Possivel sarilho India - China?

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Possivel sarilho India - China?
« em: Agosto 16, 2007, 10:18:07 pm »
India Plans to Build Roads, Airfields Along Disputed China Border
By VIVEK RAGHUVANSHI, NEW DELHI


India will construct several hundred kilometers of roads along its border with China, including areas where longstanding territorial disputes remain unresolved.
Officials here say the Indian Defense Ministry’s Border Roads Organization has begun preparatory work to lay roads along the Chinese border, extending from the north to the east, covering hundreds of kilometers. The project, estimated to cost more than $1 billion, already has entered the first phase, with detailed surveys that began early this year.
In 1962, India and China fought a brief war over the disputed region.
Besides the roads, India also will establish airstrips and other infrastructure along the border, officials said. They said these actions are India’s response to similar activities by China, which recently has built several airfields along the border.
The Indian government has approved the project, and funds have been provided to build the road.
Ministry sources say India is also negotiating with the U.S. to buy six to eight C-130J aircraft, which can quickly move large numbers of troops into areas where terrain may be difficult. The airfields to be built along the Chinese border will be able to accommodate these cargo aircraft, the sources said.
 

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antoninho

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(sem assunto)
« Responder #1 em: Agosto 16, 2007, 10:26:11 pm »
India Test-flies Combat Helicopter
By Agence France-Presse, Bangalore, India


India carried out the first flight Aug. 16 of a weaponized combat helicopter it is developing to equip its own armed forces as well as potential overseas customers, including Turkey.
State-run Hindustan Aeronautics Ltd. (HAL) said the Dhruv (Pole Star) light helicopter was a “birthday gift” to the nation that celebrated 60 years of independence from Britain on Aug. 15.
India is trying to build military muscle in step with its increasing economic clout as one of the world’s fastest-growing economies after China.
The country, which has in the past developed the Chetak, Cheetah and Lancer light helicopters, has fought three wars with neighboring Pakistan.
The multirole Dhruv, equipped with “fire-and-forget” air-to-air missile capability and advanced avionics, was test-flown at a HAL air field in Bangalore.
The all-terrain, all-weather helicopter comes with systems that provide visual imagery of terrain and targets in complete darkness, HAL officials said.
A pilot would merely need to look at the target and the helicopter’s 20 mm swivel turret gun would automatically point to where it needs to fire its 70 mm rockets. It will be equipped with anti-tank guided missiles later.
“It has got everything to make it a very lethal machine for our military,” HAL Chairman Ashok Baweja told reporters.
The Dhruv has been under development for 23 years since it was first announced in 1984 amid changing demands of the Indian military and funding problems.
U.S. sanctions after Indian nuclear tests in 1998 embargoed the engine originally intended to power the helicopter.
About 75 units of the unarmed version have been delivered to the Indian armed forces, Israel and Nepal since 2002.
India’s armed forces as well as the coast guard will likely generate demand for 250 of the choppers, while civilian users may buy 50 nonweaponized versions, making for a combined market worth 105 billion rupees ($2.55 billion), Baweja said.
HAL is also in competition with aerospace giants such as Eurocopter to win orders from Turkey, Chile, Peru and Bolivia which are studying its bids, Baweja said.
At 350 million rupees ($8.5 million) apiece, the Dhruv costs a million dollars less than rivals, he said.
The Dhruv is powered by a “Shakti” engine that HAL developed jointly with Turbomeca, of France’s Safran group, to help tackle terrain such as Siachin, reputed to be the world’s highest battlefield.
India and Pakistan engaged in a mini-war there that left hundreds dead and wounded in 1999.
Further trials are needed before the weaponized version is delivered to the military, Baweja said.
HAL, which manufactures combat aircraft including Russian MiGs and Sukhois and British-designed Jaguars under license, last year logged 80 billion rupees ($1.94 billion) in sales, a 40 percent increase from the previous year.
 

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Lusitano89

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Re: Possivel sarilho India - China?
« Responder #2 em: Março 20, 2010, 05:46:36 pm »
China intensifca clima de guerra com a Índia para disputar o Nepal


Os dois gigantes estão a disputar influência no sul da Ásia. No meio está o pequeno Nepal: um centro nevrálgico para a segurança regional e para o domínio comercial.

Durante anos, o Nepal nunca se preocupou muito em policiar a sua fronteira norte com a China. Os Himalaias pareciam uma barreira suficientemente imponente e desencorajante e a atenção económica estava orientada para sul, na direcção da Índia. Se o Nepal é um rato encurralado entre elefantes, como diz um ditado local, o elefante que mais o preocupava era a Índia.

Em Fevereiro, contudo, uma delegação governamental nepalesa visitou Pequim, numa deslocação que veio sublinhar, mais uma vez, de que forma o novo peso que a China tem no mundo está a alterar as velhas equações geopolíticas.

Enquanto o ministro do interior nepalês, Bhim Rawal, se reunia com os altos dirigentes da segurança chinesa, os meios de comunicação estatais chineses noticiaram que os dois países tinham concordado cooperar na segurança fronteiriça e que o Nepal tinha reiterado o seu compromisso de prevenir, do seu lado da fronteira, qualquer tipo de situações "anti-China."

Aguarda-se que os dois países finalizem um programa segundo o qual a China fornecerá dinheiro, treino e apoio logístico para ajudar o Nepal a expandir os postos de controlo da polícia em regiões isoladas da sua fronteira norte.

A razão do acordo é simples: o Tibete. Após a decisão do presidente Obama de encontrar-se com o Dalai Lama ter deixado a China furiosa, as reuniões de Rawal em Pequim tenderão a produzir um efeito prático maior na vida dos tibetanos. Sob a pressão da China, o Nepal está agora a tomar medidas para fechar as passagens dos Himalaias através das quais os tibetanos há muito fazem saídas secretas da China, frequentemente em peregrinações ao Dalai Lama, que se encontra exilado na Índia.

Referem os analistas que, se em tempos, a China olhou o Nepal apenas com um interesse esporádico, neste momento está a usar mais abertamente a sua influência relativamente ao seu pequeno vizinho himalaico. Isto porque a China se preocupa com a possibilidade de o Nepal se tornar o centro da agitação tibetana. E teme, por outro lado, que o Nepal possa tornar-se um novo palco sul-asiático para a crescente disputa de influências na região que a China tem mantido com a Índia.

"O Nepal tornou-se um espaço muito interessante onde os grandes jogadores estão a disputar a dois níveis," declarou Ashok Gurung, director do Índia China Institute da universidade nova-iorquina The New School. "Um deles é o das relações com o Nepal. E o outro é a relação entre a Índia e a China."

Em termos gerais, a Índia e a China partilham objectivos semelhantes no Nepal. Cada um dos países pretende que a situação política no Nepal estabilize e estão a observar de perto as negociações que os maoistas do país estão a entabular com outros partidos políticos relativamente a uma nova constituição que possa reformar o governo. Cada um dos países está igualmente preocupado com a questão da segurança, uma vez que a Índia está apreensiva com a agitação do lado nepalês da fronteira, bem como com a possibilidade de que terroristas treinados no Paquistão possam deslocar-se através do Nepal.

Mas a Índia também está atenta àquilo que muitos especialistas indianos consideram ser um novo activismo chinês no sul da Ásia, quer seja com a construção de portos no Sri Lanka e no Paquistão, quer seja com a assinatura de novos acordos com os países mais pequenos do sul asiático - como é o caso das Maldivas. Uma presença chinesa no Nepal poderia ser particularmente inquietante para a Índia, dado que a Índia e o Nepal partilham uma fronteira longa e deliberadamente porosa.

"A Índia sempre se preocupou com o tipo de acesso que a China poderá ter no Nepal," refere Sridhar Khatri, director-executivo do Centro de Estudos Políticos Sul-Asiáticos, em Katmandu. "A Índia sempre considerou o sul da Ásia como sendo o seu jardim das traseiras, como uma Doutrina Monroe."

Segundo a perspectiva da China, a importância geopolítica do Nepal aumentou na sequência dos protestos tibetanos, que eclodiram em Março de 2008, cinco meses após Pequim ter sido o país anfitrião dos Jogos Olímpicos. Esses protestos tiveram início no interior da China, em Lhasa, capital do Tibete, e noutras regiões tibetanas, mas também alastraram para lá da fronteira, para Katmandu, onde se estima que vivam cerca de 12 mil tibetanos.

Apesar de as autoridades chinesas terem conseguido impedir a cobertura jornalística internacional da repressão que tinha sido iniciada no Tibete, os protestos no Nepal atraíram a atenção do mundo inteiro assim que começaram a circular fotografias da polícia nepalesa a reprimir os manifestantes. Nuns quantos casos, as agências noticiosas identificaram, erradamente, as fotografias como tendo tido origem no interior do Tibete.

"Depois de Março, verificou-se uma mudança," diz Gurung. "Os chineses perceberam que o Nepal está a tornar-se um ponto importante onde poderão ver-se potencialmente embaraçados no que toca a questões relacionadas com o Tibete."

V.R. Raghavan, general do exército indiano, já reformado, disse que a China, durante anos, permitiu, tacitamente, que os tibetanos atravessassem para o Nepal, muitos dos quais iam fazer peregrinações ou estudar em universidades indianas. Mas, acrescentou, os protestos de Março fizeram com que a China constatasse que tinha uma "janela virada a sul" que era necessário fechar.

"Todos os movimentos de personagens importantes, de sacerdotes e de outros indivíduos do Tibete tiveram lugar através do Nepal," disse o general Raghavan, que agora é director do Delhi Policy Group, um instituto de investigação.

Sob o pretexto de impedir que agitadores pró-Tibete entrassem ou saíssem do país, as autoridades chinesas apertaram a segurança do seu lado da fronteira. Insistiram, também, para que o Nepal se tornasse mais vigilante.

No Outono passado, Rawal anunciou que, pela primeira vez, o Nepal iria colocar agentes da polícia armados em regiões isoladas, como Mustang e Manang, na fronteira com o Tibete.

Entretanto, defensores da causa tibetana dizem que a apertada segurança fronteiriça já fez abrandar o movimento de forma sensível. Segundo o gabinete do Dalai Lama, até 2008, entre 2500 a 3000 tibetanos transpunham, anualmente, a fronteira. Mas, no ano passado, o número desceu abruptamente para cerca de 600, uma mudança que os defensores da causa atribuem ao estreitamento dos laços entre a China e o Nepal.

"À medida que se tornam mais próximos," explica Tenzin Taklha, secretário do Dalai Lama, "mais difícil se torna a situação para os tibetanos."

Com efeito, muitos nepaleses acreditam que a aproximação à China é de todo o interesse para o país.

Durante mais de meio século, a Índia teve uma profunda influência nos assuntos nepaleses e continua a ser o maior parceiro comercial do Nepal e o seu principal patrocinador económico, apesar de alguns nepaleses se sentirem incomodados com o papel que a Índia desempenha nos seus assuntos. A moeda nepalesa é indexada à rupia Indiana, e os cidadãos dos dois países têm permissão para atravessar livremente a fronteira. Mais de um milhão de nepaleses trabalham na Índia, enviando remessas de dinheiro para o seu país.

Contudo, e segundo as estatísticas governamentais, o comércio com a China quadruplicou desde 2003 e os grandes líderes empresariais nepaleses pretendem aumentar os laços económicos.

Recentemente, e perante o constante aumento do número de turistas chineses, as linhas aéreas chinesas abriram rotas para o Nepal e as autoridades chinesas têm a intenção de estender os serviços ferroviários até à fronteira, para que o Nepal possa ficar ligado à mesma linha de grande altitude que liga Pequim ao Tibete.

Kush Kumar Joshi, presidente da Federação Nepalesa das Câmaras de Comércio e Indústria, disse que o grupo está a tentar estabelecer zonas económicas especiais para atrair manufacturas chinesas para o Nepal, bem como empresas indianas.

"Precisamos de manter os dois países como parceiros para o nosso desenvolvimento," declarou.

Sridhar Khatri, analista de Katmandu, disse que a Índia continuará a ser o vizinho predominante do Nepal, mas que o crescente alcance global da China torná-la-á inevitavelmente mais envolvida do que antes. Partir do princípio de que a China não usará mais do seu poder e da sua influência no sul da Ásia e no Nepal, declarou, "será ignorar a realidade."

I/New York Times