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Geopolítica-Geoestratégia-Política de Defesa => Países Lusófonos => Tópico iniciado por: Rui Elias em Maio 09, 2006, 10:51:27 am

Título: Crise em Timor - o que pode fazer Portugal?
Enviado por: Rui Elias em Maio 09, 2006, 10:51:27 am
Dada a situação de crise militar e politica em Timor, e dado o facto de nesse território residirem diversos portugueses, o que poderia a esta distância fazer Portugal para garantir a segurança dos seus nacionais?

Portugal já teve essas experiências, através de intervençõees de resgate, em Luanda em 1992 e em Bissau em 1998.

Timor fica substancialmente mais longe que qualquer um dos países atrás referidos, pelo que a deslocação de meios para garantir a segurança durante o processo de resgate pode ser demorada.

Se o resgate pode ser feito com recurso a aviões civis fretados, há que garantir corredores de segurança, caso a situação militar descambe para um caos profundo, com ausência de poder militar no pequeno país.

Nessa situação, e dado que ontem o nosso Minsitro da Defesa afirmou que as FA's portuguesas estariam em condições de intervir nesse sentido, com que meios e em que tempo útil poderiam actuar?

Mais uma vez se nota em Portugal uma efectiva carência na capacidade de projecção de forças por meios aéreos, para que uma intervenção seja rápida.

Daí este questinário:

Portugal pode ficar parado, ou fazer avançar desde já para Timor, uma fragatas (sabendo-se que a duração dessa viagem representa um mês)?
Título:
Enviado por: Marauder em Maio 09, 2006, 01:25:26 pm
Até que a fragata chegue lá ui...

 Se querem meter meios navais na zona, que se peça às nações amigas - Austrália e Nova Zelandia. Um mês é demasiado tempo, quando em algumas horas a Austrália pode meter uma fragata lá. A austrália já veio a público afirmar que se for preciso manda mais tropas. Outros países demostraram estar atentos, como a China hoje.  

 Eu defendo forças (C-130s e companhia de fuzileiros, ou paraquedistas etc) em prevenção em Portugal caso a situação piore.

 Porque não reforçar temporariamente a posição em Timor, sobre a ONU é claro. Um reforço temporário da segurança lá.
Título:
Enviado por: pedro em Maio 09, 2006, 02:29:59 pm
Alguem poderia dizer me o nivel das relacoes entre Portugal e a Australia?
Cumprimentos :lol:
Título:
Enviado por: Shar[K] em Maio 09, 2006, 03:10:21 pm
Claro que a China e Australia mandam logo tropas e bens e afins... aquilo tem petroleo!

Uma fragata com um corpo de fuzileiros foi o que votei, no entanto não é a opção logica, errei. Uma fragata demorava 1mes a lá chegar, depois tinha de ser uma da classe Vasco Da Gama, pois é sem duvida preciso Helis visto que as João Belo não teem landing pad.
Depois temos 3 Vasco da Gama, uma está no swordfish, a outra em manutenção...e a restante é a tal que leio nos foruns que ta sempre parada ou a ir patrulhar barcos de pesta (dizem que se passa qualquer coisa com a fragata).

O ideal seria enviar um C-130 com tropas para proteger cidadãos portugueses em caso de evacuação de emergencia. Os cidadãos vinham por meio de aviões civis/fretados.
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Maio 09, 2006, 05:18:49 pm
Portugal não pode nem deve avançar – salvo se a situação tomar contornos incontroláveis – sem um pedido claro do governo timorense ou – o que seria ideal – do Presidente Xanana Gusmão.

Qualquer tentativa de intervenção neste momento sem o aval de alguma destas entidades timorenses correria o risco de ser interpretada como uma intromissão da potencia colonial num pais soberano.

Se o pedido de ajuda vier de facto a consumar-se, penso que uma força como a da GNR que esteve no Iraque seria suficiente e talvez a mais vocacionada para esta missão.
Título:
Enviado por: Nuno Bento em Maio 10, 2006, 12:51:03 am
Do conhecimento que tenho da realidade timorense penso que a medida ideal seria enviar já por um avião um pelotão +- 30 soldados da GNR (os timorenses so de ouvirem o nome GNR ficam logo com medo), até o ramos horta ontem disse na TV, quando estava a falar dos policias mortos e feridos ,  que o melhor era virem uns quantos GNR e que os mesmos estiveram no Iraque e não tiveram baixas.
Tal contigente seria o suficiente para fazer a segurança dos Portugueses, e  preparar a eventual evacuação possivelmente em aviões fretados.
Título:
Enviado por: Rui Elias em Maio 10, 2006, 10:28:54 am
Efectivamente já há no território alguns responsáveis politicos locais que pediram a Portugal a disponibilização de uma compahia da GNR para ajudar a polícia local a controlar os distúrbios, e para eventual reforço da segurança.

O que me parece, e agora vou dar a minha opinião, é a seguinte:


Um país quando vê os seus cidadãos em perigo não precisa, à luz do direito internacional de pedir permissão ao país em crise para resgatar os seus cidadãos.

Isso acontece frequentemente com vários países ocidentais em África.

Por isso, e se a a situação se se agravar a ponto de se verificar que os portugueses lá correm sérios riscos de segurança, Portugal teria 2 caminhos:

Solicitar à Austrália a ajuda para a protecção da comunidade estrangeira lá, o que incluiria os portugueses ou tentar na medida das suas possibilidades fazer avançar para lá uma força militar e/ou militarizada para proteger as instalações de concentração dos nacionais, assegurar um corredor de segurança, e a partir daí, embarcar as pessoas em aviões fretados.

O que eu preconizaria era desde já o envio de uma fragata VdG, que até poderia atracar em Moçambique, um país amigo, e que fica sensivelmente a meio caminho, e a partir daí, avaliar a situação.

Se a coisa acalmasse, a fragata regressaria a Portugal, ou faria uma visita a Timor num ambiente mais calmo, como a que a NRP Corte Real fez recentemente a alguns dos PALOP's (para mostrar bandeira).

É que mais uma vez, Portugal, e todos nós estamos cientes das distâncias envolvidas e dos poucos recursos que temos, não pode ficar de cócoras, como ficou em 1999, em que mau grado o brilhante trabalho diplomático que efectuaou, no terreno adoptou a triste figura do "vá lá um de nós, que eu fico aqui", chegando a nossa Vasco da Gama a Timor um mês depois dos primeiros C-130 australianos terem aterrado em Dili.

Muito pouco, para quem se diz interessado, e tem responsabilidade sobre os seus nacionais.

Por isso, o que eu preconizaria era isso:

Partida desde já de uma fragata e 2 Linx's para território mais perto, avaliação constante da situação e depois, se esta relamente descambasse para um processo de violência que colocasse em risco a integridade e segurança dos muitos portugueses no local, fazer avançar a fragata, com os fuzileiros, e mais 2 C-130 que aterrariam em Baucau.

Nesses 2 C-130, também 2 pelotões de operações especiais, ou Comandos e 2/3 viaturas tácticas para apoio.

O que não seria incompatível com o auxílio da Áustrália.

Mas Portugal manteria e marcaria a sua presença lá, e deixaria de ser tão dependente.

Se temos tropas para o Kososvo e Afeganistão, porque nos "cortamos" relativamente a Timor?
Título:
Enviado por: luis filipe silva em Maio 10, 2006, 10:45:22 am
In Noticias Luzófonas:

Citar
«Se necessário, portugueses sairão via Austrália», diz Embaixador
[ 9-May-2006 - 15:22 ]

Em caso de necessidade, a retirada da comunidade portuguesa em Timor-Leste, cerca de 500 pessoas, será feita por via aérea através da Austrália, informou hoje o embaixador de Portugal, João Ramos Pinto.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Maio 10, 2006, 02:04:46 pm
Artigo do Diário Digital.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=227069 (http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=227069)

Mais uma vez estamos sem dinheiro :(
Título:
Enviado por: Nuno Bento em Maio 11, 2006, 12:27:14 am
Citação de: "Rui Elias"



Por isso, o que eu preconizaria era isso:

Partida desde já de uma fragata e 2 Linx's para território mais perto, avaliação constante da situação e depois, se esta relamente descambasse para um processo de violência que colocasse em risco a integridade e segurança dos muitos portugueses no local, fazer avançar a fragata, com os fuzileiros, e mais 2 C-130 que aterrariam em Baucau.

Nesses 2 C-130, também 2 pelotões de operações especiais, ou Comandos e 2/3 viaturas tácticas para apoio.





Porque Baucau e não Dili? cerca de 80% da comunidade portuguesa vive em dili e a distancia baucau dili leva cerca de 2H 30 m a ser percorrida. E o Aeroporto de Dili tem capacidade para a aterragem de c-130  eu proprio ja os vi aterrar e descolar varias vezes.
Título:
Enviado por: Rui Elias em Maio 11, 2006, 09:38:19 am
Eu sei, Nuno.

Todos nós vimos pela TV os primeiros C-130 australianos a aterrar em Dili.

Mas para aviões de mauior porte, o de Baucau é melhor para retirar as pessoas.

Imaginemos que seriam necessários aviões a jacto para essa retirada.

Os C-130 aterravam em Baucau, com 2 pelotões de comandos e uma viatuiras pafra asegurar o comando do aeroposto, e asseguravam um perimetro de segurança à volta do aéroporto para que depois, através do corpo de fuzos da Armada, com a fragata acostada em Dili, se pudesse fazer ao corredor de seguraça entre as 2 cidades.

Porque para retirar toda a quela gente seriam necessária muitas viagens de C-130 entre Dili ou Baucau e Darwin.

Ora com o fretamento de um jacto de passageiros, bastariam 2 ou 3 viagens para que os mais de 500 portugueses que quisessem regressar o pudessem fazer.
Título:
Enviado por: TOMKAT em Maio 11, 2006, 09:50:25 pm
Parece que as duas OHP da Marinha Portuguesa já vão a caminho de Timor...

E vão lá chegar rapidamente,... à velocidade dum pensamento...

Já têm montado o novo sistema Stealth que lhes confere uma verdadeira invisibilidade... ninguém as consegue ver,.... nem nós.

Os nossos inimigos que se cuidem.... :roll:
Título:
Enviado por: Nuno Bento em Maio 11, 2006, 11:55:51 pm
Citação de: "Rui Elias"
Eu sei, Nuno.

 2 pelotões de comandos e uma viatuiras pafra asegurar o comando do aeroposto, e asseguravam um perimetro de segurança à volta do aéroporto
.


O Batalhão de Infantaria de Baucau, o unico actualmente operacional das FDTL tem o seu quartel no Aeroporto de Baucau. Se eles se manifestassem hostis(o que eu não acredito)  não eram 2 pelotões que iriam assegurar o controlo do Aeroporto.
Título:
Enviado por: luis filipe silva em Maio 11, 2006, 11:57:51 pm
Sem fazer grandes filmes como o Rui Elias que julga que somos uma potência, já há muitos dias deviamos ter um C 130 em Darwin.Em poucas viagens punham os Tugas em segurança, e não pedíamos favores a ninguém.No entanto os governos português e australiano têm um plano de evacuação estudado em caso de necessidade.É assim que funciona entre nações civilizadas. Simples, não?
Título:
Enviado por: Nuno Bento em Maio 12, 2006, 12:24:08 am
O que vale é que eu penso que isto tudo não passa de jogadas politicas com uns ajustes de contas pelo meio(o povo maubere é muito vingativo), pelo que nunca será necessário uma evacuação. O que Portugal tem a fazer e respondendo ao apelo do governo de timor leste é enviar uma companhia da GNR para ajudar na pacificação. Porque a policia local ainda esta muito verdinha, vejam la que o policia que foi esfaqueada ate a morte, o foi, porque quando foram chamados para resgatar o Secretario de estado que estava raptado os raptores disseram que so deixavam a policia aproximar-se se fosse desarmada. E assim a policia foi desarmada, escusado será dizer que os raptores quando viram a policia desarmada carregaram com catanas sobres os policias Matando um e esfaqueando mais dois.
Título:
Enviado por: Marauder em Maio 12, 2006, 09:55:33 am
Caso a situação se agrave, solicitar a ajuda e apoio da Austrália

Foi a minha opção visto que, excluíndo a 1ª, as outras 2 referiam sempre o envio de uma fragata..

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Timor-Leste:Marinha de guerra pronta a ajudar, diz Austrália
O primeiro-ministro australiano disse hoje que dois barcos da marinha de guerra estão de prevenção para seguir para Timor-Leste caso se registem novos incidentes, revelou a Australian Broadcasting Corporation.

O primeiro-ministro, John Howard, anunciou que os dois navios de transporte anfíbios, Kanimbala e Manoora, estão neste momento navegar em direcção ao norte da Austrália.

John Howard considerou que, caso seja feito um pedido de ajuda por parte de Timor-Leste, a marinha de guerra australiana está numa posição que lhe permite dar respostas imediatas.

«Não tivemos até ao momento qualquer pedido» confirmou, no entanto, o primeiro-ministro australiano.

John Howard referiu que a decisão da marinha «faz todo o sentido porque caso seja necessário poderá reagir rapidamente».

No início da semana, o ministro dos negócios estrangeiros australiano, Alexander Downer, considerou que a situação em Timor- Leste «continuava instável» depois dos incidentes ocorridos com militares.

Diário Digital / Lusa

12-05-2006 4:37:00


É que estes não demoram um mês...

Mas defendo o envio de um C-130 com 1 companhia de fuzileiros, ou GNR. Com a devida autorização do governo timorense, e caso a situação piore.

Também o reforço da missão da UE era algo importante neste periodo próximo..
Título:
Enviado por: TOMKAT em Maio 12, 2006, 02:46:29 pm
Do Diário Digital

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Ramos Horta espera poder contar com a GNR em Timor em Agosto

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, José Ramos-Horta, revelou esta sexta-feira que espera poder contar com a Guarda Nacional Republicana (GNR) em território timorense já a partir do próximo mês de Agosto, se possível, enquadrada num mandato da ONU.
A notícia é avançada pela edição online da Rádio Renascença, que salienta o facto de Ramos Horta estar preocupado com a substituição de conselheiros civis da polícia timorense, os únicos que tentaram ajudar a polícia timorense nos recentes episódios de violência em Gleno.

O MNE timorense garante, de resto, já ter protestado junto da ONU pelas alterações que estarão a ser preparadas sem conhecimento do Governo de Timor.

"O comissário nacional da polícia timorense manifestou o seu desagrado, surpresa e preocupação pelo facto das Nações Unidas estarem a querer substituir os conselheiros policiais portugueses e brasileiros por outros», garantiu Ramos Horta, numa altura em que o Conselho de Segurança deve prolongar a sua missão no território por apenas mais um mês, embora a ONU deva continuar em Timor até 2007, no âmbito de uma resolução seguinte.

Quanto a um noticiado pedido de ajuda feito à Austrália, país que tem dois navios de guerra a postos para qualquer eventualidade, o ministro timorense assegurou que tal nunca aconteceu, sentenciando que «tudo o que pedimos foi à ONU».

Ramos Horta revela ainda esperar novo período de instabilidade na próxima semana, quando tiver lugar o congresso da Fretilin, movimento do qual já fez parte, mas de que já não é militante, afirmou.

Com negociações sobre o tema agendadas para esta sexta-feira, em Nova Iorque, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, já afirmou estar empenhado em conseguir uma solução para Timor-Leste, trabalhando em conjunto com Portugal.



A missão da ONU em Timor foi prolongada apenas mais um mês por imposoção dos EUA, ao contrário do que pretendiam o Governo timorense e o secretário-geral da ONU, Kofi Annan.

Sócrates já veio dizer que independentemente de ser no âmbito, ou não, da ONU, Portugal vai ajudar o governo timorense.

A ver vamos....
Até Agosto muita água vai passar sobre a ponte, se é que se vai esperar até Agosto para fazer qualquer coisa.

Acerca da votação proposta no tópico... não votei em nada.

Mandar uma fragata para Timor ?

Alguém se deu ao trabalho de fazer contas aos custos de tal operação ?
Temos disponibilidades financeiras para isso ?

Não foi proposta a opção lógica e ao alcance da nossa "carteira", o envio de dois C130 com uma companhia de Fuzos e forças da GNR, mais os equipamentos indespensáveis para uma missão desse tipo.

Forças navais,... os australianos que as disponibilizem, coisa que aliás já estão a fazer ao colocarem 2 navios de guerra de prevenção para qualquer eventualidade.

Se pretendessemos ser interventivos, os C130 já deviam de ter partido ontem.
Título:
Enviado por: Rui Elias em Maio 12, 2006, 04:55:04 pm
Mas uma companhia de fuzos e mais os GNR não cabiam em 2 C-130.    :?
Título:
Enviado por: TOMKAT em Maio 12, 2006, 06:59:38 pm
Citação de: "Rui Elias"
Mas uma companhia de fuzos e mais os GNR não cabiam em 2 C-130.  :?  


Sim, tens razão Rui, mas é um problema fácilmente ultrapassável, com o fretamento de um avião civil para a transporte de meios humanos, ficando os C130 para o transporte de equipamentos, e ficando os 2 C130 estacionados na Austrália para qualquer eventualidade.

São apenas conjecturas teóricas, mas apesar de já ser um rombo considerável no nosso parco orçamento destinado à defesa (ou a outra coisa qualquer), ficaria muito mais barato e com uma eficácia muito maior do que a partida de uma fragata com destino a Timor.

A deslocação da própira fragata absorveria todos os meios financeiros provavelmente só em viagens.

E depois, havendo conflitos no terreno de que nos serviria uma fragata ao largo com 2 Linx que até estão práticamente desarmados.

A companhia de Fuzos (ou outra força qualquer) teria que estar sempre no terreno.

E os equipamentos ao serviço dessa mesma companhia?

Os C130 também não levarão grande coisa, mas no mínimo chegam lá rápido e poderão fazer uma ponte aérea entre Timor e a Austrália para levar equipamnetos para o terreno.

Levar os equipamentos para a Austrália ?
Fretando um avião de carga.

Mas ficarão sempre pontas soltas, que apenas põe a nu a nossa pequenez.

Agora, enviar uma fragata para Timor,... é dinheiro deitado fora.
Título:
Enviado por: luis filipe silva em Maio 12, 2006, 07:59:07 pm
Completamente de acordo Tomkat.
Se bem me lembro, neste tópico foi a única intervenção de jeito, e com lógica. Eu por acaso também não votei porque os cenários propostos não têm lógica nenhuma.
Título:
Enviado por: pedro em Maio 12, 2006, 08:42:29 pm
E ja agora dois f-16 para escoltar os c-130 e o aviao que fosse fretado?? :lol:  :lol:
Título:
Enviado por: Nuno Bento em Maio 17, 2006, 11:51:06 pm
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GNR está pronta para Timor
2006/05/17 | 23:17
Mas falta decisão política, revela comandante-geral
 
MAIS:
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O Comandante-geral da GNR, Mourato Nunes, revelou hoje que aquela força militarizada tem uma companhia pronta para ir para Timor-Leste a qualquer momento, faltando apenas a decisão política.

Em entrevista à rádio TSF, Mourato Nunes adianta que a GNR está preparada «para qualquer teatro de operações», mas lembra que esta é «uma decisão do foro político e que passa, neste caso concreto, dado que as Nações Unidas ainda estão em Timor, por um processo de negociação entre o Governo timorense, a ONU e o Governo português».

«O nosso compromisso, no âmbito da Eurojendfor, é ter uma capacidade projectável de uma força até 120 elementos no prazo de 30 dias», acrescentou.

Na mesma entrevista, Mourato Nunes admite que, face a outras polícias internacionais, a GNR está em melhores condições para actuar em Timor.

«Portugal tem a vantagem do conhecimento da língua e do conhecimento local, sobretudo da imagem que deixou aquando das intervenções em Timor», disse.

As declarações de Mourato Nunes surgem depois do primeiro- ministro, José Sócrates, se ter reunido com o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, na semana passada, tendo ambos concordado que a questão de Timor-Leste deve continuar a ser tratada no âmbito das Nações Unidas, incluindo o reforço da presença portuguesa em Díli.

Segundo o Estado-Maior general das Forças Armadas, estão actualmente em Timor-Leste 17 militares a desempenhar funções de assessoria à formação das componentes terrestres e naval das Forças de defesa timorenses.

Timor-Leste vive um período de tensão provocado por incidentes protagonizados por militares contestatários que alegam discriminação por parte da hierarquia das forças armadas.

Os confrontos com as forças da segurança no fim de Abril provocaram cinco mortos e o êxodo para as montanhas de cerca de 70 por cento da população da capital, de acordo com as Nações Unidas.

Nos últimos dias a população começou a regressar gradualmente à capital
Título:
Enviado por: Lightning em Maio 18, 2006, 09:22:00 pm
Eu votei na opção dos C-130 por ser a mais parecida com a minha opinião mas claro que faria algumas correções.

Penso que o governo de Timor já pediu a Portugal o envio da GNR para lá por isso enviava-se já uma companhia do Regimento de Infantaria, fariam manutenção da lei e ordem e caso fosse necessário seriam uma boa ajuda numa evacuação de civis.

Caso a situação se tornasse fora de controle enviava-se 1 ou 2 aviões C-130 mais forças terrestres (paras, fuzos, comandos) para em conjunto com as forças militares Australianas resgatarem os cidadãos estrangeiros.
A FAP tem 6 C-130 mas não sei quantos tão em manutenção e quantos tão operacionais e como vai um agora para o Congo será que teriamos 2 C-130 para enviar para a Austrália?

Acho muito irreal enviar um navio para o local por razões já aqui ditas e com as quais concordo completamente, fica muito longe, se acontecesse algo de grave quando a fragata lá chegasse já não teria nada para fazer e existe na região paises amigos que podem dar apoio naval a uma eventual evaquação muito mais facilmente.

Não sei porque houve pessoal que falou em tropas chinesas em Timor? Eles já participaram em missões de manutenção de paz em Timor?
Preferia que fossem Japoneses, Sul-Coreanos, Tailandeses, Filipinos.... agora chineses não:shock:
Título:
Enviado por: Lightning em Maio 18, 2006, 09:23:59 pm
Citação de: "pedro"
E ja agora dois f-16 para escoltar os c-130 e o aviao que fosse fretado?? :lol:  :lol:


e um submarino para ir com a Fragata já agora
Título:
Enviado por: Luso em Maio 18, 2006, 10:05:10 pm
Eu proponho o recrutamento dos militares timorenses revoltosos.
Título:
Enviado por: Lightning em Maio 18, 2006, 10:06:53 pm
Citação de: "Luso"
Eu proponho o recrutamento dos militares timorenses revoltosos.


eu recrutava-os como voluntários à força para irem para o Brasil fazer de guarda prisional? :twisted:  :twisted:
Título:
Enviado por: Nuno Bento em Maio 19, 2006, 03:01:45 am
Está desde ontem atracada no porto de Dili uma fragata francesa F760 ? eu so vim de longe. Veio para as cerimonias do Aniversario da Independencia, eu vou tirar umas fotos e se alguem me ensinar a utilizar o imageshack eu posto aqui.
Título:
Enviado por: Rui Elias em Maio 19, 2006, 03:45:32 pm
Vá lá...


Os franceses enviam uma fragata que estaria na zona para participar no aniversário e nós ficamos nas retrancas    :evil:
Título:
Enviado por: Nuno Bento em Maio 22, 2006, 06:33:26 am
Pronto aqui vão as fotos tratava-se da fragata F-730 Floreal da classe com o mesmo nome.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg143.imageshack.us%2Fimg143%2F1390%2Fdsc008603an.th.jpg&hash=f18caa6e708dcc70386afcb1f9b2c527)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg116.imageshack.us%2Fimg116%2F3804%2Fdsc008549fk.th.jpg&hash=0bdcfa92492da79770ff8ffefcf4e4bd)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg116.imageshack.us%2Fimg116%2F9494%2Fdsc008554mo.th.jpg&hash=ba3fbaebffdac02dbea3e1ee8f83faa5)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg47.imageshack.us%2Fimg47%2F5992%2Fdsc008564ip.jpg&hash=1037e917979d61742f9d3f7a7c480c3c)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg50.imageshack.us%2Fimg50%2F6130%2Fdsc008581cz.jpg&hash=d0e1576a4fc30ad59a7d7a24385157bf)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg20.imageshack.us%2Fimg20%2F7367%2Fdsc008597yl.jpg&hash=e12aa9eb7ced654e8344b6cdf0ea96dd)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg78.imageshack.us%2Fimg78%2F7633%2Fdsc008575dr.jpg&hash=f7cef0f3ecee6bb9c3e200e73cb0a557)
Título:
Enviado por: Nuno Bento em Maio 22, 2006, 06:59:26 am
Já agora tambem ponho uma foto da Base naval de Sidney eu tirei muitas fotos da base mas infelizmente perdias, e so me resta esta ao longe, se alguem a quiser na versão de 7 Mp é so pedir que eu mando por e-mail da para ver que é uma perry e a outra não sei.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg89.imageshack.us%2Fimg89%2F7492%2Fdsc000195li.jpg&hash=054e2b4368658856eea903b131a23d1e)

Num futuro topico vou por fotos do Museu da Real Força Aerea Australiana em Darwin.
Título:
Enviado por: Rui Elias em Maio 22, 2006, 02:03:40 pm
Nuno:

A fragata ao lado da Perry (classe Adelaide) parece ser um Meko-200 australiana (ANZAC).

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.navy.gov.au%2Fgallery%2Fimages%2F20050218ran8100087_017.jpg&hash=83ec90f7c165346c0996e66557f32940)
O HMAS Parramatta

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Deslocamento: 3600 tonnes
Comprimento: 118 metres
Boca: 14.8 metres
Guarnição: 164

Propulsion One General Electric LM 2500 Gas Turbine
two MTU diesels driving two controllable pitch propellers.

Velocidade: 27 nós

Sistemas de armas: One 5 inch Mk 45 Mod 2 automatic rapid fire gun.
Sea Sparrow anti-air missile system.
Two Mk 32 triple-mounted anti-submarine torpedo tubes.
Six 50 calibre machine guns.

Aircraft One SH-2G(A) Super Seasprite armed with 'Penguin' missiles


A mais que as nossas Vasco da Gama, possuem o VLS para MK-45, mas não têm CIWS Phalanx 20Mmm.
Título:
Enviado por: Nuno Bento em Maio 22, 2006, 11:45:43 pm
Citação de: "Rui Elias"
Nuno:

A fragata ao lado da Perry (classe Adelaide) parece ser um Meko-200 australiana (ANZAC).


Eu Ampliei a foto no meu PC e realmente é uma Meko-200
Título:
Enviado por: Nuno Bento em Maio 24, 2006, 12:19:38 am
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23-05-2006 15:57:00.  Fonte LUSA.    Notícia SIR-8015546
Temas:  política portugal timor-leste partidos

Timor-Leste: PS defende força de interposição da ONU se a situação se agravar

 
Lisboa, 23 Mai (Lusa) - O secretário nacional do PS para as Relações In ternacionais, José Lello, defendeu hoje a necessidade de uma força militar de in terposição das Nações Unidas caso os conflitos internos se agravem e ponham em p erigo o Estado timorense.

"Se a situação em Timor-Leste evoluir para um clima de perigo da ordem pública, ameaçando a sustentabilidade do Estado timorense, as Nações Unidas deve rão então mobilizar forças de interposição para assegurar a estabilidade do país ", afirmou José Lello à agência Lusa.

Pelo menos três pessoas morreram e nove ficaram feridas em confrontos o corridos hoje nos arredores de Díli entre efectivos das forças de segurança e ho mens liderados pelo major Alfredo Reinado, oficial que comandava a Polícia Milit ar e que a 3 de Maio abandonou a cadeia de comando das forças armadas timorenses .

As vítimas mortais são um militar das FALINTIL-Forças de Defesa de Timo r-Leste (F-FDTL), um elemento da Polícia Nacional de Timor-Leste e um dos rebeld es sob o comando do major Reinado.

Um porta-voz do Governo timorense afirmou em Díli que "as forças armada s e a polícia encetaram a perseguição ao grupo liderado pelo major Reinado, com vista à sua detenção".

Na sequência dos incidentes, o Governo australiano reafirmou hoje a sua disponibilidade para enviar uma força de segurança para Timor-Leste, se as auto ridades de Díli ou as Nações Unidas o solicitarem.

Confrontando com os incidentes de hoje nos arredores de Díli, José Lell o referiu que "as Nações Unidas continuam presentes em Timor-Leste" e deverão se r os elementos desta organização a proceder "à necessária avaliação" da situação interna naquele país.

"Só há uma forma de intervir em Timor-Leste: através das Nações Unidas" , defendeu o dirigente do PS (partido no poder), advertindo que, em relação a es te país "independente, Portugal não pode tomar qualquer posição unilateral".

Sobre a situação em Timor-Leste, o primeiro-ministro, José Sócrates, af irmou na semana passada que, "em qualquer circunstância, Portugal ajudará" o pov o timorense.

No entanto, o chefe do Governo português tem também insistido que o eve ntual envio de uma companhia da GNR para Timor-Leste para terá de ocorrer no âmb ito de "um mandato internacional".

PMF.

Lusa/Fim



 
Título:
Enviado por: Rui Elias em Maio 24, 2006, 01:08:40 pm
É pena que mais uma vez Portugal prefira que sejam outros a avançar primeiro, e assim ganhar peso politico no país.
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Maio 25, 2006, 04:00:03 pm
Citação de: "Rui Elias"
É pena que mais uma vez Portugal prefira que sejam outros a avançar primeiro, e assim ganhar peso politico no país.


E não é só o facto de ganhar ou perder peso político.

Se as forças portuguesas (GNR) tivessem sido enviadas aquando do primeiro apelo informal do Ramos Horta e quando a situação estava ainda incipiente, muito provavelmente não se teria chegado à actual situação e não se teriam perdido as vidas que se perderam.

É sempre esta mania irritante de actuar com mil e uma cautelas mesmo nas nossas áreas de influência directa :evil: .
Título:
Enviado por: jomite em Maio 26, 2006, 03:17:40 am
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Se as forças portuguesas (GNR) tivessem sido enviadas aquando do primeiro apelo informal do Ramos Horta e quando a situação estava ainda incipiente, muito provavelmente não se teria chegado à actual situação e não se teriam perdido as vidas que se perderam.


 Como é costume em Portugal deixa-se tudo para a ultima hora!

 As minhas observações em relação ao que se tem estádo a passar são as seguintes:

-Assim que começaram a existir focos de conflito e o Ramos Horta pediu informalmente o apoio de portugal devia-se ter feito algo.

-Além da GNR talvez fosse melhor enviar também uma companhia de Fuzileiros, porque se a situação se agravar ainda mais seria bom ter no território uma unidade verdadeiramente militar e não apenas de policiamento e manutenção da ordem pública, apesar da presença de tropas Australianas.

-O governo aceitou o envio da GNR mesmo sem ser no âmbito da ONU o que me leva a pensar se por exemplo no futuro algum país da CPLP com problemas semelhante, temos o exemplo da Guiné-Bissau que cada duas por três tem tido periodos de instabilidade e conflitos internos ou então S.Tomé e Principe que à uns anos também teve problemas do género, pedir apoio a Portugal para controlar uma situação semelhante a esta, qual será a resposta?
  O governo de um desses países pode dizer "ajudarão o governo de Timor e a nós não, porquê?"
  Isto no caso de uma resposta negativa, que me parece o mais provável.
É claro que a opinião pública não veria com tão bons olhos o envio de tropas ou GNR  para um desses países perante uma situação semelhante. Timor é especial para os portugueses.

-O que eu ainda não sei verdadeiramente é se os militares revoltosos têm ou não realmente motivos sérios para tomar uma atitude destas.

- Imaginemos que a situação se descontrola ainda mais!
  Tendo em conta a resistência dada aos indonésios durante cerca de 25 anos os timorenses são um povo dificil de vencer. Não sei o numero de soldados que a Indonésia tinha permanentemente em Timor durante a ocupação, mas seriam concerteza mais do que aqueles que Austrália já enviou e os outros países vão enviar.
  Se o país entrar mesmo em guerra civil e como tal de guerrilha será uma situação complicáda.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Maio 26, 2006, 09:36:39 am
Envio da GNR para Timor contestado pelas Forças Armadas

 
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A opção de enviar a Guarda Nacional Republicana (GNR) para Timor-Leste está a criar desconforto no seio das Forças Armadas. Segundo o Correio da Manhã de hoje, os três ramos não vêem com bons olhos a partida daquela força para a ex-colónia portuguesa por considerarem que está em causa uma missão da sua competência.
«A nós (Forças Armadas) cabe impor a ordem. A GNR só deveria actuar depois desta estar restabelecida», segundo fontes militares contactadas pelo jornal.

Outro dos argumentos utilizados é a boa relação entre os militares portugueses e a população timorense.

«Temos uma relação privilegiada com a sociedade timorense», acrescentaram as mesmas fontes, considerando que neste momento a situação no país «pede uma intervenção militar».

Entretanto, os porta-vozes dos três ramos das Forças Armadas confirmaram que existem meios prontos para actuar no terreno, caso isso seja solicitado pelo Presidente da República, Cavaco Silva.

A notícia faz manchete do jornal no dia em que partem para Timor-Leste os primeiros militares da GNR.

Três oficiais vão preparar a chegada da companhia do Batalhão Operacional. Para a semana chegam 40 elementos, 12 deles da Companhia de Operações Especiais e até 23 de Junho chegará todo o contingente, num total de 120 militares.

26-05-2006 8:08:31
Título:
Enviado por: Rui Elias em Maio 26, 2006, 10:29:42 am
Por isso estre inquérito que aqui propuz:

Porque não foi enviada a tempo uma fragata para Timor, e embarcada, uma companhia de fuzileiros da Armada, para o que desse e viesse?

Se não fossem necessários, melhor.

Mas sendo necessários, concerteza que o Governo/autroridades de Timor não iriam rejeitar essa força, que por pequena que fosse, se comparada com o contingente australiano, daria a Poprtigal uma imagem de país empenhado.

E teriamos sempre a desculpa de estar ali para defender os nacionais que lá vivem, mesmo que em coordenação e cooperação com os australianos e malaios.

Portugal não pode ser sempre o eterno atrasado nestas coisas.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Maio 26, 2006, 10:42:24 am
A noticia do CM não está completa, mas pelo que ouvi na TV ontem, quem lançou o debate foi o Exército, que queriam enviar a Brigada de Reação Rápida.
Título:
Enviado por: Rui Elias em Maio 26, 2006, 10:47:15 am
Sim, um coronel do Exército referiu isso e deu a entender que o Exército tem essa força de reação rápida com um grau de disponibilidade de poucas horas.

Em qualquer caso, ontem o Governo também não enjeitou a possibilidade de se a situação no terreno o justificar, que Portugal poderá voltar a enviar elementos das FA's para Timor.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Maio 26, 2006, 01:35:27 pm
A noticia completa publicada no CM.
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp? ... al=181&p=0 (http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=202952&idselect=181&idCanal=181&p=0)
Título:
Enviado por: luis filipe silva em Maio 26, 2006, 03:16:35 pm
Por mim Portugal já fez o que tinha a fazer. Timor já é independente, e nós não somos bombeiros, para andar a apagar os fogos que eles próprios ateiam.
Esta história levou em 1976 à invasão por parte da Indonésia.
Os timorenses não aprenderam? problema deles!...
Na minha opinião isto é um problema de ordem pública, e portanto interno.
Acho que 50 milhões anuais são uma boa ajuda.
No entanto acho que poderíamos ter um C 130 estacionado em Darwin, para recolher os nossos cidadãos, e alguns soldados para assegurar o aeroporto.
Título:
Enviado por: papatango em Maio 26, 2006, 08:38:02 pm
Mandar uma fragata para Timor, de pouco servia, porque os rebeldes não têm marinha.
A presença da Fragata em Timor, no periodo da independência, tinha razão de ser, porque havia uma situação de indefinição com a Indonesia e não se sabia qual a posição que a nova presidente na altura (Megawati) tomaria durante o periodo de transição.

Tería justificação mandar uma fragata, se Portugal tivesse um Navio de Apoio Logistico, de forma a que o navio pudesse funcionar como base de comando de operações, mas não temos tal navio.

= = =

A afirmação produzida ontem sobre a existência de uma Brigada de Reação Rápida, é - do meu ponto de vista - apenas decorrente da imaginação delirante de alguns oficiais das forças armadas, que infelizmente não têm a mais pequena noção dos custos e da dificuldade em suportar uma força a esta distância, e de transporta-la.

Temos que ter a noção de que em qualquer circunstância, a Australia chegará sempre antes, e a Australia não só tem muito mais armas, melhores e mais modernas, como está ali a um saltinho.

Nós, mesmo que tivessemos uma brigada de reação rápida equipada com armamento adequado, não a conseguiriamos colocar em Timor. Não temo aviões para isso.

A necessidade de obter um OK das Nações Unidas, tem a ver também com a facilidade na obtenção de todo o tipo de autorizações de sobrevoo que são necessárias. Os nossos C-130 não são aviões de transporte estratégico, e por isso precisam de ir aos saltinhos de canguru de aqui até Díli.

A única forma de ter evitado a situação, era ter mantido uma força militar portuguesa em Timor, que poderia ser do nível batalhão, mesmo que com um efectivo reduzido. Um efectivo de 300 a 400 militares, ou mesmo menos, equipados com dois ou três M-113 (que os Austrlianos utilizam) seriam o suficiente para meter medo a qualquer tentativamais ou menos rebelde.

Talvêz a pergunta seja:

O que estão as nossas tropas a fazer no Afeganistão e na Bósnia?
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Cumprimentos
Título:
Enviado por: ricardonunes em Maio 26, 2006, 08:49:51 pm
papatango, concordo com o que escreveu.
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O que estão as nossas tropas a fazer no Afeganistão e na Bósnia?

A ganhar os suplementos de missão no estrangeiro (ajudas de custo)...
Título:
Enviado por: Spectral em Maio 27, 2006, 07:11:46 pm
pt,
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O que estão as nossas tropas a fazer no Afeganistão e na Bósnia?


A cumprir as obrigações de Portugal como membro da NATO e da UE, como aliás os outros estados membros destas organizações.

Quanto ao resto do post do pt, também concordo,acho que atém nem teria sido preciso a presença de um batalhão, uma companhia de GNR até já teria bastado ( e teria sido bem melhor se Timor tivesse abandonado a formação de forças armadas e se concentrado numa força do modelo da GNR) para prever esta situação. Claro que isto também dependeria da vontade do Governo deles...
Título:
Enviado por: papatango em Maio 27, 2006, 08:42:42 pm
Spectral: Eu também acho que devemos cumprir os nossos compromissos.

Mas uma pergunta:
A Bosnia faz parte da NATO?
Será que um batalhão na Bósnia faz realmente uma diferença considerável?

Onde é que acha que os portugueses acham que devem estar os seus militares, na Bosnia ou em Timor?

Do nosso ponto de vista o que é que é mais importante, a Bósnia ou Timor?

Eu como cidadão, começo a perguntar-me sobre que compromissos com a Bosnia nós temos (e que cumprimos). E também pergunto se temos compromissos para com Timor ou não...

Enviamos companhias de tropas especiais para o Afeganistão (que são das melhores que temos)  à procura do Bin Laden, quando  enviamos uns quantos GNR para Timor ?

Eu nem sequer acho que a GNR não seja adequada, mas tenho dificuldade em entender este tipo de questões.

A Austrália já se sabia que ía desembarcar as tropas, com ou sem aval das Nações Unidas e esteve-se marimbando para isso.

Fico com a impressão que o ministros Antonio Costa, só entendeu a gravidade das coisas quando o Freitas do Amaral leu o despacho da Agência Lusa.... :oops:

Isto fez-me lembrar os fogos de verão no ano passado. Este senhor Costa será adequado para a Administração Interna, sabendo-se que se trata de um ministério que comanda tropas militarizadas ?

Começam-se a avolumar dúvidas.

Se fosse o Santana Lopes a meter tanta pata na poça e a demonstrar tanta inepcia, já tinha caído o governo *

Cumprimentos



* Notar que eu não sou favoravel a demissões de ministros ou de governos. Estou apenas a constatar um facto.
Título:
Enviado por: Spectral em Maio 27, 2006, 09:13:50 pm
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Mas uma pergunta:
A Bosnia faz parte da NATO?
Será que um batalhão na Bósnia faz realmente uma diferença considerável?

Onde é que acha que os portugueses acham que devem estar os seus militares, na Bosnia ou em Timor?

Do nosso ponto de vista o que é que é mais importante, a Bósnia ou Timor?

Bem, falando um pouco à "real-politik" a estabilidade nos Balcãs é mais importante para Portugal que Timor que está no outro lado do mundo. Quer queiramos quer não a nossa ligação a Timor prende-se mais por motivos históricos e sentimentais, e não ao verdadeiro *interesse* de Portugal ( não que isso seja uma coisa má, muito pelo contrário).

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Enviamos companhias de tropas especiais para o Afeganistão (que são das melhores que temos) à procura do Bin Laden, quando enviamos uns quantos GNR para Timor ?

Eu nem sequer acho que a GNR não seja adequada, mas tenho dificuldade em entender este tipo de questões.


Eu também acho que o tempo dos GNRs já passou, agora devia ir tipo de força, mas o nosso governo parece não querer ferir as susceptibilidades dos timorenses ( por muito estúpido que isto também me parece). Acho que não estamos assim tão mal como isso, caso houvesse mesmo vontade podia-se enviar relativamente rapidamente uma companhia de páras ou fuzos para a Austrália em voos fretados e daí deslocá-los para Timor em conjunto com a Austrália (quer queiramos quer não eles são a chave nesta situação).
Título:
Enviado por: Get_It em Maio 27, 2006, 10:01:18 pm
A nível da importância de Timor para Portugal, acho que só mesmo por «motivos históricos e sentimentais». Pois pelo que li e sei só temos perdido (de certo modo) com Timor nos últimos 2-3 anos. Eu sou a favor de enviarmos ajuda (pará)militar para Timor, e até acho que já devíamos ter enviado quinta-feira (25) passada alguma unidade das FA's - fosse ela "para", fuzileiros ou outra [1] - em pelo menos 1 C-130H e em aviões fretados (tal como o Spectral indicou). Esse C-130H ficaria por sua vez em Timor para fazer ponte entre Díli e Darwin, como foi referido na votação.

E para referência [1]:
Citação de: "Rui Elias ([url=http
Sex 26 Mai, 2006 9:47 am[/url])"]Sim, um coronel do Exército referiu isso e deu a entender que o Exército tem essa força de rea[c]ção rápida com um grau de disponibilidade de poucas horas.

Em qualquer caso, ontem o Governo também não enjeitou a possibilidade de se a situação no terreno o justificar, que Portugal poderá voltar a enviar elementos das FA's para Timor.

Citação de: "Spectral"
Citação de: "papatango"
Eu nem sequer acho que a GNR não seja adequada, mas tenho dificuldade em entender este tipo de questões.

Eu também acho que o tempo dos GNRs já passou, agora devia ir tipo de força, mas o nosso governo parece não querer ferir as susceptibilidades dos timorenses ( por muito estúpido que isto também me parece). Acho que não estamos assim tão mal como isso, caso houvesse mesmo vontade podia-se enviar relativamente rapidamente uma companhia de páras ou fuzos para a Austrália em voos fretados e daí deslocá-los para Timor em conjunto com a Austrália (quer queiramos quer não eles são a chave nesta situação).

Segundo um certo jornal - que é provavelmente o CM - que alguém citou já aqui no fórum, a GNR deverá ir também para Timor formar a polícia timorense - ou pelo menos o que restar. Ora bem, visto os objectivos deles, fico ainda mais a favor de enviar militares das FA's para lá. Na minha opinião a GNR devia ser enviada depois, para formar e manter a segurança; agora e pelo que me parece as coisas estão a agravar lá e não a melhorar, e penso que tão cedo os australianos o vão conseguir.

A Austrália tem muito mais que ganhar ao enviar forças para Timor do que nós, e visto que já sabemos que eles estão lá a tratar do petrol... do povo timorense, digo eu, tratam de ajudar os portugueses - que quiserem - a partirem, ao ponto do nosso governo não precisar de enviar nada, que de facto é o que quer fazer, mas lá alguém os deve ter beliscado. De facto os timorenses em vez de terem aprendido português deviam ter aprendido inglês. :shock:

Cumprimentos,
Título:
Enviado por: Luso em Maio 28, 2006, 11:05:10 am
Esta rapaziada nova tem uma facilidade em renegar a história de uma maneira surpreendente.
Se forem assim tão pragmáticos para umas coisas também o poderão ser para outras!
Tenham em atenção as minhas palavras...
Título:
Enviado por: Rui Elias em Junho 23, 2006, 10:22:37 am
Get-It:

É verdade que Timor aparentemete terá pouco inetersse objectivo e material para nós, como o tem a Guiné ou S. Tomé.

E há muita gente oriunda das ex-colónis que agora afirmarm coisas do género:

"se quiseram a independência, agora que se amanhem".

Ora Portugal se perder todos os laços com as suas ex-colónias, acabará por perder a sua dimensão atlãntica e ultramarina, não já numa perspectiva colonial, mas cultural, linguística, e geo-estratégica.

E isso poderá permitir que Portugal tenha um peso politico especifico no seio da União Europeia.

Como aconteceu na Guiné-Bissau em 1998, em que não tivessemos intervido, a França tornaria a antiga colónia numa protectorado ou agora com Timor, relativamente à Austrália.

O que se passa é que Portugal, como qualquer outro país tem interesses geo-estratégicos a defender que lhe valem esse valor específico de que lhe falei.

Por isso o interesse que mostra, dentro das limitações de um país pequeno e sem grandes meios financeiros e materiais.

Se Timor interessa à Austrália, porque não poderia interessar a Portugal?

Se a Guiné-Bissau, um dos países mais pobres de África interessa à França, porque Portugal deveria dar esse território de bandeja?