Exportações cresceram 1% em 2008
As exportações portuguesas recuaram 11% nos últimos três meses de 2008, face ao período homólogo do ano anterior, indicam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira colocando as exportações a crescerem apenas 1% no conjunto do ano.
O quarto trimestre de 2008 «reflectiu de forma mais intensa os sinais da crise económica que se vive a nível internacional, tendo-se registado, em termos homólogos, um decréscimo de 6,4% nas entradas de bens e de 11,0% nas saídas, enquanto que nos restantes trimestres de 2008, apesar do abrandamento, as variações eram claramente positivas», diz o instituto.
Essas quebras «foram sentidas mais intensamente no mercado intracomunitário», especialmente nas trocas com Espanha e França, acrescenta o organismo.
Em resultado da evolução observada nas saídas de mercadoria (preços Fob) e nas entradas (preços Cif), o défice comercial contabilizado ascendeu a 5 831,3 milhões de euros no trimestre analisado, contra 5,765 mil milhões de um ano antes.
No trimestre de Outubro a Dezembro de 2008, a taxa de cobertura das importações pelas exportações foi de 59,2%, o que corresponde a uma diminuição de 3,0 p.p. face à taxa registada no mesmo período do ano anterior (Outubro a Dezembro de 2007).
A Espanha continua a ser o principal país fornecedor de bens (30,8% do total das importações), tendo-se registado um crescimento anual de 6,5% nas importações daí provenientes, apesar do decréscimo que também se registou no 4º trimestre de 2008 (-4,6%).
Do lado das saídas, «especial destaque para Angola que registou o maior acréscimo (+586,2 milhões de euros), ocupando agora a posição de 4º principal mercado de destino das exportações portuguesas», confirma o organismo público.
Em 2008, as entradas de bens aumentaram 7,2% e as saídas aumentaram 1,0% face a 2007, indica o relatório do INE com base em dados que ainda são considerados preliminares para o conjunto do exercício.
No entanto, para o saldo do ano destacam-se alguns aspectos como a deterioração progressiva das saídas para destinos intracomunitários, enquanto o comércio com países terceiros manteve ritmo positivo.
Lusa