Brasil: Potência, mas sem influência

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|FIT|_Benny

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Re:
« Responder #60 em: Setembro 06, 2010, 11:51:26 am »
Citação de: "G.B.Schmitt"
O National Intelligence Council não entende muito de Brasil. Em 2020, se tudo continuar como está, o país será uma nação comunista; não apenas nós, mas, creio, que a maior parte da América do Sul.
Esse pessoal deveria ler algumas atas do Foro de São Paulo.
Olha,
Olhando para Cuba, acho muito difícil que o Brasil, que é o que é devido ao capitalismo, passar a adotar o comunismo.
Isso deve ser mesmo uma piada.
 :)
Benny
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João Vaz

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #61 em: Setembro 17, 2010, 11:55:51 am »
Curioso que haja sempre reacções negativas à inegável potência em que se tornou o Brasil.

Na História do Mundo ocidental, àparte os óbvios E.U.A., onde é que outra nação conseguiu o mesmo em menos de 200 anos de existência autónoma?


 
Já agora, e a propósito da proximidade dos 200 anos da Independência do Brasil...
 

 
O peso estratégico do Brasil não parou de aumentar, desde essa imensa mancha verde reclamada em 1500 indicada no mapa.
 
Na verdade, tinha tudo para dar errado: vastidões imensas e quase impenetráveis, adversários em abundância, a distância até à metrópole.
 
A aposta da Coroa portuguesa no desenvolvimento do Atlântico Sul a partir do final de Quinhentos (a presença no Norte de África foi substancialmente reduzida e a Índia perdeu importância) mostrou-se plenamente justificada.
 
Todo o esforço colonizador, as estruturas defensivas, expansão territorial, missionação e exploração até ao início do séc. XIX foi empreendido por portugueses. Portugueses esses que se tornaram nos primeiros brasileiros modernos. O caldo de mestiçagem indígena, caucasiana e africana providenciou, à maneira portuguesa, uma base de crescimento robusta e ampla. Só após a abolição da escravatura, a demografia sofreu alterações significativas: italianos, polacos, alemães no final de Oitocentos, seguidos por judeus, árabes e japoneses já no séc. XX.
 
Em menos de dois séculos, o Brasil autonomizou-se, cresceu, modernizou-se e vingou. A herança portuguesa ainda sobrevive hoje forte no Rio de Janeiro, enquanto o brasileiro moderno e cosmopolita reside em São Paulo. O Brasil do séc. XXI permanece, de longe, a maior e mais original criação dos portugueses, desde o "achamento" de Cabral até à independência de D. Pedro I. Ao longo de 500 anos, acolheu vagas sucessivas de imigrantes e gerações de vultos da vida política e intelectual lusa, incluindo a própria Corte real, dissidentes políticos e militares do Estado Novo. Os necessários laços formais e as naturais ligações informais desde 1820 entre Portugal e o Brasil produziram uma vivência muito particular acompanhando e participando na evolução em que o "País de Futuro" de 1942 se transformou na prinipal potência regional económica e militar na América Latina, a par do México que celebra hoje o seu próprio bicentenário.
 
Criámos um colosso, demos-lhe nome, protegemo-lo. Ganhou vida própria, amadureceu e recomenda-se. A aposta deve continuar.
 
"E se os antigos portugueses, e ainda os modernos, não foram tão pouco afeiçoados à escritura como são, não se perderiam tantas antiguidades entre nós (...), nem houvera tão profundo esquecimento de muitas coisas".
Pero de Magalhães de Gândavo, História da Província Santa Cruz, 1576
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #62 em: Setembro 17, 2010, 12:03:06 pm »
Certo, mas de chega-se ao Oceano pacifico ficava ainda melhor... :twisted:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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|FIT|_Benny

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #63 em: Setembro 17, 2010, 04:19:56 pm »
Citação de: "João Vaz"
Curioso que haja sempre reacções negativas à inegável potência em que se tornou o Brasil.
Na História do Mundo ocidental, àparte os óbvios E.U.A., onde é que outra nação conseguiu o mesmo em menos de 200 anos de existência autónoma?

Boas João !
Todos nós sabemos como foram dadas as colonizações tanto nos EUA quanto no Brasil.
Além desse fator importante, após a II Guerra mundial, com a Europa devastada, os EUA saíram-se por cima, financiando tudo na Europa, "apoderando-se" de Alemanha e Japão,(Até pouco tempo atrás como 2ª e 3ª potências mundial e econômicas), o que os deixou na condição de credor durante décadas.
Hoje o Brasil passou da condição de devedor ao FMI, para a condição de Credor. Hoje não temos mais a dívida, ou seja, as nossas reservas, sobresaem a dívida externa.
Outro fator importante, é que o Brasil pós-ditadura tem apenas 20 anos de democracia, o que é bastante relavante frente sua ascendência.
Hoje, o  Brasil é a maior economia da AS, e o país mais rico da américa Latina. A Desigualdade social é muito grande a exemplo da China (Atual 2ª economia do mundo).
Por sermos um país neutro, hoje temos grande influência na América do Sul, e em alguns países do hemisfério sul, o que é muito bom. Hoje já debatemos de igual para igual com os grandes na OMC sem constrangimentos e nem medo. Hoje, países do Oriente médio já olham para o Brasil como um país conciliador capaz de tratar de assuntos de negociações de paz. Temos uma juiza na corte internacional:
A brasileira Sylvia Helena de Figueiredo Steiner já foi empossada, junto com outros 17 juízes, no corpo de magistrados do TPI, na cidade holandesa de Haia. Ela foi eleita em 4 de fevereiro de 2003, para um mandato de nove anos. E agora faz parte do seleto grupo de juristas nacionais que são juízes em tribunais globais, como Francisco Resek na CIJ (Haia) e Marotta Rangel no Tribunal Marítimo Internacional (Hamburgo)..."
Além disso, o BRIC, objeto de estudos dos especialistas em Geopolíticas e políticas/relações internacionais representará  75% da economia mundial em 2040/2050.
É guardar para vermos, O Império Norte-Americano não vai cair, mas vai crescer menos, ao pontos das economias emergentes ultrapassá-lo, e o mesmo vai perder muito poder de influência.
Até mais.
Benny
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Cabeça de Martelo

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #64 em: Setembro 17, 2010, 04:40:15 pm »
Mais importante que ter uma juiza em Haia é ter um Ministro da Defesa que vem à Europa e diz que a OTAN não se deve meter na América do Sul...isso sim é de homem! :G-beer2:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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|FIT|_Benny

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #65 em: Setembro 17, 2010, 04:51:30 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Mais importante que ter uma juiza em Haia é ter um Ministro da Defesa que vem à Europa e diz que a OTAN não se deve meter na América do Sul...isso sim é de homem! :snipersmile:
Benny
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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #66 em: Setembro 17, 2010, 04:54:53 pm »
Citação de: "|FIT|_Benny"
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Mais importante que ter uma juiza em Haia é ter um Ministro da Defesa que vem à Europa e diz que a OTAN não se deve meter na América do Sul...isso sim é de homem! :snipersmile:

A OTAN é uma consequência directa da Guerra Fria, é tão simples quanto isso. O Brasil se fosse esperto mandava os cucarachas darem uma volta que o que eles querem do Brasil é dinheiro e mais nada. Vê a Bolovia, o Uruguai, etc.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Daniel

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #67 em: Setembro 17, 2010, 07:08:14 pm »
|FIT|_Benny
Citar
Outro fator importante, é que o Brasil pós-ditadura tem apenas 20 anos de democracia
Gostava de saber um pouco mais acerca dessa ditadura. c34x
 

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #68 em: Setembro 18, 2010, 12:47:37 pm »
Citação de: "Daniel"
|FIT|_Benny
Citar
Outro fator importante, é que o Brasil pós-ditadura tem apenas 20 anos de democracia
Gostava de saber um pouco mais acerca dessa ditadura. c34x
Daniel,
Achei dois sítios bons que falam a respeito.:
1 - http://www.culturabrasil.pro.br/ditadura.htm
2 - http://www.suapesquisa.com/ditadura/
Valeu
Benny
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Daniel

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #69 em: Setembro 19, 2010, 11:59:11 am »
|FIT|_Benny
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Daniel,
Achei dois sítios bons que falam a respeito.:
1 - http://www.culturabrasil.pro.br/ditadura.htm
2 - http://www.suapesquisa.com/ditadura/
Valeu

Ok obrigada vou dar uma leitura. c34x
 

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Snowmeow

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #70 em: Setembro 20, 2010, 01:09:40 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Certo, mas se chegasse ao Oceano pacifico ficava ainda melhor... :twisted:
Nesse caso, um acordo com o Peru seria o melhor que poderia acontecer ao Brasil. Algo como a compra do Acre da Bolívia. Tipo... Em troca da área que compreende à confluência dos rios Juruá e Solimões, solicitarmos a parte do Peru que faz fronteira com o Chile e a Bolívia. Aí sim, o Brasil teria, além do acesso ao Pacífico, uma fronteira com o Chile, o que ampliariam as possibilidades de negócios. Em acréscimo, a Região Norte (Em especial o Acre) receberia mais desenvolvimento, por estar no "Caminho para o Pacífico". E o Peru não perderia extensão territorial, uma vez que seria uma "troca de terras".

Tal acordo poderia ser, inclusive, intermediado pelas colônias japonesas de ambos países.

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João Vaz

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #71 em: Setembro 21, 2010, 05:52:08 pm »
Só há um detalhe que me chateia.

Como é possível que uma potência desta envergadura não tenha nada parecido com uma transportadora aérea nacional para vôos intercontinentais?  :?  À conta desta falência, os vôos das transportadoras europeias andam sempre a rebentar pelas costuras e as tarifas não baixam. Aqui fica o meu protesto, ó gente  c34x
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Daniel

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #72 em: Setembro 21, 2010, 08:15:06 pm »
João Vaz
Citar
Como é possível que uma potência desta envergadura não tenha nada parecido com uma transportadora aérea nacional para vôos intercontinentais?

Grande verdade caro Vaz, nessa matéria nota 0 para o Brasil, pois não tem uma transportador aérea nacional em condições para vôos intercontinentais, a não ser alguns vôos operados pela companhia TAM, mas deixa muito aquém do exigido dum país como Brasil, quem perde com isso é o próprio Brasil, a TAP fica contente. c34x
 

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Snowmeow

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #73 em: Setembro 22, 2010, 09:50:13 pm »
Não foi a TAP que havia-se cogitado uma fusão com a TAM, e o processo foi barrado?

Agora, a maior companhia aérea do Brasil está nas mãos dos chilenos.

Comemorem, iberistas. ¬¬
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reij

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #74 em: Setembro 23, 2010, 04:56:23 pm »
com relação a alcançar o oceano pacífico!
sem problemas o brasil ta construindo duas rodovia chamada chamadas interoceanicas que saem do brasil e vão até uma cidade portuaria no peru é tanto que os estado peruanos ja estão começando a ministrar aulas de português nessas regiões do peru visando os investimentos que serão feitos nessa região algo em torno de 5.000.000.000 de dolares ta realmente fantastica essa história

http://www.noticiasarequipa.com/new/obl ... -portugues
AREQUIPA 17 DE SETIEMBRE.-CERCADO. Más de 350 mil escolares de la región Arequipa deberán aprender el idioma portugués en su centro educativo como una forma de prepararse ante la presencia de empresarios brasileños que llegarán con la inauguración de la carretera Interoceánica.
El jefe de gestión institucional de la Ugel Norte, Julio César Delgado Gaona, sostuvo que para hacer realidad este proyecto se espera que en el año 2011 el presidente regional de Arequipa apruebe la resolución que permita enseñar el portugués.

"Dentro de 5 años Arequipa contará con 5 mil millones de soles en inversiones brasileñas gracias a la carretera Interoceánica, que permitirá un intercambio comercial fluido entre ambos países", señaló el funcionario, indicando además que empezarán a recibir clases de portugués a partir del mes de marzo del 2011.

Julio Delgado precisó que el presidente Lula dispuso, desde el año pasado, que en los colegios brasileños enseñen el idioma castellano.

El anuncio lo realizó en el seminario "Visión Educativa al 2021: Oportunidades de Desarrollo en la Región Arequipa", que se realizó ayer en el auditorio del colegio Santa Rosa de Viterbo de Antiquilla, donde participaron el cónsul honorario de Brasil en Arequipa, José Miguel Rivas Vizcarra; el ex gerente de educación, Ángel Manrique Linares, entre otros.

"Ante la llegada de la Interoceánica aperturaremos la primera oficina del consulado en Arequipa", anunció José Rivas.

TECNOLOGÍA. El director de la Ugel Norte, Roque Márquez Álvarez, señaló que otra de las alternativas para prepararse ante la llegada de los brasileños, es estudiando carreras técnicas como el manejo de maquinaria pesada y gastronomía.

"El proyecto Tía María, Majes Siguas II y la Interoceánica van a requerir de profesionales muy capacitados y un capital humano tecnificado", refirió la autoridad educativa.

Explicó que todas estas propuestas tienen que materializarse con la modificación en el diseño curricular, vale decir, enseñando en las instituciones educativas de primaria y secundaria.
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