Sines: nova refinaria emitirá 6 milhões de toneladas de CO2

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Marauder

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Sines: nova refinaria emitirá 6 milhões de toneladas de CO2

A refinaria que o empresário Patrick Monteiro de Barros e outros investidores pretendem construir em Sines vai emitir seis milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2)por ano, constituindo uma das instalações industriais do país com maior contribuição unitária para o aquecimento global, avança o jornal Público na edição de domingo.


Este número foi confirmado ao jornal pelo secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, e é avançado também pela associação ambientalista Quercus.

Segundo o governante, o estudo de impacte ambiental que está em análise neste momento aponta para 2,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono emitidos pela refinaria em si, através dos processos de transformação de petróleo em derivados.

Mas o funcionamento da refinaria implica a construção de oputras unidades, em particular uma central de co-geração, para produzir electricidade e vapor, lançarão uma quantidade ainda maior de carbono para a atmosfera. «O total ultrapassa as seis milhões de toneladas», afirma o secretário de Estado.

Nos cálculos da Quercus, se a refinaria estiver operacional em 2010, nos três anos até 2012 as emissões custariam um total de 360 milhões de euros - caso o preço da tonelada de carbono seja de 20 euros.

Este custo tem de ser tido em conta no plano de investimento do projecto, e não suportado pelo Estado, refere o artigo citando argumentos da associação.

30-04-2006 10:03:09


de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=66390

Pois...isto agora cada tonelada de carbono libertada paga-se....e embora em princípio este valor já está nas contas do projecto privado relativamente à rentabilidade -o que faz o ultimo parágrafo da notícia ser uma aberração sem sentido- logo, se o projecto tem pernas para andar é porque é rentável. A licensa para emitir x toneladas de carbono será paga ao estado.

O que me preocupa é o impacto que terá na quota de carbono que Portugal tem. Hoje em dia já se liberta muito mais que se devia, e então, com esta refinaria simplesmente iremos ficar mais distantes dos valores referidos para Portugal. E depois paga-se o excendente a preço de ouro. Sim, eu não estou a ver os países que produzem menos quantidades de CO2 do que deviam andar propriamente a "oferecer os restos" por pouco dinheiro. Mas vamos esperar para ver....o mercado do Carbono.

http://en.wikipedia.org/wiki/Carbon_market
 

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Get_It

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Notícia: Nova refinaria de Sines em risco
« Responder #1 em: Maio 01, 2006, 03:26:18 pm »
Notícia hoje (1 de Maio) da SIC Online:
Citação de: "SIC Online"
   
Nova refinaria de Sines em risco
Falta de licenças de emissão de dióxido de carbono dificulta negociações
    
A nova refinaria de Sines está em risco. As negociações entre o Governo e o empresário Patrick Monteiro de Barros estão bloqueadas. Um dos problemas é a falta de licenças de emissão de dióxido de carbono.

Segundo o Diário Económico há dois obstáculos no caminho da nova refinaria de Sines. Em primeiro lugar o empresário Monteiro de Barros não quer assumir a totalidade dos encargos da compra de licenças de emissão de dióxido de carbono. Com o preço da tonelada nos 30 euros os encargos anuais andariam à volta dos 180 milhões de euros.

Fontes do sector citadas pelo jornal dizem que uma alternativa seria o Estado assumir esse encargo, isto se o projecto for considerado de interesse nacional.

O segundo obstáculo prende-se com a construção de uma mega central para produção conjunta de electricidade e vapor com cerca de 500 MW. Um projecto que beneficiaria de uma tarifa eléctrica especial. O problema aqui é que o Governo tem recusado aceitar centrais com mais de 100 MW de potência.

Por estes motivos o Diário Económico escreve na edição de hoje que as negociações entre o Governo e o empresário Patrick Monteiro de Barros estão bloqueadas, pondo em risco a nova refinaria de Sines, um investimento de mais de 4 mil milhões de euros.

fonte: http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinh ... +risco.htm


Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Doctor Z

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« Responder #2 em: Maio 02, 2006, 11:18:51 am »
Não sei se será melhor ou pior construír essa refinaria ...
Blog Olivença é Portugal
"Se és Alentejano, Deus te abençoe...se não
és, Deus te perdoe" (Frase escrita num azulejo
patente ao público no museu do castelo de
Olivença).

:XpõFERENS./
 

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pedro

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« Responder #3 em: Maio 02, 2006, 12:38:14 pm »
Eu digo que sera melhor porque vai criar muitos postos de trabalho directos e outros indirectos.
e vai fazer  concorencia aqui a Roterdao. :lol:
 

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Marauder

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« Responder #4 em: Maio 02, 2006, 03:21:50 pm »
Realmente o Monteiro de Barros anda a pedir esmola ao governo na época errada...Portugal já tem, para além do grande problema do déficit, o problema do excesso de emissões de CO2, e ao mesmo tempo, ele quer através de seu projecto: aumentar emissões, aumentar despesa do estado. Sem falar do problema da central eléctrica necessária...

Se realmente o homem quer continuar, que "organize" uma empresa...tuga, e construa a refinaria em Marrocos. Certo é que é investimento que vai para outro país, mas que ao menos se crie uma empresa portuguesa!!!

Relativamente aos empregos directos e indirectos, penso que no total dá um numero médio..não desprezável. Quando se falava do hipotético fecho da refinaria de Matosinhos, penso que os números andavam pelos 2000 empregos (directos e indirectos). Portanto não é nenhum S. Sebastião ...que irá impulsionar a nossa economia.

Outra coisa é o facto de estarmos a caminhar para o fim do ciclo do petróleo....relembro que as estimativas apontam para que se atinja este ano a produção máxima de petróleo. Mas penso isto somente fará a industria do petróleo mais rentável (como se vê hoje em dia)...porque com a produção estagnada e futuramente a diminuir, e a procura a aumentar...preços mais altos virão lalalala...e isto é quase um facto!!

Cumprimentos

PS: Outra ideia...que se dê indepêndencia à Madeira e se construe lá a refinaria  :D
 

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ricardonunes

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« Responder #5 em: Maio 22, 2006, 09:59:39 am »
Potius mori quam foedari
 

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Nuno Bento

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« Responder #6 em: Maio 23, 2006, 06:39:40 am »
Bem é o que se chama muita parra pouca uva.

O governo passa a vida a anunciar mega projectos, no entanto quantos chegam a execução????


Assim não há paciencia, se não é do cu é das calças.
 

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Marauder

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« Responder #7 em: Maio 31, 2006, 05:11:37 pm »
Governo: Incentivos pedidos por Monteiro Barros inaceitáveis
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=67778

A refinaria está cada vez mais loooonnnnge...
 

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ricardonunes

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« Responder #8 em: Junho 01, 2006, 05:34:18 pm »
Resposta ao ministro da Economia
Monteiro de Barros culpa o Governo pelo fracasso da refinaria de Sines

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O empresário Patrick Monteiro de Barros considerou hoje que os ministérios do Ambiente e da Economia não tiveram capacidade para gerir o processo da refinaria proposta para Sines.

Monteiro de Barros disse, em encontro com jornalistas, que cancelou o projecto por incapacidade do Governo de garantir o cumprimento das datas estabelecidas.

"Houve da parte do Ambiente e da Economia falta de capacidade para gerir este dossier", afirmou.

A construção da refinaria Vasco da Gama tinha por base o aproveitamento de "janelas de oportunidade no mercado norte-americano" e também que dependia de acordos de opção para a vertente técnica, pelo que a data era fundamental.

Por isso, "no memorando de entendimento está escrito preto no branco que a data central é 30 de Maio", sustentou.

O protocolo de entendimento estabelecido entre o empresário e o Governo fixava o dia 30 de Maio para a emissão de todas as licenças administrativas.

Monteiro de Barros garantiu ainda que a única alteração que houve no projecto "foi para melhor", adiantou, referindo que dizia respeito à redução dos níveis de emissão de CO2 da refinaria.


Acordo com Estado previa que emissões de gases seriam gratuitas

O protocolo de entendimento estabelecido entre o Governo e o empresário Patrick Monteiro de Barros definia como gratuitas e sem limite as emissões de gases com efeito de estufa permitidas à refinaria a instalar em Sines.

O protocolo preliminar de entendimento entre o empresário e o Ministério da Economia para a construção da refinaria Vasco da Gama foi hoje divulgado por Patrick Monteiro de Barros, depois de findo o prazo de confidencialidade acordado entre as partes.

O ponto 6 do anexo III do protocolo previa a "reserva e atribuição gratuita de licenças de emissão de gases com efeito de estufa na quantidade necessária ao integral funcionamento da refinaria e outras instalações acessórias".

A atribuição das licenças, de forma gratuita, era garantida através do Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão (PNALE) de 2008 a 2012 e anos seguintes, refere ainda o texto do protocolo.

O acordo garantia ainda a atribuição ao projecto de Patrick Monteiro de Barros dos níveis de "incentivos mais altos previstos na lei".

PNALE aprovado em 2005

O Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão (PNALE) entrou em vigor em Março de 2005, dando início à atribuição de licenças a cerca de 250 empresas portuguesas que aderiram ao sistema europeu de compra e venda de direitos de poluição.

Este mercado de carbono permite às instalações industriais portuguesas abrangidas a emissão de 38,16 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, entre 2005 e 2007.
Potius mori quam foedari
 

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Marauder

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« Responder #9 em: Junho 01, 2006, 06:16:20 pm »
E o contra-ataque...

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Pinho atribui queixas de Monteiro de Barros a recusa de 1.200 M€

O ministro da Economia afirmou esta quinta-feira à Lusa que as queixas do empresário Monteiro de Barros são resultado da recusa do Governo em conceder-lhe um incentivo de 1.200 milhões de euros para a instalação de uma refinaria em Sines.


«Qualquer português medianamente inteligente percebe que há uma grande diferença entre 1.200 milhões de euros em dinheiro como pretendia Monteiro de Barros, e 800 milhões de euros num conjunto de incentivos que vão de fiscais, a formação, terrenos, infraestruturas e licenças para produzir electricidade», adiantou Manuel Pinho.

«As queixas do empresário Monteiro de Barros são o resultado de o Governo lhe ter recusado 1.200 milhões de euros em incentivos pagos à cabeça, como pretendia», sublinhou o ministro em declarações à agência Lusa.

Diário Digital / Lusa

01-06-2006 17:48:00


de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=67867

Só prova que o Barros tem raizes portuguesas..rapaz matreiro hehe