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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Armadas/Sistemas de Armas => Marinha do Brasil => Tópico iniciado por: Brasil em Setembro 27, 2007, 05:13:17 pm

Título: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Brasil em Setembro 27, 2007, 05:13:17 pm
Leiam este incrivel texto, retirado de: http://www.areamilitar.net/opiniao/br_A ... &pa=Brasil (http://www.areamilitar.net/opiniao/br_A12saopaulo_1.asp?tp=ARTIG&rm=Marinha&pa=Brasil)

[...]"Chegado ao fim dos anos 90, e o ano de 2001, já com 56 anos de idade, o Minas Gerais ainda viu no seu convés, aquilo que foi uma novidade para a marinha brasileira, a incorporação, pela primeira vez, de aeronaves de combate a jacto A-4 Skyhawk da Marinha do Brasil com capacidade para operar a partir da sua única catapulta. Porém, e embora o seu estado geral fosse ainda relativamente aceitável, a velocidade máxima do Minas Gerais (24 nós) não era adequada para um porta-aviões que pretendia passar a utilizar aeronaves como o Skyhawk.

Cerca de um ano antes, o Brasil e a França tinham chegado a acordo para transferir para o Brasil o porta-aviões Foch, da classe Clemanceau, que a França desactivou após a entrada ao serviço do seu novo porta-aviões nuclear "Charles De Gaulle". Esta transferência acabou "matando" o Minas Gerais e selando o seu destino.

O "novo" porta-aviões da marinha do Brasil

Em 15 de Novembro de 2000 foi efectuada a transferência para o Brasil do porta-aviões Foch.

O Foch, na marinha francesa, pode-se dizer que teve uma vida muito menos cansativa que o seu irmão mais velho, o Clemanceau. Na prática, com o objectivo de reduzir custos, a marinha francesa tinha aproveitado o Foch para utilização na maior parte do tempo como Porta-helicopteros, tendo por isso as suas duas catapultas Mitchel Brown, muito menos utilização que as do Clemanceau..

 
Convés de vôo do A-12 São Paulo  
Também as exigências operacionais de um navio que opera essencialmente helicopteros são menores, por não ter a bordo (por não ser necessário) toda a tripulação e meios necessários para operar aeronaves de asa fixa. Todos estes factores acabam concorrendo para preservar o navio.

Assim, a aquisição do novo porta-aviões parece ser do ponto de vista da marinha brasileira, uma compra interessante, ainda mais porque o custo, que rondou na altura os 12 milhões de dolares, foi realmente extremamente convidativo, por um navio que ainda pode ter um muito consideravel valor militar.

Diferenças

O novo porta-aviões, registado com o numero A-12 e baptizado de São Paulo é um navio com características diferentes do anterior Minas Gerais.

A começar pelo tamanho, e pelo deslocamento, que é cerca de 50% maior, e pela capacidade de tansporte de aeronaves, que é igualmente superior. O São Paulo, conta com duas catapultas para o lançamento de aeronaves, contra uma apenas no Minas gerais. O "novo" porta-aviões, ao serviço da marinha francesa, poderia operar até quarenta aeronaves, contra oito aviões e oito helicópteros no porta-aviões anterior.


Uma análise tão distânciada quanto possível, diz que a marinha do Brasil, parece ter delineado planos, no fim dos anos 90, que incluindo ou não a aquisição do A-12 São Paulo, pareciam implicar alguma alteração na visão estratégica que o país tem para a sua marinha de guerra, e especialmente para a força que se constitui à volta do seu único porta-aviões.

A França, transferiu para o Brasil o FOCH, mas não transferiu, naturalmente nenhuma das aeronaves que utilizava, e cabe portanto ao Brasil, entrar na operação de orta-aviões de ataque convencionais, sem ter experiência anterior na operação deste tipo de navios.

De facto, a Argentina, que utilizou um porta-aviões do tamanho do antigo Minas Gerais, mas que o utilizou como porta-aviões de ataque, equipado com aeronaves de asa fixa (Skyhawk e Super Etendard) tinha mais experiência que o Brasil na utilização deste tipo de equipamento.

De entre as questões que se levantam, à marinha brasileira podemos destacar algumas:

Que tipo de aeronaves vai a marinha utilizar e qual a sua função?
Que sistemas de defesa devem estar presentes no São Paulo para o transformar num navio com valor militar e alguma capacidade de defesa?
Que sistemas electrónicos e de defesa deve o São Paulo dispor no futuro?
A primeira questão, parece estar já préviamente respondida, pois, antes mesmo de adquirir o São Paulo, a marinha brasileira tinha adquirido um lote de cerca de duas dezenas de aeronaves Skyhawk-II compradas ao Koweit, e as quais tinham um reduzido numero de horas de utilização e tinham sido utilizadas no clima seco do deserto, o que implica menor desgaste.

No entanto, os Skyhawk do Koweit, embora perfeitamente adaptáveis para a operação a partir de um porta-aviões, são aeronaves relativamente ultrapassadas. Trata-se de aviões de ataque, que dispõem de capacidade para atacar navios com bombas, mais ou menos como o fizeram há mais de 20 anos os argentinos contra as forças britânicas nas Falkland. Os Skyhawk não têm qualquer capacidade de utilizar armamento inteligente, e o seu radar é um simples radar de navegação.

O Brasil, parece ter adquirido os Skyhawk, unica e exclusivamente para criar a sua aviação naval de asa fixa, dado não ser credível que nos dias de hoje, uma marinha considere a possibilidade de operar numa situação real, uma aeronave relativamente desfasada, ainda que em muito bom estado de conservação.

Portanto, ou a marinha do Brasil, efectua uma modernização do Skyhawk, a qual deverá imploicar a adição de um radar que permita ao Skyhawk efectuar missões de patrulha e defesa, ou então será necessário utilizar outra aeronave.

Que aviões podem ser utilizados a partir do São Paulo?

 
Vought F-8E Crusader: O avião de superioridade aérea da marinha francesa, substituido pelo Rafale  
Esta questão, é a mesma que a marinha da França começou por colocar e que levou essa marinha a retirar o Foch de serviço. Ou seja, o problema é bicudo. O principal avião de combate ar-ar que os franceses utilizavam no Foch, era o já vetusto F-8E Crusader. A aeronave tinha uma velocidade máxima de cerca de 1600 Km/h e um peso, que lhe permitia operar a partir das catapultas do Foch ou do Clemanceau, mas mesmo o F-8, precisou de uma versão especial, para poder aterrar nos porta-aviões franceses, exactamente por causa das dimensões destes. A França, efectuou testes com o F-18 em 1988 a partir do Foch (futuro São Paulo) mas o F-18 demonstrou também ser demasiado grande para operar a partir deste tipo de porta-aviões. A França, acabou por optar pelo Rafalle, mas mesmo essa aeronave, que chegou a efectuar testes no Foch, está ligeiramente acima da capacidade das catapultas do navio.[...]


[...] Voltar à página anterior (parte II)

Os sistemas de defesa e as armas do São Paulo

A França vendeu ao Brasil o São Paulo com nenhum tipo de arma. Compete assim à marinha brasileira equipar o São Paulo de forma a transformar o porta-aviões num navio com o valor militar que decorre da operação de aeronaves armadas de combate (Skyhawk) mas também com armas que permitam a sua defesa, nomeadamente contra ataques aéreos.

O São Paulo, estava inicialmente equipado (aquando do seu lançamento) com oito canhões Creusot-Loire de 100mm, mas durante os anos 80, os navios foram alterados para receber misseis anti-aéreos Crotale.naval, juntamente com o pequeno sistema de misseis anti-aéreos Matra SADRAL (misseis Mistral). os misseis Crotale(EDIR), tinham emprego multiplo e capacidade para engajarem misseis anti-navio.Os sistemas SADRAL (lançadores sextuplos) tinham uma missão complementar e um alcance ligeiramente inferior.

Neste momento no entanto, para considerar a integração do São Paulo na esquadra brasileira, e para manter o São Paulo ao nível do que se espera venha a ser o padrão, já definido pelo programa ModFrag das fragatas da classe Niteroi, os sistemas de armas que fazem mais sentido no São Paulo parecem ser aqueles que já estão instalados nas Niteroi.

Logo, a solução mais lógica, sería a instalação de dois lançadores octuplos Albatros equipados com o missil ASPIDE-2000 (um em cada bordo do navio), bem assim como dois ou quatro canhões anti-aéreos Bofors Trinity, que têm na marinha do Brasil a função de Sistema de Armas de Defesa Aproximada ou (Close In Weapon System) CIWS.

Estes dois tipos de arma, permitiriam ao navio uma maior capacidade de defesa contra ataques aéreos, e contra ataques provenientes de mísseis anti-navio do tipo do Exocet ou do Harpoon.

Finalmente, e para que este tipo de armamento possa ser utilizado, será necessário substituir os directores de tiro DRBC-32B, por exemplo pelo mesmo equipamento que está utilizado a bordo das fragatas Niterói, o ALENIA RNT-30X.

Os restantes radares, de navegação e os radares 3D DRBI-10 de altimetria para controlo de trafego aéreo, continuam, pelo menos em principio a ter capacidade para fazer aquilo que foram pensados, ou seja, pesquisar a área em torno do São Paulo e gerir e apoiar a aproximação e gestão do trafego de aeronaves em volta do porta-aviões.

A integração destes sistemas onde for possivel, com o sistema de combate que já estava instalado a bordo do Minas Gerais, terá que ser feita de uma forma ou de outra. Ou com o recurso aos actuais radares de pesquisa aérea, ou se necessário, recorrendo a um novo radar de pesquisa aérea.


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A título de conclusão, o São Paulo ainda pode vir a ser um equipamento com elevado valor militar, nomeadamente no cenário da América Latina. A utilização deste navio, juntamente com fragatas da classe Niteroi, e submarinos, permite a constituição de um grupo de combate com capacidade acima do que quer que seja que qualquer país a sul do equador lhe pode opor. No entanto, essas alterações, modernizações e adições não podem esperar muito mais tempo, sob pena de o são Paulo se transformar num elefante branco, por razões politicas.

Também é necessário admitir, por óbvio, que o São Paulo, com a actual estrutura e sem alterações radicais, nunca estará à altura de marinhas do hemisfério norte, mesmo possuindo um navio almirante ocm o tamanho e capacidade do A-12, porque este está equipado com equipamentos que não são de primeira linha.

A possibilidade de alterações politicas a nivel governamental alterarem o posicionamento estratégico da marinha brasileira, pode no entanto ser mais debilitante para o São Paulo que qualquer falta de verbas.

Aguardemos portanto serenamente os desenvolvimentos que seguramente virão.

(c) areamilitar.net 2005 "
Título:
Enviado por: Brasil em Setembro 27, 2007, 05:14:53 pm
AS FOTOS DO A-12 QUE ACABOU DE SER MODERNIZADO



Nae São Paulo com a fortaleza de Sta Cruz ao fundo.
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi67.photobucket.com%2Falbums%2Fh311%2Fluizpadilha%2F7-de-setembrow1.jpg&hash=671b4d42e84258fb0de293bb5c76d7ed)

Nae São Paulo com a prai do Flamengo ao fundo.
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi67.photobucket.com%2Falbums%2Fh311%2Fluizpadilha%2F7-de-setembro_68.jpg&hash=ad956d1c62512390d37fdf52052735d5)

Convôo do Nae São Paulo.
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi67.photobucket.com%2Falbums%2Fh311%2Fluizpadilha%2F7-de-setembro_67w.jpg&hash=8fffc647e8289217cec5c8fa8c0ddb23)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi67.photobucket.com%2Falbums%2Fh311%2Fluizpadilha%2F7-de-setembro_74w.jpg&hash=a6ef1765dcdc7d34b34a83896dbb1559)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi67.photobucket.com%2Falbums%2Fh311%2Fluizpadilha%2F7-de-setembro_77w.jpg&hash=dd100eaf620920d031da279aa1e9a605)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi67.photobucket.com%2Falbums%2Fh311%2Fluizpadilha%2F7-de-setembro_75.jpg&hash=9dfd2814badc6321c4d58a7afe98b413)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi67.photobucket.com%2Falbums%2Fh311%2Fluizpadilha%2F7-de-setembro_73w.jpg&hash=135c7d272c59baf11943ed9ddd18534b)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi67.photobucket.com%2Falbums%2Fh311%2Fluizpadilha%2F7-de-setembrow.jpg&hash=67425418f9c97afb4738a4f1fc97b760)



O navio-aeródromo além de todas as alterações internas teve seu convôo reformado passando a utilizar o mesmo meterial usado na Classe Nimitz, tendo inclusive sua pintura modificada, perdendo o “triangulo” branco característico do seu passado na Marine Nationale francesa, e ganhando uma delineação grossa na pista diagonal em amarelo canário. O NAe São Paulo também recebeu dois lançadores SIMBAD oriundos do A-11 Minas Gerais. Nas próximas semanas o São Paulo iniciará o programa de re-certificação do navio e da sua tripulação pelo CAAML, passo indispensável para que ele possa voltar a participar das operações e exercícios da Marinha.



FONTE:
http://www.alide.com.br/noticias/tamandare200/index.htm (http://www.alide.com.br/noticias/tamandare200/index.htm)
Título:
Enviado por: Johnnie em Setembro 27, 2007, 07:52:47 pm
E porque não tentam comprar uns Super Etandart com exocet?
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 27, 2007, 08:15:13 pm
Para? Temos os F-16 para alguma coisa, se é para equipá-lo melhor para missões anti-superficie, então basta adquirir o armamento disponível para tal.
Título:
Enviado por: Johnnie em Setembro 27, 2007, 08:23:45 pm
A pergunta era para os irmãos brasileiros cabeça, nós já estamos servidos  :D
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 27, 2007, 08:26:18 pm
:wink:
Título:
Enviado por: Johnnie em Setembro 27, 2007, 09:14:59 pm
Pois, mas ao que parece o Hornet não pode operar do Foch/S. Paulo devido ao seu peso  :roll:


Dado o A-4 estar completamente desfasado no presente, só me ocorrem:

Sea Harrier

Super Etandart
Título:
Enviado por: Brasil em Setembro 28, 2007, 01:15:44 am
Citação de: "Johnnie"
Pois, mas ao que parece o Hornet não pode operar do Foch/S. Paulo devido ao seu peso  :roll:


Dado o A-4 estar completamente desfasado no presente, só me ocorrem:

Sea Harrier

Super Etandart


há um tempo foi feito um estudo para o A-12 quando ainda era da armada francesa. Foi constado que o A-12 pode levar os F-18 sem restrições. Seria uma boa alternativa, e agora que o A-12 ja acabou de ser modernizado, a marinha já esta preparando um plano para equipa-lo novamente.. parece que será o S-70 como helicoptero ASW/ASuW (que já foi aprovado pelo congresso dos EUA). Estão em estudo tambem aeronaves AEW REVO e as de caça.. seria mais logico, a MB optar pelo mesmo caça que a FAB vai optarm, no caso, o más cogitado é o Dassault Rafale. Mais precisariam ser feitas alterações nas catapultas.



Um abraço

SAPS
Título:
Enviado por: luis filipe silva em Setembro 28, 2007, 02:52:56 am
Brasil escreveu:
Citar
parece que será o S-70 como helicoptero ASW/ASuW (que já foi aprovado pelo congresso dos EUA). Estão em estudo tambem aeronaves AEW REVO e as de caça.. seria mais logico, a MB optar pelo mesmo caça que a FAB vai optarm, no caso, o más cogitado é o Dassault Rafale. Mais precisariam ser feitas alterações nas catapultas.


Conclusão: Tudo em estudo, nada de concreto, e essa obsessão em ter navio aeródromo, submarino nuclear, mas dado porque grana não há.

E esqueci-me do mais importante!... Bem vindo ao FD.
Título:
Enviado por: Brasil em Setembro 28, 2007, 04:59:02 pm
Citação de: "luis filipe silva"
Brasil escreveu:
Citar
parece que será o S-70 como helicoptero ASW/ASuW (que já foi aprovado pelo congresso dos EUA). Estão em estudo tambem aeronaves AEW REVO e as de caça.. seria mais logico, a MB optar pelo mesmo caça que a FAB vai optarm, no caso, o más cogitado é o Dassault Rafale. Mais precisariam ser feitas alterações nas catapultas.

Conclusão: Tudo em estudo, nada de concreto, e essa obsessão em ter navio aeródromo, submarino nuclear, mas dado porque grana não há.

E esqueci-me do mais importante!... Bem vindo ao FD.



bom.. para o sub nuclear o dinheiro já foi liberado... ou seja.. teremos sem sombra de dúvidas um sub nuclear.


A ala aérea do A-12 é a segunda fase de sua modernização.


Ah.. e obrigado pelas boas vindas.
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 28, 2007, 05:31:44 pm
Já agora, fala-se já numa versão navalizada do Grippen, caso o F35 falhe.
Quem diria...
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 28, 2007, 05:37:21 pm
Uma coisa é certa, pode não ser a coisa mais racional, mas que o PA está espectacular, lá isso está! :wink:
Título:
Enviado por: Get_It em Setembro 28, 2007, 06:12:54 pm
Citação de: "Luso"
Já agora, fala-se já numa versão navalizada do Grippen, caso o F35 falhe.
Quem diria...

Fala-se nisso para o PA brasileiro? Fiquei especialmente admirado com a opção do F-35.

O A-12 não terá capacidade para operar o Rafale?

Cumprimentos,
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 28, 2007, 06:37:51 pm
Citação de: "Get_It"
Citação de: "Luso"
Já agora, fala-se já numa versão navalizada do Grippen, caso o F35 falhe.
Quem diria...
Fala-se nisso para o PA brasileiro? Fiquei especialmente admirado com a opção do F-35.

O A-12 não terá capacidade para operar o Rafale?

Cumprimentos,


Erro meu por faciitar a confusão. Não falo que se esteja efectivamente a ponderar um Grippen Navalizado para o S. Paulo, mas apenas a possibilidade de haver uma oferta para esse mercado.

The least probable option mentioned by Flight International, but perhaps the most interesting, involves the possible creation of a carrier-capable Gripen that would take advantage of the Gripen's natural short take-off and landing capabilities (it can function on a 6m x 900m runway). The most likely sales target would be India, with a possible future role in Brazil as a naval aircraft or as a backup choice to Britain's F-35B Lightning II STOVLs on its new CVF carriers. Though the concept is intriguing, these sales prospects may not be enough to justify the expenditure involved.

http://www.defenseindustrydaily.com/the ... 2401/#more (http://www.defenseindustrydaily.com/the-jas39-gripen-swedens-4th-generation-wild-card-02401/#more)
Título:
Enviado por: Get_It em Setembro 28, 2007, 06:58:27 pm
Entendido.

Cumprimentos,
Título: ????
Enviado por: zocuni em Setembro 28, 2007, 09:22:55 pm
Citar
É bem verdade o que escreve,porém tem aquele ditado que diz "beleza não põe a mesa".Mas vou ficar por aqui,em antes que me queiram triturar.


Também há aquele "me engana qu´eu gosto!" :wink:
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 09, 2008, 12:52:55 pm
A docagem do NAe São Paulo:

http://www.alide.com.br/artigos/docagemSP/index.htm (http://www.alide.com.br/artigos/docagemSP/index.htm)
Título:
Enviado por: Luiz Padilha em Fevereiro 10, 2008, 12:28:31 pm
Senhores,

Se as coisas caminharem como desejamos, teremos S2-tracker AEW, COD e REVO modernizados pela Marshall dos EUA que possue várias unidades e eles ficariam como os da Argentina que estão em execelente estado e voando bem.
Teremos ou o A4 modernizado no padrão do F5-M, leia-se Elbit - Aeroeletronica, ou como os motores deverão ser retrofitados pela IAI de Israel e a mesma possue um pacote de modernização de A4, logo o  futuro a Deus pertence. Tudo especulation! :wink:

Quanto ao F-18 e Rafale, eu diria que:

O F-18 só se for o mod A/B por causa do peso e só se vindos do Canada. O C até poderia, mas segundo um piloto da US NAVY que eu conversei, eles estão no deserto "moidos, castigados ou detonados", em suma, usados até os bagos. Ele disse que não seriam uma boa para nós por isso.
O E/F é grande demais e pesado demais.

O Rafale poderia ser usado sim, mas temos que levar em conta que a catapulta do SP apesar de ser forte, só tem 52 metros de comprimento, contra os 75 do CDGaule. Isso faz muita diferença na hora do lançamento.
Um Rafale custa 60 milhões de dólares, e eu não arricaria um avião de 60 milhas num lançamento e perder a vida humana e o $$$$$.

Terão que ser feitos estudos extensos sobre esta utilização afim de não comprarmos um avião e não ter como usar. :wink:

Abraços a todos!

Padilha
Título:
Enviado por: Get_It em Fevereiro 10, 2008, 04:16:21 pm
A4 modernizados e sem futura hipótese de operar Rafale a partir do A-12.
É de mim, ou este programa foi um desperdício de dinheiro? Dinheiro esse que teria sido melhor aplicado em submarinos, meios navais de superfície para guerra anti-aérea e caças de longo alcance para a força aérea.

Deram foi um passo atrás com esta ideia do porta-aviões, mas pronto, o que está feito está feito.

Cumprimentos,
Título:
Enviado por: Luiz Padilha em Fevereiro 10, 2008, 05:20:38 pm
Citação de: "Get_It"
A4 modernizados e sem futura hipótese de operar Rafale a partir do A-12.
É de mim, ou este programa foi um desperdício de dinheiro? Dinheiro esse que teria sido melhor aplicado em submarinos, meios navais de superfície para guerra anti-aérea e caças de longo alcance para a força aérea.

Deram foi um passo atrás com esta ideia do porta-aviões, mas pronto, o que está feito está feito.

Cumprimentos,


Existem certas situações aqui no Brasil, que para quem esta de longe, pode parecer desperdicio de $$$$, mas que para a MB não foi.

Tipo : Existia uma janela única para a MB voltar a voar seus próprios meios, e ela foi aproveitada.
Era essa ou nunca mais!

Então, mesmo que não seja a ideal, foi a que se apresentou. Agora a MB vai poder aos poucos progredir nesta area, mas nunca com comparações que normalmente se fazem, com marinhas como US Navy por exemplo.

Somos um pais duro sem $$$$ no bolso, mas tentamos fazer o melhor e de vez em quando afundar uns CVNs que dão sopa. :wink:


E este ano vamos afundar mais um. hehehehehehe
Aguardem e verão!
Título:
Enviado por: luis filipe silva em Fevereiro 10, 2008, 06:11:50 pm
Citar
Somos um pais duro sem $$$$ no bolso, mas tentamos fazer o melhor e de vez em quando afundar uns CVNs que dão sopa.  


E este ano vamos afundar mais um. hehehehehehe
Aguardem e verão!

Por isso é que o ministro da defesa só quer submarinos. :twisted:
Título:
Enviado por: 2dmaio em Maio 03, 2009, 10:07:41 pm
Olá,


Uma catapulta para 30 toneladas e uma distancia de percurso de 70/75 metros seria o ideal para operar com extrema segurança, porém tal como esta com uma catapulta de 20 tn. e 50 metros, no limite é possivel lançar Rafales com as seguintes restrições.


Datos del A-12.

Catapulta delantera empuje: asta 20 tn.
Catapulta lateral (trasera): asta 15 tn.

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Datos del Rafale M

Peso vacio : 10.000 Kg
Peso maximo para alzar vuelo : 22.200 Kg.
Numero maximo de puntos de fixación externos (Rafale M) : 13
Numero maximo de los 13 puntos que se puede utilizar para tanques de combustible: 5
Alcance maximo : mas de 1852 Km
Carga maxima externa: 9.500 Kg
Capacidad maxima de combustible interno: 4.700 Kg
Capacidad maxima de combustible externo : 7.500 Kg (5 tanques en 5 puntos de los 13 con 1.500 Kg cada)

*********Razon calculada de combustible / Km = 12.200 / 1.852 = 6,58
*********Peso del Rafale con combustible interno = 10.000+4700 = 14.700 Kg
*********Peso maximo para desplegar en el A-12 = 20.000 Kg

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Datos de peso de misiles

Aire-Aire

Mica : 112 Kg
R-550 Magic : 89 Kg
Derby : 118 Kg
AIM 120 Amraam : 152 kg
MAA-1B : 88 Kg
AIM-9 : 91 Kg

Aire-Superficie

AS30L : 520 Kg
AH-64 Apache : 1230 Kg
AGM-65 Maveric : 206 a 302 Kg

Aire-Mar

Exocet AM-39 : 670 Kg
AGM-119B Penguin 3 : 370 Kg
AGM-84 Harpoon : 519 Kg

Anti-Radar

MAR-1 : 274 Kg


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a)Rafales en mision de interceptacion ( 8 misiles)

- Con 8 Mica = 14.700 + (8x112)=14.820 sobra (20.000-14.820)=5.180 Kg (4 tanques 1500 Kg cada)
Combustible total = 4.700+5180=9.880 Kg
Alcance = 9.880/6,58 = 1.501,51 Km sin Revo

b)Rafales en mision anti buque (6 misiles)

- Con 2 AGM-119 + 4 Mica = 14.700 + (2x370)+(4x112)=15.888 Kg sobra (20.000-15.888 ) = 4.112 Kg (3 tanques de 1500 Kg cada)
Combustible total = 4.700+4.112=8.812 Kg
Alcance = 8.812/6,58=1.339 Km sin Revo

- Con 2 AM-39 + 4 Mica = 14.700 + (2x670)+(4x112)=16.488 Kg sobra (20.000-16.488 ) = 3.512 Kg (3 tanques de 1500 Kg cada)
Combustible total = 4.700+3.512=8.212 Kg
Alcance= 8.212/6,58=1.248 Km sin Revo


c)Rafales con mision anti radar (anti buque o anti superficie)

- Con 2 MAR-1 + 4 Mica = 14.700 + (2x274)+(4x112)=15.472 Kg sobra (20.000-15.472)=4.528 Kg
(3 tanques de 1500 Kg cada con 4.500 Kg)
Combustible total = 4.700+4.500=9.200 Kg
Alcance=9.200/6,58=1.398 Km sin Revo

d)Rafales con mision de bombardeo terrestre

- Con 2 Mica + 2 Maveric + 2 bombas de 250 Kg + 2 bombas de 500 Kg=14.700+2224=16.924 Kg
(2 tanques de 1500 Kg cada llenos)
Combustible total = 4.700+3.000=7.700 Kg
Alcance=7.700/6,58=1.170 Km sin Revo


Também poderia adotar-se 3.000 litros de combustivel externo em todos os casos. Para comparação, um Harrier II tem um alcance de 1.000 Km.
Recordemos que os Rafale, com limite de peso, fizeram 168 voos no Foch.


Saudações.
Título:
Enviado por: Paisano em Junho 23, 2009, 01:00:09 am
Citação de: "GERSON VICTORIO in Fórum Defesa Brasil"
Forista Tikuna com "i" postou no Fórum BM:

http://www.youtube.com/watch?v=C6sifn52_bA (http://www.youtube.com/watch?v=C6sifn52_bA)

http://www.youtube.com/watch?v=R9hkVBiIsz4 (http://www.youtube.com/watch?v=R9hkVBiIsz4)

Gerson
Título:
Enviado por: YOMISMO em Junho 24, 2009, 04:38:28 pm
Yo pienso que este buque, el Sao Paulo, es un proyecto que no tiene sentido para Brasil. Es un barco muy antiguo, muy caro de mantener y que no tiene una misión clara.

En sí, es un barco que no es capaz de defenderse "en condiciones" ya que no dispone de misiles AA ni radares de largo alcance; no dispone de aviones modernos con posibilidad de disparar más allá de alcance visual y no sirve para poder hacer BIEN lo que creo que es la finalidad que debe buscar Brasil, el apoyo a tierra.

Brasil, por suerte para ellos, no dispone de enemigos de entidad y salvo posibles roces con Venezuela o Argentina, no necesitaría lanzar ataques aéreos desde el mar.

En cambio, si necesita buques para controlar todo el mar de su responsabilidad y dar apoyo a tierra en caso de ataque anfibio, transporte de tropas, catástrofes naturales, etc. Creo que 1 ó 2 LHD serían más baratos y productivos y sobraría dinero para comprar más helicopteros ASW y renovar los buques, que en general, son antiguos.

El apoyo aéreo lo podrían dar cazas modernos y cisternas (tankers) basados en tierra.

En caso de guerra, el Sao Paulo no puede hacer nada frente a un avión a 80 km lanzando un harpoon o frente a un submarino.

Saludos.
Título:
Enviado por: 2dmaio em Junho 28, 2009, 12:08:21 am
O São paulo volta ao serviço ativo.

Em julho, serão feitas as provas de mar e adestramento preliminar, em agosto a tripulação e o navio passarão pela verificação da CIASA. No mês de setembro será realizada a verificação de segurança aeronáutica, já com a operação a bordo do Esquadrão VF-1, entre outros meios. A partir de outubro, o navio poderá operar em conjunto com a esquadra.

Saudações
Título:
Enviado por: 2dmaio em Junho 28, 2009, 12:18:53 am
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El apoyo aéreo lo podrían dar cazas modernos y cisternas (tankers) basados en tierra.

Estão se modernizando aviões que atuarão como cisterna, operando no proprio São Paulo, tambén no propio um ou dois atuarão como deteção avançada. Adicionalmente os A-4KU serão modernizados com nova eletrônica e capacidade de armas.

Citar
En caso de guerra, el Sao Paulo no puede hacer nada frente a un avión a 80 km lanzando un harpoon o frente a un submarino.


Um Porta Aviões não atua sozinho no mar, os Aspide ou os Seacat bem como alguns canhões podem interceptar esses misseis com alta probabilidade, tendo em vista os radares e sistemas de combate existentes.

Saudações
Título:
Enviado por: luis filipe silva em Junho 28, 2009, 11:25:11 am
2dmaio escreveu:
Citar
Um Porta Aviões não atua sozinho no mar, os Aspide ou os Seacat bem como alguns canhões podem interceptar esses misseis com alta probabilidade, tendo em vista os radares e sistemas de combate existentes.

Seacat?
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 30, 2009, 04:08:47 pm
COMANDO DA FORÇA AERONAVAL

BASE AÉREA NAVAL DE SÃO PEDRO DA ALDEIA

AVISO DE LICITAÇÃO
CONCORRÊNCIA Nº 4/2008
OBJETO: Prestação de serviços de reparos e testes até o nível revisão
geral overhaul de todos os acessórios e transmissores (power plant
instruments) do motor J52-P-408, incluindo o fornecimento de peças
de reposição novas, originais ou de igual qualidade referendadas
pelos fabricantes dos itens aeronáuticos.

Total de Itens Licitados: 00023 .


 Edital: 29/06/2009 de 08h30 às 11h30 e de 13h às 16h30 .
Endereço: Rua Comandante Ituriel s/n Fluminense - SAO PEDRO
DA ALDEIA - RJ . Entrega das Propostas: 29/07/2009 às 14h00 .
Informações Gerais: Cotar os preços dos itens de acordo com as
informações contidas no Projeto Básico (ANEXO A do Edital).
CARLOS ALBERTO MATIAS
Ordenador de Despesas
(SIDEC - 26/06/2009) 791180-00001-2009NE000264
Título:
Enviado por: 2dmaio em Julho 07, 2009, 09:50:17 pm
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Seacat?


Esse que ainda não foi aposentado em algumas Marinhas.

http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/MIS.aspx?nm=70 (http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/MIS.aspx?nm=70)

http://en.wikipedia.org/wiki/Seacat_missile (http://en.wikipedia.org/wiki/Seacat_missile)
Título:
Enviado por: 2dmaio em Julho 07, 2009, 09:58:24 pm
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Yo pienso que este buque, el Sao Paulo, es un proyecto que no tiene sentido para Brasil. Es un barco muy antiguo, muy caro de mantener y que no tiene una misión clara.


Si, por supuesto, pero no olvidemos que entre otras funciones tener personal entrenado y operando un NAE puede facilitar un cambio para otro mas moderno en epocas mejores.
He leido que los chinos buscan un PA para entrenarse antes que este listo el suyo.
Título:
Enviado por: luis filipe silva em Julho 08, 2009, 12:47:24 am
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Citar
Seacat?


Esse que ainda não foi aposentado em algumas Marinhas.

http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/MIS.aspx?nm=70 (http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/MIS.aspx?nm=70)

http://en.wikipedia.org/wiki/Seacat_missile (http://en.wikipedia.org/wiki/Seacat_missile)

Actualmente nenhuma marinha usa o Seacat.
Título:
Enviado por: 2dmaio em Julho 11, 2009, 06:06:49 pm
Citar
Actualmente nenhuma marinha usa o Seacat.


Pois tens razão no que se refere a MB, troquei o Seawolf pelo Seacat (lobo por gato).
Então na minha escrita anterior na defesa do NAE, por favor, entenda-se como Aspide, Seawolf e agora acrescento o Mistral.
Título:
Enviado por: 2dmaio em Julho 11, 2009, 08:48:25 pm
Citar
Actualmente nenhuma marinha usa o Seacat.


Isso que voce escreveu me chamou a atenção, e apesar de ter trocado os nomes de Seawolf por Seacat, fui dar uma pesquisada para ver se ainda havia alguma Marinha que os mantivesse em uso, na realidade não encontrei algo que asegure o seu emprego como arma hoje em dia porém, descobri que tem uma fragata na India (F-41) que talvez esteja sendo utilizada como instrução naval e provavelmente o Seacat instalado não esteja mais operacional. Tem também uma fragata nas Filipinas (classe Tribal) que o tem instalado, porém não acredito que esteja operacional nem a própria fragata. No Paquistão as fragatas que o portavam (classe Leander) sofreram uma modernização. Sendo assim, eu realmente não encontrei nenhum Seacat ainda operacional.  
 
Saudações
Título:
Enviado por: luis filipe silva em Julho 11, 2009, 09:08:13 pm
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Tem também uma fragata nas Filipinas (classe Tribal) que o tem instalado, porém não acredito que esteja operacional nem a própria fragata

Mas viu mal, porque classe Tribal só na Indonésia. c34x
Título:
Enviado por: 2dmaio em Julho 13, 2009, 02:07:04 pm
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Mas viu mal, porque classe Tribal só na Indonésia.


É tudo pelos mesmos lados Filipinas ou Indonésia porém consta que foram substituidos pelas corvetas SIGMA.
Título:
Enviado por: luis filipe silva em Julho 13, 2009, 02:53:53 pm
Citar
É tudo pelos mesmos lados Filipinas ou Indonésia porém consta que foram substituidos pelas corvetas SIGMA.

Também Brasil, Paraguai, Uruguai, e Venezuela são aí e não é bem a mesma coisa. :shock:
Título:
Enviado por: Paisano em Julho 13, 2009, 04:21:01 pm
O gigante dos mares voltou após quatro anos parado

Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/rio/htm ... 23232.html (http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2009/7/o_gigante_dos_mares_voltou_apos_quatro_anos_parado_23232.html)

Citar
Maior navio de guerra do Hemisfério Sul retoma este mês suas operações navais

Rio - Um gigante de ferro em contagem regressiva para retornar ao mar. Quatro anos após o acidente que matou três militares e deixou sete feridos, o porta-aviões São Paulo, maior embarcação da esquadra brasileira, vai voltar a navegar em operações de inspeção e adestramento pelo litoral de Santos e Vitória. A previsão é que, até o fim do mês, o navio saia do Arsenal da Marinha, no Centro do Rio, para testar todos os sistemas e equipamentos e treinar os pilotos dos esquadrões de helicópteros e de caça Skyhawk. Militares a bordo do porta-aviões ainda não sabem qual será a primeira missão oficial. Mas, se passar no teste naval, o São Paulo estará pronto em 2010 para proteger recursos ainda não explorados da Amazônia Azul, a fronteira brasileira no mar, e resguardar as reservas de petróleo, principalmente as do pré-sal.

Desde 2005, o São Paulo está parado para a sua primeira grande reforma às vésperas dos seus 50 anos. Neste período, foram gastos R$ 80 milhões para manter e modernizar máquinas e equipamentos. Ganhou novos sistemas de radares capazes de detectar o inimigo a 380 km de distância e três lançadores de mísseis. A catapulta, que impulsiona as aeronaves, foi revisada. Tubulações de combustível, água e até a de vapor na padaria, onde houve o vazamento de gases superaquecidos, foram substituídas. A embarcação também recebeu novos equipamentos de segurança para o CAV, grupamento de resgate e combate a incêndios e alagamentos — os bombeiros do navio. “É item prioritário para garantir a sobrevivência de todos nós”, diz o comandante do São Paulo, o capitão de mar e guerra, Rodolfo Frederico Dibo. Para ele, o navio aeródromo assegura a defesa nacional. “O mundo inteiro vê que o Brasil opera um porta-aviões. Ele impõe respeito aos países vizinhos.”

Apenas nove países possuem porta-aviões, quase uma cidade com autonomia para permanecer até 30 dias em alto mar. Corredores que parecem não ter fim levam a 1.850 cômodos. Os 1.400 militares a bordo contam com UTI, salas de cirurgias e enfermaria com 21 leitos, consultório odontológico, capela, academia de ginástica, sala de jogos, quatro cozinhas, padaria, açougue e refeitórios onde são servidas diariamente 6 mil refeições, com café, almoço, jantar, além do rancho noturno.

Quinta-feira, o almoço foi feijão, risoto de frango, salada e doce de abóbora com coco. Responsável pelo cardápio, o imediato e capitão de fragata Sérgio Chaves Júnior tem que fazer milagres para garantir cinco refeições/dia ao custo total de R$ 3,50 para cada um dos 1.400 tripulantes. Número que sobe para 2 mil pessoas quando vai ao mar, com o reforço de pilotos e mecânicos de aeronave. O maior navio de guerra abaixo da linha do Equador espera continuar em tempos de paz.

Piloto nem usa toda a pista de 160 metros

A façanha é digna dos grandes ases: pousar um caça Skyhawk em pista de apenas 160 metros, 10 vezes menor do que a de um aeroporto. Mesmo assim, só se usam 100 metros. “Quando olho de cima, só vejo água. Não há uma referência e tenho de checar os instrumentos”, diz um dos nossos Top Guns, o capitão de fragata José Vicente de Alvarenga Filho, 40 anos, chefe do Departamento de Aviação do São Paulo.

É nesse trecho mínimo que o piloto mostra perícia e arrojo. O jato tem de tocar o chão na medida exata para que o gancho em sua cauda engate no cabo de aço que cruza a pista. A velocidade cai de 220 km/h a zero quase instantaneamente. Se não houver o engate, o piloto ainda pode usar os 60 metros restantes de pista para arremeter.

Em 25 anos de Marinha, Alvarenga ostenta 80 pousos no porta-aviões e 1.500 horas de voo. “Não posso entrar muito veloz na pista porque o avião pode cortar o cabo de aço como uma faca corta um barbante. Se for muito lento, posso pegar o cabo com as rodas no ar e jogar a aeronave contra o navio”, observa.

Para quem fica no convoo — a área de pouso e decolagem —, os riscos são de assustar. Ele é considerado o lugar mais perigoso para se trabalhar no mundo. O treinamento é rigoroso e as normas de segurança, seguidas à risca. “Não é difícil. É perigoso. Temos que treinar muito. Mas depois entra no sangue”, brinca o piloto.

Detalhes do São Paulo:

PODER DE FOGO
Capaz de transportar de uma só vez 39 aeronaves: 17 helicópteros e 22 caças.

DESLOCAMENTO
É o peso da embarcação: 34 mil toneladas (a plena carga).

VELOCIDADE
Máxima de 30 nós (54 km/h), alta para navios de seu porte. Tem autonomia para navegar sem reabastecer por um mês.

CONDOMÍNIO
Se fosse um condomínio, teria 20 blocos de 15 andares e 1.850 cômodos. Para inspecionar todos os compartimentos do navio são necessários 10 dias.

PASSADO[/i]
Comprado da França por US$ 12 milhões (R$ 24 milhões), em 2000, para substituir o Minas Gerais. Construído entre 1957 e 1960, combateu na Guerra do Golfo.

Imagens:

http://odia.terra.com.br/portal/rio/gal ... vioes.html (http://odia.terra.com.br/portal/rio/galerias/09/07/130709_porta_avioes.html)

Vídeo:

http://ttv3.terra.com.br//player/templa ... yed%3dtrue (http://ttv3.terra.com.br//player/templates/playerCustom.aspx?contentid=240832&disableRelated=false&style=PlayerAtomoMini&hidelayer3=false&w=404&h=303&slide=26&adfrequency=1&disableuvtag=true&bgcolor=FFFFFF&returnUrl=http%3a%2f%2fplayer.terratv.terra.com.br%2fpreplayer%2fdefault.aspx%3fcontentid%3d240832%26publisher%3dodia%26profile%3dPlayerAtomoMini%26played%3dtrue)
Título:
Enviado por: 2dmaio em Julho 13, 2009, 04:38:41 pm
Citar
Também Brasil, Paraguai, Uruguai, e Venezuela são aí e não é bem a mesma coisa.


Estão pelos mesmos lados, America do Sul.
Título:
Enviado por: 2dmaio em Julho 13, 2009, 04:41:16 pm
Citar
Maior navio de guerra do Hemisfério Sul retoma este mês suas operações navais


Eu acrescentaria, como navio não lancha, talvez o mais veloz.
Título:
Enviado por: Onurb em Julho 13, 2009, 04:51:37 pm
este navio apenas custou 12 milhoes de dollars? foi mesmo esse valor?

se sim foi quase dado.
Título:
Enviado por: 2dmaio em Julho 13, 2009, 05:49:45 pm
Custou US $ 12 milhões, porém gastou-se bastante em suas duas  atualizações e recuperação, em torno de US $ 40 milhões.

Nessa ultima reforma.
 
A catapulta lateral agora esta como a frontal que tinha sido revisada anteriormente capacitada para 20 tn., as caldeiras foram recondicionadas anteriormente, um eixo com vibração foi substituido, foi feito upgrade para Siconta Mk IV, etc.

A catapulta lateral.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.naval.com.br%2Fblog%2Fwp-content%2Fuploads%2F2009%2F07%2Fnae-sao-paulo-o-dia-reparo-catapulta-lateral-500x333.jpg&hash=91e105e94e363312186112f8d69adc30)


A primeira atualização.

Em 27 de abril de 2006, o Serviço de Relações Públicas da Marinha (SRPM) comunicou ao DEFESA BR, com exclusividade, o andamento das seguintes obras no A-12, algumas como complemento do recente MODFRAG:

 Inspeção e reparo das Turbinas da Propulsão de Bombordo;
 Manutenção de condensadores;
 Retubulação de caldeiras;
 Reparo de dois Compressores de Alta Pressão;
 Aquisição de sobressalentes e revisão do Diesel Gerador de Corrente Alternada;
 Manutenção de bombas, válvulas, redes e itens estruturais;
 Aquisição de dois separadores de Água e Óleo;
 Aquisição e instalação de duas Unidades de Resfriamento de Água;
 Revisão e modernização da Fábrica de Oxigênio;
 Reparo estrutural e tratamento de tanques de óleo de combustível;
 Substituição do selo mecânico do eixo de boreste;
 Substituição do Sistema de Processamento de Dados Táticos Navais (por SICONTA nacional);
 Instalação do circuito fechado de TV;
 Instalação de transponder IFF;
 Instalação de MAGE;
 Pintura do convôo, com revisão de búricas e cruzetas (pontos de amarração das aeronaves e equipamentos no convôo);

 Manutenção do Aparelho de Parada;
 Modernização da Unidade de Processamento Eletrônico do Sistema Ótico de Pouso;

 Revisão da Catapulta Lateral; e revalidação da Catapulta de Vante.

O SICONTA Mk II é um sistema de combate que permite adquirir e apresentar ao operador, em tempo real, um cenário tático.

O sistema recebe, processa, integra e apresenta informações provenientes de diversos sensores de bordo, além de permitir a troca de informações táticas entre os navios das forças amigas.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.defesabr.com%2FMb%2FA12_AMRJ_%2528Luiz_Padilha%2529.jpg&hash=498d9881b122debbe95be5323cc49cb3)

Saudações
Título:
Enviado por: Leonardo Besteiro em Julho 24, 2009, 10:45:38 pm
Agora, a maioria não deve saber por que ele foi vendido um preço tão baixo. Esse preço tão baixo, fopi por que os franceses concluiram que o maior dique seco do AMRJ não seria capaz de suportar o A-12, tendo assim a MB que recorrer aos franceses toda vez que fosse necessário algum reparo em dique, afinal ele seria mesmo aposentado, seria essa uma forma de se ganhar uma grana a mais e estreitar laços, mas ele se deram muito mal, pois com muita audácia, engenhosidade, e planejamento a MB conseguiu docar o A-12 sobrando apenas um metro de vão lateral entre o casco do navio e as paredes do dique. Os laço foram estreitados e muito, mas a grana não foi aquela toda que eles previam. E ele está voltando com mais força do que antes!
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: 2dmaio em Setembro 19, 2009, 03:19:54 pm
Continuam as modernizações do NAE.

Navio-Aeródromo São Paulo receberá o ICCS da EID S/A

Sob o  programa de modernização da Marinha Brasileira para seu navio-aeródromo, a empresa portuguesa EID-Empresa de Investigação e Desenvolvimento de Electrónica S/A integrará o sistema de gestão de comunicações navais internas ICCS (Integrated Communications Control System). Resta ainda por definir o fornecedor de alguns dos sistemas de comunicações que serão integrados no ICCS, o qual também está instalado na corveta Barroso.
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Paisano em Outubro 10, 2009, 07:52:47 pm
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Paisano em Outubro 24, 2009, 02:56:40 am
Citação de: "Walterciclone in Fórum Defesa Brasil"
Aqui vai um vídeo do Obelix A-12, vulgo pranchão qdo. em operações em 2002 na famosa ARAEX/URUEX . Observem o pouso do AF-1 em 03:19 :?  :? a pancada que foi. Notem tb os movimentos de arfagem/rolagem do navio. Mar 4/5 com certeza (Beaufort)

Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: JLRC em Outubro 24, 2009, 01:32:33 pm
Paisanão

Quando é que o "Belo António" volta a navegar? Será ainda neste século?  :mrgreen:
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Paisano em Outubro 25, 2009, 08:08:01 pm
Citação de: "JLRC"
Paisanão

Quando é que o "Belo António" volta a navegar? Será ainda neste século?  :mrgreen:

Quanto ao São Paulo, não tenho idéia, mas do que conheço a MB, tenho certeza de que isso só irá acontecer mais cedo do as pessoas imaginam. :wink:
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: JLRC em Outubro 25, 2009, 10:59:43 pm
Citação de: "Paisano"
Citação de: "JLRC"
Paisanão

Quando é que o "Belo António" volta a navegar? Será ainda neste século?  :mrgreen:

Quanto ao São Paulo, não tenho idéia, mas do que conheço a MB, tenho certeza de que isso só irá acontecer mais cedo do as pessoas imaginam. :cry:

PS: Estás com esperança para amanhã à noite? :wink:
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Paisano em Outubro 25, 2009, 11:19:53 pm
Citação de: "JLRC"
Citação de: "Paisano"
Citação de: "JLRC"
Paisanão

Quando é que o "Belo António" volta a navegar? Será ainda neste século?  :mrgreen:

Quanto ao São Paulo, não tenho idéia, mas do que conheço a MB, tenho certeza de que isso só irá acontecer mais cedo do as pessoas imaginam. :cry:

PS: Estás com esperança para amanhã à noite? :!:

PS:

 :wink:
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: JLRC em Outubro 25, 2009, 11:49:04 pm
Paisanão

Penso que não compreendeste a minha pergunta (felizmente não me insultaste como o outro  :mrgreen:
Por isso perguntei se estás com esperança para amanhã (já é hoje)  :lol:
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Paisano em Outubro 26, 2009, 12:07:09 am
Nacional da Madeira é o cace#$&!!!   s1x2x
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Paisano em Novembro 14, 2009, 12:18:08 pm
Citação de: "Walterciclone in Fórum Defesa Brasil"
Senhores olhem este achado. É o ponto de vista argentino da Operação ARAEX 2002. Mas prestem atenção a locução final do narrador argentino(05:25s) acerca da importância dada a eles de um Porta-aviões. Hora de muitos Brazukas reverem seus conceitos.

   
   Vamos ver se a rainha Kirchner permitirá uma operação ARAEX 2010 junto com o A-12.
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Paisano em Janeiro 21, 2011, 09:31:32 pm
Citação de: "Marino in Fórum Defesa Brasil"
Do Youtube, copiado do BPN:
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: chaimites em Janeiro 22, 2011, 10:17:11 am
Boas!

Um abraço aos camaradas brazileiros!

E parabens pela forma magnífica com que conseguem operar o seu museu itenerante!  :mrgreen:

(se os camaradas do forum soubessem o que é passear pelos duplos fundos e cavernas de um navio com 50 anos........
Tou a imaginar a cara dos desgraçados  quando viram o S.Paulo a docar!
Tem muito valor, mas mesmo muito, os homens que conseguem fazer a manutençao de um navio desses!)

Abraço!
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 22, 2011, 11:03:54 am
Chaimites, o navio pelo que eu tenho lido no fórum de defesa brasileiro que eu participo, está como novo. Esteve uns anos parado para reparações/modernizações. mas agora está a bombar.

Os caças são velhos (A-4) mas estão a ser modernizados pelos Israelitas.

Daqui a um ano vamos ver este PA a operar aparelhos que nunca tinha operado e com uma capacidade REAL muito acima do que tinha quando estava nas mãos dos Franceses.

A palavra de ordem é manter a escola até a construção em solo Brasileiro do PA de 50.000 toneladas que eles querem construir.
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: chaimites em Janeiro 22, 2011, 11:49:59 am
Boas!

Sim eu estava a referir-me ao que foi preciso fazer para o por como novo!
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 22, 2011, 12:09:50 pm
Nisto tudo quem se lixou foram os franceses, é que eles pensavam que os Brasileiros não tinham essa capacidade, mas pelos vistos eles têm-na. Na verdade para ser sincero, acho inacreditável o aumento explosivo que houve na industria de construção naval brasileira. É que se o Brasil pré-Lulla tinha poucos estaleiros navais e com muito pouca capacidade, a era pós-Lulla é radicalmente diferente.

E eles ainda não pararam de crescer... :shock:
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: chaimites em Janeiro 22, 2011, 01:09:30 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Nisto tudo quem se lixou foram os franceses, é que eles pensavam que os Brasileiros não tinham essa capacidade, mas pelos vistos eles têm-na. Na verdade para ser sincero, acho inacreditável o aumento explosivo que houve na industria de construção naval brasileira. É que se o Brasil pré-Lulla tinha poucos estaleiros navais e com muito pouca capacidade, a era pós-Lulla é radicalmente diferente.

E eles ainda não pararam de crescer... :shock:

Cabeça de Martelo

Os franceses queriam desmantelar o navio,  e devido as centenas de toneladas de materiais perigosos para a saúde que ele tinha a bordo nao tinham onde!
Os navios daquela idade estao cheios de materiais cancerigenos que ja estão proibidos na construçao naval actual
Pelas normas Europeias nao havia onde desmantelar o navio, probavelmente ia acabar num estaleiro de desmantelamento Indiano onde ninguem quer saber da saúde dos trabalhadores.

Sem dúvida que o Brazil tem todas as condições  para desenvolver a construçao naval, e devido ao desenvolvimento ecónómico eles precisam de navios!
decidiram e muito bem construi-los lá em vez de importar
Mesmo a industria de componentes brazileira e muito mais desemvolvida que a Portuguesa.
Em Portugal ate o aço é importado
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Desertas em Janeiro 22, 2011, 11:48:33 pm
A propósito do A-12 São Paulo ,alguem sabe como está o processo de conversão dos 4  S-2T Turbo Trackers para AEW, e que equipamento de radar estes irão utilizar ?
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: JLRC em Janeiro 23, 2011, 02:33:08 pm
Citação de: "chaimites"
 
Cabeça de Martelo

Os franceses queriam desmantelar o navio,  e devido as centenas de toneladas de materiais perigosos para a saúde que ele tinha a bordo nao tinham onde!
Os navios daquela idade estao cheios de materiais cancerigenos que ja estão proibidos na construçao naval actual
Pelas normas Europeias nao havia onde desmantelar o navio, probavelmente ia acabar num estaleiro de desmantelamento Indiano onde ninguem quer saber da saúde dos trabalhadores.

Só para recordar que o Clemenceau está a ser desmantelado no Reino Unido.
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 27, 2011, 11:28:22 am
Citação de: "chaimites"
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Nisto tudo quem se lixou foram os franceses, é que eles pensavam que os Brasileiros não tinham essa capacidade, mas pelos vistos eles têm-na. Na verdade para ser sincero, acho inacreditável o aumento explosivo que houve na industria de construção naval brasileira. É que se o Brasil pré-Lulla tinha poucos estaleiros navais e com muito pouca capacidade, a era pós-Lulla é radicalmente diferente.

E eles ainda não pararam de crescer... :shock:

Cabeça de Martelo

Os franceses queriam desmantelar o navio,  e devido as centenas de toneladas de materiais perigosos para a saúde que ele tinha a bordo nao tinham onde!
Os navios daquela idade estao cheios de materiais cancerigenos que ja estão proibidos na construçao naval actual
Pelas normas Europeias nao havia onde desmantelar o navio, probavelmente ia acabar num estaleiro de desmantelamento Indiano onde ninguem quer saber da saúde dos trabalhadores.

Chaimites como sabes eu de navios e construção naval sou uma nulidade, mas acho que li no DB que o São Paulo antes de ir para o Brasil foi retirado o amianto.
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Paisano em Novembro 19, 2011, 10:24:59 pm
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: HSMW em Fevereiro 17, 2017, 10:48:30 pm
E passados quase 10 anos da criação deste tópico o tema chega a um fim.

É interessante observar os comentários e as possibilidades que se colocavam para equipar este navio. Super Etendard, F-18, Rafale...

Citar
Após diversas tentativas de recuperar a capacidade operativa do NAe “São Paulo”, o Almirantado concluiu que o Programa de Modernização exigiria alto investimento financeiro, conteria incertezas técnicas e necessitaria de um longo período de conclusão e decidiu pela desmobilização do meio, a ser conduzida ao longo dos próximos três anos.
http://www.naval.com.br/blog/2017/02/14/desativacao-do-nae-sao-paulo/


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O plano estratégico da Marinha do Brasil previa o emprego do Navio-Aeródromo São Paulo (A12) como uma solução intermediária até que o País tivesse condições de construir um navio novo.
http://www.naval.com.br/blog/2017/02/15/marinha-planejava-modernizar-o-nae-sao-paulo-de-2015-2019-e-opera-lo-ate-2039/
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: mafets em Fevereiro 18, 2017, 04:49:18 pm
E passados quase 10 anos da criação deste tópico o tema chega a um fim.

É interessante observar os comentários e as possibilidades que se colocavam para equipar este navio. Super Etendard, F-18, Rafale...

Citar
Após diversas tentativas de recuperar a capacidade operativa do NAe “São Paulo”, o Almirantado concluiu que o Programa de Modernização exigiria alto investimento financeiro, conteria incertezas técnicas e necessitaria de um longo período de conclusão e decidiu pela desmobilização do meio, a ser conduzida ao longo dos próximos três anos.
http://www.naval.com.br/blog/2017/02/14/desativacao-do-nae-sao-paulo/


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O plano estratégico da Marinha do Brasil previa o emprego do Navio-Aeródromo São Paulo (A12) como uma solução intermediária até que o País tivesse condições de construir um navio novo.
http://www.naval.com.br/blog/2017/02/15/marinha-planejava-modernizar-o-nae-sao-paulo-de-2015-2019-e-opera-lo-ate-2039/
Super Etendart poderia ser.  F18 e Rafale são caças que teriam de operar com restrições ao nivel do peso de descolagem pois a catapulta mais potente apenas tinha capacidade para no máximo 20 toneladas. A França chegou a fazer experiências com os NAE e caças em questão e chegou a essa conclusão, mantendo os Crusader até ao fim. A compra por parte do Brasil dos A4 enquadra-se nessa questão, ou seja eram dos poucos que poderiam operar sem restrições do S. Paulo. Para os padrões modernos sempre foi um NAE limitado, além de vir vazio sem sensores, ala aérea e armamento. Aliás, para colocar Trader e A4 mais valia ter ficado com o Minas Gerais (os irmãos sempre operaram com esses aparelhos sem problemas).
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.areamilitar.net%2Fanalise%2Fimages%2Fimg_A12_esquema_saopaulo.jpg&hash=296682ce93d455800b5e745777269b76)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi.imgur.com%2Fbr6IbiD.jpg&hash=1630260633e64355540c4256c55bc3c4)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.f8crusader.org%2Flastcat2.jpg&hash=a6fca2eab0cd1de5846ea55282b9db1e)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.naval.com.br%2Fblog%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F03%2FNAe-Sao-Paulo-ARAEX-2002-1.jpg&hash=15896f69c77121f6f655c19cbbbd3ff1)
(https://images5.alphacoders.com/432/432333.jpg)


Saudações
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Vitor Santos em Junho 20, 2020, 08:38:10 pm
A aquisição do NAe São Paulo

(https://velhogeneral2018.files.wordpress.com/2020/06/capa-15.jpg)
O A12 São Paulo em 23 de dezembro de 2013, visto de um helicóptero Bell 206 Jet Ranger (Foto: Rob Schleiffert/Wikimedia/Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic).

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O almirante-de-esquadra (Ref2) José Alberto Accioly Fragelli enviou à RMB (Revista Marítima Brasileira), a seguinte correspondência, que esclarece fatos relativos à aquisição do NAe São Paulo da Marinha da França (ex-Foch), em 2001.

A aquisição do Navio-Aeródromo (NAe) São Paulo envolveu muitos fatores com várias características de naturezas políticas, diplomáticas, internacionais, financeiras e logísticas.

Na época, participei indiretamente da negociação, por ser o Comandante de Operações Navais e, posteriormente, Chefe do Estado-Maior da Armada.

Recordando um pouco, em 1993 fui o comandante da primeira Operação ARAEX, que tinha como capitânia o Navio-Aeródromo Minas Gerais. Ao chegar em Puerto Belgrano, Argentina, conheci o comandante da Aviação Naval daquele país, o capitão-de-mar-e-guerra (CMG) Colombo, que teve participação ativa na Guerra das Malvinas, comandando um esquadrão de ataque aeronaval, afundando alguns navios ingleses, entre eles a Fragata Sheffield. Em 1993, a Marinha argentina possuía 12 modernos aviões Super Étendard, cujos pilotos precisavam manter sua qualificação para operar em navio-aeródromo, motivo pelo qual a nossa Marinha ofereceu o Minas Gerais, em razão de que o único NAe argentino, o 25 de Mayo, estava parado para troca de sua propulsão, fato que nunca aconteceu, ficando atracado definitivamente em estado de baixa.

Além do CMG Colombo, fiz amizade com o contra-almirante Fusari, comandante de La Flota, e seu chefe de Estado-Maior, CMG Stella. Em conversa comigo, eles me expuseram o desejo de terem um novo navio, e, pelos estudos que fizeram, este só poderia ser o Foch, da marinha francesa, ao término de seu período operativo. Quando, em 2000, nos foi oferecido o Foch, lembrei-me daqueles oficiais amigos da marinha argentina.

Mas, antes de iniciarmos as negociações, este navio visitou o Rio de Janeiro. sendo eu então o comandante de Operações Navais. Como não tive oportunidade de visitá-lo, depois do trabalho, à noite, fui com meu carro ao cais onde ele estava atracado e, andando pelo mesmo, pude observar as dimensões e o porte maravilhoso daquele navio, ficando vivamente impressionado.

Por esta ocasião, a marinha francesa nos ofereceu um convite para alguns oficiais brasileiros nele embarcarem, na viagem de regresso à França. Determinei, então, que o CMG Nigro, comandante do Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão (CAAML) e ex-comandante do Minas Gerais, fosse um dos oficiais a embarcar no Foch.

O CMG Nigro, oportunamente, me apresentou o relatório abaixo, a pedido meu:

“Antes das negociações relativas à aquisição do ex-PA Foch, o navio visitou o Rio de Janeiro no início do ano 2000. Na curta estadia de quatro dias, apagou a planta propulsora (com as caldeiras principais). Tal fato retratou a confiança do comandante e da tripulação ao submeterem a instalação propulsora ao transiente de ‘apagar’ e ‘acender’ o navio em tão curto espaço de tempo, mesmo com o Foch no final de seu ciclo operacional. O navio tinha o seu Período de Manutenção Geral (PMG) programado para o início de 2000. Na ocasião, a tripulação francesa deixou para ‘acender’ o Foch horas antes da partida, o que causou quantidade incomum de fumaça, noticiada pela imprensa do Rio de Janeiro.

O navio zarpou com uma Comissão de Inspeção de oficiais da MB, chefiada pelo comandante do CAAML, órgão responsável pelo treinamento das tripulações da Esquadra e pela condução das inspeções operacionais, base da avaliação da prontidão para o combate e a certificação de um navio e sua tripulação para as operações navais no Brasil e no exterior. Durante 48 horas o PA Foch navegou com a comissão da MB e realizou operações aéreas noturnas em área de calmaria, onde desenvolveu 29 nós para atender aos requisitos de recolhimento dos jatos Super Étendard.

Nesta inspeção, a Comissão da Marinha averiguou que o PA Foch, mesmo no fim do seu período operacional, mantinha condições de pleno emprego em operações da guerra aeronaval.”


O início das negociações para aquisição do Foch foi muito interessante. Oficialmente, podemos dizer que tudo começou em Paris, num almoço que o presidente Jacques Chirac ofereceu ao nosso presidente Fernando Henrique Cardoso. Fomos avisados com antecedência, pelo nosso adido naval em Paris, que o presidente francês iria oferecer o navio. Soubemos deste fato por meio de uma ligação que recebi do nosso adido. Desci, então, do meu gabinete e fui falar com o nosso comandante da Marinha, almirante Chagasteles, que de início concordou com a oferta. Em seguida, fiz uma ligação ao CMG Casaes, subchefe do Gabinete Militar, que acompanhava o nosso presidente, participando a decisão do nosso comandante. No meio do almoço, o presidente Chirac, por ocasião do brinde, fez a oferta da França ao Brasil de um cadeau, o porta-aviões Foch. Nosso presidente, já assessorado pelo CMG Casaes, aceitou.

Daí em diante começaram as negociações. O preço inicial seria de US$ 50 milhões, uma “pechincha”. Entretanto, em uma viagem que fiz por ordem do almirante Chagasteles, para representar a nossa marinha na posse do novo chefe de Operações Navais americano, Vernon Clark, na Academia Naval de Anápolis, encontrei-me com meu antigo amigo Stella, agora chefe do Estado-Maior da Armada Argentina. Nas conversas que tivemos, por dever de oficio, participei que a nossa marinha estava adquirindo o Foch. Foi então que ele me contou que, recentemente, a Argentina tinha adquirido da França o navio-tanque de abastecimento no mar Patagônia (ex-Durance), cujo preço inicial seria de US$ 16 milhões, tendo a Argentina feito uma contraproposta de 1/4, ou seja, US$ 4 milhões, e a França aceitou.

Com a informação de bastidores nos dada pelo almirante Stella, posteriormente fizemos uma contraproposta à França de US$ 12 milhões, 1/4 da inicial, tendo esta sido prontamente aceita.

E assim iniciamos as negociações com alguns setores do Itamaraty, do Ministério da Defesa e da nossa própria marinha, não muito favoráveis. O Itamaraty argumentava que o Foch poderia provocar uma corrida armamentista no Cone Sul. De fato, esta corrida tinha acontecido em 1910, na aquisição dos encouraçados São Paulo e Minas Gerais. A Argentina imediatamente encomendou dois encouraçados aos Estados Unidos, o Rivadavia e o Morena. Mas agora, com as excelentes relações entre a Marinha do Brasil e a da Argentina, não havia a menor possibilidade de que isso se repetisse. Na nossa Marinha, alguns setores da área do material tinham certas preocupações, alegando que não tínhamos experiência com material francês. Então, nosso querido almirante Chagasteles levou a discussão para o almirantado, sendo o almirante Peixoto e eu plenamente favoráveis.

O almirante Chagasteles, percebendo que a decisão não era unânime, estava indeciso. Compreendendo a indecisão do almirante, numa tarde de domingo saí da minha casa, em Brasília, e fui visitá-lo. Tendo muito respeito, admiração e amizade por ele, expressei, numa conversa franca, minha opinião. Argumentei que o nosso Minas Gerais não possuía condições para operar plenamente os 23 AF-1 adquiridos, mas que o Foch as tinha. No final, ele concordou com a decisão de compra. Restavam então o Ministério da Defesa e o das Relações Exteriores.

O almirante Chagasteles era uma pessoa muito introvertida, mas muito inteligente e conhecedor dos assuntos navais em profundidade. Entretanto, infelizmente, não tinha boas relações com o ministro da defesa, dr. Quintão, ex-advogado da união. Estando no Rio adoentado, Chagasteles determinou-me que fosse à audiência com o ministro da Defesa, para tratar da aquisição do Foch, acompanhado do seu chefe de gabinete, almirante Saraiva. A conversa foi muito longa. Por ser o dr. Quintão um grande advogado, ele olhou a aquisição somente sob o ponto de vista jurídico. Inicialmente, desejava que houvesse uma licitação por parte da França, argumentando que US$ 12 milhões era uma quantia muito alta para ser comprometida sem este procedimento. Tentei mostrar-lhe que uma licitação por parte da França era inviável, pois a compra se dava de governo para governo. Além disso, a França era apenas o país cedente. Entretanto, ele discordou de mim. Para que não continuássemos num impasse, e visando nos proteger, decidiu que pediria ao presidente que convocasse o Conselho de Segurança Nacional. E assim ele fez, tendo o presidente aceitado.

Com essa nova solução, fui procurar o general Cardoso, chefe do Gabinete Militar, para saber como proceder. Ele me informou que a reunião não seria feita de maneira formal, sugerindo-me que, sendo eu o CEMA, produzisse uma ata da reunião e lhe entregasse a mesma, pois ele obteria as assinaturas de todos os componentes do Conselho, cabendo à Marinha somente obter as do ministro das Relações Exteriores e do presidente do congresso, senador Antônio Carlos Magalhães, pois este não estava muito afinado com o governo.

O almirante Chagasteles era muito bem relacionado com o senador Antônio Carlos Magalhães, conseguindo facilmente sua assinatura. Faltava o ministro das Relações Exteriores, embaixador Lampreia. Coube-me esta tarefa. O Itamaraty tinha se pronunciado contrário à compra. Fizemos então uma pesquisa no EMA e descobrimos que o embaixador Lampreia possuía um antepassado almirante. Vesti o branco completo e fui à sua audiência, levando debaixo do braço a referida Ata. Lá chegando, fui muito bem recebido e comecei a falar do seu antepassado. Ele apreciou bastante a conversa, que se alongou. Após algum tempo, ele perguntou se a razão da visita era somente falar de seu parente. Neste momento puxei a Ata, que ele assinou prontamente.

Com as assinaturas, fui ao ministro da Defesa para que ele assinasse e, em seguida, levasse ao presidente da república. Ele leu toda a Ata, mas, para minha surpresa, não quis assinar. O ministro alegou que o tratamento dado a ele na Ata era impróprio, pois ele não era o ministro da Defesa, mas sim estava ministro, determinando-me que a refizesse, coisa totalmente impossível, pela quantidade de assinaturas existentes, ou que pedisse ao presidente da república um decreto corrigindo a impropriedade. Refazer a Ata era inexequível. Procurei, então, o general Cardoso, levando um decreto para o presidente assinar. Ele hesitou, mas foi comigo até a presença do presidente, que assinou. Em seguida, o ministro assinou a Ata.

Com todos os documentos iniciais prontos, iniciaram-se as negociações. Do nosso lado, o ministro da Defesa e o almirante Longo, diretor-geral de Material da Marinha. Faltava ainda organizar a tripulação, que, por motivo de economia, não poderia ser completa, indo somente o pessoal essencial para operar e trazer o navio para o Brasil. A FAB, num gesto magnânimo por parte do brigadeiro Baptista, seu comandante, nos forneceu os aviões necessários. O comandante do navio, ao meu ver, deveria ser o mais completo e com experiência de operação com navio-aeródromo. Assim, sugeri ao almirante Chagasteles o nome do CMG Nigro, que tinha comandado o Minas Gerais. Seu nome foi plenamente aprovado.

Quanto ao nome do navio, não havia dúvidas: o Chagasteles, num gesto de gratidão ao presidente Fernando Henrique Cardoso, escolheu, para homenageá-lo, o nome do estado onde o presidente viveu a maior parte de sua vida, São Paulo.

Para tratar do recebimento do navio, vamos ao relatório feito pelo ex-comandante do navio, o CMG Nigro:

“O recebimento do Foch foi dividido em duas partes. Na primeira, com duração de dois meses e meio, os brasileiros foram adestrados com o navio atracado e no mar, em operações aéreas diurnas e noturnas e visitas aos centros de treinamento da Marinha francesa.

O Programa de Adestramento foi preparado pela Marinha Nacional (MN) francesa como se o navio fosse transferido para uma tripulação francesa sob a Organização de Combate daquela Marinha. Constatou-se que seria inexequível realizar a transferência do navio para a MB. A MN foi persuadida a reprogramar a transferência para atender aos requisitos organizacionais da MB e da formação do seu pessoal. Os brasileiros foram divididos em dois grupos: o primeiro com 300 militares, que chegaram em 4 de setembro de 2000 na Base Naval de Toulon, França; o segundo grupo, de 150 militares, chegou antes dos primeiros treinamentos no mar, na primeira semana de outubro de 2000.

Ao final dos adestramentos, o Foch sob comando, pavilhão tricolor e ainda incorporado à MN, navegou e foi transferido da Base Naval de Toulon, no Mediterrâneo, para a Base Naval de Brest, no Atlântico, com tripulação mista de 448 brasileiros e 450 franceses, limitado a somente realizar operações aéreas com helicópteros. Efetivamente, foi usado um helicóptero para evacuação aeromédica de um tripulante francês com destino à Espanha.

A segunda parte teve seu início em 15 de novembro de 2000, no Arsenal de Brest, onde o NAe São Paulo foi incorporado à Marinha do Brasil, com uma tripulação de 598 homens, 150 dos quais chegaram 48 horas antes da Incorporação e Mostra de Armamento, presidida pelo chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), Almirante José Alberto Accioly Fragelli.

Naquele Arsenal, com apoio do Grupo Técnico da MB, o_ navio realizou as obras indispensáveis para regressar ao Brasil e realizar as tarefas planejadas pela MB, visto que o NAe São Paulo foi recebido ao fim do ciclo operacional e não conduziu o Período de Manutenção Geral (PMG), programado pela MN para o segundo semestre de 2000.

Em 25 de janeiro de 2001, o São Paulo se fez ao mar pela primeira vez para experiência de máquinas em águas do Golfo de Biscaia. Regressou à Base Naval de Brest na tarde do dia 26 de janeiro de 2001. Nesse período, o navio foi testado pela tripulação brasileira e desenvolveu 30 nós com as seis caldeiras principais acesas na planta de propulsão. Ainda mais, enfrentou mau tempo na noite de 25 para 26, com mais de uma tonelada de sobressalentes armazenada no hangar. O peiamento dessa carga foi testado nas condições adversas de mar e vento de intensidade 10 na escala Beaufort (1 a 12). Três dias depois, zarpou para o Brasil transportando os sobressalentes do ex-Foch e do seu irmão ex-Clemenceau e um simulador de catapulta, sem serventia para a marinha francesa. Esse material foi avaliado em aproximadamente US$ 27.000.000,00.

O A12 chegou ao Rio de Janeiro em 17 de fevereiro de 2001. Conduziu a qualificação dos tripulantes e das aeronaves da Força Aeronaval, em especial dos aviões AF-1, de interceptação e ataque, a jato, da MB. Para esse fim, antes foram recebidos e adestrados em terra e no mar 884 novos tripulantes; realizadas manutenções corretivas pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ); concluídas as inspeções de Segurança de Aviação pela Diretoria de Aeronáutica da Marinha (DAerM) e de Eficiência pelo CAAML.

O São Paulo foi aprovado naquelas inspeções e incorporado à Esquadra em 28 de abril de 2001. em cerimônia presidida pelo presidente da república, Fernando Henrique Cardoso, o qual viajou do Rio de Janeiro para Santos a bordo do A12. O presidente aproveitou a viagem para conhecer as principais instalações do navio, como o Centro de Operações, Comando e Controle, Praças de Máquinas e os alojamentos e refeitórios da tripulação.”


Para encerrar esta longa ladainha, cabe-me apenas discutir um assunto pendente. Se nós, MB, tivéssemos aceitado a sugestão francesa de ter feito o PMG na França, que custaria não mais de 50 milhões de dólares, estaria o São Paulo ainda operando? O fato é que o AMRJ, infelizmente, não tem mais condições de reparar navios a vapor, como no passado recente fez com o Minas Gerais, trocando praticamente toda sua propulsão. Naquela obra, realizada entre 1975 e 1979, sob a condução do AMRJ, pelo contra-almirante (EN) Schieck e por um grupo de oficiais liderados pelos comandantes Lizardo e Peixoto, foram trocadas as quatro caldeiras, confeccionadas pelo próprio AMRJ, e feitas as revisões das redes de todo o sistema de vapor e auxiliares; foi substituído todo o sistema de energia por diesel geradores e, ainda, foram feitas a revisão da catapulta e muitas outras obras. Lembro que o Minas operou até 2003.

O São Paulo, apesar de não ter feito o PMG de final de comissão, operou plenamente de 2000 a 2012. Seu casco ainda está em perfeito estado, e seu convés de voo de dupla camada pode operar com aviões muito pesados. Mas, infelizmente, o navio teve sua baixa em 2018 e hoje repousa no cais do AMRJ, esperando seu destino final. Sinto-me de certa forma culpado por, na época, sendo eu o CEMA, não ter batalhado com afinco para que o São Paulo permanecesse na França por mais algum tempo a fim de realizar o PMG de final de operações, talvez por confiar no desempenho que ele vinha demonstrando.

P.S: na aquisição do São Paulo muitas pessoas criticaram a sua compra dizendo que o navio era uma sucata e algumas outras coisas desfavoráveis. Para contestar essas pessoas, publicamos agora um trecho do excelente artigo do almirante Luiz Edmundo Brígido Bittencourt, A Aquisição do Navio-Aeródromo São Paulo – Foi uma decisão acertada?, publicado na RMB do 4º trimestre de 2000:

“Com o novíssimo De Gaulle (de propulsão nuclear, deslocando 34.500 toneladas, 857 pés [261 metros] de comprimento, 27 nós de velocidade e 35 a 40 aeronaves) entrando em serviço com a Esquadra em 2000, optou a Marinha francesa em dar baixa no Foch, apesar de estar o navio em bom estado e atualizado (em velocidade, comunicação, sensores e armamento), capaz ainda de seus 30 nós e que representou a França no esforço da ONU/OTAN na crise do Kosovo há não mais que seis meses. Revistas francesas, como a Cols Bleus e Armées d’Aujourd’hui, só para considerar os anos de 1999 e 2000, colocaram em evidência inúmeras vezes o Foch, navio capitânia da OTAN no Adriático e em muitas outras operações e exercícios. Elas mostram, orgulhosamente, um Foch desenvolvendo alta velocidade, em plena atividade naval operativa!”

*José Alberto Accioly Fragelli é almirante-de-esquadra reformado. Foi chefe do Estado-Maior da Armada, comandante de Operações Navais, diretor-geral do Pessoal da Marinha, diretor de Hidrografia e Navegação e diretor de Ensino da Marinha. Comandou o 5º Distrito Naval, a Escola Naval, o Centro de Adestramento Almirante Marques Leão, a Fragata Liberal, o Contratorpedeiro Alagoas e o Corpo de Aspirantes e, na reserva, foi diretor-presidente da Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento do Submarino com Propulsão Nuclear.

 :arrow:  https://velhogeneral.com.br/2020/06/17/a-aquisicao-do-nae-sao-paulo/
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Red Baron em Junho 21, 2020, 05:46:38 pm
Belo barrete, ainda estou para ver quem vai pagar o seu desmantelamento. É que esta cheio de amianto.
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Vitor Santos em Junho 26, 2020, 02:38:34 am
Descomissionamento do navio-aeródromo São Paulo

(https://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2016/01/NAe-S%C3%A3o-Paulo-A12.jpg)

Citar
Em fevereiro de 2017, o então Comandante da Marinha do Brasil, almirante-de-esquadra Leal Ferreira, enviou um memorando ao então Ministro da Defesa, Raul Jungmann, a respeito das razões que levaram ao descomissionamento do A12 São Paulo.

Considerando a relevância do assunto para o Brasil e para a Marinha, transcrevemos comunicação de 14 de fevereiro de 2017 do Comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, ao ministro de Estado da Defesa, Raul Jungmann, a respeito da desmobilização do NAe São Paulo:

“O Navio-Aeródromo (NAe) São Paulo foi incorporado à Marinha em 2000, a partir de uma compra de oportunidade da Marinha Nacional da França, com os propósitos precípuos de substituir o antigo Navio-Aeródromo Ligeiro Minas Gerais, em término de vida útil, e proporcionar a evolução das operações aéreas embarcadas com o emprego dos aviões de asa fixa e propulsão a jato A-4 Skyhawk.

Apesar de já contar com 37 anos de serviço ativo no momento da aquisição, o navio cumpriu bem a sua missão nos primeiros anos em atividade pela Esquadra brasileira, possibilitando à Marinha adquirir a capacitação para operar aeronaves de alta performance embarcadas. Entretanto, seus complexos e antigos sistemas exigiram um volume financeiro de investimentos em manutenção além do que a Força dispunha, ocasionando progressivas limitações, o que culminou, em 2005, na parada do navio para um Período de Grandes Reparos.

Após diversas tentativas, sem sucesso, de recuperar a capacidade operativa do meio, o Almirantado decidiu, em 2014, desenvolver estudos técnicos para realizar um Programa de Modernização com foco na substituição do sistema de propulsão de vapor superaquecido para elétrica integrada e na substituição/modernização dos sistemas de aviação.

Lamentavelmente, os estudos de exequibilidade do referido Programa indicam um longo período para sua conclusão, aproximadamente dez anos, além de incertezas técnicas e elevados custos. São as seguintes considerações mais relevantes:

Estrutura do navio: a inspeção na parte estrutural do navio apresentou, de uma forma geral, muito bom estado, havendo a necessidade de reparos pontuais, principalmente nas seções das praças de máquinas.

Sistemas de Aviação (catapultas, aparelho de parada e elevadores): além da obsolescência, descontinuidade e falta de sobressalentes, o reparo dos sistemas de aviação exige um conhecimento muito específico e mão de obra especializada, disponível apenas no exterior, especificamente nos EUA, único país que detém o domínio total da tecnologia de catapulta. A alternativa de sua substituição esbarra na ausência de uma solução técnica, pois as catapultas disponíveis no mercado exigem um convés de voo maior que o do NAe São Paulo, e aquelas instaladas a bordo, que utilizam vapor superaquecido, não são mais fabricadas.

Sistema de Propulsão: em razão de grande número de avarias, idade avançada dos equipamentos e complexidade das normas internacionais de segurança a serem atendidas, a possibilidade de reparo do atual sistema de propulsão a vapor foi considerada de alto risco e com disponibilidade futura contestável. Sua substituição por uma planta elétrica integrada é tecnicamente exequível, porém requer um investimento muito elevado e traz consigo algumas incertezas. O Brasil ainda não domina a tecnologia envolvida. A possibilidade de substituição da atual planta de vapor superaquecido por outra com as mesmas características foi considerada inviável técnica e economicamente, uma vez que este tipo de instalação não é mais utilizado pelas Marinhas em sistemas de propulsão.

Vida útil média das aeronaves A-4 Skyhawk: a modernização em curso das aeronaves A-4 estenderá sua vida útil, em média, até 2030. Ou seja, quando a modernização do navio estiver próxima de ser concluída, suas atuais aeronaves serão desativadas, gerando a necessidade de obtenção de novas unidades compatíveis com o convés de voo do NAe São Paulo, inexistentes hoje no mercado.

Capacidade industrial, riscos e ineditismo da obra: o recente enfraquecimento da indústria naval brasileira, com reflexos observados na capacitação de pessoal e qualidade dos serviços, a complexa matriz de riscos e o ineditismo deste tipo de obra no Brasil geram lacunas muito grandes de planejamento, dificultando sobremaneira o seu correto dimensionamento e, consequentemente, a estimativa de custos.

Assim, o Almirantado concluiu que o Programa de Modernização do NAe São Paulo é inviável, decidindo pela desmobilização do meio, a ser conduzida ao longo dos próximos três anos, e propõe a V.Exa. um programa de obtenção de um novo conjunto navio-aeródromo x aeronaves, que ocupará a terceira prioridade de aquisições da Marinha, logo após o PROSUB/Programa Nuclear e o Programa de Construção das Corvetas Classe Tamandaré. O custo de aquisição do novo binômio será substancialmente menor que o de modernização do NAe São Paulo e obtenção de aeronaves compatíveis com o navio, as quais, reitero, não existem no mercado, necessitando ser desenvolvidas.

A capacidade de conduzir operações de guerra naval com emprego de aviação de asa fixa, obtida às custas de grandes investimentos e intensos treinamentos dos nossos pilotos no País e no exterior, será mantida, até o recebimento do novo navio, a partir da Base Aérea e Naval e de outras instalações de terra, bem como por meio de treinamentos com navios-aeródromo de Marinhas amigas, a exemplo do que as Marinhas do Reino Unido, da Itália e da Argentina estão realizando nos últimos anos.

Por fim, Sr. Ministro, antevendo possíveis efeitos negativos da decisão sobre a motivação de nosso pessoal, em especial os envolvidos com a atividade aérea, participo que uma campanha de comunicação social para os públicos interno e externo será lançada, com o propósito de esclarecer todos os aspectos da decisão tomada e conscientizar a sociedade brasileira da importância de mantermos a capacidade de operar aviação embarcada para garantirmos a soberania e a defesa do País.”

*Eduardo Bacellar Leal Ferreira ingressou na Marinha em 1971 na Escola Naval. Foi comandante da Marinha do Brasil de fevereiro de 2015 a janeiro de 2019.

 :arrow:  https://velhogeneral.com.br/2020/06/23/descomissionamento-do-navio-aerodromo-sao-paulo/
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Lusitan em Junho 26, 2020, 10:27:14 am
Descomissionamento do navio-aeródromo São Paulo

(https://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2016/01/NAe-S%C3%A3o-Paulo-A12.jpg)

Citar
Em fevereiro de 2017, o então Comandante da Marinha do Brasil, almirante-de-esquadra Leal Ferreira, enviou um memorando ao então Ministro da Defesa, Raul Jungmann, a respeito das razões que levaram ao descomissionamento do A12 São Paulo.

Considerando a relevância do assunto para o Brasil e para a Marinha, transcrevemos comunicação de 14 de fevereiro de 2017 do Comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, ao ministro de Estado da Defesa, Raul Jungmann, a respeito da desmobilização do NAe São Paulo:

“O Navio-Aeródromo (NAe) São Paulo foi incorporado à Marinha em 2000, a partir de uma compra de oportunidade da Marinha Nacional da França, com os propósitos precípuos de substituir o antigo Navio-Aeródromo Ligeiro Minas Gerais, em término de vida útil, e proporcionar a evolução das operações aéreas embarcadas com o emprego dos aviões de asa fixa e propulsão a jato A-4 Skyhawk.

Apesar de já contar com 37 anos de serviço ativo no momento da aquisição, o navio cumpriu bem a sua missão nos primeiros anos em atividade pela Esquadra brasileira, possibilitando à Marinha adquirir a capacitação para operar aeronaves de alta performance embarcadas. Entretanto, seus complexos e antigos sistemas exigiram um volume financeiro de investimentos em manutenção além do que a Força dispunha, ocasionando progressivas limitações, o que culminou, em 2005, na parada do navio para um Período de Grandes Reparos.

Após diversas tentativas, sem sucesso, de recuperar a capacidade operativa do meio, o Almirantado decidiu, em 2014, desenvolver estudos técnicos para realizar um Programa de Modernização com foco na substituição do sistema de propulsão de vapor superaquecido para elétrica integrada e na substituição/modernização dos sistemas de aviação.

Lamentavelmente, os estudos de exequibilidade do referido Programa indicam um longo período para sua conclusão, aproximadamente dez anos, além de incertezas técnicas e elevados custos. São as seguintes considerações mais relevantes:

Estrutura do navio: a inspeção na parte estrutural do navio apresentou, de uma forma geral, muito bom estado, havendo a necessidade de reparos pontuais, principalmente nas seções das praças de máquinas.

Sistemas de Aviação (catapultas, aparelho de parada e elevadores): além da obsolescência, descontinuidade e falta de sobressalentes, o reparo dos sistemas de aviação exige um conhecimento muito específico e mão de obra especializada, disponível apenas no exterior, especificamente nos EUA, único país que detém o domínio total da tecnologia de catapulta. A alternativa de sua substituição esbarra na ausência de uma solução técnica, pois as catapultas disponíveis no mercado exigem um convés de voo maior que o do NAe São Paulo, e aquelas instaladas a bordo, que utilizam vapor superaquecido, não são mais fabricadas.

Sistema de Propulsão: em razão de grande número de avarias, idade avançada dos equipamentos e complexidade das normas internacionais de segurança a serem atendidas, a possibilidade de reparo do atual sistema de propulsão a vapor foi considerada de alto risco e com disponibilidade futura contestável. Sua substituição por uma planta elétrica integrada é tecnicamente exequível, porém requer um investimento muito elevado e traz consigo algumas incertezas. O Brasil ainda não domina a tecnologia envolvida. A possibilidade de substituição da atual planta de vapor superaquecido por outra com as mesmas características foi considerada inviável técnica e economicamente, uma vez que este tipo de instalação não é mais utilizado pelas Marinhas em sistemas de propulsão.

Vida útil média das aeronaves A-4 Skyhawk: a modernização em curso das aeronaves A-4 estenderá sua vida útil, em média, até 2030. Ou seja, quando a modernização do navio estiver próxima de ser concluída, suas atuais aeronaves serão desativadas, gerando a necessidade de obtenção de novas unidades compatíveis com o convés de voo do NAe São Paulo, inexistentes hoje no mercado.

Capacidade industrial, riscos e ineditismo da obra: o recente enfraquecimento da indústria naval brasileira, com reflexos observados na capacitação de pessoal e qualidade dos serviços, a complexa matriz de riscos e o ineditismo deste tipo de obra no Brasil geram lacunas muito grandes de planejamento, dificultando sobremaneira o seu correto dimensionamento e, consequentemente, a estimativa de custos.

Assim, o Almirantado concluiu que o Programa de Modernização do NAe São Paulo é inviável, decidindo pela desmobilização do meio, a ser conduzida ao longo dos próximos três anos, e propõe a V.Exa. um programa de obtenção de um novo conjunto navio-aeródromo x aeronaves, que ocupará a terceira prioridade de aquisições da Marinha, logo após o PROSUB/Programa Nuclear e o Programa de Construção das Corvetas Classe Tamandaré. O custo de aquisição do novo binômio será substancialmente menor que o de modernização do NAe São Paulo e obtenção de aeronaves compatíveis com o navio, as quais, reitero, não existem no mercado, necessitando ser desenvolvidas.

A capacidade de conduzir operações de guerra naval com emprego de aviação de asa fixa, obtida às custas de grandes investimentos e intensos treinamentos dos nossos pilotos no País e no exterior, será mantida, até o recebimento do novo navio, a partir da Base Aérea e Naval e de outras instalações de terra, bem como por meio de treinamentos com navios-aeródromo de Marinhas amigas, a exemplo do que as Marinhas do Reino Unido, da Itália e da Argentina estão realizando nos últimos anos.

Por fim, Sr. Ministro, antevendo possíveis efeitos negativos da decisão sobre a motivação de nosso pessoal, em especial os envolvidos com a atividade aérea, participo que uma campanha de comunicação social para os públicos interno e externo será lançada, com o propósito de esclarecer todos os aspectos da decisão tomada e conscientizar a sociedade brasileira da importância de mantermos a capacidade de operar aviação embarcada para garantirmos a soberania e a defesa do País.”

*Eduardo Bacellar Leal Ferreira ingressou na Marinha em 1971 na Escola Naval. Foi comandante da Marinha do Brasil de fevereiro de 2015 a janeiro de 2019.

 :arrow:  https://velhogeneral.com.br/2020/06/23/descomissionamento-do-navio-aerodromo-sao-paulo/
Está a ser estudada a aquisição de algum porta-aviões novo ou em segunda mão?
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Vitor Santos em Junho 26, 2020, 08:58:48 pm
Descomissionamento do navio-aeródromo São Paulo

(https://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2016/01/NAe-S%C3%A3o-Paulo-A12.jpg)

Está a ser estudada a aquisição de algum porta-aviões novo ou em segunda mão?

Negativo. A prioridade da Marinha do Brasil é o andamento do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB  - 4 SSK e 1 SSN) e a construção em estaleiro no Brasil de quatro fragatas leves Classe Tamandaré (Classe MEKO 100).

Porta-aviões ainda é uma aspiração, porém a longo prazo.
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: mafets em Junho 27, 2020, 09:28:44 pm
Descomissionamento do navio-aeródromo São Paulo

(https://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2016/01/NAe-S%C3%A3o-Paulo-A12.jpg)

Citar
Em fevereiro de 2017, o então Comandante da Marinha do Brasil, almirante-de-esquadra Leal Ferreira, enviou um memorando ao então Ministro da Defesa, Raul Jungmann, a respeito das razões que levaram ao descomissionamento do A12 São Paulo.

Considerando a relevância do assunto para o Brasil e para a Marinha, transcrevemos comunicação de 14 de fevereiro de 2017 do Comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, ao ministro de Estado da Defesa, Raul Jungmann, a respeito da desmobilização do NAe São Paulo:

“O Navio-Aeródromo (NAe) São Paulo foi incorporado à Marinha em 2000, a partir de uma compra de oportunidade da Marinha Nacional da França, com os propósitos precípuos de substituir o antigo Navio-Aeródromo Ligeiro Minas Gerais, em término de vida útil, e proporcionar a evolução das operações aéreas embarcadas com o emprego dos aviões de asa fixa e propulsão a jato A-4 Skyhawk.

Apesar de já contar com 37 anos de serviço ativo no momento da aquisição, o navio cumpriu bem a sua missão nos primeiros anos em atividade pela Esquadra brasileira, possibilitando à Marinha adquirir a capacitação para operar aeronaves de alta performance embarcadas. Entretanto, seus complexos e antigos sistemas exigiram um volume financeiro de investimentos em manutenção além do que a Força dispunha, ocasionando progressivas limitações, o que culminou, em 2005, na parada do navio para um Período de Grandes Reparos.

Após diversas tentativas, sem sucesso, de recuperar a capacidade operativa do meio, o Almirantado decidiu, em 2014, desenvolver estudos técnicos para realizar um Programa de Modernização com foco na substituição do sistema de propulsão de vapor superaquecido para elétrica integrada e na substituição/modernização dos sistemas de aviação.

Lamentavelmente, os estudos de exequibilidade do referido Programa indicam um longo período para sua conclusão, aproximadamente dez anos, além de incertezas técnicas e elevados custos. São as seguintes considerações mais relevantes:

Estrutura do navio: a inspeção na parte estrutural do navio apresentou, de uma forma geral, muito bom estado, havendo a necessidade de reparos pontuais, principalmente nas seções das praças de máquinas.

Sistemas de Aviação (catapultas, aparelho de parada e elevadores): além da obsolescência, descontinuidade e falta de sobressalentes, o reparo dos sistemas de aviação exige um conhecimento muito específico e mão de obra especializada, disponível apenas no exterior, especificamente nos EUA, único país que detém o domínio total da tecnologia de catapulta. A alternativa de sua substituição esbarra na ausência de uma solução técnica, pois as catapultas disponíveis no mercado exigem um convés de voo maior que o do NAe São Paulo, e aquelas instaladas a bordo, que utilizam vapor superaquecido, não são mais fabricadas.

Sistema de Propulsão: em razão de grande número de avarias, idade avançada dos equipamentos e complexidade das normas internacionais de segurança a serem atendidas, a possibilidade de reparo do atual sistema de propulsão a vapor foi considerada de alto risco e com disponibilidade futura contestável. Sua substituição por uma planta elétrica integrada é tecnicamente exequível, porém requer um investimento muito elevado e traz consigo algumas incertezas. O Brasil ainda não domina a tecnologia envolvida. A possibilidade de substituição da atual planta de vapor superaquecido por outra com as mesmas características foi considerada inviável técnica e economicamente, uma vez que este tipo de instalação não é mais utilizado pelas Marinhas em sistemas de propulsão.

Vida útil média das aeronaves A-4 Skyhawk: a modernização em curso das aeronaves A-4 estenderá sua vida útil, em média, até 2030. Ou seja, quando a modernização do navio estiver próxima de ser concluída, suas atuais aeronaves serão desativadas, gerando a necessidade de obtenção de novas unidades compatíveis com o convés de voo do NAe São Paulo, inexistentes hoje no mercado.

Capacidade industrial, riscos e ineditismo da obra: o recente enfraquecimento da indústria naval brasileira, com reflexos observados na capacitação de pessoal e qualidade dos serviços, a complexa matriz de riscos e o ineditismo deste tipo de obra no Brasil geram lacunas muito grandes de planejamento, dificultando sobremaneira o seu correto dimensionamento e, consequentemente, a estimativa de custos.

Assim, o Almirantado concluiu que o Programa de Modernização do NAe São Paulo é inviável, decidindo pela desmobilização do meio, a ser conduzida ao longo dos próximos três anos, e propõe a V.Exa. um programa de obtenção de um novo conjunto navio-aeródromo x aeronaves, que ocupará a terceira prioridade de aquisições da Marinha, logo após o PROSUB/Programa Nuclear e o Programa de Construção das Corvetas Classe Tamandaré. O custo de aquisição do novo binômio será substancialmente menor que o de modernização do NAe São Paulo e obtenção de aeronaves compatíveis com o navio, as quais, reitero, não existem no mercado, necessitando ser desenvolvidas.

A capacidade de conduzir operações de guerra naval com emprego de aviação de asa fixa, obtida às custas de grandes investimentos e intensos treinamentos dos nossos pilotos no País e no exterior, será mantida, até o recebimento do novo navio, a partir da Base Aérea e Naval e de outras instalações de terra, bem como por meio de treinamentos com navios-aeródromo de Marinhas amigas, a exemplo do que as Marinhas do Reino Unido, da Itália e da Argentina estão realizando nos últimos anos.

Por fim, Sr. Ministro, antevendo possíveis efeitos negativos da decisão sobre a motivação de nosso pessoal, em especial os envolvidos com a atividade aérea, participo que uma campanha de comunicação social para os públicos interno e externo será lançada, com o propósito de esclarecer todos os aspectos da decisão tomada e conscientizar a sociedade brasileira da importância de mantermos a capacidade de operar aviação embarcada para garantirmos a soberania e a defesa do País.”

*Eduardo Bacellar Leal Ferreira ingressou na Marinha em 1971 na Escola Naval. Foi comandante da Marinha do Brasil de fevereiro de 2015 a janeiro de 2019.

 :arrow:  https://velhogeneral.com.br/2020/06/23/descomissionamento-do-navio-aerodromo-sao-paulo/
Está a ser estudada a aquisição de algum porta-aviões novo ou em segunda mão?

Foram feitos estudos para um modelo de porta-aviões como o Francês  mas convencional. Entre outros...

https://www.naval.com.br/blog/2018/02/16/exclusivo-marinha-considera-auxilio-frances-no-projeto-do-futuro-porta-avioes-brasileiro/ (https://www.naval.com.br/blog/2018/02/16/exclusivo-marinha-considera-auxilio-frances-no-projeto-do-futuro-porta-avioes-brasileiro/)

(https://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2014/10/DCNS-PRONAE-10aTBD-1111B.jpg)

https://pbrasil.wordpress.com/mudamos-para-www-planobrasil-com/projetos/mar-de-tita/projetos-mt/nivel-i-mar-profundo/projeto-posseidon/ (https://pbrasil.wordpress.com/mudamos-para-www-planobrasil-com/projetos/mar-de-tita/projetos-mt/nivel-i-mar-profundo/projeto-posseidon/)

(https://pbrasil.files.wordpress.com/2008/09/010a16posseidon.jpg)

https://www.naval.com.br/blog/2019/10/17/marinha-do-brasil-avalia-projeto-de-porta-avioes-indiano/ (https://www.naval.com.br/blog/2019/10/17/marinha-do-brasil-avalia-projeto-de-porta-avioes-indiano/)

(https://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2019/10/Indigenous-Aircraft-Carrier-IAC-1-Vikrant-2-1024x526.png)

Cumprimentos
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Lusitano89 em Março 17, 2021, 05:32:53 pm
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Lusitano89 em Abril 05, 2021, 04:52:12 pm
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Red Baron em Abril 08, 2021, 10:31:11 am
Citar
Propuesta para recuperar para la Armada turca el ex portaaviones brasileño São Paulo y embarcar en él cazas Sukhoi Su-33 Flanker

"En lugar de desmantelar el barco,  deberíamos reacondicionarlo con diferentes sistemas que sean válidos para nuestro uso y comenzar a capacitar al personal de portaaviones, orientado al futuro a partir de hoy". Es la propuesta del ex comandante de la Armada turca, contralmirante Mustafa Cihat Yayci, quien aún disfruta de una gran influencia en la institución y actúa extraoficialmente como consultor naval estratégico en varios sectores de los intereses navales turcos y sus aliados del Cercano Oriente. La nave, según lo previsto, sería desguazada en Turquía próximamente.

....

Es necesario pensar en él  (el Sao Paulo) como un material didáctico en forma de rompecabezas, desmontar, usar y vestir. Lo importante en este punto es capacitar al personal militar en esta plataforma, para ganar hábito y experiencia para sí. En las armadas se preparan simulaciones con el fin de brindar 'entrenamiento virtual', es decir, entrenamiento visual, al personal que trabajará en la cabina, en lo  que se pueda traducir al turco como cabina. Sabemos que movilizan muchas posibilidades para crearlo… Por eso, es muy importante que tengamos un portaaviones y que podamos capacitar para que estos grupos de tareas puedan realizar sus funciones de manera efectiva. Esto nos llevará años adelante en términos de nuestra experiencia con el portaaviones y las operaciones de su grupo ”, declaró el Contralmirante Mustafa Cihat Yayci , sugiriendo también “que el Sukhoi Su-33 Flanker de origen ruso sea examinado cuidadosamente como una alternativa al avión que podemos usar con este barco. El costo unitario de esta aeronave es de 60 millones de dólares, siendo un derivado del Su-27 desarrollado para uso naval ".

 ???
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 08, 2021, 10:41:40 am
Alguém explique à criatura que os SU-33 precisam de ski jump para levantarem voo de um PA...

(https://cdn-cavok.nuneshost.com/wp-content/uploads/2021/02/Su-33-ski-jump.jpg)

Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Red Baron em Abril 08, 2021, 11:08:15 am
Alguém explique à criatura que os SU-33 precisam de ski jump para levantarem voo de um PA...

(https://cdn-cavok.nuneshost.com/wp-content/uploads/2021/02/Su-33-ski-jump.jpg)

É mais fácil instalar um Ski Jump que recuperar o sistema de vapor do navio que está na sucata.
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: NVF em Abril 08, 2021, 11:09:11 am
Ainda se pode discutir que é possível efectuar as adaptações necessárias aos aviões de forma a serem catapultados. Mas acho que o problema mais premente aqui, é que as catapultas da classe Clemenceau estão limitadas a 15 toneladas, ou seja, muito aquém do peso vazio do SU-33.

Como solução temporária para criar doutrina, equipado com aeronaves tipo A-4 ou Super Étandard, até faz algum sentido, agora invenções como o SU-33 é completamente absurdo. Mesmo como solução básica, não estou a ver americanos e franceses a dar apoio, quer com aeronaves, quer em aspectos técnicos como propulsão, sistemas hidráulicos, catapultas, etc.
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: mafets em Abril 08, 2021, 03:52:56 pm
Nem os cabos de travagem aguentam um Su33.

Saudações
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 08, 2021, 05:14:54 pm
E é por isso que eu acho que esta história é tudo peta! 

- Um PA com inúmeros problema conhecidos;
- Um caça que muito maior do que os que eram usados originalmente no dito navio;
- ...
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Red Baron em Abril 08, 2021, 07:44:48 pm
E é por isso que eu acho que esta história é tudo peta! 

- Um PA com inúmeros problema conhecidos;
- Um caça que muito maior do que os que eram usados originalmente no dito navio;
- ...

A ideia é fazer como os chineses e aprender, não é ter um porta-aviões operacional.
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Vitor Santos em Abril 08, 2021, 08:07:10 pm
Isso aí é bravata dos turcos. Não há o que se aproveitar de um porta-aviões completamente desgastado da década de 60. Completamente sem sentido gastar tubos de dinheiro para reformá-lo e colocá-lo em plena operação com caças pesados e sofisticados tal como o Su-33.

O que deveria ser feito é seu completo desmantelamento.

Os turcos ganhariam e aprenderiam muito mais com o Classe Juan Carlos I, no qual eles estão construindo em um estaleiro local, do que com o velho e surrado Foch (Classe Clemenceau).

Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Red Baron em Abril 08, 2021, 11:04:18 pm
Isso aí é bravata dos turcos. Não há o que se aproveitar de um porta-aviões completamente desgastado da década de 60. Completamente sem sentido gastar tubos de dinheiro para reformá-lo e colocá-lo em plena operação com caças pesados e sofisticados tal como o Su-33.

O que deveria ser feito é seu completo desmantelamento.

Os turcos ganhariam e aprenderiam muito mais com o Classe Juan Carlos I, no qual eles estão construindo em um estaleiro local, do que com o velho e surrado Foch (Classe Clemenceau).

O Liaoning(Kuznetsov) também era sucata, mas foi muito importante para criar a doutrina de porta-aviões da China.

Lembrar que a modernização do São Paulo era apenas 1 bilhão de reais.
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: mafets em Abril 09, 2021, 10:40:10 am
Isso aí é bravata dos turcos. Não há o que se aproveitar de um porta-aviões completamente desgastado da década de 60. Completamente sem sentido gastar tubos de dinheiro para reformá-lo e colocá-lo em plena operação com caças pesados e sofisticados tal como o Su-33.

O que deveria ser feito é seu completo desmantelamento.

Os turcos ganhariam e aprenderiam muito mais com o Classe Juan Carlos I, no qual eles estão construindo em um estaleiro local, do que com o velho e surrado Foch (Classe Clemenceau).

O Liaoning(Kuznetsov) também era sucata, mas foi muito importante para criar a doutrina de porta-aviões da China.

Lembrar que a modernização do São Paulo era apenas 1 bilhão de reais.

O Varyag inacabado da classe Kuznetsov, foi o quarto de 3 Porta-Aviões adquiridos pelos Chineses com estes a não conseguiram transformar em algo operacional os três primeiros. 2 Kiev e um Majestic. Mesmo assim o Kuznetsov é considerado um cruzador que transporta aviões e o Liaoning um Porta-Aviões. Foram 10 anos a transformar com inúmeros problemas, desde os cabos à propulsão.  Existe porém algo mais fácil, que a china executou e os turcos também pode fazer. Os Chineses pegaram num Protótipo do Su naval inacabado, compraram aos ucranianos e fizeram o seu próprio avião embarcado. Mais facilmente os turcos pegavam num STOL/VTOL russo, renovavam ou retomavam o projecto, pois navio já têm.
 (https://i.pinimg.com/originals/61/53/a3/6153a396a2c6ba8eb629fa12a4ee7420.jpg)

(https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTsVf5H4-VNr6Lf5ajybo-Z0-p87z7bYYqN6Q&usqp=CAU)

O Problema do NAE  S. Paulo é que a modernização não garante a a operacionalidade. E além do valor ser elevado, o facto de poder dar buraco, acabou por deixar tudo em águas de bacalhau. Além disso existem problemas estruturais, num casco que obviamente começa a pesar na idade. Um dos acidentes foi elétrico mas o outro teve a ver com problemas nas tubagens, nomeadamente de vapor. Não estou a ver os Turcos a meterem-se nisto. Aliás, mas depressa iam desencantar os tais Yak 38 ou retomar o projeto do 141 (harrier seria mais difícil comprarem pois tem componetes americanos e dos bifes, e meterem a operar da Plataforma de Desembarque que possuem ), do que renovar aquela "sucata".

https://www.defesanet.com.br/naval/noticia/14030/Acidente-a-bordo-do-Navio-Aerodromo--Sao-Paulo-/ (https://www.defesanet.com.br/naval/noticia/14030/Acidente-a-bordo-do-Navio-Aerodromo--Sao-Paulo-/)

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-01/porta-avioes-tem-vazamento-de-oleo-e-acidente-em-caldeira-na-baia-de-guanabara (https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-01/porta-avioes-tem-vazamento-de-oleo-e-acidente-em-caldeira-na-baia-de-guanabara)

https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u109147.shtml (https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u109147.shtml)

https://www.airway.com.br/marinha-desativa-oficialmente-o-porta-avioes-sao-paulo/ (https://www.airway.com.br/marinha-desativa-oficialmente-o-porta-avioes-sao-paulo/)

(https://www.airway.com.br/wp-content/uploads/2017/02/NAe_saopaulo_06-960x640.jpg)

(https://militarywatchmagazine.com/m/articles/2018/06/23/images/image_5b2e97afd8d6d7_69854318.jpg)

https://www.naval.com.br/blog/2019/09/24/marinha-planejava-modernizar-o-nae-sao-paulo-de-2015-a-2019-e-opera-lo-ate-2039/ (https://www.naval.com.br/blog/2019/09/24/marinha-planejava-modernizar-o-nae-sao-paulo-de-2015-a-2019-e-opera-lo-ate-2039/)

Cumprimentos


Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: dc em Abril 09, 2021, 05:32:23 pm
Mas mesmo no derivado do Juan Carlos I, o que é que eles aprenderiam de doutrina? O navio vai ter cabos de travagem sequer? É que se não tiver, vão precisar de adquirir Harriers (já que F-35B estão barrados). Se não conseguirem adquirir Harriers em condições, terão um PA sem aeronaves de asa fixa, sem aeronaves de asa fixa, deixa de fazer sentido treinar a doutrina de PA, e mais vale treinar a doutrina de porta-helicópteros.

É mais uma ideia megalómana que outra coisa.
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: P44 em Agosto 04, 2022, 05:25:54 pm
https://www.naval.com.br/blog/2022/08/04/imagens-porta-avioes-sao-paulo-deixa-o-rio-de-janeiro-com-destino-a-turquia/
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Vitor Santos em Agosto 05, 2022, 03:03:37 pm
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 12, 2023, 09:51:01 pm
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 01, 2023, 03:38:26 pm
AINDA HOJE: Marinha do Brasil deve afundar porta-aviões São Paulo - Ministério Público tenta impedir


Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: P44 em Fevereiro 01, 2023, 06:31:52 pm
Passou-me de relance uma "noticia" que os sauditas se ofereceram para comprar o casco do A-12, se a encontrar depois posto aqui
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: papatango em Fevereiro 01, 2023, 06:56:27 pm
Quando o São Paulo foi comprado, eu lembro-me de ter dito que os brasileiros íam ter dores de cabeça por causa do amianto.
Na altura houve quem garantisse que o problema do amianto estava completamente resolvido e que as criticas ao porta-aviões eram, anti-brasileiras e que os portugueses tinham era inveja e que devíamos devolver o ouro ... :mrgreen:

A França viu-se livre de uma dor de cabeça quando comprou o navio.
E afundar um navio desta forma, a contaminar as águas do mar, mostra o que os brasileiros se estão a preocupara com a Amazonia Azul. Não se preocupam com a azul nem com a verde.
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 01, 2023, 09:52:38 pm
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 02, 2023, 04:12:50 pm
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: P44 em Fevereiro 02, 2023, 07:31:43 pm
Citar
#GESCNEWS

A Marinha do Brasil recusou a proposta de R$ 30 milhões da empresa Sela Trading Holding Company, da Arábia Saudita, e confirmou o plano de afundar o porta-aviões NAe São Paulo (A-12).

Após inspeção feita por técnicos da Marinha, existe um grande risco em rebocar a embarcação por causa da deterioração das condições de flutuabilidade. O laudo informou que o navio acabaria afundando voluntariamente em no máximo 4 semanas (essa inspeção tem mais de uma semana).

Para evitar uma crise, caso o navio afundasse durante o reboque em águas internacionais ou, pior, em águas de outro país, a Marinha decidiu afundar de forma controlada dentro da Zona Econômica Exclusiva brasileira.

O local escolhido fica a 350Km de distância da costa do Brasil, tem aproximadamente 5.000 metros de profundidade, é fora de áreas de proteção ambiental, não existem cabos submarinos no local e não existem projetos de obras sobre a água (como parques eólicos, por exemplo).


Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 03, 2023, 03:57:49 pm
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: P44 em Fevereiro 04, 2023, 09:47:30 am
https://tecnodefesa.com.br/marinha-do-brasil-afunda-casco-do-ex-navio-aerodromo-sao-paulo/

Já foi

Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: NVF em Fevereiro 04, 2023, 03:37:07 pm
Certamente, os nossos amigos brasileiros devem ter imensos detalhes sobre este imbróglio. Estranho todo  este silêncio.
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 04, 2023, 06:11:17 pm
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Vitor Santos em Fevereiro 04, 2023, 09:57:41 pm
Certamente, os nossos amigos brasileiros devem ter imensos detalhes sobre este imbróglio. Estranho todo  este silêncio.

 :arrow:  https://www.opex360.com/2023/02/03/la-marine-bresilienne-va-saborder-lex-porte-avions-foch/
Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: P44 em Fevereiro 05, 2023, 10:20:09 am
https://www.navalnews.com/naval-news/2023/02/brazil-sinks-ex-sao-paulo-aircraft-carrier-in-the-atlantic/

Citar
“The location for the hull’s final disposal, Guas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), 350 kilometers from the coast and with a depth of approximately 5,000 meters, was chosen based on research conducted by the Navy Hydrography Center and the Institute of Studies of the Sea Almirante Paulo Moreira. The analyses looked at aspects of navigation safety and the environment, with a focus on mitigating impacts on public health, fishing activities, and ecosystems.”


Brazilian Navy


Título: Re: Porta-Aviões Brasileiro A-12 São Paulo
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 04, 2023, 03:37:13 pm