Sector Agro-Alimentar

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Malagueta

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Sector Agro-Alimentar
« em: Março 23, 2012, 02:55:20 pm »
Vieira de Castro investe 25 milhões em nova fábrica no País


A empresa exporta para mais de 45 países e está a analisar a abertura de uma unidade na Europa de Leste.

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O aumento de encomendas levou a Vieira de Castro - empresa que produz várias marcas do ramo alimentar, como as bolachas Maria, as amêndoas Torra e os rebuçados Flocos de Neve - a investir 25 milhões de euros numa nova fábrica em Famalicão.

Parte deste investimento na terceira unidade fabril, destinada à produção de bolachas, começou a ser iniciado no ano passado. "Nesta altura, a primeira linha de montagem da nova fábrica já está a funcionar e vamos instalar uma segunda linha devido ao aumento dos pedidos de encomendas", avança a administradora do grupo, Ana Raquel Vieira de Castro. A nova unidade irá permitir aumentar a capacidade instalada para mais 15 mil toneladas, duplicando capacidade das outras duas fábricas da empresa, localizadas também em Famalicão.

 

Cerca de metade da produção da Vieira de Castro destina-se a exportação. O grupo vende para mais de 45 países, estimando atingir, no final deste ano, 30 milhões de euros de volume de negócios.

 

Uma das regiões estratégicas onde a empresa espera aumentar as ventas é a Europa de Leste. "É uma zona geográfica que queremos abordar activamente e poderá passar pela construção de uma unidade fabril ou por uma parceria com uma empresa local", admite Ana Raquel Vieira de Castro.

 

Presente na Sérvia e na Polónia, o crescimento das vendas da Vieira de Castro nestes mercados leva-os a estudar uma nova estratégia que passe pela criação de uma estrutura comercial e produtiva fixa. No entanto, a mesma responsável, realça que este projecto está ainda em estudo, não estando decidido qual será o país onde poderá vir a ser realizado.

 

Recentemente, a Vieira de Castro, em conjunto com quatro outras empresas nacionais, estabeleceu um escritório na Rússia. A iniciativa, realizada no âmbito do projecto empresarial Portugal Foods - do qual Ana Raquel Vieira de Castro é vice-presidente - deve-se ao reconhecimento do potencial deste mercado onde o grupo alimentar esteve presente até a crise de 1996/97.

 

Em 2011, as exportações dos produtos da Vieira - marca comercial com que actua em vários países, sobretudo asiáticos - representaram cerca de 40% dos 28 milhões de euros de volume de negócios da empresa, que não revelou os resultados anuais. Angola, seguida do Brasil, são actualmente os melhores mercados internacionais. A empresa exporta ainda para o Japão, China, Singapura, África do Sul, Cabo Verde, Alemanha e Estados Unidos. "Angola é o nosso principal mercado. No mercado formal, somos lideres com a marca Vieira de Castro, no informal trabalhamos com outra marca", revela a gestora.

 

O crescimento de vendas no mercado brasileiro leva a empresa a perspectivar que já este ano este país possa vir a ser melhor mercado externo. Muito graças ao sucesso da marca Princesa (bolachas, rebuçados e amêndoas) e que tem pouca expressão nas vendas em Portugal.

 

A Vieira de Castro, inicialmente uma confeitaria e casa de chá, foi fundada em 1943 como pequena empresa de bolos regionais e tradicionais.

 

A empresa, que tem o estatuto de PME Excelência devido ao desempenho financeiro, produz também para as marcas brancas e procura apostar na inovação. "Fomos pioneiros em Portugal na introdução do formato de doses, onde estamos no 'top'", salienta Ana Raquel Vieira de Castro. Uma situação que se deve também à experiência conseguida no Japão, "onde o sucesso das vendas está muito dependente da apresentação de produtos em pequenas doses".


2012-03-23 07:55
Elisabete Soares, Diário Económico
 

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miguelbud

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #1 em: Abril 17, 2012, 10:32:57 pm »
Empresas do sector agroalimentar conquistam mercado externo

A aposta no mercado internacional tem sido uma das estratégias para que algumas empresas portuguesas continuem a crescer, numa altura em que o mercado interno enfrenta o abrandamento económico.

Esta é uma das conclusões do painel que juntou os líderes da Sumol Compal, Sovena, Gelpeixe, Cerealis, Frulact, Imperial, Vitacress Portugal, Vieira de Castro e Ramirez no IV Congresso da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA).

O presidente do grupo Sovena, António Simões, explicou que através de "uma estratégia dual" - com marcas de qualidade e aposta na produção de marcas da distribuição - conseguiu colocar os óleos e azeites da empresa nas prateleiras de cadeias de retalho internacionais como a Walmart ou Ahold Sams.

Na Gelpeixe, de acordo com o seu presidente Manuel Tarré, o facto de ser uma empresa familiar não impediu a implementação de uma estratégia no mercado externo, onde as vendas estão a crescer a dois dígitos.

Na área dos chocolates, a administradora da Imperial, Manuela Tavares de Sousa, revelou que hoje o peso das exportações tem um peso de 21% no volume de negócios da empresa que já vende para mais de 40 países.

Na Frulact, se não tivesse sido feita a aposta na internacionalização desde 1999, o crescimento da empresa não teria ultrapassado os 900 mil euros e, eventualmente, "já teria desaparecido", admitiu o presidente do conselho de administração, João Miranda.

No final do congresso, o presidente da FIPA, Jorge Henriques, lembrou que a "indústria agroalimentar é um pilar de crescimento para Portugal".

http://economico.sapo.pt/noticias/empre ... 42744.html
 

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Lusitano89

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #2 em: Abril 25, 2012, 01:18:45 pm »
Portugal poderá ter que importar mais produtos agrícolas devido à seca


Portugal importa «30 por cento» dos produtos agrícolas que consome e este ano, «eventualmente», terá de importar mais, devido à quebra da produção nacional provocada pela seca, admitiu hoje um dirigente agrícola. De acordo com a balança portuguesa de pagamentos nos produtos agrícolas, «somos auto-suficientes em 70 por cento e ainda importamos 30 por cento do que consumimos, o que é bastante», disse Castro e Brito, presidente da ACOS - Agricultores do Sul, entidade organizadora da maior feira agropecuária do sul do país, a Ovibeja.

Devido à seca, que afecta o país, haverá uma «quebra na produção» agrícola, «pelo menos no sector dos cereais e na produção de gado» e, «eventualmente, um aumento de importações», admitiu.

Segundo Castro e Brito, Portugal tem «todas as possibilidades de atingir a auto-suficiência» em termos de produtos agrícolas e «até de produzir um excesso para exportação».

O Alentejo, «com o novo regadio», é a região que «tem mais possibilidades de contribuir para a auto-suficiência» de Portugal em termos de produtos agrícolas, mas, para tal, «é muito importante que seja concluído o regadio de Alqueva», frisou.

Neste momento, Alqueva «é o factor principal para aumentarmos a produção» agrícola no Alentejo, como aconteceu nos sectores do vinho e do azeite, que «são os principais produtos já exportados».

O Alentejo é a região portuguesa que «mais exporta» vinho e azeite e, neste momento, estão a desenvolver-se outros sectores, como o das agro-industriais e do milho de regadio, sublinhou.

«Assim haja água, porque estes produtos requerem grandes quantidades de água», disse, frisando: «Venha a água, porque os solos e o clima do Alentejo são os melhores do mundo para fazer agricultura. O problema é a água».

Neste sentido, Castro e Brito garantiu que a ACOS «vai continuar a lutar» pela conclusão do projecto global de Alqueva, referindo que «seria um erro histórico» parar ou não concluir o projecto na íntegra.

Há «muitos» investimentos em projectos de regadio em explorações agrícolas no Alentejo, que foram co-financiados com fundos comunitários e só avançaram no terreno devido «à promessa de que a água de Alqueva chegaria em 2013», sublinhou.

Os projectos, que, actualmente, são regados com recurso a furos e charcas, «não são viáveis sem a água de Alqueva», avisou, referindo que os agricultores «estão à espera e os prejuízos serão enormes senão chegar a água de Alqueva às explorações».

Castro e Brito falava à Lusa a propósito da 29.ª Ovibeja, que arranca sexta-feira e vai decorrer até terça-feira no Parque de Feiras e Exposições de Beja sob o tema «+ Produção».

O tema deste ano é «sem dúvida» um apelo para os agricultores produzirem mais e «para que o Estado cumpra o que prometeu: finalizar o regadio de Alqueva», porque no Alentejo «precisamos de água para produzir mais», disse.

Lusa
 

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #3 em: Maio 29, 2012, 02:00:16 pm »
Dos hambúrgueres às novas empadas do ‘chef’ Avillez
Carla Castro  
28/05/12 07:50
 
.Os hambúrgueres da H3 já chegaram ao Brasil e os três sócios abriram um negócio novo: as empadarias do ‘chef’.

Conhecidos pelos hambúrgueres ‘gourmet', os três sócios da H3 passaram agora para o negócio do ‘fast food' das empadas. Mas não são umas empadas quaisquer: são feitas com receitas do ‘chef' José Avillez e garantem a continuação da aposta no segmento de topo: empadas de cozido, alheira com ovos estrelados, farinheira, entre outros sabores tipicamente lusitanos. "As empadarias do ‘chef' já estão nos centros comerciais Colombo, Campo Pequeno e Amoreiras Plaza. E vamos abrir mais oito a nove lojas até ao final do ano", revela António Carvalho Araújo, um dos três sócios da h3, , ao Diário Económico.

Os três amigos, Albano Homem de Melo (ex-publicitário), Miguel van Uden (ex-mediador imobiliário) e António Carvalho Araújo (ex-advogado) eram já proprietários do restaurante Café 3, no Tivoli Fórum,quando decidiram lançar, em 2007, a nova marca de hambúrgueres nos centros comerciais.

Passados cinco anos, têm 40 lojas em Portugal, duas em Madrid (em regime de ‘franchising) e já abriram duas no Brasil, mas há muito outros planos em perspectiva. "Há muito para fazer no Brasil. Temos cinco lojas em obra para abrir no próximo mês e meio e queremos acabar o ano com dez ou 11 lojas em São Paulo e talvez entrar em Salvador da Baía. Em 2013, vamos para o Rio de Janeiro", adianta António Carvalho Araújo.

Enquanto internacionalizavam o negócio, os três sócios já pensavam noutro, porque ser empreendedor significa nunca parar de empreender, mesmo depois do sucesso. Por isso, continuam a pensar noutras marcas, sem revelar para já quais são
 

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #4 em: Agosto 09, 2012, 07:00:59 pm »
Açúcar em risco de faltar


As refinarias portuguesas estão em risco de ruptura e receiam que possa ter de ser feito um novo racionamento de açúcar no país, dado à falta crescente do produto.
A emblemática fábrica Pastéis de Belém e a confeitaria artesanal Arcádia, por exemplo, garantem que estão atentas ao problema. E admitem que caso a situação se agrave pode ter impacto na produção e também no preço dos produtos. «Para tentar contornar o problema e evitar prejuízos num possível racionamento, temos mais de um fornecedor», diz ao SOL Miguel Clarinha, um dos gerentes dos Pastéis de Belém. Já a gigante Nestlé, por seu lado, adianta que tem stocks suficientes até 2013, para resistir a uma eventual crise.

Certo é que João Pereira, Presidente do Conselho de Administração da Refinarias de Açúcar Reunidas (uma das três que existem no país) tem vindo a alertar para a difícil situação em que vive o sector. «O açúcar está mal encaminhado em termos de quantidade e no mau caminho em termos financeiros», avisa João Pereira, lembrando que este cenário resulta do facto de a Comissão Europeia (CE) – para proteger a indústria de beterraba – apenas autorizar as refinarias europeias a aprovisionar-se sem pagamento de tarifas em certos países sub-desenvolvidos (preferenciais), não tendo estes matéria-prima suficiente. «Muitas vezes temos que recorrer ao Brasil para ter acesso a quantidades suplementares de açúcar e chegamos a pagar 500 euros por cada tonelada acima da quota. É insustentável», diz.

A gravidade da situação das refinarias nacionais levou, aliás, a que os eurodeputados portugueses integrassem um grupo de trabalho para encontrar soluções imediatas. Mas as ‘negociações’ com o comissário europeu da Agricultura estão a ser difíceis. «Mostrou abertura para fazer uma reunião, mas adoptou uma postura muito cautelosa em relação à alteração de tarifas», adiantou ao SOL o eurodeputado Capoulas Santos.

As refinarias garantem contudo que, se a CE não aceitar as alterações, o sector ( responsável por mais de 80% do açúcar branco no mercado nacional) entra em colapso. Do gabinete da ministra da Agricultora vem a garantia de que Assunção Cristas está a acompanhar o caso e que o Governo está, no seio da UE, a «pressionar para que as refinarias possam ter abastecimento regular a preços competitivos».

SOL
 

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #5 em: Setembro 06, 2012, 06:42:36 pm »
Regresso à tracção animal na agricultura para poupar dinheiro em combustível


O aumento do preço dos combustíveis está a obrigar alguns agricultores transmontanos a optarem pelo regresso à tracção animal, relataram hoje à Lusa alguns profissionais do setor. «Todos sabemos que os combustíveis estão cada vez mais caros. Os burros, depois de ensinados, são um bom auxiliar para os trabalhos no campo, o que ajuda a poupar nos gastos com o gasóleo», disse Artur Gomes, um agricultor do concelho de Miranda do Douro, com vários anos de actividade.

Animais como os burros desempenham várias tarefas na agricultura, como lavrar, puxar a carroça, transportar pessoas e ferramentas para os campos, entre outras utilidades, o que leva os seus proprietários a afirmarem que «cada vez mais compensa trabalhar com eles», já que são «dóceis e de fácil maneio».

«Tenho duas burras de raça mirandesa que estão habituadas aos trabalhos do campo. São animais que me ajudam nas tarefas da lavoura e isso reflecte-se em menor gastos na aquisição de combustível para o tractor», acrescentou.

Também Iria Gomes, uma agricultora e proprietária de quatro burros de raça mirandesa, residente na pequena aldeia mirandesa de Paradela, garante que com os seus animais lavra a vinha, arranca as batatas e planta couves. Para além destas tarefas, os animais acabam por se revelar uma companhia diária.

«Por vezes, estes animais chegam aonde não vão os tractores e sempre fica mais barato que utilizar outros equipamentos motorizados que são mais caros», frisou.

Por seu lado, Amâncio Fernandes, agricultor em Vimioso há mais de 30 anos, garante que adquiriu um cavalo para se deslocar às suas propriedades.

Estas foram algumas das ideias deixadas à margem da secular Feira de Gado Asinino, que hoje decorreu no Santuário da Senhora do Naso, situado na Póvoa (Miranda do Douro), um certame que juntou cerca de meia centena de proprietários de burros mirandeses, uma raça autóctone com o solar circunscrito à região do planalto mirandês.

Já o secretário técnico da Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA), Miguel Nóvoa, é da opinião que a utilização da tracção animal é útil e que os jovens agricultores deveriam reconhecer o valor dos animais nas tarefas agrícolas.

«Quem tiver um burro na sua exploração está salvaguardado de despesas acrescidas com máquinas agrícolas e combustíveis», destacou o técnico.

Lusa
 

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miguelbud

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #6 em: Setembro 13, 2012, 12:20:08 pm »
Empresa que produz cogumelos cria 150 empregos

Uma empresa de produção de cogumelos prevê criar até 2013, através da formação de uma unidade agroindustrial no Parque Empresarial de Chaves, 150 postos de trabalho, disse à Lusa fonte da firma.

Além dos cogumelos, a empresa, que ficará num terreno com uma área aproximada de 100.000 metros quadrados, tenciona produzir produtos frescos, nomeadamente frutos vermelhos, como framboesas ou mirtilos.

Anualmente, a unidade agroindustrial prevê produzir 6.500 quilos de cogumelos para o mercado nacional e internacional, sobretudo Espanha.

A empresa, sem avançar os valores do investimento, referiu que o projeto deverá arrancar ainda este ano, será posto em prática de forma faseada e terá 40 unidades de produção (sub-empresas).

Um dos objetivos, explicou a fonte, é associar pequenos produtores ao projeto e reanimar, desta forma, a agricultura e os produtos da região.

A empresa irá disponibilizar aos jovens empreendedores interessados em explorar a fileira dos cogumelos a possibilidade de criar uma «sub-empresa» disponibilizando-lhes uma unidade de produção, trufas, formação especializada, escoamento do produto e certificação exigida pelos mercados.

A unidade agroindustrial terá um centro logístico que dará apoio à produção e gestão das unidades associadas, ajuda técnica especializada a todos os equipamentos e disponibilização de utensílios para uso comum.

Para além disso, fará a receção, controlo de qualidade, arrefecimento, embalamento e armazenamento em câmaras frigoríficas dos produtos entregues pelas diferentes unidades de produção.

Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da Câmara de Chaves, António Cabeleira, referiu que esta iniciativa é uma «excelente» forma de criar emprego numa região desfavorecida, estimular jovens empresários e desenvolver a região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

O edil salientou ainda que a empresa impulsionará a dinamização, renovação e promoção do tecido empresarial agrícola local.

A autarquia, disse, pretende ceder à empresa, de forma gratuita, o direito de construir, pelo que a minuta do contrato da promessa de constituição de direito de superfície foi aprovada em reunião de câmara e deverá ser debatida na próxima Assembleia Municipal.

O projeto é comparticipado por fundos comunitários do Programa de Desenvolvimento Rural.

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/emp ... -1728.html
 

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #7 em: Novembro 21, 2012, 01:06:18 pm »
Syngenta e Unicer apoiam produção de cevada para malte
Em 2012 o projecto MaltingUP aumentou a rentabilidade da cevada dística em 46%. Agricultores receberam majoração de 90€/hectare.
Unicer quer comprar até 40 mil toneladas de cevada em Portugal dentro de dois anos.


 
 

A Syngenta participou, a 9 de Novembro, no IX Encontro Maltibérica Produtores de Cevada, em Beja, onde apresentou os resultados do primeiro ano do MaltingUP, uma oferta criada em parceria com a Maltibérica para proporcionar aos agricultores portugueses mais e melhor produção de cevada para a indústria cervejeira nacional.

A Syngenta associa-se à Maltibérica, e ao seu accionista maioritário, a Unicer, no objectivo de aumentar a área de cevada contratada em Portugal em 20% a 30%. "Esperamos conseguir contratar pelo menos 20 mil toneladas de cevada dística em Portugal, no próximo ano, através deste programa de apoios e incentivos à produção nacional. Gostaríamos de dentro de dois a três anos comprar 40 mil toneladas de cevada dística em Portugal", disse António Pires de Lima, presidente da Unicer. O investimento total desta empresa cervejeira na compra da cevada para malte em Portugal, este ano, ascendeu a 2,7 milhões de euros.

Em 2012 aderiram ao MaltingUP 15 agricultores, com uma área de 500 hectares de cevada dística, no Alentejo, Montijo e Coruche. Os agricultores aderentes receberam um rendimento extra de 90€/hectare, aumentando a rentabilidade da cultura em 46%, mesmo num ano agrícola especialmente adverso, devido à seca que assolou o país.

"A cultura da cevada dística é sustentável, mas é preciso dar o salto no aumento da produtividade. O nosso objectivo é dar resposta a esse desafio, olhando o sector do ponto de vista do agricultor e usando todas as tecnologias à nossa disposição para o apoiar, na tomada de decisão da cultura, no campo e no acesso ao mercado. O MaltingUP nasce com o intuito de unir a indústria com o agricultor e é uma das soluções mais inovadoras do mercado", afirmou Madalena Albuquerque, responsável de culturas extensivas da Syngenta para Portugal e Espanha.

A ambição da Syngenta é englobar 4.000 hectares de cevada dística no programa MaltingUP, nos próximos dois anos, e vir a cobrir a totalidade da cevada contratada pela Maltibérica em Portugal. Recorde-se que este ano a Maltibérica contratou 5.500 hectares (12.200 toneladas) em Portugal, com uma produtividade de 2.600 kg/hectare de "qualidade muito boa", revelou Patrícia Cotrim, gestora de projectos da Maltibérica.

Patrícia Cotrim sublinhou ainda que "para nós é fundamental o uso de semente de qualidade e certificada" e elogiou a parceria: "correu muito bem, fruto do apoio técnico prestado pela Syngenta. Esperemos que no próximo ano o MaltingUP volte a ser uma mais-valia". Na lista de quatro variedades de cevada recomendadas pela Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja para a próxima campanha, duas - Pewter, Publican - são da Syngenta.

Os agricultores que aderiram ao MaltingUP testemunham a satisfação com o protocolo. "Permitiu ter condições mais vantajosas na compra de factores de produção, o que levou a um aumento da competitividade da cultura. O apoio técnico da Syngenta e da Maltibérica permite adequar o maneio da cultura, dando-lhe o que precisa", afirmou Bernardo Albino, agricultor que produziu 55 hectares de cevada dística no Alentejo e que é também o presidente da Anpoc (Associação Nacional dos Produtores de Cereais).

João Banza, agricultor de referência no Alentejo, destaca a "boa ajuda técnica da equipa Syngenta", porque "ter alguém a aconselhar no seguimento da cultura e ouvir opiniões de quem acompanha outros agricultores é proveitoso para ambas as partes" e diz-se satisfeito com a majoração conseguida - 86€ líquidos por hectare - através do MaltingUP, nos 70 hectares de cevada que produziu em Ferreira do Alentejo.

Na próxima campanha o MaltingUP será ainda mais inovador. Madalena Albuquerque anunciou que "vamos ter maior flexibilidade, adaptar-nos às necessidade em campo, para que o agricultor possa seleccionar a opção (de aquisição de sementes e produtos fitofarmacêuticos Syngenta) de acordo com a situação climatérica, dando-lhe a opção de escolher o que encaixa melhor no seu ciclo de cultura".
 

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #8 em: Novembro 21, 2012, 01:15:52 pm »
O responsável da Exposalão Batalha, onde decorre uma feira internacional de promoção no mercado externo de produtos alimentares portugueses, estimou hoje em 4 mil milhões de euros a contribuição do setor agroalimentar para as exportações nacionais em 2011.

"Se a economia está bem nas exportações, temos de especificar o que está bem. O setor agroalimentar [frutas, legumes, enchidos, queijos, vinhos, carne, doçaria, entre outros] exportou em 2011 cerca de 4 mil milhões de euros e representa mais de 60 por cento de mão-de-obra", disse hoje à agência Lusa José Frazão, no dia de abertura da primeira edição da Intergal, que decorre até sábado.

As 80 empresas expositoras estão presentes "por conta própria" e a Exposalão assume os custos das deslocações de Lisboa à Batalha e estadia dos visitantes e potencias clientes estrangeiros - 60 empresas de 20 países, como os Emirados Árabes Unidos, China ou Japão, entre outros.

Exportar para fora da Europa


"Temos de alargar o mais possível o mercado para fora da Europa, temos chineses interessados na carne portuguesa, por exemplo", disse José Frazão, embora na Intergal também existam clientes europeus de países como a Inglaterra, França, Suíça, Alemanha, Luxemburgo, Bélgica e Holanda, locais onde existem empresas "detidas por portugueses que importam produtos nacionais".

O responsável do centro de exposições da Batalha assinalou ainda que a AICEP (Agência para o Desenvolvimento e Comércio Externo de Portugal) contribui "em larga medida" com ações de divulgação da feira, embora José Frazão lamente a "baixa participação" de empresários portugueses, concretamente de micro e pequenas empresas, em iniciativas de formação que aquele organismo realiza.

"Por vezes o proprietário é o pilar da empresa, são empresas muito pequenas, com cinco a dez empregados, se ele sair é difícil manter a produção", frisou.

Apostar na estratégia de vendas


Por outro lado, defendeu que Portugal "tem de deixar a cultura do produto" para se concentrar na "cultura" das vendas. "A Coca-Cola é 76 por cento publicidade e comunicação e o resto produto. Em Portugal uma empresa abre e quer começar logo a faturar, era importante mudar esta ideia", alegou.

Para José Frazão mais do que a necessidade de "fazer para ter" é preciso "vender para depois mandar fazer" o produto. "Temos de mudar a forma de atuar: não vale a pena ter a casa cheia de produto que depois é escoado por qualquer preço, quando temos é de apostar em amostras, ir vender primeiro, cativar clientes e depois produzir", defendeu.

Frisou ainda que os empresários portugueses "têm de apostar mais" em parcerias dentro do mesmo setor: "se se juntar um bom produto a um bom vendedor ficam ricos num instante", ilustrou



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/agroalimentar-e ... z2CrY6pt1Q
 

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Lusitano89

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #9 em: Janeiro 14, 2013, 09:15:58 pm »
Ovo estrelado instantâneo vai ser primeira patente portuguesa no sector dos ovos


Um ovo estrelado instantâneo, produzido por uma máquina ainda em protótipo, será a primeira patente portuguesa no setor dos ovos, disse hoje o administrador do grupo Derovo, líder do projeto.

O protótipo funcional para a produção em contínuo de ovos estrelados, desenvolvido ao longo de quatro anos, foi hoje apresentado, em Pombal, à ministra da Agricultura Assunção Cristas, e os promotores do projeto «Egg Ready» garantem que o produto, que é depois embalado individualmente, está pronto a ser consumido como um ovo estrelado normal, após ser aquecido num forno micro-ondas.
 
«Vai ser uma patente da primeira tecnologia portuguesa para o setor dos ovos, dominada por alemães e holandeses», disse Amândio Santos, administrador executivo da Derovo.
 
Assunção Cristas assistiu à produção dos ovos estrelados que saíam de uma máquina, com a cadência de 100 ovos por hora, idealizada pelo Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade do Minho e construída pela firma Valinox, parceiros no projeto.
 
«Até no ovo estrelado é possível inovar, não há limites à nossa imaginação», frisou Assunção Cristas perante as explicações do funcionamento da máquina.
 
A ministra considerou que o ovo estrelado «é altamente nutritivo», possuindo «todas» as proteínas diárias necessárias e, no caso do projeto do grupo Derovo sem «o problema do colesterol» por não ter gordura na sua confeção.
 
O gestor confirmou que o ovo «não leva gordura» e que é feito em três fases, variando o tempo de permanência na máquina «consoante se pretende a gema mais cozida ou mais líquida».
 
Amândio Santos apontou os mercados muçulmanos como estando «ávidos» por um produto desta natureza.
 
«É a grande aposta através do ovo congelado, a Fly Emirates (companhia de aviação) vai ser o primeiro cliente de catering deste produto», revelou.
 
O responsável destacou ainda a colaboração entre a Universidade do Minho e a empresa, frisando que «cada vez mais» as empresas têm dificuldades em alocar recursos financeiros às áreas da inovação.
 
«As universidades perceberam as necessidades das empresas e as empresas a linguagem das universidades. Hoje está criada uma relação de parceria perfeitamente possível para potenciar a inovação das empresas sem um custo demasiado elevado», frisou o empresário.
 
Já António Vicente, docente da Universidade do Minho, explicou que a instituição estudou duas vertentes do projeto: por um lado o processo de conservação do ovo e, por outro, a construção da máquina que o iria processar.
 
«A ideia era produzir, em contínuo, ovos estrelados que depois possam ser embalados, guardados durante um tempo razoável [três semanas em fresco e 18 meses em congelado] que permita a sua exportação e o consumo na hotelaria, restauração e serviços de catering», explicou.
 
O professor do Departamento de Engenharia Biológica frisou que tiveram de ser estudadas temperaturas, tempos, formas de embalamento e a maneira de preservar o ovo «e garantir que teria a sua qualidade intacta» até ao final do processo.
 
Leonel Conceição, diretor de produção da Derovo, frisou que o projeto teve um custo de cerca de 300 mil euros e avançou depois de várias empresas clientes do grupo pedirem «uma solução» para eliminarem a presença de ovos com casca nas suas cozinhas, por uma questão de higiene e segurança alimentar.
 
O próximo passo é projetar um equipamento, até final de 2013, «uma vez que o protótipo funciona lindamente» ao nível de produção em massa à escala industrial, que tem um custo estimado de cerca de meio milhão de euros.

Lusa
 

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Cabecinhas

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #10 em: Janeiro 14, 2013, 10:15:21 pm »
Mas porquê "Egg Ready" e não "Ovo na hora!"... OSGASSE!
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Cabeça de Martelo

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #11 em: Janeiro 31, 2013, 02:50:34 pm »
Felizmente temos tomates!

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Tomate transformado: Portugal sobe ao quarto lugar e assume-se como exportador mundial

O tomate transformado é uma das novas facetas de Portugal, que já é o quarto maior do mundo. A nível internacional, o produto nacional deixou para trás a Espanha, quinta posicionada, enquanto a Turquia, sexto maior exportador, já está a grande distância.
O tomate transformado – em pasta, molho ou ketchup – que é produzido em Portugal é quase todo (95 por cento) vendido no mercado internacional. O país foi o quarto maior exportador internacional no ano passado, superando a Espanha e deixando já a larga distância a Turquia.
Em 2012, Portugal produziu mais de 1,2 milhões de toneladas de tomate processado, num valor comercial superior a 250 milhões de euros, e movimentou 19,8 por cento do total europeu: dentro do continente, só a Itália exporta mais do que nós. Portugal é mesmo o único país que exporta a quase totalidade da produção.
A Europa é, também, o principal cliente do tomate transformado português. Cerca de 136 mil toneladas seguem para o Reino Unido, em especial, Espanha, Holanda e Alemanha. O Japão, sozinho, absorve cerca de 10 por cento da produção nacional, enquanto Kuwait, Rússia e Austrália compram cerca de 7500 toneladas.
Os analistas acreditam que os principais fatores para este sucesso residem na aposta na inovação e na tecnologia.

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7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lusitano89

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #12 em: Fevereiro 09, 2013, 09:40:17 pm »
Investigadores de Peniche querem maçã descascada mais tempo sem oxidar


Investigadores do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) estão a estudar como as embalagens de maçã descascada e fatiada poderão manter-se mais tempo no mercado sem oxidar, uma solução que permitirá também aumentar os lucros da indústria. Susana Silva, docente responsável pelo projecto na Escola Superior de Tecnologia do Mar de Peniche, que faz parte do IPL, explicou à agência Lusa que "estão a ser testados polissacáridos de origem marinha, extraídos de algas, e substâncias ativas que permitem manter propriedades como a cor ou o aspecto".

A solução está a ser estudada na maçã de Alcobaça, fruta vendida descascada e fatiada dentro de embalagens pela empresa Campotec, em Torres Vedras.

Jorge Soares, administrador da indústria alimentar do ramo hortofrutícola, explicou que a maçã fatiada tem um prazo de apenas 12 dias para ser consumida e, com esta solução tecnológica, "o objectivo é aumentar essa validade".

A empresa pretende também combater a produção excedentária, visto que 10% acaba por não ser consumida devido aos apertados prazos de validade, e tirar mais-valias financeiras de um produto que está a ter elevada procura.

"É possível, num prazo de três anos, duplicar a quantidade produzida, porque se o prazo de validade for alargado conseguimos chegar ao mercado das máquinas de venda de produtos", afirmou.

No mercado há cinco anos, as embalagens de maçã fatiada passaram a integrar os menus da cadeira alimentar McDonalds e são já dos principais produtos processados na empresa de Torres Vedras, constituindo uma gama que representa um terço da sua facturação, cerca de seis milhões de euros anuais.

A Campotec recebe por ano 100 mil toneladas de maçã e coloca no mercado 700 mil embalagens da fruta, depois de processada.

Com a solução tecnológica, espera criar outros produtos, como saladas de fruta, e aplicá-la, por exemplo, à pera.

A empresa está a investir dois milhões de euros na remodelação do sistema de conservação da fruta em frio para um sistema inovador e na ampliação da linha de processamento de produtos. Fatura por ano 18 milhões de euros e emprega 160 trabalhadores.

O projecto de investigação termina no final deste ano e conta com financiamento atribuído no âmbito do Proder (Programa de Desenvolvimento Rural).

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #13 em: Fevereiro 17, 2013, 02:24:16 pm »
Fruticultores sabem se a fruta está madura pelo telemóvel


Uma aplicação para telemóveis, desenvolvida no Parque Tecnológico de Óbidos, vai permitir aos fruticultores saberem quando a fruta está suficientemente madura para ser colhida e evitar um desperdício de cinco por cento em cada lote de frutos para comercialização.

A aplicação, denominada "ultracarpo", baseia-se na acopulação de "um dispositivo de ultrassons ao telemóvel (smartphone), ligado a uma espécie de pinça que, quando encostada ao fruto, emite informações sobre os níveis de açúcar que permitem identificar com precisão em que fase de maturação se encontra", explicou à agência Lusa o mentor do projeto, Ricardo Cardoso.

A ideia "surgiu quase de uma conversa de café com um engenheiro agrónomo" e pretende pôr fim "às condicionantes com que os produtores hoje se deparam", já que, "para avaliar a maturação o fruto tem que ser espetado com uma sonda, um processo sujo, que não dá informações precisas e que conduz ao desperdício".

O responsável considerou que "muitas vezes a fruta é apanhada mais cedo do que devia, para aguentar o tempo de armazenamento em câmaras frigoríficas e nas prateleiras dos supermercados" e por outro lado "cerca de 5% de cada lote de fruta perde-se neste processo de espetar a sonda".

Um método que poderá ter os dias contados a partir do segundo semestre deste ano, ocasião em que Ricardo Cardoso pensa ter o ultracarpo "testado e a funcionar".

O protótipo está a ser desenvolvido pela Impactwave, uma empresa da incubadora do Parque Tecnológico de Óbidos e, para além do estado de maturação permitirá "calcular automaticamente o calibre do fruto e fazer um registo de informação em que produtor poderá fornecer aos clientes uma ficha técnica do fruto, desde a floração até à comercialização", sublinhou.

Um registo que, no caso das grandes superfícies "poderá contribuir também para diminuir as perdas que agora se verificam quando a fruta fica madura demais nas prateleiras e já não é vendida".

O projeto recebeu já dois prémios no Concurso de Empreendedorismo Arrisca C (atribuídos pela Sonae e pela incubadora do Instituto Politécnico de Leiria) e está a despertar o interesse dos produtores que disponibilizaram matéria prima e instalações para testar o equipamento.

A empresa está igualmente a desenvolver contactos com "potenciais investidores no sentido de conseguir produzir em quantidade para colocar o produto no mercado a preços acessíveis".

O ultracarpo será, numa primeira fase, utilizado apenas na maçã, pêra, pêssego, ameixa, tomate e uva, mas Ricardo Cardoso pretende avançar para "a conceção de uma pinça de maiores dimensões que permita verificar a maturação de frutos maiores, como o melão ou melancia".

Dependendo do sucesso da aplicação, a empresa admite que o ultracarpo possa ser "otimizado de forma a poder ser usado pelo consumidor final, facilmente, no supermercado, para avaliar se a fruta está no ponto de maturação que aprecia".

Este é o primeiro projeto ligado à agricultura desenvolvido pela empresa que opera na área das novas tecnologias e fornece soluções ao nível da programação, internet e aplicações interativas para telefones e computadores.

Lusa
 

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miguelbud

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Re: Sector Agro-Alimentar
« Responder #14 em: Março 28, 2013, 08:53:29 pm »
Sugalidal no topo da indústria europeia de tomate

A Sugalidal, 100% detida por capitais nacionais, é uma das maiores empresas agro-industriais do País, com um volume de negócios superior a 100 milhões de euros e exportações na casa dos 90%, nomeadamente para Europa e Ásia.

Trata-se de um caso de sucesso empresarial e é uma das maiores produtoras de tomate a nível europeu que compete em mercados exigentes como o inglês, holandês, alemão, nipónico, espanhol, russo, francês entre muitos outros.

O grupo comercializa a marca Guloso e fornece todas as grandes empresas produtoras de molhos à base de tomate, de sumos e também empresas produtoras de pizzas frescas ou congeladas, como a Heinz, Dr. Oetker e Panzani.

Mas todas estas conquistas não foram fáceis de alcançar, como reconhece António Jorge, presidente da ‘holding ‘Sogepoc, que detém a Sugalidal. Sobre a estratégia da empresa para os próximos anos, o gestor coloca o acento tónico na qualidade dos produtos que comercializa pois o "nosso mercado caracteriza-se pela globalização, onde a concorrência é cada vez mais feroz", justifica ao Diário Económico.

A aposta da empresa passa pela diferenciação, que considera ser fundamental, mas o empresário reconhece que "por vezes não é suficiente". E explica que os consumidores procuram hoje conjugar qualidade com preços mais baixos.

"Temos de lutar com o facto de termos factores de produção muito importantes que são incomparavelmente mais caros no nosso país." O gestor não hesita colocar à cabeça os custos energéticos: "O factor energético teve o maior impacto negativo no nosso aumento de custos da empresa." O empresário considera que os custos do trabalho não são, neste momento, um problema para a competitividade das empresas. "É fundamental apostar na competitividade das nossas matérias-primas e das indústrias que as utilizam. Num mercado global só subsiste quem aposta na eficiência e na competitividade", enfatiza.

Quanto à actual crise económica e financeira e as possíveis consequências nos padrões de consumo, o empresário não deixa de mencionar a preferências por "produtos básicos, e dentro destes os produtos básicos de tomate (polpas, coulis, passatas, triturado). Acrescenta ainda que "se verifica o crescimento das refeições em casa, o que associado é menor disponibilidade de tempo da sociedade moderna, leva à maior procura soluções rápidas". E quanto ao reflexo na facturação da empresa é categórico em afirmar que estima um "crescimento geral, nos próximos ano, das categorias baseadas em tomate".
http://economico.sapo.pt/noticias/sugal ... 65837.html