Energias Renováveis

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miguelbud

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Re: Energias Renováveis
« Responder #120 em: Janeiro 04, 2012, 12:10:08 pm »
um excelente projecto a aproveitar as nossas capacidades atlanticas.

http://www.rtp.pt/noticias/?t=Peniche-c ... 15139&tm=8
 

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Jorge Pereira

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Re: Energias Renováveis
« Responder #121 em: Janeiro 06, 2012, 08:54:45 pm »
Citação de: "miguelbud"
um excelente projecto a aproveitar as nossas capacidades atlanticas.

http://www.rtp.pt/noticias/?t=Peniche-c ... 15139&tm=8

Mais pormenores aqui:

 :arrow:    http://aeiou.expresso.pt/portugal-volta ... eo=f698292
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Lusitano89

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Re: Energias Renováveis
« Responder #122 em: Fevereiro 01, 2012, 06:31:05 pm »
Produção de energia das ondas começa em 2015


A zona piloto portuguesa criada para a produção de energia das ondas, em 2008, deve entrar em funcionamento em 2015, quando for superada a carência de infra-estruturas.
 
Ao largo da praia de São Pedro de Moel (Leiria), a zona piloto foi criada para promover a energia renovável das ondas, potenciando o seu desenvolvimento tecnológico e a sua comercialização.
 
Segundo Teresa Simas, do Centro de Energia das Ondas, “há uma empresa que é responsável pela gestão da zona, que foi criada há pouco tempo e, neste momento, está a ser desenvolvido ainda o orçamento e o plano da infra-estrutura que vai ser instalada. Estão a ser feitos os cálculos de engenharia para instalação do cabo e o plano é que em 2015 esteja instalado e a zona possa começar a ser usada”.
 
A coordenadora do Departamento de Ambiente daquela organização privada sem fins lucrativos adiantou à Lusa que “existem vários produtores [internacionais] com interesse em instalar dispositivos” na zona piloto, mas “o problema é que não existe ainda tecnologia com desenvolvimento comercial muito avançada, pelo menos ao nível das ondas”. Por isso, realça, “está-se a pensar fazer uma zona de testes para promover o desenvolvimento de dispositivos e depois potenciar isso para uma eventual fase comercial”.
 
Questionada sobre o futuro das energias marinhas no País, Teresa Simas diz que Portugal tem recebido “vários projectos”. No entanto, alerta, “tudo depende do desenvolvimento destas zonas de teste”, nomeadamente da zona piloto.
 
“Se isto for rápido, vejo [o desenvolvimento da energia das ondas] com muitos bons olhos. Agora, obviamente que não se pode investir só em ondas, também há a energia do vento em terra, por exemplo. Mas acredito que podemos ter uma mistura energética que vai permitir aumentar a nossa auto-suficiência”, afirmou a investigadora, salvaguardando estar a falar “num período bastante alargado de anos”.
 
Teresa Simas evidenciou também o potencial de Portugal no desenvolvimento da energia das ondas, nomeadamente em águas profundas. O país dispõe do recurso em toda a costa ocidental, tem um bom clima e águas profundas próximas da costa, bem como infra-estruturas (portos e estaleiros) em vários pontos da costa, tendo também pontos de conexão à rede eléctrica e boa capacidade de conhecimento técnico e científico, tanto recursos humanos qualificados como centros de investigação competentes.
 
No entanto, a investigadora apontou algumas barreiras ao desenvolvimento da tecnologia das ondas, nomeadamente a morosidade dos processos de licenciamento, a falta de financiamento, os conflitos de uso (pescas, actividades de lazer, rotas de navegação e áreas de uso militar), problemas ambientais e ainda a percepção negativa do público, seja por falta de informação, seja pela descrença no sector.

Ciência Hoje
 

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Lusitano89

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Re: Energias Renováveis
« Responder #123 em: Fevereiro 20, 2012, 07:42:28 pm »
Energias renováveis ameaçadas por situação económica nacional


A Federação Europeia de Energias Renováveis (FEER) apresentou hoje uma carta aberta à Comissão Europeia onde aponta preocupações sobre o mercado português, definindo a situação económica do país como uma «séria ameaça» às renováveis. O Governo decidiu 'congelar' no começo de Fevereiro a atribuição de novas licenças para a produção de electricidade em regime especial, afectando principalmente a geração eólica e a co-geração.

Na carta aberta dirigida ao comissário responsável pela Energia, Günther Oettinger, e hoje divulgada em Bruxelas, a federação das renováveis «convida» o responsável a «tomar as medidas necessárias para convencer o governo português a abster-se da contraproducente medida» e a apoiar as renováveis como um «caminho para sair da crise».

Segundo o decreto-lei publicado em Diário da República, o Governo suspendeu, «com efeitos imediatos, a atribuição de potências de injecção na Rede Eléctrica de Serviço Público (RESP)», ressalvando, contudo, a possibilidade de poderem vir a ser excepcionados casos de «relevante interesse público».

O Governo comprometeu-se, na segunda revisão do memorando de entendimento com a ‘troika’, a analisar a eficiência dos regimes de apoio aos produtores de energia em regime especial até ao final de Janeiro, um mês após a data definida em Setembro, na primeira revisão do acordo.

Na segunda revisão do memorando de entendimento, os prazos para a análise da eficácia dos regimes de apoio à co-geração e possíveis reduções na tarifa, uma redução implícita da subvenção, deveriam ter sido entregues à 'troika' até final de Janeiro. No entanto, até ao momento, o Governo ainda não anunciou se entregou ou não.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Energias Renováveis
« Responder #124 em: Março 22, 2012, 07:42:14 pm »
Futuro das centrais mini-hídricas está ensombrado
 

O Governo está a rever a política energética de apoio às renováveis por imposição da ‘troika’. O futuro do negócio das mini-hídricas vive actualmente ensombrado, à semelhança do que acontece com as restantes energias renováveis.

Com a imposição por parte da ‘troika', no âmbito do plano de ajuda financeira externa a Portugal, de cortes aos subsídios concedidos às energias verdes, o Governo está actualmente a redefinir a estratégia para o sector. O objectivo é reduzir o seu impacto nas tarifas pagas pelos consumidores finais e no agravamento do défice tarifário, numa altura em que os preços da electricidade vão deixar de ser regulados a partir de 1 de Janeiro do próximo ano. Medidas que têm, para já, um alvo identificado: a energia eólica. Mas há convicção assente no sector que poderá ser extensível aos restantes segmentos.

Inquestionável é segundo Eira Leitão, membro da APREN, entidade que representa as empresas de energias renováveis, o contributo das mini-hídricas para a redução da dependência exterior de matérias-primas de origem fóssil, assim com o seu peso reduzido no portefólio das energias renováveis.

Dos 1.120 megawatts (MW) de potencial identificados em Portugal, Eira Leitão refere que apenas um terço, cerca de 410 MW, estão em operação.

A incerteza reinante neste negócio, que abrange todas as pequenas centrais com potências instaladas inferiores a 10 MVA, abrange ainda as concessões atribuídas no concurso público lançado pelo anterior Governo.

A venda de 12 lotes rendeu então aos cofres públicos cerca de 30 milhões de euros. Um valor que ficou muito aquém das estimativas iniciais do Executivo que apontavam para um encaixe potencial de 100 milhões de euros.

Montado em escassas semanas, sob supervisão do Ministério do Ambiente, com o objectivo de privilegiar o encaixe financeiro, o concurso foi alvo de crítica por parte de alguns dos principais operadores do sector energético que lhe apontaram problemas de natureza técnica.

O resultado ficou à vista. Dos 19 lotes colocados no mercado, sete lotes, correspondentes a 46 MW, acabariam por ficar desertos.

Uma das críticas apontadas ao concurso pelo presidente da APREN, António Sá da Costa, reside no facto de entre os vencedores não se encontra nenhuma das empresas que actuam no sector energético.

O concurso das mini-hídricas totalizava 128 MW de potência entre as zonas Centro, Norte e Tejo.

Diário Económico
 

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Lusitano89

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Re: Energias Renováveis
« Responder #125 em: Abril 05, 2012, 10:40:39 pm »
Mais de 100.000 empregos em risco nas renováveis


O presidente do consórcio Eólicas de Portugal (ENEOP), responsável pela instalação de 1.200 MegaWatt (MW) de potência eólica, afirmou hoje que estão em risco 130 mil empregos na área das renováveis, porque a atividade nacional "está parada". "Não são 130 mil postos de trabalho que estão em suspenso, estão mesmo em risco para o futuro. Nesta altura, em Portugal está a desinvestir-se, quando o resto do Mundo está a investir nas energias renováveis. Cá pararam, estamos em contraciclo", apontou Aníbal Fernandes, em declarações à agência Lusa.

Em causa, afirmou, estão empregos diretos e indiretos na fileira das renováveis, sobretudo hídricas e eólicas, face à "paragem" da atividade, nomeadamente com a revisão dos incentivos, taxas e tarifas anunciada pelo Governo.

"Estamos a falar de fábricas de aerogeradores que empregam muita gente, da construção de barragens, da projeção e gestão de parques, entre outros", disse ainda, à margem da visita de um grupo de seis deputados do parlamento federal alemão às fabricas da Enercon em Viana do Castelo.

Em Portugal, o consórcio ENEOP realizou um investimento de 188 milhões de euros em novas unidades industriais, lideradas pela alemã Enercon, número um mundial na produção de aerogeradores.

Aquele consórcio, que junta ainda empresas como a EDP e a Finerge, criou, desde 2006, cerca de 1.930 postos de trabalho diretos e mais 5.000 indiretos.

Da licença atribuída de 1.200 MW de potência eólica, 840 MW já estão ligados à rede elétrica nacional, através de 205 quilómetros de linhas de alta tensão que o consórcio construiu, num investimento de 38 milhões de euros.

Só em Viana do Castelo, representa atualmente cerca de 1.400 postos de trabalho, em cinco fábricas da Enercon.

Por este volume de investimento, o consórcio ENEOP recebe 67 euros por cada MegaWatt hora produzido nos respetivos parques. Na Alemanha, recordou Aníbal Fernandes, esse valor é de 96 euros, em Itália de 140 euros e na Bélgica de 120 euros.

"A nossa é a tarifa mais baixa de Europa. Contrariamente à cacofonia que algumas pessoas querem instalar no país, porque têm agendas escondidas e são intelectualmente desonestas", criticou Aníbal Fernandes.

A isto acrescentou: "As tarifas que estão hoje em vigor e que algumas pessoas criticam como o monstro elétrico do Sócrates, foram publicadas pelo Governo de Durão Barroso".

Para o presidente da ENEOP, o Estado tem agora que honrar os compromissos assumidos.

"O que queremos é que o valor da tarifa que nos foi consignada, num concurso legal e transparente, nos seja garantido nos pontos de ligação à rede. Mais nada", sublinhou.

Apesar da paragem nos financiamentos e na política de diversificação das fontes de energias renováveis - que afirma estar a acontecer desde o Verão passado -, o presidente da ENEOP admitiu que só foi possível manter os postos de trabalho entretanto criados através do incremento das exportações, nomeadamente pela Enercon.

"É ai que está o mérito dos acionistas da ENEOP. Quando os bancos desapareceram, foram os acionistas a injetar 600 milhões de euros de capitais próprios e a Enercon a antecipar as exportações", disse ainda.

Atualmente, mais de metade da produção da Enercon é para exportação, por via marítima, apenas para Irlanda, França e Itália.

Lusa
 

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Malagueta

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Re: Energias Renováveis
« Responder #126 em: Abril 18, 2012, 01:31:42 pm »
Boas,

Para quem se interessa sobre o assunto, um excelente artigo de jornal, sobre o peso, custo entre outras coisas
sobre o tema do topico em portugal.

http://www.portugalglobal.pt/PT/Portuga ... 180412.pdf
 

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Lusitano89

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Re: Energias Renováveis
« Responder #127 em: Maio 10, 2012, 10:17:48 pm »


Produzir biocombustível a partir de microalgas para utilizar na aviação comercial é o projeto que juntou o Laboratorio Nacional de Energia e Geologia ( LNEG ), a Associação Portuguesa de Transporte e Trabalho Aéreo ( APTTA) e a empresa de bioengenharia Algafuel. A ideia é que no futuro este combustível "verde" possa ser
utilizado em aviões comerciais e passe a ser uma alternativa mais sustentável.
 

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Lusitano89

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Re: Energias Renováveis
« Responder #128 em: Maio 31, 2012, 12:20:12 pm »
Energia das ondas brevemente em Peniche


A empresa finlandesa AW Energy deverá instalar até final de Junho tecnologia no fundo do mar da praia da Almagreira, Peniche, para produção de energia a partir das ondas, disse hoje o presidente da câmara. António José Correia afirmou à agência Lusa que, após três anos a trabalhar nos estaleiros navais de Peniche, a empresa já concluiu a construção de uma plataforma metálica de 40 metros que vai ser instalada no fundo do mar.

Nesta plataforma vão ser instaladas pás verticais que, ao movimentar-se, vão produzir energia.

«Duas pás já estão concluídas e estão a produzir a terceira. Há bóias no mar a sinalizar o local», acrescentou o autarca, adiantando que a empresa «prevê até final de Junho» implantar a estrutura no mar da Almagreira.

Desde 2009 que os parceiros tecnológicos têm vindo a trabalhar no projecto-piloto, correspondente à fase pré-comercial de produção de energia, para o qual estão envolvidos cinco milhões de euros, três dos quais financiados pela Comissão Europeia, após a aprovação de uma candidatura ao sétimo Programa Quadro de Investigação e Desenvolvimento.

A tecnologia ‘Wave Roller’ vai produzir resultados que, caso sejam favoráveis, vão permitir avançar para uma fase comercial de produção de energia.

Trata-se de um equipamento pioneiro, com pás que oscilam debaixo de água com o movimento das ondas e que foi testado pela primeira vez a nível mundial na praia da Almagreira em 2007.

Mais tarde, a única máquina Wave Roller, instalada a 20 metros de profundidade e a 500 milhas da praia, foi retirada da água por problemas técnicos, atrasando a concretização do projecto em cerca de três anos.

A inovação foi criada em 2007 pela AW Energy para ser comercializada e testada em Portugal pela empresa Eneólica, do Grupo Lena, durante a primeira fase de demonstração do projecto-piloto.

Através de pás flutuantes que acompanham o movimento das águas, a tecnologia é capaz de captar energia para depois ser transformada em electricidade, como demonstrou o protótipo com uma potência de 15 quilowatts (KW).

O objectivo dos promotores passa por criar na praia da Almagreira um grande parque mundial de energia das ondas e entrar numa fase de exploração comercial do projecto com uma potência instalada entre os 50 e os 100 megawatts (MW).

A avançar para a fase comercial, o investimento ascenderá a 100 milhões de euros e colocará Portugal na linha da frente no segmento da produção mundial de energia a partir do movimento das ondas.

Lusa
 

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Jorge_Costa

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Re: Energias Renováveis
« Responder #129 em: Maio 31, 2012, 02:55:32 pm »
Não me surpreende que as Renováveis principalmente no ramos da Eólica e da Hidroeléctrica estejam a decrescer com investimentos cada vez menores. Chegou-se a uma conclusão geral que um ramo por si só não funciona e que tudo , mesmo a Eólica, traz desvantagens. As centrais Hidroeléctricas (falando exclusivamente nas barragens) já estão sobre-exploradas, cada vez chegam menos sedimentos às nossas praias, cada vez mais a concentração de saís na água sobe , cada vez mais a vida selvagem é afectada e depois, quando existem fenómenos anormais, as barragens não conseguem manter as populações em segurança. As centrais Eólicas possuem o grande defeito de produzirem o pico de energia na madrugada que é exactamente quando menos necessitamos dessa energia e esta não tem como ser armazenada. Soluções tem sido a ser pensadas com barragens com pequenas represas que durante o dia despejam a água para a represa , produzindo energia eléctrica, e de noite, usando a energia excedente das Eólicas, puxam essa água para cima conservando a energia sob a forma de energia potencial gravítica. Este processo tem um rendimento de 30 a 50% , mas é uma solução simples.
 O problema está que os investidores não estão a observar o tão desejado retorno e, possuindo agora um governo que possuí como prioridade a "desevolução" do país as renováveis podem agora encontrar um obstáculo ao seu desenvolvimento. As esperanças ténues da Humanidade num futuro próspero estão na Fusão Nuclear, com previsões de estar pronta para 2036, mas daqui até lá, além da evolução estar a ser mais lenta que o previsto, as centrais tem um grande custo e demoram vários anos a serem construídas, o que vai criar um espaço   de tempo do qual vamos ter de sobreviver das renováveis embora , na minha opinião, a única renovável que é mesmo eficiente e de qualidade é a geotérmica que infelizmente não pode ser aplicada em Portugal Continental( a não ser que se coloque uma central como em Soultz, França, que está em fase de desenvolvimento e custou uma fortuna para a produção realizada , comparada às centrais existentes nos Açores e Islândia). É a única que fornece energia totalmente limpa 24h por dia em segurança.

Cumprimentos
 

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Lusitano89

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Re: Energias Renováveis
« Responder #130 em: Junho 03, 2012, 11:20:26 pm »
"Renováveis já representam 44% da produção em Portugal"


Portugal está entre os três países da OCDE com maior produção de energia eléctrica com recurso a fontes renováveis. A hídrica mantém liderança, mas eólica está no encalço.

As energias renováveis - incluindo a produção hídrica - representam quase metade da electricidade produzida em Portugal. Segundo dados da APREN - Associação das Energias Renováveis a energia elétrica produzida a partir de fontes renováveis situava-se nos 44,3% em Janeiro deste ano, o que permite antever que as metas impostas para 2012 serão cumpridas.
 
A União Europeia impôs uma quota de 39% para a produção de electricidade de origem renovável mas os objectivos nacionais são mais ambiciosos, impondo um limite mínimo de 45%. "Não há, de momento, receio de não cumprir os objectivos de 2012. Contudo, o mesmo não posso dizer em relação às metas propostas para 2020 pois desconhecemos as políticas a implementar pelo Governo e as suas consequências", refere, a propósito, António Sá da Costa, presidente da direcção da APREN.
 
Este responsável mostra-se preocupado com alterações que a política de austeridade poderá trazer ao Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis (PNAER), já que só daqui a um ano será avaliado o seu grau de execução. "Sabemos, no entanto que o Governo se prepara para rever o PNAER em baixa, o que na minha opinião, é negativo não apenas para o sector das energias renováveis como para o país. Essa revisão em baixa vai desacelerar a economia, diminuir o emprego, aumentar as importações de combustíveis fósseis canalizados para a produção de electricidade e afasta a captação de investimento estrangeiro", afirma.
 
Portugal com objectivos ambiciosos

Portugal está entre os cinco países com os objectivos mais elevados da Europa a 27, e está nos três primeiros lugares no que diz respeito ao peso da produção de electricidade de origem renovável, entre os países da OCDE. Os dados de 2010 revelam que Portugal se situava logo após a Áustria, com um peso de renováveis na ordem dos 61%, e da Suécia, com 54%, sendo que a média europeia (média a 15 países-membros) é de 20,6%. Os Estados Unidos ficam-se apenas pelos 10% e o Japão 9,4 por cento.
 
A produção hídrica é a que mais peso tem no conjunto das fontes renováveis, atingindo em Portugal mais de metade da produção. Também na restante Europa a utilização da água dos rios é a forma de produção renovável mais utilizada, com quase 54%. A produção eólica começa agora a ganhar terreno, estando em Janeiro de 2012 com uma potência instalada de 4.301 megawatts, nos 218 parques existentes, e com um peso de 39,7%.
 
Sá da Costa refere que a o principal entrave ao crescimento da produção eléctrica por fontes renováveis está nas dificuldades de financiamento. "Além das dificuldades que resultam do risco país, juntou-se o chamado risco regulatório devido à falta de definições que têm tido lugar desde Julho de 2011", afirma.
 
Microgeração com retorno a cinco anos

Sabia que, sendo consumidor de energia eléctrica em baixa tensão, pode tornar-se também produtor e vender o excedente à rede? Trata-se de um processo chamado de microgeração, aberto a qualquer pessoa que compre o equipamento (solar, eólico, biomassa, hídrico) e se candidate a uma licença. Neste momento, mais de 20 mil consumidores (particulares e empresas) já optaram por esta solução. Segundo Frederico Rosa, administrador da Sunergetic, empresa que actua no aproveitamente de energia solar, a rentabilidade é garantida. "O investimento está pago em cinco ou seis anos, com uma rentabilidade muito superior à da banca", diz. No actual mercado de microgeração, a energia solar fotovoltaica é a mais procurada, atingindo os 90%. Porém, o sector está em compasso de espera, pois a emissão de licenças para a microgeração bonificada (com tarifas mais altas durante 15 anos) está parada por ter sido esgotada a respectiva quota. "Há interessados, mas não há licenças. Há clientes que começam a optar pelo regime geral, que ainda tem licenças disponíveis, apesar de a tarifa paga ser mais baixa", refere Raúl Assunção, da Ecopower, empresa especializada em energias renováveis. Já a miniprodução destina-se a pequenos clientes empresariais com potências superiores à da microgeração. Em ambos os casos, os produtores apenas podem instalar metade da potência contratada.
 

O peso das renováveis
 
1 - Hídrica
Utiliza água dos rios. Produção bruta: 19%
 
2 - Eólica
Utiliza o movimento das massas de ar. Produção bruta: 16,5%
 
3 - Biomassa (com e sem cogeração)
Utiliza resíduos naturais. Produção bruta: cerca de 12%
 
4 - Solar Fotovoltaica
Utiliza a energia solar. Produção bruta: cerca de 0,5%
 
5 - Biogás
Utiliza gás como combustível. Produção bruta: 0,3%
 
6 - Geotérmica
Utiliza o calor da terra. Produção bruta: marginal
 
7 - Ondas e mares
Utiliza a força das marés. Produção bruta: marginal
 
Fonte: APREN. Dados de Janeiro de 2012


Diário Económico
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Energias Renováveis
« Responder #131 em: Junho 16, 2012, 06:15:03 pm »
Citar
A torre eólica de Cavaco e a da EDP

Na Póvoa de Varzim, Cavaco Silva inaugurou a primeira eólica flutuante do mundo em offshore. O projeto, de 23 milhões de euros, permite alimentar 1.300 habitações.

Margarida Cardoso (http://www.expresso.pt)
16:52 Sábado, 16 de junho de 2012  Última atualização há 53 minutos  
 
   O Windfloat é pioneiro a nível mundial Pesa mais de duas mil toneladas, foi colocado a seis quilómetros da costa, tem um aerogerador de 2 megawatts, o suficiente para abastecer de energia 1.300 habitações e já está a trabalhar em fase de testes há seis meses.  O Windfloat, hoje inaugurado na praia da Aguçadoura, na Póvoa de Varzim, envolveu um investimento de 23 milhões de euros que promete colocar Portugal na liderança mundial dos sistemas eólicos em off shore.

Para o presidente da EDP, António Mexia, a nova tecnologia "representa mais um passo no aproveitamento dos recursos endógenos, na diminuição da dependência externa e no potencial aproveitamento do cluster marítimo português, com impactos positivos ao nível do emprego e das exportações".

Mexia aproveitou, aliás, a cerimónia de inauguração do projeto, para salientar que além do aproveitamento do potencial  da costa portuguesa, o Windfloat mostra como é possível recuperar recursos já existentes, designadamente nos estaleiros navais, em novas aplicações, incentivando, simultaneamente, o trabalho de equipa, neste caso entre empresas portuguesas, dinamarquesas e americanas.

Cavaco orgulhoso


A concretização do projeto envolveu 60 empresas, 40 das quais portuguesas, através da joint-venture WindPlus, que reúne EDP, Repsol, Principle Power, A. Silva Matos, Vestas Wind Systems A/S e a Inovcapital. O protótipo deverá ficar dois anos em fase de testes, mas já está previsto criar, a partir daqui, o primeiro parque eólico flutuante do mundo, com cinco turbinas e uma potência cinco vezes superior à atual.

Confessando sentir "orgulho" ao ver o país na linha da frente das energias renováveis, o presidente da República, Cavaco Silva, vê este projeto como uma prova de que Portugal tem muito a ganhar se souber aproveitar os quase três mil quilómetros da sua costa e "um estímulo para que surjam mais empreendedores, investimento nacional e estrangeiro que apostem neste grande potencial".

"Muitos sectores ligados ao mar podem ter uma expansão significativa nos próximos tempos", da energia aos portos, pescas ou aquacultura, disse o presidente minutos antes de ser surpreendido pela equipa da Vestas com a oferta de uma torre eólica da Lego, "talvez para montar com os netos".

 :arrow: http://expresso.sapo.pt/a-torre-eolica- ... dp=f733365
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Jorge_Costa

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Re: Energias Renováveis
« Responder #132 em: Junho 20, 2012, 01:20:52 am »
Confirma-se! Está lá a funcionar de saúde!
 

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Re: Energias Renováveis
« Responder #133 em: Junho 26, 2012, 07:30:10 pm »
Peniche: engenheiros concluem tecnologia única para produzir energia a partir das ondas


A montagem do primeiro protótipo mundial de produção de energia das ondas está hoje a ser concluída nos Estaleiros Navais de Peniche, com a colocação de pás gigantes para começar a fabricar electricidade ao largo da praia da Almagreira.

Jorma Savolainen, responsável técnico da empresa finlandesa (AW Energy) que concebeu a tecnologia, afirmou à agência Lusa que na primeira semana de Julho a plataforma metálica de 40 metros, composta por três pás verticais gigantes, vai ser fundeada a 20 metros de profundidade e a 500 milhas da praia da Almagreira, ao largo de Peniche.

Trata-se de um protótipo de produção de electricidade a partir do movimento das ondas, único no mundo, com pás que oscilam debaixo de água com o movimento das ondas e que conseguem produzir por hora até 100 killowatts (kw) cada uma, o que vai permitir abastecer entre 40 a 60 habitações.

O responsável adiantou que, dentro de três anos, a empresa estima partir para a fase pré-comercial do projecto, com a instalação de mais 500 kw, o equivalente a mais cinco pás.

Entre hoje e quarta-feira, os engenheiros portugueses e finlandeses deverão concluir a montagem das três pás na plataforma metálica que, durante quinze dias, vai ser fundeada no mar junto aos estaleiros navais e ser sujeita a ensaios.

Bryan Curto, engenheiro dos Estaleiros Navais de Peniche, explicou à agência Lusa que, desde Março de 2011, começou a construir a estrutura, os tanques de água que, quando estão cheios, permitem submergi-la, e as pás metálicas. A última fase dos trabalhos, que está a decorrer, consiste na montagem da tecnologia concebida pelos finlandeses, que permite fazer movimentar as gigantes pás metálicas.

Desde 2009 que os parceiros tecnológicos têm vindo a trabalhar no projecto-piloto, para o qual estão envolvidos cinco milhões de euros, três dos quais financiados pela Comissão Europeia, após a aprovação de uma candidatura ao sétimo Programa Quadro de Investigação e Desenvolvimento.

A tecnologia Wave Roller vai produzir resultados que, caso sejam favoráveis, vão permitir avançar para uma fase comercial de produção de energia e foi testada pela primeira vez a nível mundial na praia da Almagreira em 2007.

O objectivo dos promotores passa por criar na praia da Almagreira um grande parque mundial de energia das ondas e entrar numa fase de exploração comercial do projecto com uma potência instalada entre os 50 e os 100 megawatts (MW), para os quais necessitam de investidores.

A avançar para a fase comercial, o investimento ascenderá a 100 milhões de euros e colocará Portugal na linha da frente no segmento da produção mundial de energia a partir do movimento das ondas, estimam os promotores.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Energias Renováveis
« Responder #134 em: Agosto 11, 2012, 11:00:52 pm »
Peniche: Plataforma de produção de energia das ondas já está no fundo do mar


O WaveRoller, uma plataforma com 420 toneladas de aço e fibra de vidro, foi hoje fundeado no mar da Almagreira, no concelho de Peniche, onde irá começar a produzir energia a partir do movimento das ondas. A plataforma foi esta manhã rebocada desde os Estaleiros Navais de Peniche até à Almagreira, numa viagem de cinco e as seis milhas, numa viagem demorou cerca de três horas e que culminou com o afundamento da estrutura.

O sistema, desenvolvido pela empresa finlandesa AW-Energy, é composto por três pás com 42 metros de comprimento e 16 metros de largura que oscilam debaixo de água, e que deverão produzir, cada uma, 100kW de eletricidade.

Os componentes fabricados em Kotka, na Finlândia, estão desde janeiro nos estaleiros de Peniche, onde foram feitos os trabalhos de montagem final e preparação da fixação da estrutura ao fundo do mar.

«A nossa participação inseriu-se na parte de engenharia e muitas das soluções tecnológicas foram discutidas entre nós e empresa. Decidimos em conjunto qual a estrutura e a forma de a produzir nas nossas instalações», disse à Lusa Álvaro Oliveira, diretor geral dos estaleiros Navais de Peniche.

A tecnologia, que foi testada pela primeira vez, a nível mundial, na praia da Almagreira, em 2007, permitiu aos estaleiros Navais um encaixe financeiro superior a um milhão de euros.

O presidente da Câmara de Peniche, António José Correia, admite já a hipótese de «desenvolver ainda mais estruturas, umas para serem colocadas no mesmo local e outras que possam ser adquiridas por outros países e outros mares».

Os resultados da entrada em funcionamento do waveRoller vão agora ser também estudados pela Escola Superior de tecnologia do Mar, «que vai analisar as alterações ao nível da flora e da fauna que possam vir a sair daqui», adiantou António José Correia.

Lusa