Força Aérea: Asas de Portugal comemoram 30 anos como "embaixadores do céu lusitano" (C/Fotos) Rita Ranhola (texto) e Nuno Veiga (fotos), da Agência Lusa Beja, 25 Mai (Lusa) - Considerados os "embaixadores do céu lusitano", os "Asas de Portugal", uma das patrulhas acrobáticas da Força Aérea Portuguesa (FAP), comemoram, sexta-feira e sábado, o 30º aniversário, com os novos pilotos a recuperar o misticismo de outros tempos. "É uma grande responsabilidade ter de representar Portugal no estrangeiro. Esforçamo-nos por demonstrar grandes qualidades na execução do voo e, quando somos reconhecidos, é uma excelente recompensa para nós, mas principalmente para o país", garante o chefe da patrulha, o capitão Sérgio Estrela, à agência Lusa. Acompanhado pelo seu "asa", o capitão piloto aviador Agostinho Rocha, o chefe, também ele piloto aviador, fala com orgulho desta nova época dos "Asas de Portugal", históricos na FAP e reactivados oficialmente em 2005, na esquadra 103, da Base Aérea nº 11 (BA11), de Beja. "Somos um excelente meio de promoção e somos bastante visíveis e acho que é bastante saudável para Portugal nós sermos reconhecidos, quer internamente, quer no estrangeiro", afirmou. Já com tradição na acrobacia militar, com a existência de outras formações ao longo dos anos, a FAP criou, em 1977, com aeronaves T-37C, os "Asas de Portugal", que estiveram activos durante 13 anos e foram a patrulha que mais se evidenciou e mais demonstrações efectuou, tanto em Portugal (42), como no estrangeiro (116). A partir de 2001, começa a ser cimentada a ideia de a fazer ressurgir, aparecendo a "Flying Display Team", depois designada "Parelha da Cruz de Cristo", até que, em 2005, "renascem" os "Asas de Portugal", no mesmo ano em que é reactivada a outra patrulha da FAP, de helicópteros, os "Rotores de Portugal", também sedeada na BA11 (na esquadra 552). Neste seu 30º aniversário, a decorrer na esquadra 103, os "Asas", entre outras actividades, vão lançar um relógio próprio e juntar, num encontro convívio, dezenas de pilotos que os antecederam na formação acrobática. "É, basicamente, uma reunião de pilotos com diferentes experiências, em que vamos falar um bocado sobre o voo. Quando se juntam muitos pilotos, normalmente do que se fala é de aviação", realça Estrela. Com quatro pilotos aviadores, embora apenas voem duas aeronaves, a nova equipa, apoiada por vários mecânicos, já efectuou mais de 30 exibições, 14 das quais fora do país, tendo os espectáculos sido observados por mais de um milhão de pessoas. "Em Portugal, está um bocadinho apagado o que é a proximidade, o contacto das pessoas com a aviação. Esperemos que agora ou num futuro próximo, com o nosso aparecimento e mesmo também da parte da 552, que comece a aumentar esta proximidade entre o público em geral, as patrulhas acrobáticas e a FAP", argumenta. Envergando fatos de macaco pretos, com o emblema azul dos "Asas" na manga esquerda e os de Portugal e da esquadra 103 na direita, os dois militares preparam-se para mais um voo de treino, onde aperfeiçoam um conjunto de 13 manobras. Uma preparação, com muitas das figuras, como um coração, "desenhadas" a fumo branco no fundo azul do céu, que já faz parte das rotinas semanais da unidade militar e nem é encarada com estranheza pelos próprios habitantes da zona. Para quem está nas redondezas, quando surge o barulho das duas aeronaves da patrulha, basta olhar para o alto para assistir às acrobacias e, junto à pista, no interior da Base Aérea, outros militares da FAP aproximam-se sempre que podem para observar. "As manobras que estamos a efectuar são a baixa altitude, a cerca de 300 metros, e algumas ainda mais baixo. Andamos sempre na casa dos 300 ou 310 nós, isto é, 500 a 600 quilómetros por hora", explica Estrela. Só depois de tudo ensaiado ao pormenor, em altitude de segurança, é que os pilotos fazem descer, em velocidade vertiginosa, as suas aeronaves, habitualmente utilizadas para a instrução complementar de aviação e que, para os "Asas", trocaram a pintura normal da camuflagem militar por uma especial, a vermelho, verde, branco e preto. Os treinos, realizados três vezes por semana, são sempre antecedidos por "briefings", onde o comandante transpõe, para um quadro branco, todas as manobras a realizar, "visualizadas" na cabeça do seu "asa" que, sentado numa cadeira, vai fazendo gestos com as mãos, como se pilotasse a aeronave. Já no ar, as comunicações sucedem-se a um ritmo alucinante, escutadas também pelo pessoal de apoio, que filma todo o treino para, depois, serem estudados os pormenores a melhorar. "Embalar motores siga.", "travões siga.", "slot siga!" transmite o capitão Estrela ao capitão Rocha, com termos técnicos imperceptíveis para quem não está habituado, mas vitais para os pilotos. "Sem ela [comunicação] não se consegue executar. Tão simples como isso, é extremamente vital", acentua, garantindo que os "Asas", comparativamente com formações acrobáticas mais numerosas, distinguem-se por dois aspectos: "A perfeição com que executamos as manobras e a proximidade com que efectuamos o voo". Sempre com o objectivo de que, durante a exibição, devido à sincronia na execução das manobras, nas quais chegam a estar separados por uns escassos dois metros, acentuou, os espectadores só vejam "uma aeronave". Uma "imagem de marca" corroborada pelo capitão Rocha e que exige, sem direito a cometer erros, uma coordenação perfeita na execução das manobras com que põem a cabeça da assistência a andar à roda. "Eu tenho que confiar a cem por cento no que ele está a fazer e já o conheço ou começo a conhecer-lhe os tiques, as manhas, tudo o que ele faz. Só não dormimos juntos, mas conheço-o muito bem e é isso que me leva a confiar no que ele está a fazer", diz, em jeito de brincadeira, antes de equipar-se para cruzar, em mais um voo, os "céus alentejanos".
Base Aérea de Beja acolhe as duas únicas patrulhas acrobáticas portuguesas Beja, 25 Mai (Lusa) - As duas únicas patrulhas militares de acrobacia aérea existentes em Portugal estão sedeadas na Base Aérea nº 11, em Beja, cidade que, dentro de um mês, acolhe as comemorações dos 55 anos da Força Aérea Portuguesa (FAP). Os "Asas de Portugal", com dois aviões Alphajet, e os "Rotores de Portugal", com três helicópteros Alouette III (ALIII), estão integrados em duas das esquadras daquela unidade militar, respectivamente, a 103 ("Caracóis") e a 552 ("Zangões"). Com um papel "complementar" e não de "concorrência ou de rivalidade", estas duas patrulhas, como explicaram à agência Lusa os pilotos, têm a missão de representar a FAP em vários eventos, em Portugal e no estrangeiro, e de cativar o público, sobretudo os jovens, para a aeronáutica militar, tendo em vista um possível recrutamento. "Além das pessoas apreciarem o voo das patrulhas acrobáticas e do papel que temos de representar a FAP e mostrar as capacidades dos seus profissionais, somos importantes para o recrutamento, para cativar o gosto e a vocação pela aeronáutica militar junto dos jovens", precisa o major Fernando Leitão, comandante dos "Rotores". A mesma ideia é corroborada pelo capitão Sérgio Estrela, o piloto número um dos "Asas", que salienta que a patrulha que integra é um "excelente meio de promoção" da FAP e das capacidades de "profissionalismo e proficiência" dos elementos que integram as esquadras de voo. Entre 23 de Junho e 01 de Julho, a cidade de Beja acolhe as comemorações oficiais do 55/0 aniversário da FAP, com diversas iniciativas programadas, acontecendo o ponto alto no dia 30, quando a Base Aérea nº 11 (BA11) estiver aberta à entrada do público em geral. Como não podia deixar de ser, as duas patrulhas acrobáticas, reactivadas no mesmo ano, em 2005, também vão dar espectáculo, mostrando as manobras que treinam ao pormenor e que também servem para aperfeiçoar a própria técnica de voo dos pilotos. "É uma característica dos pilotos da FAP quererem sempre aperfeiçoar a sua técnica de pilotagem", garante o major Fernando Leitão, ao lado do seu ALIII, acrescentando que, para que tudo saia perfeito nas exibições, a equipa dos "Rotores" treina regularmente a sequência de manobras, umas realizadas mais alto e outras junto ao solo. A partir de Janeiro, no início de cada temporada dos "Rotores", patrulha que "nasceu" em 1976 e que, depois, teve um interregno de alguns anos, até ser reactivada em 2005, é definido um programa de treinos. "Treinamos primeiro com um helicóptero, depois com dois e finalmente com três, até que chegamos a uma fase em que os treinos são realizados todos os dias, sempre mecanizando as diferentes manobras e acumulando experiência", relata. Tudo porque, para as patrulhas acrobáticas, esta missão "nada tem que ver com aventura", mas sim com "profissionalismo e disciplina". "A criatividade existe no solo. Em voo tentamos que ela seja limitada para manter a segurança. E o interesse prende-se, precisamente, com o desafio e com o trabalho que isto exige", frisou. Habituando, quando era mais novo, a assistir a demonstrações dos "Rotores", o major Leitão nem pensou duas vezes quando teve a oportunidade de integrar a "renascida" patrulha. "Muitos pilotos seriam capazes de fazer parte de uma patrulha acrobática, mas poucos terem a oportunidade de estar onde tal lhes seja permitido. Não seria capaz de deixar passar ao lado esta oportunidade e continuar a ver, no solo, aquilo que poderia estar a fazer lá dentro, na aeronave", acentua.
O piloto Agostinho Rocha, prepara-se para um voo de treino dos Asas de Portugal, uma das das duas patrulhas acrobatica da Força Aerea, sediada na Base Aerea N11 de Beja. (ACOMPANHA TEXTO). NUNO VEIGA/LUSA
2007-05-26 - 00:00:00FAP: Asas de Portugal festejam aniversário em Beja30 anos de acrobacias0espírito nunca aterra...’. O lema da patrulha acrobática da Força Aérea Portuguesa (FAP) Asas de Portugal – que ontem comemorou o 30.º aniversário na sua base, em Beja – está agora bem vivo, depois de um interregno entre 1991 e 2005. “Percorremos um longo caminho, foi difícil começar de novo, mas contamos com um legado bastante elevado e sentimo-nos bastante orgulhosos de pertencer aos Asas”, sublinhou o capitão Sérgio Estrela, o principal piloto e chefe da equipa em 2007, composta ainda pelo capitão Agostinho Rocha (piloto), pelo capitão Paulo Videira e tenente Ricardo Ribeiro, ambos responsáveis pela logística. O restante apoio à equipa é facultado pelos 100 especialistas mecânicos e operacionais da Esquadra 103 – Caracóis, na Base Aérea n.º 11, em Beja, que opera 15 caças-bombardeiros subsónicos Alpha-Jet.Após a demonstração que assinalou o aniversário, o capitão Estrela explicou ao CM que as acrobacias são efectuadas por dois pilotos e têm a duração média de 15 minutos. O aperfeiçoamento é treinado, no mínimo, três vezes por semana e exige horas extras de dedicação para além do tempo em que os membros da equipa prestam serviço na FAP como instrutores de pilotagem.“Muitas vezes retiramos horas à família para dedicarmos ao voo. Mas é no ar que mostramos as nossas capacidades, o que é a Força Aérea e as cores de Portugal”, acrescentou o capitão Rocha, confessando que gostava de ver o Asas regressar ao passado com exibições de quatro ou seis aeronaves. “É a vontade das chefias mas faltam meios humanos”, disse minutos antes do lançamento da colecção limitada de relógios Breitling/Asas de Portugal.A patrulha Asas de Portugal continua a ser a principal bandeira da divulgação da FAP. “Mostra ao público o que fazemos e cativa os jovens com as suas actividades”, frisou o comandante da Base de Beja, coronel Allen Revez, sem esquecer a “importância” dos Rotores de Portugal, patrulha que se encontra também sediada nesta base e que exibe as suas acrobacias com três helicópteros Alouette III.DIVULGAR IMAGEMAo longo dos seus 30 anos, os ‘Asas de Portugal’ tiveram como missão não só a demonstração de voo, como a divulgação da imagem da FAP. Reconhecida além fronteiras como uma das melhores patrulhas de voo acrobático de todo mundo, a equipa do ‘Asas’ participou desde 2005 em festivais na Espanha, Suíça e Holanda. Na República Checa, ganhou o primeiro lugar e na Suíça a patrulha foi a convidada de honra para fechar o festival. A próxima participação num festival está agendada para Junho, na Finlândia. Alexandre M. Silva, Beja
Alguém me pode dizer como é que conseguem tirar o link directo aos filmes da FAP? É que não o consigo fazer, sempre que carrego nos filmes aparece logo a janela dos videos.
Este é o link para a "videoteca" da FAP. Depois é só procurar nas categorias que aparecem do lado esquerdo. Espero ter ajudado.
Obrigado mas não é isso, eu quero saber é onde é que viu o link directo para o filme.http://www.emfa.pt/www/includes/mostraV ... sportugal2
Isso aparece-me em cima da janela de "pop-up" que se abre com o vídeo, numa barra. Note que isto aparece no Internet Explorer 7 e acho que no Firefox 2 também. Quando tinha o Internet Explorer 6, tal não aparecia. Será isso?
