História aeronáutica Portuguesa

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Lightning

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Re: História aeronáutica Portuguesa
« Responder #15 em: Abril 15, 2020, 02:37:26 am »
Para o pessoal amante de aviação militar que desespera com a quarentena :mrgreen:,
um site muito completo sobre a aviação militar portuguesa, dos meus preferidos.
Não tanto em imagens, mas em informação, incluindo os desenhos das antigas esquadras de voo já desactivadas.
https://altimagem.blogspot.com/p/h.html
« Última modificação: Abril 15, 2020, 02:41:05 am por Lightning »
 
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Lightning

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Re: História aeronáutica Portuguesa
« Responder #16 em: Abril 17, 2020, 01:11:36 am »
Vi a pouco num livro um capítulo curioso, que poucos saberam, sobre a FA no tempo do ultramar em que andava a tentar adquirir aeronaves e poucos eram os países que aceitavam vender.

É relativamente sabido que certa altura os EUA não permitiram que Portugal usasse os F86 em África, Portugal teve então que procurar alternativas, um dos principais fornecedores a Portugal era a Alemanha, a Alemanha possuía a versão construída no Canadá, o Canadair Sabre, e queria vender esses aviões a Portugal, mas o Canadá soube e não permitiu, então a Alemanha vendeu os Fiat G91 a Portugal, esta parte é muito conhecida, de como acabamos por utilizar os Fiat no ultramar.

O que poucos sabem é que antes disso o próprio Canadá fez uma proposta de venda de Canadair Sabres a Portugal, a um valor superior ao dos Sabre Alemães. Eles não queriam era que os alemães lhes estragassem o negócio ao propor um valor mais baixo lool.
 
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Re: História aeronáutica Portuguesa
« Responder #17 em: Abril 17, 2020, 10:32:36 am »
Vi a pouco num livro um capítulo curioso, que poucos saberam, sobre a FA no tempo do ultramar em que andava a tentar adquirir aeronaves e poucos eram os países que aceitavam vender.

É relativamente sabido que certa altura os EUA não permitiram que Portugal usasse os F86 em África, Portugal teve então que procurar alternativas, um dos principais fornecedores a Portugal era a Alemanha, a Alemanha possuía a versão construída no Canadá, o Canadair Sabre, e queria vender esses aviões a Portugal, mas o Canadá soube e não permitiu, então a Alemanha vendeu os Fiat G91 a Portugal, esta parte é muito conhecida, de como acabamos por utilizar os Fiat no ultramar.

O que poucos sabem é que antes disso o próprio Canadá fez uma proposta de venda de Canadair Sabres a Portugal, a um valor superior ao dos Sabre Alemães. Eles não queriam era que os alemães lhes estragassem o negócio ao propor um valor mais baixo lool.

Em relação aos F é engraçado como não se aprendeu nada desde essa altura.

Continuamos com F comprados com a ajuda da NATO e agora ainda vamos nos meter num que o americanos não só sabem todas as missões que fazemos, como podem nos por de castigo e ficamos sem F para voar.
 
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Re: História aeronáutica Portuguesa
« Responder #18 em: Abril 17, 2020, 03:25:53 pm »
Vou começar agora a ler um livro que me foi bastante recomendado intitulado "História das Esquadras de Helicópteros da Força Aérea Portuguesa" da autoria do TGen. PILAV Luís Palma de Figueiredo. Com quase 600 páginas, é um manancial de histórias e informação desde o H-19 até ao Merlin.

Aguardo com expectativa a chegada ao capítulo no qual se fala do programa de substituição do Alouette III no final da década de 70 (1978 para ser mais preciso) no intuito de equipar a FAP com um helicóptero de ataque mais consentâneo com o cenário europeu, e que teve como concorrentes o Agusta A109, o MBB Bo-105 e o Sud-Aviation SA-341 Gazelle. O vencedor seria o A109, na altura conhecido como Hirundo, tendo ficado o Bo-105 (equipado com mísseis Hot) em segundo e o Gazelle em último lugar, sendo que segundo o autor do texto o 109 seria adquirido em versão armada e versão naval. A ver se despacho a leitura para perceber finalmente porque este negócio praticamente feito acabaria por abortar.  :-\
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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Re: História aeronáutica Portuguesa
« Responder #19 em: Abril 17, 2020, 05:56:23 pm »
Já que operávamos o Alouette 2 e 3 o lógico favorito seria o Gazelle. 
Talvez não o tenha sido por não ter versão naval?
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Re: História aeronáutica Portuguesa
« Responder #20 em: Abril 17, 2020, 06:33:39 pm »
Já que operávamos o Alouette 2 e 3 o lógico favorito seria o Gazelle. 
Talvez não o tenha sido por não ter versão naval?

Pelo que percebi até agora era mesmo considerado o candidato mais fraco a vários níveis. Mas não me apresses, quando lá chegar depois digo.  :mrgreen:
Saudações Aeronáuticas,
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Re: História aeronáutica Portuguesa
« Responder #21 em: Abril 17, 2020, 11:10:47 pm »
Em relação aos F é engraçado como não se aprendeu nada desde essa altura.

Continuamos com F comprados com a ajuda da NATO e agora ainda vamos nos meter num que o americanos não só sabem todas as missões que fazemos, como podem nos por de castigo e ficamos sem F para voar.

Naquela época era tudo por baixo da mesa, só a França e Alemanha nos vendiam coisas, todos os outros cumpriam o embargo por causa da guerra em África.

E se a França é daqueles que faz o que quer às claras, ninguém manda na França, era o que mais faltava, a França vende o que quer a quem quiser lol, Alouettes, Pumas, blindados, etc.

A Alemanha já era mais pela calada, e interessante de saber essas histórias, por causa dos grandes investimentos na base de Beja e outros em Portugal (assunto também interessante) na época da guerra fria, a Alemanha tinha interesse em manter boas relações com Portugal, e Portugal queria aproveitar isso para adquirir material militar, em relação a África a Alemanha era tipo Suíça, nem defendia nem atacava a política portuguesa, não se metia.

Os Fiat supostamente tinham sido construídos para a Grécia e a Turquia que acabaram por não os comprar, a Alemanha comprou-os e depois vendeu-os a Portugal (à quem diga que foi sempre o destinatário final), Portugal só teve que se comprometer com a Alemanha que esses aviões seriam apenas para operar em Portugal, mas a definição de "Portugal" podia ser interpretada diferentemente, a Alemanha aceitava o jogo de palavras para proveito de ambos.

A compra dos B-26 também dava um filme metendo mercado negro de armas dos EUA, etc, muitos dos aviões acabaram por não vir pois foram apanhados pelo FBI e tudo engavetado, ainda chegaram a Portugal 6 ou 7 que formaram uma Esquadra em Angola.
 
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