Corrupção em Portugal

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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #675 em: Abril 18, 2015, 11:27:31 pm »
Citar
Paulo Morais candidata-se à Presidência da República para combater a corrupção
A candidatura nasce da sua "própria vontade" e de "um conjunto de princípios". É uma candidatura de "um cidadão candidato que se relaciona com os cidadãos eleitores", disse.

O antigo vice-presidente da Câmara do Porto Paulo Morais confirmou nesta quinta-feira que vai candidatar-se à Presidência da República por entender que o regime precisa de "uma enorme regeneração" e com o objectivo de "combater a corrupção".

"Decido apresentar a minha candidatura às presidenciais de 2016 porque entendo que o regime precisa de uma enorme regeneração ao nível do seu poder executivo, legislativo e judicial e, também, ao nível da própria Presidência da República, que é uma instituição que se tem vindo a descredibilizar ao longo dos últimos anos", disse Paulo Morais, em declarações à agência Lusa.

A candidatura foi anunciada numa entrevista à edição desta quinta-feira do jornal Correio da Manhã e confirmada pelo próprio à Lusa.

A candidatura nasce da sua "própria vontade" e de "um conjunto de princípios". É uma candidatura de "um cidadão candidato que se relaciona com os cidadãos eleitores", precisou nas declarações à Lusa.

 :arrow: http://www.publico.pt/politica/noticia/ ... ao-1691827

Será?
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #676 em: Abril 19, 2015, 09:05:58 pm »
O Paulo Morais é o único que terá o meu voto nos próximos sufrágios, sejam lá para que cargo forem.
Temos que organizar uma "money bomb" ao bom estilo ronpauliano...  :mrgreen:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 
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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #677 em: Abril 20, 2015, 07:34:25 pm »
Citação de: "Luso"
O Paulo Morais é o único que terá o meu voto nos próximos sufrágios, sejam lá para que cargo forem.
Temos que organizar uma "money bomb" ao bom estilo ronpauliano...  :G-beer2:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #678 em: Maio 01, 2015, 04:21:30 pm »
Ex-director de Equipamentos do MAI acusado de corrupção e branqueamento
Citação de: "Pedro Sales Dias, Público"
Adjudicações irregulares de obras na PSP, GNR, ANPC e SEF causaram prejuízos financeiros ao Estado superior as 900 mil euros. Doze arguidos vão a julgamento por vários crimes de corrupção activa e passiva, participação económica em negócio, branqueamento de capitais, abuso de poder e falsificação de documento.

O ex-director geral de Infra-estruturas e Equipamentos do Ministério da Administração Interna, João Alberto Correia, em prisão preventiva desde em Abril do ano passado, foi esta quinta-feira acusado pelo Ministério Público de corrupção no âmbito de adjudicações irregulares de obras na esfera daquele ministério que causaram prejuízos financeiros ao Estado superiores a 900 mil euros, adiantou esta quinta-feira a Procuradoria-Geral da República (PGR) em comunicado. Estão em causa obras na PSP, SEF, GNR e Autoridade Nacional de Protecção Civil.

(...)

Segundo a PGR, os valores cobrados a propósito das obras adjudicadas “foram intencionalmente inflacionados de modo a permitir a obtenção de mais-valias indevidas para os arguidos, incluindo o ex-director”. O “Ministério Público, que representa o Estado, deduziu pedido de indemnização para reparação dos prejuízos causados ao erário público”, acrescenta ainda a Procuradoria.

(...)

São exemplos disso a ampliação da sede da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), em Carnaxide, a remodelação da 2.ª Esquadra do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, várias obras de adaptação dos antigos governos civis a instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) ou da GNR.

João Alberto Correia foi nomeado por um despacho de Março de 2011 assinado pelo então primeiro-ministro, José Sócrates, e pelo respectivo ministro da Administração Interna, Rui Pereira. Isto duas semanas e meia antes de José Sócrates ter anunciado o seu pedido de demissão.

(...)

O inquérito resultou de uma participação do MAI, então gerido pelo ex-ministro Miguel Macedo, que “no âmbito de uma auditoria e processo de inquérito à Direcção-Geral de Infra-estruturas e Equipamentos — realizado pela Inspecção-Geral da Administração Interna — determinou a remessa ao Ministério Público dos factos apurados com eventual relevância criminal”, salientou então o ministério.
Fonte: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/exdirector-de-equipamentos-do-mai-acusado-de-corrupcao-e-branqueamento-1694221

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #679 em: Junho 27, 2015, 01:02:32 pm »
Ana Gomes denunciou Sporting à CMVM e já foi aberta uma investigação

por João Ruela Ontem

A eurodeputada socialista pediu esclarecimentos à CMVM sobre o alegado patrocínio oriundo da Guiné Equatorial ao Sporting.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários abriu uma investigação ao alegado patrocínio recebido pelo Sporting oriundo da Guiné Equatorial, revelou nesta sexta-feira a eurodeputada Ana Gomes, através da sua conta no Twitter.

A militante do Partido Socialista tinha requerido, a 29 de maio, esclarecimentos junto ao regulador do mercado sobre o suposto patrocínio, que posteriormente foi associado à contratação de Jorge Jesus. Os leões, porém, negaram a intervenção de "entidades externas ao clube" na contratação do treinador.

Ana Gomes divulgou a carta que lhe foi dirigida pela CMVM, que "está a desenvolver diligências no caso em concreto, no sentido de apurar o cumprimento dos deveres de diligência simples ou reforçada em matéria de verificação das fontes de financiamento e/ou riqueza".

A entidade reguladora informou, ainda, que a investigação decorre "em articulação com o Banco de Portugal" e lembra que a SAD do Sporting "é uma sociedade aberta, emitente de ações admitidas à negociação em mercado regulamentado", o que implica que esteja "sujeita à supervisão da CMVM".

http://www.dn.pt/desporto/sporting/inte ... id=4647544
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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #680 em: Dezembro 03, 2015, 04:45:35 pm »
Portugal tem risco elevado de corrupção na Defesa


Portugal é um dos membros e parceiros da NATO com risco elevado de corrupção no setor da defesa, apresentando um dos piores níveis na área operacional, revela um estudo da Transparência Internacional, hoje divulgado.

Segundo o índice governamental elaborado pelo Programa de Defesa e Segurança da Transparência Internacional (TI-DSP) nos países membros e parceiros da Aliança Atlântica, Portugal revela elevados riscos de integridade, a par da Arménia e Ucrânia.

O TI-DSP, através de uma lista composta por 77 indicadores usados para avalizar a vulnerabilidade à corrupção nos setores da defesa, elaborou um ranking de risco nos países membros e parceiros da NATO numa escala de A (baixo risco) a F (risco crítico).

De acordo com o ranking, Portugal teve nota D, representando risco elevado de corrupção, e nota E na área operacional, o que dá ao país um dos piores desempenhos entre os membros e parceiros da NATO.

"Portugal está longe dos melhores padrões internacionais de transparência, supervisão e responsabilização no que toca ao setor da defesa. A posição alcançada neste índice é ilustrativa dos riscos de corrupção que persistem, em particular ao nível da contratação de equipamentos e serviços, da execução de contrapartidas, da gestão do património, entre outros", considera Luís Bernardo, investigador do projeto, sublinhando que "esta avaliação serve de alerta às lideranças políticas e aos altos quadros militares para a necessidade, urgente, de um debate sobre o reforço da integridade neste setor".

O documento refere que foi pedida às autoridades portuguesas da defesa para comentarem o relatório, mas Portugal ficou entre os nove membros da NATO que não deram qualquer resposta à Transparência Internacional.

O investigador português que participou no projeto internacional refere que o Ministério da Defesa e as Forças Armadas "não podem manter uma cultura de opacidade e secretismo", sublinhando que "a prática corrente de sonegação da informação não mostra uma gestão cuidada".

Nesse sentido, defende que estas instituições devem desenvolver "mecanismos de controlo e prevenção de corrupção e abuso", assim como "instrumentos de gestão do acesso à informação que facilitem o escrutínio público, sem prejuízo da defesa eficaz do interesse nacional".

O relatório da TI aponta também "a falta de supervisão às exportações de armamento e poucos indícios de um planeamento estratégico na contratação de equipamentos, o que abre a porta à tomada de decisões arbitrárias e a múltiplos riscos de corrupção".

"Os problemas na compra de equipamentos militares, nos últimos anos, mostram como a prevenção de riscos de corrupção e as garantias básicas de transparência institucional, para o Ministério da Defesa e para as Forças Armadas portuguesas, não têm sido prioritárias. Isso tem um efeito tóxico na confiança pública, nas relações com os parceiros estratégicos e na imagem de Portugal", refere ainda Luís Bernardo.

O documento diz ainda que a NATO exibe "uma falha sistemática na formação das suas tropas em estratégias anticorrupção", tendo apenas os Estados Unidos, Reino Unido e Grécia apresentado nota B para baixos níveis de risco nas suas operações.

Segundo o ranking, a França teve nota E nesta área, apesar de ter mobilizado mais de 10.000 tropas em forças de treino e estabilização por todo o mundo.

A representante em Portugal da rede global anticorrupção Transparência Internacional é a TIAC - Transparência e Integridade, Associação Cívica.


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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #681 em: Dezembro 23, 2015, 09:07:44 pm »
Sócrates é o político mais visado em escândalos em 40 anos de democracia


Em 40 anos de democracia, o ex-primeiro-ministro José Sócrates é o político mais visado em escândalos políticos na comunicação social, tanto em frequência de peças, como em número de casos, conclui uma tese de doutoramento da Universidade de Coimbra.

A tese, intitulada "A mediatização do escândalo político em Portugal no período democrático", analisou o período de 25 de abril de 1974 a 25 de abril de 2014 a partir da cobertura de semanários de referência, além de ter identificado 99 casos de escândalo político e 126 protagonistas a partir da pesquisa e análise de 4.739 peças do "Expresso", "O Jornal", "O Independente" e "Sol".

José Sócrates é o protagonista "mais visado", disse à agência Lusa o autor da tese, Bruno Paixão, sublinhando que para este estudo, cuja análise terminou a 25 de abril de 2014, não foram abordados outros casos mediáticos, como a Tecnoforma, que visa Passos Coelho, a Operação Marquês (José Sócrates) ou os vistos Gold (Miguel Macedo).

Com maior número de peças, está Sócrates, seguido de Armando Vara (PS), Isaltino Morais (PSD), Leonor Beleza (PSD), Carlos Melancia (PS), Paulo Portas (CDS), Paulo Pedroso (PS), Costa Freire (PSD), Fátima Felgueiras (PS) e Duarte Lima (PSD).

No número de casos, volta a aparecer Sócrates, com nove casos, seguido de Armando Vara e Mário Lino (PS), com cinco casos, Paulo Portas, Duarte Lima, Paulo Penedos (PS) e Nobre Guedes (CDS), com quatro, e depois Miguel Relvas (PSD), Rui Pedro Soares (PS), Abel Pinheiro (CDS), Cavaco Silva (PSD) e Mário Soares (PS), com três.

"Os ataques à justiça e aos 'media' não devem ser desvalorizados. [José Sócrates] tanto tem amigos para a vida como inimigos para a vida e isso é percetível na forma como é tratado", apontou.

O investigador frisou que num inquérito 'online' que realizou para a tese três semanas após a detenção de Sócrates, ao qual responderam 1.436 pessoas, apenas 04% dos inquiridos afirmaram achar que este estaria inocente.

O sistema judicial, "ao deixar que saiam informações em segredo de justiça para as páginas de jornais, permite que sejam feitos julgamentos mediáticos, independentemente do desfecho" em tribunal, sublinhou.

"O maior desafio", na sua perspetiva, centra-se na necessidade de se debater a forma como é fornecida informação por parte da justiça e os critérios utilizados para que esta seja transmitida. "Terá de se pensar no segredo de justiça e tomar importantes decisões: ou se mantém e se pune quem o prevarica ou então abre-se o segredo de justiça".

Segundo Bruno Paixão, o escândalo político tem aumentado de década para década, sendo que de 2004 a 2014 verificou-se a maior fatia de peças sobre escândalos políticos (57,9%), mas esta percentagem distancia-se do número de casos ocorridos (43,4%). "Os 'media' hiperbolizam os casos", conclui o estudo.

Na investigação de Bruno Paixão, em 99 escândalos identificados 67 estão relacionados com poder (com mais de metade sobre atos que visam o proveito próprio do político), 21 do foro financeiro (fuga ao fisco e interesses financeiros privados não declarados), dez de conduta e um de natureza sexual (Casa Pia).

A tese foi realizada na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.


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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #682 em: Janeiro 06, 2016, 06:40:38 pm »
 

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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #683 em: Março 02, 2017, 11:06:22 am »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #684 em: Março 02, 2017, 11:14:40 am »
ASSALTO AO CASTELO

Reportagem da SIC

http://sicnoticias.sapo.pt/programas/reportagemsic/2017-03-01-Assalto-ao-Castelo---Episodio-1

Bom, bom era conhecer como e a quem foram concedidos empréstimos sem garantias pela CGD.
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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #685 em: Março 04, 2017, 11:00:42 am »
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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #686 em: Setembro 19, 2017, 09:11:05 pm »
O lado negro dos Vistos Gold


 

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Daniel

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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #687 em: Agosto 23, 2018, 03:55:28 pm »
Repórter TVI: "O Compadrio" em Pedrógão

Citar
O presidente da Câmara Municipal de Pedrogão Grande e o então vereador Bruno Gomes, sabem, desde o ano passado, da existência de irregularidades no processo que envolveu a atribuição de donativos para a recuperação das casas que arderam no incêndio.

Testemunhos inéditos, na primeira pessoa, garantem que tiveram mesmo indicações para adulterar os processos de candidatura, forjando moradas de residência, com a conivência dos poderes públicos locais. O objetivo era assegurar que casos de segundas habitações e até mesmo terceiras habitações passassem a figurar como primeiras habitações, de forma a conseguirem os subsídios que garantissem a recuperação das respetivas casas.

"O Compadrio" é uma investigação da jornalista Ana Leal, com imagem de Tiago Eusébio e edição de imagem de João Ferreira.

Link com o video da reportagem: http://www.tvi24.iol.pt/videos/sociedade/reporter-tvi-o-compadrio-em-pedrogao/5b7db51c0cf267716b5614c4
 

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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #688 em: Janeiro 04, 2019, 10:52:15 pm »
Maioria dos arguidos no processo "Vistos Gold" foi absolvida


 

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Re: Corrupção em Portugal
« Responder #689 em: Janeiro 12, 2019, 09:11:09 pm »
Sede da PJ investigada pelo MP


A construção da sede da Polícia Judiciária está a ser investigada pelo Ministério Público. Em causa estão suspeitas de graves irregularidades na execução da obra, que, a confirmarem-se, poderão ter lesado o Estado em vários milhões de euros. Ao que o SOL apurou, o inquérito foi aberto na mesma altura em que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) foi incumbido pelo IGFEJ de fazer uma análise profunda aos alegados desfasamentos. Segundo denúncias feitas - e que estiveram na base do inquérito-crime - o construtor, a Opway, não respeitou o que foi contratualizado. E qual o resultado final? As fiscalizações realizadas pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) - instituto do Ministério da Justiça dono da obra - de pouco ou nada serviram e o Ministério da Justiça não confirma se o edifício foi entretanto formalmente entregue ao Estado - após um período em que seria suposto apurar-se se a obra estava ou não de acordo com o pretendido. No caso de ter sido entregue, nada foi imputado aos responsáveis pela obra. Ao que o SOL apurou a Equipa da PJ de Acompanhamento de Projeto e Obra da Nova Sede recusou dar o seu aval, mas isso não impede que o IGFEJ tenha aceitado.

Quando em 2014 o edifício foi inaugurado as desconformidades foram elencadas em seis dos volumes, que continham 20 mil itens com irregularidades. O problema é que no caso de o edifício já ter sido recebido pelo IGFEJ, tutelado por Francisca Van Dunem, nenhuma responsabilidade foi assacada à empresa Opway, que entretanto faliu.

A investigação pretende agora perceber se durante o período em que era possível responsabilizar a construtora foi dado conhecimento destes problemas à hierarquia da Judiciária, então dirigida por Almeida Rodrigues, e quais as medidas tomadas a posteriori para denunciar ou reportar a situação a quem tinha responsabilidades. Caso se conclua que houve conhecimento e nada foi feito, o IGFEJ e os dirigentes máximos da Judiciária à data também poderão vir a responder pelas ilegalidades que venham a ser detetadas.

Contactado ontem, Almeida Rodrigues garantiu que tudo o que era denunciado pela equipa de acompanhamento à direção era depois reportado ao IGFEJ. E negou ainda que a equipa lhe reportasse diretamente a si os problemas. «A casa não é minha nem nunca foi, a haver alguma anomalia a responsabilidade é do dono da obra e da empresa», disse ontem.

«O dono da obra era o IGFEJ, que tinha funcionários em fiscalização. Havia também uma empresa paga para fiscalizar a obra e, para além disso, destaquei três funcionários da PJ, dois inspetores e um especialista superior, todos com formação em arquitetura ou engenharia civil, para acompanharem os trabalhos. A obra ficou mais barata do que o previsto e foi concluída dentro do prazo. A equipa da PJ dependia da Diretora da Unidade de Administração Financeira e Patrimonial da PJ e todas as disfuncionalidades, anomalias ou irregularidades que lhe foram comunicadas ou de que eu tive conhecimento foram sempre comunicadas ao IGFEJ, enquanto dono da obra», acrescentou.


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