BA11 - Base Aérea Beja

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NVF

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #15 em: Julho 15, 2019, 06:38:25 pm »
Há coisas que por vezes não entendo. Então o pessoal passa a vida a queixar-se, com razão, que é um erro a Marinha estar toda concentrada no Alfeite e que se devia construir outra base naval menos vulnerável. No entanto, quando chega à FAP, esta já devia estar concentrada numas duas BA, o que aumentaria em muito a sua vulnerabilidade em caso de desastres naturais, ataques terroristas, ou ataques surpresa por parte de um IN.

A FAP não é propriamente o Exército com dúzias de chafaricas espalhadas por todo lado, guarnecidas por umas dezenas de militares comandados por um COR ou TCOR. É, apesar de todas as suas deficiências, uma organização mais eficiente e com maior produto operacional.
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asalves

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #16 em: Julho 16, 2019, 09:21:12 am »
Há coisas que por vezes não entendo. Então o pessoal passa a vida a queixar-se, com razão, que é um erro a Marinha estar toda concentrada no Alfeite e que se devia construir outra base naval menos vulnerável. No entanto, quando chega à FAP, esta já devia estar concentrada numas duas BA, o que aumentaria em muito a sua vulnerabilidade em caso de desastres naturais, ataques terroristas, ou ataques surpresa por parte de um IN.

A FAP não é propriamente o Exército com dúzias de chafaricas espalhadas por todo lado, guarnecidas por umas dezenas de militares comandados por um COR ou TCOR. É, apesar de todas as suas deficiências, uma organização mais eficiente e com maior produto operacional.

Bem a carapuça serviu-me  :mrgreen:

Acho que o pessoal reclama do Alfeite tem a ver com a sua fragilidade de estar num estuário, onde seria fácil bloquear a entrada e saída, estando até limitado pelo caldo dos navios que pode suportar. (Pelo menos é a minha opinião em relação ao alfeite)

Mas como não somos ricos e o Alfeite já tem uma boa estrutura a única coisa que fazia era ter uma "mini" base naval nos açores como redundância e especialmente para os submarinos.
 

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dc

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #17 em: Julho 17, 2019, 10:59:17 pm »
As bases da FAP estão sub-aproveitadas, um pouco à imagem do número reduzido de aeronaves das respectivas esquadras.
Monte Real? Tem espaço para mais caças do que possuímos, futuramente poderia ser aproveitada para um misto de caças + UCAVs.
Sintra? É talvez a mais bem aproveitada, um pouco por "culpa" do Museu do Ar.
Montijo, era das melhores bases que tínhamos em termos de espaço, e ainda assim, sub-aproveitada.
Lajes, se não tiverem lá os americanos, está praticamente vazio.
Beja é enorme, além dos P-3, aeronaves de transporte, aviões de treino avançado, ainda podia receber sem problemas uma esquadrilha de helicópteros médios e de ataque.

São Jacinto é outra base que apesar de pequena, talvez pudesse ser usada como base aeronaval. Talvez fosse até a melhor base para embarque/desembarque de forças e material do/para o LPD.

Aqui levanto outra questão, se nos próximos 10 anos fossem adquiridos múltiplos sistemas aéreos não tripulados, de média e grande dimensão, em que base seriam colocados?

E quão impraticável seria colocar numa base como Beja uma unidade de engenharia do Exército, aproveitando os aviões de transporte que se espera que sejam lá colocados, para transportarem os veículos de engenharia para qualquer parte do país onde sejam necessários? Sempre era um quartel que se eliminava.

Estas são apenas duas ideias assim por alto.
 

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raphael

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #18 em: Julho 18, 2019, 12:33:21 am »
dc São Jacinto e Tancos são da responsabilidade do Exército...para retomar operações aéreas o investimento tinha de ser mega...todo o piso das pistas e caminhos de rolagem teria de ser novo...

Monte Real padece de um mal...as populações foram-se aproximando da vedação e os caças são agora motivo de queixas de ruído...

Lajes, Porto Santo e Ovar só têm destacamentos aéreos para SAR e evacuações aeromédicas.
Nas Lajes consegue-se além do contingente americano, encaixar perfeitamente o pessoal do RG1 do Exército.
Além da componente militar tem o aeroporto civil.
E olha que os americanos atualmente são residuais...são bem menos que os portugueses.
Ovar pode também acomodar sem dificuldades ou o P-3C ou os KC-390 mais o C-295.

Sintra? O Museu do Ar está perfeitamente circunscrito e ocupa uma parcela pequena do complexo. Se disseres que a Academia ocupa uma fatia substancial isso já concordo, agora vão ter mais o pessoal do MHTC e as duas esquadras de hélis.

Os sistemas aéreos não tripulados têm cabimento no cfmtfa em Ota onde decorre a formação de militares em regime de contrato e o curso de sargentos QP.

Beja...pode acomodar o que se quiser...além da esquadra de instrução...espaço não falta...têm é de se alienar a quantidade de sucata que lá está armazenada.

Um abraço
Raphael
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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #19 em: Julho 18, 2019, 02:42:53 pm »
E quão impraticável seria colocar numa base como Beja uma unidade de engenharia do Exército, aproveitando os aviões de transporte que se espera que sejam lá colocados, para transportarem os veículos de engenharia para qualquer parte do país onde sejam necessários? Sempre era um quartel que se eliminava.

Mas queres movimentar veículos de engenharia pelo país por via aérea? A não ser no caso das ilhas (que também podem ir por mar) acho que é uma má ideia, em Portugal continental é mais prático e barato irem de camião, via aérea só se não existir outro meio.

Até se podia colocar na base essa força de engenharia, que melhoria teríamos?
Que meios teremos em Beja com essa capacidade? O C295 que equipamentos de engenheira é que consegue transportar? Tinha sempre que vir o C-130/KC390 do Montijo.

E se a razão for os incêndios, até se tinha falado em transferir o regimento de engenheira de Espinho para Chaves. Ficando assim um regimento de engenharia no interior centro (Tancos) e outro no interior norte (Chaves).
« Última modificação: Julho 18, 2019, 02:48:21 pm por Lightning »
 

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dc

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #20 em: Julho 18, 2019, 04:34:14 pm »
E quão impraticável seria colocar numa base como Beja uma unidade de engenharia do Exército, aproveitando os aviões de transporte que se espera que sejam lá colocados, para transportarem os veículos de engenharia para qualquer parte do país onde sejam necessários? Sempre era um quartel que se eliminava.

Mas queres movimentar veículos de engenharia pelo país por via aérea? A não ser no caso das ilhas (que também podem ir por mar) acho que é uma má ideia, em Portugal continental é mais prático e barato irem de camião, via aérea só se não existir outro meio.

Até se podia colocar na base essa força de engenharia, que melhoria teríamos?
Que meios teremos em Beja com essa capacidade? O C295 que equipamentos de engenheira é que consegue transportar? Tinha sempre que vir o C-130/KC390 do Montijo.

E se a razão for os incêndios, até se tinha falado em transferir o regimento de engenheira de Espinho para Chaves. Ficando assim um regimento de engenharia no interior centro (Tancos) e outro no interior norte (Chaves).

A ideia seria reduzir as chafaricas. Estando colocados numa base aérea, em nada impede que se desloquem por estrada/linhas férreas para um local necessário, simplesmente aproveitava-se o espaço existente em Beja para se reduzir um quartel que exista para este propósito.

E os Bisontes afinal vão para onde com esta história do aeroporto? Eu parti logo do princípio que uma frota de C-130/KC-390 ou até A-400M ficassem colocados em Beja caso o aeroporto do Montijo fosse para a frente.
 

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Lightning

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #21 em: Julho 19, 2019, 12:09:25 am »
A ideia seria reduzir as chafaricas. Estando colocados numa base aérea, em nada impede que se desloquem por estrada/linhas férreas para um local necessário, simplesmente aproveitava-se o espaço existente em Beja para se reduzir um quartel que exista para este propósito.

Entendo mas para o Exército reduzir chafaricas tem que as fundir, pois dentro da Base Aérea não tem as instalações necessárias nem para acolher centenas de militares extra, nem as condições de acomodar e manter o material de uma força de engenharia do exército, teriam que ser construídos locais de instrução de demolições, locais para guardar toda a sua maquinaria, obras em camaratas, etc, até se poderia aproveitar alguns serviços comuns, como refeitório, oficinas, etc, mas muita coisa não está preparada. o Exército não precisa de "construir" um quartel dentro de uma base aérea, o que não lhes falta é quartéis sub-aproveitados, quando o Regimento de Engenharia 1 saiu da Pontinha em Lisboa, foi transferido para Tancos e juntou-se às unidades de Engenharia que já ai existiam.

Citar
E os Bisontes afinal vão para onde com esta história do aeroporto? Eu parti logo do princípio que uma frota de C-130/KC-390 ou até A-400M ficassem colocados em Beja caso o aeroporto do Montijo fosse para a frente.

Nunca esteve equacionado irem para Beja, a FAP e o governo sempre disseram que essa esquadra permaneceria no Montijo.
« Última modificação: Julho 19, 2019, 12:19:30 am por Lightning »
 

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alphaiate

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #22 em: Julho 19, 2019, 09:51:03 am »
 

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tenente

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #23 em: Agosto 30, 2019, 10:23:14 am »
Projecto de desmantelamento de aeronaves em BEJA, foi " Desmantelado ".

https://www.pressreader.com/portugal/edicao-publico-porto/20190816/281711206290785

Abraços
« Última modificação: Agosto 30, 2019, 10:25:55 am por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Charlie Jaguar

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #24 em: Janeiro 27, 2020, 11:39:55 am »
Como já era conhecido, decorre este ano na BA11 a 56ª edição do NATO Tiger Meet, que irá ter lugar entre os dias 10 e 22 de Maio.  :)

https://www.jn.pt/local/noticias/beja/beja/beja-recebe-em-maio-o-nato-tiger-meet-11748203.html


E como também já é habitual neste eventos, haverá lugar a um dia aberto ao público, neste caso Domingo 17 de Maio.

http://www.passarodeferro.com/2020/01/tiger-meet-2020-base-aberta-m2087-052020.html
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #25 em: Maio 01, 2020, 11:26:35 pm »
E esta hein ?


<a href="https://ibb.co/7j8Rs5f"><img src="https://i.ibb.co/bQq2cZ0/aa.jpg" alt="aa" border="0"></a><br /><a target='_blank' href='https://imgbb.com/'>image hosting</a><br />
« Última modificação: Maio 01, 2020, 11:28:04 pm por typhonman »
 

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #26 em: Maio 01, 2020, 11:38:06 pm »
Isso é de quando?
 

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #27 em: Maio 01, 2020, 11:51:27 pm »
Isso é de quando?

Anos 80/inicio 90.

Mas pouca a gente sabia.
 

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #28 em: Maio 02, 2020, 06:28:14 pm »
O 401st Tactical Fighter Wing mudou-se de Torrejón para Aviano em 1991.
Talent de ne rien faire
 

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Daniel

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Re: BA11 - Base Aérea Beja
« Responder #29 em: Junho 16, 2020, 06:12:47 pm »
Base Aérea de Beja será "casa" de cinco KC-390
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/ministro-da-defesa-anuncia-que-base-aerea-de-beja-sera-casa-dos-kc-390

Citar
O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, revelou hoje que a Base Aérea N.º 11 de Beja (BA11) vai ser a “sede” dos cinco aviões KC-390, que Portugal acordou comprar à fabricante brasileira Embraer.“Beja é uma cidade que vai beneficiar bastante do investimento da Força Aérea” Portuguesa (FAP) “durante os próximos anos”, destacou o ministro, durante uma visita à BA11.

O governante lembrou que “há vários meios que estão a ser transferidos para Beja”, como a Esquadra dos aviões Épsilon, usados para instrução elementar e básica de pilotagem, cuja mudança da Base Aérea N.º 1 de Sintra para a BA11 já tinha sido anunciada.
Mas, como novidade, o ministro da Defesa anunciou hoje que “também os grandes KC-390”, que Portugal acordou comprar à construtora aeronáutica brasileira Embraer, para substituir os Hércules C-130, vão “aterrar” em Beja.

“É uma decisão recente por parte da Força Aérea, de alterar a base pensada inicialmente do Montijo – a Base Aérea N.º6 - para Beja” ser “sede dos KC-390”, adiantou.


O que “significa que mais uma centena de militares com as suas respetivas famílias virão para Beja”, congratulou-se o ministro da Defesa, resumindo as alterações que a BA11 vai sofrer, no global, graças às novas esquadras que vai acolher: “Teremos qualquer coisa como 200 ou 250 militares com as respetivas famílias a instalarem-se” nesta cidade alentejana.

O primeiro dos KC-390 “chegará em fevereiro de 2023”, mas “muito trabalho vai acontecer antes disso”, ou seja, “já vão sentir a presença dos militares afetos” a esta aeronave mais cedo, na unidade militar e na cidade.

Portugal acordou em 2019 a compra à Embraer de cinco KC-390 Millenium, que irão substituir os Hérculos C-130, por um valor de 827 milhões de euros.

Questionado pela Lusa sobre se na escolha da BA11 pesou o facto de a Embraer possuir duas fábricas no Alentejo, em Évora, a cerca de 45 minutos de distância, onde são produzidas algumas das peças dos KC-390, o ministro lembrou que também a OGMA, em Alverca, produz componentes para estes aviões, que vão chegar a Portugal já completos, depois de montados no Brasil.

Mas “vai chegar aqui a Beja” e, de forma simbólica, “regressará às suas raízes alentejanas”, admitiu.

A Lusa questionou ainda João Gomes Cravinho sobre o projeto de instalar em Beja uma escola de formação de pilotos de aviões, oriundos de países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), tendo o ministro confirmado que a ideia mantém-se, mas tem estado em ‘stand-by’ devido à pandemia de covid-19.

“As circunstâncias da pandemia obrigaram, de algum modo, a suspender as reflexões empresariais que estavam a ter lugar sobre isto, porque é preciso ver como é que saímos deste processo”, mas, dentro de “um ano a um ano e meio”, a pandemia “dará lugar a uma normalidade completamente diferente”, pelo que, “vamos agora retomar esse projeto, que é liderado por uma empresa canadiana”, disse.

O governante explicou que “será uma escola privada”, cujos clientes serão “a Força Aérea Portuguesa, mas também forças aéreas de outros países”, com o objetivo de “dar formação a pilotos de diversos países”, sendo que “os parceiros mais próximos são parceiros da NATO”.