Programa de substituição do C-130

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Lightning

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« Responder #45 em: Maio 23, 2008, 05:49:28 pm »
Esse programa dos C-17 chama-se SAC (Strategic Airlift Capability), por poucas palavras é, como a maior parte dos paises europeus não tem capacidade economica para comprar esses bichinhos, os vários paises juntam os eurinhos que tem e compram meia duzia para uso comum :lol: .
http://en.wikipedia.org/wiki/NATO_Strat ... Capability
http://www.nato.int/issues/strategic-li ... index.html

Portugal penso que não irá aderir pois já estamos no programa SALIS, o do aluguer dos Antonov.
http://www.nato.int/issues/strategic-li ... index.html
 

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Daniel

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« Responder #46 em: Maio 23, 2008, 06:17:23 pm »
Lightning
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Esse programa dos C-17 chama-se SAC (Strategic Airlift Capability), por poucas palavras é, como a maior parte dos paises europeus não tem capacidade economica para comprar esses bichinhos, os vários paises juntam os eurinhos que tem e compram meia duzia para uso comum  .


Sim mas os USA tambem fazem parte da lista dos 14 paises que pode usar esses 3 bichinhos, e eles teem capacidade financeira e até teem os deles, o que eu acho é que Portugal poderia aproveitar esse ujo comum e montar neles, creio que esse é o caminho a seguir, pela OTAN, NATO, a compra de material para uso comum, eis alguns dos paises que usam esses bichinho, eram 14 pelo que li passaram a 15 pois a Suécia vai se juntar ao pool de operadores dos 3 C17, Bulgária, Italia, Noruega, Holanda, Polonia, USA. c34x
 

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bokaido

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A-400M, C-17, C-5..
« Responder #47 em: Julho 28, 2008, 04:29:44 pm »
Agora que começaram a chegar os novos C-295 acho que bem podemos esperar sentados por mais aviões de transporte...

O C-390 é apenas um projecto, e não me parece q traga grande vantagem no transporte táctico.

Todos os outros aviões são extremamente caros e já se sabe q o nosso país não é uma prioridade para os fabricantes nas entregas.

Se quiserem comprar o 400M eles devem vir lá para 2018-20..

De qq das formas nunca percebi pq é q não há mais cooperação entre os países, não é p isso que a OTAN serve tb???

Aliás, bastava Portugal e Espanha terem um grupo único de transporte aéreo e se calhar já havia aviões suficientes para as necessidades dos dois países. Tudo a um custo bem menor.

Mas é claro q vão dizer q isso seria impossível e até acredito, basta ver a total ausência de cooperação na programação militar dos dois países. Não é por nada, mas os espanhóis tem alguns bons projectos e nós, aqui ao lado, fingimos que nem os conhecemos.
(desculpem o desvio ao tópico)
Ó Estrela, queres cometa?
 

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AC

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« Responder #48 em: Julho 28, 2008, 09:10:24 pm »
Há cooperação na NATO ao nível de transporte estratégico:
O programa NSAC, em que vários países NATO se juntaram para a aquisição de alguns C-17.
O programa SALIS, no qual Portugal participa, em que vários paises da NATO se juntaram para alugar e assegurar o acesso atempado a alguns An-124.

Contudo, no caso do transporte tático faz sentido que cada país tenho os seus meios.

Adquirir A-400M lá daqui lá para 2020 (mais atrasos) é uma possibilidade realista e até uma que o actual ministro da Defesa deixou em aberto.
Mas 2020 está para lá do horizonte do politicamente previsivel.
 

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nelson38899

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« Responder #49 em: Agosto 08, 2008, 09:43:29 am »
a noticia fala sobre o A400M, mas como também fala sobre a nossa força aérea achei que devia pertencer a este tópico.

Citar
Aviação militar. A Airbus adiou para dia 31 deste mês o primeiro voo de teste do novo superavião de transporte militar 'A400M'. Inicialmente, os testes estavam programados para final de Julho, mas o aparelho encontra-se ainda em montagem final, na fábrica da CASA, em Sevilha. A Força Aérea Portuguesa não tem intenções de substituir os velhinhos 'C130' pelo novo e sofisticado 'Airbus'
O novo avião militar da Airbus está pronto para começar a voar no final deste mês. O A400M tem o primeiro voo experimental marcado para o dia 31 e promete revolucionar o transporte aéreo militar, quer de tropas, equipamentos militares ou operações humanitárias. O A400M quer concorrer directamente com o velhinho Hércules C130, fabricado há cerca de 40 anos pelos americanos da Lockheed Martin e utilizado actualmente nas forças aéreas de 60 países, incluindo Portugal. O grande argumento da Airbus é a versatilidade do aparelho e a autonomia, além de oferecer uma resposta rápida em situações de emergência.

A saída do aparelho da linha de montagem final, na fábrica da CASA, em Sevilha, está atrasada cerca de doze meses. A Airbus tem contornado uma série de problemas no desenvolvimento do avião, o último dos quais em Junho, quando a Airbus informou que o primeiro voo do A400M não se realizaria a 31 de Julho, como estava programado, e adiou para 31 de Agosto a apresentação oficial do modelo . E a Airbus Military, área militar da Airbus, reviu a data para a primeira entrega do A400M - primeiro semestre de 2010. A força aérea francesa será a primeira a receber o A400M, que conta até à data com uma carteira de encomendas de 192 aparelhos.

O A400M foi uma das maiores vítimas do atraso registado com o super- avião de passageiros A380, tendo sofrido um deslizamento nos prazos para a sua fabricação e o consequente acréscimo de custos. Inicialmente, a Airbus, detida pelo Grupo EADS, estimava realizar a primeira entrega durante o primeiro semestre de 2009 e colocar o aparelho em testes durante 2007, o que acabou por não se verificar. A nova reprogramação da construtora aeronáutica europeia aponta para que o A400 saia da fábrica de Sevilha, para realizar o primeiro voo, no final deste mês.

A Airbus recebeu esta semana um novo fôlego com a apresentação dos novos critérios para o fornecimento à força aérea americana- a US Air Force - de uma nova geração de aviões de abastecimento. Para a Airbus significa entrar no mercado dos directos rivais Boeing e Lockheed.

A Airbus Military perspectiva vender 400 unidades do modelo A400M, nos próximos 20 anos. O A400M nasceu da necessidade por parte da Força Aérea de oito países de uma nova geração de aviões militares de grande porte. Em Maio de 2003, foi assinado um contrato entre a Airbus Military e a OCCAR (organização conjunta de cooperação em matéria armada), representando a Bélgica, França, Alemanha, Luxemburgo, Espanha, Turquia e Reino Unido, firmando no conjunto uma encomenda para 180 aparelhos. Em Abril de 2005, juntaram-se ao grupo a África do Sul e a Malásia, com pedidos para mais 12 aviões. Fixando em 192 os pedidos do A400M. A Força Aérea Portuguesa não tem prevista a substituição dos três C130H30 que tem ao serviço, apurou o DN junto da FAP. Para a Airbus, o A400M será o avião de carga do século XXI, que irá revolucionar as operações estratégicas e missões tácticas. A possibilidade de o aparelho poder aterrar em pistas de terra batida é um argumento de peso, a que se juntam os motores da nova geração Airbus.
www.dn.pt
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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nelson38899

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Charlie Jaguar

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« Responder #51 em: Agosto 08, 2008, 10:28:45 am »
Perante esta citação...

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A Força Aérea Portuguesa não tem prevista a substituição dos três C130H30 que tem ao serviço, apurou o DN junto da FAP.


... penso que o nome deste tópico devia ser alterado.  :roll:
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Get_It

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« Responder #52 em: Agosto 08, 2008, 03:25:12 pm »
Citação de: "Charlie Jaguar"
Perante esta citação...

Citar
A Força Aérea Portuguesa não tem prevista a substituição dos três C130H30 que tem ao serviço, apurou o DN junto da FAP.

... penso que o nome deste tópico devia ser alterado.  :roll:

MEH, lá por não haver intenções de substituir o C-130 por parte do governo não quer dizer que não possamos sonhar e dar palpites aqui no fórum.

Cumprimentos,
PS: Já não havia aqui no fórum um outro tópico dedicado à modernização do C-130?
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Charlie Jaguar

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« Responder #53 em: Agosto 08, 2008, 03:50:14 pm »
Citação de: "Get_It"
MEH, lá por não haver intenções de substituir o C-130 por parte do governo não quer dizer que não possamos sonhar e dar palpites aqui no fórum.

 Não percebi a sua indirecta, caro Get_It. Ninguém disse o contrário, nem é isso que deve depreender das minhas palavras. Os C-130 vão ser modernizados, mas não irão durar para sempre, como é óbvio. Daí que nada mais natural do que andarmos a cogitar sobre possíveis substitutos para o mesmo, ainda que o poder político não esteja para aí virado.  :roll:
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

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PedroM

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« Responder #54 em: Agosto 08, 2008, 04:21:43 pm »
Os C-130 vão ser ser todos modernizados?
E depois de modernizados qual é o seu horizonte de vida útil?

É que com a vinda da Embraer para Portugal o mais natural é que os C-130 venham, a seu tempo, a ser substituídos pelo C-390 da Embraer.
Se tudo correr sem grandes anormalidades acho isso quase inevitável.
 

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Charlie Jaguar

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« Responder #55 em: Agosto 08, 2008, 04:37:13 pm »
Sim, toda a frota C-130 irá ser modernizada; o horizonte de vida útil mais frequentemente apontado é 2018/2020. Para isso aconselho a leitura do seguinte tópico no fórum 9G's:

 :wink:

Quanto ao C-390, penso que não será uma inevitabilidade dado este ser ligeiro demais para as pretensões da FAP. Os candidatos naturais para a substituição dos C-130H/H-30 são, ou serão, o C-130J e o A400M.

A Embraer já se encontra em Portugal há alguns anos, nomeadamente nas OGMA, e não é por isso que comprámos ou nos preparamos para adquirir o EMB-314 Super Tucano, por exemplo. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, e atenção que com isto não estou a dizer que o Super Tucano seja um mau aparelho, muito pelo contrário.  :)
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
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Miguelopes

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« Responder #56 em: Agosto 09, 2008, 12:29:50 am »
Pareceu-me ter visto algures que os nossos C-130 podem facilmente adquirir a capacidade de efectuar reabastecimentos em vôo inclusivé de caças.
 Isto parece-me uma ideia bastante interessante para nós que não temos nenhum porta-aviões
 Até poderia justificar que os C-130 ficassem connosco mais algum tempo.
 

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PedroM

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« Responder #57 em: Agosto 09, 2008, 12:37:00 am »
Obrigado pela "dica" Charlie Jaguar. Interessante o tópico do Forum 9G's, particularmente as últimas 4 ou 5 páginas.

Contudo há uma questão que para mim não está clara.
Quando afirma que o C-390 é demasiado ligeiro para as necessidades da FAP, isso quer dizer que representa um retrocesso mesmo relativamente ao C-130-H30 ou que ao optar pelo A400M a FAP se propõe aumentar a sua capacidade de transporte estratégico e o C-390 não pertmitirá essa evolução?

Li algures (não me lembro onde), que os C-390 não terão capacidade para, por exemplo, transportar as PandurII que estão a ser adquiridas. A ser assim essa é de facto uma limitação severa para a operacionalidade da frota.

Apesar disso creio que as pressões se irão acentuar para que a escolha recaia no C-390. Já apareceram notícias na imprensa a dizer isso mesmo.
Veremos o que isto vai dar.
 

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AC

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« Responder #58 em: Agosto 09, 2008, 02:43:58 am »
Miguelopes,
Há de facto C-130 transformados em re-abastecedores, os KC-130 que de facto são por vezes utilizados para re-abastecer caças como um F-18.
Não sei é se a transformação é fácil ou se sacrifica muito da capacidade de transporte.

Contudo, não suportam o sistema de re-abastecimento "boom" que os F-16 usam nem me parece que seja possível instalá-lo num.
Além disso, um C-130 é lento e a quantidade de combustível que transporta não é assim tanta para o que um F-16 consome. Não sei até que ponto ia permitir aumentar o raio de acção...
 
PedroM,
basicamente creio que é a 2ª hipótese: a FAP pretende aumentar a sua capacidade de transporte e tanto quanto se sabe, os C-390 estão a apontar para a capacidade dos actuais C-130H. Como você bem refere, não dá para os Pandur II.
Além disso, continuo convencido que o C-390 não será um bom avião de transporte táctico.
Mas o projecto C-390 ainda pode mudar...

As noticias na imprensa valem pouco: como o Charlie Jaguar referiu, o horizonte de substituição está lá para 2018-2020.

O Ministro da Defesa, Luís Amado em entrevista ao Expresso:
Citar
EXP. - E defende a aplicação de uma ou outra solução, consoante o equipamento em causa? Por exemplo, uma das primeiras medidas do ministro Portas foi retirar Portugal da cooperação no âmbito da produção do avião A400M, da Airbus, onde partilhávamos tecnologia. Vai retomar esse lugar português na Airbus?

L.A. - É uma possibilidade, mas não há decisão. Defendo dois modelos em alternativa para a negociação dos equipamentos. Nesta perspectiva, entendo promover, ainda antes do Verão, um encontro entre os ministérios da Economia, a Empordef e da Defesa Nacional para discutir profundamente as opções com que vamos ser confrontados, desde já no processo de revisão da LPM e na definição das opções que vamos ter de tomar em relação a novos equipamentos. Em relação à substituição do C130, não há na LPM a perspectiva da sua substituição. Faz mais sentido manter os C130, que são neste momento aviões que têm ainda um tempo de duração perfeitamente aceitável e, eventualmente, retomar a nossa posição no consórcio do A400M, uma vez que é um projecto que se perspectiva a partir de 2020. Até lá teremos aviões em condições, com um "upgrade ao cockpit", de forma a permitir que, no final desse ciclo, possamos ter um avião estratégico, já decorrente de um programa com essa natureza. Mas haverá uma concertação muito séria a fazer nos próximos meses, entre os diferentes sectores industriais que têm sido beneficiados pelos programas de contrapartidas, as instituições do Ministério da Economia, que devem ser mais envolvidas nestas decisões, e o sector da indústria de armamento, começando pela Empordef, que deve também ser mais envolvido em todo o processo de negociação das contrapartidas. O modelo em vigor é inaceitável, até porque não dá garantias de que a execução dos projectos e dos programas seja efectivamente realizada. A Comissão de Contrapartidas não tinha nenhuma capacidade de acompanhamento da execução dos programas e, portanto, até nesse aspecto é duma fragilidade absolutamente chocante. Estamos a falar de programas que envolvem, já hoje, verbas na casa dos 2300 milhões de euros. É uma verba colossal que, se bem gerida e bem negociada, pode ter um peso relevante em alguns sectores da economia.


http://antigo.mdn.gov.pt/destaques/2005 ... presso.htm
 

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nelson38899

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« Responder #59 em: Setembro 15, 2008, 10:02:48 am »
Pode ser que sim pode ser que não, apesar de eu já ter ouvido rumores sobre a possível substituição dos C130 pelos C390, mas a cada dia que passa o C390 vai sendo remodelado:

 
Citar
A EMBRAER está estudando mudanças na configuração do cargueiro militar C-390 com uma nova cauda e "T", fuselagem de maior diâmetro com maior volume interno e as asas serão inteiramente novas e não mais as do EMB-190.

http://sistemasdearmas.blogspot.com/
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Agostinho da Silva