Sintra: Tudo isso é muito bonito e você tem razão, se estiver a pensar na arma submarina com um olhar dos anos 80 e não estiver a pensar no que são os submarinos que neste momento estão a ser construidos.
Um aparte: A opção brasileira, ou de parte da marinha do Brasil por um submarino nuclear é acima de tudo politica e tem a ver com necessidade de afirmação politica internacional. E isto embora eu até reconheça a lógica da argumentação apresentada, no caso pelo Walter.
Só acho que ela não se aplica e não faz sentido no caso do Brasil, pelas características do país, pela sua posição estratégica, pela posição da costa brasileira no Atlântico na área do equador e até pelo posicionamento político do Brasil desde que foi implantada a república em 1889.Quanto aos submarinos com AIP.
O AIP em si não é evidentemente uma arma. A utilização de um submarino sofisticado como o U212 e eventualmente futuros U214 só se entende em conjunção com uma visão integrada de defesa marítima, em que o submarino é apenas um sistema numa rede integrada que funciona como se fosse uma mão com vários dedos, em que o submarino é apenas um deles.
Os sonares nos dias de hoje são extremamente sensíveis e os submarinos nucleares já não são tão invisíveis. Os enormes submarinos nucleares russos por exemplo, eram detectáveis desde que com algumas coordenadas e era possível segui-los.
O AIP, não é um sistema que sirva para o submarino atacar o que quer que seja ou para perseguir o que quer que seja. É um sistema destinado a tornar o submarino tão invisível como possível, como um dos tentáculos de um polvo que recebe ordem do centro nervoso para ficar quieto, porque os sensores no ar detectaram alguma coisa naquela área.
Não podemos olhar para a arma submarina (aliás como não podemos olhar para quase nenhuma arma) sem ser à luz das novas tecnologias e das redes de sistemas informáticos militares.
Elas transformam a realidade da II guerra mundial que chegou até à guerra fria.
E transforma-na tanto até nos Estados Unidos há vozes a afirmar que não se deveriam gastar tantos milhares de milhões em submarinos atómicos, quando outros países criam frotas temíveis com uma fracção do preço.
Cumprimentos
txi
Depois de escrever isto é que me lembrei de que este tópico é sobre F-16