Unidade de Intervenção da GNR (ex-BOP/RI/GNR)

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Ricardo Nunes

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Unidade de Intervenção da GNR (ex-BOP/RI/GNR)
« em: Janeiro 12, 2004, 09:37:39 pm »
Ando à procura de toda a informação que consiga arranjar sobre este grupo da GNR.

Alguém pode ajudar?

( Data de formação / composição / sede / armamento utilizado / fotos / etc. )
Ricardo Nunes
www.forum9gs.net
 

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nwalker

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Esclarecimentos
« Responder #1 em: Janeiro 14, 2004, 10:50:32 pm »
1º poderei dizer que o "BOE" não é uma força paramilitar mas sim uma força de segurança com caracteristicas militares.
2º O "BOE" não existe, existia sim até a pouco tempo o POE "Pelotão de Operações Especiais", que neste momento é a COE "Companhia de Operações Especiais"
Com os melhores cumprimentos

Paulo Estêvão
 

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Ricardo Nunes

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(sem assunto)
« Responder #2 em: Janeiro 15, 2004, 06:21:45 am »
Obrigado pelos esclarecimentos Paulo!  :evil:

Eu tinha posto este post originalmente em "Forças policiais de ellite" mas um dos administradores mudou-o para o tópico "Forças-paramilitares".  :oops:

1 grande abraço
Ricardo Nunes
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Lince

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(sem assunto)
« Responder #3 em: Janeiro 15, 2004, 12:15:59 pm »
Caros Ricardo e nwalker:

A mudança do tópico para esta secção ficou a dever-se ao facto de, sendo a GNR uma força paramilitar, e sendo o POE parte integrante desta, o mais lógico seria incluir este tópico em “Forças Paramilitares”.

 :G-beer2:
Cumprimentos

 

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nwalker

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Paramilitar ou não?! + algumas informações
« Responder #4 em: Janeiro 15, 2004, 11:45:06 pm »
Caro Lince não interprete isto como uma afronta no entanto a própria GNR define-se como uma força de Segurança militarizada, dai eu ter feito essa correção.
Em relação ao COE poderei dizer que em breve poderão ver um site totalmente dedicado a estes homens, a quem poucos fazem justiça pelos seu desempenho.
Apenas me resta dizer que vivem um pouco a sombra do GOE da PSP, que melhores equipados e publicitados fazem a delicia da opinião pública e o terror dos criminosos(diga-se por mérito próprio :D ), no entanto o COE acaba por ter homens excelentemente preparados alguns dos quais em missão no IRAQUE e que já passaram também por TIMOR, além de algumas missões domésticas a ultima das quais teve publicidade negativa (homem barricado na zona de loures durante um dia penso), foi objecto de algumas piadas jocosas da parte da opinião pública, no entanto eu como simples observador acho que aplicaram bem o ideal das forças de segurança que é antes de mais proteger vidas sejam elas de quem forem, evitando a entrada provavelmente evitaram uma situação mais tensa que poderia acabar rapidamente em sangue, até porque o individuo foi colocado rapidamente em liberdade pela juiza de serviço e ai tinhamos mais um agente de segurança a responder por actos no cumprimento do dever.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Estêvão
 

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Lince

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Paramilitar ou não?! + algumas informações
« Responder #5 em: Janeiro 16, 2004, 09:36:03 am »
Caro nwalker:

De forma alguma poderia considerar uma opinião, ideia ou ponto de vista como uma afronta, alias, é este o espírito deste fórum, e quero-lhe agradecer a sua contribuição para o enriquecimento do mesmo.
Sempre tem havido uma certa confusão no que diz respeito a classificação da GNR. Mas penso que o carácter de paramilitar, se enquadra perfeitamente, senão vejamos:
Segundo o dicionário online da língua portuguesa a definição de paramilitar é:

Citar
paramilitar:
adj. 2 gén.,
diz-se de organização que tem a estrutura e a disciplina militar, mas não faz parte das forças militares de um país.



Ora penso que isto vai ao encontro daquilo que nwalker refere. Aliás foi a pensar neste tipo de forças (GNR portuguesa, Gendarmerie francesa, Guardia Civil espanhola, Carabinieri italianos, etc.) que levou a criar esta categoria dentro do fórum.
Em relação ao COE propriamente dito, concordo plenamente consigo embora gostaria que nos descrevesse melhor esta força, visto que me da a sensação de a conhecer bem.
Cumprimentos

 

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Rui Elias

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(sem assunto)
« Responder #6 em: Abril 30, 2004, 03:29:05 pm »
Eu também acho que se deve encarar a GNR como força para-militar, embora comumente se chame "militarizada".

É que como disse o Lince, este tipo de forças, como a Guardia Civil ou os Carabinieri tiveram a sua génese nos movimentos liberais do século XIX, e serviram como uma espécie de componente mais civilista para manter a ordem e a integridade territorial nos países saídos das revoluções liberais, quando ainda haviam guerrilhas.

Foram uma espécie de guarda pretoriana do regime de cada periodo, embora no caso concreto dos anos 30 , com  ascenção dos fascismos, fossem criadas umas terceiras forças (a falange espanhola, ou a Legião Portuguesa).

Mas no nosso caso, como o Salazar não era dado a grandes arrebiques mussolinianos, acabou por integrar o comando da Legião Portuguesa na estrutura hierárquica do Ministério da Defesa.

Acabaram aí as tentativas fascistas puras do Rolão Preto.
 

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Raul Neto

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Re: BOE - operações especiais da GNR
« Responder #7 em: Julho 15, 2005, 10:12:57 pm »
    Citação de: "Ricardo Nunes"
    Ando à procura de toda a informação que consiga arranjar sobre este grupo da GNR.

    Alguém pode ajudar?

    ( Data de formação / composição / sede / armamento utilizado / fotos / etc. )

    Olá Ricardo,

    Aqui segue alguma informação, e espero sinceramente qua a mesma possa ir ao encontro das tuas expectativas :

    Citar
    O Batalhão Operacional
       
    MISSÕES

        Integrado no Sistema de Forças da Guarda Nacional Republicana através da sua Unidade mãe o  Regimento de Infantaria, ao Batalhão Operacional como Subunidade de Reserva, pronta  actuar em todo o território nacional e recentemente no Teatro de Operações de Timor Leste, poderão ser atribuídas as seguintes missões:

    - Manutenção e restabelecimento da ordem pública em eventos de grandes dimensões;
    - Segurança de áreas e pontos sensíveis;
    - Segurança pessoal de altas entidades desde que determinado superiormente;
    - Busca e salvamento de pessoas e bens;
    - Patrulhamento intensivo de áreas de elevado grau de perigosidade;
    - Combate a criminalidade violenta;
    - Escolta a pessoas e bens;
    - Representação honorífica do Estado;
    - Participação em Forças Internacionais de âmbito policial.
       
    ORGANIZAÇÃO

        Com um efectivo de 438 homens o Batalhão Operacional é composto por 3 Companhias Operacionais, uma das quais neste momento a prestar serviço em Timor Leste, um Pelotão de Operações Especiais e um Pelotão de Comando e Serviços.
     
    PROCESSO DE FORMAÇÃO

        Tendo como base de recrutamento todo o efectivo voluntário da Guarda Nacional Republicana, todo o militar que manifeste interresse em integrar o Batalhão Operacional é sujeito a um conjunto de provas de selecção onde são avaliadas componentes físicas, psicológicas e biométricas.

        Apto nas provas de selecção, o militar tem que frequentar com aproveitamento um curso específico ministrado no seio do Batalhão Operacional. Este curso, com a duração de cinco semanas, está vocacionado para preparar o militar sob o ponto de vista técnico/táctico no âmbito das missões que futuramente lhe poderão ser atribuídas.

        Como formação complementar, durante a sua vivência da Subunidade o militar terá oportunidade de frequentar outros cursos nacionais ou no estrangeiro:

    ¨ Operações Especiais;
    ¨ Inactivação de Engenhos Explosivos Improvisados;
    ¨ Segurança a Altas Entidades;
    ¨ “Snipper”;
    ¨ Montanhismo;
    ¨ Intervenção em áreas urbanizadas;
    ¨ Educação Física e Desportos;
    ¨ Tiro;
    ¨ Ordem Pública em países EU;
    ¨ Etc..
       
    INSTRUÇÃO

        Pautando a sua actividade diária pelo lema “ corpo são mente sã “, a instrução ministrada ao militar do Batalhão Operacional, incide basicamente em dois vectores: treino físico sistemático e treino de procedimentos operacionais. A interacção destes dois vectores com a permanente actualização técnica/táctica da Força permite um elevado grau de proficiência nas acções a desenvolver.

        É também na instrução que as bases para o espírito de grupo e de corpo que caracterizam esta Força são solidificadas, uma mão vale mais que cinco dedos separados; é a mensagem que todos devem perceber e praticar.
       
    ACTIVIDADE OPERACIONAL

        Disponibilidade, abnegação, sentido de dever, espirito de sacrifício e ponderação são palavras significativas para enquadrar a actividade operacional do militar do Batalhão.

        Nos ambientes mais hostis, com adversários muitas vezes fortemente motivados e armados, o Batalhão é o último recurso para reposição dos princípios basilares da Constituição Portuguesa.

        A acção apesar de firme e enérgica é planeada e executada segundo os princípios rigorosos que regem uma sociedade democrática. O uso da mínima força e o emprego progressivo de meios estão sempre presentes em prol da lei e da ordem.
       
    O FUTURO

        Num passado recente o Batalhão Operacional tem representado a Guarda Nacional Republicana em diversos eventos internacionais. O mais relevante foi sem dúvidas a projecção de uma Força de escalão Companhia para integrar a CIVPOL ( Policia Civil ) no território de Timor Leste. O sucesso desta Força, reconhecido pelas mais altas instâncias nacionais e internacionais, pode conduzir futuramente à presença desta Instituição em outros Teatros de Operações.

        De realçar ainda a participação do Batalhão em diversos exercícios conjuntos no âmbito F.I.E.P. ( França, Itália, Espanha e Portugal). A constituição de uma Força Conjunta entre os países participantes é neste momento objecto de estudo avançado, procurando através da uniformização de procedimentos, técnicas e tácticas fazer face a um adversário que cada vez mais tem características similares nos diversas países, ponto da globalização que também nesta área se verifica.




    Fonte de Consulta:

    Página Oficial da Guarda Nacional Republicana  :arrow: http://www.gnr.pt/

    Melhores Cumprimentos,

    Raul[/list]
     

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    Cabeça de Martelo

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    COE
    « Responder #8 em: Julho 19, 2005, 02:12:52 pm »
    CURSO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS DA GNR
     
     A instrução dos elementos da GNR tem sido orientada para as acções curtas e de grande rapidez. Garantida a surpresa da acção durante o assalto e após uma simulação de um sequestro a um autocarro, permitiu não só testar a dificuldade deste tipo de missão, como também extrair os aspectos positivos e negativos que podem surgir com os danos colaterais.  


    CURSO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS DA GNR
     
      Desde 27SET04 decorre nas instalações de Penude do CIOE, o curso de Operações Especiais para elementos da GNR, contando actualmente com 12 instruendos em instrução. a instrução destes militares é orientada pelos instrutores da GNR em complemento com os instrutores da Unidade. Estes militares da GNR tomam conhecimento das activades no âmbito técnico táctico na área das Operações Especiais, com vista a integrar a Companhia de Operações Especiais da GNR onde ali aperfeiçoarão os seus conhecimentos.
    7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

     

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    bopranger

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    « Responder #9 em: Novembro 01, 2005, 04:44:56 pm »
    Agora pergunto eu... o que é que fazem estes 12 militares da GNR no curso de operaçoes especiais (se é que assim se pode chamar pois este curso da GNR nao tem nada a haver com o verdadeiro curso que é ministrado aos praças e graduados do exercito) visto que ao acabarem a sua formaçao de +/- 3 meses em Lamego provalvelmente nunca mais vao dar uso ao que aprenderam em Penude.

    A C.O.E (que será aqui que estes militares serao integrados apos a conclusao do curso) está formada para acçoes urbanas e os RANGERS basicamente tem a sua formaçao toda no "mato".

    Quando é que a GNR irá dar a formação propria e adequada a estes militares que sao a nata da Guarda?

    Saudaçoes para todos os RANGERS!!
    RANGEEERRRRRR!!!!!!!  :D
     

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    NotePad

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    « Responder #10 em: Novembro 01, 2005, 05:03:19 pm »
    Pelo que 1 colega meu que actualmente esta em lamego, me informou o COE para elementos da GNR foi criado depois de alguns elementos da GNR terem efectuado o COE (RANGER) e depois montado um curso similar para elementos da GNR dai ate terem o auxilio de elementos do CIOE, pelo que ele me disse o curso e similar em tudo desde interrogatorios a dureza 11 etc. apenas alguns aspectos practicos do curso mudam como quem o dá. hj em dia os militares do CIOE estão treinados para qualquer ambiente desde o deserto ao arctico, do urbano ao mato, dai serem militares de Operações Especiais e não comandos ou paraquedistas.
     

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    bopranger

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    « Responder #11 em: Novembro 01, 2005, 05:30:32 pm »
    Caro NotePad tb tenho colegas neste momento a fazer o curso em lamego e eu proprio dei apoio a um curso do C.O.E.Q.P da GNR e posso-lhe garantir que esta formaçao que a GNR tem em Penude, pouco se compara à dada aos praças do ramo militar, sim os militares da GNR tem obviamente que passar pelas provas que disse (dureza 11 etc, tb so faltava nao fazerem essas provas) mas as provas n é tudo, e quem passou por Penude sabe disso.


    "Os militares do CIOE estão treinados para qualquer ambiente desde o deserto ao arctico, do urbano ao mato, dai serem militares de Operações Especiais e não comandos ou paraquedistas."  

    Tem toda a razao com esta afirmaçao, mas acha que é por acabar o curso de operaçoes especiais que um militar fica apto para todos esses ambientes de guerra? 3 meses? 3/4 meses é o tempo que os militares da gnr lá passam.

    Veja o Curso de operaçoes especiais como uma selecçao de Homens, o curso serve para incutir valores que em mais lado nenhum se aprende, obviamente aprende-se muito no curso mas é depois do curso que os militares de operaçoes especias tem mais formaçao.
    Por isso é que existem os cursos de montanhismo, sniper, patrulhas, etc.

    Continuo a pensar que a GNR deveria criar um curso proprio para estes militares.
     

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    NotePad

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    « Responder #12 em: Novembro 01, 2005, 06:19:14 pm »
    não tinha a ideia que apenas la passavam 3 ,4 meses pelo que me informaram eles tb tiravam os curso de motanhismo sniper etc, alias o que me informaram foi de que o curso era igual e que as turmas ate eram por vezes misturadas.
     

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    Cabeça de Martelo

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    BOE
    « Responder #13 em: Novembro 02, 2005, 12:15:07 pm »
    Em primeiro lugar seja bem vindo bopranger!
    Acho que este forum está a ficar com demasiados Rangers para o meu gosto  :lol:
    Li o que escreveu e algumas informações que deu eu já desconfiava, só tenho umas questões; disse que o treino resumia-se aos meses que estão no CIOE, mas qd regressam ao Regimento de Infantaria continuam o treino e especializações, certo? Eu presumo que seja como em qualquer unidade de elite, o curso é duro mas a formação continua (como acabou por dizer acerca do ppl do CIOE.

    PS: não leve a mal o que eu disse acerca dos Rangers, é uma indirecta para o Notpad!
    7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

     

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    NotePad

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    « Responder #14 em: Novembro 02, 2005, 02:10:29 pm »
    Bahhh paraquedistas pra voces tenhu a minha SPAS-15 pra fazer tiro ao para!  :twisted:  8)  :toto: