Portas quer usar LPM para vender tecnologia portuguesa

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Portas quer usar LPM para vender tecnologia portuguesa
« em: Março 10, 2004, 10:09:04 pm »
Diário Digital 2004/03/10

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O ministro de Estado e da Defesa Nacional disse esta quarta-feira que a Lei de Programação Militar (LPM) pode ser «um factor poderoso de aplicação de investigação e desenvolvimento». Falando na abertura de um workshop sobre «Investigação, Desenvolvimento e Defesa», Paulo Portas considerou que as próprias Forças Armadas podem ser «o melhor credibilizador de produtos para o mercado externo». A ministra da Ciência e do Ensino Superior, Maria Graça Carvalho, igualmente presente no seminário, adiantou que a partir de Julho serão lançados os concursos para captar investimento da UE nesta área.

Ciência, segurança e defesa têm cada vez mais sentido juntas e a trabalhar em parceria. Essa é a principal conclusão que se retira das intervenções dos ministros Paulo Portas e Maria Graça Carvalho, nas intervenções deste workshop.
A importância desta ligação é vital, uma vez que, pela primeira vez, no âmbito da UE foram criados fundos para as áreas de defesa e segurança, nomeadamente no que diz respeito a projectos sobre nichos de excelência em termos tecnológicos e áreas de potencial científico.

A ministra adiantou ainda que Portugal vai apresentar até ao final de Março os projectos. O País vai investir, até 2010 – com incidência para o triénio 2004-2006 – 419M€ no Programa Operacional da Ciência e Inovação e 634M€ no Programa Operacional Sociedade do Conhecimento.

A ministra da Ciência e do Ensino Superior fala mesmo das várias áreas em que a Investigação e Desenvolvimento (I&D) podem ser usadas e cita mesmo o exemplo espanhol que iniciou este caminho há alguns anos e tem hoje empresas de excelência europeia nos campos da segurança e defesa.

Portugal, diz Maria Graça Carvalho, deve apostar «na sua capacidade de investigação e desenvolvimento, na internacionalização das equipas de investigação e na associação às redes e projectos internacionais». Ou seja, o País deve apostar cada vez mais na participação em consórcios internacionais que permitam mostrar a excelência lusa nos campos da investigação.

O ministro da Defesa Nacional aposta igualmente na certificação científica e diz mesmo que deverá haver um investimento do Estado nesta área. Exemplificando, Portas refere que, para além de colocar a LPM e as FA como espelho do que tem sido desenvolvido no País, Portugal deve saber proteger direitos, registos e patentes do que é criado em território nacional.

E, nos últimos tempos, exemplos não parecem faltar. Portugal criou o SIIC (Sistema Independente e Integrado de Comunicação) que está a equipar não só a Marinha, como navios de outros países (como é o caso de Espanha); o nosso País é palco da maior modernização que está a ser operada nos F16 e os rádios tácticos EID estão entre os melhores do mundo.

«Todos os países que quiseram combater a periferia geográfica apostaram na modernização tecnológica e encararam a área de segurança e de defesa como prioridade para uma futura internacionalização», resume Portas.
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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Ricardo Nunes

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(sem assunto)
« Responder #1 em: Março 10, 2004, 10:25:13 pm »
E umas vendas do NPO vinham mesmo a calhar...  8)
Ricardo Nunes
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