Tecnologia Portuguesa

  • 624 Respostas
  • 194500 Visualizações
*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #75 em: Janeiro 30, 2008, 12:38:47 pm »
Tecnologia: Lucros da ParaRede multiplicaram-se por mais de cinco em 2007

Citar
Lisboa, 30 Jan (Lusa) - Os lucros da ParaRede mais do que quintuplicaram em 2007, crescendo 419 por cento e atingindo 1,613 milhões de euros, anunciou hoje a empresa tecnológica portuguesa.

Em comunicado publicado no site da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a ParaRede anuncia que o seu volume de negócios cresceu 13 por cento no ano passado, para 58,45 milhões de euros, e os resultados operacionais brutos (EBITDA) aumentaram 82 por cento, para 3,27 milhões de euros.

A margem EBITDA (resultados operacionais brutos sobre volume de negócios) aumentou de 3,5 por cento em 2006 para 5,6 por cento no ano passado.

A ParaRede indica que a actividade das empresas adquiridas em 2007 foi integrada nas áreas de negócio já existentes no grupo, observando que a Sol-S e a Solsuni reforçaram as áreas de integração de infra-estruturas e suporte multivendor, permitindo a presença imediata em Angola através da SolService Angola.

Acrescenta que a ByteCode fortaleceu as áreas de outsourcing (subcontratação de serviços) e de arquitectura de desenvolvimento, enquanto a SBO, reforçou a área de outsourcing de processos, permanecendo como uma empresa autónoma dentro do grupo.

A ParaRede recorda que no terceiro trimestre alienou 51 por cento do capital social da ParaRede Netpeople à empresa Multipessoal.

A ParaRede indica que os seus custos financeiros subiram cerca de meio milhão de euros em 2007, sendo 300 mil resultantes do aumento substancial do passivo decorrente da aquisição da Sol-S e Solsuni e 200 mil resultado do agravamento da taxa Euribor em cerca de 1 ponto percentual ao longo do ano.

O passivo do grupo aumentou de 33,004 milhões de euros no final de 2006 para 44,816 milhões de euros no fim do ano passado, do qual 14,586 milhões de euros correspondente a empréstimos (13,322 milhões de euros no fim de 2006).

A ParaRede sublinha que apresentou um rácio de autonomia financeira de 58,7 por cento no ano passado, o que "atesta a adequação da estrutura de capitais".

A administração da ParaRede, "apesar do clima de instabilidade conjuntural", reafirma os objectivos, enunciados nos dois anos anteriores, de conseguir este ano uma margem EBITDA entre 6 e 7 por cento e em 2009 uma margem entre 8 e 10 por cento e de manter um crescimento do volume de negócios superior a 10 por cento, o que permitirá ganhar quota de mercado.

O grupo indica que 2007 foi um ano de integração e reestruturação das empresas adquiridas, o que ainda não permitiu que os activos das empresas adquiridas fossem potenciados na sua plenitude.

 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #76 em: Janeiro 31, 2008, 11:26:48 am »
Tecnologia: Lucro e facturação da Critical Software aumentam mais de 60% em 2007


Citar
Lisboa, 31 Jan (Lusa) - O lucro e o volume de negócios da Critical Software aumentaram mais de 60 por cento em 2007, face a 2006, divulgou hoje a empresa de tecnologias da informação sediada em Coimbra.

O resultado líquido (antes de impostos) aumentou 65 por cento, para 1,8 milhões de euros, enquanto o EBITDA ('cash flow' operacional) atingiu 2,4 milhões de euros.

A facturação cresceu mais de 60 por cento, para 13,7 milhões de euros, tendo mais de 70 por cento deste montante sido originado "em negócios com o mercado externo", refere a empresa em comunicado.

A empresa salienta que "ultrapassou largamente os objectivos de negócio estabelecidos para 2007" e que estes resultados "são o reflexo do amadurecimento de relações com os mais exigentes clientes em sectores como o da Defesa e Aeroespacial, ou Indústria e Energia", referiu o presidente executivo da Critical, Gonçalo Quadros.


Tecnologia:Critical Software quer atingir volume de negócios de 19ME em 2008

Citar
Lisboa, 31 Jan (Lusa) - A Critical Software prevê atingir este ano um volume de negócios de 19 milhões de euros, o que representa um aumento de cerca de 38 por cento face ao montante de 2007, mantendo uma grande capacidade exportadora, divulgou hoje a empresa.

"Para 2008, as previsões da Critical apontam para a manutenção de uma boa capacidade de crescimento" e a empresa espera "facturar 19 milhões de euros, com idênticos níveis de rentabilidade e mantendo uma muito forte capacidade de exportação", refere em comunicado.

Este valor representa um crescimento de 38,7 por cento, face aos 13,7 milhões de euros de volume de negócios que a empresa atingiu em 2007.

No comunicado de apresentação dos resultados relativos ao ano passado, o presidente executivo da Critical sublinha que a estratégia da empresa "passa por consolidar uma posição de destaque nos sectores mais exigentes, aqueles que melhor valorizam as boas soluções de engenharia.

Gonçalo Quadros acrescenta que a Critical não quer "concorrer com a indústria de software de baixo custo, instalada nos mercados emergentes", pretendendo ser "uma referência no sector da engenharia de software de altíssimo valor acrescentado".

Em 2007, a Critical obteve um lucro (antes de impostos) de 1,8 milhões de euros, mais 65 por cento que em 2006, e um EBITDA ('cash flow' operacional) de 2,4 milhões de euros.

 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #77 em: Fevereiro 01, 2008, 11:57:53 pm »
Nanotecnologia: Biofarmacêutica belga instala-se no Porto pela "concentração de talentos"


Citar
Porto, 01 Fev (Lusa) - O presidente da biofarmacêutica belga Ablynx, Edwin Moses, afirmou hoje que a empresa escolheu o Porto para instalar o seu centro de inovação pela "concentração de talentos" que existe na cidade.

"Não há muitos sítios do Mundo com esta concentração de talentos na área farmacêutica. Recebemos 250 candidaturas para trabalhar aqui", salientou Edwin Moses, na inauguração do Centro de Inovação da Ablynx.

O administrador da Ablynx, empresa fundada em 2001 em Ghent, Bélgica, e já cotada na Bolsa Euronext, justificou a escolha do Porto pela possibilidade de "crescer muito depressa".

"Estivemos a procurar um local onde crescer muito depressa fora de Ghent", afirmou, adiantando que a equipa multinacional da empresa no Porto vai brevemente aumentar de nove para 25 investigadores.

A presença da Ablynx no Porto começou em 2004, com uma pequena equipa de investigadores incubada no Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto (UP).

A partir de hoje, a Ablynx está instalada em parte de um dos edifícios da UP na Rua do Campo Alegre, mesmo ao lado do IBMC, onde já funcionaram as faculdades de Letras e de Psicologia e Ciências da Educação.

"Investimos aqui 1,5 a dois milhões de euros", disse o presidente da empresa, salientando que a proximidade física do IBMC foi decisiva na escolha do local.

A Ablynx vai desenvolver no Porto novas aplicações para a sua tecnologia patenteada de "nanobodies", anticorpos à escala nano, destinada à criação de fármacos para combate a inflamações e a doenças cardiovasculares, cancros e Alzheimer.

"Descobrimos medicamentos completamente novos, nomeadamente para doenças cardiovasculares, que estamos agora a testar em laboratório", referiu Edwin Moses.

O vice-reitor da UP Jorge Gonçalves afirmou que a instalação da Ablynx "é o início do Pólo de Incubação da UPTec [Parque de Ciência e Tecnologia da UP] no Campo Alegre".

A Ablynx vai utilizar as instalações do Campo Alegre num regime de aluguer por cinco anos, renováveis, disse Jorge Gonçalves.

No mesmo local, vai ser instalado o Centro Fraunhofer Portugal, unidade de investigação do instituto alemão onde nasceu o formato de gravação áudio mp3.

"Esperamos vir a precisar de mais espaço. A UPTec tem de funcionar numa lógica de sustentabilidade", salientou o vice-reitor.

Jorge Gonçalves realçou que a incubadora que a UPTec está a construir no Pólo da Asprela, e que deverá estar concluída em Julho, "está praticamente toda ocupada" com empresas tecnológicas.

 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #78 em: Fevereiro 02, 2008, 01:48:51 pm »
Engenharia à escala atómica nasce em Braga



Citar
Investigação com empresas é uma mais-valia
Imagine ter no guarda-fatos uma peça de vestuário que muda de cor e, como tal, poder escolher a tonalidade que pretende usar num determinado dia. Ou vestir uma t-shirt que o protege dos raios ultravioletas. Isso é possível graças à nanotecnologia, uma engenharia à escala atómica e molecular, que "lida com objectos da dimensão de nanómetros, ou seja, cem mil vezes mais pequenos do que a espessura de um cabelo humano", e que já está a ser levada à prática num instituto de investigação em Vila Nova de Famalicão, no distrito de Braga. É o Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (CeNTI), que acredita que seus projectos "vão revolucionar o mercado a médio prazo".

"Estamos a trabalhar, por exemplo, em materiais que se auto-limpam, materiais flexíveis resistentes à perfuração, e ainda noutros, até agora tradicionais, mas que se podem tornar 'inteligentes' e passar a funcionar como interruptores ou teclados", explicou ao DN o director executivo do CeNTI, António Vieira. O responsável destacou ainda o desenvolvimento em curso de materiais com isolamento térmico para vestuário e para edifícios.

Este instituto de novas tecnologias está assim a desenvolver uma série de projectos em colaboração com várias empresas, cujos nomes o responsável não revela, e que serão "altamente diferenciadores, em relação ao que hoje se faz". Alguns deles, reiterou, "serão materiais radicalmente inovadores à escala mundial". Na base, está a aplicação da nanotecnologia.

O CeNTI desenvolve materiais inovadores "e de elevada funcionalidade" para o sector têxtil, do vestuário e do couro através do recurso a estas tecnologias à escala atómica.

Este instituto foi fundado há cerca de um ano, pelo Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (Citeve), e também pelas universidades do Minho, do Porto e de Aveiro, e pelo Centro Tecnológico das Indústrias do Couro (CTIC).

António Vieira adiantou que o centro planeia investigar e desenvolver nanomateriais e novos materiais têxteis para aumentar o desempenho do ser humano ao nível da saúde, bem-estar, protecção, desporto e lazer.

O centro pretende ainda desenvolver novos materiais para "têxteis com aplicação em dispositivos para energias alternativas, como painéis fotovoltaicos flexíveis, nos meios de transporte e na construção civil sustentável".

Com apenas um ano de actividade, o CeNTI envolve um investimento de cerca de cinco milhões de euros - 75% do qual injectado pelo Ministério da Economia e 25% resultante de fundos privados - em técnicas inovadoras. O instituto deverá estar completamente operacional em Julho deste ano.

O objectivo é disponibilizar novos equipamentos e competências na área dos materiais. Tudo, explicou o director executivo António Vieira, "para diminuir o risco da investigação e desenvolvimento empresarial e contribuir para acelerar o processo que decorre desde a ideia inovadora até ao produto no mercado".
 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #79 em: Fevereiro 07, 2008, 11:07:50 am »
Tecnologia: Portuguesas Critical Software e ISA integram programa I&D sistemas embebidos financiado em 2,4 mil ME


Citar
Lisboa, 06 Fev (Lusa) - A Critical Software e a ISA integram a primeira parceria público-privada de investigação e desenvolvimento, que conta com a Comissão Europeia como membro e tem um financiamento de 2,4 mil milhões de euros até 2018, divulgaram hoje as duas tecnológicas portuguesas.

De acordo com um comunicado, esta é a "primeira parceria público-privada de i&d [Investigação & Desenvolvimento] do 7º programa-quadro" que disponibiliza 2,4 mil milhões de euros para a investigação e desenvolvimento em sistemas embebidos [sistemas integrados - quer de hardware como software - autónomos que cumprem uma parte informática específica, como por exemplo o controlo inteligente do ar condicionado] a ser executado ao longo de 1o anos.

O objectivo é "reforçar a liderança europeia" na área de sistemas embebidos - estes tornam os equipamentos mais inteligentes e fáceis de usar, ao mesmo tempo que ajudam a poupar energia e a reduzir custos.

Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da Critical Software, Diamantino Costa, afirmou que este é um sector em grande desenvolvimento ena Europa.

Entre as entidades que participam nesta parceria está Portugal, enquanto membro fundador, representado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, a Comissão Europeia, empresas como a Nokia, Philips, Quimonda, entre outros.

PAra a Critical Software, esta parceria permite à empresa (continuar num alinhamento a longo prazo, permite planear" atempadamente, segundo o responsável.

Só para se ter uma ideia, os sistemas embebidos ou integrados podem funcionar como catalisadores da inovação nas indústrias, criar valor acrescentado e novos postos de trabaljo.

No sector automóvel, a Critical Software e a ISA - Intelligent Sensing Anywhere esperam que este sistema dê emprego a mais de 600 mil europeus.

Esta parceria - ou associação entre várias indústrias - deu origem à iniciativa tecnológica ARTEMIS, vocacionada oara a investigação de sistemas embebidos.

O programa torna-se oficial quinta-feira, com a entrada em vigor do regulamento, segundo as emprsas.

 

*

André

  • Investigador
  • *****
  • 3555
  • Recebeu: 2 vez(es)
  • +110/-1
(sem assunto)
« Responder #80 em: Fevereiro 07, 2008, 03:49:22 pm »
Henrique Veiga Fernandes ganha «Starting Grant» do European Research Council

Citar
O investigador Henrique Veiga Fernandes, do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina de Lisboa, ganhou um Starting Grant do prestigiado European Research Council. Esta distinção internacional premeia projectos de investigação de qualidade ímpar e destina-se a lançar a carreira de cientistas de topo que desenvolvam o seu trabalho na Europa, em qualquer área científica.

Este ano serão premiados somente até 300 cientistas dos mais de nove mil candidatos. Apenas dois portugueses fizeram parte dos poucos (431) que passaram à segunda fase do concurso. Ambos, Henrique Veiga Fernandes e António Jacinto, são investigadores do Instituto de Medicina Molecular.

A distinção feita a Henrique Veiga Fernandes traduz-se na atribuição de um milhão e novencentos mil euros ao projecto Papel do proto-oncogene RET no desenvolvimento e função dos linfócitos, a ser desenvolvido no Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa. Neste projecto de cinco anos, o investigador pretende estudar o papel de genes cuja desregulação estará na origem de malformações genéticas e de certas formas de cancro.

O projecto ajudará a elucidar os mecanismos envolvidos no desenvolvimento e funções do sistema imunitário, tendo como potencial impacto a melhor compreensão de doenças do sistema immunitário tais como a leucemia e doenças auto-imunes.

Nova entidade pan-europeia

O European Research Council (ERC) é uma nova entidade pan-europeia, criada recentemente no âmbito do 7º Programa Quadro Europeu para a Investigação. As Starting Grants são as primeiras distinções de excelência atribuídas pelo ERC e destinam-se a insuflar a carreira de cientistas de topo que se estejam a estabelecer como líderes de equipas de investigação.

"Ganhar uma Starting Grant do ERC é sem dúvida uma honra e um grande incentivo para mim, no momento em estou a começar uma nova fase da minha carreira em Portugal e que estou a fundar a minha própria equipa de investigação", diz o investigador

Henrique Veiga Fernandes fez o seu doutoramento em 2002 em Paris, no Instituto Necker, onde permaneceu por mais um ano em pós-doutoramento. Rumou depois a Londres para o National Institute for Medical Research, onde desempenhou funções como senior investigator scientist. Irá instalar-se permanentemente no Instituto de Medicina Molecular em 2008, onde fundará a sua equipa de investigação e desenvolverá o projecto agora premiado.

 A missão do Instituto de Medicina Molecular é a promoção e o exercício da investigação biomédica básica, clínica e de translação com o objectivo de contribuir para uma melhor compreensão dos mecanismos de doenças, o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas e de novos testes e ferramentas de diagnóstico.

Ciência Hoje

 

*

André

  • Investigador
  • *****
  • 3555
  • Recebeu: 2 vez(es)
  • +110/-1
(sem assunto)
« Responder #81 em: Fevereiro 07, 2008, 07:29:39 pm »
Alvaro Cunha (FEUP) é o primeiro português distinguido pela Sociedade Americana de Mecânica Experimental

Citar
A Sociedade Americana de Mecânica Experimental distinguiu pela primeira vez um investigador português, atribuindo o Prémio D.J. DeMichele a Álvaro Cunha, director do Laboratório de Vibrações e Monitorização da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

O prémio, criado em 1990, distingue investigadores que se destacam na promoção de aspectos científicos e educacionais da Tecnologia da Análise Modal, tendo os anteriores galardoados sido investigadores das mais importantes universidades e empresas norte-americanas.

O Laboratório de Vibrações e Monitorização (ViBest) da Faculdade de Engenharia do Porto esteve envolvido nos últimos anos na realização de ensaios dinâmicos de grandes estruturas, como a Ponte Vasco da Gama, em Lisboa, ou o Viaduto de Millau, em França, que é a ponte de múltiplos vãos mais alta do mundo.

Além deste prémio atribuído pela Sociedade Americana de Mecânica Experimental, o ViBest tem merecido a atenção de outras instituições internacionais, entre as quais a International Association for Bridge and Structural Engeneering.

O director do ViBest, Álvaro Cunha, é professor catedrático do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, sendo o autor de cerca de duas centenas de artigos, a maioria dos quais relacionados com a Análise Modal.

A cerimónia de entrega do Prémio D.J. DeMichele decorreu quarta-feira em Orlando, EUA, durante a XXVI Conferência Internacional de Análise Modal.

Lusa

 

*

André

  • Investigador
  • *****
  • 3555
  • Recebeu: 2 vez(es)
  • +110/-1
(sem assunto)
« Responder #82 em: Fevereiro 12, 2008, 04:55:57 pm »
Produtos de alta tecnologia pesaram 11,5% nas exportações no 1º trimestre 2007

Citar
O gabinete do coordenador do Plano Tecnológico revelou hoje que os produtos de alta tecnologia pesaram 11,5 por cento nas exportações portuguesas no primeiro trimestre do ano passado.

Esta evolução superou e antecipou o objectivo definido pelo Governo no âmbito do Plano Tecnológico, que previa que o peso das exportações de produtos tecnológicos se fixasse em 10,4 por cento, em 2010.

A nota divulgada hoje pelo gabinete de Carlos Zorrinho também salienta que o Plano Tecnológico já atingiu outras metas previstas apenas para daqui a três anos, como o número de diplomados em ciência e tecnologia por 1.000 habitantes e a percentagem de emprego em serviços de alta tecnologia.

"Estes indicadores reflectem a tendência da economia portuguesa para se posicionar num patamar mais elevado da cadeia de valor global, tendo consequência directa na inversão do saldo da balança tecnológica que passou a ser positivo em 2007", refere o comunicado.

Lusa

 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #83 em: Fevereiro 13, 2008, 02:12:57 pm »
Ciência: Artigo de docente de Coimbra entre os mais citados do "Journal of Chromatography B" nos últimos cinco anos


Citar
Coimbra, 13 Jan (Lusa) - Um artigo científico sobre uma metodologia inovadora que optimiza técnicas analíticas laboratoriais, do docente de Coimbra Amílcar Falcão, integra o "Top 50" dos mais citados nos últimos cinco anos na publicação internacional da especialidade, foi hoje anunciado.

O artigo científico daquele docente da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, de 2002, atingiu o "Top 50" dos mais citados do "Journal of Chromatography B" (quinquénio 2002-07), uma das publicações mais prestigiadas na área bioanalítica associada às Ciências da Saúde, refere uma nota de imprensa do Departamento de Comunicação da Reitoria da Universidade.

Nesse quinquénio foram publicados 2.000 artigos e efectuados quatro milhões de "downloads". Para integrar esse grupo restrito dos mais citados o artigo de Amílcar Falcão terá sido importado por "várias centenas de milhar" de utilizadores.

"É gratificante, pois não é fácil de obter, porque se publicam milhares de artigos. É algo que não é especulativo. Está publicado, e teve essas repercussões", declarou o autor à agência Lusa, frisando que isso revela que a sua metodologia "dá resposta a necessidades internacionais".

Utilizando métodos matemáticos e estatísticos, optimiza e padroniza a forma como deve ser feita a calibração das técnicas analíticas no âmbito das ciências da saúde, explicou Amílcar Falcão.

Na sua perspectiva, o método é relevante do ponto de vista científico, em que os procedimentos estão padronizados e se recorre à certificação e acreditação de métodos.

De acordo com o investigador, qualquer laboratório internacional quererá utilizar a metodologia para optimizar as técnicas analíticas, nomeadamente na área da qualidade.

A investigação desenvolvida pela equipa liderada por Amílcar Falcão "sistematiza e optimiza o processo de calibração em bioanálises, garantindo maior exactidão, precisão e capacidade de detecção nas concentrações em estudo. Um acréscimo de eficácia que pode fazer a diferença no resultado, pois uma substância não detectada nem sempre permite concluir pela sua inexistência", refere a nota de divulgação da Reitoria da Universidade de Coimbra.

A metodologia desenvolvida - acrescenta - "distingue-se ainda pela criação de um sistema universal para as diferentes técnicas de análise biológica, uma vez que, até então as várias abordagens existentes eram de utilização específica".

"O impacto desta investigação é real: o método de calibração em bioanálises desenvolvido é hoje utilizado no mundo inteiro. O algoritmo de decisão desenvolvido tem uma utilização global, permitindo optimizar e universalizar os procedimentos de acordo com uma única cartilha. Havia várias abordagens para casos específicos, mas sentia-se a necessidade de se passar da árvore para a floresta", frisou Amílcar Falcão.

Em 2006 este investigador já tinha sido distinguido com o prémio "Eminent Scientist of the Year", da organização não governamental "International Research Promotion Council (IRPC)". Desse modo viu assim reconhecida a sua carreira académica, e em particular um artigo publicado em 2005 na revista "Gynecology Oncology", no qual apresenta um novo parâmetro de interpretação do marcador tumoral do cancro do ovário "CA-125", refere a mesma nota.

 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #84 em: Fevereiro 13, 2008, 07:29:21 pm »
Novabase “dispara” 9% com investimentos no Médio Oriente

As acções da Novabase dispararam mais de 9 % depois de ontem o presidente da empresa, Rogério Carapuça, ter adiantado, em conferência de imprensa, que investiu um milhão de euros na nova unidade do Médio Oriente, com sede no Dubai, empresa que dará suporte aquela região, onde a tecnológica nacional já tem projectos.
Citar
de ontem o presidente da empresa, Rogério Carapuça, ter adiantado, em conferência de imprensa, que investiu um milhão de euros na nova unidade do Médio Oriente, com sede no Dubai, empresa que dará suporte aquela região, onde a tecnológica nacional já tem projectos.

A maior empresa tecnológica nacional acrescentou que prevê que o volume de negócios, em 2008, alcance os 340 milhões de euros, sublinhando que o seu enfoque continuará a incidir no aumento da rentabilidade, por isso prevê um aumento da margem EBITA para um intervalo entre 23 e 25 milhões de euros.

As declarações do presidente da empresa quanto ao comportamento do título também beneficiam as acções. Rogério Carapuça confessou-se admirado com a cotação da empresa sublinhando que "temos que ter a humildade de acatar porque é o mercado que dá o preço".

Na sessão de hoje, as acções da Novabase já subiram 9,45% para os 2,78 euros, e seguiam a avançar 7,09% para os 2,72 euros.


Ontem a empresa apresentou as suas contas referentes ao ano de 2007 e anunciou que os seus lucros ascenderam a sete milhões de euros, o que representa um crescimento homólogo de 35,4%. A Novabase acrescentou que as vendas e prestação de serviços atingiram o montante de 313,2 milhões de euros, o que corresponde a um incremento de 19,8% face a 2006.

O EBITDA atingiu os 20 milhões de euros em 2007, isto é, um acréscimo de 22,2% face aos 16,4 milhões de euros obtidos em 2006.

O Caixa BI, que tem uma recomendação de "acumular" e um preço-alvo de 5,60 euros para a Novabase, acredita que a área de Consulting permanecerá como suporte dos negócios da empresa, e que a estratégia de gestão deverá concentrar esforços na área de engenharia. Por outro lado, frisa que "as oportunidades de crescimento na área de Digital TV com o switch-off do sistema analógico implicam esforço financeiro para a expansão do negócio, assim como a exposição a um elevado risco".

O banco de investimento sublinha que irá rever as estimativas para a área de Engenharia e Digital TV, acreditando que os fundamentais da empresa se mantêm inalterados.

A Espírito Santo Research (ESR) acrescenta que tem uma opinião "neutral a negativa" sobre os números da tecnológica, referindo que "embora haja notícias positivas nos negócios de Consulting e Digital TV, com um muito bom quarto trimestre, a área de Engenharia permanece um obstáculo na rentabilidade da companhia".

Este banco tem uma recomendação de "vender" e um preço-alvo e 5,70 euros para a Novabase.

O BPI, que recomenda "comprar" e tem um preço-alvo de 5,20 euros para a tecnológica nacional, considera que estes resultados terão um impacto negativo no título. "No geral, estamos preocupados com o facto de a empresa não vir a ser capaz de manter a sua rendibilidade, mas continuamos confortáveis com as nossas estimativas para 2008", refere a equipa de "research" do BPI, no "Iberian Daily" de hoje.
 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #85 em: Fevereiro 14, 2008, 02:28:02 pm »
Plano Tecnológico: Portugal é o 7º país europeu com maior progresso na inovação


Citar
Lisboa, 14 Fev (Lusa) - Portugal é o sétimo país com maior progresso relativo segundo na inovação, segundo o ranking europeu (European Innovation Scoreboard 2007) da iniciativa da Comissão Europeia, hoje divulgado, e está em 30º lugar a nível global.

Segundo os dados do European Innovation Scoreboard (EIS), Portugal ocupa o sétimo lugar no grupo de países com maior progresso relativo em termos de desempenho em inovação.

Este desempenho, segundo nota do gabinete do coordenador do Plano Tecnológico, "permitiu que Portugal subisse um lugar no ranking global, integrando o grupo de países em catching up".

A edição de 2007 do estudo integrou 37 países: os 27 Estados-membros da União Europeia mais a Suíça, Islândia, Noruega, Croácia, Turquia, EUA, Israel, Canadá, Japão e Austrália.

Em termos globais, Portugal ficou em 30º lugar, enquanto na edição anterior ocupou a 28ª posição.

Com a entrada este ano de três novos países no ranking (Austrália, Canadá e Israel), com pontuações superiores, Portugal passou a ocupar o 30 º lugar.

Segundo a mesma nota, caso estes países não tivessem entrado, Portugal ocuparia este ano o 27º lugar.

"Este é mais um ranking em que Portugal, embora parta de uma posição muito baixa, melhora a sua posição relativa", disse à Lusa o coordenador do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho.

"Mais significativa que a subida absoluta é a velocidade do progresso relativo, que ocorre não obstante os dados menos positivos que se verificam nos indicadores que ainda reportam a 2004 (inovação) e 2005 (potencial científico), adiantou o também coordenador nacional da Estratégia de Lisboa.

Carlos Zorrinho considerou o ranking de 2007 "encorajador para Portugal", uma vez que representa "um incentivo para o Governo continuar a investir na Ciência e Tecnologia e racionalizar o sistema de apoio público à inovação".

Para o coordenador, o EIS 2007 representa também um incentivo para as empresas portuguesas continuarem a investir na inovação e a tirar partido da sua aposta em investigação e desenvolvimento, "utilizando as ferramentas de gestão, certificação e registo da inovação, designadamente as desenvolvidas pela COTEC, em parceria com o IAPMEI e o gabinete do Plano Tecnológico".

 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #86 em: Fevereiro 15, 2008, 11:22:43 am »
BIAL duplica a área dedicada à investigação


Citar
O grupo Bial inaugurou, ontem, o seu novo departamento de Investigação e Desenvolvimento, na presença do primeiro-ministro José Sócrates. O investimento enquadra-se num programa de expansão, assente na pesquisa de novas terapêuticas, que, recentemente, deu lugar ao contrato do primeiro licenciamento internacional de um medicamento desenvolvido em Portugal.

O presidente da Bial, Luís Portela, salientou que o seu grupo investiu nos últimos 10 anos cerca de 300 milhões de euros só em investigação e desenvolvimento, que resultaram no registo de seis patentes, algumas das quais poderão conduzir à comercialização de medicamentos.

Parte deste investimento começou a produzir retorno em Dezembro de 2007, com a assinatura do primeiro contrato de licença de comercialização de um anti-epiléptico(uma das seis patentes), desenvolvido pela Bial. Esta comercialização será feita nos Estados Unidos e Canadá, a partir de 2009. Só pela licença, a farmacêutica norte-americana Sepracor pagou à Bial cerca de 175 milhões de dólares.

José Sócrates considerou o facto "um momento histórico", sendo que o licenciamento internacional de um medicamento desenvolvido em Portugal "é importante para a Bial e muito importante também para o país".

"Não temos a certeza que todos (a s seis patentes) vão chegar ao mercado, mas, se mais um ou dois chegarem, conseguiremos recuperar o investimento", afirmou o presidente Luís Portela.

Ainda numa lógica de expansão da investigação, a Bial inaugurou, ontem, o seu novo departamento de desenvolvimento, com uma área de 2300 metros quadrados, representando um investimento de seis milhões. A nova unidade de farmacologia humana disporá de 20 camas de internamento. Trata-se do único laboratório de investigação farmacêutica com uma unidade de farmacologia humana. A Bial é a única empresa em Portugal com capacidade de realização de ensaios de Fase 1 (em humanos saudáveis).

A Bial emprega actualmente 92 pessoas, das quais 21 são doutoradas, de sete nacionalidades, a trabalharem nos seus dois centros de investigação e desenvolvimento na Trofa e em Bilbau, Espanha. Leonor Paiva Watson
 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #87 em: Fevereiro 18, 2008, 11:50:48 am »
Nanotecnologia: CIN cria tintas bactericidas e com capacidade de autolimpeza

Citar
Porto, 18 Fev (Lusa) - A CIN está a promover, através do seu Departamento de Investigação e Desenvolvimento (I&D) em colaboração com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), o desenvolvimento de nanoprodutos de ponta no mercado das tintas e vernizes.

Segundo disse hoje à Lusa o engenheiro José Nogueira, responsável pelo Departamento de I&D da Corporação Industrial do Norte (CIN), a empresa já possui - ou tem em fase final de lançamento no mercado - tintas com actividade bactericida, outras com revestimentos capazes de eliminar maus cheiros por oxidação das substâncias que os originam e produtos que induzem um efeito de auto-limpeza de superfícies de vidro e de outros materiais.

Estas últimas tintas têm ainda a capacidade para oxidarem os NOx presentes na ar contribuindo para a redução das quantidades de ozono que se formam na baixa atmosfera, indo de encontro a um objectivo importante na política da União Europeia para um ar limpo e um melhor ambiente.

O estudo do efeito fotocatalítico das nanopartículas de dióxido de titânio pode ser aproveitado também, segundo José Nogueira, "no desenvolvimento de novos produtos de elevado desempenho que podem permitir à indústria de tintas desenvolver aplicações altamente inovadoras para os seus produtos".

Mais uma vez alavancada numa "excelente e profícua colaboração" com as universidades do Porto, Coimbra e Aveiro, e designadamente com a FEUP, a CIN está a desenvolver desde 2007 um projecto de funcionalização de nanocompósitos inorgânicos e a sua incorporação em polímeros epóxidos, acrílicos e vinílicos.

Esta parceria com a FEUP vai possibilitar, segundo o responsável dos laboratórios de I&D da CIN, o desenvolvimento de tintas intumescentes, com elevada resistência ao fogo, de base aquosa, a modificação dos actuais vernizes parquet, também de base aquosa, com aumento significativo de resistência à abrasão, e de polímeros híbridos, orgânicos e inorgânicos, de base epoxi, com excelente performance na protecção anticorrosiva.

A nanotecnologia é uma engenharia que trabalha numa escala molecular com objectos de tamanho reduzido (nanómateriais), cerca de 80 mil vezes mais pequenos do que a espessura de um cabelo humano.

"O aproveitamento da nanotecnologia, a beleza da coisa pequena", é já um vector importante do I&D da Corporação Industrial do Norte (CIN), empresa líder do mercado ibérico de tintas e vernizes", sustentou o responsável.

A CIN, que opera no mercado de tintas e vernizes e possui unidades fabris na Maia (Portugal), Barcelona e Tenerife (Espanha), Benguela (Angola) e Maputo (Moçambique), é líder do sector na Península Ibérica, com um volume de negócios, em 2007, de cerca de 220 milhões de euros.

A empresa, com sede na Maia, Porto, ocupa o 46º lugar no ranking mundial de produtores de tintas e vernizes (Refª Coatings World, 2006).

Já em Janeiro, no âmbito da Cimeira Ibérica, foi lançado em Braga o Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia (INL) que pretende atrair, em cinco anos, as maiores indústrias do Norte de Portugal e da Galiza, que poderão beneficiar com a nanotecnologia, que tem aplicações em todas as áreas que exigem manipulação de materiais à escala nanométrica, nomeadamente a medicina, biologia, física, química, electrónica, informática, engenharia de construção, energia e ambiente.

A biofarmacêutica belga Ablynx anunciou, também em Janeiro, que escolheu terrenos da Universidade do Porto, no Campo Alegre, para instalar o seu centro de inovação onde vai desenvolver novas aplicações para a sua tecnologia patenteada de "nanobodies", anticorpos à escala nano, destinada à criação de fármacos para combate a inflamações e a doenças cardiovasculares, cancros e doença de Alzheimer.

 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #88 em: Fevereiro 20, 2008, 11:05:37 am »
Novo anticoagulante descoberto no Porto

Citar
Cientistas portugueses identificaram um novo anticoagulante "multifunções" que isolaram de um insecto hematófago, a carraça bovina, um passo que poderá abrir caminho a novos tratamentos para patologias relacionadas com a coagulação sanguínea.

Um estudo desta equipa de investigadores, hoje publicado na revista norte-americana PLoS ONE, do grupo Public Library of Science, refere que o anticoagulante, chamado boofilina, tem a particularidade de poder bloquear simultaneamente duas enzimas, potenciando assim a sua acção.

"O trabalho consistiu na identificação e caracterização bioquímica e estrutural do primeiro anticoagulante capaz de inibir simultaneamente a trombina, uma enzima crucial na coagulação sanguínea, e outras enzimas relacionadas", disse à Lusa um dos autores do estudo, Pedro Pereira. Da equipa, de que é responsável este investigador do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), do Porto, fazem parte Sandra Macedo-Ribeiro, do mesmo instituto, e Pablo Fuentes-Prior, um cientista cubano presentemente em Barcelona.

A boofilina é uma proteína que deve o seu nome ao insecto hematófago onde foi identificada, o Boophilus microplus, nome científico da carraça do gado. Ao alimentar-se, e para impedir que o sangue do seu hospedeiro coagule, este parasita recorre a proteínas inibidoras da coagulação, tal como acontece com a sanguessuga, que pode manter líquido durante semanas o sangue de que se alimenta.

"As propriedades da boofilina agora identificadas sugerem a existência de uma nova estratégia de inibição da coagulação em animais hematófagos que passa não só pelo bloqueio específico da trombina, como também pela inactivação de outros factores enzimáticos pelo mesmo inibidor, numa abordagem multifacetada", explicou Pedro Pereira.

Sendo conhecido que os animais hematófagos contrariam os processos de coagulação dos seus hospedeiros com grande eficácia, "há todo o interesse em compreender os detalhes moleculares desses processos e interacções, na esperança de que isso nos ajude, a médio prazo, a desenvolver terapias antitrombóticas mais eficazes e seguras".

O estudo sugere ainda que a boofilina pode ser um anticoagulante muito eficaz em pequenas quantidades, o que tem grande relevância para futuras aplicações terapêuticas. Embora existam no mercado vários fármacos afins, os seus efeitos secundários, devidos sobretudo às suas múltiplas interacções bioquímicas, tornam difícil encontrar a dosagem mais adequada.

Demasiado anticoagulante pode induzir hemorragias, e demasiado pouco pode provocar trombos (coágulos), responsáveis por tromboses, enfartes ou acidentes vasculares cerebrais.|

O trabalho consistiu na identificação do primeiro anticoagulante capaz de inibir simultaneamente a trombina
 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #89 em: Fevereiro 21, 2008, 08:00:11 pm »
Ensino Superior: Católica, Nova e MIT lançam "Lisbon MBA" com objectivo de formar 330 gestores "de topo"


Citar
Lisboa, 21 Fev (Lusa) - As Universidades Nova e Católica juntaram-se ao MIT para lançar em Janeiro de 2009 o "The Lisbon MBA", um mestrado em gestão que pretende formar nos próximos cinco anos 330 gestores de topo em Portugal.

No decorrer dos próximos cinco anos, o investimento privado no "Lisbon MBA", uma parceria das duas universidades portuguesas com a Sloan School of Management do MIT, será de nove milhões de euros.

"Trata-se de um programa que vai formar mais de 300 gestores de topo no nosso país nos próximos cinco anos e grande parte da contribuição para o funcionamento deste programa virá das propinas dos nossos alunos e, em parte, das próprias empresas que contribuem generosamente para o funcionamento do programa", declarou hoje o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago.

O governante presidiu hoje à tarde à cerimónia de assinatura do memorando de entendimento entre o Massachusetts Institute of Technology (MIT), a Universidade Católica Portuguesa e a Universidade Nova de Lisboa, juntas pelas primeira vez numa estratégia a nível internacional.

Mariano Gago indicou que "o programa arranca com um investimento da ordem dos nove milhões de euros por parte das empresas, de mecenato empresarial, com cerca de 4,5 milhões de investimento público (através da Fundação para a Ciência e Tecnologia, FCT) para os próximos cinco anos, que é um investimento de arranque para apoio às escolas portuguesas".

Segundo referiu, o financiamento será igualmente suportado "pelos estudantes através das propinas do MBA", estando "este orçamento também concebido para finaciar as propinas de cerca de 25 por cento dos estudantes uma vez que o programa tem condições para oferecer bolsas de estudo".

O ministro explicou ainda que os estudantes serão seleccionados por concurso internacional, estando previsto o arranque em Janeiro de 2009 com 40 alunos, devendo o programa formar cerca de 330 gestores nos próximos cinco anos.

Quanto à fracção de estudantes estrangeiros, esta deverá aumentar gradualmente até cerca de 50 por cento do total de alunos a partir do quinto ano, altura em que se estima uma admissão anual de cerca de 100 alunos.

O programa "The Lisbon MBA" insere-se no âmbito da colaboração encetada pelo Governo desde 2006 entre instituições portuguesas de ciência, tecnologia e o ensino superior e o MIT.

O grupo inicial de empresas que acordaram apoiar o Programa e que hoje assianram o acordo de parceria institucional inclui os bancos BPI, Espírito Santo e a Caixa Geral de Depósitos, a EDP - Energias de Portugal, a Fundação Vodafone Portugal, a José de Mello SGPS e a Rede Eléctrica Nacional (REN).

A estas últimas poderão juntar-se outras empresas e instituições públicas e privadas que têm mostrado interesse em se associar a aspectos específicos do programa.