SWORDFISH 2006

  • 68 Respostas
  • 18143 Visualizações
*

TOMKAT

  • Especialista
  • ****
  • 1173
  • +0/-0
SWORDFISH 2006
« em: Maio 03, 2006, 05:46:12 pm »
Citar
EXERCÍCIO SWORDFISH 2006

No âmbito da preparação das Forças Armadas para resposta a cenários de crise, vai decorrer entre 2 e 12 de Maio, na área compreendida entre o Cabo da Roca e o Cabo de São Vicente (Algarve), um exercício com o nome de código "SWORDFISH 2006", que contará com a participação dos três Ramos das Forças Armadas e de diversos países da NATO. O SWORDFISH é o maior exercício realizado pela Marinha, em cooperação com outros ramos de âmbito internacional, e tem uma periodicidade bi-anual.
Este exercício pretende testar as operações de vigilância e interdição marítima, desembarque anfíbio, operações especiais e operações integradas na luta global contra o terrorismo, entre outras, e consolidar os procedimentos de apoio meteorológico e oceanográfico providenciados pelo Instituto Hidrográfico (IH) às operações navais. Assim, entre 24 de Abril e 12 de Maio, o IH participa neste exercício, fornecendo o apoio ambiental às forças militares através da elaboração de previsões oceanográficas de acústica submarina, agitação marítima, correntes, estudos detalhados sobre dinâmica litoral em apoio directo a operações de desembarque numa praia e análises sobre o impacto das condições meteo-oceanográficas sobre as forças, suporte este da responsabilidade de uma equipa de oito pessoas especialmente treinadas neste tipo de operações.
O SWORDFISH 2006 irá envolver 23 navios de superficie (Portugal, Espanha, Reino Unido, Alemanha, França, Canadá, Estados Unidos e Turquia), incluindo a Força Naval Permanente da NATO - SNMG1 - e a Força Naval Europeia - EUROMARFOR -, 2 submarinos (Portugal e Espanha), 10 tipos diferentes de aeronaves de Portugal, Espanha, Canada e Suécia, meios de Guerra electrónica NATO, elementos da Escola Prática de Transmissões do Exército, do Centro de Instrução de Operações Especiais e do Batalhão de Informações e Segurança Militar do Exército, envolvendo mais de 3 000 homens.
O cenário deste exercício baseia-se no conflito entre dois países fictícios, "Brownland" e "Greenland". Após o estabelecimento de um acordo de cessar-fogo em Outubro de 2005, sobre forte pressão da comunidade internacional, "Brownland" continuou a manifestar fortes tendências hegemónicas sendo responsável por acções de desestabilização em "Greenland". Face a esta situação, as Nações Unidas convidaram Portugal a liderar uma Força Tarefa multinacional no sentido de implementar as Resoluções do Concelho de Segurança das Nações Unidas, com vista a executar uma operação de assistência humanitária em "Greenland" e a implementar o embargo de equipamento e apoio militar nos dois países. Neste sentido, uma Força Tarefa multinacional será deslocada para a área de operações, executando as funções que lhe foram atribuídas.

Este exercício, multinacional e conjunto, sob o comando do Vice-Almirante Vargas de Matos (Comandante Naval), que o controla a partir do quartel-general de Oeiras, compreende três fases distintas:

1ª fase: CET - (Combat Enhancement Training, 3-6 Maio) pretende simular o trânsito das forças para o Teatro de Operações executando exercícios seriados de média complexidade;
2ª fase: FIT - (Force Integration Training, 6-8 Maio) destina-se a criar as condições de treino para que os meios Multinacionais e dos diversos ramos das Forças Armadas possam actuar como uma Força Militar coesa e integrada;
 3ª fase: TACEX - (Tactical Phase, 8-12 Maio) consistirá num período onde os meios simularão diversas ameaças com mais liberdade de acção, criando um crescente realismo ao exercício, culminando com o desembarque da força anfíbia.

No próximo dia 8 de Maio, o Ministro da Defesa Nacional e o Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar irão visitar o Comando Naval de Oeiras, presenciando assim de perto a dinâmica deste exercício que privilegia o combate integrado de forças internacionais.


Fonte:http://www.marinha.pt
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

*

Get_It

  • Investigador
  • *****
  • 2270
  • Recebeu: 527 vez(es)
  • Enviou: 466 vez(es)
  • +836/-827
Re: SWORDFISH 2006
« Responder #1 em: Maio 03, 2006, 06:16:36 pm »
Citação de: "TOMKAT"
Citar
(...)
O cenário deste exercício baseia-se no conflito entre dois países fictícios, "Brownland" e "Greenland". Após o estabelecimento de um acordo de cessar-fogo em Outubro de 2005, sobre forte pressão da comunidade internacional, "Brownland" continuou a manifestar fortes tendências hegemónicas sendo responsável por acções de desestabilização em "Greenland". Face a esta situação, as Nações Unidas convidaram Portugal a liderar uma Força Tarefa multinacional no sentido de implementar as Resoluções do Concelho de Segurança das Nações Unidas, com vista a executar uma operação de assistência humanitária em "Greenland" e a implementar o embargo de equipamento e apoio militar nos dois países. Neste sentido, uma Força Tarefa multinacional será deslocada para a área de operações, executando as funções que lhe foram atribuídas.

(...)
Fonte:http://www.marinha.pt


Que raio de história. :D c34x

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

*

antoninho

  • Analista
  • ***
  • 678
  • Recebeu: 108 vez(es)
  • Enviou: 7 vez(es)
  • +10/-10
(sem assunto)
« Responder #2 em: Maio 03, 2006, 11:27:54 pm »
Nestes vão ser testados os novos equipamentos adquiridos em fins de 2004.

na armada

os novos torpedos Oluis-Ha-Pamado
com alcance daqui aos  usa

o exercito com os novos meios anti-aereos

missies longo alcance So-Trocas-Te
com um alcance de 5x365


na força aerea não tenho informações, alguém tem?


Em Oeiras vai ser apresentado aos generais da nato o novo esquema de guerra invisivel o LPM que promete ser um exito portas fora.
 

*

Lightning

  • Moderador Global
  • *****
  • 11077
  • Recebeu: 2352 vez(es)
  • Enviou: 3260 vez(es)
  • +740/-1032
(sem assunto)
« Responder #3 em: Maio 03, 2006, 11:31:19 pm »
Citação de: "antoninho"
Nestes vão ser testados os novos equipamentos adquiridos em fins de 2004.

na armada

os novos torpedos Oluis-Ha-Pamado
com alcance daqui aos  usa

o exercito com os novos meios anti-aereos

missies longo alcance So-Trocas-Te
com um alcance de 5x365


na força aerea não tenho informações, alguém tem?


Em Oeiras vai ser apresentado aos generais da nato o novo esquema de guerra invisivel o LPM que promete ser um exito portas fora.


Claro a FAP tá em grande forma temos os belíssimos meia duzia de F-16 MLU, outros tantos P-3 CUP e os EH101 que tem um mal que os ataca a todos, são tão evoluidos que quando avariam ninguém os sabe arranjar :shock:
 

*

Rui Elias

  • Investigador
  • *****
  • 1696
  • +2/-2
(sem assunto)
« Responder #4 em: Maio 04, 2006, 03:39:46 pm »
Que estranho a Suécia entrar nesse exercício da NATO.

O país sempre foi neutral e participa caso a caso, mas muito raramente integrada em manobras da NATO.

Será um erro no texto?   :shock: [/quote]

Mas Hélder:

Sabe se há avarias nos EH-101 e se estas estão a ser de dificil resolução?
 

*

Lightning

  • Moderador Global
  • *****
  • 11077
  • Recebeu: 2352 vez(es)
  • Enviou: 3260 vez(es)
  • +740/-1032
(sem assunto)
« Responder #5 em: Maio 04, 2006, 07:13:29 pm »
Citação de: "Rui Elias"
Que estranho a Suécia entrar nesse exercício da NATO.

O país sempre foi neutral e participa caso a caso, mas muito raramente integrada em manobras da NATO.

Será um erro no texto?   :shock:

Mas Hélder:

Sabe se há avarias nos EH-101 e se estas estão a ser de dificil resolução?[/quote]

Actualmente desconheço a situação mas no inicio da integração dos EH101 quando só havia uns 2 ou 3 cá, houve problemas desses porque o EH101 fuciona da seguinte maneira: quando aterra liga-se ao computador e ele informa os mecânicos do que tem k fazer eou substituir e parece que nesse momento ninguém sabia trabalhar com o referido computador que faz o diagnóstico. :lol:´Penso que seja um problema ultrapassado
 

*

antoninho

  • Analista
  • ***
  • 678
  • Recebeu: 108 vez(es)
  • Enviou: 7 vez(es)
  • +10/-10
(sem assunto)
« Responder #6 em: Maio 04, 2006, 09:56:06 pm »
Excerto de noticia em que demonstra a burrice do governo da altura  pelas optimas contrapartidas afirmadas com o fabricante



dn

29.01.06
Ao contrário do que vai ficar consagrado na compra dos novos aviões tácticos C-295, o programa de aquisição dos EH101 não incluiu um contrato de manutenção - o que em parte explica a dificuldade de quantificar com rigor o custo da operação, justificou uma fonte.

a notica no seu todo


Portugal inaugura nova era no domínio da busca e salvamento a partir de sexta-feira


Manuel Carlos Freire  
 
A Força Aérea substitui na próxima sexta-feira, oficialmente, os helicópteros Puma do tempo da guerra colonial pelos novos EH101 Merlin, que tem custos de manutenção ainda indeterminados.

A generalidade das fontes ouvidas pelo DN limitou-se a dizer que o custo da hora de voo dos EH101 (valor de referência, como o do consumo dos automóveis por km/hora) é "muito caro", escusando-se a avançar números. Mas duas delas, em momentos diferentes, asseguraram que aquele valor ascende a bem mais de 5 mil euros.

Ao contrário do que vai ficar consagrado na compra dos novos aviões tácticos C-295, o programa de aquisição dos EH101 não incluiu um contrato de manutenção - o que em parte explica a dificuldade de quantificar com rigor o custo da operação, justificou uma fonte.

Os velhos Puma custam 2330 euros à hora e o C-295 custará "1700 euros", valor considerado "baixíssimo" pelos especialistas.

Uma alta patente da FAP disse que o ramo procura garantir uma solução financeira para este ano, já que, a partir de 2007, as verbas passarão a estar inscritas na Lei de Programação Militar (LPM).

Fonte oficial da FAP sublinhou ainda que os custos de manutenção dos EH101 - modelo que vai estar ao serviço dos presidentes dos EUA e é considerado o Rolls-Royce dos hélis - baixarão quando estiverem em missão, por ser mais barato do que usá-los só no treino e formação das tripulações (como sucede desde Fevereiro de 2005).

Algumas fontes prevêem também que o orçamento futuro da FAP não ficará inflacionado, pois os custos de operação do Merlin e do C-295 serão equivalentes ao gasto com as frotas Puma e Aviocar.

Os 12 EH101 vão cumprir missões de busca e salvamento, fiscalização das pescas, resgate em teatros de guerra e transporte. A Esquadra 751 começa a operar apenas com seis helicópteros e exclusivamente no Continente, em princípio até ao Verão, estando já formadas cinco das 15 tripulações previstas.

A cerimónia de sexta-feira realiza-se na base do Montijo e será presidida pelo ministro da Defesa.
 

*

antoninho

  • Analista
  • ***
  • 678
  • Recebeu: 108 vez(es)
  • Enviou: 7 vez(es)
  • +10/-10
(sem assunto)
« Responder #7 em: Maio 04, 2006, 10:06:50 pm »
estive agora no site das ogma e nada vida manutenção dos EH-101, alguém sabe porque razão o site das ogma só já está em inglês?

Uma vez li um discurso acerca das opções dos eh-101 que fiquei sem saber o que pensar:

Intervenção -  Fogos Florestais

Deputado - Nuno Melo

2005-09-06

 

Durante o último mês de Agosto, o CDS não esteve de férias. Perante uma catástrofe tão evidente como a que o país atravessava e atravessa, com fogos que causam a morte e a destruição de um património único, percorremos o país. Dirigentes e Deputados, estivemos ao lado das pessoas.

Quisemos saber e ver, para poder ajudar.

Requeremos por isso em devido tempo a audição do Governo. Esperámos que o Primeiro Ministro se nos dirigisse e através de nós ao país. Ausente em férias, não pôde contudo comparecer na audição da primeira Comissão realizada no passado dia 11 de Agosto. E as explicações dadas não foram suficientes.

Reafirmamos o nosso propósito de ouvir o Governo, desta vez na primeira sessão de características plenárias que o Parlamento hoje realiza.

Sabendo já retornado o Primeiro Ministro, pela dimensão da tragédia e pelo sinal político da vinda do primeiro dos governantes que os portugueses quiseram, hoje teríamos provavelmente o Primeiro Ministro na Assembleia da República.

Mas não.

Porque para o Governo, certamente que a situação não o justifica. É pena. Mas não nos deteremos por aí. Importa-nos o debate. Queremos respostas. Pretendemos contribuir para as soluções. Começamos por isso, tendo em conta quem se trata, por invocar o Senhor Presidente da República.

Porque atento às grandes questões nacionais, dirigindo-se aos portugueses, indignado, o Sr. Presidente da República reclamou do Governo a limpeza coerciva das florestas, porque, segundo verificou, “90 da área florestal que não é limpa é privada.”

Reagindo, com desconforto mal disfarçado, o Ministro António Costa lá enviou o recado a Belém. E como quem sugere que se estude melhor os assuntos, lembrou o Sr. Presidente que “a lei já prevê a limpeza coerciva da floresta”. Pois é.

Confesso que compreendemos a indignação do Sr. Presidente da República. Mas a verdade é que também compreendemos o desconforto do Sr. Ministro de Estado e da Administração Interna. É que dificilmente pode exigir quem não dá o exemplo.

E quando quem não o dá é o Estado, pior.

Porque como a imprensa vem noticiando abundantemente, o Estado não cuida da mata nacional. E mais de 1/5 da área ardida, corresponde a zonas públicas.

São tantos os exemplos. Tapada de Mafra, Mata Nacional do Urso em Pombal, Mata Nacional de Vale de Canas em Coimbra, Parque Nacional da Serra da Estrela, Parque Nacional da Peneda-Gerês, Montesinho, Serra de Aire e Candeeiros… e tantos outros.

Sendo que, curiosamente, nunca ardeu tanta área pública, como quando os socialistas estiveram no poder.

Em 2000 foram 86.186 hectares. Em 2005 já vamos em 52.800. Quando em 2002, 2003 e 2004, a média foi de cerca de 10.000 hectares.

Entretanto, escreve-se na comunicação social, que o Governo quer avançar para o reforço das coimas aos proprietários florestais que não limpem os seus terrenos. Muito bem. Aplaudimos e apoiamos.

Mas pergunto:

E pelas faltas do Estado, quem se responsabiliza? Quem podemos e devemos responsabilizar, em concreto, pela perda diária dos nossos parques nacionais?

Porque até à data, que me conste, ainda ninguém respondeu por coisa nenhuma. Nem no plano técnico, de quem tem a incumbência de zelar pelo nosso património colectivo, nem no plano político, de quem tutela e tem a obrigação de exigir.

Com algumas notas extraordinárias.

Em Maio deste Ano, o Primeiro-Ministro afirmava: "Portugal está preparado para os fogos. Está preparado para responder a todas as eventualidades…" -  dizia.

No entanto, foi o que se viu, é o que se vê. E se não atribuímos ao Governo, a qualquer Governo, culpas que não tem, porque não pode ter – e aqui somos muito diferentes do PS na oposição que em 2003 disse o que disse – não podemos deixar de tentar fazer o balanço, de perceber o que correu mal e de garantir a nossa disponibilidade. Na resolução de um problema que é verdadeiramente nacional. Onde as culpas, para que haja justiça, têm de ser repartidas. Mas onde o Estado, para que tenha legitimidade no que exige aos portugueses, também preste contas, reconheça o que fez mal e queira dar o exemplo. Sendo que temos muitos outros do que não pode acontecer.

Segundo o Governo agora nos informa, em cima da mesa está a possibilidade de aquisição pelo Estado, de uma frota aérea própria de combate aos fogos. E, de acordo com o que o Secretário de Estado Ascenso Simões opina, no "Jornal de Notícias" do passado dia 28 de Agosto, fará sentido ter “diferentes tipos de meios, para uma intervenção musculada e para transporte de brigadas helitransportadas.”

Devo dizer que ficamos muito satisfeitos com o que lemos. Até porque ao que parece, Portugal é dos poucos países do Sul da Europa que não possui meios próprios.

Só que depois, lembramo-nos do que o mesmo Secretário de Estado, então Deputado, dizia neste mesmo Parlamento, em Janeiro de 2003.

Bem sabemos que à data, o PS estava na oposição. E valia tudo. Mesmo dizer aquilo que não se pensava, desde que irresponsavelmente com isso se conseguisse atingir o Governo que o CDS integrava.  

Mas importa lembrar o que então foi dito. Porque foi dito por quem hoje nos Governa. E aqui está presente.

À data, em 23 de Janeiro de 2003, dizia o Deputado Ascenso Simões (cito): "A proposta de se estudar a viabilidade de existência de meios aéreos próprios do Estado – e cá está, mais uma vez, o Estado – para o combate aos fogos florestais, é inaceitável. Dada a natureza sazonal do combate, dada a circunstância de lhe estarem associadas necessidades de logística e de pessoal que são economicamente intoleráveis, não podemos concordar com tal abordagem nem avançar com o nosso apoio político a esse caminho.” (fim de citação).

Extraordinário, não é?

A pessoa que hoje nos diz que fará sentido ter diferentes tipos de meios aéreos, é a mesma que há dois anos atrás afirmava ser esse um caminho inaceitável. E, pelo meio, devemos achar muito normal e até presumir que a última palavra, porque a mais recente, é que será para cumprir. Só que depois lembramo-nos de outros exemplos igualmente pouco abonatórios para os governos socialistas – tendo em conta as pessoas que são as mesmas.

Nem sequer me refiro ao entendimento errado de um carácter sazonal do combate, que o Secretário de Estado também afirmou na citada intervenção.

Reporto-me, antes sim, à compra dos 5 helicópetros EH-101 da Agusta/Westland, com adjudicação assinada pelo Ministro Rui Pena, Ministro da Defesa do Governo liderado por António Guterres, estacionados na Base Aérea do Montijo, sem adaptação para combate aos fogos, apesar da capacidade de 6 mil litros de água – superior à dos Puma e dos Canadair – como recomendado então pelo Serviço Nacional de Bombeiros. E assim se tendo de optar agora por despesas relevantíssimas, perfeitamente evitáveis.

É verdade que hoje mesmo, o Sr. Ministro de Estado e da Administração Interna anunciou várias medidas. Contará, obviamente, com todo o nosso apoio e colaboração, neste combate. Mas confesso que nos ficam, para já, muitas dúvidas. Por exemplo:

Anuncia o governo a futura criação de um Corpo Profissional do Estado especializado no combate aos fogos florestais. Só que não diz é como o vai financiar.

Nos últimos meses temos ouvido um governo que invoca a crise, a excessiva despesa pública, o descontrole orçamental e reclama dos portugueses o aumento dos impostos que em campanha assegurou nunca faria.

Mas então, em quanto estima o Governo que custará a criação, formação, equipamento e manutenção deste novo corpo profissional?

Porque das duas, uma.

Na actual conjuntura económica e financeira, este corpo profissional, ou vai ser uma aparência, um corpo de reduzida dimensão para ser comportável financeiramente e com isso, não conseguirá combater os fogos da dimensão e com a dispersão dos que ocorrem, o que o transformaria em mais uma acção de marketing político deste governo que, diga-se, a tragédia não deveria consentir; ou então não se vê como o Estado o poderá sustentar com recurso ás  parcas receitas de que, infelizmente dispõe. E não se diga que o que afirmo é mera especulação.

Porque para tanto, me sirvo uma vez mais das palavras do Secretário de Estado Ascenso Simões, que a este propósito afirmava em 2003 o seguinte: "O Partido Socialista foi sempre favorável a uma intervenção preventiva que impeça a passagem de pequenos focos de incêndio a grandes áreas incontroláveis do nível do combate. Não temos, porém, a certeza de que o reforço efectivo do Corpo Nacional de Guardas Florestais, aumentando o peso do Estado, deva fazer sentido."

O Corpo Nacional de Guardas Florestais, note-se, realidade de muito menor dimensão e causador de muito menor despesa, do que aquela que o Governo, pela mão dos mesmos intervenientes, agora anuncia ao país.

Sr. Presidente.
Senhoras e Senhores Deputados.

Temos todos, parlamento, governo, autarquias, cidadãos, a obrigação de criar as condições de prevenção e combate a um flagelo que vem sendo responsável pela perda de vidas humanas e pela lesão tantas vezes irreparável de um património nacional único.

Nesta tarefa, pode o governo contar com o esforço do CDS/PP. De resto, daremos entrada brevemente de um projecto de resolução e de projectos de lei com medidas muito concretas que, esperamos bem, o governo e a maioria socialista acolham, como nós acolheremos muito do esforço a que o governo se propõe.

Falaremos da necessidade de valorização económica da floresta, do apoio aos pequenos agricultores, da necessidade de voltar a dar carácter essencial à actividade agrícola em Portugal; falaremos de emparcelamento, da necessidade da prevenção através de acções contínuas no terreno durante 12 meses do ano, da promoção do profissionalismo dos corpos de bombeiros; falaremos de acções específicas para os nossos parques naturais, da promoção de investimentos em iniciativas termoeléctricas de biomassa; falaremos da alteração das penas para conferir ao sistema jurídico penal, a noção do desvalor e o juízo de censura que a comunidade revoltada efectivamente sente em cada incêndio que todos os dias é combatido no nosso país.

Continuaremos a reclamar do Governo, na medida das suas competências específicas, porque para isso foi nomeado na base de uma maioria absoluta eleita, acções concretas.

A começar, com carácter de verdadeira urgência, junto da União Europeia que integramos e para a qual contamos. O Presidente da Comissão Europeia já anunciou estar disposto a ajudar Portugal a activar o Fundo de Solidariedade Europeu devido aos incêndios, avisando contudo que esse pedido tem de ser feito pelo Governo.

Lamentavelmente, a este propósito o governo tem sido um parceiro quase ausente. Quando, em 2003, outro surto de violentos incêndios aconteceu em Portugal, o Governo que o CDS integrou foi pronto e em meados de Agosto, em plena crise, articulando-se com Deputados, avaliando custos que permitiram rápida resposta em Setembro.

À data, perante a constatação da ocorrência de elevados prejuízos e vítimas mortais, como hoje ocorrem, o governo que o CDS integrou decidiu declarar a situação de calamidade pública nos distritos atingidos (Resolução do Conselho de Ministros de 4 de Agosto). E tratou de resolver os problemas das pessoas, de acordo com as suas próprias expectativas.

Hoje, diferentemente, o que temos? Exactamente o contrário. Em vez de decidir pela calamidade que já devia ter declarado há muito, fez reuniões. Não com técnicos, não com quem no terreno sabe do que se passa em cada distrito. Antes sim, com representantes políticos, com governadores civis.

Que, extraordinariamente, à saída, disseram em alguns casos coisas como que “estava tudo controlado”, que os distritos estavam em condições de resolver todas as situações, que a falta de meios era pura demagogia”, que "a calamidade pública não fazia qualquer sentido.” Os mesmos governadores civis continuam lá. E, mais grave, o governo deu-lhes ouvidos. Isto apesar de se tratarem de governadores civis como o de Coimbra que se considerou publicamente um caloiro na coordenação do combate aos fogos por não ter qualquer formação específica. E, obviamente, a calamidade não foi decretada.

Apesar de o Sr. Ministro de Estado e da Administração Interna hoje se lhe referir exactamente como “uma situação de calamidade”. Não era isto que se esperava do governo. O mesmo se dizendo, relativamente ao Fundo de Solidariedade Europeu.

Para este efeito, de custos, só percebemos no Governo uma acção conservadora, com estimativas por baixo, ao jeito de um qualquer administrativo da União, sem sequer se mostrar insistentemente presente e reivindicativo, na discussão que agora mesmo está a acontecer para revisão no Parlamento Europeu, da proposta da Comissão para alteração dos critérios de atribuição do Fundo de Solidariedade.

É de outra estratégia, de outro empenho, de outra determinação, que precisamos.

Na Europa, em defesa dos interesses de Portugal, e no país, em acções que justifiquem a confiança dos eleitores.

Sendo que queremos contribuir.

Num esforço que damos sem motivação política. Queiram o Governo e a maioria socialista percebê-lo. E saibam todos envolver. Começando pelos titulares deste órgão de soberania.

Disse.
 

*

Get_It

  • Investigador
  • *****
  • 2270
  • Recebeu: 527 vez(es)
  • Enviou: 466 vez(es)
  • +836/-827
(sem assunto)
« Responder #8 em: Maio 05, 2006, 01:39:31 am »
Citação de: "antoninho, citando o Diário de Notícias (29.01.06)"
A Força Aérea substitui na próxima sexta-feira, oficialmente, os helicópteros Puma do tempo da guerra colonial pelos novos EH101 Merlin, que tem custos de manutenção ainda indeterminados.

A generalidade das fontes ouvidas pelo DN limitou-se a dizer que o custo da hora de voo dos EH101 (valor de referência, como o do consumo dos automóveis por km/hora) é "muito caro", escusando-se a avançar números. Mas duas delas, em momentos diferentes, asseguraram que aquele valor ascende a bem mais de 5 mil euros.

Ao contrário do que vai ficar consagrado na compra dos novos aviões tácticos C-295, o programa de aquisição dos EH101 não incluiu um contrato de manutenção - o que em parte explica a dificuldade de quantificar com rigor o custo da operação, justificou uma fonte.

Os velhos Puma custam 2330 euros à hora e o C-295 custará "1700 euros", valor considerado "baixíssimo" pelos especialistas.
Estou a ver que face a isto, corremos o risco de chegar a 2007-2008 e devido à falta de verbas ficarmos apenas a operar 4 ou 5 EH-101, ou os Lynxs passarem a fazer algumas das suas missões. :roll:

Citação de: "antoninho"
estive agora no site das ogma e nada vida manutenção dos EH-101, alguém sabe porque razão o site das ogma só já está em inglês?

Uma vez li um discurso acerca das opções dos eh-101 que fiquei sem saber o que pensar:
Citação de: "Nuno Melo, 2005-09-06,"
Intervenção -  Fogos Florestais

(...)

Nem sequer me refiro ao entendimento errado de um carácter sazonal do combate, que o Secretário de Estado também afirmou na citada intervenção.

Reporto-me, antes sim, à compra dos 5 helicópetros EH-101 da Agusta/Westland, com adjudicação assinada pelo Ministro Rui Pena, Ministro da Defesa do Governo liderado por António Guterres, estacionados na Base Aérea do Montijo, sem adaptação para combate aos fogos, apesar da capacidade de 6 mil litros de água – superior à dos Puma e dos Canadair – como recomendado então pelo Serviço Nacional de Bombeiros. E assim se tendo de optar agora por despesas relevantíssimas, perfeitamente evitáveis.

(...)

De facto poderiamos ter aproveitado o EH-101 para o combate aos fogos, visto que practicamente vamos ter pelo menos 4 que vão ser pouco utilizados (no meu ponto de vista). Por outro lado, e é isto que é bom, é que em vez de se ter gasto o dinheiro na adaptação e no kit dos EH-101, se o tenho gasto na compra de outros meios próprios (diga-se: outros helicópteros médios) para outro ministério para o combate aos fogos. Que até esses outros meios têm em teoria menos custos de manutenção e de voo que os EH-101, aliviando assim a FAP.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

*

Nuno Bento

  • Perito
  • **
  • 346
  • Recebeu: 9 vez(es)
  • Enviou: 1 vez(es)
  • +6/-7
(sem assunto)
« Responder #9 em: Maio 05, 2006, 03:01:55 am »
Citar
MARINHA DISPARA MÍSSEIS NO MAR

Publicado em:
 2006-05-04



Às primeiras horas da manhã de hoje, numa área a Sudoeste de Sagres, foram disparados cinco mísseis, pelas fragatas participantes no exercício aero-naval Swordfish 06, contra um navio alvo.

Com o objectivo de avaliar a operacionalidade e a eficácia dos sistemas de combate e em especial dos mísseis superfície-ar contra alvos de superfície, foi executado um exercício de tiro real contra o ex-NRP "Limpopo", o qual foi especialmente preparado para servir de alvo real, tendo sido efectuada a remoção de todos os elementos combustíveis e poluentes. Após vários dias de planeamento e preparação, o exercício teve início esta manhã, a cerca de 200 milhas a Sudoeste do Cabo de S. Vicente, cumprindo-se as mais rígidas normas de segurança internacionais.
O primeiro navio a abrir fogo foi o NRP "Vasco da Gama", disparando um míssil NATO Sea Sparrow, seguindo-se a fragata alemã FGS "Mecklenburg Vopormern", com dois mísseis idênticos. O exercício terminou com o lançamento de dois mísseis Standard SM-1 por parte da fragata espanhola SPS "Canárias", navio chefe da Força Naval Europeia - EUROMARFOR, os quais levaram ao afundamento do alvo a Sul do paralelo 36º 00' N conforme estava previsto. A bordo da "Vasco da Gama" encontrava-se uma equipa de análise e avaliação que efectuou a recolha de todos os dados paramétricos do lançamento do míssil da fragata portuguesa de forma a aferir a eficácia deste sistema de armas.

Portugal é um dos países, no seio da comunidade das marinhas da NATO, que opera os mísseis ar-superfície NATO Sea Sparrow, usufruindo da constante avaliação efectuada pelos diversos países utilizadores e partilhando informações com o objectivo de aperfeiçoar a eficácia, eficiência e segurança deste sistema de armas. Neste sentido, a Marinha Portuguesa testa frequentemente este sistema efectuando a sua análise permanente e consequente difusão dos resultados obtidos.




Desculpem lá a minha ignorancia mas os misseis anti aereos não são para ser disparados contra aviões ou alvos aereos :?:
 

*

NVF

  • Investigador
  • *****
  • 5376
  • Recebeu: 4014 vez(es)
  • Enviou: 9963 vez(es)
  • +8451/-245
(sem assunto)
« Responder #10 em: Maio 05, 2006, 04:37:06 am »
Citar
Desculpem lá a minha ignorancia mas os misseis anti aereos não são para ser disparados contra aviões ou alvos aereos Question Que eu saiba o Standard SM-1 é um missil anti aereo


Que segundo as publicacoes da especialidade pode tambem ser utilizado contra alvos de superficie. Desconhecia, no entanto, que os Seasparrow tambem tinham esta valencia. No entanto, faz sentido: ambos os misseis tem guiamento indirecto, seguem o alvo iluminado pelo radar de tiro, logo podem ser utilizados contra alvos de superficie. Alem disso, devem ser mais economicos que os Harpoon para utilizar contra alvos pequenos.

Acho que durante a Guerra do Golfo uma OHP utilizou SM1 contra uns patrulhas iraquianos.

http://www.globalsecurity.org/military/ ... s/sm-2.htm

http://www.astronautix.com/lvs/staardmr.htm

http://www-personal.umich.edu/~buzznau/bmblbee.html
Talent de ne rien faire
 

*

Rui Elias

  • Investigador
  • *****
  • 1696
  • +2/-2
(sem assunto)
« Responder #11 em: Maio 05, 2006, 09:38:31 am »
Hélder:

Nesse caso, ainda bem que foram problemas iniciais.

No entanto, e de acordo com o site da FAP, nos Açores, os helis ainda ao serviço da FAP continuam a ser os velhinhos Puma destacados na BA nº 4.

Essa situação permanecerá até quando?

_______________


Sobre o combate a incêndios e a não adaptação dos EH-101 a ese fim, eu li, mas não sei asseguirar, que possivelmente os 10 NH-90 para o Exército que deverão ghegar a partir de 2008 trariam as adaptações para poderem paticipar nesse esforço sempre que necessário.

Algum dos colegas poderá confirmar, ou não, o que corre a esse respeito?
 

*

emarques

  • Especialista
  • ****
  • 1177
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #12 em: Maio 05, 2006, 11:11:30 am »
Citar
Porque como a imprensa vem noticiando abundantemente, o Estado não cuida da mata nacional. E mais de 1/5 da área ardida, corresponde a zonas públicas.

São tantos os exemplos. Tapada de Mafra, Mata Nacional do Urso em Pombal, Mata Nacional de Vale de Canas em Coimbra, Parque Nacional da Serra da Estrela, Parque Nacional da Peneda-Gerês, Montesinho, Serra de Aire e Candeeiros… e tantos outros.

(...)

E pelas faltas do Estado, quem se responsabiliza? Quem podemos e devemos responsabilizar, em concreto, pela perda diária dos nossos parques nacionais?

Ainda bem que anda por aí o CDS para nos esclarecer. Vejam lá que eu estava convencido que a ideia dos parques nacionais e naturais era escudar o ecossistema da intervenção humana. Afinal, o que é preciso é entrar por ali adentro de moto-serra em punho e limpar todo aquele malvado sub-mato autóctone que às vezes pode fazer mal às belas arvores e florzinhas e passarinhos que são a única coisa que vale a pena preservar, porque são bonitinhos, coitadinhos.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

*

Rui Elias

  • Investigador
  • *****
  • 1696
  • +2/-2
(sem assunto)
« Responder #13 em: Maio 05, 2006, 11:32:26 am »
Fogo Real afunda o antigo NRP Limpopo

Ontem, numa operação como fogo real, a Fragata NRP Vasco da Gama e mais outros vazos de guerra estrangeiros integrados nos exercícios Swordfish-06 afundaram um navio já desactivado da classe Cacine (o antigo NRP Limpopo) ao largo de Sagres, no Algarve.

Assim se perdeu mais um navio que ajudou a construir a história recente de Portugal.

Se pode ser aceitável que um navio português já desactivado seja alvo de fogo por parte de outros navio portugueses, acho lamentável que um navio português seja afundado, depois de bombardeado, com fogo feito a partir de navios estrangeiros.

Nada contra a este tipo de fogos reais, mas julgo que a Marinha também poderia considerar seriamente a posibilidade de preservar para o futuro, e à sua responsabilidade, sem estar à espera da chamada "sociedade civil" pelo menos uma plataforma de cada uma das classes mais significativas que marcaram a história militar portuguesa da segunda metade do século XX.
 

*

NotePad

  • Perito
  • **
  • 565
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #14 em: Maio 05, 2006, 02:55:34 pm »
...
« Última modificação: Fevereiro 25, 2007, 05:42:08 am por NotePad »