Segunda Guerra Mundial

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André

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« Responder #90 em: Agosto 23, 2007, 01:13:44 am »
Citação de: "Sintra"
Nunca ouve nenhum acidente. Aliás o unico acidente que ocorreu com qualquer um desses miudos foi, já adulto, o Bruno Carvalho ter morrido estupidamente, devido a uma queda parva a 8000 metros de altitude.


Esse Bruno Carvalho foi ao Monte Everest ou ao Annapurna????  :shock:

 

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Lancero

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« Responder #91 em: Agosto 23, 2007, 11:18:34 am »
Citação de: "Sintra"
Basta ler o livro "Escotismo para Rapazes" do Baden Powell para se perceber porque é que os Nazis consideravam os "Esco(u)teiros" como uma organização de "espionagem" paramilitar. Qualquer miudo de 13 anos que domine as técnicas de cartografia, sobrevivência em campo, montanha, comunicações, pistagem, etc, etc, etc, descritos no livro está muitissimo melhor preparado que o ex-tipico recruta de 3 meses do exercito Português. Nos anos oitenta do século passado era vulgar encontrar-se escoteiros (grupo 93 Sintra, por exemplo, mas havia muitos outros) com trinta noites de campoano passadas em sitios tão inóspitos como a Serra da estrela no Inverno, ou mesmo os Pirineús, também era vulgar caminhadas de 120 km´s em três/quatro dias através do Gerês ou de Montesinho fora de estrada com cartas militares de 1/25000 sem bússola, e chegou-se a fazer coisas como cinco dias de  sobrevivência em campo SEM comida, "desenrasquem-se", etc, etc, etc. Miudos dos 13 aos16 anos sem o apoio de adultos. Nunca ouve nenhum acidente. Aliás o unico acidente que ocorreu com qualquer um desses miudos foi, já adulto, o Bruno Carvalho ter morrido estupidamente, devido a uma queda parva a 8000 metros de altitude.
 Os Escoteiros Britânicos dos anos 30/40 do século passado estavam mmmmuuuuuuiiiiiiiiiitttttttooooooooo longe da caricatura do Huguinho, Zezinho e Luisinho dos livros do Patinhas.


Além do que o Sintra escreve, aos 7 anos já eu sabia tudo o que havia para saber sobre ordem unida. Saí dos escuteiros com 24 anos (18 de actividade) com 534 noites de campo. :P
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Luso

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« Responder #92 em: Agosto 23, 2007, 12:00:45 pm »
Também gotava muito de ter sio escuteiro. Infelizmente os "agrupamentos" da zona e na época pouco me entusiasmavam: demasiada bandalheira e muitas "rezas", leia-se demasiado religioso, e parece que agora a coisa é ainda mais acentuada. Por duas vezes acampei na agora abandonada aldeia de Drave e as noites eram para esquecer e os arredores ficavam um "espetáculo" pouco motivante. Mas rezam muito. :roll:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #93 em: Agosto 23, 2007, 12:37:36 pm »
Pois...cá na minha zona também. Eu coloquei a minha irmã na catequese e nos escuteiros e ela no principio gostava muito, mas com o tempo foi perdendo a motivação. A razão foi óbvia, muita reza e pouca acção e ainda por cima aquilo era tudo um bando de betinhos e betinhas...a alcunha da minha irmã é GI Jane...não tem muita paciencia para esse tipo de pessoas!  :lol:  :lol:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Sintra

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« Responder #94 em: Agosto 23, 2007, 08:02:29 pm »
Citação de: "André"
Citação de: "Sintra"
Nunca ouve nenhum acidente. Aliás o unico acidente que ocorreu com qualquer um desses miudos foi, já adulto, o Bruno Carvalho ter morrido estupidamente, devido a uma queda parva a 8000 metros de altitude.

Esse Bruno Carvalho foi ao Monte Everest ou ao Annapurna????  :shock:


 Foi ao Shisha Pangma, e foi à pouco tempo.
 

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Sintra

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« Responder #95 em: Agosto 23, 2007, 08:19:31 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Pois...cá na minha zona também. Eu coloquei a minha irmã na catequese e nos escuteiros e ela no principio gostava muito, mas com o tempo foi perdendo a motivação. A razão foi óbvia, muita reza e pouca acção e ainda por cima aquilo era tudo um bando de betinhos e betinhas...a alcunha da minha irmã é GI Jane...não tem muita paciencia para esse tipo de pessoas!  :lol:  :lol:



 Existem várias associações de Escoteiros, as duas maiores são o CNE (Católicos, ligados directamente à Igreja) e a AEP (aceitam qualquer religião).
 Depois é uma questão de sorte com o Grupo. O 93 Sintra dos anos 80 do século passado era uma verdadeira máquina, muitos miudos (mais de uma centena) MUITA acção e nenhumas rezas (pertencia à AEP). Os miudos de 12/13 anos assaltavam castelos vestidos de cavaleiros (e armados com espadas de pau), castelos verdadeiros, note-se (Noudar no Alentejo, por exemplo), os de 14/15 anos faziam Trekking´s a atravessar a Estrela ou o Gerês, os de 16/17 desciam rios em jangadas ou caiaques, os mais velhos atiravam-se regularmente aos Pirineus e aos Picos da Europa. Era vulgarissimo um miudo ter trinta noites de campo por ano. A maior parte dos Grupos ou "agrupamentos" não tinha, de forma alguma, este tipo de dinâmica.

 Apenas para vos dar uma ideia do que faziam, no Verão de 1986, dezenas destes miudos fizeram um jogo, uma especie de "conquista do Castelo" em... Olivença. O grupo que estava ao "ataque" ganhou... Sabem qual foi o resultado? Cinquenta "putos" entraram aos gritos por Olivença adentro com uma bandeira Portuguesa à frente. Os gritos eram "Conquistámos Olivença, conquistámos Olivença"...
 De notar que este jogo foi completamente "apolitico". Foram os próprios miudos que depois de ganharem o jogo, contentissimos da vida, que se lembraram de ir buscar a bandeira e entrar na Vila aos berros. As chefias não acharam muita piada...
 

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Lancero

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« Responder #96 em: Agosto 23, 2007, 11:17:32 pm »
Eu fui CNE e tive a sorte de pertencer a um agrupamento (46 - Agualva-Cacém) que pouco tinha de católico (obviamente que tinhamos algumas missas...). Foi lá que bebi a minha primeira cerveja, fumei o primeiro cigarro e 'enganei' a primeira namorada  :?  por dormir na praia da Zambujeira do Mar, num trekking Sagres-Sines) :D
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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André

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« Responder #97 em: Setembro 01, 2007, 09:13:57 pm »
Cientistas britânicos fizeram testes de gás mostarda em soldados

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Cientistas militares britânicos submeteram soldados britânicos e indianos a experiências com gás mostarda para determinar que quantidade da substância seria capaz de causar baixas durante uma guerra, revelou hoje o jornal britânico The Guardian.
Segundo o jornal, que teve acesso a documentos descobertos recentemente no Arquivo Nacional britânico, após as experiências, os especialistas não realizaram testes para determinar se os militares indianos desenvolveram alguma doença.

Os polémicos testes com gás mostarda, que pode causar cancro e outras doenças, começaram na década de 1930, quando os cientistas britânicos quiseram descobrir se o gás mostarda causava mais danos na pele dos indianos que na dos britânicos.

As experiências decorreram durante mais de 10 anos, antes e durante a II Guerra Mundial (1939-45), numas instalações militares em Rawalpindi, actualmente no Paquistão, quando a Índia ainda era uma colónia do Império britânico.

As experiências foram realizadas por cientistas do laboratório de guerra química de Porton Down (sul de Inglaterra), enviados para a Índia para desenvolverem gases venenosos que pudessem ser utilizados contra os japoneses.

De acordo com o The Guardian, as experiências são a parte menos conhecida de um programa de testes com seres humanos conduzido pelos cientistas de Porton, ao qual se submeteram mais de 20 mil soldados britânicos entre 1916 e 1989, muitos dos quais foram enganados e tiveram a saúde prejudicada.

O jornal calcula em 500 o número de soldados britânicos e indianos expostos ao gás mostarda.

Em alguns casos, a única protecção com que os soldados contavam era uma máscara anti-gás.

Segundo os próprios cientistas de Porton, registou-se em 1942 um «grande número» de queimaduras provocadas pelo gás entre os soldados britânicos e indianos submetidos às experiências, algumas tão graves que forçaram ao internamento dos militares.

«Espantar-me-ia saber que esses indianos deram o seu consentimento para participar nas experiências, sobretudo porque foram realizadas ainda no período colonial», disse ao Guardian Alan Care, advogado que representa os soldados britânicos submetidos a experiências em Porton.

Diário Digital

 

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André

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« Responder #98 em: Outubro 06, 2007, 12:17:05 am »
Comentários do Marechal von Rundstedt sobre as causas da derrota alemã no Ocidente

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"Se eu tivesse sido capaz de mover as divisões blindadas que tinha atrás da costa, estou convencido que a invasão não poderia ter sido bem sucedida" (von Rundstedt). A falta de poder aéreo e a interferência de níveis mais altos, tiveram um papel importante na derrota do exército alemão depois da invasão da Normandia, de acordo com o marechal de campo von Rundstedt. Mas o antigo comandante em chefe alemão do Ocidente admitiu que os comandantes aliados foram mais espertos do que ele várias vezes, para tornar a situação ainda pior.

Sou apanhado na posição de um boxeador contra um oponente com um bom ganho de esquerda tanto quanto um direto de direita, von Rundstedt incorretamente achou que o direto de esquerda – a invasão da península de Cotentin – era somente uma manobra de diversão para o desembarque do gancho de esquerda – a invasão da costa belga ou francesa, mais ao norte. Quando ele e seus sucessores descobriram que o direto de direita era realmente o golpe de nocaute, era muito tarde para salvar qualquer coisa, a não ser os remanescentes do Exército Alemão na França.

Uma grande interferência dos níveis mais altos aconteceu mais tarde, durante a batalha da Alemanha, disse von Rundstedt, o pior caso sendo a contra-ofensiva das Ardenas em dezembro de 1944 e janeiro de 1945.

"A ofensiva das Ardenas tinha o meu nome sem razão", reclamou o comandante da Frente Ocidental. "Não tinha nada a ver com ela. As ordens já vieram de cima com os mínimos detalhes".

Pensava, também, que a interferência de cima tinha acabado com os seus planos anteriores para a defesa da França. Em primeiro lugar, não tinha tropas suficientes para cobrir as áreas pelas quais uma invasão poderia vir e oficiais superiores interferiram com a distribuição do que tinha. Quando finalmente se tornou necessário transferir as tropas, era muito tarde – naquele momento os aviões aliados tinham uma superioridade aérea tão esmagadora que rebentaram em pedaços os reforços ou pararam o seu movimento ao cortar as instalações de transporte.

Fraquezas básicas alemães

A situação logo antes da invasão de junho de 1944 não era boa, disse von Rundstedt. Ele e o seu antigo chefe de estado-maior, general Blumentritt, reconheceram pelo menos três fraquezas básicas: o número inadequado de tropas que tinham de defender enormes trechos de linha costeira, algumas divisões tinham tanto quanto 55 ou 65 quilômetros; a Muralha do Atlântico "não era uma muralha, só um blefe barato"; e não havia uma reserva de contra-ataque, ou um assim chamado "Armee centrale" [Exército Central], um exército estratégico sob o comando central, para contra-atacar onde a invasão chegasse.

Von Rundstedt, como muitos outros generais alemães, disse que ele não tinha o controle das melhores tropas alemãs. Ele reclamava que muitas das suas melhores unidades tinham sido enviadas para a Itália e ele assegurava vigorosamente que era uma "loucura continuar a guerra na Itália daquela forma".

Depois do colapso da Itália, "aquele país pavoroso em forma de bota deveria ter sido abandonado. Mussolini deveria ter sido deixado onde estava e deveríamos ter mantido uma frente decente com umas poucas divisões na fronteira alpina. Eles nunca deveriam ter retirado de mim as melhores divisões na frente leste de forma a enviá-las para a Itália. Esta é minha opinião pessoal".

Se ele poderia ter obtido mais tropas para a frente leste, von Rundstedt não sabia. Sabia que o Alto Comando estava sendo pressionado por todos os lados para enviar tropas, mas nunca se fazia nada a respeito disso.

"Seria somente decente fazer algo" depois de Mussolini ser reemposado, admitiu von Rundstedt, mas ele completou, "naturalmente era absolutamente um problema político e nada mais. Acho, apesar de não ter certeza, que o Alto Comando era favorável a isso".

"Acho que era estupidez, também", revelou von Rundstedt a ocupação da Noruega. "Qual era o objectivo de ocupá-la?"

Ele dizia que a operação da Noruega era "um assunto inteiramente naval", no qual ele não tinha interesse. De facto, o seu interesse maior era em acumular as divisões blindadas apropriadas, forças móveis que poderiam ser rapidamente enviadas para onde fossem necessárias.

O Alto Comando interferiu

"Se tivesse sido capaz de mover as divisões blindadas que tinha atrás da costa, acredito que a invasão não teria sido bem sucedida”, von Rundstedt fez esta afirmação enfática à medida que ele contava com a contínua interferência de escalões mais altos sobre a disposição de suas inadequadas forças. "Seu eu tivesse podido mover as tropas, então a minha força aérea também estaria numa posição de atacar os navios aliados".

Se ele tivesse conseguido o que queria, von Rundstedt indicou que os aliados teriam primeiro, sofrer perdas proibitivas durante as operações de desembarque. Adicionalmente, não teriam sido capazes de, "com relativa impunidade", trazer couraçados até bem próximo da costa, para agir como baterias de artilharia flutuantes.

"Tudo era uma questão de força aérea, força aérea e, de novo, força aérea", comentou.

"A invasão da Nomandia teria sido "como Dieppe em grande escala" – acredita von Rundstedt – se ele tivesse sido capaz de mover as suas divisões blindadas como queria. Resumia a situação com a afirmação:

"Certamente teríamos ficado melhor se uma grande quantidade de coisas tivesse sido diferentes com relação à distribuição de forças".

Detonando o mito da Muralha do Atlântico

"O inimigo provavelmente sabia mais a respeito dela do que nós sabíamos", disse von Rundstedt ao referir a assim chamada "Muralha do Atlântico" como um "mero bluff”. Ele confessou que tal muralha existia do Scheldt até o Sena, "mas depois disso – só se precisa olhar para ela na Normandia para ver o lixo que era".

De acordo com von Rundstedt, a muralha consistia de uma poucas casamatas em buracos na areia, tão longe umas das outras que "tu precisava de binóculos para ver a seguinte". A única coisa boa era que as fortalezas, tais com as de Cherburgo e Brest, mas elas eram somente fortificadas em direção ao mar. Dizia que a muralha era "uma situação lamentável" ao sul de Bordéus em direção à fronteira espanhola porque "na verdade não havia ali nada".

Todo o palavrório sobre a Muralha do Atlântico era só propaganda, disse von Rundstedt, mas ele admitia que as pessoas acreditavam nela – "pelo menos nós acreditávamos nela". Ele acha, entretanto, que ela não era um mistério para os aliados porque a sua aerofotogrametria provavelmente revelava o bluff".

Apesar de um monte de material ter sido usado nas defesas, von Rundstedt reclamava que a Marinha recebia a maior parte do cimento. Ele via a Marinha construindo tetos mais altos e mais espessos nos seus abrigos de submarinos toda a vez que os aliados lançavam uma bomba mais pesada.

"Não é o suficiente construir umas poucas casamatas", notou von Rundstedt. "Tu precisas de defesas em profundidade. Mais ainda, as forças necessárias estavam ausentes – não as podíamos ter manobrado, mesmo se as fortificações estivessem ali".

Fraqueza em artilharia

O antigo comandante alemão do ocidente realmente animou-se sobre o assunto das baterias costeiras e artilharia. Admitindo que ele não era um artilheiro, von Rundstedt mesmo assim criticou a instalação dos canhões costeiros. Eles foram instalados como eram nos navios e só podiam disparar para o mar. Não eram úteis para forças em terra, pois não podiam disparar em todas as direções. Para tornar as coisas piores, as baterias costeiras incluíam muitos canhões capturados, atrapalhando assim a situação de suprimentos.

Se as coisas já não fossem suficientemente mas, von Rundstedt reclamou, as últimas divisões que ele recebeu eram muito fracas em artilharia, algumas tendo somente três baterias leves. Na sua opinião, uma boa divisão em terra deveria ter nove baterias leves e pelo menos três baterias pesadas.

Apanhado com os Panzers arriados

Von Rundstedt confessou que os aliados o apanharam de surpresa com o seu avanço para fora da Península de Cotentin. Se ele estivesse na posição de seu inimigo, pretendendo capturar Paris e o interior de França, von Rundstedt explicou, ele teria desembarcado a esquerda e direita do rio Sena e tomado o caminho mais curto.

Acreditando que o golpe mais poderoso viria através da Bélgica em direção ao Ruhr, von Rundstedt considerou a área ao noroeste do Sena como a mais perigosa. Por esta razão, os sectores de divisão naquela costa eram menores e as fortificações que foram construídas foram as mais fortes possíveis.

Aumentando a crença de von Rundstedt que o desembarque viria mais a norte havia o facto de que a marinha acreditava que um desembarque somente poderia ser feito na península de Cotentin com a maré alta. Mesmo então, as rochas e recifes debaixo de água iriam rebentar os navios, tornando assim um desembarque extremamente perigoso. Aqui também os aliados o enganaram, desembarcando na maré baixa e usando as rochas como cobertura contra o fogo vindo de terra.

"Provavelmente nós não sabíamos a respeito dos portos flutuantes",  comentou ao explicar que não tinha considerado Cotentin como uma provável área de desembarque. "Eu, pelo menos, não sabia. Se a marinha sabia deles, eu não sei".

Uma segunda invasão era esperada

Von Rundstedt disse que havia motivos fortes para antecipar outra invasão mais a norte, principalmente a partir de considerações tácticas e estratégicas. Se colocado na mente do alto-comando aliado, ele pensou: "desembarcarei aqui, esperarei até que os alemães tenham reunido todas suas forças para me enfrentar e então desembarcarei    noutro lugar".

Um motivo adicional para um segundo desembarque era o facto que as rampas lançadoras para os misseis V estavam na área da Bélgica – se o efeito dessas bombas fosse tão desagradável quanto os propagandistas alemães diziam [a área teria sido um objectivo muito importante].

"Não posso acreditar que fosse". Comentou von Rundstedt, "pois até agora não vi os resultados das armas-V aqui (na Inglaterra). Mas teria  servido para algo, talvez, e elas fossem tão desagradáveis para os ingleses como elas foram posteriormente para nós no Eifel, quando elas caíam sobre as nossas próprias linhas.

"As armas-V como tais não tinham nada a ver conosco no Exército", ele disse. "A protecção de facto era feita pela Flak". Ele argumentou que temia um avanço aliado no Sena mais por causa da importância estratégica de um ataque em direção ao Ruhr e ao baixo Reno, por causa dos misseis-V.

"Um desembarque que por um longo tempo foi visto como muito provável antes da invasão começar de facto era para se livrarem das bases de U-Boat – especificamente, Brest, St. Nazaires e Lorient – pela retaguarda," declarou von Rundstedt. "Então a questão dos U-Boat entrou em colapso por completo, que dissemos que eles não eram mais de interesse e nada mais sairia daquilo. A atenção foi então concentrada mais e mais na parte setentrional".

A situação blindada alemã

Apesar de von Rundstedt dizer que não se lembrava exactamente dos números dos seus tanques na França no começo de junho de 1944, ele achava que era de aproximadamente seis ou sete divisões Panzer, mas elas estavam dispersas. Duas estavam imediatamente disponíveis quando a invasão veio e duas outras puderam se reunir no primeiro dia. Outra veio da Bélgica e então uma veio do sul de França. Ele reclamou que uma divisão nunca conseguiu chegar da França meridional, pois ela teve "algumas dificuldades" com os Maquis (Resistência Francesa).

"O papel defensivo assumido pelas divisões blindadas próximo a Caen durante julho e agosto foi um grande erro". Confessou von Rundstedt, "mas foi feito por ordens de autoridade superior. Queríamos substituir as divisões blindadas com infantaria, mas era impossível no saliente em frente a Caen, onde eles também estavam sob fogo de artilharia naval. Tu não podes substituir qualquer tropa nessa situação”.

O plano de von Rundstedt, que foi recusado, era retirar as forças blindadas para trás do Orne, organizar a infantaria de substituição ali e então tirar os tanques da frente e usá-los como unidades móveis para atacar as forças dos EUA nos flancos. Ele foi apoiado pelo comandante de blindados sênior, General Beyr von Schweppenburg, mas sem resultados. As divisões blindadas foram deixadas onde estavam "sob as ordens do próprio Hitler".

"Se ordens semelhantes foram igualmente responsáveis pelo contra-ataque em Avranches, eu não sei", comentou von Rundstedt, "pois fui embora no 1º de julho".

Ele disse que queria fazer um contra-ataque enquanto as forças alemãs ainda estavam a norte de St. Lo.  Oseu plano era golpear entre as tropas de desembarque americanas e britânicas, atacando os americanos e meramente retendo os britânicos, pois o terreno era mais favorável e as perspectivas de uma batalha eram melhores.

Poder aéreo em funcionamento

Preparações sistemáticas pelas forças aéreas aliadas causaram o colapso da defesa alemã, disse von Rundstedt. Ele citou três factores importantes.

Primeiro, houve a destruição das principais linhas de comunicação, particularmente os entroncamentos ferroviários. Apesar de von Rundstedt ter planeado a defesa de forma que as reservas poderiam ser movidas para as áreas ameaçadas, os aviões aliados romperam as vias férreas e impossibilitaram o movimento de tropas.

O segundo factor foi o ataque às estradas e Às colunas de marcha, veículos individuais, etc. de forma que era impossível mover-se de dia. Isto tornou extremamente difícil trazer as reservas e também criou um problema de suprimento, pois combustível e munições não podiam ser trazidos para a frente.

O bombardeamento aéreo de barragem [carpet bombing] constituiu o terceiro factor. Em certos aspectos, von Rundstedt disse, ele era uma barragem de artilharia intensificada e liquidava tropas em casamatas ou entrincheiradas além da linha de frente. Também esmagava as reservas na retaguarda.

Apesar da Luftwaffe [Força Aérea Alemã] "ter feito o que podia," von Rundstedt notou que ela praticamente não tinha reconhecimento aéreo. Os aviões alemães que subiam eram superados de 10 para um e qualquer reconhecimento aéreo de longo alcance era "absolutamente inexistente".

Ao reforçar as tropas lutando em Cotentin, homens eram imediatamente retirados da frente meridional. Tropas foram mantidas na frente setentrional, entretanto, porque os alemães temiam um desembarque na costa belga ou francesa. Como explicado por von Rundstedt, os alemães acreditavam que a "Fase I está aqui, mas a Fase II virá ali".

A Ofensiva das Ardenas

Voltando-se para a ofensiva das Ardenas, von Rundstedt disse que "cada protesto da nossa parte, incluindo aqueles do falecido Marechal de Campo Model, foi recusado".

Se ele tivesse dirigido o ataque, Von Runstedt disse, ele teria se confinado a um objectivo menor. O seu plano teria abarcado um ataque ao bolsão de Aachen, por dois lados, numa tentativa de destruí-lo.

"Para uma operação de grande vulto, tal como a ofensiva das Ardenas, objetivando primeiro o Mosa e possivelmente mais além, as forças eram muito, muito, muito fracas. A possibilidade de um avanço para o interior com as divisões blindadas, sem a Luftwaffe, era puramente visionária. Reforços e suprimentos, com os seus centros logísticos ferroviários afastados no Reno, levavam mais e mais tempo para se mover e era impossível leva-los até a frente. Aquela ofensiva estava fadada a fracassar. Não havia outra possibilidade".

Apontando para a ofensiva alemã em 1940, de Trier em direção a Luxemburgo e Calais, von Rundstedt explicou que um vasto número de tropas estavam simplesmente para cobrir os flancos e proteger a ponta de lança. As forças na ofensiva das Ardenas eram muito fracas para o exercício de uma função comparável, ele explicou, usando como exemplos as acções de Bastogne e próximo a Stavelot-Malmedy.

"Se eu fizesse algo como aquilo, eu teria que ter forças numerosas, muito numerosas." Concluiu von Rundstedt, "mas estas sugestões não foram levadas em conta e as coisas saíram do jeito que eu esperava. A raiz de todo o problema era o poder aéreo, poder aéreo!".

Fonte deste artigo: Intelligence Bulletin, March 1946.

 

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André

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« Responder #99 em: Outubro 26, 2007, 02:46:38 pm »
Beatificado resistente austriaco Franz Jaggerstatter, executado pelo regime nazi

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O mais célebre resistente austríaco Franz Jaggerstatter, executado em 1943 por ter recusado servir sob ordens do exército hitleriano, foi beatificado hoje, na catedral de Linz, à qual assistiram 5.000 fiéis.

Franz Jaggerstatter, único resistente austríaco de renome, recusou, mesmo sob tortura, cumprir serviço militar no exército alemão em 1942, por objecção de consciência fundada na fé católica.

Jaggerstatter foi decapitado aos 36 anos numa prisão de Berlim, a 09 de Agosto de 1943.

A viúva de Jaggerstatter, Franziska de 94 anos, assistiu à missa de beatificação na catedral de Linz, celebrada pelo representante do papa Bento XVI, o cardeal português José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos.

"Regozijo-me de poder inscrever um laico casado e pai de família no registo dos beatificados", sublinhou o cardeal.

A viúva de Jaggerstatter, que assistiu à cerimónia vestida de vermelho, a cor do martírio, conservou viva a memória do marido e pai dos três filhos, durante os últimos 64 anos.

Franziska recebeu a Medalha de ouro de Mérito da República da Áustria, no passado Maio, pelo trabalho na valorização da memória do marido Franz Jaggerstatter.

26 de Outubro é o dia de festa nacional na Áustria, que celebra 52 anos desde a aprovação da Declaração de Neutralidade do país.

Lusa


 :Soldado2:  :Soldado2:

 

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« Responder #100 em: Novembro 27, 2007, 02:19:33 pm »
Caçadores de nazis procuram os últimos nazis da América do Sul

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A organização judaica de direitos humanos Centro Simon Wiesenthal lança hoje, em Buenos Aires, a versão sul-americana da «Operação: Última Oportunidade», uma campanha para encontrar nazis escondidos e tentar processá-los pelos crimes cometidos durante o regime nazi na Alemanha (1933-1945).
A operação, que será lançada na Argentina, Chile, Uruguai e Brasil, envolve uma campanha nos media para encontrar os nazis e oferece recompensa em dinheiro para quem fornecer informações que resultem em condenações.

A América Latina foi destino de muitos nazis quando os alemães foram derrotados na Segunda Guerra Mundial. Segundo a organização, só na Argentina entraram entre 150 e 300 suspeitos depois da guerra.

Para o responsável pelas buscas da organização, Efraim Zuroff, «a quantidade de nazis criminosos de guerra que fugiram para a América Latina é grande, pelo que a ´Operação: Última Oportunidade` tem potencial para render resultados importantes na região».

Na América Latina, o projecto será liderado pelo director do Centro Simon Wiesenthal em Buenos Aires, o argentino Sérgio Widder.

A «Operação: Última Oportunidade» começou em 2002 na Lituânia, Letónia e Estónia tendo recolhido nomes de 488 suspeitos em 20 países e entregado 99 nazis às autoridades judiciais.

Desde o lançamento, a campanha já resultou em três mandados de prisão, dois pedidos de extradição e em várias investigações.

O fundador do centro, Simon Wiesenthal, sobrevivente do Holocausto, morreu há dois anos, tendo durante várias décadas após o genocídio dos judeus na Segunda Guerra Mundial ajudado a levar à justiça mais de mil nazis.

Cerca de seis milhões de judeus foram assassinados nos campos de concentração e de extermínio nazis, que também executavam ciganos, homossexuais, deficientes físicos e dissidentes políticos.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #101 em: Dezembro 06, 2007, 12:36:25 pm »
Morreu ex-dirigente croata colaborador com nazis

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Croata colaborador com os nazis, acusado por crimes da II Guerra Mundial, morreu quarta-feira em Buenos Aires aos 92 anos, informou a delegação local do Centro Simon Wiesenthal.

Ivo Rojnica morreu no sábado em sua casa, nos arredores da capital argentina, onde residia desde o fim da II Guerra Mundial.

O croata foi governador da cidade costeira de Dubrovnik e membro do «Estado Independente da Croácia», aliado da Alemanha nazi de 1941 a 1945.

«Esta foi uma oportunidade perdida. Teria sido justo se tivesse sido julgado», disse à Agência Judia de Notícias local o director do Centro Wiesenthal para a América Latina, Sergio Widder.

«Não há provas de que matou gente com as suas mãos mas sim de que assinou ordens de deportação», acrescentou depois de recordar que a morte do croata se conheceu dias depois do Centro Wiesenthal lançar o capítulo sul-americano da «Operação última oportunidade» para encontrar nazis na Argentina, Brasil, Chile e Uruguai.

Numa entrevista concedida ao diário argentino La Nación em 1998, Ivo Rojnica negou ter cometido crimes contra a humanidade durante a II Guerra Mundial e rejeitou as acusações do Centro Wiesenthal considerando-se um líder do seu país.

Segundo as acusações do Centro Simon Wiesenthal, várias testemunhas acusaram-no de crimes contra civis e de apropriar-se das propriedades dos prisioneiros judeus e sérvios.

Nos últimos dias, o director do gabinete do Centro Simon Wiesenthal em Israel reuniu-se com a direcção da Procuradoria-Geral croata, em Zagreb, para impulsionar o processamento de Ivo Rojnica e de Milijov Asner, um ex-chefe policial do partido nacionalista croato que colaborou com os nazis.

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André

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« Responder #102 em: Dezembro 10, 2007, 07:08:38 pm »
Tusk propõe museu europeu da II Guerra Mundial

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O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, advogou hoje a construção de um museu europeu da II Guerra Mundial, em alternativa à proposta do governo alemão de um memorial, em Berlim, aos deportados alemães dos territórios ocupados pelas tropas nazis.
Em entrevista ao matutino Frankfurter Allgemeine, Tusk sugeriu ainda que o museu europeu seja erigido em Gdansk, na Polónia, cidade «que reflecte de forma ampliada todos os horrores da II Guerra Mundial».

O político liberal lembrou que foi em Gdansk que a II Guerra Mundial começou, com a invasão da Polónia pelas tropas de Hitler, a 01 de Setembro de 1939, e foi também em Gdansk que, nos anos 1980, se formou o Sindicato Solidariedade, que viria a ter papel decisivo no regresso da Polónia à democracia.

O novo chefe do governo polaco acrescentou que o projecto do museu europeu da II Guerra Mundial deveria ser aberto à participação da Alemanha, da Polónia e de outros países, e se possível também à Rússia e a Israel.

No referido museu, o destino de cerca de 12 milhões de alemães deportados da Silésia (Polónia) e da Boémia-Morávia (então Checoslováquia), após a derrota das tropas nazis, «também teria o seu lugar, num contexto decisivo, amplo», referiu Tusk.

A entrevista do primeiro-ministro da Polónia ao Frankfurter Allgemeine foi dada por ocasião da sua primeira visita oficial a Berlim, na terça-feira, para se avistar com a chanceler Angela Merkel.

Tusk prometeu no seu discurso de posse restabelecer as boas relações com a Alemanha, toldadas por vários conflitos durante a vigência do anterior governo nacionalista de Jaroslaw Kaczynski.

Simultaneamente, o novo primeiro-ministro disse que a Polónia não estaria disposta a apagar todas as divergências com Berlim e que nunca concordará com homenagens aos deportados alemães em que não fique bem claro que o seu trágico destino teve origem na agressão do regime nazi contra a Polónia.

Varsóvia opõe-se, sobretudo, à construção de um centro contra as deportações em Berlim, uma proposta avançada em 2000 pela presidente da Liga dos Deportados Alemães, Erika Steinbach, que é considerada «persona non grata» no país vizinho.

O porta-voz adjunto do governo alemão, Thomas Steg, lembrou hoje, em Berlim, que a coligação chefiada por Angela Merkel assumiu o compromisso, no seu programa de governo, de «dar um claro sinal» contra as deportações na capital alemã, sem especificar como.

Steg adiantou que está em preparação um projecto-lei para cumprir este desiderato, «o que não exclui que, a par de Berlim, haja memoriais idênticos noutras cidades», disse ainda.

Além deste tema, espera-se que Tusk aborde também na sua reunião com Angela Merkel outro assunto delicado entre Varsóvia e Berlim, a construção de um gasoduto germano-russo através do Mar Báltico, sem passar pela Polónia, que se considerou prejudicada pela decisão.

Simultaneamente, os dois políticos deverão anunciar o reatamento das consultas a nível governamental entre os respectivos países, e das conversações no âmbito do chamado «Triângulo de Weimar», em que também participa a França, iniciativas boicotadas pela Polónia na era Kaczynski.

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« Responder #103 em: Fevereiro 15, 2008, 10:57:17 pm »
Canadá vai extraditar antigo SS Misha Seifert

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O criminoso nazi Misha Seifert, condenado a prisão perpétua em Itália, vai ser extraditado hoje do Canadá, onde vivia, e chegar sábado de manhã ao aeroporto Ciampino de Roma, anunciou o procurador militar de Verona (Norte).

Seifert será depois transferido para uma prisão militar.Misha Seifert, um antigo cabo SS de origem ucraniana que comandou de Junho de 1944 a Abril de 1945 um campo de prisioneiros em Bolzano (Norte de Itália) ficará encarcerado na prisão militar de Santa Maria Capua Vetere em Caserta (Campania, Sul), indicou hoje o chefe do Procuradoria militar de Verona, Bartolomeo Costantini, à agência Ansa.

O antigo nazi, 84 anos, foi condenado em 2000 pelo tribunal militar de Verona a prisão perpétua pelo assassínio e tortura de prisioneiros em 1944-45 no campo de Bolzano. A sua condenação tornou-se definitiva a 08 de Outubro de 2002. Conhecido em Itála como «o carniceiro de Bolzano», Seifert vivia no Canadá desde 1951. Um tribunal da Columbia Britânica ordenara a sua extradição para Itália em 2003, decisão que foi confirmada em recurso em 2007 por uma outra instância desta província do ocidente canadiano. A 17 de Janeiro o Supremo Tribunal do Canadá recusou analisar um último apelo do antigo criminoso de guerra, abrindo caminho à sua extradição.

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« Responder #104 em: Abril 07, 2008, 07:14:29 pm »
Pai de 007 concebeu plano para capturar código secreto nazi



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Ian Fleming, o criador da personagem de James Bond, concebeu em 1940 um imaginativo plano para se apoderar do código secreto da Marinha de Guerra nazi.

Os encarregados de decifrar o código tinham chegado à conclusão de que não o conseguiriam sem obter as tabelas de conversão do inimigo.

Fleming, que trabalhava então na espionagem militar, teve a ideia de utilizar um bombardeiro capturado à Luftwaffe (Força aérea alemã) e fingir que o mesmo tinha caído ao mar, informou o jornal «The Times».

A ideia era atrair uma das embarcações alemãs dedicadas ao resgate de pilotos de aviões abatidos sobre o Canal da Mancha, capturar os seus ocupantes e arrancar-lhes o código secreto.

O piloto do bombardeiro, especificava o futuro romancista, tinha de ser solteiro e bom nadador.

Os superiores hierárquicos de Fleming consideraram o plano «muito engenhoso» e ordenaram que se disponibilizasse, para o levar a cabo, um bombardeiro tipo Heinkel H 111 e uniformes alemães.

Fleming formou a equipa encarregada da missão e levou-a para Dover, na costa do Canal da Mancha, mas o plano acabaria por ser abandonado.

O escritor concebeu também planos como o de afundar barcas carregadas de cimento no Danúbio para bloquear a navegação alemã nessa importante via e o de falsificar marcos para criar ao Reich uma crise económica.

Alguns destes planos foram tornados públicos por motivo da exposição que o Museu Imperial da Guerra, em Londres, dedica a partir do dia 17 e até Março do próximo ano ao autor de «Casino Royale», assinalando o centenário do seu nascimento.

Diário Digital / Lusa