Economia de Moçambique

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Re: Economia de Moçambique
« Responder #30 em: Agosto 31, 2011, 06:38:37 pm »
Nippon Steel começa produzir carvão em 2014


A japonesa Nippon Steel Corporation, quarta maior siderúrgica do mundo, anunciou hoje que o seu projecto de produção de carvão de coque de Revuboé, em Tete, centro de Moçambique, arrancará em 2014, devendo montar infra-estruturas necessárias durante 2012.
Na fase de pico, a Nippon Steel prevê produzir cinco milhões de toneladas de carvão por ano.

Citado pela Reuters, o director de matérias-primas da empresa e sector de compras de máquinas da Nippon Steel, Shinichi Fujiwara, disse que o objectivo da empresa é diversificar as suas fontes de mercadoria siderúrgica.

"Precisamos considerar o risco geográfico e também o risco de uma maior concorrência de compradores indianos e chineses, apesar de Queensland (Austrália) continuar a ser a base do nosso abastecimento de carvão", acrescentou.

A empresa de produção de aço Nippon Steel tem uma parceria com o grupo australiano Talbot e da Coreia do Sul POSCO no projecto de produção de carvão coque Revuboé.

Lusa
 

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Re: Economia de Moçambique
« Responder #31 em: Agosto 31, 2011, 08:05:56 pm »
Empresa chinesa Sogecoa investe 14 Milhões de €€€ na pesquisa de ouro


A empresa chinesa Sogecoa está a investir cerca de 14 milhões de euros na pesquisa de ouro na Gorongosa, centro de Moçambique, anunciou hoje o governador da província de Sofala. "Dependendo das quantidades de ouro identificadas nos jazigos poderá investir-se na construção da planta de processamento deste mineral", disse Carvalho Muária, referindo que a prospecção começou há dois meses e deve estar concluída até final do ano.

Muária falava num seminário sobre a província de Sofala que hoje decorreu na FACIM, a Feira Internacional de Maputo que se realiza nos arredores da capital moçambicana até ao próximo domingo.

Segundo adiantou, o contrato celebrado com a Sogecoa prevê que, no caso de descoberta de ouro em quantidades comerciais, os actuais garimpeiros serão recrutados para trabalhar na nova fábrica.

Até agora, a Sogecoa, propriedade de dois empresários chineses, tinha-se destacado no sector da construção civil, com a renovação do hotel Polana e a construção das sedes do Banco ProCredit e do Centro de Promoção de Investimentos, obras realizadas em Maputo.

No final do último ano, a empresa pediu e obteve licenças para prospecção do ouro em Chifunde, província de Tete, e na Gorongosa, Sofala.

Lusa
 

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Re: Economia de Moçambique
« Responder #32 em: Setembro 21, 2011, 07:00:52 pm »
HP entra em Moçambique até ao final do ano


Moçambique integra a lista dos dez mercados emergentes em África onde a multinacional norte-americana de informática Hewlett-Packard (HP) pretende expandir operações até final do ano, para "apoiar o desenvolvimento de uma forte indústria de tecnologias de informação".

Este mês, a multinacional anunciou o início de operações em Angola, Botswana, Congo, Gana, Tanzânia e Uganda, devendo abrir escritórios em Moçambique, Etiópia e Maurícias, até ao final deste ano. A empresa já indicou um novo gestor para dirigir as suas operações em cada um dos países, garante a empresa em nota.

A HP sublinha que a estratégia visa acelerar o crescimento nos mercados mundiais em rápida expansão, com a criação de estratégias de mercado especializadas e soluções tecnológicas.

A multinacional pretende ainda estabelecer relações com novos clientes, parceiros e sector público, satisfazendo as necessidades específicas dos mercados em franco desenvolvimento.

"A expansão da HP em África vai apoiar o desenvolvimento de uma forte indústria de tecnologias de informação, que irá sustentar o crescimento económico sustentável, ajudando a criar emprego, estabilidade e oportunidades de mudança de vida no Continente", disse o vice-presidente da HP para o Crescimento dos Mercados, Brian Humphries.

Segundo o responsável, os diversos produtos e sistemas da HP tornam o grupo "num líder de provedores de tecnologias de informação em África e um importante contribuinte para o crescimento da região".

Os novos escritórios da HP a serem abertos no continente africano juntam-se aos que já existem na África do Sul, Argélia, Egipto, Marrocos, Nigéria, Quénia e Tunísia. A companhia começou as suas operações no continente africano em 1994.

Lusa
 

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Re: Economia de Moçambique
« Responder #33 em: Outubro 21, 2011, 07:45:19 pm »
ENI descobre 'gigante' campo de gás em Moçambique


O grupo italiano ENI anunciou ontem ter descoberto um «gigante» campo de gás ao largo de Moçambique, a «maior jamais efectuada» pelo grupo como operador. A zona Mamba Sul, onde foi efectuada esta descoberta através da perfuração do poço Mamba Sul 1, pode conter "um potencial de 425 biliões de metros cúbicos" de gás, acrescentou a ENI num comunicado.

A perfuração deste poço foi realizada a uma profundidade de água de 1.585 metros a aproximadamente 40 km da província de Cabo Delgado no norte de Moçambique, adiantou a ENI.

«Os resultados obtidos (...) superaram as expectativas» e indicam que esta zona é «uma nova província do gás de importância mundial», segundo o grupo italiano.

Os trabalhos de exploração irão continuar com a perfuração de um segundo poço, Mamba Norte 1.

Esta descoberta de gás conduzirá ao «desenvolvimento em grande escala por meio de exportações para os mercados regionais e internacionais» do gás, que também será utilizado no mercado interno, o que «apoiará o crescimento industrial e económico do país», considerou a ENI.

A ENI é a operadora do bloco 4 de exploração marítima de Moçambique, onde se encontra a zona Mamba Sul, com uma parte de 70%. Os seus parceiros são o grupo português Galp (10%), o coreano Kogas (10%) e o moçambicano ENH (10%).

SOL
 

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Re: Economia de Moçambique
« Responder #34 em: Novembro 03, 2011, 08:33:15 pm »
SABMiller vai produzir cerveja de mandioca em Moçambique


A SABMiller anunciou que irá começar a produzir na sua fábrica de Nampula, no norte de Moçambique, uma cerveja de mandioca destinada aos consumidores rurais. "O que vamos tentar fazer é, comercializando-a a 75% do preço da cerveja convencional, atrair consumidores com baixos rendimentos, residentes no mundo rural, que tendem a beber produtos ilícitos ou artesanais", disse em Joanesburgo, no acto de lançamento do produto, o director-executivo da SABMiller Africa, Mark Nowman.

A cerveja de mandioca (ou de cassava, como também é conhecida), com a marca "Impala", será produzida pela Cervejas de Moçambique, uma filial da SABMiller, na sua unidade de Nampula e será vendida ao preço de 25 meticais (cerca de 93 cêntimos do dólar) por garrafa de 550 mililitros, revelou aquele responsável.

A SABMiller descreve a "Impala" como "uma cerveja de cor amarelo-pálido, com gosto semelhante à das duas marcas da empresa mais conhecidas em Moçambique, a Laurentina e a 2M".

Bowman salientou que, em todo o continente, a sua empresa está a tentar penetrar no meio rural com produtos mais tradicionais do que a "normal" cerveja de cevada e que estejam ao alcance dos consumidores "com aspirações, mas com menos poder de compra" do que aqueles residentes nas zonas urbanas. No Uganda, por exemplo, a SABMiller está a produzir e a comercializar a "Eagle", uma cerveja de sorgo, semelhante à produzida artesanalmente no meio rural daquele país, e que já é o produto mais vendido da empresa no país.

A mandioca, ou cassava, é uma raiz oriunda das Américas que tem uma importância significativa na alimentação das populações rurais africanas. No entanto, o seu elevado conteúdo de água torna-a difícil de transportar e armazenar.

Para dar a volta a este problema, refere a SABMiller, a empresa começou a levar os equipamentos e meios de produção, uma unidade móvel de processamento da mandioca patrocinada pela empresa holandesa para o desenvolvimento da agricultura e comércio, até aos agricultores.

A equipa leva, a reboque, a unidade móvel até aos locais de produção da mandioca e ali desenvolve o processo de extracção da água, deixando a mandioca pronta para fermentação, explicou Graham McKay, o director de operações da empresa cervejeira.

McKay disse que com esta iniciativa foram criados 1.500 postos de trabalho, entre agricultores de pequena escala e famílias em Moçambique.

Lusa
 

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Re: Economia de Moçambique
« Responder #35 em: Novembro 14, 2011, 07:48:16 pm »
ENI planeia investir 36 mil milhões de €€€ no gás de Moçambique


O grupo italiano ENI, pretende investir cerca de 36 mil milhões de euros no desenvolvimento do gás natural em Moçambique, após a recente descoberta de gigantescas reservas no norte do país. O presidente do grupo italiano ENI, Paolo Scaroni, falando na sexta-feira em Milão, disse que o objectivo do investimento é exportar o gás natural para mercados asiáticos e referiu que está a ser ponderada a construção de diversas unidades de condensação do gás natural.

O grupo italiano ENI informou estar a projectar a construção de duas ou três unidades de liquefacção em Moçambique, onde trabalharão 40 mil pessoas, e que o primeiro gás natural podia ser liquefeito em 2016, mas disse ser cedo para avançar com datas e valores.

"Ainda estamos a fazer mais furos", disse Paolo Scaroni.

O presidente da ENI adiantou ter sido recebido na quinta-feira, em Maputo, pelo Presidente moçambicano, Armando Guebuza, tendo informado da necessidade de construir uma localidade perto do local da descoberta do gás.

"Temos que construir uma nova localidade e discutimos a localização" com o Presidente moçambicano, disse Scaroni.

Lusa
 

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Re: Economia de Moçambique
« Responder #36 em: Novembro 24, 2011, 06:55:48 pm »
Moçambique lança projecto energético avaliado em 1.300 Milhões de €€€


O presidente moçambicano, Armando Guebuza, lançou hoje em Maputo a primeira fase do Projecto da Linha de Transporte de Energia Tete-Maputo, para a construção da maior linha de energia do país, orçada em 1,3 mil milhões de euros.

O empreendimento hoje lançado será financiado por fundos públicos do Estado moçambicano, pela Noruega e França e pelo Banco de Investimento Europeu.

O projecto preconiza a construção de uma linha de 1.400 quilómetros de longa e alta voltagem, para o transporte de energia eléctrica a partir da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), na província de Tete, centro de Moçambique, e de Mpanda Nkuwa, que será construída na mesma província.

A infra-estrutura, cuja entrada em funcionamento está prevista para 2016, vai integrar a rede de produção, transmissão e distribuição de energia entre o centro e o sul do país, acabando com a dependência energética em relação à África do Sul, para onde é enviada a energia da HCB, antes de ser utilizada em Moçambique.

No lançamento do empreendimento, o chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, afirmou que a linha Maputo-Tete será importante para projectos de industrialização do país e permitirá a geração de excedentes energéticos para serem exportados para os países da África Austral. "Este projecto vai quebrar o ciclo de ausência de investimentos de uso intensivo de energia por não haver energia e de não haver energia por falta de consumidores intensivos ou consumidores âncora em Moçambique", sublinhou Armando Guebuza.

A linha, afirmou ainda o chefe de Estado moçambicano, vai garantir a viabilização de novos projectos no sector energético e a expansão do fornecimento de energia a mais comunidades do país.

Lusa
 

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Re: Economia de Moçambique
« Responder #37 em: Novembro 24, 2011, 07:17:40 pm »
Área cultivada em Moçambique aumenta 47% em 10 anos


A área cultivada em Moçambique no ano agrícola 2009-2010 ocupou 5.5 milhões de hectares, um aumento de 47% em relação à década anterior, segundo dados do censo agrícola e de pecuária do Instituto Nacional de Estatística de Moçambique (INE).

O presidente do INE, João Loureiro, disse que existem no país 3.824.585 fazendas, mais 25% em relação às 3.064.715 encontradas no primeiro censo agrícola. Do total de fazendas agora apurado, 99,6% cobrem menos de 10 hectares, e 72% menos dois hectares.

Segundo o censo do INE, 57% da área cultivada no país é ocupada por alimentos básicos, como arroz, sorgo, milho, amendoim e vários tipos de feijão. Embora a mandioca seja um alimento básico na maior parte do campo e cultivada em mais de um milhão de hectares, não é considerada " cultura alimentar básica".

Das 3.824.585 fazendas existentes no país, 1.300.000 possuem um total de 38,2 milhões de cajueiros. As pequenas explorações próprias têm, em média, 27,4 cajueiros, mas as 172 grandes fazendas que cultivam castanha de caju têm uma média de 872 árvores cada. Há dez anos, o primeiro censo agrícola encontrou 53.860.000 cajueiros, o que significa uma quebra de 29%, o que poderá indicar que as árvores de caju de Moçambique estão a morrer e não são substituídos em número suficiente.

O número de gado aumentou de 722.189 animais há uma década para os actuais 1,277 milhões, e existem 205.612 fazendas com uma média de 6,2 cabeças de gado.

A pesquisa do INE mostrou que para 42,2% das famílias rurais os campos não produzem o suficiente para as suas necessidades alimentares. Este número subiu para 65,7% na província de Gaza, sul do país, e para 51,9% em Inhambane, ambas no sul. Estas são as duas províncias com uma longa história de migração de trabalhadores para as minas da África do Sul.

Na província fértil e populosa de Nampula, norte do país, 50,8% dos domicílios tinham experimentado a escassez de alimentos.

Na maioria dos casos 51,3% das famílias que tiveram escassez de alimentos culparam a falta de chuva para a quebra de safra, mas 9,1% disseram que passavam fome porque não têm terras suficientes para cultivar.

Lusa
 

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Re: Economia de Moçambique
« Responder #38 em: Dezembro 15, 2011, 12:38:11 am »
Petrobras e Petromoc vão produzir etanol em Moçambique


As empresas Petrobras, a Petrobras Biocombustível, a Guarani e a Petróleos de Moçambique (Petromoc) assinaram hoje, em Maputo, um protocolo de intenções para estudar a possibilidade de produzir e comercializar etanol no país africano.
Em Moçambique, a Petrobras Biocombustível e a Guarani já são sócias na Companhia de Sena, com capacidade de moagem de 1,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

Com o acordo assinado hoje, as companhias vão avaliar a viabilidade de utilizar a unidade para produzir também o combustível renovável. A expectativa é atender ao mercado que deverá surgir em Moçambique com a introdução da mistura obrigatória de 10 por cento de etanol na gasolina.

"Essa medida terá impactos positivos na redução da dependência de Moçambique por combustíveis importados, contribuindo para garantir segurança energética no país", avaliou a Petrobras, em comunicado.

Lusa
 

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Re: Economia de Moçambique
« Responder #39 em: Fevereiro 17, 2012, 07:42:08 pm »
Moçambique quer construir linha de electricidade ligando o centro e o norte


O governo moçambicano pretende construir uma nova linha de transmissão de energia elétrica ligando as regiões centro e norte do país, para satisfazer as exigências dos novos projetos de exploração de recursos minerais.O diretor nacional de Energia de Moçambique, Pascoal Bacela, disse que o governo aguarda os resultados do estudo de viabilidade para decidir sobre a construção da nova linha, que deverá seguir o trajeto Caia-Nampula-Nacala, no centro e norte.

A outra alternativa poderá ser a rota Tete-Nampula-Nacala, assinalou Pascoal Bacela, citado pelo jornal Notícias.

As autoridades estão igualmente a levar a cabo um projeto de energia elétrica, que ligará a região norte de Moçambique ao Malawi e à rede elétrica da África austral.

"A nossa felicidade como país é podermos contar com elevado potencial hidroelétrico e recursos como o carvão e hidrocarbonetos e o gás natural, que nos permitem também a produção de energia, para além das energias renováveis. Isto oferece ao país melhores condições para a existência de um sector de energia que pode responder de forma segura, eficaz e duradoura às exigências do desenvolvimento económico e social", disse Pascoal Bacela.

Lusa
 

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Re: Economia de Moçambique
« Responder #40 em: Junho 09, 2012, 01:18:09 am »
FMI quer «transparência» nas concessões de minérios em Moçambique


O Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu a "publicação e transparência" dos contratos assinados pelo governo moçambicano e empresas ligadas à indústria extrativa em Moçambique, apelando às autoridades de Maputo a elaborarem contratos-padrão que obedeçam a normas internacionais.Falando aos jornalistas no final de uma palestra intitulada "Perspetivas Económicas Regionais para África Subsariana", o representante do FMI em Moçambique, Victor Lledó, reconheceu que "os contratos têm coisas de natureza competitiva que, em princípio é desvantajoso a empresa publicar, mas do ponto de vista dos termos fiscais estes contratos devem ser publicados".

"Dentro dos seus guiões de transparências uma das nossas propostas claras é que os contratos devem ser publicados", afirmou Victor Lledó, sublinhando que o FMI é de opinião de que "os próximos contratos sejam contratos modelos", observando princípios internacionais.

Um estudo recente do Centro de Integridade Pública sobre a indústria mineira em Moçambique denunciou que "todos os contratos são secretos, não se sabendo que direitos e obrigações cabem às empresas ou ao Estado" moçambicano.

"O nosso aconselhamento tem sido de que na sua grande maioria os contratos devem ser contratos modelos, em que as especificidades de taxação, regime fiscal e concessões devem estar todas fora do contrato, devem estar no regime fiscal", disse, no entanto, Victor Lledó quando questionado sobre o posicionamento do FMI com relação ao assunto. "É este aconselhamento que continuamos a dar o governo para que os próximos contratos sejam contratos modelos", garantiu.

No entanto, Victor Lledó lembrou que "já existem contratos modelos usados no setor do gás", pelo que a sugestão do FMI ao governo moçambicano é que "cada vez mais os contratos sejam padrões e os termos sejam fora dos contratos e, naturalmente, como sendo parte de leis, sejam públicos".

De acordo com o relatório do FMI sobre perspetivas económicas para África Subsariana, o crescimento económico de Moçambique "continuará bastante robusto, mas desacelerará um pouco relativamente a 2011".

Em declarações aos jornalistas, Victor Lledó disse que, para 2011, as estimativas DO FMI são de crescimento do Produto Interno Bruto de Moçambique, que deverá situar-se em torno de sete por cento, mas para o presente ano, a previsão daquela instituição financeira mundial é de que o crescimento do PIB esteja em torno de 6,7 por cento, "em parte refletindo o agravamento da crise económica global".

Mas, assinalou o representante do FMI, "de uma certa forma", Moçambique terá um crescimento "bastante elevado se comparado aos seus pares na Africa subsaariana".

"Para 2013 a perspetiva é que haja uma recuperação do crescimento para a casa de 7,2%, com o crescimento do PIB mantendo-se em torno de 7,8% no médio prazo", concluiu.

Lusa
 

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Re: Economia de Moçambique
« Responder #41 em: Fevereiro 07, 2013, 04:53:05 pm »
Moçambique confiante num acordo com a Rio Tinto


A ministra dos Recursos Minerais moçambicana, Esperança Bias, mostrou-se confiante numa solução que viabilize as exportações da multinacional Rio Tinto, que registou prejuízos de mais de dois mil milhões de euros, devido a dificuldades de escoamento de carvão.

A Rio Tinto demitiu em janeiro o seu diretor-executivo, Tom Albanese, na sequência dos prejuízos acumulados pela companhia anglo-australiana nas suas operações em Moçambique.
 
À margem de uma conferência internacional na cidade do Cabo, África do Sul, a ministra dos Recursos Minerais moçambicana desdramatizou notícias que apontam para a possibilidade de a mineira anglo-australiana vender os seus ativos em Moçambique, devido a dificuldades de escoar a produção de carvão.
 
"Naturalmente que estamos preocupados. Mas se se olhar para os problemas enfrentados pela Rio Tinto, eles não são problemas exclusivamente de Moçambique. Moçambique foi apenas parte do problema e nós acreditamos que podemos encontrar uma solução", afirmou Esperança Bias.
 
Minimizando rumores de uma possível retirada da Rio Tinto de Moçambique, a governante adiantou que a empresa tem mostrado abertura no sentido de encontrar uma solução para as dificuldades que enfrenta em Moçambique.

Lusa
 

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Re: Economia de Moçambique
« Responder #42 em: Fevereiro 13, 2013, 01:50:26 pm »
Rússia perdoa 144 milhões de dólares a Moçambique


A Rússia anunciou hoje que vai perdoar uma dívida a Moçambique no valor de 144 milhões de dólares (108 milhões de euros), cujo montante será utilizado no reforço da cooperação bilateral, sobretudo nas áreas da defesa, agricultura, prospeção geológica e formação.

O anúncio foi feito pelo ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, após um encontro em Maputo com o seu homólogo moçambicano, Oldemiro Balói.
 
Lavrov recordou a forte presença de material originário da União Soviética e da Rússia nas forças armadas moçambicanas para defender uma maior cooperação no domínio militar entre os dois países
 
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, que se encontra numa visita de dois dias a Moçambique, revelou haver interesse de empresas do seu país na concorrida área dos recursos minerais de Moçambique.
 
Esta foi a primeira visita de um MNE da Rússia a Moçambique, após décadas de relações privilegiadas entre a antiga colónia portuguesa e a União Soviética.
 
Os dois países manifestaram agora o desejo de reforçarem as relações bilaterais, após um percurso "altos e baixos", como referiu o chefe da diplomacia moçambicana, Oldemiro Balói.

Lusa
 

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Re: Economia de Moçambique
« Responder #43 em: Março 13, 2013, 08:45:29 pm »
"É urgente Moçambique estar no mercado do gás", presidente da Galp Energia


O presidente da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira, considerou hoje "urgente" Moçambique entrar no mercado de exportação de Gás Natural Liquefeito (LNG), alertando para o perigo de redução do valor do recurso em caso de atraso. Ao longo da Bacia do Rovuma, norte de Moçambique, decorre uma das maiores pesquisas e prospecções de petróleo, feitas por uma dezena de multinacionais petrolíferas, entre elas a portuguesa Galp Energia, bem como a norte-americana Anadarko, a malaia Petronas (malaia), a canadiana Artumas, a italiana ENI, a norueguesa Norsh Hydro, entre muitas outras.

Moçambique prevê iniciar em 2018 a venda de gás natural descoberto na costa marítima da província de Cabo Delgado, o que poderá contribuir para o Produto Interno Bruto em 13 por cento, contra os atuais 1,7 por cento, dos recursos naturais no geral.

Falando na Conferência Internacional sobre Gás, que hoje arrancou em Maputo, Ferreira de Oliveira disse que "Moçambique tem um papel chave no desenvolvimento desta capacidade de produção imprescindível para o abastecimento de energia no mundo".

Mas, acrescentou, "se Moçambique se atrasar no desenvolvimento dos projectos isso será um estímulo a que outros apareçam", uma vez que "a posição de Moçambique está quase equidistante do mercado Europeu, da América do Sul e do extremo Oriente".

Recentemente, a norte-americana Anadarko Petroleum elevou para o dobro (30 triliões de pés cúbicos de gás natural) as estimativas sobre as reservas de gás em prospecção no norte de Moçambique, afirmando tratar-se de uma das mais importantes descobertas de gás nos últimos dez anos.

"De facto, Moçambique vai desempenhar este papel de arbitragem e de harmonização de valor no mercado do gás", mas "se o quadro regulatório, o contexto operacional for indutor de um progresso lento outros aparecerão e o valor do recurso no mercado, do recurso de Moçambique reduz-se", disse Ferreira de Oliveira.

Por isso, "é urgente Moçambique estar no mercado", disse, sublinhando o papel da Galp Energia, "compradora de gás de LNG, que constrói as suas instalações e faz os seus investimentos no 'downstream', a contar com abastecimento".

"Esse abastecimento tem que ser fiável, contínuo, competitivo e estar pronto nas datas em que se propõe arrancar o projecto", apelou.

O responsável lembrou que "os grandes contratos de LNG são normalmente fechados muito antes de as unidades iniciarem a operação", pelo que "isso traz uma especial responsabilidade para os operadores para que cumpram os prazos e os orçamentos que lhe são atribuídos para que a rentabilidade dos projectos seja sustentável".

Falando na cerimónia de abertura da conferência, o ministro moçambicano da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, disse esperar que "os estudos para a concessão de um megaprojecto de produção de LNG resultem não só no melhoramento da posição da balança comercial do país, mas também na dinamização da economia interna através da contribuição para receitas fiscais e programas de responsabilização social".

Lusa
 

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Re: Economia de Moçambique
« Responder #44 em: Abril 22, 2013, 01:20:35 pm »
Moçambique anuncia construção de porto de águas profundas


O primeiro-ministro moçambicano, Alberto Vaquina, anunciou que o Governo concessionou as obras de construção do porto moçambicano de águas profundas na Ponta de Techobanine, a cerca de 60 quilómetros de Maputo, que deverá estar concluído em 2015.

Alberto Vaquina, que falava durante a 3.ª Conferência Anual do Porto de Maputo, não revelou o nome da entidade que vai executar as obras de construção do porto, projecto avaliado em sete mil milhões de dólares, a serem desembolsados pelos governos de Moçambique e do Botsuana.

"A implantação do porto de Techobanine constitui um desafio ao nosso sector de Educação, particularmente no ensino técnico profissional, que deverá assegurar a formação de quadros para integrar o sector portuário", considerou o governante.

Concebido ainda no período colonial, o projecto do porto de águas profundas de Techobanine foi anunciado em 2010 pelo Governo moçambicano e envolve a construção de uma linha ferroviária, com uma extensão de 1.100 quilómetros, que vai ligar o Botsuana a Moçambique.

Com a construção das duas infra-estruturas, pretende-se criar condições para a exportação de minerais oriundos do Botsuana, devendo os projectos servir também a África do Sul e o Zimbabué.

A ser construído, o porto de Techobanine vai ficar localizado no interior da Reserva Natural de Elefantes de Maputo e da Reserva Especial Marinha da Ponta d´Ouro, facto que tem preocupado alguns ambientalistas.

Na Ponta de Techobanine está localizado um dos oito maiores recifes de corais do mundo.

Recentemente, o consultor internacional de meio ambiente Ian Macdonald considerou a proposta como "louca".

"Já arruinámos vários estuários importantes na Baía de Maputo e em Richards Bay, (Namíbia). Parece não haver fim para a loucura do desenvolvimento", disse Macdonald.

Segundo o consultor ambiental que trabalhou em Moçambique, as propostas originais da década de 1960 e 1990 envolviam a explosão de uma abertura através de recifes de corais e dunas costeiras para formar uma ligação entre o lago Piti e o Oceano Índico, criando-se assim o porto de águas profundas.

Lusa