O Adeus à João Belo (F 480)

  • 41 Respostas
  • 14472 Visualizações
*

Rui Elias

  • Investigador
  • *****
  • 1696
  • +2/-2
(sem assunto)
« Responder #15 em: Setembro 27, 2006, 05:03:14 pm »
O interessante é vermos um site da US Navy a mostrar as fotos das várias fases de construção de um WASP a ser incorporado para o ano, e relativamente às traineiras a serem construidas nos ENVC é a politica do sigilo e segredo absoluto, como se se tratasse de navios AEGIS de última geração.

Não brinquemos.

Por exemplo:

Porque é que no site da Marinha ainda está lá esparramada como estando no activo a NRP Hermenegildo Capelo?

E porque é que o mail do GabCEMA não responde os mails que para lá se enviam, desrespeitando aliás uma das regras da administração pública?

Será que se andam a ganzar?
 

*

»»Submarinista»»

  • Membro
  • *
  • 94
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #16 em: Setembro 27, 2006, 06:48:56 pm »
Meus amigos,
o facto de um qualquer navio de guerra ainda aparecer como estando no efectivo isso deve-se ao facto de a Marinha ainda o não ter abatido ao efectivo, é que há uma diferença entre o estar abatido (passagem ao estado de desarmamento, que é o caso do NRP Hermenegildo Capelo) e o ser abatido ao efectivo, que foi o caso do NRP Roberto Ivens.
Posso dizer-vos que o NRP João Roby passou ao estado de desarmamento e mais tarde foi activado, o que um dia pode vir a acontecer com a Capelo (duvido).
Atentamente
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 18215
  • Recebeu: 5505 vez(es)
  • Enviou: 5874 vez(es)
  • +7132/-9518
(sem assunto)
« Responder #17 em: Setembro 28, 2006, 08:59:06 am »
Citação de: "Submarinista"
Até que estou de acordo com alguns aspectos aqui realçados e eu como apreciador da verdade dos factos e dentro do possivel tentarei "dizer" ou repor a verdade ou algumas menos verdades que por aqui se escrevem, isto dentro do possivel porque não posso divulgar tudo visto eu próprio ser militar e não posso divulgar tudo o que voçês gostariam de saber como de resto espero que compreendam.


Caro Colega,

Compreendo perfeitamente que por ser militar existem coisas que não possa divulgar.

Assim como penso que compreenderá que como muito bem escreveu o Rui Elias, se mais informação fosse transmitida a nivel oficial , muito menos especulação haveria...

Penso que aqui temos todos verdadeiro interesse e "paixão" (eu pelo menos tenho!) pela Marinha, se calhar muito mais que muitos que lá "mandam"....

Como escreveu o papatango e com razão, eu abri este tópico realmente por a informação me ter sido fornecida por um colega que prezo e que sei ser de confiança, e com ligações á própria Marinha, não ia colocar assim uma "noticia" destas só porque me apetecia, por muito que ás vezes o meu entusiasmo se sobreponha á razão (e aqui até faço um "mea culpa"...)

e Até o papatango também atribuiu toda a credibilidade á noticia dado que a colocou no seu site.

Cumprimentos.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

Get_It

  • Investigador
  • *****
  • 2271
  • Recebeu: 527 vez(es)
  • Enviou: 466 vez(es)
  • +836/-827
(sem assunto)
« Responder #18 em: Setembro 30, 2006, 03:58:34 pm »
Gostaria de aproveitar este tópico para perguntar qual é o nome correcto a dar às fragatas da classe João Belo, pois vejo que tanto se utiliza "Comandante João Belo" como só se utiliza "João Belo" para as designar.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

*

»»Submarinista»»

  • Membro
  • *
  • 94
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #19 em: Setembro 30, 2006, 04:55:16 pm »
Citação de: "Get_It"
Gostaria de aproveitar este tópico para perguntar qual é o nome correcto a dar às fragatas da classe João Belo, pois vejo que tanto se utiliza "Comandante João Belo" como só se utiliza "João Belo" para as designar.

Cumprimentos,


Caro Get It, o nome correcto é N.R.P. Comandante João Belo
Atentamente
 

*

Rui Elias

  • Investigador
  • *****
  • 1696
  • +2/-2
(sem assunto)
« Responder #20 em: Outubro 02, 2006, 09:35:56 am »
Tal como nas fragatas francesas em que estas foram inspiradas, o nome oficial eram de "classe Comt. Réviere".
 

*

JQT

  • Membro
  • *
  • 265
  • Recebeu: 13 vez(es)
  • +0/-0
Re: relações públicas
« Responder #21 em: Outubro 03, 2006, 06:00:38 pm »
Papatango:
Citar
Quase que se pode dizer que o 25 de Abril, não chegou ás Forças Armadas.


Pelo contrário: é em grande parte por causa do 25 de Abril e do sentimento anti-militar que começou a ser cultivado que as FAs se fecharam em si próprias, sabendo de antemão de o que quer que digam em público possa ser usado para as atacar. Gato escaldado de água fria tem medo. Só que as FAs estão obviamente erradas: TODAS as FAs no Ocidente têm de enfrentar a mesma propaganda anti-militar e a solução que encontraram foi abrirem-se à sociedade, divulgarem-se e dessa forma anteciparem-se e desmentirem a propaganda anti-militar. Não é por acaso que vemos os sites dos outros países com informação abundante e atractiva. Por cá, temos por exemplo uma força de fuzileiros no Congo-Kinshasa e nem uma única foto sobre o assunto no site da Marinha. Em Portugal, só a Força Aérea tem uma verdadeira política de relações públicas; Marinha (embora com melhorias sensíveis nos últimos anos) e Exército limitam-se a divulgar o mínimo indispensável para não fazerem má figura. Parece impossível vindo de umas FAs com experiência em operações psicológicas.

E aqui é que se pode dizer que o 25 de Abril não passou pelas FAs, ou que as FAs não aprenderam a lidar com a vida política em Democracia: existe demasiado temor do poder político, que é obedecido com o mesmo respeito que é devido à cadeia de comando militar. Só que em Democracia isto não funciona e os resultados estão à vista. As FAs têm de actuar directamente junto da opinião pública, como um lobby, que é assim que as coisas funcionam. Os médicos mandam na Saúde, os professores na Educação, e por aí adiante. Só na Defesa é que quem faz é que não manda. Perguntam-me em que país é que isso acontece? Basta olhar para a vizinha Espanha e ver as diferenças.

JQT
 

*

Rui Elias

  • Investigador
  • *****
  • 1696
  • +2/-2
(sem assunto)
« Responder #22 em: Outubro 04, 2006, 01:40:48 pm »
Tudo bem, JQT

Eu até concordo consigo na análise que faz, nomeadamente ao sentimento anti-militar no pós 25 de Abril, que grassou em alguns sectores da sociedade e mesmo polítuicos.

Mas passados 30 anos após a Revolução esse sentimento está a desaparecer.

Hoje as FA's já não são de frequência obrigatória, os vários ramos aparecem em eventos e locais públicos para recrutar candidatos, dar-se a conhecer, há dias de "bases abertas", etc.

Hoje as pessoas olham com outros olhos para as FA's.

Mas as FA's e o MDN também têm que fazer o seu papel.

Por exemplo, como se explica que as galerias fotográficas nos sites da FAP, Marinha e Exército permaneçam imutáveis ao longo de anos?

Por exemplo, no do Exército, as fotos do desfile miltar remontam a um que decorreu em Outubro de 2004  :!:

Na Marinha, idem, aspas.

Como se explica isto?
 

*

Rui Elias

  • Investigador
  • *****
  • 1696
  • +2/-2
(sem assunto)
« Responder #23 em: Outubro 04, 2006, 01:42:08 pm »
Por uma questão de justiça, há um artigo na Revista da Marinha deste mês sobre a missão dos DAE (fuzileiros) que estão estacionados no Gabão, integrados na missão que apoia e dá segurança ao processo eleitoral na Rep. Dem. do Congo.
 

*

luis filipe silva

  • Investigador
  • *****
  • 2049
  • Recebeu: 6 vez(es)
  • +1/-1
(sem assunto)
« Responder #24 em: Outubro 04, 2006, 04:13:08 pm »
Citar
Por exemplo, como se explica que as galerias fotográficas nos sites da FAP, Marinha e Exército permaneçam imutáveis ao longo de anos?

A propósito, vinha noticiada no CM de ontem dia 03, uma exposição fotográfica sobre os navios de guerra no Ultramar. Infelizmente não decorei se era no Palácio Foz ou no da Independência, Creio que era no segundo.
-----------------------------
saudações:
Luis Filipe Silva
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 18215
  • Recebeu: 5505 vez(es)
  • Enviou: 5874 vez(es)
  • +7132/-9518
(sem assunto)
« Responder #25 em: Outubro 05, 2006, 03:33:35 pm »
Citação de: "luis filipe silva"
Citar
Por exemplo, como se explica que as galerias fotográficas nos sites da FAP, Marinha e Exército permaneçam imutáveis ao longo de anos?
A propósito, vinha noticiada no CM de ontem dia 03, uma exposição fotográfica sobre os navios de guerra no Ultramar. Infelizmente não decorei se era no Palácio Foz ou no da Independência, Creio que era no segundo.


se a BNL estivesse de portas abertas muitos desses navios poderiam ser vistos ao vivo :twisted:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

TOMKAT

  • Especialista
  • ****
  • 1173
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #26 em: Outubro 05, 2006, 06:47:29 pm »
Citação de: "P44"
se a BNL estivesse de portas abertas muitos desses navios poderiam ser vistos ao vivo :roll: ).

Não sei se essas visitas só eram possíveis por serem acompanhados por mim, um elemento da Marinha...

Como funcionam as visitas hoje em dia?
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

*

Leonidas

  • Analista
  • ***
  • 618
  • Recebeu: 3 vez(es)
  • +1/-3
(sem assunto)
« Responder #27 em: Outubro 05, 2006, 08:30:34 pm »
Saudações guerreiras


Citação de: "JQT"
Citação de: "PapaTango"
Quase que se pode dizer que o 25 de Abril, não chegou ás Forças Armadas.

Pelo contrário: é em grande parte por causa do 25 de Abril e do sentimento antimilitar que começou a ser cultivado que as FAs se fecharam em si próprias, sabendo de antemão de o que quer que digam em público possa ser usado para as atacar ...


Assunto interessante este e muito importante.
Na minha opinião esse sentimento antimilitarista não sei se alguma vez existiu, na prática. Inclino-me mais para determinados sectores da sociedade portuguesa queiram induzir isso numa jogada oportunistamente posta em prática pela razão de termos tido uma guerra “interminável” em África, por exemplo e como já aqui referi também, porque não se sabe o que fazer com o país quanto mais com as FA´s. Quer liberalistas quer socialistas e comunistas eram todos perseguidos pelo regime e os traumas ficaram.

Ainda para mais que, ao se apoiar as FA´s, saegundo se consta, é-se verdadeiramente conotado como sendo belicista. A questão é que isto de FA´s em Portugal é mexer com pudores e mais que presumíveis pesos na consciência e outra tantas teorias da treta, muito respeitosamente ouvidas e consideradas perfeitamente aceitáveis e corretas, mas que, no futuro, poder-se-ão revelar de uma enormíssima falta de responsabilidade e nenhum sentido de estado por causa das questões de moda. Já aqui dei exemplos. Não esquecer que até o camarada mor do PCP já virou o bico ao prego afirmando que os NPO tinham que ser uma prioridade.

Também não entendo como é possível chamar-se ao povo ou intitular o povo de antimilitarista, quando esse mesmo povo se desloca voluntariamente em dezenas de milhares aos «Tigermeets» assistem aos dias da Força Aérea, dias da Marinha, Dias do Exército, enchem ruas e passeios para assistirem aos desfiles e esperam horas numa fila interminável para entrarem num «Daphne». É tudo parolo neste país de (somente certos) iluminados.

No entanto, não posso deixar de concordar também com as críticas ao relacionamento que as FA´s têm com o pobão no dia-a-dia.

Cumprimentos
 

*

Rui Elias

  • Investigador
  • *****
  • 1696
  • +2/-2
(sem assunto)
« Responder #28 em: Outubro 06, 2006, 01:40:42 pm »
Como eu afirmei acima, as coisas mudam.

30 anos depois da Revolução e do fim da guerra, e com as FA's a deixarem de tutelar o regime, os traumas vão passando.

Hoje as FA's têm outra imagem, já não há SMO, as FA's paracem querer abrir-se à sociedade, há dias de bases abertas, e apenas os desfiles dão dó, ao vermos o estado em que se encontam os equipamentos.

O que eu critico são certas atitudes de sigilo, silêncios inexplicáveis, que por o serem dão sempre lugar à especulação, quer das FA's quer do Governo no que toca a estes assuntos.

Mas julgo que hoje em dia já não há um sentimento anti-militar na população, embora continuem sempre as velhas reminiscências do género, "para quê fragatas, se precisamos de um hospital?"
 

*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 7484
  • Recebeu: 962 vez(es)
  • +4582/-871
(sem assunto)
« Responder #29 em: Outubro 06, 2006, 02:41:05 pm »
Citar
ambém não entendo como é possível chamar-se ao povo ou intitular o povo de antimilitarista, quando esse mesmo povo se desloca voluntariamente em dezenas de milhares aos «Tigermeets» assistem aos dias da Força Aérea, dias da Marinha, Dias do Exército, enchem ruas e passeios para assistirem aos desfiles e esperam horas numa fila interminável para entrarem num «Daphne». É tudo parolo neste país de (somente certos) iluminados.


Infelizmente creio que isso não é exactamente aceitação dos militares e das forças armadas.

Basta ver neste fórum as discussões entre adeptos das chamadas "forças especiais".

Pode ser apenas impressão, nas fico com a impressão de que tais forças são mais vistas como forma de ingressar numa agremiação que promove emoções fortes e desportos radicais.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...