Timor-Leste: FA têm "planos de contingência" para portugueses - Amado
Lisboa, 08 Mai (Lusa) - O ministro da Defesa, Luís Amado, assegurou hoje que existem "planos de contingência" para sair em auxílio dos portugueses que residem em Timor-Leste, caso a situação de segurança no país se agrave.
"Há naturalmente planos de contingência em todos os teatros onde haja cidadãos portugueses envolvidos (à) As Forças Armadas portuguesas estarão preparadas para responder às questões com que forem confrontadas", disse Luís Amado, no final de uma visita ao comando da Aliança Atlântica sedeado em Oeiras.
Frisando que o cenário de retirada de cidadãos nacionais "não está a ser equacionado neste momento" e que é no Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) que "a situação de crise é acompanhada", Luís Amado reconheceu a existência de "condicionamentos muito grandes" a uma operação daquele tipo.
"Naturalmente que há condicionamentos muito grandes. Mas nós temos acordos, designadamente com a Austrália, tendo em vista a perspectiva de uma crise mais grave no território", adiantou.
No entanto, insistiu, os "diferentes cenários" de acção decorrerão sempre da avaliação que está a ser feita pelo MNE.
Timor-Leste tem sido nas últimas semanas cenário de incidentes envolvendo militares contestatários que alegam ser alvo de discriminação de natureza regional.
Os militares contestatários, ou "loromonu", como se auto- designam, são maioritariamente naturais dos 10 distritos mais ocidentais.
Os restantes três distritos, situados na parte leste, são chamados "lorosae".
Os militares refugiaram-se em parte incerta, causando apreensão em muitas partes do país.
A situação levou cerca de 70 por cento da população de Díli a sair da cidade e a refugiar-se nas montanhas.
Presente hoje em Lisboa num seminário evocativo do Dia da Europa, o presidente da Comissão Europeia afirmou-se "muito preocupado" com a situação, que disse estar a ser acompanhada "atentamente" em Bruxelas.