REPUBLICA OU REINO?

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Johnnie

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« Responder #45 em: Setembro 27, 2007, 03:00:57 pm »
Isto de querer a monarquia de volta faz-me lembrar aqueles fanáticos que em tempos de CD/DVD/Blue-Ray continuam a preferir o velho LP de vinil ou o pessoal da fotografia que diz que nunca na vida usará uma maquina fotográfica digital  :roll:
«When everything is coming your way... You are in the wrong lane!!!!"
 

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André

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« Responder #46 em: Setembro 27, 2007, 03:21:48 pm »
É verdade que a Democracia não é o melhor sitema político mas também a Monarquia deixa muito a desejar. Só para sustentar uma famíla real com palácios, Rolls Royces, Bentleys ou Mercedes, iates, casamentos e as respectivas jantaradas etc etc!!!!! Então num país como Portugal era aí que as finanças iam abaixo. E ainda aguentar com os escândalos dos respectivos membros da família real em tudo o que é jornais, canais de televisão e revistas. O país torna-se propriedade de festas e diversão de meia dúzia de gatos pingados enquanto os outros (povo) trabalham para eles. :?
« Última modificação: Setembro 27, 2007, 05:53:59 pm por André »

 

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Luso

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« Responder #47 em: Setembro 27, 2007, 05:45:48 pm »
Johnnie e André: com o que se falou acerca deste assunto vocês ainda estão nessa das "jantaradas"?
Passa-vos tudo ao lado?
Podem perfeitamente contra-argumentar e ser do contra mas não venham com essas fantasias, peço-vos, senão dou-vos factos.
Já agora, podem dizer-me qual é o orçamento da Casa Real Britãnica e da Presidência da República Portuguesa?
E também vos pergunto: querem um representante português, isento de interesses e alheio a lojas e confrarias internacionalistas e obscuras (para não dizer mafiosas, criminosas e traidoras) ou um Presidente da República que é escolhido de meia dúzia de candidatos apoiados por quem der mais?

E deixem lá os problemas dos ingleses. Mas já reparam que os "putos" insistiram em servir no Iraque?
Teremos nós líderes com este espírito?

Discordem mas não com lugares comuns básicos... e falsos.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #48 em: Setembro 27, 2007, 05:50:44 pm »
Citação de: "Luso"
Johnnie e André: com o que se falou acerca deste assunto vocês ainda estão nessa das "jantaradas"?
Passa-vos tudo ao lado?
Podem perfeitamente contra-argumentar e ser do contra mas não venham com essas fantasias, peço-vos, senão dou-vos factos.
Já agora, podem dizer-me qual é o orçamento da Casa Real Britãnica e da Presidência da República Portuguesa?
E também vos pergunto: querem um representante português, isento de interesses e alheio a lojas e confrarias internacionalistas e obscuras (para não dizer mafiosas, criminosas e traidoras) ou um Presidente da República que é escolhido de meia dúzia de candidatos apoiados por quem der mais?

E deixem lá os problemas dos ingleses. Mas já reparam que os "putos" insistiram em servir no Iraque?
Teremos nós líderes com este espírito?

Discordem mas não com lugares comuns básicos... e falsos.


X2

Qual é meus senhores, investiguem!
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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André

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« Responder #49 em: Setembro 27, 2007, 06:26:27 pm »
Eu não faço pesquisa nenhuma, estou aqui na boa :wink:
« Última modificação: Setembro 27, 2007, 09:34:33 pm por André »

 

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Luso

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« Responder #50 em: Setembro 27, 2007, 06:38:29 pm »
Citação de: "André"
Eu não faço pesquisa nenhuma, estou aqui na boa :wink:


Para mim esta curta resposta é claríssima. Tipo preciosidade...

E por falar em preciosidades deixo-vos aqui uma que me surpreendeu pela simplicidade:

Being against parliament is not the same as being against the Crown, far from it. Treason is an act against the Crown not Parliament. To the Queen I am a loyal servant, to a politician I am the enemy.

God Save the Queen! Long Live England! Down with Parliament!


http://www.mwrforum.net/forums/showthread.php?t=6241

Ora aí está a ideia!
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PereiraMarques

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« Responder #51 em: Setembro 27, 2007, 07:34:54 pm »
Num regime puramente parlamentar um Rei ou um Presidente da República é igual, ambos têm uma figura meramente protocolar. Acontece que Portugal, e bem na minha opinião, tem um "regime de carácter eminentemente parlamentar, mas com uma componente semi-persidencialista", que na Europa apenas tem paralelo na Finlândia e, salvo erro, num dos países bálticos :?: . Já o caso da França pende mais para o semi-presidencialismo "puro".

Isto para dizer que o Presidente da República Portuguesa, tem poderes constitucionais superiores aos dos Monarcas europeus, assim como em relação aos Presidentes da República em regimes parlamentares (Alemanha, Itália, Grécia, etc.).

Por outro lado, tradicionalmente o Presidente da República Portuguesa tem uma voz própria na sociedade. Todos vemos diariamente o Presidente da República a falar sobre política externa, sobre a economia, o sistema de justiça, etc.

Os monarcas europeus não falam para a sociedade. Qual é a opinião da Rainha de Inglaterra sobre a Guerra do Iraque? Qual a opinião do Rei de Espanha sobre a aprovação do novo Estatuto Político da Catalunha? Qual a opinião do Rei da Bélgica sobre as crescente clivagens entre as comunidades linguisticas e a possível desagregação do país?, etc.
 

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Luso

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« Responder #52 em: Setembro 27, 2007, 07:54:50 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
Os monarcas europeus não falam para a sociedade. Qual é a opinião da Rainha de Inglaterra sobre a Guerra do Iraque? Qual a opinião do Rei de Espanha sobre a aprovação do novo Estatuto Político da Catalunha? Qual a opinião do Rei da Bélgica sobre as crescente clivagens entre as comunidades linguisticas e a possível desagregação do país?, etc.


Isso é um facto. Mas também é um facto que isso é um problema deles. Certamente que tais silêncios contribuem/pactuam para a manutenção ou continuidade de degradação. Também não concordo com a mera figura decorativa - para isso já basta o que temos! Por isso afirmo que devemos ter uma referência firme, isenta e liberta de modas e pressões. Não seria pelo facto de termos uma monarquia que as liberdades cívicas estariam em causa (caramba elas já estão em causa e todos se dizem republicanos e laicos). O Monarca é a bandeira viva da nação e guardião reconhecido da cultura, tradição, dignidade e independência.
A natureza das relações humanas não se esgota na democracia. Se forem pais saberão o que digo, se forem filhos também! :wink:

Mas já agora: já viram o que se passou na Tailândia?
Os governantes eleitos começaram a abusar do seu poder e a ir contra a cultura e tradições do seu país. Os militares golpistas conquistaram o poder para o devolver ao Rei que convocou novas eleições. E o povo sereno e do lado das supremas instituições.
Não defendamos as instituições só porque sim. Elas tem que cumprir uma tarefa. E quando deixam de cumprir essa tarefa: - andor!
Por vezes há a tendência de se defender "burocráticamente" as instituições mas não nos devemos esquecer do essencial.

Imaginem agora que tinhamos um presidente iberista e ministros iberistas...
Coisa difícil de acontecer, não?
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ricardonunes

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« Responder #53 em: Setembro 27, 2007, 08:14:06 pm »
Tenho uma grande dúvida  :roll:

Caso, e isto hipoteticamente, passasse-mos para uma monarquia, quem ia ocupar o trono :?:
Potius mori quam foedari
 

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pedro

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« Responder #54 em: Setembro 27, 2007, 08:19:53 pm »
A resposta a sua pergunta e sim.
Nao esquecer que existe a casa real portuguesa e o chefe dela e o senhor duarte pio, pretendente a coroa de Portugal.
Cumprimentos :wink:
 

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garrulo

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« Responder #55 em: Setembro 27, 2007, 08:51:14 pm »
El presupuesto de la Casa Real para 2008, sera de 8,6 millones de euros si las CORTES LO APRUEBAN.
España tiene el 107% de la renta de la UE, Portugal el 75%, entramos al mismo tiempo. No seremos tan tontos.
 

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papatango

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« Responder #56 em: Setembro 27, 2007, 09:16:10 pm »
Achar que a monarquia é um regime bacoco e com cheiro a idade média, peço perdão pelas minhas palavras, é um disparate.

A Dinamarca, e Suécia, a Noruega ou a Holanda têm algum cheiro bacoco a idade média ?  :shock:

Na realidade, um sistema parlamentar tanto pode ser monárquico como rublicano e essa é uma das grandes mentiras que ainda hoje muita gente compra.

Nós não tinhamos uma monarquia absoluta em Portugal em 1910, mas sim uma monarquia parlamentar.

Nesse regime monarquico, havia eleições e até os analfabetos tinham direito de voto (direito que perderam com a republica não medieval e não bacoca).

No entanto, aceito que em Portugal, faz falta um poder de equilibrio. A sociedade portuguesa tem estas características e os portugueses são dificeis de governar.

Poir isso, é necessária um poder adicional, no caso o presidente.

Imaginem o Pedro Santana Lopes como Primeiro Ministro.
Se estivessemos em monarquia, o Rei não poderia demitir o Primeiro Ministro, porque numa monarquia parlamentar o rei não tem (nem pode ter) poder para demitir o primeiro ministro.

Então ainda estavamos a gramar com o "homem da noite..."

Foi por querer meter-se na política, que o rei acabou por complicar as coisas, pois as suas intervenções não eram legitimas. Daí, a ditadura, que era na prática um governo nomeado pelo rei, sem o apoio do parlamento (mais ou menos como os governos de iniciativa presidencial de Ramalho Eanes nos anos 70 e 80).

Mas ao contrario do monarca, Ramalho Eanes tinha a vantagem de ter sido votado e representava por via da lei eleitoral, mais de 50% dos portugueses.

A monarquia não tem problema nenhum. Acho que que a sociedade portuguesa actual teria dificuldade em viver num regime monárquico, por falta de maturidade.

Para isso, tinhamos que mudar muitas coisas, entre as quais o caquético sistema eleitoral português, que nos impede de eleger quem queremos, forçando o voto no cabeça de lista, mesmo que se trate de um imbecil ou de um bandido.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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ricardonunes

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« Responder #57 em: Setembro 27, 2007, 09:27:19 pm »
"Prontos" já sei que quem me ia governar era o "pastelão" do "hortelão" :?:

Com eleições não me parece viável :!:
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PereiraMarques

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« Responder #58 em: Setembro 27, 2007, 10:31:23 pm »
Longe de mim meter-me em sucessões dinásticas, mas a via directa, com maior grau de legitimidade, de continuação da Casa Real Portuguesa terminou com a morte do Rei D. Manuel II e a sua falta de descendência.

Duarte Pio de Bragança procura continuar a Casa Real Portuguesa/Dinastia de Bragança por duas vias. Pela via paterna descendendo de D. Miguel e, consequentemente, da sua descendência exilada na Áustria. Por via materna de D. Pedro (IV de Portugal, I do Brasil), nomeadamente da Casa Imperial Brasileira/familia de Orleans e Bragança.

D. Manuel II, Rei de Portugal:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=6444

Duarte Pio de Bragança:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=100000
 

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JoseMFernandes

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« Responder #59 em: Setembro 28, 2007, 01:30:30 am »
Citação de: "papatango"
A monarquia não tem problema nenhum. Acho que que a sociedade portuguesa actual teria dificuldade em viver num regime monárquico, por falta de maturidade.
Para isso, tinhamos que mudar muitas coisas, entre as quais o caquético sistema eleitoral português, que nos impede de eleger quem queremos, forçando o voto no cabeça de lista, mesmo que se trate de um imbecil ou de um bandido.


Totalmente de acordo!!!
A incapacidade universal e pacíficamente aceite pelos eleitores portugueses de poderem ter um real poder discriminatório sobre os políticos que pretendem ser seus representantes tanto no Parlamento ou Governo como nas autarquias,  sempre me deixou algo frustrado.E tanto mais, e ja o  expliquei aqui,  que é possivel noutros paises (muitos deles monárquicos, por sinal :) ) serem dadas mais responsabilidades aos eleitores... os quais podem escolher candidatos mesmo não sendo nesse momento  prioritários nos aparelhos partidários ( e  fazem-no através de escolha nominal em listas, onde se incluem os suplentes).

Talvez fosse interessante, mesmo se algo marginal ao tema, pensar qual a razão porque a maioria (esmagadora?) das Repúblicas mantem a figura do Chefe de Estado, mesmo quando, e especialmente, este não passa (pretensamente) de uma figura decorativa em termos constitucionais como na Suíça, Alemanha e muitos, muitos outros...memória, necessidade 'histórica' do REX ou o quê... ?
« Última modificação: Setembro 28, 2007, 01:41:33 am por JoseMFernandes »