hull with one woodenmast in the center, with five to six men onboard.  The boat then began moving towards thevessel, increasing speed.  The captain began conducting evasive maneuvers and called nearbywarships via VHF Ch. 16.  The general alarm was sounded and the crew mustered.  Atapproximately 1 mile away, the boat reversed course and then began drifting again.  Ten minuteslater, two coalition warships arrived.  The warships contacted the vessel and instructed them toproceed with full speed (Operator, IMB).

***.     14.  INDIAN OCEAN:  Iranian dhow reported hijacked on 16 Mar 09 while underway nearthe northern Puntland region of Somalia.  According to sources, Somali villagers seized thedhow for reportedly fishing illegally without the permission of the Puntland Administration. Further information is pending (PRESS TV)..     15.  INDIAN OCEAN:  Vessel reported suspicious approach 13 Mar 09 at 0713 UTC whileunderway in position 07:11N – 058:50E.  The vessel reported being chased by one speed boatwith six men onboard armed with AK-47s.  The master conducted evasive maneuvers and themen in the skiff eventually abandoned their pursuit (Operator, IMB)..     16.  INDIAN OCEAN:  Vessel fired upon 11 March 09 at 2240 UTC while underway inposition 04:02S - 046:33E, approximately 410 NM east of Mombasa, Kenya.  One white skiffwith an unknown number of assailants came within 100 meters of the vessel and fired machineguns and rocket propelled grenade.  A second larger boat was observed in the vicinity.  The alertmariners took appropriate anti-piracy measures and escaped but sustained minor damage to thevessel and one crewmember was injured (IMB)..     17.  INDIAN OCEAN:  Bulk carrier fired upon 10 Mar 09 at 0500 UTC while underway inposition 08:06N – 059:11E.  Four men in a light blue boat approached the vessel armed withautomatic rifles and began firing shots toward the starboard superstructure.  The vesselconducted evasive maneuvers and managed to escape. The captain sustained minor gunshotwounds.  The incident was reported to UKMTO (Operator, IMB)..     18.  INDIAN OCEAN:  Bulk carrier (SHANGHAI VENTURE) fired upon 9 Mar 09 at 1751UTC while underway in position 08:01N – 058:43E.  The duty officer onboard noticed one speedboat approaching from 1.5NM away at a speed of approximately 17kts.  The captain alerted thecrew who mustered at the bridge and engine room.  All watertight doors were closed from theinside.  Water pumps were used to refill the ballast tanks at the same time to cause the water tooverflow from both sides of the main deck.  The vessel increased to maximum speed.  The armedpirates started shooting from the port quarter and attempted to board.  All lights on the vesselwere turned off and evasive maneuvers were conducted.  The pirates then attempted to board asecond time by shooting at the bridge with machine guns.  The vessel conducted evasivemaneuvers again and were able to prevent the pirates from boarding.  The pirate skiff then stayedback in the stern wave and stopped chasing the vessel, but the crew remained alert during thistime.  Approximately one hour later, they were aware of the speed boat chasing them again, at3.5NM away with a speed of 17kts.  The pirates attempted to board the vessel for a third time,but the vessel conducted evasive maneuvers as before and managed to escape.  The speed boateventually stopped its pursuit.  The speed boat was identified as grey colored and 5-7 meters inlength.  No crewmembers were injured during the attack, but the bridge window was broken and91 bullet marks were found, with some bullets passing through the plate. ONI Comment: Attacks during the night are rare, but the moon phase was in a waxing gibbous at a near 100%illumination with minimal cloud cover, making night time operations more favorable (Operator,IMB, LL).

Fonte (http://http)
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Enviado por: André em Março 27, 2009, 12:25:49 pm
Piratas somalis sequestram dois navios-cisternas em 24 horas


Piratas armados com metralhadoras sequestraram hoje um navio-cisterna químico norueguês ao largo da costa da Somália, num ataque que ocorre a menos de 24 horas do sequestro de um navio grego, mais pequeno, na mesma área.
A V Esquadra norte-americana, que patrulha o Golfo de Aden, infestado de piratas, confirmou os dois sequestros e disse que eles ocorreram na mesma área mas em pontos diferentes do Golfo, uma das vias marítimas mais movimentadas e traiçoeiras do mundo.

O navio-cisterna norueguês Bow Asir de 23 mil toneladas foi sequestrado a 400 quilómetros ao largo da costa somali hoje de manhã e o grego Nipayia de nove mil toneladas e com 19 tripulantes foi apresado a 720 quilómetros ao largo da Somália quarta-feira à tarde, disse o porta-voz militar da União Europeia.

Ambas as embarcações são navios-cisternas químicos mas a sua carga ainda não foi divulgada.

A comandante Jane Campbell da V Esquadra norte-americana disse que os dois sequestros tiveram lugar numa vasta extensão do Oceano Índico de mais de 1.9 milhões de quilómetros quadrados.

«Esta actividade mostra a complexidade de se querer tentar controlar uma área desta dimensão», disse.

Campbell disse também que os piratas tentaram sequestrar sem sucesso uma outra embarcação de bandeira panamiana na quarta-feira.

A associação de proprietários de navios da Noruega disse que o Bow Asir tinha uma tripulação de 27 pessoas com um capitão norueguês, mas a V Esquadra afirma que estão 23 a bordo. O navio norueguês arvorava bandeira das Bahamas.

Um diplomata em Nairobi adiantou que o Nipayia tinha 18 filipinos a bordo e um capitão russo.

Os ataques dos piratas ao largo das costas somalis atingiram um nível sem precedente em 2008, quando os piratas perpetraram 111 ataques, sequestrando 42 embarcações, a maioria no Golfo de Aden.

Desde o início do ano foram sequestrados sete navios embora tenha havido 10 vezes mais ataques em Janeiro e Fevereiro de 2009 em relação ao mesmo período de 2008. Em Março os ataques têm sido quase diários.

Também hoje, a NATO anunciou que a sua flotilha de cinco navios retomava as patrulhas ao largo do Corno de África, juntando-se aos 20 navios de guerra da União Europeia, dos Estados Unidos, da China e outros navios que estão a tentar parar os ataques dos piratas na zona.

Graeme Gibbon Brooks, fundador da companhia se segurança privada Dryad Maritime Intelligence, com sede em Londres, disse que os últimos sequestros mostram que os piratas estão a mudar a área onde operam para o Oceano Índico.

A missão da NATO comandada por Portugal, alterada, chega à Somália para combater pirataria no fim de Março.

A fragata «Álvares Cabral» da Marinha Portuguesa assumiu o comando da força naval permanente da Aliança Atlântica - o Standing NATO Maritime Group One (SNMG1) - no final de Janeiro, indo liderar a «Operação Pérola», inicialmente apenas de patrulhamento marítimo no Sudoeste asiático, passando em países com a Índia, o Paquistão e a Austrália.

A fragata portuguesa é constituída por mais de 150 militares e tem ainda um helicóptero «Lynx» integrado.

A NATO alterou a missão da sua força naval permanente, comandada por Portugal, definindo uma intervenção no combate à pirataria na Somália a partir do final de Março, disse à Lusa no final de Fevereiro o Estado-Maior General das Forças Armadas.

«O Conselho do Atlântico Norte, a parte política da NATO, aprovou uma alteração da missão, havia só um trânsito na zona da Somália e agora vai haver uma actuação [contra a pirataria] durante algum tempo», disse à Lusa o porta-voz do chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), o comandante Ramos de Oliveira.

Lusa
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Enviado por: André em Março 27, 2009, 10:11:36 pm
UE recomenda precauções aos navios que naveguem em frente à Somália

A missão Atalanta da União Europeia, que luta contra a pirataria nas águas do Índico, recomendou hoje aos navios que navegam na zona que se mantenham a mais de 600 milhas da costa somali.

Em comunicado, a Atalanta recorda que dois navios de propriedade europeia foram sequestrados nas últimas 48 horas e adverte para o aumento da pirataria no Sul e no Leste da zona compreendida entre o Sul do Mar Vermelho, o Golfo de Aden, e parte do Oceano Índico.

Esta é a vasta área onde a operação da União Europeia desenvolve o seu trabalho de vigilância e dissuasão "fazendo todo o possível para assistir os barcos atacados", realça a nota.

Piratas armados com metralhadoras sequestraram quinta-feira um navio-cisterna químico norueguês ao largo da costa da Somália, ataque que ocorreu a menos de 24 horas do sequestro de um navio grego, mais pequeno, na mesma área.
A Atalanta recomenda "com insistência" que os barcos se registem através da Internet no Centro Europeu de Segurança Marítima para o Corno de África, já que, em alguns casos, poderão aproveitar a protecção militar. ( www.mschoa.eu (http://www.mschoa.eu) ).

Oito fragatas e duas aeronaves participam actualmente na missão Atalanta, no âmbito de uma operação da NATO comandada por Portugal, pela Força Combinada 151, criada pelos Estados Unidos, e por barcos de nacionalidade russa, indiana, japonesa e chinesa.

Lusa
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Enviado por: ShadIntel em Abril 13, 2009, 06:04:05 pm
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Refém americano resgatado

O capitão norte-americano Richard Phillips, que estava desde quarta-feira refém de piratas ao largo da costa da Somália, no Oceano Índico, foi ontem libertado numa operação da Marinha norte-americana, durante a qual foram mortos três dos seus quatro captores. O presidente Barack Obama já felicitou a Marinha pelo sucesso da operação.

'Posso confirmar que o capitão Phillips foi resgatado e está a são e salvo', afirmou um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano minutos após a operação de resgate, sem avançar mais pormenores.

A agência noticiosa American Press, citando fontes militares norte-americanas, noticia que Phillips foi resgatado após uma troca de tiros em que morreram três dos quatro piratas que mantinham sob sequestro há dias, num salva-vidas, o comandante norte-americano. O quarto pirata terá sido detido no decurso da operação.

Já a CNN avançou – citando a Marinha americana – que comandos da Marinha norte-americana lançaram o assalto momentos depois de Phillips se ter atirado ao mar. Recorde-se que na sexta-feira o refém já tinha tentado escapar desta maneira, mas foi rapidamente apanhado pelos seus captores.

Após o resgate, Phillips, de 53 anos, foi transportado para o navio ‘USS Boxer’, da Armada norte-americana, onde foi submetido a um exame médico e pôde, finalmente, contactar com a família.

OBAMA FELICITA

Phillips, recorde-se, foi feito refém quarta-feira quando os piratas tomaram de assalto o cargueiro ‘Maersk Alabama’. A tripulação resistiu e envolveu-se em confrontos com os piratas, o que levou o capitão a oferecer-se como refém para salvar os seus homens. Os piratas fugiram então com ele num barco salva-vidas, que imediatamente começou a ser perseguido pelos navios da Marinha norte-americana na região.

Ontem, mal soube do resgate bem-sucedido do capitão Phillips, o presidente norte-americana Barack Obama felicitou a Marinha pelo êxito da operação e prometeu que o governo dos EUA tudo fará ao seu alcance para combater a pirataria no Golfo de Áden.

NATO NÃO VAI USAR A FORÇA

A missão da NATO não vai recorrer à força para resgatar o rebocador italiano que está a ser levado pelos piratas para a costa norte da Somália, assegurou ontem ao CM o comandante Santos Fernandes, porta-voz da força multinacional de combate à pirataria liderada pela fragata portuguesa ‘Côrte-Real’.

'Continuam a decorrer as conversações entre as autoridades italianas, o proprietário do rebocador e os piratas, pelo que não há necessidade para já do uso da força para resgatar o navio', assegurou o comandante Santos Fernandes, adiantando que a embarcação sequestrada 'está a ser seguida por uma fragata inglesa, através do radar'.

Quanto à fragata ‘Côrte-Real’, estava ontem a escoltar um navio com bandeira do Panamá carregado de contentores, 'um tipo de barco apetecível para os piratas', adiantou o porta-voz.

PORMENORES

VINGANÇA

Os piratas somalis já juraram vingança pela morte dos seus companheiros, não só na operação de ontem, mas também no ataque da véspera levado a cabo por fuzileiros franceses para resgatar um grupo de turistas sequestrados na mesma região.

GOVERNO APLAUDE

O governo da Somália congratulou-se cm o sucesso da operação de resgate do capitão Richard Phillips. 'Esta acção mostra que não haverá qualquer tolerância para com os criminosos', afirmou fonte oficial.

PRIMEIRO AMERICANO

O capitão Phillips foi o primeiro norte-americano a ser sequestrado pelos piratas somalis, que têm na sua posse mais de 200 reféns e dezenas de embarcações de vários países.

MÓBIL É O LUCRO

Os piratas somalis agem fundamentalmente para ganhar dinheiro com os milionários resgates que recebem dos armadores e proprietários de navios. Normalmente tratam bem os reféns.
Correio da Manhã (http://http)

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Somália: Um morto em operação francesa

Uma operação militar francesa contra piratas somalis, que sequestraram um iate no passado fim-de-semana, causou um morto entre os reféns, mas outros quatro foram libertados.

Durante a operação de resgate, dois piratas perderam também a vida.

A Presidência francesa justificou a intervenção militar com as ameaças infligidas pelos sequestradores sobre os reféns, apesar das negociações que estavam em curso.

O ‘Tanit', com cinco pessoas a bordo, incluindo uma criança de três anos, foi sequestrado no passado fim-de-semana.
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Enviado por: André em Abril 14, 2009, 03:37:22 pm
Fragata portuguesa regressa em Junho ao combate à pirataria na Somália


A fragata portuguesa "Corte Real", que comanda a força naval da Aliança Atlântica na operação de combate à pirataria, vai regressar em Junho às águas da Somália, após uma interrupção de cerca de dois meses para participar noutras missões.

De acordo com fonte militar, o navio português parte no início da próxima semana juntamente com os restantes navios da NATO com destino ao Paquistão e a Singapura, onde irá "participar em exercícios conjuntos" e "testar a inter-operabilidade" com os meios navais de países situados numa região para onde a Aliança pretende alargar a sua influência.

Em Junho, a força de oito navios que compõe a "Standing NATO Maritime Group One (SNMG1)" regressa à região da Somália para prosseguir a missão de combate à pirataria.

As águas da Somália, onde está destacada a força naval da NATO, bem como de outros países, têm sido palco de intensa actividade de piratas visando navios mercantes que atravessam aquela região.

Na semana passada o cargueiro norte-americano "Maersk Alabama", transportando 232 contentores com alimentos do Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU, foi atacado por piratas somalis e o comandante do navio foi feito refém a bordo de um barco salva-vidas durante cinco dias, no Oceano Índico.

Richard Phillips, 53 anos, acabaria por ser libertado numa mediática operação da Marinha dos Estados Unidos durante a qual foram mortos três piratas e um outro capturado.

Esta madrugada, 22 marinheiros filipinos foram feitos reféns de piratas somalis que apresaram o cargueiro grego Irene, no Golfo de Aden.

Segunda-feira, piratas somalis apresaram dois pesqueiros egípcios no Golfo de Aden, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio.

Recentemente, o Presidente norte-americano, Barack Obama, prometeu um combate determinado contra a pirataria ao largo da costa africana e apelou à cooperação internacional para que os piratas sejam responsabilizados pelos "crimes".

"Quero dizer de forma muito clara que estamos determinados a travar o aumento da pirataria na região",

Portugal exerce o comando da força naval multinacional permanente da NATO por um ano, até Janeiro de 2010 - sendo a fragata portuguesa o navio-almirante da força.

A "Corte Real" é comandada pelo almirante português José Domingos Pereira da Cunha.

Lusa
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Enviado por: André em Abril 15, 2009, 11:38:31 pm
Navio francês captura 11 piratas na costa do Quénia


Um navio francês que patrulha o Oceano Índico anunciou nesta quarta-feira a captura 11 piratas nas proximidades da costa do Quénia.

Militares franceses disseram que o navio militar Nivose detectou uma grande embarcação pirata na terça-feira, manteve-a sobre vigilância durante a noite e atacou de manhã.

O Nivose integra uma operação da União Europeia para proteger a travessia do Golfo do Aden, a sul da Península Arábica - uma importante e perigosa passagem da rota comercial entre a Europa e a Ásia.

O Nivose impediu ainda o ataque a um navio da Libéria, segundo os militares franceses.

O governo grego disse que um navio do país com 24 tripulantes, que tinha sido sequestrado por piratas somalis em Março, foi libertado nesta quarta-feira. Não tendo sido revelado se houve pagamento de resgate.

Cada vez mais navios têm sido atacados na região por piratas que procuram refúgio na costa da Somália.

Nesta semana, quatro navios foram capturados e outros, atacados.

Na manhã da quarta-feira, um navio americano que levava ajuda humanitária para África foi atacado por piratas com granadas e armas automáticas.

O enviado da ONU para a Somália, Ahmedou Abdallah, disse que os ataques têm ameaçado a paz internacional.

Abdallah apelou a que a comunidade internacional identifique e combata as pessoas que apoiam a pirataria.

Abdallah pediu ainda ajuda para os pobres da Somália, país que não tem um governo central desde 1991. «Muitos destes pobres estão a ser explorados pelos piratas», afirmou.

SOL
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Enviado por: André em Abril 18, 2009, 04:43:21 pm
NATO resgatou 20 reféns e embarcação de pesca do Iémen


A NATO resgatou hoje 20 reféns e uma embarcação de pesca com bandeira do Iémen que tinham sido capturados por piratas da Somália no golfo Aden, segundo o comandante português Santos Fernandes.
 
Em declarações à Agência Lusa, o comandante Santos Fernandes, porta-voz da NATO, que se encontra a bordo da fragata Corte-Real, disse que um navio holandês da NATO detectou às 8h45 (hora de Lisboa) uma embarcação de pesca com bandeira do Iémen com 20 reféns e sete piratas da Somália armados com metralhadoras.

De acordo com o comandante Santos Fernandes, a embarcação de pesca estava a ser usada pelos piratas como navio mãe para conduzir os ataques.

Os 20 reféns e a embarcação de pesca tinham sido capturados pelos piratas da Somália na passada quinta-feira nas águas do golfo Aden, situado entre a Somália e o Iémen, adiantou.

Segundo o porta-voz da NATO, os 20 reféns do Iémen foram soltos, estão bem e encontram-se a bordo da embarcação.

Os sete piratas foram identificados e após ser desarmados foram libertados. O comandante Santos Fernandes desconhece se um navio belga foi atacado por piratas na costa da Somália.

Os meios de comunicação social belgas noticiaram hoje que um navio belga, com uma tripulação de belgas e holandeses, foi atacado por piratas na costa da Somália.

Os piratas da Somália atacaram mais de 80 embarcações este ano e mantêm capturados 15 navios de carga e mais de 280 reféns.

Lusa
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Enviado por: André em Abril 21, 2009, 10:01:25 pm
Assaltos no mar duplicaram no 1º trimestre


Os assaltos no mar quase duplicaram no primeiro trimestre deste ano face a período homólogo de 2008 devido essencialmente ao aumento dos ataques de piratas no Golfo de Aden e na costa leste da Somália, foi esta terça-feira anunciado.

Segundo a Organização Marítima Internacional (IMB), com sede em Kuala Lumpur, Malásia, o número de assaltos no mar atingiu 102 no primeiro trimestre deste ano, mais 92,4% que em período homólogo de 2008 (53 incidentes).

Nos primeiros três meses deste ano, duas pessoas morreram e nove ficaram feridas nos 102 incidentes registados contra embarcações no mar, que incluem 34 abordagens e que resultaram na tomada como reféns de 178 membros de tripulação das embarcações.

Na maioria dos incidentes, os piratas estavam fortemente armados e os actos violentos contra membros das tripulações também registaram um aumento neste período, refere a organização.

“O aumento no primeiro trimestre de 2009 é resultante quase inteiramente do crescimento da actividade dos piratas somalis no Golfo de Aden e na costa leste da Somália. Estas duas zonas em conjunto representam 61 dos 102 assaltos” e todos os nove sequestros, refere o relatório da IMB.

Analistas referem que o aumento da actividade dos piratas somalis resulta da inexistência há quase 20 anos de qualquer Estado de direito na Somália.

A divulgação do relatório da IMB coincidiu hoje com a libertação pelos piratas no Golfo de Aden de um navio tanque, que transportava produtos químicos, e da tripulação deste composta por 23 filipinos.

O navio estava sequestrado há cinco meses.

O relatório da IMB refere que muitas tentativas de assalto foram travadas pelo aumento de medidas de precaução anti-pirataria adoptadas pelos navios e pela presença da coligação naval internacional no Golfo de Aden.

As forças da Nato presentes no Golfo de Aden ajudaram a evitar alguns assaltos nos últimos dias, refere o relatório.

Anualmente, cerca de 20.000 embarcações passam pelo Golfo de Aden, que liga o Mar Vermelho ao Oceano Índico.

“Os piratas têm menos esperança em sequestrar navios. Os padrões dos últimos ataques revelam que os piratas estão a atacar navios na costa sudeste da Somália” e a estender estes para as costas do Quénia, da Tanzânia, das Seicheles e de Madagáscar, refere o relatório.

A IMC apela aos navegadores para se afastarem o máximo possível da costa da Somália e manterem activas medidas contra a pirataria.

A organização refere ainda que a costa da Nigéria continua a ser outra zona de alto risco de assalto para a navegação e que no período em referencia também foi registado um aumento de incidentes no Peru.

Lusa
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Enviado por: André em Abril 24, 2009, 07:49:58 pm
EUA transferem para a Turquia comando de força naval anti-pirataria


A V esquadra norte-americana, com base no Bahrein, anunciou hoje a transferência a 03 de Maio para a marinha turca do comando da "Combined Task Force" (CTF) 151, uma força naval internacional encarregue da luta contra a pirataria.

"A marinha norte-americana transferirá o comando da CTF 151 para a marinha turca a 3 de Maio de 2009", refere um comunicado da V Esquadra, acrescentando que a Turquia se tornará o segundo país a comandar esta força anti-pirataria.

A CTF 151 foi lançada pelos Estados Unidos em Janeiro como uma operação internacional contra a pirataria, sendo uma das três forças navais internacionais na região.

Em Fevereiro, a agência turca Anatolia anunciou que a fragata TGC Giresun, com 263 homens a bordo, se juntaria à CTF 151.

Mais de 130 navios mercantes foram vítimas de piratas somalis no Golfo de Aden no ano passado, um aumento de 200 por cento em relação ao número de ataques registados em 2007, segundo o Bureau Marítimo Internacional.

Em 2008, mais de 150 pessoas suspeitas de pirataria foram detidas por patrulhas navais.

Lusa
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Enviado por: Captain Lunatic em Maio 05, 2009, 09:16:12 am
Fragata portuguesa obrigada a libertar piratas somalis detidos

O Direito Internacional autoriza o combate à pirataria, mas não qualifica os seus autores como criminosos.

A fragata portuguesa Corte Real, que comanda a frota da NATO estacionada nos mares da Somália, está impedida de prender piratas excepto se o próprio navio ou algum português forem atacados.
Esta é a conclusão do chefe do Departamento Jurídico Operacional e Internacional da Armada, comandante Neves Correia, a que o DN teve ontem acesso. "Se não estiver em causa um cidadão português ou factos praticados a bordo de um navio de pavilhão português, a detenção só se poderá efectuar-se" se for possível extraditar os piratas para um país com legitimidade para os julgar, serem polícias somalis a bordo que detém os piratas, se "for celebrado um Acordo Internacional para entrega dos detidos a um Estado que se disponibilize" para os julgar ou "for criado um tribunal internacional ad hoc que julgue" os piratas, escreve aquele responsável.
Recorde-se que a fragata portuguesa libertou piratas detidos na passada sexta-feira, depois de impedir o ataque a um navio mercante no golfo de Áden.
A Convenção da ONU sobre o Direito do Mar qualifica a pirataria mas "não declara criminosos" os seus autores, pelo que "a competência permitida pelo Direito Internacional [para lutar contra essa ameaça] tem de ser legislada internamente" pelo Estado.


Diário de Notícias
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Enviado por: André em Maio 10, 2009, 06:41:37 pm
Imbróglio jurídico em Espanha sobre piratas capturados pela Marinha


A detenção em quase flagrante delito de sete piratas somalis por um navio de guerra espanhol deu origem a um imbróglio jurídico em Espanha, com o governo a opor-se hoje à decisão de um juiz de os libertar.

Os sete piratas, capturados na quinta-feira no Oceano Índico, continuam a bordo do Marques de la Enseñada, navio militar que participa na operação anti-pirataria europeia Atalante. Um dia antes, o mesmo navio já tinha capturado outros sete piratas.

O juiz espanhol Fernando Andreu ordenou sexta-feira a sua libertação «por imperativo legal», na sequência de instruções do Ministério Público de que renunciasse a decidir que fossem mantidos prisioneiros em Espanha e os entregasse à justiça queniana.

O juiz manifestou, na decisão, a sua «total discordância» com o Ministério Público.

Fontes do governo citadas pela agência espanhola EFE indicaram que há uma acção concertada dos ministérios da Defesa, Negócios Estrangeiros e Justiça para impedir que os piratas sejam libertados, tendo sido dadas instruções à Procuradoria-Geral para que interponha recurso da decisão do juiz Andreu.

Este recurso foi hoje confirmado pela ministra da Defesa, Carme Chacón, enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros, Miguel Moratinos, afirmou, por seu lado, estar em contacto com as autoridades do Quénia para uma «eventual entrega» dos piratas a esse país para que sejam aí julgados.

O juiz Fernando Andreu opôs-se formalmente a uma entrega dos prisioneiros às autoridades quenianas, argumentando que violaria os direitos dos piratas na medida em que já foi aberto um inquérito judicial em Espanha.

O estatuto jurídico dos piratas capturados pelos navios de guerra internacionais envolvidos no patrulhamento do Golfo de Áden é uma questão recorrentemente referida pelos diferentes países.

A 1 de Maio, a fragata portuguesa Corte-Real impediu o sequestro de um petroleiro norueguês ao largo da Somália, mas, apesar de ter abordado a embarcação dos piratas, limitou-se a identificá-los e a apreender as suas armas, por estar impedida de fazer detenções.

O comandante da fragata portuguesa, Santos Fernandes, explicou que o delito de pirataria não está tipificado na lei portuguesa, pelo que a força portuguesa só está autorizada a fazer detenções se os piratas forem portugueses, se o navio vítima de ataque tiver bandeira portuguesa ou se uma das vítimas de sequestro for portuguesa.

Em 2008, os piratas atacaram mais de 130 navios mercantes ao largo da Somália, o dobro dos ataques registados no ano anterior, segundo a Organização Marítima Internacional.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Maio 12, 2009, 12:03:58 am
Piratas detidos por navio espanhol serão entregues ao Quénia


O imbróglio judicial causado em Espanha pela detenção de piratas somalis pela Marinha espanhola no Oceano Índico terminou hoje com a decisão de os entregar às autoridades do Quénia, informou o Ministério da Defesa.

Os 14 presumíveis piratas foram presos em duas operações distintas, na quarta e na quinta-feira, pelo navio militar Marques de la Enseñada e, segundo o chefe da diplomacia espanhola, Miguel Angel Moratinos, serão imediatamente entregues às autoridades do Quénia, no âmbito de um acordo que este país assinou com a UE no início de Março.

A decisão foi tomada após a resposta positiva do juiz espanhol Fernando Andreu ao pedido do chefe de Estado-Maior do Exército espanhol José Julio Rodriguez.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Maio 13, 2009, 10:42:42 pm
Ataques ao largo da Somália são coordenados


Investigações aos barcos capturados que operam ao largo da Costa da Somália revelaram pela primeira vez que os piratas coordenam os ataques aos navios comerciais, disse hoje o comandante da operação europeia Atalanta, vice-almirante Philip Jones.

Jones disse que, nas últimas semanas, a sua frota capturou quatro dos barcos de apoio - traineiras reconvertidas ou pequenos navios de carga - usados pelos piratas para reabastecer as pequenas lanchas rápidas que operam numa vasta área do Oceano Índico.

As evidências mais recentes, disse, mostram que esses barcos comunicam uns com os outros sobre potenciais alvos.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Maio 25, 2009, 08:23:19 pm
NATO intercepta alegados piratas e apreende armas e munições


A força naval da NATO destacada no Golfo de Áden, ao largo da Somália, interceptou no domingo vários homens em duas embarcações suspeitos de actividades de pirataria e apreendeu armas e munições, divulgou hoje aquela organização militar.

A fragata canadiana SGUM Winnipeg interceptou as duas embarcações perto do corredor internacional utilizado pelos navios para transporte de mercadorias e após perseguição com recurso a um helicóptero, de acordo com o comandante naval da NATO, Chris Davies.

A bordo das duas lanchas utilizados pelos alegados piratas somalis a força militar da NATO apreendeu várias armas semi-automáticas e de calibre de guerra, como duas granadas foguete com lançadores (RPG-7), sete metralhadoras de assalto AK 47 e uma M-16, além de dezenas de munições, divulgou aquele militar.

O comandante da fragata SGUM Winnipeg, Craig Baines, afirmou que "apesar de não ter sido cometido nenhum acto de pirataria conhecido" pelos homens daquelas duas embarcações, "o objectivo da NATO é evitar qualquer ameaça à navegação", pelo que neutralizaram a capacidade em armamento dos alegados piratas.

Os homens foram entretanto soltos pela força militar internacional, em virtude de não existir acordo entre a NATO e o Quénia para julgamento dos alegados piratas, concluiu o comandante Craig Baines.

A fragata SGUM Winnipeg é um dos cinco navios militares enviados pela NATO, designados por "Maritime Group 1" (SNMG1) e integra a Operação Allied Protector, que realiza operações de contra-pirataria no Golfo de Aden e é comandada pela fragata portuguesa "Corte Real".

De acordo com estatísticas compiladas pela Organização Internacional Marítima em 2008 houve 111 incidentes, nas águas ao largo da Somália, incluindo 42 navios sequestrados.

Durante os primeiros cinco meses de 2009, os piratas somalis executaram 29 ataques bem sucedidos a vários navios e tentaram mais 114 ataques, ainda de acordo com aquela organização internacional.

Em reconhecimento ao crescente impacto da pirataria sobre navios comerciais e de ajuda humanitária, no Corno de África, os Estados Unidos e seus parceiros internacionais criaram o Grupo de Contacto sobre a pirataria ao largo da costa da Somália, a 14 de Janeiro deste ano.

Lusa
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Enviado por: André em Junho 09, 2009, 06:05:18 pm
Pirataria é «a ponta do icebergue» da Somália, diz Frattini


A pirataria é apenas "a ponta do icebergue" dos problemas do Estado somali, declarou esta terça-feira em Roma o chefe da diplomacia italiana, Franco Frattini, na abertura da reunião de dois dias do Grupo Internacional de Contacto para a Somália.

"A pirataria é apenas uma parte do problema, a ponta do icebergue. As principais causas da pirataria têm origem nas crises políticas, económicas e sociais no território, e não no mar", disse Frattini em conferência de imprensa.

Para o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, a pirataria "é um crime que atingiu um nível intolerável" e que assume contornos como "o terrorismo, a imigração clandestina e o tráfico de seres humanos, uma ameaça para a segurança humana e, em última instância, para a segurança europeia".

Segundo a Ecoterra International, uma organização não governamental (ONG) ambientalista que observa as actividades marítimas ilegais na região do golfo de Aden, os piratas somalis realizaram 126 ataques durante este ano, incluindo 44 apresamentos de navios bem sucedidos.

Cerca de 40 países e organizações internacionais participam até quarta-feira, em Roma, na 15ª reunião do grupo de contacto para a Somália, formado em 2005.

O primeiro-ministro somali Omar Abdirashid Sharmarke participará na reunião, enquanto o Presidente Sharif Cheikh Ahmed acabou por não se deslocar a Roma devido à situação de crise em Mogadíscio, cenário de intensos combates entre milícias os pró-governamentais e rebeldes islâmicos.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Junho 12, 2009, 10:18:18 pm
Piratas atacam navio alemão em águas de Omã


O navio de carga alemão, de bandeira Antigua e Barbados, «Charelle», foi hoje à tarde atacado por piratas em águas territoriais de Omã, confirmou à agência Lusa Santos Fernandes, do staff NATO a bordo da Corte-Real.

Este ataque, que ocorreu às 16:20 (hora local, 14:20 em Lisboa), foge aos padrões habituais da actividade dos piratas somalis, uma vez que é registado em águas territoriais de outro País, em Omã, e muito longe da costa da Somália.

Lusa
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Enviado por: André em Junho 24, 2009, 04:04:35 pm
Russos promovem viagens turisticas de caça aos piratas na costa somali


Na Rússia, estão disponíveis para compra viagens de «caça aos piratas» na costa da Somália, a bordo de iates privados com armamento de guerra.

Por 3500 libras (cerca de 4100 euros), os utilizadores podem patrulhar as águas actualmente mais perigosas do mundo, na esperança de serem atacados. O trajecto tem início em Djibouti e termina em Mombasa, no Quénia.

Quando são atacados, retaliam com lança-granadas, metralhadoras e lança-foguetes, avança o jornal austríaco Wirtschaftsblatt.

Os passageiros que pagarem mais 5 libras (cerca de 5,80 euros) por uma metralhadora AK-47 e outras 7 libras (cerca de 8,20 euros) por um cartucho de munições, beneficiam da protecção de um esquadrão de antigos membros de forças especiais.

Para atrair piratas, as embarcações viajam à velocidade de cinco milhas náuticas, muito perto da costa, segundo o site Ananova.

«Eles são piores que os piratas», afirmou o russo Vladimir Mironov, que diz que «ao menos os piratas têm a decência de fazer reféns, ao passo que estas pessoas estão a pagar para cometer homicídio».

Lusa
Título:
Enviado por: Pimenta em Junho 24, 2009, 04:21:27 pm
Citação de: "André"
Russos promovem viagens turisticas de caça aos piratas na costa somali


Na Rússia, estão disponíveis para compra viagens de «caça aos piratas» na costa da Somália, a bordo de iates privados com armamento de guerra.

Por 3500 libras (cerca de 4100 euros), os utilizadores podem patrulhar as águas actualmente mais perigosas do mundo, na esperança de serem atacados. O trajecto tem início em Djibouti e termina em Mombasa, no Quénia.

Quando são atacados, retaliam com lança-granadas, metralhadoras e lança-foguetes, avança o jornal austríaco Wirtschaftsblatt.

Os passageiros que pagarem mais 5 libras (cerca de 5,80 euros) por uma metralhadora AK-47 e outras 7 libras (cerca de 8,20 euros) por um cartucho de munições, beneficiam da protecção de um esquadrão de antigos membros de forças especiais.

Para atrair piratas, as embarcações viajam à velocidade de cinco milhas náuticas, muito perto da costa, segundo o site Ananova.

«Eles são piores que os piratas», afirmou o russo Vladimir Mironov, que diz que «ao menos os piratas têm a decência de fazer reféns, ao passo que estas pessoas estão a pagar para cometer homicídio».

Lusa


Ao que isto chegou, hoje em dia aproveitam tudo para fazer dinheiro, desde lucrar com a morte e desgraça de algumas pessoas até lucrar com a morte de milhares de pessoas, como acontece com as catástrofes naturais, isto não se faz, aproveitar-se do sofrimento dos outros.
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Enviado por: André em Julho 20, 2009, 07:42:02 pm
Portugal quer crime de pirataria na ordem internacional


Portugal vai aguardar que seja criada uma «plataforma jurídica» internacional sobre a pirataria para reintroduzir o crime na legislação interna e permitir que navios de guerra portugueses possam consumar detenções em missões da NATO de combate a este fenómeno.

De acordo com o ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, as mudanças jurídicas para contrariar o aumento da pirataria «terá de fazer-se em primeiro lugar ao nível do direito internacional».

«A pirataria desapareceu como realidade praticamente há dois séculos e a maioria dos Estados retirou a pirataria da sua ordem jurídica. Esta nova realidade está a obrigar os Estados a repensar outra vez a questão da pirataria e a recolocá-la do ponto de vista jurídico. Isso terá de fazer-se em primeiro lugar ao nível do direito internacional», disse, à margem da cerimónia de mudança de comando no quartel-general da NATO em Oeiras.

Nuno Severiano Teixeira lembrou que há um grupo que está a trabalhar no quadro das Nações Unidas para "encontrar a plataforma jurídica para reintroduzir a pirataria no Direito Internacional".

"Portugal também participa nesse grupo ao nível das Nações Unidas com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Ministério da Defesa, a hierarquia militar e estamos a trabalhar nesse grupo a tentar resolver esse problema", referiu.

O Comando Conjunto da NATO em Oeiras a 29 de Junho a "responsabilidade operacional" pela nova missão da Aliança Atlântica de combate à pirataria na região do Corno de África, designada "Escudo Oceânico".

Na cerimónia de posse do tenente-general francês Phillipe Stoltz - que substitui o vice-almirante norte-americano James Winnefeld no comando da Aliança em Oeiras - o titular da pasta da Defesa realçou ainda o "significado político" da escolha de um militar francês para comandar o Comando Conjunto de Oeiras.

"É de grande relevância o facto de, 30 anos depois deste comando ter sido constituído na sequência da saída da França da estrutura militar integrada da NATO, que seja um general francês que toma este comando justamente quando a França reentra na estrutura militar da NATO. Isso tem um grande significado: a importância que os aliados dão a este comando e que a reentrada da França é um momento muito importante, em primeiro lugar para o reforço do lado transatlântico na Aliança e para o reforço de uma Europa da Defesa dentro da Aliança", salientou.

De resto, Nuno Severiano Teixeira defendeu que o Joint Command Lisbon está "na vanguarda da transformação da Aliança" que está a ser feita "a partir de um conceito fundamental que é a ´projectabilidade´".

"Este comando está dentro desse conceito e esse conceito está presente neste comando na capacidade de fazer operações. Em primeiro lugar comandar a NATO Response Force, segundo nos Joint Staff Elements que passam agora na nova estrutura a depender do JCL e, em terceiro lugar, a sua vocação para uma área geo-estratégica que é de interesse para a NATO e, simultaneamente, de interesse para Portugal: África e o mediterrâneo", notou.

A cerimónia de hoje contou com a presença do novo comandante supremo das forças aliadas na Europa (SACEUR, sigla em inglês), o almirante norte-americano James Stavridis.

Em Maio, o Comité Militar da NATO decidiu que o JCL iria passar a ter uma liderança alternada entre a França e Itália, com Portugal a repartir com Espanha o vice-comando e chefia de Estado-Maior.

Phillipe Stoltz nasceu em 1955 perto de Nancy, França, formou-se na academia militar de Saint-Cyr e tem os 'badges' de fuzileiro, pára-quedista e instrutor comando.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Julho 22, 2009, 05:30:35 pm
Os piratas regressam dos livros de História com contabilista e GPS


Desde Janeiro já houve 240 ataques, muito mais que em 2008. Na cidade de Eyl são os saques que fazem crescer a economia local.

O helicóptero pousa na fragata Corte Real e a sua tripulação tem uma certeza: a embarcação que estão a seguir é um navio de piratas. Cinco fuzileiros saltam de imediato para um semi-rígido e em poucos minutos estão frente a frente com sete homens, de calções e camisa de cavas, a bordo de um pequeno skiff (embarcação rápida) chamado Hillal. Nenhum pirata fala inglês, mas os braços levantados são um dialecto universal. "Têm mais medo do que se pensa", explica Guilherme Almeida, 2.o sargento dos fuzileiros. "Nunca foram hostis."

O militar contou-nos o episódio na semana passada, no regresso da fragata da zona do Corno de África, onde durante quatro meses os portugueses integraram uma missão internacional - a Standing NATO Maritime Group 1 -, comandada, até 2010, pelo contra-almirante José Domingos Pereira da Cunha.

"Trabalhamos com a rapidez e contamos com o efeito surpresa. No momento da abordagem entregavam logo o material todo... Tentavam era fugir. Uma vez tivemos de fazer fogo de aviso para que parassem", conta o sargento. Agora os 220 tripulantes (23 dos quais mulheres) estão de volta. Julho é a época baixa para a pirataria: quando os ventos das monções chicoteiam os mares, as tempestades são demasiado violentas para os frágeis skiffs. O momento é de balanço. Segundo um relatório do International Maritime Bureau (IMB), nos primeiros seis meses do ano houve 240 ataques, mais do dobro dos verificados no mesmo período de 2008. As autoridades quenianas calculam que 16 navios, com pelo menos 225 tripulantes, estejam neste momento sequestrados nas águas da Somália.

No início da semana, também o primeiro vice-chefe do estado-maior da marinha russa garantiu que 5 mil homens ganham a vida com a pirataria no golfo de Áden. Já as Nações Unidas garantem que esta actividade provocou prejuízos na ordem dos 9 a 11 mil milhões. Só em resgates, os piratas acumularam 105 milhões. Os pedidos por navio podem variar entre os 350 mil euros e um milhão e meio.

Dinheiro para gastar "Encontrámos armamento portátil, uma RPG (lança-granadas), comunicações e explosivos de ponta", contou Guilherme Almeida. A guarnição teve de enfrentar piratas armados com lança-rockets, sistemas de defesa portáteis, de GPS e telefones satélite que já não operam a partir de terra. "Lançam os ataques a partir de navios-mãe que podem estar a muitas milhas da costa." Na Somália, mar e terra funcionam num sistema de compensações. Se a anarquia terrena (o país encabeça a lista de estados falhados da Foreign Policy) permite o reinado destes homens no mar, é o dinheiro que eles lá ganham que alimenta uma economia florescente em terra. Na Puntlândia, uma região do Nor- deste do país, a pirataria é hoje a principal actividade. Uma reportagem da BBC descreve como as pessoas correm para o porto da cidade de Eyl sempre que se espalha que há um novo navio sequestrado. "Põem as gravatas e a roupa fina. Chegam em Land Cruisers e com portáteis. Um diz que é o contabilista, outro que é o chefe de operações."

Nos últimos anos, Eyl transformou-se numa cidade de e para piratas. Começaram a surgir restaurantes, casas chiques e carros de luxo. Quando o presidente da região, Adde Musa, foi questionado sobre a riqueza dos piratas, a resposta foi: "É ainda maior do que se diz." É difícil imaginar esta fervilhante cidade de piratas ao olhar para o humilde Hillal, o skiff que repousa sob o sol de Lisboa no convés da Corte Real. Mas são estas pequenas embarcações que fazem tremer as grandes potências mundiais, como os EUA, a quem pertence o colossal porta-aviões Eisenhower, que acaba de surgir no Tejo.

Ionline
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Enviado por: legionario em Julho 22, 2009, 06:15:39 pm
é a historia do rato que faz tremer o elefante :)
Título:
Enviado por: Cabecinhas em Julho 22, 2009, 07:14:46 pm
Citar
Mas são estas pequenas embarcações que fazem tremer as grandes potências mundiais, como os EUA, a quem pertence o colossal porta-aviões Eisenhower, que acaba de surgir no Tejo.


Ironias da vida!
Título:
Enviado por: André em Julho 22, 2009, 09:49:21 pm
Rússia propõe à NATO coordenar a luta contra os piratas da Somália


A Rússia propôs coordenar os movimentos dos seus navios e os da NATO na luta contra os piratas somalis, proposta que a Aliança Atlântica vai analisar, revelaram hoje fontes diplomáticas.

"A Rússia não deseja colocar os seus navios sob comando estrangeiro", mas "é necessário coordenação", declarou à imprensa o embaixador russo da Aliança Atlântica, Dimitri Rogozine, dando conta de uma reunião no âmbito do Conselho NATO-Rússia.

Rogozine realçou que o seu país colaborava com a operação Atalanta da União Europeia, desde Dezembro no Golfo de Aden e no Oceano Índico para travar os piratas somalis.

A NATO decidiu em Julho passado prolongar e tornar permanente a sua acção anti-pirataria, que até agora confiou esporadicamente a frotas que têm outras missões.

Os responsáveis militares da aliança estudam agora a possibilidade de um envio permanente.

A força naval da NATO, comandada por Portugal, pode voltar ao largo da Somália a partir de Novembro para mais três meses a combater a pirataria, disse há uma semana à agência Lusa o porta-voz da missão, comandante Santos Fernandes.

Portugal comanda a força naval da NATO - a 'Standing NATO Maritime Group 1' (SNMG1) - desde o início deste ano até Janeiro de 2010, que está actualmente na fase de 'summer dispersal', em que todos os navios regressam ao país de origem depois de vários meses de intensa actividade na zona do Corno de África.

Para meados de Agosto está previsto que a SNMG1 retorne à sua missão - a fragata Álvares Cabral deverá dar lugar à Côrte-Real no comando da força - e entre Novembro de 2009 e Janeiro de 2010 pode dar-se o regresso à Somália, uma zona do globo onde quase diariamente se sucedem os ataques de pirataria a cargueiros e a petroleiros.

Rogozine, na expectativa de saber "quem vai participar nesta operação" naval da NATO, disse que a oferta russa "foi considerada interessante" pelos seus interlocutores.

O porta-voz da NATO James Appathurai confirmou que Rogozine propôs uma "discussão pormenorizada" sobre esse assunto.

A oferta russa vai até admitir "patrulhas coordenadas e uma ligação entre os navios", assim como "a possibilidade de treinarem juntos no controlo da pirataria", precisou.

O porta-voz da Aliança não escondeu que a cooperação seria limitada, uma vez que a NATO não deseja divulgar aos russos todos os seus processos e tecnologias.

Mas, observou também, "os russos compreendem-no porque eles têm as suas próprias restrições".

Ionline
Título:
Enviado por: jorge fernandes em Agosto 09, 2009, 08:43:53 am
Essa situação da pirateria é mais um paradigma do mundo actal e ao que chegamos com os belas ideias de que até o lixo tem direitos e claro o seu enquadramento adequado.
Vi numa reportagem da tv nacional que depois de capturados os piratas lhes foi servida bebida fresquinha e fruta da época, arranjada a debil embarcação em que seguiam e mandados embora com um "aí, aí os meninos".
Mas o que é isto? Andamos todos a brincar a quê? Estamos a enviar para lá forças ou "bananas"? Quem paga esta palhaçada(por acaso acho que sou eu)?
Não acordem não, ó sábios dirigentes.
Título:
Enviado por: komet em Agosto 09, 2009, 02:33:23 pm
Citação de: "jorge fernandes"
Essa situação da pirateria é mais um paradigma do mundo actal e ao que chegamos com os belas ideias de que até o lixo tem direitos e claro o seu enquadramento adequado.
Vi numa reportagem da tv nacional que depois de capturados os piratas lhes foi servida bebida fresquinha e fruta da época, arranjada a debil embarcação em que seguiam e mandados embora com um "aí, aí os meninos".
Mas o que é isto? Andamos todos a brincar a quê? Estamos a enviar para lá forças ou "bananas"? Quem paga esta palhaçada(por acaso acho que sou eu)?
Não acordem não, ó sábios dirigentes.


De outra maneira não seria politicamente/humanamente correcto!
Título:
Enviado por: jorge fernandes em Agosto 09, 2009, 04:43:30 pm
Hááá!!... o"politicamenten correcto" Sr."Komet", e quer explicar isso delicadamente ás vítimas ou ás suas famílias?.
Claro que tambem temos o "humanamente correcto", e quer dar esse "curso" a quem não tem, nem quer ter valores absolutamente nenhuns?.
Poderia por exemplo, ser durante umas curtas férias desses senhores em sua casa ou até no "terreno" porque não? pode ser que vá passear de barco com a sua família para aqueles lados e tenha a sorte de os encontrar.
De certo que iriam ficar todos contentes.
Título:
Enviado por: AC em Agosto 09, 2009, 05:26:41 pm
Você parece um adolescente revoltado.

Isto não tem nada a ver com o facto de "o lixo" ter direitos ou não.
Tem a ver com o facto de o mundo actual se ter esquecido que há pirataria e deixou de ter contexto legal para acções como estas -- tanto na lei Portuguesa como no direito internacional.

E antes que me diga que isso são tretas, veja se percebe as consequências.
O que estamos a fazer na Somália é o equivalente a Espanha decretar que somos ineficazes a controlar o tráfego de pessoas e droga na nossa ZEE e começar a patrulhá-la.

A situação actual não é a melhor. Mas é melhor que não fazer nada.
Título:
Enviado por: jorge fernandes em Agosto 09, 2009, 10:40:58 pm
Eu percebo o que quer dizer Sr"AC", agradeço tambem apenas me ter chamado de "revoltado", até que não é "politicamente correcto" ir contra a corrente, já alguem dizia - "O povo é sereno".
Compreende tambem que esta situação se arrasta á anos e apenas agora está tão visivel. Não vou falar do direito internacional porque não estou por dentro da sua mecânica, mas sabe em quantas semanas é possivel fazer, votar e publicar uma lei em Portugal?.
Dá o exemplo de Portugal e Espanha e muito bem, mas está a par de que a Somália não tem governo?.
Pela opinião do Sr."AC" que deve ser igual (vai-se lá saber porquê) a tantas por esse mundo fora estou mesmo a ver, a continuação da palhaçada global por mais anos a esse respeito.
Mas vendo bem as coisas a situação não me atinge muito, só é "chato" ver de facto "meia dúzia de analfafetos" a maniatar e a rir do mundo e fica tudo por isso mesmo, talvez pior ainda, ver que se acha até natural.
Eu sou o "revoltado"? Bem realmente não teria vontade de lhes dar águinha fesca e palmadinhas nas costas, mas pronto, devo ser um reles animal sem sentimentos, coitados com aquelas armas tão antigas chega a não ser humanamente correcto.
Já agora, não se poderia enquadrar bandidos armados  com material de guerra e tipo assaltos e "tal e tal" em alguma lei do direito internacional?. Pelos vistos por aquelas "bandas" não.
Tudo natural, tudo bem.
Título:
Enviado por: komet em Agosto 10, 2009, 02:27:20 am
A somália tem um governo?  :?

Se é uma questão de juridisção, não se pode considerar que dentro de um navio inglês estamos em "Inglaterra"?

Às páginas tantas o próprio governo Somálio se for preciso até incentiva esta nova "indústria" pois não duvido nada que são eles mesmos que estão a receber grande parte do bolo dos saques...

Se dependesse de mim, chumbo neles.



("sr." jorge fernandes, creio que o meu sarcasmo lhe passou completamente ao lado...)
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 20, 2009, 05:02:31 pm
Dinheiro do resgate espanhol paga farra dos piratas somalis


Só terça-feira, no porto de Harardhere, foram celebrados oito casamentos e os bordéis aumentaram os preços

Manda o costume dos piratas da Somália que sempre que haja dinheiro haverá casamentos e bacanais. Por isso, quando o Governo espanhol pagou um resgate pelo Alakrana, Harardhere, porto de piratas, entregou-se à festa.

Só terça-feira, noticiava ontem o jornal El Mundo, oito piratas juraram fidelidade e amor às mulheres que escolheram na pequena vila de seis mil habitantes, 300 quilómetros a sul da capital Mogadíscio. Os outros que não arranjaram com quem ou, simplesmente, não quiseram dar o nó, correram para os bordéis da vila. Com tanta procura, as prostitutas que antes cobravam cem euros por uma noite de orgia pedem agora 2000.

Mas não foram só as casas de pecado que inflacionaram os preços. Donos de restaurantes e hotéis celebram o golpe como se fosse o seu próprio. Um comerciante contou que dois piratas gastaram mais de mil euros na sua tenda e depois lhe deram ainda mais 2500 para aumentar o negócio. "São muito generosos e merecem a minha admiração", disse à AFP.

O primeiro-ministro espanhol, Rodríguez Zapatero, não confirmou nem desmentiu o pagamento de um resgate pelo Alakrana, que deveria chegar ontem à noite às ilhas Seicheles. Mas é dado como certo que Madrid desembolsou cerca de dois milhões e meio de euros pela libertação do atuneiro.

Em Harardhere, a festa promete continuar - mas também os ataques. É que, invejosos, os jovens da terra fazem-se ao mar a sonhar com o seu golpe de sorte.

in DN
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: SSK em Novembro 22, 2009, 11:46:30 am
Não sei se existem dúvidas, mas se elas existem ficam alguns esclarecimentos. Todos os artigos são retirados do Direito Internacional Marítimo.

Citar
Artigo 95.º
Imunidade dos navios de guerra no alto mar
Os navios de guerra no alto mar gozam de completa imunidade de jurisdição relativamente a qualquer outro Estado que não seja o da sua bandeira.
Não há dúvidas nem pode haver!!!

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Artigo 96.º
Imunidade dos navios utilizados unicamente em serviço oficial não comercial
Os navios pertencentes a um Estado ou por ele operados e utilizados unicamente em serviço oficial não comercial gozam, no alto mar, de completa imunidade de jurisdição relativamente a qualquer Estado que não seja o da sua bandeira.
Para esclarecer que somente navios em serviço comercial podem ser parados em alto mar.

Citar
Artigo 100.º
Dever de cooperar na repressão da pirataria

Todos os Estados devem cooperar em toda a medida do possível na repressão da pirataria no alto mar ou em qualquer outro lugar que não se encontre sob a jurisdição de algum Estado.
Se é que existia dúvidas sobre o dever do estado Somali, fica o artigo 100.

Citar
Artigo 101.º
Definição de pirataria

Constituem pirataria quaisquer dos seguintes actos:
a) Todo o acto ilícito de violência ou de detenção ou todo o acto de depredação cometidos, para fins privados, pela tripulação ou pelos passageiros de um navio ou de uma aeronave privados, e dirigidos contra:
i) Um navio ou uma aeronave em alto mar ou pessoas ou bens a bordo dos mesmos;
ii) Um navio ou uma aeronave, pessoas ou bens em lugar não submetido à jurisdição de algum Estado;
b) Todo o acto de participação voluntária na utilização de um navio ou de uma aeronave, quando aquele que o pratica tenha conhecimento de factos que dêem a esse navio ou a essa aeronave o carácter de navio ou aeronave pirata;
c) Toda a acção que tenha por fim incitar ou ajudar intencionalmente a cometer um dos actos enunciados na alínea a) ou b).

Citar
Artigo 103.º
Definição de navio ou aeronave pirata

São considerados navios ou aeronaves piratas os navios ou aeronaves que as pessoas, sob cujo controlo efectivo se encontrem, pretendem utilizar para cometer qualquer dos actos mencionados no artigo 101.º Também são considerados piratas os navios ou aeronaves que tenham servido para cometer qualquer de tais actos, enquanto se encontrem sob o controlo das pessoas culpadas desses actos.

Artigo 104.º
Conservação ou perda da nacionalidade de um navio ou aeronave pirata

Um navio ou uma aeronave pode conservar a sua nacionalidade, mesmo que se tenha transformado em navio ou aeronave pirata. A conservação ou a perda da nacionalidade deve ser determinada de acordo com a lei do Estado que tenha atribuído a nacionalidade.

Artigo 105.º
Apresamento de um navio ou aeronave pirata

Todo o Estado pode apresar, no alto mar ou em qualquer outro lugar não submetido à jurisdição de qualquer Estado, um navio ou aeronave pirata, ou um navio ou aeronave capturados por actos de pirataria e em poder dos piratas e prender as pessoas e apreender os bens que se encontrem a bordo desse navio ou dessa aeronave. Os tribunais do Estado que efectuou o apresamento podem decidir as penas a aplicar e as medidas a tomar no que se refere aos navios, às aeronaves ou aos bens sem prejuízo dos direitos de terceiros de boa fé.

Artigo 106.º
Responsabilidade em caso de apresamento sem motivo suficiente

Quando um navio ou uma aeronave for apresado por suspeita de pirataria, sem motivo suficiente, o Estado que o apresou será responsável, perante o Estado de nacionalidade do navio ou da aeronave, por qualquer perda ou dano causado por esse apresamento.

Artigo 107.º
Navios e aeronaves autorizados a efectuar apresamento por motivo de pirataria

Só podem efectuar apresamento por motivo de pirataria os navios de guerra ou aeronaves militares, ou outros navios ou aeronaves que tragam sinais claros e sejam identificáveis como navios ou aeronaves ao serviço de um governo e estejam para tanto autorizados.

Espero ter contribuído para o esclarecimento de algumas mentes menos esclarecidas e mais interessadas em picardias e menos em esclarecer, procurar e divulgar.
Vamos ser mais construtivos, para que este nosso fórum não descambe mais. Estamos a perder muitos valores por causa de situações como aquelas que vemos descritas neste tópico, entre outros...

Abraço
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Camuflage em Novembro 23, 2009, 12:26:22 am
Não sei nem entendo esta coisa da pirataria, o porquê do ênfase todo nisto. No sudeste asiático já existia há muitooos anos e continua a existir, a diferença é que esvaziavam a carga do navio e/ou ficavam com o mesmo, não pediam resgates outros pediam.
Todas as empresas souberam precaver-se contratando mercenários, o que levou a que os piratas também começassem a ter melhor equipamento, mas a questão vai sendo resolvida em todo caso com mercenários a bordo, não é preciso natos... cheira-me mas é que há interesses secundários na zona e isto é apenas uma desculpa.
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: SSK em Novembro 23, 2009, 10:23:25 pm
Boas,

Não se esqueça que essa questão da pirataria no sudoeste asiático passava-se no Estreito de Malaca. Esta zona era assolada com ataques de piratas, sem os recursos navais e de armamento que têm estes. Mas, o ponto mais importante nem é este, mas sim, o facto do a travessia do Estreito de Malaca era relativamente curta, e se compararmos com o mar da Somália era minúscula. Na altura as companhias de navegação optaram por efectuar a passagem do Estreito com todas as mangueiras de combate a incêndios em carga e com toda a guarnição em "postos de combate", coisa que é insustentável nesta nova situação.
Se existem outros interesses não sei, só conheço estes factos que relatei.

Abraço
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: ShadIntel em Junho 02, 2010, 11:37:13 pm
As discussões relativas ao assalto israelita à frota de navios com destino a Gaza, no dia 31 de Maio de 2010, devem ser centralizadas no seguinte tópico:

 :arrow:  Assalto à frota de navios com destino a Gaza (http://http)
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lusitano89 em Junho 17, 2010, 08:36:16 pm
Pirataria marítima gera 100 milhões de dólares anuais


A ONU calcula que a pirataria marítima não gera atualmente mais de 100 milhões de dólares anuais, mas adverte que este tipo de crime tende a aumentar e a reforçar as ligações com milícias e movimentos de guerrilha.
A Agência das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (ONUDD) refere, num relatório hoje divulgado, que o número de ataques de pirataria no Corno de África duplicou em 2009 para 217 incidentes. Em 2008, a ONU registou 111 ataques.

“Em termos relativos, a pirataria gera fortunas, mas em termos absolutos gera cerca de 100 milhões de dólares anuais”, dos quais só uma quarta parte vai para os piratas e o resto é encaminhado para o crime organizado, de acordo com as estimativas da ONU.

Ao contrário de outros delitos relacionados com o crime organizado, a pirataria marítima, na origem, “não é um problema de tráfico”, porque não efetua trocas ilícitas para satisfazer as exigências de mercados paralelos.

“Mas é um crime violento que se apropria de bens através da intensa circulação internacional de barcos comerciais”, assinala a ONUDD, no relatório intitulado “A Globalização do Crime: uma avaliação da ameaça do crime organizado transfronteiriço”.

O documento sublinha que na pirataria moderna os barcos dos países mais ricos são atacados por piratas de regiões pobres, apesar da vigilância das poderosas forças navais internacionais.

A ONUDD distingue dois tipos clássicos de pirataria: num o objetivo é roubar o navio e a respetiva carga, enquanto existem outros casos em que a meta é o sequestro da tripulação da embarcação e exigir um resgate monetário.

Mas a actividade dos piratas da Somália, cada vez mais frequente, “é a única que quase sempre incluiu o crime de sequestro para conseguir o dinheiro de regaste”, afirmaram os peritos das Nações Unidas.

No passado, indica o relatório, a pirataria ao largo da costa da Somália estava ligada aos esforços dos pescadores locais para formar grupos de vigilância e de proteção destas águas territoriais, mas hoje estes objetivos políticos parecem ser completamente secundários.

“Enquanto persiste a retórica, o verdadeiro objetivo destes ataques é o enriquecimento dos piratas”, que se afastam cada vez mais das costas somalis e atacam cargueiros, cruzeiros e outras embarcações que não têm qualquer ligação com a Somália”, destaca o mesmo relatório.

Os ataques incluem, nomeadamente, navios que transportam ajuda alimentar para o país, acrescenta.

Apesar da maioria dos ataques de pirataria serem conduzidos por um pequeno número de grupos, o documento da ONU observa que alguns já têm “algumas ligações" com milícias ou movimentos de guerrilha.

As Nações Unidas alertam que esta situação “pode mudar de forma muito rápida” e aumentar a ameaça destes ataques.

Lusa
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lusitano89 em Julho 28, 2010, 06:45:02 pm
Pirataria na Somália: aspirinas, antibióticos e cirurgias
Nuno Sardinha Monteiro


Sintomas da doença

Tem-se assistido, nos últimos anos, a um recrudescer dos actos de pirataria, que podem ser definidos como abordagens ou tentativas de abordagem de um navio com o objectivo de cometer roubo ou outro crime e envolvendo a utilização efectiva de força ou a intenção de o fazer. Em 2008, contabilizaram-se, em todo o mundo, 293 actos de pirataria, dos quais 111 se verificaram no Corno de África (38% do total). Em 2009, o número global elevou-se para 406, com a incidência no Corno de África a aumentar para 53% do total, correspondentes a 217 ocorrências.

Estes valores mostram que existe um problema naquela região, tanto mais importante quanto ali passam cerca de 20 000 navios por ano. Isso significa que o regular fluxo de tráfego marítimo, que é um dos sustentáculos da economia globalizada em que vivemos, está sob ataque, por parte de organizações e de gangs somalis que fazem da pirataria o seu modo de vida.

Causas da doença

Antes de abordar as causas para a situação na Somália, importa referir que existe um complexo de problemas na região, que afecta não só esse país, mas também outros como o Iémen, o Djibuti ou a Etiópia. Todos eles apresentam elevadíssimas taxas de natalidade, mas as fracas condições naturais associadas à escassez de recursos dificultam enormemente a subsistência das respectivas populações. Esta mistura acaba por provocar autênticas tragédias humanitárias e por empurrar muitos jovens (e outros menos jovens) para a criminalidade: terrorismo, traficâncias, pirataria, etc.

Foi neste contexto geral que, nos anos mais recentes, a actividade dos piratas somalis cresceu acentuadamente, ajudada por um conjunto de causas, entre as quais se pode apontar uma causa endémica ou geral (na base de toda a anarquia que se vive na Somália) e três causas particulares (mais ligadas à questão da pirataria, em concreto).

A causa endémica é a desestruturação da Somália, que se transformou num Estado falhado a partir de 1991, com a queda do seu último Governo efectivo, chefiado pelo General Muhammad Siad Barre. O caos e a permissividade imperam em quase todo o território, não havendo qualquer autoridade capaz de restabelecer a lei e a ordem, o que propicia o aumento das actividades ilegais, quer em terra, quer no mar.

Quanto às causas particulares, a primeira remete directamente para o sentimento de impotência dos somalis face à depredação dos seus recursos de pesca por embarcações estrangeiras, que actuavam ilegal e impunemente nas águas sob soberania ou jurisdição da Somália.

A segunda causa particular tem a ver com a constatação da realização de despejos de resíduos tóxicos nas águas jurisdicionais somalis, que terão, alegadamente, provocado malformações na respectiva população.

Finalmente, a terceira causa particular que levou muitos somalis para a pirataria foi o tsunami de 26 de Dezembro de 2004, que se fez sentir com muita intensidade ao longo da costa deste país, matando milhares de pessoas e devastando vilas inteiras. Muitos pescadores, tendo perdido as embarcações e os utensílios que lhes asseguravam o sustento, viraram-se para a pirataria marítima, como alternativa de sobrevivência.

Cirurgia

As causas profundas para a pirataria no Corno de África tornam extremamente difícil encontrar uma solução para o problema, pois a perspectiva do lucro fácil, através de actividades piratas, tenderá a funcionar sempre como um chamariz para populações com dificuldades crónicas. A isso acresce o facto de a pirataria, naquela região, ser actualmente um negócio – e um negócio altamente rentável – controlado por organizações criminosas internacionais, que são quem mais lucra com os resgates pagos pelos navios e pelas tripulações sequestradas.

De qualquer maneira, a solução terá que passar por tentar assegurar condições de governabilidade e de alguma normalidade política e institucional na Somália, que permitam restaurar a autoridade do Estado e estabelecer uma economia viável. Isso requer uma acção de state building abrangente, que integre as várias dimensões essenciais à edificação de uma nação, começando inevitavelmente por uma intervenção militar em larga escala, mas incluindo a reconciliação política, o fomento da governação, a reconstrução económica e o fortalecimento das instituições e da sociedade civil.

Não será uma tarefa fácil, pois a falta de condições e de recursos naturais na Somália dificultarão qualquer tentativa de estabelecimento de uma economia estável e de promoção de formas de vida alternativas à pirataria. Além disso, não parece haver vontade nem capacidade para uma intervenção militar alargada na Somália, essencialmente por três motivos.

Em primeiro lugar, as organizações internacionais e os países capazes de o fazer estão exauridos, devido ao esforço que está a ser necessário desenvolver no Afeganistão e no Iraque, não parecendo existir capacidade sobrante para encetar mais uma intervenção.

Em segundo lugar, o prolongamento no tempo das guerras no Afeganistão e no Iraque também contribui para que os decisores políticos vejam com grande relutância uma intervenção na Somália, que, também ela, se poderia arrastar por tempo indeterminado.

Finalmente, ninguém quererá ver repetida a humilhação sofrida pelos norte-americanos em 1993 em Mogadíscio, na Somália, a qual foi perpetuada no filme Black Hawk Down (Cercados).

Ou seja, existe um problema na Somália, mas não existe disponibilidade para tentar atacar o problema pela raiz. Fazendo uma analogia com a medicina, temos um paciente com uma doença grave, com indicação cirúrgica, mas não há disponibilidade de salas de operações, de cirurgiões e de enfermeiros para efectuar a cirurgia. Assim, na impossibilidade de efectuar a cirurgia, torna-se necessário actuar com aspirinas e antibióticos, para mitigar o sofrimento do doente, para que a doença não alastre e para ajudar a que o corpo se regenere.

Aspirinas

A comunidade internacional percebeu, assim, que a única forma que dispunha para atenuar este problema no imediato seria o patrulhamento por navios de guerra, cuja actuação encontra suporte legal, essencialmente, na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e em várias Resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Logo em Outubro de 2008, a NATO, em resposta a um pedido da ONU para protecção dos navios do “Programa Alimentar Mundial”, que asseguravam o fornecimento de alimentos à Somália, lançou a operação ALLIED PROVIDER, que permitiu assegurar a entrega de 30 000 toneladas de ajuda humanitária à Somália. A partir de Março de 2009, a NATO desencadeou a operação ALLIED PROTECTOR, com um mandato mais alargado, que visava também dissuadir, prevenir e reprimir actos de pirataria ao largo da costa da Somália, bem como proteger navios mercantes vulneráveis que navegavam na área.

Em Agosto de 2009, a operação ALLIED PROTECTOR deu lugar à operação OCEAN SHIELD (ainda em curso e com duração prevista até final de 2012), com uma abordagem de combate à pirataria mais alargada e holística: que, no jargão da NATO, se designa como comprehensive aproach.

Importa referir que – no quadro do comando da força-tarefa da Aliança Atlântica Standing NATO Maritime Group 1, exercido pelo nosso país entre Janeiro de 2009 e Janeiro de 2010 – o Contra-almirante Pereira da Cunha comandou a operação ALLIED PROTECTOR entre Março e Junho de 2009 (sendo a fragata “Corte-Real” o navio-almirante) e a operação OCEAN SHIELD entre Novembro de 2009 e Janeiro de 2010 (com a fragata “Álvares Cabral” como navio-almirante).

Também a UE encetou, no Corno de África, a operação ATALANTA, a primeira missão naval ao abrigo da Política Europeia de Segurança e Defesa. Esta operação foi lançada formalmente no dia 9 de Dezembro de 2008 e tem duração prevista até Dezembro de 2010, tendo contado com um oficial português no estado-maior embarcado até Abril deste ano.

Importa acrescentar que, além das forças da NATO e da UE, estão presentes na área navios da Arábia Saudita, da China, da Coreia do Sul, da Índia, do Irão, do Japão e da Rússia, bem como uma força-tarefa liderada pelos EUA.

Antibióticos

Como referido acima, a NATO alargou, em Agosto de 2009, o âmbito da sua missão de combate à pirataria somali, a qual passou a incluir o apoio aos Estados da região, a seu pedido, na edificação de capacidades que lhes permitam combater de forma autónoma a pirataria. Esta vertente da missão pretende complementar as operações anti-pirataria, no mar, que continuam a ser o foco da intervenção da NATO.

Em Janeiro deste ano, a UE também aprovou uma nova missão militar para a região, que consistirá na formação, no Uganda, de cerca de 2000 soldados somalis por uma centena de instrutores europeus, entre os quais está prevista a participação de uma equipa de 15 militares do Exército Português. A UE pretende com esta missão, a ser desenvolvida em cooperação com a União Africana, capacitar as forças de segurança somalis para o desempenho autónomo da sua missão.

Dessa forma, tanto a NATO como a UE adaptaram o conceito das operações que estavam a realizar no Corno de África, de forma a passarem a incluir o treino e a formação de forças de segurança locais, tarefas de inegável complementaridade às operações navais multinacionais de combate à pirataria.

Considerações finais

A edificação de capacidades de segurança na Somália mostra que a comunidade internacional, além de atenuar os sintomas (através das operações navais em curso), começa agora a atacar também as causas do problema. Ainda sem uma intervenção integrada e articulada de state building (por não haver vontade nem capacidade para o fazer), mas já com missões de capacity building, apontadas às causas do problema.

No entanto, esta realidade não pode nem deve apagar dois aspectos importantes relativos à presença de navios de guerra na área.

O primeiro é que se torna fundamental que as marinhas de guerra continuem na costa da Somália, como forma de conter o problema, evitando que ele alastre e interrompa os fluxos marítimos regulares, com inevitáveis consequências na economia mundial e na vida de cada um de nós.

O segundo é que, ao contrário do que muitas vezes se tem tentado fazer crer, os números mostram que a actuação das marinhas tem sido bastante eficaz. Conforme se referiu acima, em 2009 contabilizaram-se em todo o mundo 406 actos de pirataria. Desses, 217 foram perpetrados por piratas somalis, sendo que a sua área de actuação já extravasou do Corno de África e do Golfo de Áden, tendo-se alargado a praticamente todo o Oceano Índico, nomeadamente às costas do Quénia, da Tanzânia, das Seicheles e de Madagáscar. Todavia, os piratas somalis apenas conseguiram concretizar 48 das 217 tentativas de abordagem que efectuaram, o que significa que a sua taxa de sucesso foi de 22,1%. Já no resto do mundo, das 189 tentativas de abordagem concretizaram-se 154, o que corresponde a uma taxa de sucesso de 81,5%.

A maior limitação das operações navais de combate à pirataria tem sido o destino a dar aos suspeitos capturados, já que o crime de pirataria não está previsto no ordenamento jurídico-penal da maior parte dos países (incluindo de Portugal). Contudo, isso não influencia o dever dos comandantes dos navios de guerra de actuarem perante actos de pirataria, pois a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar a isso obriga. A referida limitação tem obrigado alguns países a extraditar ou a entregar os presumíveis piratas a um Estado que tenha legitimidade para julgar, tendo sido estabelecidos já vários acordos com esse propósito com países da região. Todavia, essa não parece vir a ser a melhor solução para este efeito. A solução que se afigura mais adequada, para julgar os suspeitos de pirataria, consiste na criação de um tribunal híbrido (semelhante ao criado no Cambodja), conforme tem sido proposto internacionalmente por Portugal. Esse tribunal funcionaria transitoriamente e seria integrado no sistema de justiça somali, sendo constituído por juízes, promotores e advogados de defesa somalis e estrangeiros, que aplicariam a lei interna somali, para o julgamento de actos de pirataria.

De qualquer maneira, apesar da limitação referida, é inegável que a presença das marinhas de guerra no Corno de África tem sido essencial para dissuadir, prevenir e reprimir esta actividade.

Importa, aliás, referir que mesmo que a comunidade internacional consiga envolver-se activamente no state building da nação somali, a pirataria no mar dificilmente acabará, pois a perspectiva de lucro fácil vai continuar a atrair boa parte da população. Nesse quadro, as operações navais em curso, continuarão a ser essenciais para assegurar a liberdade da navegação, numa região fundamental para a economia globalizada de hoje, onde passam 8% do comércio marítimo e 12% do petróleo mundiais. Além disso, essas operações navais, combinadas com a edificação de capacidades de segurança ao nível regional, constituem a única forma de, a curto e médio prazo, conter um problema que pode ter consequências extremamente graves para a economia mundial.

Jornal Defesa
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: legionario em Julho 28, 2010, 06:57:34 pm
O que se passa na regiao do Corno de Africa nao sao  simples casos de pirataria e levanta diversas interrogaçoes sobre as capacidades e os recentes equipamentos de que dispôem em terra estes "fora-da-lei".

Estes atos de pirataria levaram a uma internacionalizaçao do Mar Vermelho e interessa saber a quem é que esta situaçao aproveita. Quem é que tem interesse em fazer pressao sobre o Egipto, desviando uma parte do trafico maritimo do Canal do Suez para a rota do Cabo da Boa-Esperança fazendo perder a este pais mais de 15 milhoes de dolares por dia ; quem é que tem interesse em criar uma situaçao de tensao na regiao para ai realizar interesses estratégicos.

Segundo um conhecido analista arabe, Dr Hachem Abdou, a parte interessada nesta tensao (ele refere-se certamente a Israel sem citar este pais) procura convencer a comunidade internacional da necessidade de controlar esta via maritima sob pretexto de assegurar a segurança maritima, dos aprovisionamentos de energia e para impedir o fornecimento de armas aos milicianos islamistas , os Shebab, que controlam a maior parte da Somalia.

Outro analista arabe, Jalel Aref, pergunta como é possivel os piratas disporem em terra de meios de defesa anti-aérea, de misseis guiados por satélite, de computadores e de outros equipamentos sofisticados. Isto pode significar que certos paises fecham os olhos à pirataria por razoes estratégicas, politicas e economicas, pois o Mar Vermelho é a unica via de navegaçao onde os paises arabes sao dominantes dependendo dela para as suas exportaçoes e importaçoes.

Depois do desvio do super-petroleiro saudita Sirius Star pelos piratas somalis, os islamistas proximos de Al-Qaida sairam a terreiro para denunciar os atos de pirataria, que segundo eles, sao orquestrados por Israel a fim de justificar o controlo do Mar Vermelho pelos EUA/Israel.
Um chefe proximo daquela organizçao terrorista, Cheikh Al-Ali, exorta os moudjahidine da Somalia (Shebab) a eliminar os piratas cujos atos sao explorados  pelos ocidentais para controlar a regiao.

Para este comentario inspirei-me em artigos publicados nos jornais Al-Riyad e Al-Iqtissadia e destina-se à reflexao dos foristas, nao representando obrigatoriamente a minha opiniao pessoal.
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Duarte em Julho 28, 2010, 07:23:16 pm
Citação de: "legionario"
O que se passa na regiao do Corno de Africa nao sao  simples casos de pirataria e levanta diversas interrogaçoes sobre as capacidades e os recentes equipamentos de que dispôem em terra estes "fora-da-lei".

Estes atos de pirataria levaram a uma internacionalizaçao do Mar Vermelho e interessa saber a quem é que esta situaçao aproveita. Quem é que tem interesse em fazer pressao sobre o Egipto, desviando uma parte do trafico maritimo do Canal do Suez para a rota do Cabo da Boa-Esperança fazendo perder a este pais mais de 15 milhoes de dolares por dia ; quem é que tem interesse em criar uma situaçao de tensao na regiao para ai realizar interesses estratégicos.

Segundo um conhecido analista arabe, Dr Hachem Abdou, a parte interessada nesta tensao (ele refere-se certamente a Israel sem citar este pais) procura convencer a comunidade internacional da necessidade de controlar esta via maritima sob pretexto de assegurar a segurança maritima, dos aprovisionamentos de energia e para impedir o fornecimento de armas aos milicianos islamistas , os Shebab, que controlam a maior parte da Somalia.

Outro analista arabe, Jalel Aref, pergunta como é possivel os piratas disporem em terra de meios de defesa anti-aérea, de misseis guiados por satélite, de computadores e de outros equipamentos sofisticados. Isto pode significar que certos paises fecham os olhos à pirataria por razoes estratégicas, politicas e economicas, pois o Mar Vermelho é a unica via de navegaçao onde os paises arabes sao dominantes dependendo dela para as suas exportaçoes e importaçoes.

Depois do desvio do super-petroleiro saudita Sirius Star pelos piratas somalis, os islamistas proximos de Al-Qaida sairam a terreiro para denunciar os atos de pirataria, que segundo eles, sao orquestrados por Israel a fim de justificar o controlo do Mar Vermelho pelos EUA/Israel.
Um chefe proximo daquela organizçao terrorista, Cheikh Al-Ali, exorta os moudjahidine da Somalia (Shebab) a eliminar os piratas cujos atos sao explorados  pelos ocidentais para controlar a regiao.

Para este comentario inspirei-me em artigos publicados nos jornais Al-Riyad e Al-Iqtissadia e destina-se à reflexao dos foristas, nao representando obrigatoriamente a minha opiniao pessoal.

Bem me parecia que os malditos judeus é que eram culpados pela pirataria na Somália. Só podia ser..  :mrgreen:
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: typhonman em Agosto 05, 2010, 10:36:26 pm
Mísseis guiados por satélite, enfim.... :mrgreen:

Nada que o legionário não nos tenha habituado.
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: HSMW em Agosto 05, 2010, 11:07:18 pm
:rir:
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: legionario em Setembro 13, 2010, 06:27:45 pm
Quebro os meus votos de silencio neste forum so para responder a estes dois ultimos comentarios .
Os seus autores, antes de me responder deveriam talvez informar-se sobre o assunto. Se sao ignorantes sobre o tema, informem-se !
Deixo aqui algumas dicas para aprenderem alguma coisa sobre o assunto, façam em seguida uma busca na net porque eu nao vou perder o meu tempo com vc's os 2.

-Captura e natureza da carga dos barcos :    MV Faina ,   Al-Mizan    e Maersk Alabama (este ultimo barco foi atacado duas vezes, interessa o primeiro ataque, pois o segundo foi repelido).

- Quem é e o que faz o senhor Vadim Alperin, aka Vadim Oltrena, aka Vadim Galperin, e na busca relacionar este homem com a Somalia

- Consultar o site "Mer et Marine" , lêr o artigo : "Les pirates en mesure d'abattre des hélicopetères ? "

Fazer uma busca na net, relacionando os piratas da Somalia com  "radars" ; "GPS" ;  "AIS"  (automatic identification system).

Se precisarem de ajuda nas vossas buscas, sobretudo nao ma peçam...tenho mais que fazer !

NT : chamo tambem a atençao dos dois "espertos" para o meu ultimo paragrafo do comentario em questao :  
"Para este comentario inspirei-me em artigos publicados nos jornais Al-Riyad e Al-Iqtissadia e destina-se à reflexao dos foristas, nao representando obrigatoriamente a minha opiniao pessoal."
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: typhonman em Setembro 13, 2010, 08:43:39 pm
Citação de: "legionario"
Quebro os meus votos de silencio neste forum so para responder a estes dois ultimos comentarios .
Os seus autores, antes de me responder deveriam talvez informar-se sobre o assunto. Se sao ignorantes sobre o tema, informem-se !
Deixo aqui algumas dicas para aprenderem alguma coisa sobre o assunto, façam em seguida uma busca na net porque eu nao vou perder o meu tempo com vc's os 2.

-Captura e natureza da carga dos barcos :    MV Faina ,   Al-Mizan    e Maersk Alabama (este ultimo barco foi atacado duas vezes, interessa o primeiro ataque, pois o segundo foi repelido).

- Quem é e o que faz o senhor Vadim Alperin, aka Vadim Oltrena, aka Vadim Galperin, e na busca relacionar este homem com a Somalia

- Consultar o site "Mer et Marine" , lêr o artigo : "Les pirates en mesure d'abattre des hélicopetères ? "

Fazer uma busca na net, relacionando os piratas da Somalia com  "radars" ; "GPS" ;  "AIS"  (automatic identification system).

Se precisarem de ajuda nas vossas buscas, sobretudo nao ma peçam...tenho mais que fazer !

NT : chamo tambem a atençao dos dois "espertos" para o meu ultimo paragrafo do comentario em questao :  
"Para este comentario inspirei-me em artigos publicados nos jornais Al-Riyad e Al-Iqtissadia e destina-se à reflexao dos foristas, nao representando obrigatoriamente a minha opiniao pessoal."

Mas alguém te perguntou alguma coisa ?
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: FoxTroop em Setembro 14, 2010, 12:38:39 am
Citação de: "typhonman"
Citação de: "legionario"
Quebro os meus votos de silencio neste forum so para responder a estes dois ultimos comentarios .
Os seus autores, antes de me responder deveriam talvez informar-se sobre o assunto. Se sao ignorantes sobre o tema, informem-se !
Deixo aqui algumas dicas para aprenderem alguma coisa sobre o assunto, façam em seguida uma busca na net porque eu nao vou perder o meu tempo com vc's os 2.

-Captura e natureza da carga dos barcos :    MV Faina ,   Al-Mizan    e Maersk Alabama (este ultimo barco foi atacado duas vezes, interessa o primeiro ataque, pois o segundo foi repelido).

- Quem é e o que faz o senhor Vadim Alperin, aka Vadim Oltrena, aka Vadim Galperin, e na busca relacionar este homem com a Somalia

- Consultar o site "Mer et Marine" , lêr o artigo : "Les pirates en mesure d'abattre des hélicopetères ? "

Fazer uma busca na net, relacionando os piratas da Somalia com  "radars" ; "GPS" ;  "AIS"  (automatic identification system).

Se precisarem de ajuda nas vossas buscas, sobretudo nao ma peçam...tenho mais que fazer !

NT : chamo tambem a atençao dos dois "espertos" para o meu ultimo paragrafo do comentario em questao :  
"Para este comentario inspirei-me em artigos publicados nos jornais Al-Riyad e Al-Iqtissadia e destina-se à reflexao dos foristas, nao representando obrigatoriamente a minha opiniao pessoal."

Mas alguém te perguntou alguma coisa ?

Tens alguma coisa de jeito a acrescentar ou a rebater ou está a limitar-te a insultar outros?

É que este forum está cada vez mais parecido aos foruns castelhanos. À base do sim porque sim e se não tem como rebater a conversa coloca-se uma estiqueta no interluctor (iberista, anti-semita, comunista, fascita, nacionalista, etc). É uma bela forma de passar ao lado da conversa, sim senhor.....


Ah.... e já agora podes ir falar com quem de direito que eu também sei falar.


P.S: Legionário, seja bem vindo de novo. Podemos não concordar em muita coisa mas aprecio a sua presença por aqui.
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: teXou em Setembro 14, 2010, 12:47:31 am
Mon cher legionario,
Je suis content de te revoir parmi nous.  :mrgreen:  :mrgreen:
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Jorge Pereira em Setembro 15, 2010, 03:06:18 pm
Meus senhores, por favor: Respeito e Cordialidade. O resto não nos leva a lado nenhum :!:
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: typhonman em Setembro 16, 2010, 02:43:10 am
Citação de: "FoxTroop"
Citação de: "typhonman"
Citação de: "legionario"
Quebro os meus votos de silencio neste forum so para responder a estes dois ultimos comentarios .
Os seus autores, antes de me responder deveriam talvez informar-se sobre o assunto. Se sao ignorantes sobre o tema, informem-se !
Deixo aqui algumas dicas para aprenderem alguma coisa sobre o assunto, façam em seguida uma busca na net porque eu nao vou perder o meu tempo com vc's os 2.

-Captura e natureza da carga dos barcos :    MV Faina ,   Al-Mizan    e Maersk Alabama (este ultimo barco foi atacado duas vezes, interessa o primeiro ataque, pois o segundo foi repelido).

- Quem é e o que faz o senhor Vadim Alperin, aka Vadim Oltrena, aka Vadim Galperin, e na busca relacionar este homem com a Somalia

- Consultar o site "Mer et Marine" , lêr o artigo : "Les pirates en mesure d'abattre des hélicopetères ? "

Fazer uma busca na net, relacionando os piratas da Somalia com  "radars" ; "GPS" ;  "AIS"  (automatic identification system).

Se precisarem de ajuda nas vossas buscas, sobretudo nao ma peçam...tenho mais que fazer !

NT : chamo tambem a atençao dos dois "espertos" para o meu ultimo paragrafo do comentario em questao :  
"Para este comentario inspirei-me em artigos publicados nos jornais Al-Riyad e Al-Iqtissadia e destina-se à reflexao dos foristas, nao representando obrigatoriamente a minha opiniao pessoal."

Mas alguém te perguntou alguma coisa ?

Tens alguma coisa de jeito a acrescentar ou a rebater ou está a limitar-te a insultar outros?

É que este forum está cada vez mais parecido aos foruns castelhanos. À base do sim porque sim e se não tem como rebater a conversa coloca-se uma estiqueta no interluctor (iberista, anti-semita, comunista, fascita, nacionalista, etc). É uma bela forma de passar ao lado da conversa, sim senhor.....


Ah.... e já agora podes ir falar com quem de direito que eu também sei falar.


P.S: Legionário, seja bem vindo de novo. Podemos não concordar em muita coisa mas aprecio a sua presença por aqui.


Eu não insultei ninguém, simplesmente não quero saber o que um utilizador que se auto declarou fora deste fórum tenha para dizer e  venha cá mandar "papaias", estou no meu direito, assim como você está no direito de defender a sua "dama".
Esse rótulo é colocado quando as pessoas escrevem aqui argumentos para defender as suas teorias que são completamente rídiculos assim como quando defendem o indefensável, somente isso.

O foxtrot não foi metido na conversa, se tem ressentimentos antigos por outros post´s em que tenhamos estado em desacordo tenho pena, mas excusa de se virar contra mim.

Cumprimentos
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: FoxTroop em Setembro 16, 2010, 11:59:14 am
Citar
Eu não insultei ninguém, simplesmente não quero saber o que um utilizador que se auto declarou fora deste fórum tenha para dizer e venha cá mandar "papaias", estou no meu direito, assim como você está no direito de defender a sua "dama".
Esse rótulo é colocado quando as pessoas escrevem aqui argumentos para defender as suas teorias que são completamente rídiculos assim como quando defendem o indefensável, somente isso.

O foxtrot não foi metido na conversa, se tem ressentimentos antigos por outros post´s em que tenhamos estado em desacordo tenho pena, mas excusa de se virar contra mim

Insultou sim e nem se deu ao trabalho de cruzar as informações que o legionário colocou. Para mais, se não quer saber do que o legionário diz, passa à frente e não dá troco (afinal as ideias dele não são ridiculas?). Se pensa que eu estou aqui para defender uma "dama", olhe que quem passou por onde passou, que é o caso de legionário, certamente não precisa de ninguém para falar por ele. Para mais, discordo em absoluto com algumas das visões e prespectivas que o mesmo tem sobre Portugal e o mundo, mas continuo a respeitá-lo.

Assim como concordo com pontos de vista seus, e discordo em absoluto noutros, não me dá o direito de o perseguir com insultos velados, rotulando-o de isto ou aquilo, até que se irrite e deixe o forum. Por isso não se trata de algum "ressentimento" por divergirmos em assuntos anteriores mas sim de engolir mal esse tipo de atitudes.
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: typhonman em Setembro 16, 2010, 06:31:35 pm
Concerteza que o seu conceito de insulto é diferente do meu, mas adiante, fiquemos por aqui que é melhor.

Cumprimentos.
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Cabecinhas em Outubro 10, 2010, 02:56:08 pm
Recebi isto hoje na caixa de correio.


Citar
Resumindo o video:
Um petroleiro russo foi aprisionado por piratas somalis.
A força naval  da União Européia, que patrulha aquelas águas, não interferiu temendo baixas na ação.
Os comandos navais russos são acionados. Resgatam o petroleiro, libertam seus compatriotas e transferem os piratas, inclusive os feridos, de volta para o  barco pirata, que é vasculhado em busca de armamento que, como se vê é numeroso.
Falam em russo (um pirata, muito ferido, diz algo em inglês).
Voltam para o próprio vaso de guerra, de onde assistem ao afundamento do barco pirata, em consequência das  explosões das cargas por eles lá instaladas.

"Os comandos afundam o barco com os piratas sem qualquer procedimento legal (tribunal, processo, advogados,etc.) Usaram as leis contra pirataria dos séculos 18 e 19, quando o capitão do navio de resgate tinha o direito de decidir o que fazer com os piratas. Normalmente eles eram enforcados.
Os navios russos não mais serão alvo dos piratas somalis."

E ainda fotografam e filmam tudo...e colocam na Internet !
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: HSMW em Outubro 10, 2010, 03:10:30 pm
Estes russos é que sabem trabalhar!
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: João Vaz em Outubro 13, 2010, 06:07:37 pm
Pois aposto que eles se inspiraram no sistema anti-pirataria português em vigor no século XVI nas mesmas águas...

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.nectonsub.com.br%2Fbblog%2Fpictures%2Ff9b5c285acb6d058a3db6944ad73c972.jpg&hash=b8059dce4a8e58127cf4e2514c956dc5)

Logo na primeira armada que chegou à Índia, o nosso Vasco da Gama não foi de modas e incendiou uma nau de Meca (leia-se, de comerciantes árabes) deixando-a a deriva com tripulação e passageiros  :?  Não havia ONGs

Foi o início do sistema de navegação restrita aos armadores possuidores de "cartazes" (passaportes concedidos pelas autoridades portuguesas na Índia). À falta do mesmo, era chumbo na madeira. Ah, mas nós dispunhamos dessas duas "ligeiras" vantagens: o resto da malta navegadora quase não utilizava artilharia a bordo (e a que armava era inferior), além das próprias técnicas de construção naval na orla do Índico serem manifestamente frágeis quando comparadas com as europeias.
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 26, 2010, 05:00:47 pm
A pirataria marítima: envolvente e cenários
Alexandre Reis Rodrigues

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fjonbowermaster.com%2Fblog%2Fwp-content%2Fuploads%2F2010%2F04%2Fsomali_pirates3.jpg&hash=81a2f67dae4d0b49fe9dc2f0470ee856)

Introdução

“Global commons” é uma expressão que designa «os espaços que não estão sob o controlo directo de qualquer estado mas que são vitais para o acesso e ligação a quaisquer pontos do mundo». Na interpretação actual, são as águas e espaço aéreo internacionais, o espaço exterior (outer space) e o ciberespaço. No entanto, o termo abrange também as zonas económicas exclusivas onde os respectivos estados costeiros têm direitos sobre os recursos mas não têm competência sobre como regular outras actividades de onde, por exemplo, possam surgir ameaças.

Num contexto de segurança em que a utilização livre e segura desses espaços está bem menos garantida do que estava no passado, este assunto é da maior actualidade. As razões são conhecidas; resultam de um conjunto diversificado de ameaças opacas e difusas, provenientes de grupos que operam à margem da comunidade internacional e cujos alvos principais são as bases financeiras, económicas, políticas e sociais em que assenta o funcionamento das nossas sociedades. Relembro duas recentes evidências desta situação: a pirataria nas costas da Somália e o ataque cibernético que sofreu a Estónia em 2007.

Estas circunstâncias obrigaram a rever a prioridade sob que devem ser encaradas as ameaças convencionais à soberania e integridade territorial e as ameaças não convencionais ao acesso e à livre utilização dos “global commons”, as quais precisarão de receber, pelo menos no futuro próximo, a maior parte da nossa atenção.

É aliás o que também nos diz o conceito estratégico da NATO, aprovado a 19 de Novembro, embora não use esta terminologia e, mais curioso, nunca mencione a palavra marítima. Faria bom sentido que a referisse até porque, na descrição do ambiente de segurança, um dos pontos que o conceito destaca é precisamente o facto de «todos os países cada vez mais terem de confiar nas linhas de comunicação vitais, no transporte e rotas de trânsito, de que estão dependentes o comércio internacional, a segurança energética e a prosperidade». Ora isto é essencialmente matéria de segurança marítima, faça-se ou não menção expressa. É da utilização livre e segura desse “global common” que depende, em grande parte, a continuação do processo de globalização, em que a grande maioria dos países aposta para a sua prosperidade e de que o mar é geralmente considerado o principal facilitador.

É sob esta perspectiva de segurança marítima, de visão do mar como espaço de desenvolvimento económico que é preciso proteger de ameaças que possam pôr em causa a passagem livre e segura dos navios em águas internacionais, que pretendo enquadrar o tema da pirataria, afinal o objectivo deste artigo.

Deixo de lado, por não respeitar a esse âmbito, as ameaças que visam o uso do mar para outros tipos de actividades criminosas, por exemplo, na área do tráfico de drogas, de pessoas ou de armamento, mal grado estas ponham também problemas de segurança que podem afectar a estabilidade necessária para que haja progresso.


A pirataria marítima

A pirataria marítima é algo que a opinião pública julgava desaparecido mas que nunca deixou de existir; na verdade, apenas a sua importância, em dimensão e impacto, tem variado ao longo dos tempos. Já era uma preocupação no século XVI; nos séculos XVII e XVIII era um fenómeno quase global e especialmente florescente em diversas áreas. Teve uma época de ouro entre 1650 e 1720.

Começou a perder importância quando algumas potências da época, designadamente a França e o Reino Unido, começaram a reconhecer o comércio por via marítima como a principal fonte de riqueza dos países e deixaram de considerar vantajoso e lucrativo apoiá-la quando dirigida contra navios de países rivais (o “privateering” ou guerra de curso). Hoje, constitui de novo um tema de geral preocupação de políticos e responsáveis pela segurança marítima.

Quando, em 1982, foi finalmente aprovada a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar não se lhe deu suficiente atenção, porque já não fazia parte das preocupações. Admitia-se que se voltasse a ser problema seria facilmente resolvido com o maior número de meios disponíveis e a maior capacidade de efectuar um controlo efectivo do mar. No total dos 320 artigos da Convenção apenas sete foram dedicados à pirataria e mesmo esses foram adoptados tal como tinham sido previstos na Convenção do Alto Mar de 1958, onde aliás apareceu pela primeira vez a definição de pirataria, circunscrevendo-a ao mar alto, situação que se mantém.

Naturalmente, esta abordagem acabou por reflectir-se no direito interno de vários países, entre os quais Portugal, que deixaram de prever o crime de pirataria no seu ordenamento jurídico-legal. Esta situação cria limitações às possibilidades de intervenção das marinhas de guerra dos respectivos países mas a solução desta questão, através de uma alteração ao Código Penal, como fez a Espanha, França e Japão, não altera substancialmente a situação. Fica por resolver o problema de se encontrar uma forma prática e eficaz de lidar com os piratas, uma vez feitos prisioneiros, isto é, accionar a sua apresentação a julgamento (e o subsequente cumprimento da pena aplicada). São duas vertentes a ter em consideração: por um lado, as dificuldades logísticas, administrativas do transporte e apresentação dos detidos para julgamento no país que fez a detenção, um processo que, como facilmente se adivinha, é inevitavelmente complexo, demorado e com encargos financeiros pesados; por outro lado, a necessidade de um ponto de apoio próximo em terra onde os detidos possam ser entregues para ulterior encaminhamento para o país que os julgará. Este ponto de apoio deve ser tão próximo quanto possível da área de operações para que seja mínimo o impacto da deslocação do navio na manutenção do dispositivo naval.

É fácil compreender, à luz do que se acaba de explicar, por que não se encontra generalizada a prática de julgar os piratas detidos, mesmo entre os países onde a pirataria já consta do respectivo direito interno. Na realidade, apenas há registos de julgamentos em cinco países (Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França e Holanda), e, mesmo assim, numa base pontual (experimental), quando estiverem envolvidos cidadãos nacionais.

Para resolver este problema, nas Nações Unidas, estão em análise sete possíveis alternativas de criação de um tribunal ad hoc. É necessário que se faça brevemente uma opção e se proceda à sua implementação no terreno porquanto a solução entretanto acordada pela União Europeia com o Quénia, que se comprometeu, mediante apoios, a fazer o julgamento dos piratas feito prisioneiros, encontra-se suspensa desde Setembro. Uma vez resolvido o problema, será então necessário que a recomendação constante da Resolução n.º 1918 do Conselho de Segurança para que a pirataria volte a ser incluída como crime no direito interno nos países em que isso não se verifique, terá que passar a ter uma resposta positiva generalizada por parte de todos os países envolvidos.


A evolução recente

A forma como tem evoluído o fenómeno, e em particular como cresceu exponencialmente nos últimos quatro anos, mostra-nos que as suas áreas de actuação se têm deslocado em função da mudança da localização dos centros de poder económico, da necessidade de apoios em terra e da proximidade de zonas de grande densidade de navegação. O fenómeno como que vai atrás do crescimento das economias, da importância das linhas de navegação do tráfego petrolífero e da existência de Estados incapazes de lhes negarem o “santuário” de que precisam em terra para actuar no mar, que é precisamente a situação existente na Somália.

Depois de se desvanecer das Caraíbas no século XIX, a pirataria tornou-se mais importante no Pacífico no século XX; hoje, concentra-se na costa oriental de África, mas existe em proporções também alarmantes também na costa ocidental de África e no sul do Mar da China e pontualmente noutras zonas.

O seu objectivo também se alterou; em vez de visar a posse dos navios apreendidos e respectiva carga, passou a ser conseguir um pagamento elevado pelo seu resgate.

Hoje, receia-se que comece a ter uma ligação com o terrorismo marítimo, não obstante as diferentes motivações: ganhos materiais no primeiro caso, objectivos políticos, religiosos ou ideológicos no caso do terrorismo. É, aliás, neste ponto que se centram presentemente as preocupações sobre a forma como poderá evoluir no futuro a segurança marítima. Embora, de momento, se considere que a pirataria se compara e associa melhor com o crime organizado do que com o terrorismo, existem indícios de que esteja a financiar o último; na verdade, há quem refira mesmo evidências, mas as opiniões dividem-se. É muito possível que as organizações terroristas estejam a ver na pirataria uma possibilidade de tornear as dificuldades de financiamento que enfrentam devido à pressão que a comunidade internacional tem feito para cortar, a quem apoia a sua actividade, o acesso a fontes de financiamento externo.

Vários peritos têm alertado para a probabilidade de que o próximo grande ataque terrorista venha por mar, depois de o primeiro ter vindo por via aérea (11 de Setembro) e os segundos terem surgido por vias terrestres (Metro de Londres e Estação de comboios em Madrid). Ninguém consegue adivinhar o futuro. Sabemos, no entanto, que os terroristas, regra geral, procuram o alvo mais fácil e, se possível, o mais inesperado. O transporte marítimo, sendo o menos regulado entre todos os meios de transporte e o que tem menos acompanhado a adopção de medidas de segurança, pode, de facto, tornar-se o alvo ou instrumento mais fácil para uma organização terrorista montar um golpe espectacular, com muitas vítimas e grave perturbação do comércio internacional.

A actual dimensão

O que as estatísticas revelam, nas costas da Somália, é uma situação preocupante mas, no entanto, sem dimensão estratégica. A taxa de incidência de tentativas de ataque e de ataques bem-sucedidos é, respectivamente, de 0,6% e 0,2% do total de 25000 navios que cruzam a área.

Segundo um estudo da RAND Corporation, o prejuízo da actual situação mantém-se em dois por cento do rendimento gerado anualmente pelo comércio marítimo mundial. Provavelmente, seria maior se, por exemplo, se os navios tivessem que substituir a passagem do Índico para o Atlântico, feita presentemente através do Estreito de Bab el Mandeb e Canal do Suez, pela volta ao continente africano, o que corresponderia a mais quinze dias de viagem, a uma velocidade económica de 14 nós.

O International Maritime Board, que faz um registo dos incidentes desde 1991, reportou uma média de cerca de 100 por ano (entre tentados e consumados) até 1994 e depois um crescimento em espiral que em 2000 atingiu 469 ocorrências, pico depois repetido em 2003, ano em que os piratas causaram 23 mortes entre tripulantes dos navios apresados.

A partir desse ano a média total baixou para menos de 400 incidentes mas a partir de 2007 verifica-se um crescimento exponencial nas costas da Somália e no Golfo de Aden, região onde passou a ocorrer a maioria de apreensões de navios mercantes, incluindo super-petroleiros e navios similares.

As estatísticas de 2008 e 2009 mostram o retomar do crescimento global do fenómeno, 306 incidentes em 2008 (mais 8,5% do que em 2007), 406 em 2009 (mais 24,6% do que em 2008).

A Somália, sozinha, foi responsável por 88 dos 100 casos a mais que aconteceram em 2009, o que significa que a sua quota-parte do total global cresceu, em termos percentuais, de 43,8% em 2008 para 54.5% em 2009. No entanto, continuando a falar da Somália, ao contrário deste crescimento de incidentes, o número de ataques bem-sucedidos tem diminuído. Passou de 45,5% em 2008 para 26,5% em 2009; isto é, enquanto em 2008, do total de 134 ataques verificados 73 não se consumaram, em 2009, num total de 222 ataques houve 163 que não se concluíram. Estas estatísticas mostram que o dispositivo naval na Somália, embora não conseguindo impedir o crescimento da pirataria, tem pelo menos conseguido manter o número de navios assaltados em cerca de 0,2% dos 25000 que se estima cruzarem a área, por ano. Naturalmente, estes resultados devem-se também a uma melhor preparação dos navios mercantes para atravessar esta área perigosa.

Em outras partes do mundo em que a pirataria tem também dimensão relevante, o sul do mar da China com 71 casos e a costa ocidental de África com 46 em 2009, as percentagens de ataques consumados é muito superior, respectivamente, 80% e 74%.

Como poderá evoluir a situação


Compreende-se a perplexidade com que alguma opinião pública encara as dificuldades de se acabar, de uma vez por todas, com a pirataria na Somália, tal a desproporção entre os meios sofisticados do dispositivo naval e os equipamentos e armamento rudimentares dos piratas. No entanto, o assunto tem fácil explicação; basta lembrarmo-nos de que, tirando as especificidades de se passar no mar, a pirataria é apenas mais um dos conflitos assimétricos como os outros que longamente defrontamos em terra em várias partes do mundo. O da Somália não será eliminado totalmente sem uma intervenção em terra que reponha a lei e a ordem no país. O seu combate, na essência, nada difere da luta contra o terror, o crime organizado, o tráfico de drogas, etc., nenhum dos quais terá uma solução exclusivamente militar.

Também se compreende o comentário que se ouve fazer frequentemente em defesa de uma postura mais “musculada” das unidades navais na forma de lidar com os piratas. Este aspecto, no entanto, também tem a sua explicação; a actuação dos navios é regulada por “regras de empenhamento” que definem o modo de actuar e como deve ser usada a força, o que por sua vez decorre da estrita observação do Direito Internacional aplicável. Não se vê como poderia ser diferente, mas, como também se observou atrás, há passos a dar, em primeira instância, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas (na criação de um tribunal ad hoc) e depois pelos países que ainda não “criminalizaram” a pirataria (na revisão do seu Código Penal).

De facto, não obstante ter-se conseguido diminuir a percentagem de ataques concretizados, o crescimento do número de ataques tentados, verificado nos dois últimos anos, mostra que continua a faltar um sistema de dissuasão que actue sobre a margem de impunidade com que os piratas actuam.

Mais meios poderiam melhorar marginalmente o resultado do esforço naval que a NATO, a UE e outros países isoladamente têm estado a fazer para conter a situação num baixo nível de risco para a navegação na área, mas a relação custo/eficácia daí resultante não seria atractiva. Hoje, é todo o oceano Índico e não apenas a costa oriental de África que os piratas exploram, deslocando a sua área de actuação em função da presença naval; um dos últimos apresamentos ocorreu precisamente ao largo da Índia.

Se o fenómeno continuar a crescer e atingir um nível de impacto estratégico que, como se disse atrás, hoje não tem, então certamente outras medidas terão que surgir. As primeiras serão, com certeza, desencadeadas pelas companhias de seguros e pelos próprios armadores na sequência da avaliação que fizerem dos custos e riscos de apresamento dos seus navios. Até ao momento, os armadores têm-se limitado a mandar evitar a proximidade das costas da Somália e a arriscarem, em última instância, a possibilidade de terem negociar o pagamento dos resgates exigidos.

Em qualquer caso, os EUA, que são o principal garante da segurança do tráfego marítimo internacional, não deixarão de se antecipar se os seus interesses na manutenção do controle do mar, uma das bases da sua hegemonia militar e domínio económico, estiverem ameaçados.

Se a situação se agravar e forem necessárias medidas mais drásticas, então poderá ser inevitável lidar directamente com as raízes do problema, incluindo possivelmente uma intervenção em terra, circunstância em que o Conselho de Segurança das Nações Unidas terá então que decidir o que é mais importante: se pôr termo à pirataria ou respeitar a soberania do Estado de onde provem, não intervindo em terra.

O objectivo de curto prazo, para além do que compete às Nações Unidas e de continuar o esforço naval de contenção da situação, será melhorar a cooperação internacional, começando pelo nível regional. A esperada aprovação para breve de uma nova estratégia marítima da NATO virá formalizar e dar maior realce a este aspecto e, em particular, à participação da Aliança em tarefas de segurança marítima.

A NATO tem já um longo registo de participação neste tipo de tarefas. A de maior dimensão ocorreu nos Balcãs, na primeira metade da década de noventa, para implementação dos embargos marítimos decretados pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas às antigas Repúblicas da Federação Jugoslávia. A mais longa é a Operação “Active Endeavour” no Mediterrâneo, lançada a seguir ao 11 de Setembro para controlo de navios suspeitos de colaborarem em actividades terroristas, e que permanece activa ainda hoje. O envolvimento no combate á pirataria nas costas da Somália começou em Outubro de 2008, em resposta a um pedido das Nações Unidas para protecção dos navios mercantes a participarem no World Food Program.

No entanto, daqui para a frente, já não se tratará apenas, como foi no passado, de dar resposta a solicitações pontuais de empenhamento de meios. Tratar-se-á de tomar a iniciativa de dinamizar parcerias de colaboração regional que ajudem a limitar o impacto económico, financeiro e de segurança que as novas ameaças estão a criar no domínio marítimo, procurando, numa primeira fase, pôr os seus originadores na defensiva.


Como devem as Marinhas adaptar-se

Como se compreende, esta nova situação levanta interrogações sobre como deve evoluir no futuro a configuração e composição das forças navais, à vista do crescendo de ameaças assimétricas à utilização segura e livre do mar. A principal questão que os planeadores navais debatem é decidir como se deve combinar, num contexto de sérias restrições orçamentais, o factor quantidade com o factor qualidade.

Quantidade é o que deve prevalecer em operações de segurança marítima que se desenrolarão sobretudo no litoral e num contexto de ameaças assimétricas, situações em que o potencial combatente das mais modernas unidades navais não pode ser explorado em todas as suas dimensões e não é geralmente de utilidade decisiva.

Qualidade (sofisticação tecnológica, armamento de precisão, poder de combate à distância, etc.) é o factor onde estão a apostar as novas potências emergentes, com destaque para a China e Índia, seguidas a alguma distância pela Rússia, que tenta regressar ao mar, pelo Brasil e outras potências asiáticas.

Como se definirá o equilíbrio entre estas duas concepções está dependente da forma como se clarificarão as actuais incertezas sobre o futuro da globalização das economias, tendo em conta a relação directa que existe entre esta e o uso do mar para as trocas comerciais de que o processo está quase totalmente dependente.

Estados incapazes de tirar benefícios da globalização, ou não interessados em acompanhá-la, continuarão a ser fontes de conflito e instabilidade, facilitando, ou não conseguindo impedir, a interferência de actores fomentadores de instabilidade. Esta possibilidade obrigará a planear para situações de ameaças assimétricas, mas a eventualidade de conflitos entre estados, embora mais remota, continuará como uma hipótese que os planeadores não arriscarão excluir, principalmente no caso das grandes potências ou países com importantes interesses marítimos.

Jornal Defesa
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Cabecinhas em Janeiro 20, 2011, 12:40:27 pm
Citar
O navio pesqueiro moçambicano Vega 5 foi capturado por piratas somalis quando navegava nas águas entre a costa moçambicano e a da Madagáscar. O navio foi depois avistado ao largos do arquipélago das Comores, sendo rebocado por um barco pirata e nunca mais respondeu a nenhuma chamada de rádio. O pesqueiro tem um comprimento de 24 metros e uma tripulação de 14 marinheiros, entre os quais se contam pelo menos dois galegos.

Esta é a primeira vez que se regista atividade dos piratas somalis tão a sul e a primeira vez que um navio lusófono se encontra cativo destes bandos de piratas. A marinha moçambicana opera apenas alguns patrulhas, recentemente oferecidos pelos EUA, faria assim todo o sentido que o – ainda em gestação – braço militar da CPLP convocasse os seus países membros para que no âmbito de uma Força Lusófona de Manutenção de Paz pudesse auxiliar no reforço da proteção marítima das costas moçambicanas e em eventuais operações de salvamento que possam vir a revelar-se serem necessárias. Contudo, nada está previsto…

Fonte:http://www.defpro.com/news/details/20887/

fonte: http://movv.org/2011/01/19/a-pirataria-somali-chega-a-mocambique-e-onde-esta-a-forca-lusofona-de-manutencao-de-paz/
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Desertas em Janeiro 21, 2011, 11:47:56 am
Como é que os piratas somalis conseguem logística para operarem tão a Sul ?
As embarcações utilizadas por eles não têm autonomia para operarem nas àguas de Moçambique . A ver vamos o que irá acontecer e que medidas serão tomadas para evitar que esta situação se repita.

Um Abraço
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: chaimites em Março 31, 2011, 12:53:35 pm
Nova “arma” contra os piratas!

 A empresa Shipboard Defense Systems juntamente com a MACE Personal Defense inc

apresentaram a Armadores e Construtores navais uma nova arma anti pirata

O sistema é concebido com tanques com 300 galões de liquido pressurizado que, quando ativado, dispersa uma “chuva” de solução de spray pimenta “Mace” nos olhos dos piratas que se aproximam. A solução, aplicada corretamente, vai causar falta de ar, irritação ocular intensa, visão obscurecida queimaduras e inflamações.

Dennis Raefield, CEO da Mace disse: “A solução da Mace-SDS é única porque permite que a tripulação dos navios possa repelir atacantes, e evitar o problema de armar navios com armas. Além disso, o sistema SDS é montado em todo o perímetro do navio e não afecta a navegabilidade. Na Mace, vemos um potencial significativo do SDS se tornar amplamente adoptado pelos navios. Ele oferece uma verdadeira solução para um problema crescente. “

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg823.imageshack.us%2Fimg823%2F6069%2Fdisaster2008biscaglia2.jpg&hash=d863db20424de2ff672bc42b37f27aea)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg573.imageshack.us%2Fimg573%2F4783%2Fmacetanks.jpg&hash=6ec75ea7babd351e5e917f3ba7a28655)

Eu diria que funciona ate ao dia  em que os pitaras decobrem que existem mascaras anti--gaz

A BAE systems lançou em janeiro um canhao laser  que produz um raio  de 1,5 km com um metro de largura para cegar piratas  
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg508.imageshack.us%2Fimg508%2F5845%2Flaser04g.jpg&hash=c13c5b61a34bbb9b9e1997d1a3d58eeb)
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: PereiraMarques em Maio 19, 2011, 09:50:57 am
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Vasco da Gama em ação dissuasão
17-05-2011

Durante a manhã de 13 de Maio, o Navio-Almirante da Força Naval da União Europeia, a Fragata "Vasco da Gama", interceptou com sucesso um navio suspeito de conduzir actos de pirataria na Bacia da Somália.

O navio, do tipo "Dhow", cuja guarnição foi feita refém, possuía a bordo piratas que tentavam rumar ao Oceano Indico, de forma a efectuar uma incursão nas rotas de navios mercantes na área.

Face a esta ameaça, a Fragata Portuguesa "Vasco da Gama" aproximou-se e efectuou avisos rádio e visuais com o objectivo de dissuadir o navio, de forma a direccioná-lo novamente para o fundeadouro de partida.

Após diversas tentativas sem sucesso, foram efectuados tiros de aviso pelo Helicóptero orgânico da "Vasco da Gama" e pelo próprio navio, os quais fizeram com que o Dhow rapidamente invertesse o rumo, regressando ao fundeadouro de partida na Costa da Somália.

A Fragata "Vasco da Gama" continuou a monitorizar o navio suspeito até este chegar ao referido fundeadouro.

Face à proximidade da época da Monção de Sudoeste, em que as condições nefastas de tempo e mar na área criam enormes dificuldades à pirataria, esta poderá ter sido a derradeira oportunidade para este grupo de piratas suspeitos regressarem ao mar para continuarem a perpetuar ataques no Oceano Índico.

O N.R.P. "Vasco da Gama", navio-almirante da Força Naval da União Europeia, é comandado pelo Capitão-de-Fragata Diogo Arroteia, tem uma guarnição de 212 elementos, assim como um Helicóptero orgânico e duas equipas de abordagem.

http://www.emgfa.pt/pt/noticias/311 (http://www.emgfa.pt/pt/noticias/311)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.emgfa.pt%2Fimages%2FFull_075zd6gjxm8k.JPG&hash=6694a29681d12c0cab6b2afcd3eddc42)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.emgfa.pt%2Fuseruploads%2Fimages%2Fsomalia%2Fheli_vgama.jpg&hash=739b3ff5c5e96212482ca493a0e3e999)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.emgfa.pt%2Fuseruploads%2Fimages%2Fsomalia%2Fvgama_acting.jpg&hash=1b914734290ed0241dac51b3f0216614)
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: ICE 1A+ em Maio 19, 2011, 02:26:20 pm
Blog da fragata Vasco da Gama Operaçao Atalanta

http://vascodagama-atalanta.blogspot.com/
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 29, 2011, 12:57:25 pm
Cada vez mais mercenários protegem navios comerciais contra piratas


Cada vez mais embarcações comerciais ao largo de África têm escolta privada armada a bordo para proteger contra a pirataria, o que às vezes roça os limites da legalidade e levanta preocupações sobre a proliferação de armas e mercenários no mar. O recorde de 369 ataques no mar registados no mundo em 2011 prova que a presença de patrulhas militares não é suficiente para tranquilizar os proprietários de navios, que se estão a voltar para as empresas de segurança privada, uma das grandes 'indústrias' da África do Sul.

«É uma tendência massiva. Actualmente, a procura excede a oferta", diz Graham Cormack, director da Specialist Maritime Services, uma empresa especializada da África do Sul, que cobra 5 mil dólares diários pelo serviço de guarda privada com quatro homens armados.

«O principal problema para os governos é a questão da sua soberania e as leis do armamento, que não acompanham a evolução da ameaça», disse, à AFP, numa conferência acerca da segurança costeira na região de Cape Town.

Os navios com homens armados a bordo devem obter uma autorização, que é dada por um determinado país e pode violar a lei dos países vizinhos.

«É uma fonte de litígios», diz Joyce Marangu, investigador da Autoridade Marítima do Quénia, salientando que o uso de segurança privada presta «soluções, mas também tem sérios desafios», nomeadamente a questão da responsabilidade legal e os riscos de uma militarização privada do mar.

O Quénia faz fronteira com a Somália, país de origem de muitos piratas. Os somalis estão na origem de 208 ataques só este ano e cometeram 24 dos 36 sequestros de barcos ocorridos no mundo, mantendo atualmente como reféns cerca de 249 pessoas e 13 barcos.

Isto leva a custos exorbitantes do pagamento de seguros e de resgates para os proprietários e faz com que, por exemplo, nenhum barco turístico tenha ainda acostado este ano no porto de Dar-es-Salaam, na Tanzânia.

A agência da ONU para os assuntos marítimos, a Organização Marítima Internacional (IMO), não recomenda o uso de guardas armados, mas é claro que essa solução tem uma «imagem positiva» para o sector, diz o capitão Philip Holihead, da IMO.

Embora vários países concordem que os barcos devem estar armados - estimam-se em 20% as embarcações com armas a bordo nos mares em risco - a África do Sul está cética.

«Devemos evitar essas pessoas [os piratas], mas, ao mesmo tempo, nós não queremos ver a proliferação de armas em África, porque os problemas vão piorar», disse o vice-almirante da Marinha Sul-Africano, Johannes Mudimu.

Por seu turno, a câmara internacional dos armadores acredita que as escoltas não são uma solução a longo prazo, mas os Estados também não fazem o suficiente.

«Muitas empresas chegaram à conclusão de que os barcos armados foram uma alternativa necessária para que não tenham de evitar completamente o Oceano Índico, o que teria um enorme impacto prejudicial para o comércio mundial», disse o seu porta-voz, Simon Bennett.

Bennett admite que, por outro lado, o armamento nos barcos pode conduzir a um aumento da violência usada pelos piratas, aumentando o risco de as tripulações serem mortas.

Lusa
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 06, 2011, 07:39:06 pm
A Pirataria Marítima na Somália
José Rodrigues Pedra
 
 
Quando se identifica a costa da Somália como a área marítima mais perigosa do mundo pode dizer-se que os indicadores falam por si só! Com efeito, durante o período de 2006-2009 registou-se um acréscimo exponencial dos atos de pirataria nesta região do globo, tendo sido atribuídos aos piratas somalis a responsabilidade por mais de 50% dos ataques perpetrados no decurso de 2009. Durante o primeiro semestre de 2010 estes ilícitos materializaram-se no sequestro de vinte e sete navios mercantes e na tomada de 544 reféns, que viram a sua liberdade depender do pagamento de um resgate. Este último aspeto é, aliás, o que torna singular o fenómeno da pirataria na Somália face a outras regiões afetadas pelo mesmo flagelo.

Atualmente, é conhecida a capacidade operacional dos piratas para atuarem para além das 1.000 milhas náuticas da costa da Somália, abrangendo diversas áreas no centro e na parte oeste do Oceano Índico, que incluem o Golfo de Ádem, as águas a sul do Mar Vermelho e do Mar Arábico, as águas do Quénia, da Tanzânia, de Madagáscar e das Seicheles. A maioria dos ataques envolve armamento como os lança granadas-foguete e as armas automáticas e outros meios indispensáveis para operar com sucesso no mar, nomeadamente, os chamados navios mãe, os telefones via satélite, os equipamentos de navegação por satélite, etc.

Uma ameaça multidimensional

Apesar dos últimos indicadores evidenciarem os problemas com que o comércio por via marítima se defronta no Oceano Índico, não sublinham a multidimensionalidade e as implicações regionais e internacionais que advêm da pirataria marítima.

Primeiro, numa perspetiva geoestratégica, importa sublinhar a localização da Somália (com cerca de 3.025 Km de linha de costa) numa área de confluência de importantes rotas marítimas, que liga três continentes – África, Europa e Ásia. A principal rota comercial entre a Europa e a Ásia – Canal do Suez - Golfo de Ádem – porventura uma das rotas mais conhecidas da região, é utilizada por mais de 20.000 navios mercantes por ano, o que corresponde, em termos globais, a cerca de 22% do transporte marítimo mundial e a 12% do transporte de petróleo.

Segundo, numa perspetiva económica, destacam-se de imediato os custos dos resgates dos navios mercantes capturados, que em 2008 ascenderam aos cinquenta milhões de dólares, e o aumento dos prémios dos seguros da navegação para a área do Golfo de Ádem que dispararam em 2008, decuplicando relativamente ao ano transato. Os riscos e os custos são tais que parte dos armadores já começou a fazer a rota pelo sul de África, com impacto no custo das importações, no comércio por via marítima e no consumidor final.

Terceiro, numa perspetiva de segurança, uma referência às consequentes ondas de perigo para a segurança internacional emanadas pelos Estados Fragilizados que ameaçam os seus próprios cidadãos e que põem em causa os Estados vizinhos. Os Estados nesta situação podem proporcionar a infiltração de terroristas e de Organizações Criminosas Transnacionais que aí encontram terreno fértil para prosperarem. Neste contexto, destaca-se a controversa questão sobre um possível nexo entre a pirataria e o terrorismo transnacional. Na Somália, apesar de não existirem sinais credíveis que apoiem esta relação emergente, um possível conluio entre os piratas e o movimento fundamentalista Al-Shabaab, hipoteticamente com ligações à Al-Qaeda, continua a preocupar a comunidade internacional. Ainda na dimensão de segurança realça-se o risco da proliferação de material militar. O sequestro do navio mercante Faina em Setembro de 2008 quando transportava, entre outro material, trinta e três carros de combate e munições, exemplifica muito bem este risco.

Última perspetiva, mas não menos importante, a dimensão humana. Na Somália, o Programa Alimentar Mundial, desenvolvido pela Agência de Apoio Alimentar da Organização das Nações Unidas, fornece ajuda alimentar a 3.3 milhões de pessoas, da qual cerca de 95% chega por via marítima. A interrupção desta ajuda alimentar, o que frequentemente acontece por razões de segurança, torna ainda mais dramática a situação de extrema pobreza em que vive 43% da população.

As raízes da pirataria na Somália

A queda do governo do General Muhammad Siad Barre em 1991, agravada pela saída das Nações Unidas da Somália em 1995, lançaram o país num processo de desestruturação política, militar, económica, social e ambiental que dura há 19 anos.

Foi neste contexto que, a partir de 1995, se assistiu à queda abrupta da atividade pesqueira e ao encerramento da maioria das atividades ligadas ao sector, bem como à eliminação de 200.000 postos de trabalho. A frota pesqueira foi capturada pelos senhores da guerra, nunca mais tendo sido recuperada.

Paralelamente, a situação caótica desencadeada pela ausência de um governo central abriu portas a uma sobre-exploração dos recursos marinhos, nomeadamente dos stocks de peixe, que pode ser explicada segundo duas perspetivas distintas.

Primeiro, as águas costeiras da Somália, ricas em recursos marinhos e com potencial de exploração comercial das suas jazidas de minerais e de hidrocarbonetos, têm sido objeto de negócio entre os senhores da guerra, as elites somalis e as companhias estrangeiras. Em última instância, estes negócios conduzem não só à exploração descontrolada dos recursos marinhos do país, mas também à fácil obtenção de recursos financeiros que permitem perpetuar o esforço de guerra na Somália e a posição de poder dos senhores da guerra, através da compra de armas e de outro material para equipar as respetivas milícias.

A segunda perspetiva refere-se à pesca ilegal que remonta ao início da década de noventa. Após a queda do regime de Barre, os somalis assistiram, impotentes, à invasão de navios de pesca da Europa, da Ásia e de África, que vieram em demanda de atum e de camarão nas suas águas territoriais. Estima-se que esta pesca ilegal tenha contribuído para uma redução de cerca de 30% do potencial de captura. Inevitavelmente, todas estas atividades de exploração intensiva das águas somalis trouxeram um acréscimo de stress nas populações piscatórias, as quais se viram na contingência de formar grupos de vigilância para proteger as suas águas territoriais.

Por último, as descargas dos navios estrangeiros nas águas da Somália, onde têm vindo a largar resíduos industriais, médicos e radioativos, também contribuíram para a edificação deste estilo irregular de guarda-costeira. No início de 2005, o Programa Ambiental das Nações Unidas denunciava a existência de toneladas de barris enferrujados ao longo da costa, colocados a descoberto pelo tsunami de Dezembro de 2004. Morreram aproximadamente 300 indivíduos em virtude de terem manuseado esses desperdícios, enquanto outros foram afetados por infeções respiratórias e na pele, por úlceras na boca e por hemorragias abdominais.

A comunidade internacional: soluções multidimensionais para problemas multidimensionais

Para as Nações Unidas a pirataria na Somália é um sintoma de um problema mais vasto que se desenvolve em terra, havendo a convicção de que a única solução sustentável passa por uma governação efetiva, pelo estabelecimento do Estado de Direito e das instituições de segurança, bem como pela adoção de formas de subsistência alternativas para um crescimento estável e inclusivo. Neste contexto, o Conselho de Segurança tem adotado um conjunto de resoluções que demonstram a multidimensionalidade da sua estratégia, nomeadamente as resoluções 1816 (2008), 1838 (2008), 1846 (2008), 1851 (2008) e 1897 (2009) que incentivam a condução de operações navais contra a pirataria por parte dos Estados, inclusive no mar territorial da Somália, e as resoluções 1814 (2008) e 1863 (2009) com o objetivo de promover a estabilização do conflito em terra.

Esta estratégia abrangente está igualmente refletida nos quatro grupos de trabalho – coordenação militar e operacional, partilha de informação e edificação de capacidades; questões jurídicas; atividade marítima; informação pública – no quadro mais geral do Grupo de Contacto para a Pirataria na Costa da Somália, criado em Janeiro de 2009 no âmbito da ONU.

Importa ainda salientar o papel central desenvolvido pela Organização Marítima Internacional na promoção de orientações e boas práticas, através da publicação e divulgação de documentação estruturante para a segurança marítima.

As modalidades de ação da União Europeia seguem na esteira da estratégia abrangente promovida pelas Nações Unidas, ora com iniciativas no âmbito da Comissão Europeia, ora com iniciativas no âmbito da Política Comum de Segurança e Defesa (PCSD), segundo a égide da qual tem sido desenvolvida a operação EUNAVFOR Somália – Atalanta, a primeira operação naval da União Europeia destinada, de forma geral, a dissuadir a pirataria marítima no Golfo de Ádem e na costa da Somália e muito concretamente a proteger os navios mercantes envolvidos no programa de ajuda alimentar ao povo da Somália.

Em 14 de Junho último, o Conselho da União Europeia decidiu estender a missão até 12 de Dezembro de 2012, o que reflete o papel do poder naval na dissuasão, prevenção e repressão da pirataria e, consequentemente, na preservação da segurança das linhas de comunicação marítimas. A decorrer no âmbito da PCSD desde o princípio de Maio de 2010 destaca-se também a missão militar de treino às forças de segurança da Somália que tem lugar no Uganda.

No âmbito comunitário, a União Europeia tem em curso um programa de apoio ao desenvolvimento que ascende a 180 milhões de euros e que conta com 87 projetos em áreas tais como a governança, segurança, apoio à sociedade civil, educação e crescimento económico.

De igual modo, a NATO lançou a Operação Allied Provider de Outubro a Dezembro de 2008, tendo sido posteriormente substituída pela UE através da Operação Atalanta. No início de Março de 2009 a NATO decidiu dar uma segunda contribuição nos esforços de dissuasão da pirataria na costa da Somália, tendo desencadeado a Operação Allied Protector. A 17 de Agosto de 2009 a Aliança lançou a Operação Ocean Shield, atualmente em curso, em substituição da Allied Protector e com mandato até Dezembro de 2012.

Em conjunto com a EUNAVFOR e os Standing NATO Maritime Groups, a CTF 151 é outra força multinacional naval presente no teatro de operações e que conta com a participação de inúmeras marinhas entre as quais se contam a do Bahrain, do Canadá, da Holanda, da Arábia Saudita, de Singapura, da Turquia e dos EUA. Para além das três forças multinacionais navais, encontram-se presentes na área marítima forças de outros Estados, nomeadamente do Japão, da China, da Rússia, da Índia e do Irão, fazendo ascender os meios navais empenhados a mais de 30 navios de guerra, que trabalham assim para o mesmo objetivo num conjunto de coligações sem precedentes na história naval.

Portugal também não tem permanecido alheio a este esforço. Com efeito, importa relevar o comando da operação Allied Protector e da operação Ocean Shield exercido pelo Contra-almirante Pereira da Cunha a bordo das fragatas Corte-Real e Álvares Cabral, os navios almirantes da força, respetivamente nos períodos de Março a Junho de 2009 e de Novembro a Janeiro de 2010. Relativamente à operação Atalanta, Portugal tem contado com um oficial português no estado-maior embarcado e mantém empenhada uma aeronave P3P-Orion em apoio à vigilância marítima por ocasião da redação deste artigo. Realça-se também a participação do Exército português na formação das forças de segurança somalis no Uganda.

Os dilemas da Comunidade Internacional

Numa primeira análise, os resultados obtidos pela comunidade internacional no primeiro semestre de 2010 são considerados animadores. Com efeito, o declínio do número de ataques, com trinta e três incidentes relatados em 2010, comparados com os 86 do ano transato, deve-se essencialmente à redução dos ataques na área do Golfo de Ádem. A intervenção das marinhas e a adoção das boas práticas por parte das companhias de navegação têm sido decisivos neste sucesso limitado.

Contudo, na Bacia da Somália e no Oceano Índico os incidentes aumentaram em mais de 15%, sendo lícito deduzir que, por um lado, estas áreas representam um outro tipo de desafio e, por outro, a ação da pirataria deixou de constituir uma forma de proteção das águas territoriais (se bem que o discurso retórico ainda se mantenha o mesmo) para passar a ser um negócio lucrativo, estimado em cerca de 100 milhões de dólares em 2009.

Assim, a comunidade internacional depara-se com uma diversidade de modalidades de ação distintas, mas interdependentes, sem o conjunto das quais será difícil mitigar a pirataria. Entre estas, distinguem-se a expansão das operações navais à região do Oceano Índico, a edificação de uma guarda costeira somali e a promoção de um governo central efetivo, a par da restauração do estado de direito na Somália.

Porém, estas opções estratégicas exigem recursos, no mar e em terra, e vontade política para as implementar durante um período alargado de tempo. É precisamente nestes últimos aspetos que residem os dilemas da comunidade internacional. Numa era em que as sociedades ditas desenvolvidas apenas apoiam soluções rápidas e simples, é legítimo perguntar por quanto tempo estarão os Estados dispostos a manter o seu envolvimento no apoio à Somália e com que recursos o farão, na certeza de que o tempo joga a favor da pirataria marítima e contra os esforços da comunidade internacional, caso esta não seja persistente e não tenha vontade política para empenhar os meios necessários.

Jornal Defesa
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 08, 2011, 05:47:24 pm
Turquia assume comando de força naval contra a pirataria


O contra-almirante turco Sinan Azmi Tosun assumiu quarta-feira o comando da força naval da Nato contra a pirataria ao largo do Corno de África durante os próximos seis meses, substituindo o almirante italiano Gualtiero Mattesi.

Na cerimónia que marcou o render das patrulhas da operação a que a Nato chamou "Ocean Shield" (Escudo do Oceano), Sinan Azmi Tosun afirmou-se "extremamente orgulhoso de assumir o comando de tal grupo de trabalho" e agradeceu ao contra-almirante Mattesi e à sua equipa "pelo excelente trabalho que fizeram durante os últimos seis meses". "Eles podem estar muito orgulhosos de ter desempenhado um papel considerável, contribuindo nos últimos meses para o declínio da pirataria no Golfo de Áden", principal canal de navegação no Oceano Índico, à entrada do Mar Vermelho, entre a costa norte da Somália e a costa sul da Península Arábica, disse Tosun.

O contra-almirante turco considerou que a sua equipa "está pronta para continuar esta tarefa importante" contra a pirataria. "Unidades poderosas e decididas sob o meu comando continuarão a lutar contra a pirataria com o mesmo entusiasmo, a fim de salvaguardar a comunidade mercantil em nome da NATO durante os próximos seis meses", assegurou. Durante a missão do almirante Mattesi, liderada a partir do navio ITS Andrea Doria, foram resgatados 26 membros da tripulação do navio Pacific Express, que tinha sido sequestrado por piratas.

Apenas três semanas depois, o navio libertou os 18 tripulantes italianos do navio Montecristo, que tinha sido pirateado, mas que foi intercetado e libertado. Três dias depois desta libertação, o Andrea Doria parou o navio de onde tinham saído os botes responsáveis pelo ataque e deteve 15 suspeitos de pirataria que estão a aguardar julgamento em Itália. Com esta missão, a NATO tem contribuído desde dezembro de 2008 para o esforço internacional contra a pirataria ao largo do Corno de África.

Lusa
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 06, 2012, 09:00:25 pm
Marinha dos EUA salva barco iraniano

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg713.imageshack.us%2Fimg713%2F5205%2Fimagetya.jpg&hash=4ea8be2dbbd75cae41e962998e31187f)

Responsáveis militares norte-americanos anunciaram hoje que a Marinha dos Estados Unidos resgatou um pesqueiro iraniano que estava sequestrado por alegados piratas somalis.

A operação, que decorreu na quinta-feira, coincide com as crescentes ameaças do Irão sobre o encerramento do estreito de Ormuz, em resposta ao reforço das sanções económicas contra Teerão e relacionadas com o seu programa nuclear.

Responsáveis da administração da Casa Branca referiram que forças norte-americanas a bordo do contratorpedeiro USS Kidd responderam a um pedido de socorro emitido pelo navio iraniano Al Molai.

Uma equipa da Marinha abordou a embarcação e deteve 15 piratas, que há mais de 40 dias detinham como reféns os 13 membros da tripulação e utilizavam o Al Molai como a base para as suas operações de pirataria no Golfo.

Os responsáveis militares dos EUA precisaram ainda que o capitão iraniano exprimiu a sua gratidão pela operação de resgate.


Lusa
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lusitano89 em Março 23, 2012, 11:03:18 pm
UE prolonga missão de combate à pirataria na Somália


Os chefes da diplomacia dos 27 decidiram hoje prolongar até Dezembro de 2014 a missão 'Atalanta', de combate à pirataria na Somália, em que Portugal participa, a partir de segunda-feira e durante dois meses.  

A fragata 'Corte-Real' largou no dia 12 da Base Naval de Lisboa, com 196 militares a bordo, incluindo um destacamento de helicópteros e duas equipas de fuzileiros do pelotão de abordagem, segundo informação do Estado-Maior General das Forças Armadas.

O Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia decidiu hoje prolongar a missão 'Atalanta', que tem entre os seus objectivos proteger os navios que transportam ajuda do Programa Alimentar Mundial, a distribuir a deslocados na Somália e lutar contra a pirataria na região.

Os ministros decidiram também que a missão 'Atalanta' passará a operar também nas águas costeiras da Somália e nas bases dos piratas em terra, ao longo da costa.

O documento refere que o raio de acção da missão «inclui o território costeiro e as águas territoriais da Somália», mas ressalva que para isso é necessário que o Governo somali dê o seu consentimento.

Lusa
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lusitano89 em Março 31, 2012, 01:35:23 pm
Empresa fundada por português combate pirataria em alto mar


As rotas internacionais ameaçadas pela pirataria são bem conhecidas por António Beirão, um português residente em Inglaterra, que criou no ano passado uma empresa de segurança marítima privada, negócio onde os riscos são vividos em alto mar. Com quase uma década de experiência no circuito internacional de segurança, António Beirão, de 43 anos, criou em outubro passado a SPG & MSC (Special Projects Group & Maritime Security Consultancy), empresa vocacionada para a proteção de embarcações que naveguem em águas perigosas, nomeadamente na Somália, região que registou mais de metade dos ataques de pirataria ocorridos em 2011.

Criada em Inglaterra, onde o empresário reside há oito anos, e com uma base de operações na União das Comores, a empresa é composta por ex-elementos de forças militares e policiais portuguesas e britânicas.

“Neste momento, só trabalhamos com 'rangers' (forças especiais), ex-paraquedistas, dois ou três ex-fuzileiros (...). Temos depois alguns elementos da polícia para outro tipo de contratos, mas a espinha dorsal da empresa são estes elementos”, afirmou António Beirão, numa entrevista à Lusa.

Elementos que, segundo o responsável, têm a formação necessária para integrar equipas armadas e enfrentar situações de risco.

“Como fazemos serviços com armas, e com diversos tipos de armamento, todas as pessoas que contratamos têm de ter perfil, têm de ser pessoas que já operaram em zonas perigosas. Temos alguns elementos que estiveram no Iraque, no Afeganistão (...). Já estiveram debaixo de fogo e dão-nos algumas garantias de comportamentos”, frisou.

A equipa atual da empresa é composta em 75 por cento por operacionais portugueses, incluindo três diretores. Os restantes elementos são britânicos.

Todas as operações são estudadas ao pormenor, tendo em consideração o tipo de navio, a área do destino e as condicionantes do percurso.

O armador pode requerer uma embarcação para fazer o acompanhamento de todo o trajeto ou solicitar a presença de uma equipa armada a bordo.

Neste último caso, frisou o responsável, a equipa embarca antes de entrar na zona perigosa e só depois entram a bordo as armas, sempre controladas pelas autoridades locais.

“A partir daí a viagem é feita, 24 horas de serviço na ponte do navio. Há casos em que os operacionais podem patrulhar o navio, mas normalmente é sempre na ponte de comando do navio, controlar o radar, ver as embarcações que se aproximam ou então nas alas do navio, a bombordo e a estibordo”, explicou.

Sobre os valores monetários envolvidos nestas operações, António Beirão admitiu apenas que são significativos.

A presença de elementos civis armados dentro de embarcações comerciais é uma das questões delicadas deste negócio.

“Há cerca de três, quatro anos, nem todos os países davam permissão para ter equipas armadas a bordo e hoje em dia ainda existe este fator. (…) Há situações em que transportamos armas automáticas, armas de guerra, e temos outras situações em que os próprios barcos não permitem este tipo de armas a bordo e temos sempre de cumprir as leis do navio e as leis dos países onde vamos embarcar ou desembarcar”, salientou.

Quando questionado sobre a eficácia das equipas armadas, o responsável não mostrou dúvidas e garantiu que “não há hipótese de combater armas com mangueiras de água” em alto mar.

“Se um navio não tiver homens armados pode fazer algumas manobras de diversão, tentar dificultar ao máximo o acesso dos piratas a bordo (...), mas se os piratas estiverem bem organizados, se o navio for atacado por três ou quatro embarcações, passada meia-hora, um quarto de hora ou 40 minutos, conseguem tomar o navio”, afirmou António Beirão, relatando que as tripulações sentem-se mais tranquilas com a presença destas equipas.

“Quando chegamos a um navio vê-se perfeitamente a cara de alívio das tripulações. Sentem-se seguros ao fazer o percurso, têm uma equipa de quatro homens armados, que estão preparados e que têm formação, e em caso de haver contacto com piratas existe um código de conduta muito severo e restrito de atuação. Não somos militares, somos todos civis, temos um papel a desempenhar e estamos ali para fazer proteção do navio e da tripulação”, concluiu.

Lusa
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: PedroI em Abril 18, 2012, 03:22:55 pm
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Maritime Raid Force – Marines Gear Up To Battle Pirates
By John Konrad On April 17, 2012 in gCaptain

Marines from the 15th Marine Expeditionary Unit's Maritime Raid Force conduct a visit, board, search and seizure exercise aboard the USS Dewey at Naval Base San Diego, April 9. The MRF's primary role is to carry out raids against Maritime objectives including oil platforms, ships, and targets on shore and is based around the MEU's Force Reconnaissance platoon and supported by a security and headquarters element. (U.S. Marine Corps photo by Lance Cpl. Timothy Childers)

With the recent failure of Navy anti-pirate drones early this month, the US Marine Corps is taking a more traditional stance against the Somali pirates. This month the 15th Marine Expeditionary Unit’s (MEU) Maritime Raid Force began training at Camp Pendleton and Naval Base San Diego with Special Operations Training Group, I Marine Expeditionary Force, to learn the skills needed to take back pirated ships by force.

The Maritime Raid Force (MRF) is a special operations force designed to carry out raids against maritime objectives including gas and oil platforms, ships and ports. “The MRF performs small scale precision raids as well as maritime interdiction operations in support of MEU operations,” said Gunnery Sgt. Jason P. Fitzgerald, MRF staff non-commissioned officer in charge, Command Element, 15th MEU.

The MRF is composed of three elements, assault, security and headquarters. The assault element, those with boots on board ship, is made up of Marines and sailors from Force Reconnaissance Company of the 15th MEU. They are assisted by servicemembers from a Security Platoon, Marines from the Command Element and sailors from a Air Naval Gunfire Liaison Company fill the headquarters element. Working together they make an impressive small scale strike anti-pirate force.

“The MRF is important because it provides the MEU with small scale strike capability and a force capable of performing unique mission sets,” said Fitzgerald.

The unique missions of MRF include counter-piracy operations like the Sept. 9, 2010 boarding and control of a vessel infested with armed pirates. The MRF successfully took control of the ship without any injuries to the ship’s crew or Marines. But, with this month’s training, the Corps hopes to improve their tactical advantage.

“This MRF will do a broader expanse of operations than the previous iterations,” said Capt. Mathew Lesnowicz, MRF commander, Command Element, 15th MEU. “We will focus on counter-piracy, but we will also be relied upon for precision raids on land.”

During the first week of training the MRF servicemembers learned the basic skills they would need for the coming months. The Marines trained at a rappel tower to become proficient in fast roping before sliding from the hellhole of a CH-46E Sea Knight the following week.

Marines and sailors also participated in the military’s Shallow Water Egress Trainer course. Similar to HUET Training in the offshore industry, the course develops servicemembers survival techniques in case of a helicopter crash in open water. The troops also became confident using caving ladders, a portable wire-ladder system, to board vessels from rigid-hulled inflatable boats.

Once the Marines and sailors became proficient in these required skills, they began conducting visit, board, search and seizure drills at Naval Base San Diego. In these drills, the MRF boarded vessels with caving ladders and cleared the ship’s key spaces including the bridge, radio room and engine room.

The unit conducted this training to prepare themselves for the next phase of their training, Realistic Urban Training, which will further enhance their skill sets as the unit’s special operations force

The 15th MEU is a Marine Air Ground Task Force comprised of approximately 2,300 Marines and sailors who are training for their deployment scheduled for this fall.

This article was originally written by Lance Cpl. Timothy Childers , for the 15th MEU blog and was edited by John Konrad.
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lusitano89 em Abril 18, 2012, 07:07:14 pm
Alemanha dá permissão a ataques contra piratas em terra


O Governo alemão decidiu hoje ampliar o mandato dos efectivos da marinha que participam na missão "Atlanta", ao largo da Somália, passando a permitir ataques aéreos ao solo contra piratas, e não apenas no mar. De acordo com a resolução aprovada hoje pelo executivo de Angela Merkel, os helicópteros germânicos ficam autorizados a atacar bases dos piratas situadas a menos de dois quilómetros da costa.

O novo mandato da Bundeswehr (Forças Armadas Alemãs) deverá ser aprovado no parlamento a 11 de Maio, com os votos da maioria de centro-direita.A oposição social-democrata (SPD) e ambientalista (Os Verdes), que votou a favor do anterior mandato, opôs-se à nova estratégia, advertindo para eventuais riscos. «O novo mandato será um fardo para os soldados, será brincar com o fogo», referiu o líder parlamentar dos Verdes, Juergen Trittin.

Quanto ao SPD, objectou que ataques aéreos contra objectivos no solo poderão causar vítimas entre civis, e garantiu que vai votar contra ou abster-se na votação da proposta do Governo.

Por seu turno, a Bundeswehr mostrou-se surpreendida pelo facto de o texto do novo mandato estabelecer o limite de dois quilómetros para ataques ao solo, alertando que tal permitirá ao piratas adaptar a sua logística às novas circunstâncias e sair da mira dos «raids».

A missão ‘Atalanta’ da União Europeia contra a pirataria no Corno de África iniciou-se em 2008, e incluiu até agora entre cinco a 10 navios de guerra, nomeadamente de Portugal, para vigiar uma zona marítima equivalente a 150 por cento da área de toda a Europa.

A Alemanha está a participar actualmente na missão com o seu maior vaso de guerra, o ‘Berlin’, que tem a bordo 230 efectivos.

Em Março, a UE chegou a acordo sobre o recurso a ataques aéreos para permitir a destruição de armamentos dos piratas nas praias somalis, o que implica um novo mandato para a Bundeswehr.

Lusa
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: PedroI em Abril 18, 2012, 07:37:07 pm
Será que foram os Alemães? Ou aquela malta que tem um livro de regras próprio tipo Rússia ou China?
Com ou sem Piratas e com ou sem "Estado" a Somália ainda é uma Nação (+/-) soberana.

Citar
War planes strike suspected Somali pirate base: coastguard

(AFP) – 1 day ago (17/04/2012)

MOGADISHU — War planes fired several missiles at a suspected Somali pirate base in the north of the war-torn country, wounding two civilians, a coastguard official said Tuesday.

"Unknown military jets fired several missiles near the village of Gumah, elders told us at least two civilians were injured," said Mohamed Abdirahman, a coastguard.

Witnesses said the aircraft struck the north-eastern coastal village, which lies some 220 kilometres (140 miles) east of Bossaso, the main port of Somalia's breakaway Puntland state.

"Two aircraft attacked the village, which is between Hafun and Bargal towns...it came from the sea, and I think they were targeting pirates," said Muse Jama, an elder.

Several other witnesses confirmed the bombardment, but could not give further details of the planes.

"Officials in the area are investigating the incident," Abdirahman added, speaking from Bossaso.

Kalashnikov-wielding pirates prowl far out across the Indian Ocean from their bases in northern Somalia, seizing foreign ships which they hold for several months demanding multi-million dollar ransoms.

Last month the European Union authorised its navies to strike Somali pirate equipment on land, with a mandate for warships or helicopters to fire at fuel barrels, boats, trucks or other equipment stowed away on beaches.

However, it was not possible to establish which nation the aircraft belonged to, and the EU force have not yet said they have ever launched such an attack.

A spokesman for Atalanta, the EU anti-piracy mission, said it was "not involved whatsoever" and declined comment on who might be behind the strike.

The United States also operates unmanned drones flying over the Horn of Africa nation, and have reportedly struck suspected Al-Qaeda allied fighters in southern Somalia.

Piracy has flourished off war-torn Somalia, outwitting international efforts -- including constant patrols by warships and tough sentencing of the pirates they capture.

The EU's anti-piracy patrol has deployed between five and 10 warships off the Somali coast since 2008 to escort humanitarian aid shipments and thwart pirate raids on commercial vessels using vital shipping lanes.

Several other nations, including Russia and China, also provide protection for their ships as they pass through the busy shipping route through the Gulf of Aden and the Indian Ocean.

The pirates are believed to be holding dozens of ships and hundreds of sailors for ransom, and have also branched out into land based kidnapping.

In January, a daring US-led commando raid rescued two aid workers -- an American woman and a Danish man -- held hostage in central Somalia.
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: PedroI em Abril 25, 2012, 12:00:48 am
Fonte gCaptain

(https://s3.amazonaws.com/infographics/Impact-Somali-Piracy-800.png)
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lusitano89 em Maio 15, 2012, 11:57:47 am
Avião da força naval europeia Atalanta bombardeou base de piratas na Somália


Um avião da força europeia anti-pirataria Atalanta bombardeou uma base de piratas na costa somali pela primeira vez desde o lançamento da operação, anunciou hoje a missão naval Atalanta, em comunicado.
 
A ação, "precisa e proporcional, foi lançada a partir do ar e todos os meios regressaram sem danos" para os navios europeus destacados ao largo do corno de África, precisou a missão naval europeia num comunicado, sublinhando que, segundo as primeiras informações, nenhum somali tinha ficado ferido.
 
A Operação Atalanta mantém destacados entre cinco e 10 navios de guerra ao largo da costa somali desde 2008, para dar apoio a navios de ajuda humanitária e evitar ataques de piratas a navios comerciais.
 
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia decidiram em março prolongar a missão naval até Dezembro de 2014 e autorizaram os navios de guerra ou aparelhos da aviação naval a bombardearem bases de piratas.

Lusa
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lightning em Dezembro 12, 2012, 02:16:16 am
O video e de 2010 mas acho que ainda nao foi postado... digamos que estes Russos nao batem bem da cabecinha :shock:

Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: typhonman em Janeiro 01, 2013, 09:33:17 pm
Se fossem os americanos, caia o carmo e a trindade.... :G-beer2:
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 11, 2013, 07:53:50 pm
O papel de Portugal na segurança marítima do Golfo da Guiné
Miguel Nunes da Silva


Durante a passada década, a República Portuguesa tem participado em forças expedicionárias multinacionais encarregues da segurança de zonas específicas atingidas por flagelos como a pirataria ou no geral o crime organizado. Fê-lo no âmbito das operações da OTAN “Ocean Shield” e “Active Endeavour” assim como no âmbito da UE com o comando operacional "Euromarfor" activado também ao largo da Somália e no Mediterrâneo e a operação "Atalanta" destinada ao combate da pirataria Somali.

Embora a pirataria não tenha cessado no Oceano Índico, a sua incidência diminuiu consideravelmente. Igualmente positiva é a resposta internacional com variados países a contribuir para força internacional mandatada pela resolução 2020 do Conselho de Segurança da ONU.

Embora Portugal tenha interesse em manter o corno de África livre de pirataria, o tráfego comercial de Portugal não depende extraordinariamente daquela rota e a participação portuguesa assume-se sobretudo como interessada em fazer a manutenção das nossas responsabilidades diplomáticas em instâncias como a OTAN, UE e ONU.

Simultaneamente a geopolítica mundial alterou-se e existem hoje outras zonas de incidência de insegurança marítima nas quais Portugal deve seriamente considerar intervir. A principal será certamente o golfo da Guiné, aonde a pirataria tem vindo a aumentar e aonde a metodologia assimétrica tem vindo a privilegiar o roubo de petróleo com posterior venda no mercado negro, em detrimento do rapto para obtenção de resgate.

Para Lisboa, o cálculo dos seus interesses é claro: o Atlântico Sul tem prioridade em relação ao oceano Índico e ao mar Mediterrâneo. 70% do volume de trocas comerciais de Portugal é intracomunitário, sendo que os principais parceiros não Europeus (Angola, EUA, Nigéria, Brasil) situam-se no Atlântico e apenas uma pequena percentagem de estados liderada pela China e Coreia do Sul perfazem o nosso comércio com a Ásia e Oceânia. Estrategicamente, as nossas maiores comunidades de emigrantes e intercâmbios culturais estão também na orla Atlântica, assim como a maior parte dos nossos compromissos diplomáticos (CPLP, acordos UE-África, Mercosul) e dependências estratégicas – nomeadamente assegurar dissuasão convencional e dar provas de capacidades de domínio de teatro marítimo para complementar reivindicação nacional de expansão da ZEE).

Por conseguinte, neste momento apresenta-se o paradoxo de que Portugal está mais bem preparado para intervir em teatros aonde os seus interesses estratégicos e económicos correm menos riscos. Tendo isto em conta, Portugal deveria prontamente alterar o seu enfoque expedicionário para o Atlântico sul e potencialmente cooperar com a Missão Francesa Corymbe que mantém uma presença militar permanente de Paris nesta região.

Uma mobilização Portuguesa poderia passar pelo envio de uma fragata classe Vasco da Gama ou Bartolomeu Dias para vigilância e intervenção, ou, se coordenado com a marinha Francesa, o simples envio de uma aeronave P-3 Orion de patrulha e vigilância marítima operando por exemplo a partir da ilha de Príncipe. Os novos submersíveis da classe Tridente poderiam adquirir experiência no mesmo tipo de missão.

Há numerosos fatores que potenciam esta solução: Portugal tem ampla experiência no Atlântico sul, proximidade cultural com países da costa Africana e respectivas relações diplomáticas solidamente estabelecidas, variados parceiros com potencial para auxiliar a logística da projeção de forças – sobretudo lusófonos como S. Tomé e Príncipe ou Cabo Verde – possibilidade de afirmar a presença Portuguesa na região e possivelmente contribuir para a cooperação militar e/ou treino de forças locais. Portugal teria ainda interesse em afirmar-se como um interveniente credível no Atlântico Sul.

Esta solução política é tanto mais urgente considerando que as principais potências regionais da orla do Atlântico Sul demonstram diminuto interesse em intervir: a Nigéria aparenta dinâmicas idiossincráticas internas que poderão mesmo estar a potenciar o crime organizado transnacional na região, Angola e Brasil têm de facto algo a ganhar com ameaças à exportação petrolífera por parte de competidores e os Estados Unidos não só passam por dificuldades financeiras como exercem limitada influência na região e possuem limitados conhecimentos sobre a mesma.

O contexto geoestratégico é favorável à ingerência Portuguesa e perante dificuldades financeiras próprias, Portugal deve equacionar as ameaças no Atlântico Sul como uma oportunidade para o exercer de vantagens competitivas nacionais que se tornariam a médio prazo um investimento rentável.

Jornal Defesa
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lusitano89 em Março 31, 2013, 02:17:35 pm
Aumento de pirataria no Golfo da Guiné alarma comunidade internacional


O aumento da pirataria marítima no Golfo da Guiné, ameaçando importantes vias marítimas internacionais e o transporte de petróleo, está a alarmar os líderes regionais, ONU e organizações não-governamentais. Na sexta-feira, a justiça de São Tomé e Príncipe condenou dois comandantes de petroleiros apresados devido a "atividades ilegais", relacionados com crimes de contrabando, extravio e importação e exportação de mercadorias ilícitas.

A falta de vigilância levou mesmo o Governo de São Tomé e Príncipe a pedir apoios internacionais para vigiar as águas internacionais do Golfo da Guiné, apelando à “necessidade de conjugação de esforços com vista à intensificação de ações que garantam a segurança na região”.

Em novembro de 2012, o Conselho de Segurança da ONU organizou um debate sobre a pirataria, já considerada uma ameaça à paz internacional, que tem vindo a declinar no ponto mais “quente”, a costa da Somália, mas a aumentar na África Ocidental, segundo frisou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

“No Golfo da Guiné, a pirataria está relacionada com o roubo de petróleo e ligada ao mercado negro regional e crime organizado. Embora tenham sido feitos reféns, o pagamento de resgates não parece ser o principal objetivo”, disse Ban, que já enviou uma equipa de avaliação para o terreno.

O secretário-geral defendeu ainda que a resposta no Golfo da Guiné deve ter em conta as lições aprendidas na Somália, incluindo modernização das leis anti-pirataria, fortalecimento das capacidades policiais dos países africanos e apoiar redes regionais.

Ao abrigo de uma resolução do Conselho de Segurança (2039), adotada em fevereiro de 2012, a ONU está a prestar apoio à Comissão do Golfo da Guiné, baseada em Luanda, e à comunidade da África Ocidental (CEDEAO).

Uma nova resolução (2018), de 31 de outubro de 2012, condenou todos os atos de pirataria no Golfo da Guiné, apelando aos países da região para desenvolverem uma abordagem conjunta ao fenómeno, e o assunto tem voltado com regularidade ao Conselho.

Para abril de 2013 está prevista uma cimeira regional sobre pirataria nos Camarões.

Benim, Togo e Nigéria estão entre os países mais afetados, que, segundo a Organização Marítima Internacional, citada pelo diário nigeriano Daily Independent, já custou perto de 2 mil milhões de dólares à região, entre bens subtraídos, segurança e seguros adicionais.

O comando dos Estados Unidos para África (Africom) iniciou já exercícios navais de treino com alguns dos países afetados.

Timothy Walker, investigador do Instituto de Estudos Estratégicos sul-africano, calcula em 58 o total de incidentes de pirataria na região em 2012, mais 9 do que em 2011.

A 21 de janeiro registou-se um dos mais recentes ataques, ao largo da Costa do Marfim, quando um petrolífero foi capturado.

Segundo a especialista Milena Sterio, Professora associada da Cleveland-Marshall College of Law e membro do “think tank” Grupo de Trabalho para a Pirataria, o “modus operandi” dos piratas oeste-africanos é semelhante ao dos somalis, atacando com pequenas embarcações, tal como as dificuldades de sobrevivência que os levam ao crime.

Uma diferença, adianta num artigo publicado em fevereiro, é que, enquanto os somalis procuravam raptar estrangeiros para exigir resgates, os piratas oeste-africanos parcem mais interessados na carga, sobretudo petróleo, para vender no mercado negro, e são mais propensos a exercer violência, atuando de “forma mais brutal em relação às tripulações”.

“E, uma vez que o Golfo da Guiné é uma região produtora de petróleo, a sua importância estratégica, e portanto a necessidade de conter o aumento da ameaça de pirataria, pode ser mesmo maior do que a do Golfo de Áden alguma vez foi”, afirma.

Lusa
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 15, 2013, 05:03:05 pm
Bélgica prende líder pirata somali, atraído sob falso engodo


A Bélgica prendeu um pirata somali que se crê ter lucrado milhões de dólares com o pagamento de resgates ao longo dos anos em que operou na costa leste africana, noticiaram hoje os media belgas. O homem foi atraído a Bruxelas com o engodo de ir filmar um documentário sobre pirataria em alto mar. Mohamed Abdi Hassan, conhecido como «Afweyne» (boca grande), foi detido quando chegava ao aeroporto de Bruxelas no sábado, informou o jornal De Standaard.

Procuradores federais realizarão uma conferência de imprensa na tarde de hoje a respeito das duas pessoas detidas no aeroporto no sábado, suspeitas de envolvimento no sequestro do navio belga «Pomnpeii», em 2009.

Hassan é suspeito de comandar quadrilhas que fizeram fortuna com a cobrança de resgates por navios comerciais e iates sequestrados ao longo de mais de uma década de pirataria.

Hassan disse em Janeiro ter-se aposentado da pirataria, e especialistas da ONU acusaram um ex-presidente da Somália de protegê-lo ao conceder-lhe um passaporte diplomático.

Em 2011, a pirataria somali nas movimentadas rotas marítimas do Golfo de Áden e no noroeste do Oceano Índico lucrou 160 milhões de dólares (cerca de 118 milhões de euros) e custou 7 mil milhões de dólares (cerca de 5,16 mil milhões de euros) à economia mundial, de acordo com a fundação norte-americana One Earth Future.

Lusa
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: HSMW em Janeiro 10, 2014, 09:56:35 am
Documentário sobre a acção da marinha Indiana para resgatar um navio chinês sequestrado por piratas.
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lusitano89 em Julho 15, 2014, 09:35:04 pm
A pirataria no Golfo da Guiné ameaça a soberania de São Tomé e Príncipe


Como nos séculos passados, criminosos agem em alto-mar. A diferença é que agora estão à procura de embarcações com pescado, galões de combustível ou barris de petróleo.

Alguns dias de trabalho em alto mar haviam se passado. A tripulação do Dona Simoa se preparava para deixar Porto Gentil, na costa do Gabão,  e voltar para São Tomé Príncipe. Daniel Veloso, que há mais de 10 anos é pescador, estava entre os 12 tripulantes que foram surpreendidos por um grupo de criminosos que chegou em outra embarcação. "Era um barco tipo bote, com poucas coisas, mas com uma tripulação de 22 pessoas. Ao princípio nós achámos que precisavam de ajuda, mas quando encostámos no barco, fomos atacados. A maioria dos que lá estavam apontou-nos metralhadoras ou facas. O nosso comandante foi logo dominado", relata Daniel, que, mesmo depois de quase passado um ano, ainda se lembra, assustado, da acção dos piratas.

Após o ataque, Daniel conta que todos ficaram sob a mira dos piratas. Enquanto uns vigiavam a tripulação do Dona Simoa, outros davam conta de carregar a embarcação clandestina com todo o pescado e combustível que encontraram no barco de suas vítimas. "Eles conseguiram levar 400 quilos de peixe que havíamos capturado para vender em São Tomé, e mais 4 galões com cerca de 200 litros de combustível. Depois de roubarem tudo, foram embora. Não conseguimos mais voltar para São Tomé, pois já não havia combustível para a viagem. Denunciámos o ocorrido a Polícia do Gabão, mas nada aconteceu".

Relatos parecidos ao de Daniel Veloso são contados por outros homens que precisam ir até alto-mar para trabalhar na pesca. Nos últimos anos, o Golfo da Guiné foi surpreendido com o aumento de assaltos e roubos, ações conhecidas como pirataria marítima. Segundo o relatório internacional produzido pela seguradora Allianz Global, foram registrados no ano passado, naquela região, 48 incidentes de pirataria. De acordo com o relatório da Allianz, os ataques em 2013 representam 18% das ações piratas em todo o mundo.  

Os piratas da Guiné

De acordo com o coronel Marçal Lima, o diretor de Defesa Nacional pelo Ministério da Defesa de São Tomé e Príncipe, os ataques de piratas já são conhecidos em África. Há seis anos, segundo conta, raptos e sequestros eram comuns no Golfo de Adem, na região chamada corno de África, que compreende a área entre a Somália, o Yemen e a Etiópia. Após os raptos, os piratas exigiam quantias exorbitantes para liberar os reféns, que geralmente eram estrangeiros oriundos da Europa ou da América do Norte. "Tudo isto perturbava ali a circulação marítima, pois, além de aprisionar as pessoas, os piratas também buscavam prejudicar o comércio entre a Ásia, África, Europa e médio oriente", explica o coronel.

 No Golfo da Guiné, cuja costa pertence a nove países, incluindo São Tomé e Príncipe, "o modos operandi diferencia-se em relação às acções piratas de Adem. Na região de São Tomé e Príncipe, o objectivo não é o sequestro de pessoas, mas o roubo de petróleo, combustível, navios e pescado".
Apesar de os crimes piratas serem cometidos no mar, para o coronel Marçal, a pirataria começa na terra firme. "A situação de conflito nos países entorno do Golfo da Guiné e muitas outras condições favorecem os ataques que acontecem no mar", afirma Marçal, referindo-se aos conflitos étnicos, religiosos, e às desigualdades económicas e sociais vividas pela população daqueles países. "Há condições precárias para que haja armamentos e criminosos que vão em busca de riqueza no mar, e usam a pirataria como meio de sobrevivência".

Marçal Lima ressalta que em muitos casos há sempre alguém com capacidade financiadora por detrás destes homens, e acredita que é gente de variados países. "Os piratas mesmo são pessoas muito miseráveis, que precisam se arriscar em embarcações sem condições de percorrer muitas milhas, e por isso as ações acontecem cada vez mais próximo à costa dos países". O fato de os ataques ocorrerem cada vez mais perto do litoral faz com que a pirataria aconteça na rota dos navios petroleiros, pois "os navios têm de ir à costa para armazenar o petróleo e transportar para fora do continente o produto".

As abordagens piratas acontecem, por vezes, à saída destas embarcações. O coronel afirma que os bandos, fortemente armados, abordam estes navios, ameaçam as tripulações e roubam os seus pertences. No caso dos navios petroleiros, piratas apoderam-se da própria embarcação e conduzem-na para um local seguro, onde podem vender o produto e descaracterizar o navio para ser utilizado novamente. "São pessoas que conhecem muito bem a região".

Segundo a Organização Marítima Internacional (OMI), de todos os países do Golfo da Guiné, Benim, Togo e Nigéria estão entre os mais afetados pela pirataria. De acordo com a OMI, as ações piratas já deram prejuízos de quase 2 milhões de dólares à região, entre bens e produtos subtraídos, e investimentos em segurança.

Petróleo

A região do Golfo da Guiné, além de ser rica em pescado de característica migratória, como o atum, por exemplo, guarda no fundo do oceano uma grande reserva de petróleo. Para os países ali situados, um dos maiores problemas com os piratas gira em torno da produção petrolífera, que é roubada em muitos ataques, como salientado por Marçal. "Hoje os países do Golfo da Guiné são ricos em petróleo, de modo que são o futuro da produção petrolífera no continente", assegura o diretor.

Dentre os principais produtores está a Nigéria, que em 2008 atingiu a marca de produção de mais de 2 milhões de barris por dia, conforme Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Assim como a Nigéria, também a Guiné Equatorial, o Gabão e Gana se destacam nesta produção. São Tomé e Príncipe, de acordo com Marçal, ainda não iniciou a exploração do óleo, que "está em água ultra profundas".

Uma das zonas de exploração são-tomense é em conjunto com a Nigéria. São Tomé e Príncipe vai garantir 40% do seu rendimento, quando essa mesma exploração for iniciada. Contudo, para assegurar a produção são-tomense, o governo está desenvolvendo medidas que evitem a acção dos piratas na região. Dentre esta série de medidas, estão várias parcerias com países europeus e americanos. Um sistema de radar, por exemplo, instalado em parceria com os Estados Unidos, realiza a fiscalização da costa das ilhas, que possui 200 milhas náuticas de extensão. "Se for um navio legal, ele terá um sistema automático que o identificará no nosso sistema de radares. Quando este sistema não responde, precisamos interceptar esta embarcação".

Foi com este sistema de radares que em março de 2013 a Guarda Costeira de STP apreendeu dois navios que contrabandeavam combustível para a Europa. "Não era um navio pirata, mas se tratava de combustível que estava sendo transportado sem nota fiscal, e que deve ter sido adquirido de forma ilegal. Então, o comandante da embarcação foi multado e detido", acrescenta o director Lima.
 
Combate

Para além deste sistema de radares instalado com ajuda norte-americana, os são-tomenses garantiram parcerias com diversos outros países. Quer ao nível regional, com países do Golfo da Guiné, e os demais países africanos, quer ao nível internacional, com países como Portugal, Reino Unido e Brasil, São Tomé e Príncipe busca ajuda para manter a soberania do seu território marítimo e a segurança das embarcações que ali navegam. "Quem está mais afetado é quem compra o petróleo de nós. Por isso, há todo interesse das grandes potências em criar estratégias contra esses crimes aqui na região", ressalta o corenel Marçal, referindo-se às potências europeias e aos EUA.
Um dos principais parceiros de STP contra os piratas é Portugal. O adido da embaixada portuguesa para a cooperação, Nuno Vaz, explica que, dentre outras acções de parceria, o Estado português mantém há 2 anos um acordo antipirataria com o governo são-tomense. Este acordo viabiliza para o país infraestrutura para o patrulhamento marítimo, bem como ocorreu em abril deste ano, quando uma fragata e uma aeronave P3 estiveram em actividade no país. Desde então, a vigilância das águas de jurisdição das ilhas é feita com a ajuda da Marinha de Portugal.

Este acordo firmado com os portugueses permitiu que São Tomé e Príncipe tivesse infraestrutura e pessoal capacitado para participar do exercício militar OBAN GAME, que ocorreu em março deste ano no Golfo da Guiné. Coordenado pelos Estados Unidos, este exercício teve ainda a participação do Brasil e da França, que mantêm actividades de cooperação com  países da região. A operação ocorreu como treino de oficiais e também reforço da vigilância no Golfo. Os resultados, porém, são confidenciais e, portanto, não foram divulgados.

A Marinha do Brasil iniciou, também em março, um trabalho de formação dos oficiais da Guarda Costeira de STP. A missão, que durará um ano, conta com a participação de nove fuzileiros navais brasileiros, que serão os responsáveis por essa mesma formação. De acordo com o embaixador do Brasil para STP, José Carlos de Araújo Leitão, a luta pela segurança no Golfo da Guiné será constante. "O trabalho de vigilância no Golfo da Guiné deve coibir o contrabando de combustível e de pescado. São riquezas que estão na região e chamam a atenção dos piratas", destaca o embaixador, que acredita que os piratas são criminosos bem estruturados com embarcações e outros equipamentos que permitem, por exemplo, um "arrastão" de pescado em alto-mar.

O embaixador brasileiro não descarta a possibilidade de estas acções serem coordenadas por criminosos de várias nacionalidades, pois, segundo o diplomata, além das riquezas, esta área do Atlântico Sul é geograficamente estratégica para a África e para países de outros continentes. Por isso, as atividades de fiscalização, em sua opinião, devem ser reforçadas e garantidas para resguardar a soberania de STP.

A pirataria marítima está prevista no Código Penal são-tomense como crime (artigo nº 388). Aqueles que forem apanhados em flagrante podem ser condenados de 2 até 8 anos de prisão. Segundo o presidente da Ordem dos Advogados de São Tomé e Príncipe, André Aragão, mecanismos como esta legislação são extremamente relevantes para resguardar a soberania e as riquezas do país, visto que a zona marítima é 600 vezes maior que a área terrestre, formada pelas duas pequenas ilhas.
O coronel Marçal afirma que, apesar de todas as acções e parcerias para o combate à pirataria, é muito difícil estabelecer leis contra estes crimes. "Há uma série de instrumentos e acordos internacionais que os Estados têm considerado. Acontece que nenhum Estado quer se responsabilizar pelo julgamento destes criminosos, pois muitos desses crimes acontecem em águas internacionais, e esta ainda é uma área muito vaga em termos de legislação internacional". Para o coronel, é necessário que os Estados ratifiquem a série de convenções e medidas jurídicas já existentes e se entendam no julgamento dos crimes de pirataria marítima.
Esta produção só foi possível realizar graças ao programa de formação jornalística, Beyond Your World, o qual é financiado pela Comissão Europeia e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros Holandês.

Diário Digital
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 08, 2014, 04:37:31 pm
Intervenção da ONU na Somália é cara e não ataca raiz da pirataria, afirma investigador português


Um projeto de doutoramento da Universidade de Coimbra conclui que a intervenção das Nações Unidas (ONU) na Somália tem um custo elevado, limita-se a criar corredores de segurança e não ataca as raízes do problema da pirataria.

A atuação da ONU na Somália, em que Portugal preside ao fórum jurídico, começou em 2008 e consiste “na criação de corredores protegidos por forças navais internacionais e forças armadas privadas, bem como no estabelecimento de uma infraestrutura rudimentar de julgamento” no país e num modelo de construção de um Estado central “imposto de cima para baixo e de fora para dentro”, criticou Gilberto de Oliveira, investigador da Universidade de Coimbra, que terminou recentemente um doutoramento sobre a intervenção da ONU naquele país do Corno de África.

O problema da intervenção da ONU na Somália, país onde se registaram um grande número de ataques de piratas somalis a navios mercantes em meados dos anos 2000, deve-se, em grande parte, à “sua forte dependência das forças navais estrangeiras”, sublinhou.

Apesar de se observar uma “redução na quantidade de ataques e sequestros nas águas do Corno de África”, a partir de 2012 e 2013, o investigador salientou que “não se pode ignorar” a capacidade dos piratas de “adaptação e diversificação das suas atividades para contornar as pressões impostas pela intervenção internacional”. Para além disso, desde a mobilização internacional que a capacidade do “embrião de governo central” da Somália para conter a pirataria não tem evoluído “substancialmente”, apontou.

Enquanto aos olhos da comunidade internacional pode haver “a impressão de que o problema está solucionado”, “o máximo que se pode dizer é que a atividade da pirataria está momentaneamente adormecida”. Para o investigador, a sustentabilidade da segurança no litoral da Somália a longo prazo é “questionável”, salientando que as redes de pirataria, que persistem no país, “podem ser facilmente reativadas em larga escala, ao menor sinal de relaxamento da atual estratégia de contenção”.

O problema está longe de ser resolvido, concluiu, recordando que a pirataria somali remonta ao final dos anos 1980, estando ligada “ao estágio inicial de guerra civil na Somália” e “à deterioração da fiscalização do seu mar territorial”, entre outros pontos. Segundo o investigador, deveria ser pensada uma alternativa “ao nível das comunidades locais dependentes da pirataria”.

O “curto governo da União das Cortes Islâmicas” na região centro do país foi um exemplo das “mobilizações locais contra a pirataria”, sendo que em 2006 a pirataria tinha sido “praticamente eliminada” dessa zona do país, por ação das milícias islâmicas, que se retiraram da região em 2007, por intervenção de tropas da Etiópia, em apoio ao governo de transição.

A intervenção poderia ser criada “em micro-escala, de custo relativamente mais reduzido”, com respostas “negociadas de baixo para cima”, numa transformação “mais modesta, menos intrusiva e mais contextualizada”, defendeu.

Lusa
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Crypter em Março 26, 2015, 07:59:38 pm
Citar
Contra-almirante português vai comandar força da NATO de combate à pirataria
LUSA26 de Março de 2015, às 19:19
O contra-almirante Silvestre Correia vai comandar a "Standing NATO Maritime Group 1", entre junho e dezembro deste ano, a força naval da organização no combate à pirataria no Índico, que será liderada pela fragata Dom Francisco de Almeida.
null
O porta-voz da Marinha adiantou à agência Lusa que a fragata portuguesa será o navio chefe desta força da Aliança Atlântica durante o segundo semestre de 2015.

Segundo um decreto do Presidente da República publicado hoje em Diário da República, o contra-almirante Alberto Silvestre Correia irá assumir as funções de comandante desta força entre 07 de junho e 20 de dezembro.

Licenciado em Ciências Militares Navais, o contra-almirante Silvestre Correia já foi comandante da Esquadrilha de Escoltas Oceânicos e também da Força de Reação Imediata.
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fthumbs.web.sapo.io%2F%3Fepic%3DRIQm4hqsQyZf7oszP0LMD06HLgj3kie6kTLnBIwMf14k85wmEeTdvYLmjG8gwc0Xe%2BR7Dlmf39Kdi1snYKUNOn3NXjl0ht0IRaXFYeBoXWwbCGs%3D%26amp%3BW%3D756%26amp%3BH%3D425%26amp%3Bcrop%3Dcenter%26amp%3Berrorpic%3Dtransparent%26amp%3Bdelay_optim%3D1%26amp%3Btv%3D2&hash=ca5f0bd4fecc48b7fd6696c0ede9f2f6)
ATF// ZO

Lusa/Fim
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Get_It em Maio 05, 2015, 09:27:41 pm
AW109 sueco em operações navais na costa da Somália abordo do navio holandês Johan de Witt:

Swedish AW109 performing well for EU off Somali coast
Citação de: "Craig Hoyle, Flightglobal"
The Swedish Defence Helicopter Wing has made a successful operational debut aboard a surface ship operated by another nation, with an AgustaWestland AW109 having supported the EU’s Operation Atalanta activity off the coast of Somalia for almost three months.

Sweden early this year deployed two AW109s and 14 personnel aboard the Royal Netherlands Navy amphibious assault ship Johan de Witt, alongside a Dutch NH Industries NH90. One of the Swedish rotorcraft, which is ordinarily based in Ronneby, is maintained in an operational condition, with the other acting as a spare.

“The foreign ship is a big difference for us,” says Col Per Skanz, unit commander for Sweden’s four-month helicopter detachment in support of the ME04 multinational anti-piracy mission. Stockholm’s previous two such deployments were made aboard Swedish navy vessels.

“The catchword for us has been integration,” says Skanz. “We think the same way, and we have the same procedures.”

Used for intelligence, surveillance and reconnaissance, and equipped with an electro-optical camera payload and machine gun, the AW109 has a 60nm (111km) operating range and a flight endurance of 1.5h.

“The AW109 is quick to start, and provides a fast reaction time,” Skanz says, adding that people aboard maritime vessels also “don’t see or hear you”.

(...)
Fonte: http://www.flightglobal.com/news/articles/swedish-aw109-performing-well-for-eu-off-somali-coast-411929/

Cumprimentos,
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lightning em Novembro 28, 2015, 03:48:27 pm
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lightning em Dezembro 09, 2015, 02:15:51 am

Pirataria: Tripulação polaca está livre
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lusitano89 em Abril 25, 2017, 01:20:33 pm
Pirataria no Golfo da Guiné requer atenção imediata, diz comandante da Marinha Portuguesa


A fragata Alvares Cabral participou recentemente no exercício anual “Mar Aberto”, em Cabo Verde, e no OBANGAME Express, do comando norte-americano para África (AFRICOM), ao largo da costa do Senegal.

“Se considerarmos que o Golfo da Guiné vai desde o Senegal até Angola e que a pirataria está a aumentar de uma forma considerável quando comparada com há uma década, julgo que é algo que estes países têm que tomar atenção e no imediato”, disse à agência Lusa o comandante Gonçalves Simões.

Para o comandante da Alvares Cabral, se os países deixarem que a pirataria se implante e se torne efetiva nesta zona, “a sua dissuasão e combate terá que ser muito mais robusta e com mais meios no mar”.

“É quando está na sua fase embrionária ou inicial que devemos atacar para que não aumente exponencialmente”, disse, apontando como exemplo o caso da Somália.


“Os países não deram muita atenção e aquilo tomou proporções de tal forma que depois tivemos que ter forças multinacionais a colaborar para que aquele flagelo fosse debelado”, sublinhou.

Para o comandante Gonçalves Simões, os fenómenos da pirataria, tráfico ilícito de droga e pessoas devem ser áreas no pensamento de qualquer governante de um país que tenha águas internacionais porque, considerou, “atrás dessa insegurança vem tudo o que é um prejuízo económico”, nomeadamente associado ao turismo e à pesca.

Gonçalves Simões adiantou que já existem várias estratégias de promoção da vigilância e segurança marítimas estabelecidas para esta zona, faltando agora operacionalizá-las.

“A operacionalização demora sempre mais algum tempo. Estamos a falar de interesses entre Estados, partilha de recursos e muitas vezes a partilha de elementos de informação. É essa partilha de informação que temos de começar desde o início”, disse.

Para o responsável, exercícios como o OBANGAME são “uma boa forma de operacionalizar o que está nas diversas estratégias marítimas implantadas ao longo da costa africana porque visa também a troca de informação entre os diversos centros de operações marítimas de cada um dos países”.


>>>>>   http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/pirataria-no-golfo-da-guine-requer-atencao-imediata-diz-comandante-da-marinha-portuguesa
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: LM em Abril 24, 2019, 02:50:15 pm
El Ejército español libera un buque secuestrado por piratas en Somalia (https://www.elindependiente.com/politica/2019/04/23/ejercito-espanol-libera-buque-secuestrado-piratas-somalia/)

La fragata Navarra, que actúa como buque de mando de la Operación Atalanta de lucha contra la piratería en el Índico, ha liberado hoy martes un pesquero yemení que llevaba cuatro días secuestrado por piratas somalíes, después de que un equipo de Guerra Naval Especial abordara la embarcación.

En la interceptación del pesquero yemení, de estilo jabeque, han participado un avión alemán de patrulla marítima P3-C, así como otro avión español P3-M, quienes aportaron información sobre la ubicación y características del buque antes del asalto organizado desde la fragata española, ha informado el Ministerio de Defensa. El dispositivo se puso en marcha después de que el pasado domingo 21 se recibiera una información sobre un posible ataque pirata mediante lanzagranadas en aguas del océano Índico contra un pesquero español y otro coreano, que repelieron la agresión gracias a la intervención del equipo de seguridad privada que llevaban a bordo.

El comandante al mando de la fuerza, el contralmirante Ricardo A. Hernández López, embarcado en la fragata Navarra, ordenó su salida al mar desde el puerto de Mombasa para tratar de interceptar a los piratas, mientras el avión alemán P3-C se dirigía a la zona de los ataques para tratar de localizar el esquife.

La aeronave logró localizar un pesquero yemení que remolcaba varios esquifes, y así se comprobó que sus características coincidían con un jabeque secuestrado cuatro días antes en aguas somalíes, por lo que el comandante dedujo que los piratas lo estaban usando como buque nodriza para lanzar sus ataques. Con la sospecha de que podrían llevar rehenes a bordo, otro avión español de patrulla marítima confirmó la información aportada por la patrulla alemana, datos que permitieron a la Navarra avistar el pesquero secuestrado, tras 28 horas de navegación.

El buque yemení se dirigía hacia una zona cercana a campamentos piratas de la costa somalí y pudo ser seguido de forma encubierta por la fragata hasta que el equipo de guerra naval pudo efectuar con éxito la operación de abordaje, explica Defensa en un comunicado. Tras liberar la embarcación, el personal de la fragata española y el equipo de guerra naval tratan de recopilar evidencias sobre el secuestro, por lo que la operación todavía sigue abierta.

Defensa recuerda que las Fuerzas Armadas españolas participan en todas las operaciones y misiones de adiestramiento de la Unión Europea (EUTM) y que la Operación Atalanta contra la piratería forma parte del compromiso de España, bajo bandera de la UE, para mantener la seguridad en las aguas del golfo de Adén y Somalia.

La fragata Navarra está actualmente al mando de la fuerza implicada en esta operación, a la que ha contribuido con medios navales y aéreos; son nueve las ocasiones en que las Fuerzas Armadas españolas han asumido el mando de la Fuerza naval desplegada (FHQ).
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: LM em Dezembro 17, 2019, 02:28:08 pm
Piratas marítimos sequestram navio petroleiro que ligava Luanda ao Togo e raptaram 20 tripulantes  (https://observador.pt/2019/12/17/piratas-maritimos-sequestram-navio-petroleiro-que-ligava-luanda-ao-togo-e-raptaram-20-tripulantes/)
 
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: LM em Janeiro 08, 2020, 12:42:06 pm
Como se comparam aos "nossos" semi-rigidos...? A haver um par de NPO "musculados" teria de ser considerado?


Luta contra pirataria e drogas no Oriente Médio: o resultado positivo do emprego das embarcações ZODIAC MILPRO (https://www.defesaaereanaval.com.br/defesa/luta-contra-pirataria-e-drogas-no-oriente-medio-o-resultado-positivo-do-emprego-das-embarcacoes-zodiac-milpro)

(...)
A pirataria é realizada em barcos que desenvolvem velocidades superiores aos Navios mercantes e muitas vezes também aos Navios de Guerra. Para combatê-la é necessário possuir apoio aéreo e embarcações de alto desempenho, preparadas para operar em condições adversas de mar (certificadas para ventos até força 8 na escala Beaufort e ondas de até 4 metros) e com possibilidade de se deslocar em alta velocidade, operando a considerável distância de sua base, seja em terra ou navio.

(https://cdn-statics.defesaaereanaval.com.br/wp-content/uploads/2020/01/Zodiac-Milpro-scaled.jpg)

(https://cdn-statics.defesaaereanaval.com.br/wp-content/uploads/2020/01/Zodiac-Milpro-Hurricane.jpg)

O mesmo relatório da IMB citado acima aponta uma drástica queda de ações de pirataria na região marítima limítrofe, a Somália, fruto dos esforços de diversas Marinhas em buscar a estabilidade naquela região, dentre as quais ressaltamos as experiencias exitosas da França e da Austrália.

A Marinha Nacional Francesa emprega, para esta tarefa, as embarcações de 9 metros Zodiac Milpro da linha Hurricane (ZH-930), denominadas ECUME (Embarcation Commando à Usage Multiple), uma plataforma única projetada para atender a 6 diferentes missões e operar em condições adversas em grande velocidade.

Também a Marinha Australiana utiliza embarcações as Zodiac Milpro de 9 metros (ZH-929), customizadas de acordo com seus requisitos específicos. Operando a partir da Fragata HMS Ballarat, as embarcações Hurricane Zodiac Milpro foram, por exemplo, decisivas na operação que culminou com a apreensão de 2,6 toneladas de drogas ilícitas (vide reportagem de maio de 2019 (https://news.navy.gov.au/en/May2019/Operations/5209/HMAS-Ballarat-continues-illicit-drug-seizures-in-the-MER.htm#.Xg9XeEdKiUm)).

Consideradas o Estado da Arte em embarcações semirrígidas, com casco de alumínio ou fibra de vidro, as Hurricane possuem um peso inferior às opções construídas com Polietileno de alta densidade, não necessitando de adaptação em aparelhos de força, e podem ser içadas ou arriadas com o Navio em movimento. Além disso seu desenho e soluções de engenharia permitem uma maior manobrabilidade e segurança, atingindo maior velocidade e consumo inferior para uma motorização similar. São o modelo ideal para operar com fiabilidade e eficácia em ambientes hostis e em severas condições climáticas.
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: perdadetempo em Março 24, 2020, 06:25:28 pm
Mais 7 marinheiros raptados no domingo no Golfo da Guiné. O interesse desta história em particulat é que segundo as notícias este ataque ocorreu entre S- Tomé e Libraville no Gabão e a embarcação em questão tem pavilhão português (deve-se tratar da bandeira de conveniência do registo da Madeira ).

Trata-se do navio porta contentores MSC Talia F com 139mX22,8mX9m com capacidade para 957 TEU(equivalente contentores 20')

https://www.meretmarine.com/fr/content/sept-marins-dun-porte-conteneurs-de-msc-enleves-dans-le-golfe-de-guinee (https://www.meretmarine.com/fr/content/sept-marins-dun-porte-conteneurs-de-msc-enleves-dans-le-golfe-de-guinee)

https://www.fleetmon.com/maritime-news/2020/29181/container-ship-attacked-gulf-guinea-ais-went/ (https://www.fleetmon.com/maritime-news/2020/29181/container-ship-attacked-gulf-guinea-ais-went/)

Cumprimentos,
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: HSMW em Novembro 03, 2020, 01:02:22 am

Sometime in mid-October 2020, seven Nigerian stowaways were found onboard the oil tanker, MV Nave Andromeda.
As the ship began the final leg of its voyage to Britain, on the morning of the 25 October 2020, the seven men became hostile to the crew, prompting the Captain of the Nave Andromeda to send out a call for help.
What followed was a ten-hour standoff between Hampshire Police and the seven men that ultimately led to the Special Boat Service being given authorisation by the Ministry of Defence to board and retake the Nave Andromeda.


Special Forces Storm Oil Tanker Nave Andromeda in the English Channel, 25th Oct 2020
A suspected hijacking of an oil tanker in the English Channel, one of the busiest shipping lanes in the world, triggers a military response, resulting in a Special Boat Service special forces team storming the ship. 25th October 2020.

Um episódio que nos está a passar ao lado.
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 20, 2020, 11:43:01 am
Navio português Zaire tem fama mundial no combate à pirataria

(https://static.globalnoticias.pt/jn/image.aspx?brand=JN&type=generate&guid=72bd6bf4-a172-4bc2-b738-a21159e728d3&w=744&h=495&t=20201220105050)

O ministro da Defesa afirmou no sábado à noite que o navio português Zaire, que opera nas águas de São Tomé e Príncipe, tem já fama mundial no combate à pirataria, sendo elogiado por países como a China.

João Gomes Cravinho assumiu esta posição num discurso que proferiu no final de um jantar em São Tomé, perante os 26 portugueses e 18 são-tomenses da guarnição do navio patrulha, além de três membros integrados no programa de cooperação no domínio da Defesa.

"O navio Zaire está há três anos em São Tomé e Príncipe e o prestígio do vosso trabalho vai muito para além dos limites regionais. Houve um assalto a um navio chinês, vocês atuaram e Pequim manifestou grande reconhecimento", declarou o titular da pasta da Defesa, numa alusão a uma das recentes missões arriscadas deste navio.

O navio Zaire, da Marinha Portuguesa, tem como principais missões reforçar a vigilância e a fiscalização dos espaços marítimos de São Tomé e Príncipe, a segurança marítima do Golfo da Guiné e a capacitação da guarda costeira deste país de língua portuguesa.

Perante os jornalistas, o ministro da Defesa destacou a importância de ação do navio Zaire, numa conjuntura em que se assiste a um aumento da criminalidade nas águas do Golfo da Guiné.

"Cerca de 90% da pirataria a nível mundial passa-se nesta zona alargada e a presença do navio Zaire em São Tomé e Príncipe tem um efeito dissuasor muito significativo", sustentou João Gomes Cravinho.

Ainda de acordo com o ministro da Defesa, "ao longo destes três anos, o navio Zaire tem também participado em missões de formação, sendo atualmente a guarnição composta por portugueses e são-tomenses (cerca de um terço) e tem ainda contribuído para o auxílio a barcos em dificuldades no Golfo da Guiné".

"A guarnição são-tomense já está em rotação. Ora, isto significa que não são os primeiros são-tomenses a fazerem parte da guarnição. Prevê-se que, ao longo dos próximos dois ou três anos, seja possível deixar em São Tomé e Príncipe uma marca muito significativa e um incremento qualitativo elevado em termos da capacidade da guarda costeira são-tomense", declarou.

Antes do jantar, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante António Ribeiro da Silva, condecorou com a cruz de São Jorge o comandante da guarda costeira são-tomense Pedro Barros.

"Foi com muito orgulho que recebi esta condecoração. Assumi esta missão há dez meses. Nós temos um lema: A guarnição é uma e única, não há diferenças entre portugueses e são-tomenses", referiu o comandante da guarda costeira de São Tomé e Príncipe.

Para salientar a dificuldade da missão, Pedro Barros evidenciou o seguinte dado: São Tomé e Príncipe tem um mar 160 vezes maior do que a sua terra".


 :arrow:  https://www.jn.pt/nacional/navio-portugues-zaire-tem-fama-mundial-no-combate-a-pirataria-13158136.html?fbclid=IwAR2Z3asOtGxRWcaHD2rTlldPOgFJ4eYI3AbgzslPOWyi_3gZX0BHo8yw0HY
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: typhonman em Dezembro 20, 2020, 12:07:01 pm
 :mrgreen: :mrgreen:
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: Lightning em Dezembro 20, 2020, 12:30:11 pm
Ui agora já temos fama mundial  :o.

Este 2020 sempre a surpreender. :mrgreen:
Título: Re: Piratas à Abordagem
Enviado por: LM em Fevereiro 14, 2021, 04:06:12 pm
Uns (3) NPO com radar militar, Altesse & Vigile LW, UAV e (como todos os malucos tb tenho uma mania) Simbad-RC... podíamos, de uma forma relativamente barata, "projectar poder".

Citar
"Zaire" realiza ações contra a pirataria no Golfo da Guiné
 
O navio patrulha "Zaire", da Marinha Portuguesa, em missão de capacitação operacional da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe, esteve empenhado em várias ações contra a pirataria na Zona Económica Exclusiva deste país, no período de 7 a 13 de fevereiro.
 
No dia 7 de fevereiro, a pedido da Guarda Costeira de São Tomé e Principe, o “Zaire” foi ativado, para prestar auxílio ao navio mercante “Sea Phantom”, que estava a ser alvo de um ataque de piratas, a cerca de 120km a nordeste da Ilha do Príncipe.
Quando se encontrava a navegar para a posição do ataque, foi informado que o “Sea Phantom”, já não necessitava de auxílio e que se iria dirigir para os Camarões.
 
No dia 8, de manhã, o “Zaire” recebeu informação de novos ataques em curso, a dois navios mercantes (Seaking e Madrid Spirit), numa posição a cerca de 100km a sudeste da ilha de São Tomé, tendo-se dirigido imediatamente para o local.
 
Após definição de uma área de risco de ataques, o navio iniciou patrulha por forma a garantir a segurança da navegação e dissuadir os ataques dos piratas.
No dia 9 de fevereiro realizou o acompanhamento do navio mercante African River, de Bandeira Portuguesa, que atravessou a área e se encontrava em trânsito para o Porto Gentil no Gabão.
 
No dia 10 de fevereiro prestou auxílio ao navio mercante “Maria E”, que tinha sofrido um ataque na véspera, e cuja tripulação se encontrava refugiada na cidadela do navio. O “Maria E” foi acompanhado pelo “Zaire” durante mais de 13h e 250km até efetuar a passagem em segurança a uma Fragata da Guiné Equatorial, país para o qual o navio mercante se dirigia.
 
No dia 11 de fevereiro, o navio português detetou e acompanhou a embarcação de pesca “LIANG PENG YU” até entrar em águas territoriais do Gabão. A embarcação foi inspecionada pelas autoridades Gabonenses, que comunicaram esta ter sido alvo de um ataque de piratas que raptaram 10 dos seus 14 tripulantes.

No dia 12 de fevereiro, o navio português continuou a sua patrulha, tendo regressado na manhã do dia seguinte à Baia Ana Chaves.
 
O navio português, atualmente operado por uma guarnição mista, constituída por militares portugueses e santomenses, prossegue a sua missão de Capacitação da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe, ilustrando a importância da cooperação bilateral entre estes dois países lusófonos, contribuindo, através de um esforço conjunto, para a segurança na região.

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