Relações Portugal-China

  • 120 Respostas
  • 44375 Visualizações
*

miguelbud

  • Analista
  • ***
  • 763
  • Recebeu: 38 vez(es)
  • Enviou: 29 vez(es)
  • +13/-1
Re: Relações Portugal-China
« Responder #45 em: Dezembro 30, 2011, 10:09:52 am »
Citação de: "Jorge Pereira"
ser dada uma prioridade absoluta a esta questão. Vivemos tempos interessantes, e não tenho dúvidas que mais uma vez vamos dar a volta por cima.

Até porque com a extensao da nossa ZEE convem ter um "aliado" de peso, para nao acontecer uma espécie de oceano cor-de-rosa.

Só espero é que respeitem regras ambientais.
 

*

HSMW

  • Moderador Global
  • *****
  • 12750
  • Recebeu: 3088 vez(es)
  • Enviou: 7581 vez(es)
  • +770/-1303
    • http://youtube.com/HSMW
Re: Relações Portugal-China
« Responder #46 em: Dezembro 30, 2011, 02:56:51 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
Citação de: "HSMW"
E pronto... Somos os Africanos da Europa...

Nada disso caro HSMW. São tudo movimentos geoestratégicos muito interessantes. E como sempre aconteceu na nossa história, parece que novamente inovamos encontrando soluções para problemas locais em paragens e fazendo pontes com culturas longínquas. Esperemos que tudo corra bem. Então no que se refere à prospecção de recursos na nossa ZEE, ontem era tarde! Deveria ser dada uma prioridade absoluta a esta questão. Vivemos tempos interessantes, e não tenho dúvidas que mais uma vez vamos dar a volta por cima.

Talvez sim... Mas sou céptico quanto aos interesses chineses, especialmente no nosso país.
Não tenho qualquer apreço quanto a tudo o que seja de origem chinesa, sejam filmes do Jackie Chan, acessórios auto, facas, o Futre, material informático ou... tudo!

A exploração dos nossos recursos naturais deveria ter sido marcada como prioridade pelos portugueses para beneficio do Portugal.
Os nossos governantes demonstraram ser demasiado fracos para lidar com o pouco peso de corrupção nacional.
Mais difícil será lidar com os nocivos interesses chineses e com a maldição do ouro negro  :lol:  :evil:

É que quando falamos em chineses lembro-me disto:
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

*

Edu

  • Especialista
  • ****
  • 1166
  • Recebeu: 155 vez(es)
  • Enviou: 12 vez(es)
  • +5/-4
Re: Relações Portugal-China
« Responder #47 em: Dezembro 30, 2011, 05:15:00 pm »
Caro HSMW partilho bastante da sua opinião, de facto fico até bastante apreensivo quando vejo alguns membros do fórum a defender estes negócios com os chineses só porque foram negociados por um governo da sua cor politica.

Parece que muita gente já se esqueceu das imagens da menina que foi atropelada 2 vezes e ninguém deu atenção. Temos sempre que nos lembrar que os chineses não respeitam os direitos humanos ou as preocupações ambientais e muito menos a nossa soberania ou os nossos interesses nacionais.

Os chineses certamente já terão analisado muito bem a nossa realidade nacional e chegado à conclusão que por meia dúzia de tostões qualquer politico se corrompe e qualquer lei se muda, ficando o interesse nacional para ultimo nas preocupações.

Estes negócios com os chineses podem ser ou muito bons ou muito maus, tudo depende de quem está na liderança de Portugal e a quanto estão dispostos para defender os nossos interesses. O problema é que a historia recente tem nos mostrado que quem está à frente dos nossos destinos (seja PS ou PSD) pouco se está importando com os interesses do nosso país, estão mais preocupados com o bolso próprio, esse interesse os chineses não têm problemas em garantir...
 

*

FoxTroop

  • Investigador
  • *****
  • 1837
  • Recebeu: 667 vez(es)
  • Enviou: 389 vez(es)
  • +332/-6249
Re: Relações Portugal-China
« Responder #48 em: Dezembro 30, 2011, 05:39:36 pm »
Estamos a dar-nos a uma importância que não temos. Os chineses são o povo mais xenófobo que existe e tudo o que vive fora das fronteiras deles (e mesmo muitos entre eles) são "cão". O interesse deles em Portugal é nulo, pois somos apenas uma porta, nada mais e assim que conseguirem firmar pés para aquilo que parece ser o objectivo deles, seremos descartados. Não deixa de ser irônico que foi através de Portugal que a Europa dominou a China e parece ser através de Portugal que os chineses virão para dominar a Europa. Um rude golpe para a Europa, muito por falta de capacidade dos lideres europeus que a continuar neste caminho ou desagregam isto tudo ou ficamos numa especie de Reich com contornos perigosamente parecidos ao de um gigantesca Jugoslávia.
 

*

latino

  • Membro
  • *
  • 271
  • +0/-0
Re: Relações Portugal-China
« Responder #49 em: Dezembro 30, 2011, 06:37:42 pm »
En mi opinión , no se trata de eso sino de ! sobrevivir! así de dura es la cruda realidad actual  y en funcion de eso  lo importante  es (en mi opinión):

 ! tocar fondo!

Saber donde nos han dejado/llevado  , no los "lideres nacionales" (cualquier nacionalista de cualquier nacion , se puede buscar mil culpables ! menos él ! por supuesto )   sino los IMBECILES  votados por !NOSOTROS ! porque si ellos son imbeciles y los hemos votado ; nosotros somos !SUBNORMALES!  por !VOTARLOS!

Si no tocamos fondo en esta mierda   !no hay futuro posible!

Asi que en este tema energético :

!Ben vindos ! a  cualquier  empresa portuguesa  a Espanha (por lo menos sois latinos )  aunque sea para beneficio de  los chinos;  si así  da mas posibilildadess de eleccion/ahorro  a los españoles (no somos ya  nacionalistas )  y porque  significa que  los demás hemos sido  !gilipollas! y les hemos dejado ganar.

!ben vindos a Espanha!

!bienvenidos a España !

Porque así nos ayudais a salir  de la crisis (si se cumple de verdad, el artículo)
 

*

nelson38899

  • Investigador
  • *****
  • 5316
  • Recebeu: 717 vez(es)
  • Enviou: 713 vez(es)
  • +497/-2603
Re: Relações Portugal-China
« Responder #50 em: Dezembro 30, 2011, 06:44:10 pm »
Eu também fico muito apreensivo com esta alegria generalizada dos negócios com os chineses.

Como muita gente disse aqui, os chineses não tem amor por ninguém, para mim são uma praga. Pois para eles o que importa são os recursos, sejam naturais ou não.

Apostava o meu salário, que daqui a 5 anos, as mesmas pessoas que aplaudiram a entrada dos chineses em portugal, serão os primeiros a criticar.

Vejo com muita preocupação, os futuros negócios que os chineses irão fazer em Portugal. Pois não gostava de ver o meu país, transformado num país africano.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

*

Jorge Pereira

  • Administrador
  • *****
  • 2235
  • Recebeu: 89 vez(es)
  • Enviou: 122 vez(es)
  • +59/-44
    • http://forumdefesa.com
Re: Relações Portugal-China
« Responder #51 em: Dezembro 31, 2011, 01:30:16 am »
A civilização e cultura chinesa são milenares e inovadoras, como tal merecem todo o nosso respeito. Em séculos de relacionamento entre Portugal e a China nunca houve problemas de maior. Pequim podia ter invadido Macau com mais facilidade do que a Índia fez com Goa, Diu e Damão. O processo de transição de Macau, decidido pela conveniência de Portugal, ocorreu com abertura de diálogo, respeito mútuo e cordialidade. Os interesses portugueses ou lusófonos que existiam em Macau foram protegidos e até encorajados, como acordado, ao contrário do que aconteceu, por exemplo, em Olivença. Isto são factos. Mas há outros factos: politicamente a China é uma ditadura, como tal, as entidades reguladoras pouco ou nada podem fazer contra os ditames do governo central, que na sua ânsia por desenvolver economicamente o país, esquecem ou relegam questões ambientais, sociolaborais, entre muitas outras. Isso é um problema deles, que terão de resolver se não quiserem tornar aquele país num local onde seja um martírio viver.

Outra questão é o que está a acontecer em África. Ainda há pouco tempo em conversa com uns colegas angolanos, eles referiam que há hospitais novos construídos pelos chineses que metem logo água durante as primeiras chuvadas. Ou um outro caso em que uma estrada com vários quilómetros, e no fim da sua construção, vieram a descobrir que afinal tinha menos 3 metros de largura que o que estava previsto. Mas isto acontece  porque Angola não é uma democracia plena, onde um caso como este seria logo denunciado, ou donde as entidades reguladoras poderiam intervir de forma independente, ou até porque provavelmente, e como eles me disseram que se suspeitava, aquele contrato foi ganho pelos chineses porque alguém tinha sido bem subornado, tornando quase impossível qualquer denuncia por parte do adjudicante.

Em Portugal, na Europa ou numa outra qualquer democracia isto já não seria assim. As entidades reguladoras, os meios de comunicação social, etc., nunca deixariam passar uma situação grave de desrespeito pelo meio ambiente ou pelo não cumprimento de um contrato. Quanto a isso não tenho grandes receios.

Temos que ser pragmáticos: as maiores reservas de capital financeiro do mundo estão no Médio Oriente e na China. Estando nós como estamos (Europa e até os próprios EUA) este interesse chinês é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada por receios, preconceitos, ou desconfianças fúteis.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

*

miguelbud

  • Analista
  • ***
  • 763
  • Recebeu: 38 vez(es)
  • Enviou: 29 vez(es)
  • +13/-1
Re: Relações Portugal-China
« Responder #52 em: Janeiro 04, 2012, 12:27:43 pm »
Apesar de ter considerado muito boa a venda da EDP aos chineses, devo confessar que hoje estou procupado com o facto dos americanos terem desistido da privatizaçao da REN. Agora só estao os chineses e os árabes na corrida. E os chineses levam uma grande vantagem. :shock:  :shock:
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20599
  • Recebeu: 2391 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
Re: Relações Portugal-China
« Responder #53 em: Janeiro 27, 2012, 12:35:55 am »
Banco chinês quer abrir sucursal em Portugal


O Banco Industrial e Comercial de China (ICBC, na sigla em inglês), um dos maiores do Mundo, apresentou ao Banco de Portugal (BdP) o pedido para a abertura de uma sucursal no mercado português e já está a montar a equipa de gestão, segundo apurou o SOL. O objectivo da instituição financeira, que será assim a primeira chinesa a instalar-se directamente em Portugal, é abrir portas em Lisboa no início do segundo semestre, mas o calendário final dependente de quando for dada a autorização do supervisor. Contactada pelo SOL, fonte oficial do BdP escusou-se a fazer comentários sobre o assunto, alegando que o regulador do sistema financeiro nunca fala sobre pedidos de licenças bancárias. Entre 1999 e 2012, Portugal perdeu 69 instituições financeiras. Esta redução tem sido mais acelerada em território nacional do que na média na Zona Euro.

Por via da sua dependência de Macau, o ICBC já está presente na capital portuguesa há alguns anos, mas apenas com um escritório de representação e com uma actividade bem mais reduzida do que aquela que terá agora quando obtiver a ‘luz verde’ para abrir uma sucursal.

A chegada do ICBC a Portugal deu-se por via da aquisição que o gigante asiático fez do banco Seng Heng, de Stanley Ho. No momento desta operação, o Seng Heng já tinha obtido a autorização (desde 2006) para abrir o escritório de representação em Portugal, tendo sido, por isso, uma «simples herança» explicava, em meados de 2010, o semanário macaense Ponto Final.

Em 2009, o banco chinês reforçou a aproximação a Portugal, estabelecendo protocolos de cooperação com BES e o Millennium bcp para facilitar o investimento entre a China e os países de língua portuguesa. Mais recentemente, com a venda de 21,35% do Estado na EDP à China Three Gorges, o interesse do ICBC em Portugal tornou-se mais evidente, sendo que a aposta de bancos chineses no sistema financeiro luso foi uma das contrapartidas da proposta de privatização da eléctrica.

Além disso, o ICBC tem vindo a ser apontado como um dos potenciais futuros accionistas do BCP, no âmbito da operação de aumento de capital que o banco presidido por Carlos Santos Ferreira está a preparar por meios públicos e privados. Aliás, tal como o SOL já avançou, as negociações para a entrada de chineses, bem como de brasileiros, como accionistas de referência do BCP estão muito avançadas. Mas não é ainda claro se o capital chinês prestes a entrar no BCP será por via do ICBC ou de outra instituição chinesa, como o China Development Bank, que foi, por exemplo, quem suportou a privatização da EDP e que já é parceiro de crédito do BCP em Moçambique, no Millennium bim.

SOL
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20599
  • Recebeu: 2391 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
Re: Relações Portugal-China
« Responder #54 em: Fevereiro 16, 2012, 12:47:57 am »
Huawei abre centro de dez milhões de €€ em Lisboa


A fabricante tecnológica Huawei, conhecida pelos smartphones de baixo custo e placas de banda larga móvel, inaugurou hoje um novo centro tecnológico em Lisboa, um investimento de dez milhões de euros.

Pedro Ferreira, responsável pela subsidiária portuguesa, revelou que o centro de suporte vai servir apenas o mercado interno e tem capacidade para 50 engenheiros portugueses.

A AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal ajudou na concretização deste investimento e assinou hoje um Memorando de Entendimento de cooperação com a empresa chinesa em Lisboa.

"O Memorando prevê a colaboração estreita com a AICEP", explicou Pedro Ferreira, sublinhando que a agência "facilitou" o investimento da Huawei.

O centro de suporte também inclui um laboratório multi-tecnologia, com enfoque em áreas quentes como o 4G e o programa de "fiber-to-the-home" para as zonas rurais.

A Huawei Portugal, que chegou ao mercado em 2004, tem um volume de negócios aproximado de 53 milhões de euros.

Dinheiro Vivo
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20599
  • Recebeu: 2391 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
Re: Relações Portugal-China
« Responder #55 em: Março 27, 2012, 01:52:12 pm »
Portugal tem pela primeira vez um pavilhão na 'Intertextil' de Pequim


A feira internacional têxtil de Pequim 2012, que começa na quarta-feira com mais de 1.200 expositores, vai ter pela primeira vez um pavilhão de Portugal, com artigos de vestuário de cinco empresas. «Este mercado tem crescido imenso e esperamos que cresça ainda mais», disse hoje à agência Lusa Sofia Botelho, da Associação de Têxteis e Vestuário de Portugal.

O inédito pavilhão de Portugal da 'Intertextile Beijing' é destacado pelos organizadores, a Messe Frankfurt, como uma das grandes novidades do certame.

«O Salão Europa, uma área especial, reunindo produtores de alta qualidade da Alemanha (13), Suíça (3), Turquia (9) e Reino Unido (6), apresenta pela primeira vez uma larga seleção de produtos de qualidade 100 por cento feitos em Portugal», dizem os promotores no website da feira.

Em 2011, a 'Intertextile Beijing' atraiu 25 mil visitantes de 66 países.

Arco Texteis, Lemar, Riopele, Somelos e Troficolar são as empresas portuguesas inscritas na edição deste ano.

O certame, de quatro dias, ocorre num bom momento das exportações portuguesas para a China.

Pelas contas chinesas, as exportações portuguesas para a China aumentaram 54,11 por cento em 2011, para 1,16 mil milhões de dólares (883 milhões de euros).

Lusa
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20599
  • Recebeu: 2391 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
Re: Relações Portugal-China
« Responder #56 em: Junho 25, 2012, 06:47:17 pm »
Portugal e China reforçam cooperação científica


Portugal e China estabeleceram hoje as bases de uma cooperação científica destinada à criação de «uma incubadora» e um centro de transferência de tecnologias, tendo como finalidade a comercialização conjunta de produtos. Será criado um grupo de trabalho que reunirá regularmente de forma rotativa, nos dois países,

No âmbito desta cooperação, hoje assinada, em Lisboa, entre o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, e o ministro da Ciência e Tecnologia da República Popular da China, Wan Gang.

Com o memorando de entendimento entre os dois governos, assinado no Palácio das Laranjeiras, pretende-se fomentar a cooperação na área da Ciência e Tecnologia, envolvendo empresas, instituições de ensino superior e unidades de investigação.

No texto, defende-se que a cooperação nas áreas de ciência, tecnologia e inovação desempenhará «um papel significativo na resposta à crise financeira global», pelo contributo para «um crescimento sustentável e a criação de emprego» e pela promoção do desenvolvimento e utilização de tecnologias «facilitadoras essenciais para as indústrias estratégicas».

Neste sentido, fica prevista a comercialização conjunta de tecnologias e a cooperação a longo prazo através do estabelecimento de redes de indústrias, universidades e outros centros de investigação.

Entre as tecnologias já identificadas como de interesse comum estão as da comunicação, hipocarbónicas e energéticas (renováveis, limpas e eficientes), nanotecnologias e materiais e biotecnologia, incluindo biomedicina, agricultura, silvicultura e aquicultura.

O documento prevê o apoio e o incentivo ao desenvolvimento de projectos conjuntos pelas empresas, pelas universidades, por centros de investigação e parques científicos para promoção da inovação, da investigação até ao mercado.

O financiamento, não especificado, será feito com recurso a fundos atribuídos no âmbito dos respectivos orçamentos, sendo que ambos os países devem procurar fontes alternativas.

«Deverão ser explorados como instrumentos de financiamento programas nacionais e internacionais existentes e deverão ser procurados mecanismos de alavancagem de recursos de outras fontes», lê-se no texto.

Lusa
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20599
  • Recebeu: 2391 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
Re: Relações Portugal-China
« Responder #57 em: Junho 30, 2012, 01:42:44 pm »
Paulo Portas inicia hoje visita de oito dias à China


O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, inicia uma visita de oito dias à China hoje, um dia depois de Pequim ter manifestado confiança no esforço do Governo português para «estabilizar as finanças e promover o desenvolvimento económico».

É a primeira visita à China de um ministro do actual Governo português e ocorre num momento considerado «muito especial» das relações bilaterais, nomeadamente no plano económico e financeiro.

«A China acredita que, com base nos seus próprios esforços e no apoio internacional, o Governo português pode estabilizar as finanças e promover o crescimento económico», disse Hong Lei, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em resposta à agência Lusa.

Mais de cinquenta empresários acompanham Paulo Portas, na maior missão do género enviada por Portugal à China nos últimos cinco anos.

«A China é hoje um dos dez maiores parceiros económicos de Portugal e fez importantes investimentos em grandes empresas portuguesas. Esta visita é a consagração de um momento muito especial nas relações entre os dois países», disse o embaixador português em Pequim, José Tadeu Soares.

A chegada de Paulo Portas a Xangai - primeira etapa da visita - está prevista para hoje cerca das 18h30 (11h30 em Lisboa).

Na segunda-feira, em Xangai, o ministro português participa no fórum Caminho das Exportações, organizado pelo semanário Expresso, e no dia seguinte reúne-se em Pequim com o homólogo chinês, Yang Jiechi.

A agenda de Portas na capital chinesa inclui também encontros com o «número dois» do Governo chinês, o vice-primeiro-ministro executivo, Li Keqiang, com o ministro do Comércio, Chen Deming, e com o director do Departamento Internacional do Comité Central do PCC, Wang Jiarui.

No dia 06 de manhã, o ministro português segue para Hong Kong, rumo a Macau, onde permanecerá até 8 de Junho.

A última grande missão empresarial enviada por Portugal à China, com cerca de 70 executivos, ocorreu em Janeiro de 2007, durante a visita do então primeiro-ministro, José Sócrates.

Entretanto, as exportações portuguesas para a China mais do que duplicaram. Pelas contas chinesas, em 2011 as exportações portuguesas cresceram 54,11 por cento em relação ao ano anterior, para 1,16 mil milhões de dólares.

O investimento chinês em Portugal também cresceu.

A China Three Gorges pagou ao Estado português 2,7 mil milhões de euros por 21,35 por cento do capital da EDP, tornando-se o maior accionista da eléctrica portuguesa, e outra grande empresa estatal chinesa, State Grid, comprou 25 por cento da REN (Redes Energéticas Nacionais) por 387,15 milhões de euros.

Lusa
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20599
  • Recebeu: 2391 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
Re: Relações Portugal-China
« Responder #58 em: Julho 04, 2012, 11:37:34 am »
Investimento chinês 'abre caminho às pequenas e médias empresas'


O ministro português de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, disse hoje que o investimento chinês em Portugal é um «processo potenciador de forte cooperação económica» bilateral susceptível de ser capitalizado também pelas pequenas e médias empresas. «É hora de sabermos aproveitar o que essas parcerias podem potenciar e o caminho que podem abrir às pequenas e médias empresas portuguesas, competitivas e ambiciosas», disse Paulo Portas na abertura de um seminário económico China-Portugal, em Pequim.

O ministro português referia-se à entrada da China Three Gorges e da State Grid no capital da Edp e da Ren, respectivamente, e à parceria no Brasil entre a Sinopec e a Galp.

«Através de parcerias entre as grandes empresas portuguesas e chinesas, as pequenas e médias empresas podem ter acesso a este mercado como fornecedores», afirmou.

«É o que eu chamo o 'efeito canguru': grandes empresas abrem caminho a pequenas e médias empresas», acrescentou.

No último ano, a China Three Gorges pagou ao Estado português 2,7 mil milhões de euros por 21,35 por cento do capital da Edp, tornando-se o maior accionista da eléctrica portuguesa, a State Grid comprou 25 por cento da Ren (Redes Energéticas Nacionais) por 287 milhões de euros e a Sinopec investiu 4,8 mil milhões de dólares (3,81 mil milhões) na Petrogal Brasil.

«Foi um facto não frequente na União Europeia e que mostra a diferença de Portugal: três grandes companhias chinesas conquistaram posições em grandes companhias portuguesas, num processo transparente e competitivo, em que ganhou quem apresentar a melhor proposta», referiu Paulo Portas.

«Portugal teve uma posição aberta relativamente ao investimento chinês e sabe que há também uma posição aberta por parte da China em relação às exportações portuguesas», acrescentou.

Antes da abertura do seminário, Portas assistiu à assinatura de um acordo entre um produtor português de vinho (Quinta da Alorna) e um distribuidor chinês e de um protocolo de cooperação entre a AIP (Associação Industrial Portuguesa) e o Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional.

O ministro português dirigiu-se a seguir a Zhongnanhai, o Kremlin chinês, onde se encontrou com o 'número dois' do Governo da China, o vice-primeiro-ministro executivo, Li Keqiang.

É a primeira visita de um ministro do actual Governo português à China, que se iniciou a 30 de Junho e termina a 8 de Julho.

Lusa
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20599
  • Recebeu: 2391 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
Re: Relações Portugal-China
« Responder #59 em: Julho 07, 2012, 06:06:00 pm »
Chefe do Executivo de Macau garante que governo dá «grande importância» a relações com Portugal


O Governo "dá grande importância às relações com Portugal", disse hoje o chefe do executivo de Macau, Fernando Chui Sai On, após o encontro na residência oficial com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas.No encontroem Santa Sancha, à porta fechada, os governantes abordaram o reforço e consolidação das relações entre Macau e Portugal, trocaram opiniões sobre o papel da Região Administrativa Especial no desenvolvimento das relações entre China e Portugal e ainda a sua função como plataforma de comércio e de serviços entre a China e os países de língua portuguesa, refere um comunicado do gabinete do Chefe do Executivo.

Chui Sai On realçou os "laços de amizade profundos e de longa data entre Macau e Portugal", recordando que Lisboa foi precisamente o seu primeiro destino no estrangeiro na qualidade de líder do Governo e em cuja visita oficial "foram alcançados bons resultados", com base no mecanismo de cooperação existente.

Seguindo o Acordo Quadro de Cooperação entre Macau, China e Portugal, "as duas partes concordaram realizar reuniões periódicas, no sentido de continuar a reforçar a comunicação e a cooperação nos domínios do comércio, turismo, ciência, segurança e judicial e visitas recíprocas de governantes.

Neste sentido, refere o mesmo comunicado citando Chui Sai On, a visita do ministro Paulo Portas constitui uma "prova do sucesso" do Acordo Quadro.

O líder do governo garantiu ainda que Macau apoia os investimentos bilaterais e que "vai continuar, desempenhando da melhor forma o seu papel de plataforma, a incentivar e ajudar as empresas locais e da China interior a investirem em Portugal".

Paulo Portas, por seu turno, manifestou o seu agrado por visitar o território durante a sua visita à China, tendo também salientado a importância que Portugal dá às relações com Macau e o papel deste nas relações entre Portugal e China.

O chefe da diplomacia portuguesa disse também que, na sequência das amistosas relações entre Portugal e a China e Portugal e Macau, a cooperação em diversas áreas - com benefícios mútuos - "poderá ainda ser reforçada a nível do governo e da sociedade".

O ministro português aproveitou ainda para agradecer os "esforços" da Região Administrativa Especial chinesa na preservação do ensino e cultura portuguesa, considerando que as partes "devem continuar a intensificar a cooperação nas áreas da educação e cultura", refere o mesmo comunicado.

Chui Sai On, por seu lado, reconheceu que, além da cooperação económica, se pode ainda consolidar e dar ênfase à cooperação nos domínios da educação, cultura, designadamente ao nível da formação linguística, e prometeu, neste âmbito, que o governo vai continuar a preservar a cultura, língua e costumes portugueses, a coexistência das características da cultura sino-portuguesa em Macau, ao abrigo da Declaração Conjunta e da Lei Básica de Macau, bem como o bem-estar da comunidade portuguesa.

Lusa