Caro Engenhocas, que um aeroporto civil faz muita falta na região Centro, sem dúvida que sim. Mas houve um pequeno mal-entendido: eu estava a falar do aeródromo de Fátima-Giesteira, não de um hipotético e talvez inviável futuro aeroporto.
Considero que um aeroporto civil na região centro faz muita falta, logo porque nao utilizar o novo aerodromo de fátima pa aeroporto civil em vez da base aerea de monte real?!
O aeródromo de Fátima pode apenas acolher aeronaves ligeiras. É pouco mais do que uma pista em asfalto de 1500m, sem quaisqueres condições para o tráfego aéreo comercial.
Fátima, Santarém, 12 Mai (Lusa) - O futuro aeroporto regional de Fátima vocacionado para aviões de média dimensão vai custar 80 milhões de euros, uma verba recuperável em 30 anos, refere um estudo técnico hoje divulgado.
Na apresentação do relatório preliminar do estudo de viabilidade desta infra-estrutura, Rogério Pedro, director regional da empresa de consultoria Proplano, explicou que a nova pista é "técnica e financeiramente viável", mas o prazo de execução irá depender do tipo de apoios estatais.
O projecto será candidato a fundos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) mas, mesmo sem qualquer apoio, o investimento será recuperado em 33 anos, disse este responsável.
Em cima da mesa estão duas hipóteses de ampliação da actual pista, com cerca de 1.500 metros para 2.400 de modo a receber aviões de médias dimensões, como o Airbus 320 ou o Boeing 737, com capacidade até 170 lugares.
Uma é mais simples, ampliando a actual pista, mas um dos limites ficará demasiado próximo da serra de Aire, um constrangimento técnico que irá dificultar a aproximação sul das aeronaves.
Outra das soluções, que é a defendida pela Proplano, é a construção de uma nova pista - aproveitando apenas metade da actual - ampliando a infra-estrutura existente para norte, e afastando-a dos cabeços serranos.
A futura pista teria uma dimensão semelhante à de Faro, capaz de acolher tráfego low-cost e voos charters, estimando-se um "horizonte de um milhão de passageiros por ano".
Lusa
Devo ser mesmo estúpido, ou então quem faz esse tipo de estudos é que tem algum problema qualquer...
Não sendo especialista da matéria, gostaria que alguém me explicasse como se transforma um aeródromo privado básico, com uma pista em asfalto de 1500x23m, sem placas de estacionamento ou hangares adequados, num aeroporto regional por uns meros 80 milhões de euros... Corrijam-me se estiver enganado, mas para receber aviões como o Airbus A320 ou Boeing 737, deve ser necessária uma pista em betão armado de pelo menos 15-20cm de espessura ? Para além da construção de uma aerogare em condições, da instalação de serviços de apoio/segurança (bombeiros, ...), de depósitos de combustível, do melhoramento dos acessos rodoviários e ligações aos transportes públicos... e não duvido que estou a esquecer inúmeros custos adicionais.
Além disso, primeira hipótese do estudo: ampliar em 800-900m a pista para sul, para alcançar os necessários 2400m, sabendo que para além dos problemas de aproximação causados pela Serra d'Aire, a A1 está situada a pouco mais de 650m a sul no eixo da actual pista...
Segunda hipótese: se a intenção for de aproveitar apenas metade da actual pista, significa uma ampliação de 1600m para Norte; para ir parar onde ? Nas pedreiras com mais de 30 metros de profundidade que estão situadas a uns 300 metros a Norte da pista no caso da mais próxima, e a pouco mais de 1km para a segunda ?
Sabendo dos "milagres" que já se conseguiram na construção de outros aeroportos, não duvido que seja tecnicamente possível, mas com um orçamento de 80 milhões ?!
Jamais !