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Geopolítica-Geoestratégia-Política de Defesa => Países Lusófonos => Brasil => Tópico iniciado por: J.Ricardo em Fevereiro 10, 2005, 01:14:34 pm

Título: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: J.Ricardo em Fevereiro 10, 2005, 01:14:34 pm
Potência, mas sem influência


RUBENS BARBOSA
consultor e presidente do conselho de comércio exterior
da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).


O National Intelligence Council (NIC), órgão de pesquisa e de formulação estratégica da CIA, deu recentemente publicidade a dois interessantes trabalhos sobre as tendências globais e os cenários para o mundo em 2020.

No documento "Tendências Globais 2015", o NIC selecionou alguns fatores que determinarão a conformação do mundo até 2020: demografia, recursos naturais e meio ambiente, ciência e tecnologia, economia global e globalização, governança nacional e internacional, futuros conflitos e o papel das Nações Unidas.

O outro trabalho "Panorama Global em 2020", de certa forma, complementa o primeiro estudo e mostra como a ordem internacional está passando por profundas transformações e como em 2020 o mundo será marcadamente diferente do de 2004.

As transformações que ocorrerem serão influenciadas pela globalização e suas contradições, pelas modificações no panorama geopolítico com o aparecimento de novas potências, pelos novos desafios à governança e por um sentido mais difundido de insegurança.

As principais conclusões do trabalho, no tocante às transformações do panorama geopolítico com a emergência de novas potências, são bastante reveladoras e colocam o Brasil em uma posição de relevo.

* Os EUA continuarão a ser em 2020 a nação mais poderosa do mundo, embora cedendo gradualmente parcelas de poder, que será menor do que o detido hoje. Apesar das crescentes dificuldades econômicas internas e de segurança externa nos EUA, o mundo unipolar liderado por Washington continuará a existir nos próximos 15 anos.

* A Ásia será a região mais dinâmica nas primeiras duas décadas do século XXI. China e Índia emergirão como os novos atores globais no campo político e econômico, como resultado da combinação do elevado e sustentado crescimento econômico, da expansão da capacidade militar, da promoção ativa de tecnologia de ponta e da grande população. A China ultrapassará a todos em termos de gasto com a defesa, perdendo apenas para os EUA, e deverá transformar-se numa potência militar de primeira classe.

* A Europa, com uma dramática redução populacional, deverá perder posição relativa e se distanciar das duas novas potências emergentes, embora não se possa descontar a possibilidade de uma Europa mais forte e unida e de um Japão mais ativo internacionalmente.

* O Brasil, a África do Sul, a Indonésia e a Rússia poderão emergir como importantes potências econômicas, mas não terão a mesma influência política global da China e da Índia e, por isso, terão um impacto geopolítico mais limitado e dificilmente terão condições de se transformar em motores de crescimento econômico nas respectivas regiões.

* O aparecimento desses países poderá reforçar a atuação da China e da Índia e permitir a formação de novos alinhamentos internacionais, como foi o caso do G-20 no contexto da OMC.

O exame desses documentos aponta para uma situação bastante negativa para a America  Latina. No sumário introdutório do "Panorama para 2020", a região não é nem mencionada, o que não deixa de significar uma forte indicação da sua desimportância para os rumos da política e da economia mundiais, na percepção da comunidade de tomadores de decisão em Washington.

A perspectiva é a de que a região continuará a perder influência nas questões mundiais e ficará crescentemente marginalizada e distante dos países desenvolvidos.

O Brasil e o Chile aparecem como exceções nesse cenário negativo por suas crescentes vinculações com os pólos dinâmicos da economia mundial, em especial com a Ásia. O Brasil é visto como um Estado-chave, por sua democracia vibrante, economia diversificada, população empreendedora e instituições econômicas sólidas e seu desempenho exercerá uma profunda influência na região.

A perspectiva de o Brasil emergir como uma potência econômica global até 2020 torna urgente a discussão e a definição, a partir da próxima eleição presidencial em 2006, de uma agenda para o futuro e de uma sólida parceria entre governo e setor privado para assegurar a efetiva defesa do interesse nacional em um mundo em mudança.
Título:
Enviado por: dremanu em Fevereiro 15, 2005, 03:58:05 pm
João Ricardo:

O pessoal da América Latina tem razão em dizer que, no campo político, na maioria dos casos são ignorados pela Europa e USA, no entanto, e o que nunca se lembram de mencionar o pessoal que escreve estes artigos, é que o pessoal da América Latina no plano político até hoje nunca fez nada de revolucionário. Desde o momento em que ganharam a independência, até hoje, nunca apresentaram nada de novo, sempre se limitaram a implementar as currentes políticas que vêm ou da Europa ou da USA.
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Março 18, 2005, 02:44:06 pm
E sempre que tentaram levaram um "pé-na-bunda", vide Chile, Nicaragua, PA dos EUA estacionados em frente ao litoral brasileiro... Há textos que dizem que o Chile seria o primeiro país socialista realmente democrático, mas fazer o quê? É tentar e levar um PÉ-NA-BUNDA!!!!!!!
Título:
Enviado por: CC em Abril 12, 2005, 09:06:37 pm
Citação de: "dremanu"
João Ricardo:

O pessoal da América Latina tem razão em dizer que, no campo político, na maioria dos casos são ignorados pela Europa e USA, no entanto, e o que nunca se lembram de mencionar o pessoal que escreve estes artigos, é que o pessoal da América Latina no plano político até hoje nunca fez nada de revolucionário. Desde o momento em que ganharam a independência, até hoje, nunca apresentaram nada de novo, sempre se limitaram a implementar as currentes políticas que vêm ou da Europa ou da USA.



olhe que não é bem assim. Nos últimos anos o Brasil tem assumido o papel de país líder da América do Sul e pretende, inteligentemente, unir esforços com os países africanos do atlântico sul, tanto é que as suas relações com Angola, Namíbia e Africa do Sul são já bastante estreitas e num futuro não muito distante esta aliança assumirá o controlo do atlântico sul com as óbvias consequências para os países do atlântico norte. Os nossos governos têm sucessivamente ignorado isto... mas olhe que a nossa vizinha Espanha está em cima do acontecimento.

O brasil tem pensamento geopolitico, coisa que na europa apenas 3 ou 4 países possuem
Título:
Enviado por: Luso em Abril 12, 2005, 10:51:20 pm
Concordo com a sua observação, CC. O Brasil vê mais longe...

Estamos mesmo a precisar de um Mourinho Político! :mrgreen:
- Vários, aliás...
Título:
Enviado por: dremanu em Abril 26, 2005, 02:50:02 pm
Não alinho no pensamento que o Brasil se vai transformar numa potência da noite para o dia, ou que o Brasil tem mais pensamento geo-político.

O Brasil hoje em dia atravessa o que se poderia chamar de uma guerra civil. Só em São Paulo, em média, por ano, morrem umas 3000 pessoas assassinadas, e creio que o total para o país ronda à volta das 35000 por ano. Isto faz do Brasil um dos, se não for o mais, violento país do mundo.

Aliado a este problema da violência vem o da miséria extrema, porque o Brasil tem no mínimo uns 40 milhões dos seus cidadãos que vivem em pobreza extrema.

E que soluções é que o governo Brasileiro apresenta para resolver estes problemas? Até hoje não vi nenhuma, é só demagogia. Enquanto o Brasil não procurar melhorar a condição dos seus milhões de cidadãos que vivem na extrema pobreza, dificilmente cumprirá o seu potencial.

No entanto acredito bastante no país, mas acho que está muito longe de se tornar a tal potência que muita gente gostaria de o vir ser.
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Maio 06, 2005, 03:58:50 pm
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Pesquisa aponta Brasil como 2º país com mais mortes por armas de fogo
 
da Folha Online

O Brasil ocupa o segundo lugar em um ranking que compara taxas de mortes causadas por armas de fogo de 57 países. A pesquisa, realizada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), aponta que 21,72 brasileiros morrem por armas de fogo a cada 100 mil.

Somente a taxa da Venezuela --30,34 mortes-- foi superior. O Japão foi o país que obteve o melhor resultado, com apenas 0,06 óbito. O levantamento também comparou o número de assassinatos. No Brasil, foram 19,54 a cada 100 mil. Na Venezuela, 22,15; na Argentina, 4,34 crimes.

A comparação foi realizada com base em registros da OMS (Organização Mundial de Saúde) referentes aos anos de 2000 a 2003. No Brasil, o estudo recorreu a dados do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade)/Datasus e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado foi entregue nesta quinta-feira pelo representante da entidade no país, Jorge Werthein, ao presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE). A intenção, segundo Werthein, é sensibilizar o Congresso para agilizar a votação do decreto que prevê a realização de um referendo popular sobre o fim da livre comercialização de armas no país.
Educação

No encontro, Werthein apresentou também os resultados preliminares de um estudo que pretende medir o impacto da violência e das armas de fogo sobre a qualidade do sistema educacional brasileiro.

O levantamento aponta que cerca de 35% dos estudantes entrevistados afirmam ter visto armas dentro da escola, sendo que 12,1% viram revólveres.

Participaram da pesquisa 10.069 estudantes de 113 escolas da rede pública localizadas no Distrito Federal, São Paulo, Salvador, Porto Alegre, Belém e, apenas na parte qualitativa, Rio de Janeiro.


Este é um motivo a mais para que o plebicito s/ a proibição do comércio de armas de fogo seja feito, mas não vejo o que a situação interna tem a ver com nosso propósito de almejar maior projeção internacional, a Índia com certeza vive situação social pior que a nossa, no entanto também briga para ser mais ouvida no cenário internacional. Se o Brasil ficasse apenas quieto no "seu canto pensando no proprio umbigo" talvés nunca teria sido criado o G20, ficariamos assistindo a Europa e EUA arruinando nossa agricultura com seus subsídios e aceitando essa situação de subserventia histórica em relação a Europa e EUA. Vale lembrar que a cadeira no CS da ONU é um direito adquirido pelo Brasil pelo seu papel na 2º GM e que por motivos políticos foi deixado de lado na criação da ONU e teve até seu papel subvalorizado no pós guerra. Acredito que a posição do Brasil deve estar incomodando muito os países do norte, embora tenhamos hoje ótimas realações com os EUA, sem no entanto deixarmos de expressar nossa opinião, é isso que se espera de um país democratico e isso que estamos fazendo. (embora não goste do presidente Lula).
Título:
Enviado por: Luso em Maio 06, 2005, 09:18:34 pm
Leis típicas de histéricos e senhoras.
Com tais diplomas só os bandidos estarão armados.
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Maio 09, 2005, 03:18:15 pm
Citação de: "Luso"
Leis típicas de histéricos e senhoras.
Com tais diplomas só os bandidos estarão armados.


Discordo, quanto menos armas estiverem em circulação melhor, quem tem que andar armado é a polícia, até pq conheço vários casos de brigas de transito que acabam em morte pq um dos envolvidos "perdeu a cabeça" e resolveu que uma bala na cabeça do outro era o melhor argumento!
Título:
Enviado por: Luso em Maio 10, 2005, 12:05:31 am
Liberdade é responsabilidade, meu amigo.
Eu tenho armas (e muita outra gente que eu conheço) e não somos nenhuns assassinos.
E depois contabilize os mortos que resultam de condutores embriagados e depois proíba os carros para toda a gente!
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Maio 10, 2005, 12:17:02 pm
Luso, nós vivemos em realidades diferentes, na Suiça tem mais armas que Portugal e duvido que seja mais violenta (se pode-se dizer que em Portugal aja violência), os problemas do Brasil são diferentes dos Problemas de Portugal, portanto não ache que ter armas em Portugal é o mesmo que ter armas no Brasil. Aqui as leis são ineficazes e por muitas vezes crimes cometidos por pessoas comuns como essa briga de transito acabam em pizza, ou seja, o assassino doa umas cestas-básicas e esta tudo certo, não adianta também querer mudar todas as leis pq demoraria muito e ONGs (em sua maioria financiadas por entidades estrangeiras) não estão interessadas que as pessoas paguem seus crimes na cadeira, muito pelo contrário, daqui a pouco vão precionar para que os criminosos paguem por seus crimes na "Beto Carreiro Word", principalmente ser forem menores de idade. Por isso eu repito deve-se realmente proibir o comércio de armas no Brasil, lógico, que na lei há casos e casos, por exemplo, comércio de armas para a prática de esportes, coisa que vai estar regulamentada pela lei. Em Portugal acredito que a lei seja muita mais respeitada que no Brasil, portanto duvido que vc vai querer resolver uma briga de transito a base da bala. Portanto não queira comparar as duas realidades, até pq o texto que coloquei acima deixa claro o problema que enfrentamos no Brasil. Tá certo que também tem muita gente contra essa lei no Brasil, até dizendo que as pesquisas são fajutas, mas a maioria do povo esta a favor e portanto em breve só três tipos de pessoas teram armas no Brasil: o policial, o praticante do tiro esportivo e bandido, e este último tera muito mais dificuldade para conseguir sua arma, já que não tera como roubar mais a arma do cidadão comum.
Mais uma coisa, não cair na ignorância de comparar carro com arma, o carro em sua essência é um meio de condução que utilizado de forma equivocada pode provocar a morte, a arma em sua essência é uma máquina de matar!
Título:
Enviado por: Guilherme em Maio 11, 2005, 02:40:22 pm
Luso, não dês importância a esses anti-armas. Não há argumentação que os faça enxergar a realidade.
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Maio 11, 2005, 03:28:33 pm
Idem, minha resposta a você neste caso é idem!!!
Título:
Enviado por: Guilherme em Maio 11, 2005, 04:16:20 pm
hahahaha
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Maio 12, 2005, 02:12:37 pm
:G-beer2:
Título:
Enviado por: Sgt Guerra em Maio 20, 2005, 12:22:50 pm
Citação de: "J.Ricardo"
 Tá certo que também tem muita gente contra essa lei no Brasil, até dizendo que as pesquisas são fajutas, mas a maioria do povo esta a favor e portanto em breve só três tipos de pessoas teram armas no Brasil: o policial, o praticante do tiro esportivo e bandido, e este último tera muito mais dificuldade para conseguir sua arma, já que não tera como roubar mais a arma do cidadão comum.
Mais uma coisa, não cair na ignorância de comparar carro com arma, o carro em sua essência é um meio de condução que utilizado de forma equivocada pode provocar a morte, a arma em sua essência é uma máquina de matar!

   
  Salve J. Ricardo
   O problema é justamente esse, não desarmaram o bandido. Outro dia estavam tentando assaltar a casa do meu vizinho, ele chamou a policia que só apareceu duas horas e trinta minutos depois da ligação, adivinha como ele se livrou dos assaltantes?
Título:
Enviado por: Paisano em Maio 20, 2005, 12:41:13 pm
Seja bem vindo ao FórumDEF.com, Sgt Guerra.  :G-beer2:
Título:
Enviado por: Sgt Guerra em Maio 23, 2005, 05:23:09 pm
Citação de: "Paisano"
Seja bem vindo ao FórumDEF.com, Sgt Guerra.  :lol:  :lol:
Título:
Enviado por: JLRC em Maio 23, 2005, 10:35:17 pm
Bem vindo, Sgt Guerra
Título:
Enviado por: Nautilus em Maio 23, 2005, 11:34:10 pm
Bem vindo, Sgt Guerra e bons posts.
Título:
Enviado por: Von Einsamkeit em Abril 21, 2007, 02:09:19 am
Citação de: "J.Ricardo"
E sempre que tentaram levaram um "pé-na-bunda", vide Chile, Nicaragua, PA dos EUA estacionados em frente ao litoral brasileiro... Há textos que dizem que o Chile seria o primeiro país socialista realmente democrático, mas fazer o quê? É tentar e levar um PÉ-NA-BUNDA!!!!!!!


Democratico? Com o Allende, que passava ferias na China Maoista?  :lol:  :lol:
Título:
Enviado por: SSK em Junho 17, 2007, 04:53:10 pm
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O cerco ao Brasil

 
O BRASIL sofre na América do Sul uma onda de hostilidade cujas motivações são absolutamente demagógicas e populistas. Nossa conduta com nossos vizinhos sempre foi exemplar. Esse quadro exige de nossa diplomacia um trabalho equilibrado e competente, que ela tem exercido bem, com o aprendizado da arte de engolir sapos.

Criou-se a visão de um Brasil movido apenas por interesses expansionistas, sem nenhum verdadeiro espírito de cooperação e com uma exacerbada gulodice. Isso contrasta com nossa posição de nunca querermos ser hegemônicos, mas evidentemente não importa em vestir a camisa de fraco. O futuro não nos perdoaria.

Na última eleição argentina o grande chamariz era bater no Brasil, condenar o Mercosul que só estava acabando com o país. Os presidentes dos dois países não deixaram que isso contaminasse nossas relações.

Na Bolívia o Brasil está no banco dos réus, com a fácil descoberta de um inimigo para desviar a discussão dos verdadeiros problemas internos. Evitar a invasão brasileira é a bandeira.

No Paraguai a latente questão de Itaipu está no centro das discussões da sucessão. O Brasil é o vilão. O bispo Fernando Lugo, o mais forte candidato nas pesquisas, tem na oposição ao Tratado de Itaipu a bandeira máxima. E a demagogia se encarrega de fazer prosperar essa posição, logo seguida pelos outros contendores.

No Equador, coloca-se a acusação de um Brasil invasor na Amazônia equatoriana tomando ilegalmente seus campos de petróleo. E em seguida prega-se o cancelamento das concessões à Petrobrás dos blocos 18 e 31, e do campo Palo Azul.

Na Venezuela o presidente Chávez tomou a decisão de fazer do país uma potência militar, com a compra de nove submarinos, oito corvetas, vinte e quatro caças Sukhoi-30, trinta e cinco helicópteros de combate, um sistema de mísseis Tor-M1, cem mil fuzis Kalashnikov, e uma fábrica deles. O projeto é investir 60 bilhões de dólares em armas, nos próximos dez anos.

Só o carisma e prestígio, a habilidade e visão do presidente Lula, sua, têm evitado confrontos. Sua política de cooperação é certa. É da tradição brasileira e é melhor assim.

O que não podemos é deixar o avanço do antibrasileirismo como moda continental.

Nossa diplomacia tem sido competente em não aceitar luvas, mas esse cerco ao nosso país tem de ser revertido.

José Sarney,senador
 
Título:
Enviado por: SSK em Junho 18, 2007, 02:25:44 pm
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Haiti é trunfo em luta por influência no cenário mundial
Disputa sobre etanol acirrou atrito entre Venezuela e Brasil no país; embaixador brasileiro diz que apresentou Chávez ao presidente haitiano a pedido de Lula

Tahiane Stochero, enviada especial

PORTO PRÍNCIPE - Um país miserável, onde 80% da população não têm emprego e vive sem água encanada e energia elétrica. Um Estado fragilizado, sem infra-estrutura básica, sem segurança, e que nos últimos quinze anos foi alvo de oito intervenções internacionais. Apesar disso, o Haiti, o país mais pobre das Américas, tem sido uma carta importante em um jogo de disputa político-ideológica no cenário global.

Dois conflitos de interesses fazem de Porto Príncipe a "dama de ouro": a rivalidade entre os presidentes venezuelano, Hugo Chávez, e norte-americano, George W. Bush, por influência na América Latina - tendo Cuba, Bolívia e Brasil como "coringas" -; e a disputa entre China e Taiwan por reconhecimento e poder no contexto internacional, exposta principalmente nas Nações Unidas.

Estas duas "brigas" estão claramente definidas e atrapalham em certos aspectos o desenvolvimento do Haiti e a missão de paz da ONU no país (Minustah), concordam militares e diplomatas ouvidos pelo portal estadão.com.br.

"O presidente René Préval sempre me diz que o que ele precisa, pede à Venezuela, a Cuba e a Taiwan, porque eles dão sem burocracia. ´Eu peço a Cuba 400 médicos, eles mandam. Eu peço a Taiwan US$ 100 mil para estradas, eles mandam´, me diz Préval", relatou ao estadão.com.br o embaixador brasileiro, Paulo Cordeiro Pinto.

Edmond Mulet, representante da ONU no Haiti, explica que, apesar dos Estados Unidos serem hoje os maiores doadores, os governos de Caracas, Havana e Taipé influenciam em Porto Príncipe devido à rápida e fácil liberação de recursos, equipamentos e pessoal.

Chávez x Bush

Dois dias após Bush visitar o Brasil, em 10 de março, e assinar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva um protocolo de intenções para o desenvolvimento do biodiesel em nações latino-americanas, entre as quais o Haiti, Hugo Chávez foi recebido por milhares de pessoas nas ruas em Porto Príncipe, anunciando a liberação de US$ 100 milhões para as áreas de saúde, limpeza urbana e a construção de uma usina hidrelétrica no país caribenho, além do envio diário de 14 mil barris de petróleo dentro do Petrocaribe, programa venezuelano que subsidia a venda de petróleo e possibilita que o Haiti economize anualmente US$ 150 milhões.

Militares apontam que Chávez não é tão conhecido entre a população para ter sido recebido com tamanha "festa" e que o que se buscava era a repercussão política do fato junto à imprensa internacional. O Brasil lidera as tropas internacionais no Haiti e ficou em uma situação desconfortável com a rivalidade explicitada na ocasião.

´Eu aproximei Chávez do Préval´

Paulo Cordeiro diz que o presidente venezuelano ficou "enciumado" com o acordo para desenvolvimento do etanol e decidiu aumentar sua ajuda ao Caribe. Foi o embaixador quem, a pedido de Lula, apresentou o Chávez a Préval, após este ser eleito, em fevereiro de 2006.

"A Venezuela tirou o embaixador do Haiti após a queda de Aristide [Jean Bertrand-Aristide], em abril de 2004. Em 2005, o Brasil facilitou um diálogo entre os dois países, para que o Haiti entrasse no Petrocaribe. No dia que o Préval tomou posse, em 14 de maio de 2006, aportou aqui um navio carregado de petróleo. Desde então a Venezuela tem sido um dos grandes colaboradores de Préval", relata o diplomata.

Após a assinatura do acordo Brasil-EUA, Chávez e o líder cubano, Fidel Castro, pronunciaram-se inúmeras vezes publicamente contra os biocombustíveis, afirmando que a produção de alimentos direcionada para este fim causaria a fome de milhares. Cuba também é um dos grandes financiadores internacionais do país caribenho, enviando médicos, engenheiros, dinheiro e equipamentos "sem burocracia".

"Hoje, o Brasil propõe uma parceria com os EUA e o Haiti na área de biodiesel. Isso causou reações venezuelanas. Porém, as conversações realizadas na cúpula de presidentes da América do Sul em Isla Margarita esclareceram a questão do uso do etanol", explica Cordeiro. Na reunião, realizada em 19 de março na Venezuela, autoridades brasileiras conseguiram demover Chávez de colocar na declaração final uma condenação ao desenvolvimento de biocombustíveis na América.

Etanol no Haiti

Defensor da prospecção do etanol no Haiti, Paulo Cordeiro diz que o que mata a agricultura haitiana não é a cana-de-açúcar, mas as doações.

"Aqui não há plantação de comida. O que mais mata a agricultura no Haiti não é a cana e sim as doações de alimentos vindas dos Estados Unidos. Mas se você tirar isso, metade do povo morre de fome, por que eles não têm dinheiro para comprar comida. O que tem que fazer é que o arroz, o café, os produtos haitianos sejam exportados para a diáspora haitiana comprar no exterior, e que o resultado disso volte ao Haiti como investimento", explica o embaixador.

Logo após o passeio de Chávez por Porto Príncipe, Bush assinou a Lei Hope, que isenta de impostos a importação de produtos têxteis, manufaturados e alimentos do Haiti. Os programas de ajuda americanos fornecem ao país cerca de R$ 200 milhões ao ano, alimento para 600 mil haitianos pobres e tratamento contra Aids. Através da Organização Internacional de Migração (OIM), autoridades americanas colaboram também com recursos, alimentos e material escolar diretamente para ações sociais do batalhão brasileiro.

"Préval diz que o Haiti necessita da assistência de todos, com o que concordo, e reserva-se o direito de manter boas relações com todos os países. Cuba lhe dá apoio médico, os EUA constroem hospitais e os médicos cubanos trabalham dentro desses hospitais. Acho isso necessário se efetivamente queremos ajudar este país a se livrar das dificuldades. O Haiti não pode se dar ao luxo de escolher um ou outro", diz Paulo Cordeiro.

Bolívia é carta marcada

A disputa etanol versus petróleo acirrou o atrito entre Chávez e Lula sobre o Haiti. Influente junto a Evo Morales, o venezuelano pressionou para que a Bolívia retirasse 400 militares que integram a Minustah, afirmando que a missão da ONU servia a interesses norte-americanos e que "promovia uma matança".

"Entre 12 e 20 de abril, o ministro da Defesa e autoridades estiveram aqui e patrulharam Cité Soleil. Eles se deram conta que a presença das tropas bolivianas é importante e precisa continuar. Parece que na próxima semana chega o próximo contingente", disse ao portal estadão.com.br em Porto Príncipe dia 26 de abril o comandante da Bolívia, o tenente coronel Gustavo Teran Cortez.

Só 20 dias depois o Congresso autorizou o envio de 215 soldados para substituir a já cansada tropa boliviana, que atua diretamente com os Brasil e estava há oito meses esperando o governo se decidir.

China x Taiwan

A China, que possui assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, tem provocado impedimentos para o prolongamento da missão da ONU desde a criação, em abril de 2004, quando uma onda de violência varreu o país e provocou a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide.

O motivo é que o Haiti é um dos 26 países que reconhece e mantém relações diplomáticas e comerciais com Taiwan. Há 50 anos Taipé investe pesadamente no Haiti, enviando anualmente cerca de US$ 50 milhões anuais que são aplicados em infra-estrutura e geração de empregos.

Em troca, exige reconhecimento e apoio junto a organismos multilaterais e na comunidade internacional. Taiwan se considera independente da China, mas o governo de Pequim afirma que a ilha faz parte do seu território e a considera uma "província rebelde".

Apoio a Taiwan atrapalha o Brasil

Segundo Antonio Jorge Ramalho, doutor em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UNB) e que, a convite do governo brasileiro, trabalhará por um ano em universidades haitianas e criará o Centro de Cultura Brasileira no Haiti, o apoio de Préval a Taiwan atrapalha o Brasil no mandato da missão.

O Brasil possui o maior número de militares na Minustah, cerca de 1.200 e desde o início tem liderado operações contra o crime organizado no país caribenho, pacificando os bairros mais violentos da capital.

Em setembro de 2006, o governo Préval "deu um passo em falso ao apoiar uma resolução a favor de Taiwan na ONU", afirma o embaixador Paulo Cordeiro, pondo mais lenha na fogueira.

Quando o mandato da Minustah estava terminando, em fevereiro de 2007, a China posicionou-se contra seu prolongamento por um ano, colocando impedimentos à ampliação da ação militar contra gangues. Por fim, autoridades brasileiras trabalharam diplomaticamente em Pequim para que o governo chinês concordasse com as regras do "peace-enforcement" (imposição da paz) e possibilitasse a ação militar até 15 de outubro de 2007.

Contradição geopolítica

Mesmo não possuindo relações diplomáticas com o Haiti e exigindo que Porto Príncipe corte laços políticos e econômicos com Taiwan, Pequim contribui desde 2004 com 140 policiais (125 homens e 15 mulheres), que integram a tropa de choque da polícia da ONU (FPU) na missão.

Atuando junto com os brasileiros nas operações em Cité Soleil, a região mais violenta do Haiti, o comandante chinês Buian Zhonghui diz que não recebe nenhuma recomendação de seu governo sobre como agir em relação ao fato do Haiti reconhecer Taiwan, confirmando, no entanto, que se sente inseguro quanto à continuidade futura da participação da China na Minustah.

Reticentes sobre falar do assunto, o policial Torig Zhimin e a tradutora Guyun Wang dizem que não vêem dualidade em China e Taiwan estarem atuando no mesmo território e colaborando com o desenvolvimento de um mesmo país.

"Estamos aqui como militares, agindo numa operação militar e vamos fazer nosso trabalho. Não agimos como diplomatas. Esta questão é puramente política e histórica", diz Zhimin.

Já dizia no século XVII o historiador Carl Von Clausewitz: a guerra é a continuação da política por outros meios. Na missão da ONU no Haiti, busca-se a vitória sobre o inimigo, nem que seja pela imposição da força. Onde não há paz, luta-se por ela. Seja através das armas, da política ou da diplomacia. Mas no Haiti, ao invés de se ajudaram, estas três vertentes do jogo geopolítico muitas vezes atrapalham-se mutuamente.
Título:
Enviado por: SSK em Junho 18, 2007, 02:28:25 pm
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Chávez - o começo do fim?

Luiz Felipe Lampreia


Os recentes destampatórios do coronel Hugo Chávez contra o Brasil e o Senado da República talvez sejam mais do que grosserias de um homem desequilibrado. Possivelmente são manifestações de um desespero incipiente com a antevisão do fracasso como governante e como revolucionário. Vejamos alguns fatos.

O déficit orçamentário venezuelano atingiu 7,97 trilhões de bolívares, ou 3,7 bilhões de dólares, no primeiro trimestre de 2007, segundo anúncio do Banco Central da Venezuela.

Esta escalada de 161% em relação ao déficit do primeiro trimestre de 2006 ocorreu malgrado um aumento da receita fiscal do petróleo.

O descalabro tem uma causa inescapável: a política de gastos governamentais desenfreados no país e no exterior.

Resultado: a inflação venezuelana já chegou a uma taxa anualizada de 19,5% em maio e vai subir rapidamente.

A PDVSA - estatal do petróleo -, que é fonte de toda a riqueza do Estado, acha-se cada vez mais sobrecarregada e menos capaz dos pesados investimentos necessários para manter e expandir a produção não só de petróleo, como também de gás natural.

O coronel já eliminou quase todos os alicerces de uma democracia e está fortemente empenhado em liquidar os últimos vestígios que restam na Venezuela. Está agora apoplético com o apoio que a emissora RCTV recebeu dentro e fora do país, após ser vítima de um fechamento digno da Alemanha dos anos 30. Em comício de massa dia 2 de junho, Chávez atacou violentamente os apoiantes da RCTV e os mandou “ao diabo”. Ora, estes apoiantes são pessoas e organizações respeitáveis, como os estudantes universitários de Caracas e os cidadãos que davam um ibope de 40% à RCTV, para não falar dos não-venezuelanos. Pois bem, o coronel avisou que melhor fariam se não fossem aos freqüentes comícios da oposição, pois “poderiam machucar-se”. Para comprová-lo seus asseclas atacam fisicamente os manifestantes. Vale recordar que Adolf Hitler também foi eleito originalmente pelo povo e usou as instituições para instalar uma das mais negras ditaduras da História moderna.

Até quando, nessas condições, será legítimo ignorar que existe no Mercosul e no Grupo do Rio uma cláusula democrática e aceitar que o coronel de camisa vermelha pretenda ditar as regras da convivência entre as nações da América do Sul? É aceitável, por exemplo, admitir a Venezuela no Mercosul depois que o próprio Chávez afirmou claramente que seu objetivo é destruir o Mercosul como ele existe? Em qualquer clube do mundo, uma afirmação do gênero levaria a uma chuva de bolas pretas contra o candidato a sócio.

Não é necessário ser um grande economista para perceber que o governo de Chávez está transformando a Venezuela num enorme Titanic rumo ao iceberg, mesmo sem a queda dos preços do petróleo, que um dia ocorrerá, inevitavelmente. As perspectivas políticas e econômicas para 2007 já são instáveis, quanto mais as dos próximos anos. Tensões se multiplicam à medida que a oposição se enrijece e o coronel recrudesce. Na própria aliança que governa a Venezuela surgem divisões patentes, com uma vertente “light” que julga excessiva a radicalização em marcha. As pressões inflacionárias se intensificam e, como aprendemos duramente no Brasil antes do Plano Real, quem paga mais caro por este descontrole é o povo. Ora, é este segmento da população que Chávez alega defender e que até agora o sustenta politicamente.

O mais grave para o futuro da Venezuela é a profunda divisão que o coronel introduziu na nação. Mesmo que seu consulado termine em breve, Chávez terá marcado seu país com uma carga de ódio político e de divisão social que demorará muito a cicatrizar. Este país amigo, cujo povo tanto se parece com o brasileiro em muitos aspectos, está hoje emparedado num imenso fosso. Tardará muito até que possa sair desta armadilha.

Com uma obsessão digna de Macbeth, Chávez vê em toda parte uma conspiração para derrubá-lo. Os que o acompanham nos últimos anos dizem que sua paranóia se acentuou muito desde a tentativa de golpe contra ele em 2002. Com isso o coronel se isola cada vez mais internacionalmente e rompe as pontes com aliados potenciais na região e no Ocidente em geral. Hoje a Venezuela se encontra em posição diplomática muito fraca, como o comprova seu fracasso na tentativa de se eleger para uma cadeira transitória no Conselho de Segurança da ONU, por exemplo.

Para nós, brasileiros, a melhor notícia nesta marcha da loucura é a tomada de consciência do presidente Lula (embora não de seu partido) de que Chávez não é bom companheiro. Não houve uma postura contundente - e talvez seja melhor assim, pois o Brasil jamais deve ser truculento com seus vizinhos -, mas estamos, felizmente, a anos-luz do tempo em que o coronel era o parceiro predileto para fantasias sul-americanas: gasodutos gigantescos, FMIs caboclos, superempresas binacionais de petróleo e quejandos. Chávez já é um rival e pode transformar-se num inimigo do presidente brasileiro e mesmo do Brasil. As intervenções venezuelanas no processo de nacionalização do gás boliviano são uma realidade indiscutível que precisa ser tomada em conta.

Agora a Venezuela está engajada numa escalada armamentista que não pode deixar de ser vista com preocupação pelos nossos militares. E o Brasil - governo e sociedade - já não acha graça nas excentricidades do coronel, nem se dispõe a segui-lo em seus devaneios. Creio que nosso presidente finalmente se deu conta de que a companhia de Chávez só nos traz prejuízos líquidos. Sem, de modo algum, advogar qualquer tipo de intervencionismo, que contrariaria nossas tradições mais consagradas, faríamos realmente bem em manter uma distância crescente do coronel.

Luiz Felipe Lampreia foi ministro das Relações Exteriores de 1995 a 2001



O novo projeto de Chávez
Editorial de OESP
10 Junho 2007


Uma leitura, mesmo superficial, dos documentos e declarações produzidos na reunião de representantes da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), realizada em Caracas, revela claramente os propósitos do coronel Hugo Chávez para a região. Ele não se contenta em dominar a Venezuela com mão-de-ferro, controlando o Executivo, o Legislativo e o Judiciário e, agora, em franca ofensiva contra o pouco que restou de uma imprensa outrora livre. Chávez quer superar os feitos de seu ídolo, Simón Bolívar. No século 19, Bolívar - com a ajuda de San Martín e outros notáveis generais - libertou os países andinos do jugo colonial espanhol, mas não conseguiu completar o seu projeto político, que era manter aquelas províncias unidas. O objetivo do caudilho do século 21 é voltar 190 anos no tempo, recompondo a unidade do vice-reinado de Nova Granada e consolidando o projeto bolivariano da Grande Colômbia.

A Alba, constituída pela Venezuela, Cuba, Nicarágua e Bolívia, é o núcleo do projeto. O Equador do presidente Rafael Correa é um sério candidato a engrossar o grupo. Ficariam faltando, para completar o pastiche geopolítico, o Peru e o Panamá - mas os governos desses países nem querem ouvir falar em alianças com Chávez.

De qualquer forma, o caudilho trabalha arduamente para realizar seu projeto. Na reunião de Caracas, por exemplo, os membros da Alba decidiram criar, no prazo recorde de 60 dias, o Banco da Alba, para financiar os projetos de desenvolvimento e integração que já foram acertados - e cujo número continua crescendo vertiginosamente. Apenas com Cuba, a Venezuela assinou acordos para desenvolver 353 projetos. Com os outros países do bloco, os projetos também se contam pelas centenas.

E, como para o coronel Chávez as palavras são tudo - recorde-se que fez questão de mudar a sigla da Comunidade Sul-Americana de Nações de Casa para Unisur -, esses projetos não são chamados de binacionais ou de multilaterais. Eles são “granacionales”. Pois é isso o que ele pretende: fazer daqueles países uma grande nação, ou, como definem os documentos oficiais, “a união integral de nossas Repúblicas em uma só nação, como sonharam nossos próceres”.

Como já não há o Império Espanhol a combater, o Bolívar redivivo elegeu como inimigo os Estados Unidos. Recebe dos EUA a maior parte da receita do petróleo que sustenta as extravagâncias de seu projeto autoritário e compra daquele país quase tudo o que falta na Venezuela - o que não é pouco -, mas considera Washington um agente do mal e o presidente Bush o próprio diabo.

De tempos em tempos, denuncia um complô do governo americano para assassiná-lo ou para invadir o país. Agora, para coroar a reunião da Alba, propôs a seus sócios a assinatura de um pacto de defesa, para protegê-los “do terrorismo e agressão permanentes dos Estados Unidos”.

No ano passado, Chávez convenceu o presidente Evo Morales a assinar um acordo de “cooperação” na área de defesa que praticamente deixa a Bolívia em suas mãos. A pretexto de “complementar as capacidades de defesa de cada país”, a Venezuela terá ingerência na organização e na capacitação das Forças Armadas bolivianas. Além disso, construirá quatro bases militares em território boliviano, que guarnecerá com “assessores”, e os militares venezuelanos poderão interferir diretamente caso haja qualquer conflito que ponha em risco as instituições bolivarianas criadas por Evo Morales no molde chavista.

Agora, disse o caudilho a seus seguidores, “parece que chegou o momento de acertarmos uma estratégia de defesa conjunta, para que ninguém possa cometer nenhum erro contra nossos povos”.

Hugo Chávez está armando a Venezuela até os dentes. Como o país não enfrenta nenhuma ameaça externa, os aviões, helicópteros, tanques e fuzis que está comprando de certo são uma forma de consolidar o apoio das Forças Armadas a seu regime - que não é monolítico, ao contrário do que ele diz - e de garantir, numa eventualidade, a “lealdade” do povo. De qualquer forma, o programa militar de Hugo Chávez, conseqüente com seus projetos políticos de criação de uma “Confederação de Estados” - obviamente sob seu comando -, altera o equilíbrio regional. O governo brasileiro deve estar atento a isso.
Título:
Enviado por: SSK em Junho 28, 2007, 10:44:43 pm
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Especialista: submarinos de Chávez ameaçam o País
Denize Bacoccina


A compra de submarinos russos pela Venezuela, se for realmente confirmada, pode ameaçar a supremacia militar brasileira na América do Sul, na opinião do pesquisador de assuntos militares Expedito Carlos Stephani Bastos, da Universidade Federal de Juiz de Fora.
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"Por enquanto, ainda detemos uma certa liderança no continente, mas ao longo do tempo poderemos perder esta liderança", disse o pesquisador em entrevista à BBC Brasil.

"Não só esta compra de submarinos, como a compra de aviões (os caça Sukoy, comprados no ano passado), de certa forma ameaçam nossa hegemonia na região", afirmou Bastos.

O presidente venezuelano Hugo Chávez, que estará em Moscou nesta quinta-feira, disse que a aquisição dos submarinos vai depender de condições favoráveis. A expectativa é de que ele compre cinco unidades, em um negócio em torno de US$ 1,5 bilhão.

Frota superior
Se a aquisição for realmente concretizada, a Venezuela terá de longe os submarinos mais modernos e poderosos da região, na avaliação do pesquisador, bem superiores à frota atual brasileira, de cinco submarinos, todos com tecnologia mais antiga do que os novos equipamentos russos.

Também estão em um nível próximo ao do Brasil a frota de submarinos do Chile e da Argentina. "Ele vai ter uma força que pode desestabilizar a região", afirmou Bastos. "Uma frota de submarinos é fonte de extrema preocupação. Desde a Primeira Guerra Mundial, quem domina os submarinos domina os mares".

"Se vão saber usar ou não, é outra questão. Nós não sabemos se eles têm capacidade de empregar este equipamento moderno que estão comprando, se têm estratégia. Por enquanto, está tudo na retórica", disse o pesquisador.

Uma frota de submarinos moderna perto do Brasil também será uma fonte de preocupação para um porta-aviões brasileiro, na opinião do pesquisador da Universidade Federal de Juiz de Fora.

"Vai ser uma preocupação a mais para o Brasil levar um porta-aviões para aquela região, porque pode ser alvo desses submarinos com facilidade", afirmou.

Corrida armamentista
O cientista político Clóvis Brigagão, do Centro de Estudos das Américas da Universidade Cândido Mendes, disse que as compras de armamentos pelo presidente Chávez podem levar a duas situações: ou fica muito poderoso ou pode despertar uma corrida armamentista na região.

Mas Brigagão avalia que ainda é muito cedo para dizer que já existe uma corrida armamentista. "O que existe até agora é a tendência ao desequilíbrio", afirmou.

Há entre os especialistas brasileiros quem considere a preocupação com Chávez exagerada. O professor Fernando Sampaio, reitor da Escola Superior de Geopolítica e Estratégia, considera as aquisições de armas pelo presidente Chávez um problema interno da Venezuela. "Ele não ameaça ninguém. É um país muito pequeno, um país que tem favela. Países assim não fazem guerra", afirmou.

Sampaio afirma que a compra dos 100 mil fuzis Kalashnikov realizada no ano passado por Chávez tem o objetivo de fortalecer as milícias para se contrapor ao Exército e evitar um novo golpe como o que aconteceu em 2002. "Chávez não é perigoso para nós. Só é perigoso para a democracia deles", afirmou o professor.

BBC Brasil

Título:
Enviado por: SSK em Junho 29, 2007, 09:50:17 pm
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Chávez diz que os submarinos russos servirão para defender a revolução venezuelana
29/06 - 09:08 - AFP

O presidente venezuelano Hugo Chávez confirmou nesta sexta-feira a um grupo de deputados russos que seu governo está negociando a compra de cinco submarinos russos para "defender a revolução venezuelana", segundo declarações recolhidas pela agência de notícias Ria-Novosti nesta sexta-feira.

Chávez explicou aos deputados da Duma (Câmara Baixa) que a Venezuela tem uma grande extensão de águas territoriais, segundo informou a deputada Elena Drapeko a Ria-Novosti, depois do encontro a portas fechadas.

"Os Estados Unidos nos ameaçam constantemente. Temos que defender nossa revolução", afirmou Chávez, segundo as palavras textuais da deputada do partido minoritário Rússia Justa.

A Venezuela mantém negociações com a Rússia para adquirir cinco submarinos de propulsão a diesel, segundo um funcionário da agência russa de exportação de armamento, a Rosoboronexport, citado pela agência Interfax.

jz/cn



Mais um ditador sul-americano a brincar às guerrinhas, começa a não haver paciência...
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 30, 2007, 10:45:31 am
Citação de: "SSK"
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Chávez diz que os submarinos russos servirão para defender a revolução venezuelana
29/06 - 09:08 - AFP

O presidente venezuelano Hugo Chávez confirmou nesta sexta-feira a um grupo de deputados russos que seu governo está negociando a compra de cinco submarinos russos para "defender a revolução venezuelana", segundo declarações recolhidas pela agência de notícias Ria-Novosti nesta sexta-feira.

Chávez explicou aos deputados da Duma (Câmara Baixa) que a Venezuela tem uma grande extensão de águas territoriais, segundo informou a deputada Elena Drapeko a Ria-Novosti, depois do encontro a portas fechadas.

"Os Estados Unidos nos ameaçam constantemente. Temos que defender nossa revolução", afirmou Chávez, segundo as palavras textuais da deputada do partido minoritário Rússia Justa.

A Venezuela mantém negociações com a Rússia para adquirir cinco submarinos de propulsão a diesel, segundo um funcionário da agência russa de exportação de armamento, a Rosoboronexport, citado pela agência Interfax.

jz/cn


Mais um ditador sul-americano a brincar às guerrinhas, começa a não haver paciência...


X2
Título:
Enviado por: Nuno Bento em Julho 02, 2007, 08:56:52 am
O homem é doido de todo.
Ainda á pouco tempo estive a falar com um venezuelano que trabalha no Banco Mundial e ele  nem queria ouvir falar no Hugo Chavez disse que a a generalidade dos venezuelanos da classe media  não pode nada com ele.

Enfim agora quer se aliar ao Irão para destruir os EUA, não tarda tambem quererá armas Nucleares.
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Julho 02, 2007, 10:09:49 pm
Eu até já vi diplomatas do Ministério dos Negócios Estrangeiros venezuelano a rasgar cartazes do Chávez em Madrid... :shock:
Título:
Enviado por: Luso em Julho 02, 2007, 10:13:12 pm
Citação de: "PereiraMarques"
Eu até já vi diplomatas do Ministério dos Negócios Estrangeiros venezuelano a rasgar cartazes do Chávez em Madrid... :shock:


Oh Pereira, olha que andam por aqui correlegionários do Chavito que ainda lhe vão contar o episódio...
Título:
Enviado por: SSK em Julho 03, 2007, 01:01:05 am
Não se cuidem os nossos irmão do outro lado do atlantico não, para além de todos os governos se estarem a armar, só faltava mais esta...

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Radicalism heating up in the Caribbean

Airport horror plan offers 'education' on extremist threat, says ex-leader

BY JAMES GORDON MEEK
DAILY NEWS WASHINGTON BUREAU

Monday, June 4th 2007, 8:42 AM
 
WASHINGTON - From Argentina to Haiti, the rise of radical Islam in the Caribbean and Latin America is alarming U.S. counterterror officials and leaders in the region, who say the JFK bomb plot should be a wakeup call.

All four suspects in the plot had ties to the region. Two were arrested in the Caribbean nation of Trinidad and Tobago, including ex-Guyanese lawmaker Abdul Kadir.

Senior U.S. counterterrorism officials confirmed fears that Islamists in Trinidad and Tobago could turn the nation "into another Mogadishu," referring to the Somali capital ruled until last year by Islamic fundamentalists with Al Qaeda ties.

"Trinidad and Tobago have been a high concern for us since the late 1980s," said Michael Scheuer, who created the CIA's Osama Bin Laden unit in 1996.

Scheuer said the Caribbean is not home to major terror groups aside from Trinidad's Jamaat al Muslimeen, but a "loose-knit" confederation of extremists have found it easy to move around the tourist-friendly islands.

New York City Police Commissioner Raymond Kelly said the Caribbean is a region "of increasing concern to us. It's an area we should take a closer look at."

"What happened in New York was very educational," a former Caribbean leader told the Daily News. Muslim extremists in Trinidad and Tobago pose a "growing danger" to Prime Minister Patrick Manning's government, he noted.

But it is strife-torn Haiti that is considered "the weakest point in the area," said the former leader, who asked not to be identified.

Before 9/11, intelligence services reported that Palestinians possibly involved in terror strikes against Israel used Haiti to lie low, he said.

And suddenly, in recent years, a surprising number of mosques have sprouted up in the capital, Port-au-Prince. Haiti is predominantly Catholic.

"We don't understand why there are so many mosques in Haiti," the former leader said.

In Latin America, most attention of U.S. counterterror agents is focused on Argentina, its notorious border with Paraguay and Brazil, and northern Chile.

But the FBI has only about 25 legal attachés, called legates, positioned in embassies throughout the Americas, a source said. Two G-men based in Trinidad's Port-of-Spain led efforts to nab the JFK plotters.

"The threat in South America is growing," said a top counterterror manager. "Lebanese Hezbollah is gaining a real foothold there."

Most of Hezbollah's efforts there are aimed at fund-raising rather than plotting attacks, sources said.

But there have been exceptions. In 1992, terrorists believed connected to Hezbollah blew up the Israeli Embassy in Buenos Aires and killed 29 people. Two years later, another bomb at a Jewish aid group's offices slaughtered 85.

Last March, five Iranians and one key Hezbollah operative, Imad Fayez Mugniyah, were targeted for the 1994 bombing in an Interpol "red notice," which alerts all law enforcement that there are warrants for their arrest.

In the mid-1990s, the CIA disrupted a plot by Middle Eastern terror group Gama'a al-Islamiya to strike in its native Egypt. The group's spiritual leader, Omar Abdel-Rahman, known as the "Blind Sheik," was convicted of plotting to destroy New York City landmarks in 1995.

"The order to attack Egypt came out of the tri-border area," an intelligence source said.

Venezuela's close ties to Iran - which supports Hezbollah - have also drawn scrutiny, particularly when President Hugo Chavez recently announced direct flights with a visa waiver program from Caracas to Tehran and Damascus.

"That's not for tourism - they have all the sunshine they need over there," a counterterrorism official said. "Obviously, there are a large number of people going back and forth."

Venezuela's neighbor Guyana also is home to many who have accepted scholarships to study in Iran.

"It's something we want to watch very closely," said the former Caribbean leader.


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.nydailynews.com%2Fimg%2F2007%2F06%2F05%2Fgraf_terrormap2.gif&hash=32ded82ce79f94f5e3932716b267b6a2)
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Enviado por: SSK em Julho 04, 2007, 11:26:26 pm
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Venezuela tem direito de se armar, diz Marinha brasileira


Para comandante, Chávez supera liderança militar do Brasil com submarinos russos

Denize Bacoccina, do Estadão

BRASÍLIA - O comandante da Marinha brasileira, almirante Julio Soares de Moura Neto, defendeu o direito da Venezuela de comprar submarinos russos e disse que não está preocupado com uma ameaça do país vizinho a partir do desequilíbrio de poder na região.

“A Venezuela está fazendo um programa de reaparelhamento. Como nós também aqui no Brasil estamos tentando fazer”, afirmou o almirante em entrevista a correspondentes estrangeiros.

“Eu acho que todos os países têm o direito de ter as Forças Armadas perfeitamente delineadas e equipadas de acordo com a sua visão estratégica, com sua visão de política de defesa”, disse ele.

O comandante disse que não vê a atuação da Venezuela como um risco para o Brasil. “Não me parece que seja um risco. A Venezuela mantém relações diplomáticas e cordiais com o Brasil. As Marinhas mantêm relações muito boas”, afirmou.

Mas ele admite que, se realmente comprar os novos equipamentos, o país de Hugo Chávez ficará à frente de todos os países da América do Sul, papel hoje do Brasil.

Segundo o almirante, o submarino não é uma arma de ataque, mas de dissuasão de ataques inimigos. “É uma arma que indica: eu aqui tenho como me defender.”

O Brasil tem uma frota de cinco submarinos, mas o comandante da Marinha disse que eles precisam de renovação e de reforços. “Se a compra deles for confirmada e nós não fizermos o mesmo, ficaremos com equipamentos mais atrasados”, afirmou.


Reaparelhamento
O Programa de Reaparelhamento da Marinha, elaborado em 2005, ainda depende da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O plano prevê investimentos de R$ 5,7 bilhões na primeira fase, até 2012, dos quais pouco mais de R$ 2 bilhões seriam destinados à construção de um novo submarino e à modernização dos cinco que o país já possui.

“Esta é a prioridade principal da Marinha”, afirmou o almirante. Os submarinos atualmente em operação têm idade média de 10 anos.

O programa prevê ainda a produção de novos navios patrulha oceânicos e fluviais, navios escolta e navios anfíbios.

Porém, o principal projeto da Marinha é o submarino nuclear, com reator com tecnologia brasileira. O projeto ainda depende da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e da liberação de US$ 1 bilhão para sua conclusão.

“Estamos aptos a construir. Se vamos construir é uma decisão do governo”, afirmou. Com o submarino nuclear, o Brasil retomaria a liderança nos mares da região, mesmo se a Venezuela tiver uma frota maior.

“Os submarinos convencionais têm um poder de dissuasão enorme, mas eles têm uma limitação, andam relativamente devagar, de tempos em tempos têm que vir à superfície para carregar as baterias.

O submarino nuclear tem total liberdade de navegar pelas águas brasileiras", disse o comandante. "Ele seria um enorme fator de dissuasão favorável à Marinha e favorável ao país.”
Título:
Enviado por: SSK em Julho 04, 2007, 11:27:00 pm
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Venezuela tem direito de se armar, diz Marinha brasileira


Para comandante, Chávez supera liderança militar do Brasil com submarinos russos

Denize Bacoccina, do Estadão

BRASÍLIA - O comandante da Marinha brasileira, almirante Julio Soares de Moura Neto, defendeu o direito da Venezuela de comprar submarinos russos e disse que não está preocupado com uma ameaça do país vizinho a partir do desequilíbrio de poder na região.

“A Venezuela está fazendo um programa de reaparelhamento. Como nós também aqui no Brasil estamos tentando fazer”, afirmou o almirante em entrevista a correspondentes estrangeiros.

“Eu acho que todos os países têm o direito de ter as Forças Armadas perfeitamente delineadas e equipadas de acordo com a sua visão estratégica, com sua visão de política de defesa”, disse ele.

O comandante disse que não vê a atuação da Venezuela como um risco para o Brasil. “Não me parece que seja um risco. A Venezuela mantém relações diplomáticas e cordiais com o Brasil. As Marinhas mantêm relações muito boas”, afirmou.

Mas ele admite que, se realmente comprar os novos equipamentos, o país de Hugo Chávez ficará à frente de todos os países da América do Sul, papel hoje do Brasil.

Segundo o almirante, o submarino não é uma arma de ataque, mas de dissuasão de ataques inimigos. “É uma arma que indica: eu aqui tenho como me defender.”

O Brasil tem uma frota de cinco submarinos, mas o comandante da Marinha disse que eles precisam de renovação e de reforços. “Se a compra deles for confirmada e nós não fizermos o mesmo, ficaremos com equipamentos mais atrasados”, afirmou.


Reaparelhamento
O Programa de Reaparelhamento da Marinha, elaborado em 2005, ainda depende da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O plano prevê investimentos de R$ 5,7 bilhões na primeira fase, até 2012, dos quais pouco mais de R$ 2 bilhões seriam destinados à construção de um novo submarino e à modernização dos cinco que o país já possui.

“Esta é a prioridade principal da Marinha”, afirmou o almirante. Os submarinos atualmente em operação têm idade média de 10 anos.

O programa prevê ainda a produção de novos navios patrulha oceânicos e fluviais, navios escolta e navios anfíbios.

Porém, o principal projeto da Marinha é o submarino nuclear, com reator com tecnologia brasileira. O projeto ainda depende da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e da liberação de US$ 1 bilhão para sua conclusão.

“Estamos aptos a construir. Se vamos construir é uma decisão do governo”, afirmou. Com o submarino nuclear, o Brasil retomaria a liderança nos mares da região, mesmo se a Venezuela tiver uma frota maior.

“Os submarinos convencionais têm um poder de dissuasão enorme, mas eles têm uma limitação, andam relativamente devagar, de tempos em tempos têm que vir à superfície para carregar as baterias.

O submarino nuclear tem total liberdade de navegar pelas águas brasileiras", disse o comandante. "Ele seria um enorme fator de dissuasão favorável à Marinha e favorável ao país.”
Título:
Enviado por: SSK em Julho 04, 2007, 11:32:57 pm
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Parceria UE/Brasil aproxima marinha brasileira das europeias

A parceria estratégica entre União Europeia e Brasil que hoje foi lançada em Lisboa vai permitir uma aproximação maior das Marinhas da Europa e do Brasil, afirmou o comandante da Marinha brasileira.

O Almirante Júlio Soares de Moura Neto declarou: "Nós sempre tivemos um relacionamento muito grande com as Marinhas europeias através de Portugal, que foi a nossa porta de entrada na NATO. Há um interesse real da Marinha do Brasil de operar com as Marinhas da NATO".

O Almirante disse que a maior prioridade actualmente da Marinha do Brasil (MB) é o programa de reapetrechamento, que inclui a aquisição de um submarino convencional, modernização dos outros cinco que o país possui, construção de navios e compra de helicópteros.

A primeira etapa do projecto está orçada em 5.700 milhões de reais (2.200 milhões de euros), dos quais 770 milhões de euros devem ser destinados à ampliação e modernização da frota brasileira de submarinos.

Segundo Moura Neto, o governo brasileiro ainda não decidiu se o novo submarino da frota será o IKL (Ingenieur Kontor Lübeck), de origem alemã, ou o Scorpène, da França.

O comandante da MB destacou que o aumento do território marítimo brasileiro é "mote mais forte" para o reapetrechamento da Marinha.

O Brasil reclama junto das Nações Unidas aumentar as suas águas territoriais em 900 mil quilómetros quadrados.

Com o acréscimo, as águas sob jurisdição brasileira ficariam com 4,5 milhões de quilómetros quadrados, área da mesma dimensão da Floresta Amazónica e por isso chamada "Amazónia Azul".

Da extensão pretendida, a ONU já deu "luz verde" para 700 mil quilómetros quadrados, mas a Marinha insiste em obter toda a área reivindicada.

"Esta é a última fronteira do Brasil que não está perfeitamente limitada. É importante que o Brasil não abra mão de nenhum território que considere seu", sublinhou o Almirante Moura Neto.

O Brasil possui interesses importantes na área que está a ser requisitada, como a exploração de petróleo e gás, por exemplo, já que cerca de 85 por cento do petróleo que o país consome é retirado actualmente do mar.

2007-07-04 20:55:00
TVNET /Lusa
Título:
Enviado por: SSK em Julho 05, 2007, 01:37:43 pm
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Rússia e Venezuela assinarão contrato para venda de submarinos este ano
05/07 - 07:22 - EFE


Moscou, 5 jul (EFE).- A Rússia e a Venezuela assinarão ainda este ano um contrato para o fornecimento de cinco submarinos russos a diesel da classe "Varshavianka" à Marinha venezuelana, revelaram hoje fontes do setor da indústria militar russa.

"Já foi recebido o pedido, a redação do contrato está praticamente concluída, e o acordo será assinado antes do fim do ano", afirmou um alto funcionário à agência "Interfax", sem se identificar.

A fonte ressaltou que os submarinos que a Venezuela comprará são submersíveis da classe "Varshavianka", projeto 636 - classe "Kilo", segundo a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) -, que a Rússia já vendeu à China e atualmente constrói para a Argélia.

O funcionário acrescentou que três dos aparelhos serão construídos em estaleiros de São Petersburgo e os outros dois, em fábricas localizadas no extremo leste, no Pacífico.

Dotado de quatro lança-torpedos de calibre 533 milímetros e dez plataformas de lançamento verticais de foguetes de cruzeiro do sistema CLUB-S, os "Varshavianka" podem abater alvos fixos ou móveis submergidos, litorâneos ou na superfície, em condições de intensa interferência rádio-eletrônica.

Segundo fontes russas, o Governo venezuelano tem planos de adquirir outros quatro submarinos e pelo menos cem embarcações de superfície. EFE apl dgr
Título:
Enviado por: SSK em Julho 08, 2007, 07:28:28 pm
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Brasil não tem poderio bélico

Submarinos de Chávez aumentam defasagem do País na América do Sul

João Ricardo Gonçalves

Rio - Os novos brinquedos do presidente venezuelano Hugo Chávez — submarinos mais modernos do continente, comprados semana passada — deixaram mais à mostra a defasagem do poderio bélico das Forças Armadas brasileiras. Segundo analistas e militares, na corrida por equipamentos mais modernos do continente no mar, no ar e na terra, muitas vezes o Brasil não tem fôlego para acompanhar venezuelanos, chilenos e até peruanos.

A negociação dos submarinos da Venezuela é nebulosa, mas a exportadora russa garantiu a venda de cinco a nove Project 636 — mais modernos que os Tupi brasileiros. Chávez conseguirá, quando receber as embarcações, ultrapassar o Brasil, que tem cinco submarinos. “Os Project 636 ficariam no mesmo nível dos Scorpene chilenos como os mais modernos submarinos do continente”, explica o editor do site Poder Naval, Alexandre Galante.

O comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, admitiu que os submarinos darão “certa supremacia” à Venezuela. Presidente do Clube da Aeronáutica do Rio de Janeiro, o brigadeiro Ivan Frota pede investimentos: “O País está mal-equipado em termos de material nas três Forças”. Ano passado, Chávez comprou 24 caças russos Sukhoi 30. Há dois anos, o Chile garantiu 10 F-16 C/D americanos. Ambos são mais modernos que os novos Mirage 2000C do Brasil.
Título:
Enviado por: SSK em Julho 09, 2007, 05:59:49 pm
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Comandante brasileiro sobre submarinos russos

“Eu acho que todos os países têm o direito de ter as Forças Armadas perfeitamente delineadas e equipadas de acordo com a sua visão estratégica, com sua visão de política de defesa”, afirmou o comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, a jornalistas estrangeiros, sobre a compra pela Venezuela de submarinos russos.
“A Venezuela está fazendo um programa de reaparelhamento. Como nós também aqui no Brasil estamos tentando fazer”, destacou o comandante da Marinha.

Ele declarou que não está preocupado com uma ameaça do país vizinho. “Não me parece que seja um risco. A Venezuela mantém relações diplomáticas e cordiais com o Brasil. As Marinhas mantêm relações muito boas”, declarou. Segundo o almirante, o submarino não é uma arma de ataque, mas de dissuasão de ataques inimigos. “É uma arma que indica: eu aqui tenho como me defender”.

SUBMARINO NUCLEAR

Nesse sentido, o comandante defendeu a construção do submarino nuclear, com reator desenvolvido com tecnologia nacional pela Marinha do Brasil. “Ele seria um enorme fator de dissuasão favorável à Marinha e favorável ao país”, afirmou o comandante.

O projeto do submarino nuclear depende da aprovação do presidente Lula e da liberação de US$ 1 bilhão para sua conclusão.

“Estamos aptos a construir. Se vamos construir é uma decisão do governo”, afirmou o almirante. “Os submarinos convencionais têm um poder de dissuasão enorme, mas eles têm uma limitação, andam relativamente devagar, de tempos em tempos têm que vir à superfície para carregar as baterias. O submarino nuclear tem total liberdade de navegar pelas águas brasileiras”, disse Moura Neto.

O Brasil tem uma frota de cinco submarinos, que precisam de renovação e reforços, disse o comandante. “Se a compra deles for confirmada e nós não fizermos o mesmo, ficaremos com equipamentos mais atrasados”, declarou.

Para o almirante, o Programa de Reaparelhamento da Marinha, elaborado em 2005, “é a prioridade principal da Marinha”. O plano prevê investimentos de R$ 5,7 bilhões na primeira fase, até 2012, dos quais pouco mais de R$ 2 bilhões seriam destinados à construção de um novo submarino e à modernização dos cinco que o país já possui. Os submarinos atualmente em operação têm idade média de 10 anos. O programa prevê ainda a produção de novos navios patrulha oceânicos e fluviais, navios escolta e navios anfíbios.
Título: Venezuela!
Enviado por: zocuni em Julho 09, 2007, 10:24:30 pm
Tudo bem,

Parace ficção,mas de facto a Marinha Venezuelana poderá ter a curto prazo,um protagonismo inimaginável até à pouco tempo atrás.Infelizmente o Brasil retarda seu natural protagonismo na região,até quando?


Venezuela expande seu poderio militar
 
Roberto Godoy  
O Estado de S. Paulo  
5/2/2007
 
Com compra de 11 submarinos, país terá a maior frota da América Latina

Até 2012 a Marinha da Venezuela terá a maior e mais poderosa frota de submarinos convencionais da América Latina. Serão 11 navios, 9 dos quais modelos de alta tecnologia, e mais outros 2, modernizados. O investimento no programa é estimado em US$ 3 bilhões. Segundo o almirante Armando Laguna, Comandante da Armada, “todos deverão ter a capacidade de operar em regime furtivo por pelo menos dois meses e sem receber suprimentos externos nesse período”.

Laguna disse, em nota oficial da Marinha, que ,“na aspiração de ter submarinos de quarta geração, o comando recebeu propostas da Alemanha, da França e da Rússia”. O governo da Venezuela está desenvolvendo um vasto projeto de reequipamento das Forças Armadas. Nos últimos dez dias foram anunciados três empreendimentos importantes envolvendo o míssil antiaéreo russo Tor-M1, por US$ 290 milhões, a modernização de 12 a 16 caças americanos F-5 pelo Irã, que receberá US$ 70 milhões pela tarefa, e a compra de 9 submarinos. Em uma só tacada, gastos militares de US$ 3,37 bilhões negociados a longo prazo.

O principal parceiro da administração Hugo Chávez no empreendimento é o governo russo. Até agora foram gastos cerca de US$ 3,4 bilhões na aquisição de 24 caças Sukhoi-30, cerca de 35 helicópteros e 100 mil fuzis Kalashnikov AK-47. Uma linha especial de crédito para financiar equipamentos militares, foi liberada há dois anos pelo presidente Vladimir Putin.

Os submarinos que interessam à Venezuela devem ter deslocamento na faixa de 1.750 toneladas e incorporar tecnologias de redução de ruído. A Armada está considerando três possibilidades: o alemão IKL-214 - mesmo modelo escolhido pelo Brasil para expandir a frota para seis unidades -, o francês Scórpene, semelhante aos dois navios da classe incorporados pelo Chile, e o russo Amur, favorito nas negociações. A versão de exportação dispara quatro mísseis leves de cruzeiro com alcance de 300 km, e até dez mísseis táticos ou antiaéreos. Leva ainda 18 torpedos pesados de 533 milímetros e 35 tripulantes. O casco é coberto por uma manta sintética para confundir os sinais de sonar de detecção subaquática.

O almirante Laguna, em nota oficial, destaca que “o objetivo é dispor de submarinos diesel-elétricos que garantam a defesa da Zona Econômica Exclusiva (ZEE), maior que o território continental do país”. A Venezuela projeta seus limites a partir do território das ilhas oceânicas. Com isso, a linha da ZEE defendida por Caracas se sobrepõe aos extremos marítimos da Guiana, França, Holanda, EUA e das Antilhas. A Armada emprega dois IKL-209 alemães com mais de 30 anos. Ambos estão sendo atualizados nos estaleiros locais Dianca D&A.

A aviação militar da Venezuela selecionou a arma principal dos impressionantes caças Su-30. Os 2 primeiros, do lote de 24, foram entregues em julho do ano passado. Os supersônicos vão voar carregados com a versão mais moderna do R-77 Adder, russo, com 100 km de alcance e 80 km de raio de ação ideal. O míssil pesa 175 kg.

Na mesma palestra em que anunciou a escolha do R-77, o ministro da Defesa, Raúl Baduel, revelou que o arranjo a ser adotado na revitalização de 12 caças CF-5A, americanos, pelo Irã, ainda não foi definida. A indústria aeronáutica iraniana desenvolveu um projeto que virtualmente resulta em um novo supersônico, baseado na estrutura do F-5 e caracterizado pela empenagem traseira dupla.

Até o nome é novo, Sae’gheh, o Relâmpago. Os CF-5A venezuelanos foram feitos no Canadá, sob licença, nos anos 70. Sabe-se pouco sobre o Sae’gheh. Além dos dois lemes traseiros, que permitem considerável expansão da capacidade de manobra e da agilidade, um novo nariz foi criado para receber o radar N019-ME melhorado, com 80 quilômetros de cobertura no modo de vigilância e de 40 km para detecção de 10 alvos. Leva 5,5 toneladas de cargas externas - mísseis, bombas inteligentes, tanques extras.

NÚMEROS

3 bilhões de dólares
é o investimento da Marinha da Venezuela para ter a maior frota submarina da região

70 milhões de dólares
serão gastos para modernizar de 12 a 16 caças americanos F-5, que ficará a cargo da indústria do Irã

3,4 bilhões de dólares
já foram gastos com a aquisição de 24 caças Sukhoi-30, cerca de 35 helicópteros e 100 mil fuzis Kalashnikov AK-47

290 milhões de dólares
é o valor gasto pelo governo venezuelano para comprar mísseis antiáeresos Tor-M1, de fabricação russa

5,5 toneladas
é a capacidade de cargas externas - mísseis, bombas
inteligentes e tanques extras - do novo supersônico Relâmpago

Abraços,
Título:
Enviado por: André em Julho 09, 2007, 10:34:02 pm
Para o Chávez apenas isto s1x2x  :crit:  :crit:
O povo venuzelano já o devia ter posto a milhas.
Título:
Enviado por: SSK em Julho 11, 2007, 01:54:09 pm
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Questão de prioridade

Confesso que achei interessante a notícia estampada recentemente nos principais jornais do país, de que a hegemonia militar do Brasil na América do Sul está ameaçada pela Venezuela. E que, segundo os jornais, o “pra lá de interessante” (vamos descrevê-lo assim, por enquanto) presidente Hugo Chávez, esteve na antiga União Soviética para comprar, desta vez, nada menos que cinco submarinos. Movidos a diesel, é claro. Digo desta vez porque Chávez já havia estado no ex-país comunista para comprar um monte de fuzis. Interessante ainda porque o presidente venezuelano fez duras críticas ao brasileiro Lula sobre a questão do metanol, extraído da cana-de-açúcar, alegando que ao invés de cuidar da fome, o produto seria utilizado para aliviar ainda mais a vida dos países poderosos, os principais responsáveis pelo tão famoso aquecimento global. Dando a entender que essa era a sua verdadeira preocupação.

Há quatro verdades nisso tudo. Primeira: Sim, vamos aliviar a carga que pesa sobre os grandes e, de quebra, desviar os olhares deles da Amazônia. Segunda: Como não é o pobre que planta a cana, com certeza uma grande parcela do produto deixará de virar alimento. Terceira: Uma oportunidade para o Brasil consolidar sua hegemonia na luta pela criação de energia alternativa e, como dizem, limpa. Quarta: a demonstração de que já estamos incomodando. E o olho gordo vem de mais perto do que se imaginava. Não incomoda nem um pouco, mas serve de alerta.

Mas a complexidade de um país em crescimento não para por aí. Voltando ao princípio, quando falamos sobre a possível compra de submarinos pela Venezuela, esbarramos em mais um grave problema, pois nos faz lembrar o sucateamento da nossa defesa militar, abandonada pelo governo federal. Não temos como sequer defender nossas fronteiras. Há aí um paradoxo: Como gastar milhões para montar um aparato militar de defesa para uma hipotética guerra com alguém, quando o nosso cotidiano é violado por “guerras” em favelas, corrupção, fome e atentado ao direito de ir e vir do cidadão? Os problemas e as prioridades estão aí, para quem quiser ver.

Mas, como é do conhecimento de todos, uma nação forte tem que atender a todos os quesitos, inclusive, quanto à sua segurança interna e externa. Não adianta plantar sem ter a certeza de que irá colher. E todos nós temos que pensar assim, sem recalques ou mágoas deste ou daquele regime. Como já dizia François-Marie Arouet, conhecido pelo pseudônimo de Voltaire: "os principais males que atacam o homem vêm da ignorância”.
Título:
Enviado por: SSK em Julho 11, 2007, 01:59:26 pm
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Lula admite atraso e destina R$1 bi a projeto nuclear da Marinha
Terça-feira 10 de Julho, 2007 4:42 GMT

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira a destinação de recursos para a conclusão do projeto nuclear da Marinha, dirigido à propulsão de um submarino e também à geração de energia comercial.

O projeto vai absorver 130 milhões de reais por mês por um período de oito anos, totalizando 1,040 bilhão de reais.

O presidente admitiu que o programa brasileiro de propulsão nuclear de um submarino sofreu paralisações, inclusive em sua gestão.

"É verdade que este projeto esteve parado durante um determinado tempo, é verdade que no nosso primeiro mandato nós tivemos que dedicar os primeiros quatro anos para consertar o país, para arrumar a casa", disse Lula.

Neste segundo mandato, o presidente afirma que assumiu o compromisso com o ministro da Defesa, Waldir Pires, de concluir o projeto.

As declarações foram dadas durante visita de Lula ao Centro Experimental Aramar da Marinha, localizado em Iperó (120 quilômetros a oeste de São Paulo) onde são realizadas as pesquisas.

O local é responsável por desenvolver o programa nuclear da Marinha, que tem como objetivo criar propulsores nucleares para submarinos. Sua principal vantagem é a maior autonomia em relação aos motores a diesel, de acordo com informação da Marinha.

A pesquisa de um submarino com propulsão nuclear é realizada desde 1979 no Brasil e, após ter altos e baixos na destinação dos recursos, já correu o risco de ser interrompida. Faz parte do projeto a produção de urânio enriquecido (combustível para a energia nuclear) em escala industrial para atender também às usinas nucleares de Angra.

Lula reiterou que a energia nuclear faz parte da matriz nuclear do país e que Angra 3 será concluída. "Se for necessário construir mais, nós vamos construir, até porque é uma energia limpa", afirmou o presidente.
Título:
Enviado por: SSK em Agosto 16, 2007, 11:41:18 pm
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Poder naval pode desaparecer até 2025, alerta comandante
Quinta-feira, 16/08/2007 - 15:56

Brasília - O poder naval brasileiro poderá desaparecer até 2025 se até lá não houver novos investimentos em equipamentos. O alerta foi feito nesta quinta-feira (16) pelo comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, em audiência pública promovida pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).

Durante longo depoimento aos senadores da comissão, o comandante apresentou um quadro "real e difícil" da situação da Marinha, que neste ano deverá receber aproximadamente R$ 550 milhões a menos em recursos orçamentários do que seria desejável para atender a suas "necessidades mínimas".

Para manter a Marinha em funcionamento em 2007, disse o comandante, seriam necessários R$ 1,84 bilhão, mas o Orçamento da União destina à Força R$ 1,49 bilhão e apenas R$ 1,28 bilhão deverá efetivamente ser liberado até o final do ano.

- A crônica escassez de recursos, ao longo de tantos anos, acumulou sérias demandas e levou-nos a um crítico estado de degradação e obsolescência material, de vulnerabilidade estratégica e de redução de atividades, sem precedentes na História contemporânea da Nação - afirmou Moura Neto.

Dos 21 navios que compõem a esquadra brasileira, disse o comandante, 11 encontram-se imobilizados e dez operam com restrições. Entre as aeronaves, a situação é ainda mais precária: das 23 existentes, 21 estão imobilizadas e duas operam com restrições. Da mesma forma, dois entre os cinco submarinos da esquadra estão imobilizados e outros dois operam com restrições - ou seja, apenas um está em perfeito funcionamento.

O Programa de Reaparelhamento da Marinha requer um investimento de R$ 5,8 bilhões ao longo do período de 2008 a 2014. As prioridades iniciais do programa, segundo o comandante, são a construção de submarinos e navios-patrulha e a aquisição de helicópteros. Uma das soluções para obter os recursos necessários, observou, seria o fim do contingenciamento dos recursos que devem ser destinados à Marinha segundo as chamadas Leis do Petróleo. Até o fim de 2006, citou, R$ 2,6 bilhões em royalties já haviam sido contingenciados.  
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Enviado por: André em Novembro 13, 2007, 12:49:04 am
Lula da Silva defende uma reforma profunda da ONU para dar voz e voto aos países em desenvolvimento

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O presidente brasileiro, Lula da Silva, voltou segunda-feira a reclamar junto do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, uma profunda reforma daquele organismo, que garanta voz e voto aos países em desenvolvimento.

"Lula reiterou que nenhuma reforma estará completa se não incluir o Conselho de Segurança" e insistiu que é preciso abrir uma "fase de negociação sobre o assunto", caso contrário "a ONU vai desacreditar-se", revelou o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim.

"No Conselho de Segurança há potências militares, económicas e políticas mas não potências ambientais, como o Brasil", disse Lula da Silva durante um almoço com o secretário-geral da ONU, segundo relatos do deputado brasileiro Rodrigo Santos da Rocha Loures, presente no encontro.

Ainda de acordo com o deputado brasileiro, Lula da Silva e Ban Ki-moon falaram sobre vários temas internacionais, com destaque para os assuntos ambientais e as formas de travar o aquecimento global.

Segundo o ministro brasileiro das Relações Exteriores, o representante máximo das Nações Unidas afirmou que "o caminho até à cimeira ambiental de Bali passa pelo Brasil", que conseguiu reduzir a desflorestação, apesar de continuar a ser um grande emissor de gases poluentes.

Em Bali, em Dezembro, será celebrada a Convenção Anual das Nações Unidas, onde a comunidade internacional debaterá os compromissos que substituirão o Protocolo de Kyoto, que termina em 2012.

A ideia, segundo fontes da ONU que acompanham o secretário-geral da organização na visita ao Brasil, é estabelecer as bases para um convénio com a "esperança" de que "se possa consensualizar um acordo" benéfico para todos os países.

Ainda em matéria ambiental, o presidente do Brasil, adiantou que deverá ser potenciada a utilização dos biocombustiveis, com o objectivo de reduzir as emissões de gases poluentes, acrescentou o chefe da diplomacia brasileira.

As missões de paz da ONU foram igualmente abordadas na reunião, nomeadamente o caso do Haiti (onde os brasileiros estão presentes), os conflitos no Dafur, Timor-Leste e Guiné-Bissau.

De acordo com Celso Amorim, o presidente brasileiro insistiu que essas missões devem incluir programas de ajuda aos países afectados, que geralmente saiem dos conflitos militares ou políticos em condições económicas precárias.

Em relação ao conflito no Médio Oriente, Lula da Silva expressou "o desejo" de contribuir para lançar "um pouco de ar fresco" para encontrar uma solução.

Segundo fontes da ONU, o presidente brasileiro e o secretário-geral também comentaram o incidente ocorrido na sessão de encerramento da Cimeira Ibero-Americana, entre o rei Juan Carlos de Espanha e o presidente da Venezuela, Hugo Chavez.

Apesar de nenhum ter presenciado o incidente, comentaram que tiveram conhecimento através da comunicação social com "surpresa".

Depois do encontro do Lula da Silva, Ban Ki-moon viajou para Belém, capital do Pará, onde concluirá a sua visita ao Brasil, depois de conhecer projectos dedicados à preservação da Amazónia.

Lusa
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Enviado por: André em Novembro 17, 2007, 02:40:24 am
Brasil deve dotar-se da bomba atómica para defender as suas riquezas naturais

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Um general brasileiro advoga que o Brasil deve dotar-se da bomba atómica para defender as suas riquezas naturais, segundo noticia a edição electrónica do jornal espanhol El País, num artigo intitulado "Um alto cargo na defesa brasileira quer a bomba atómica".

As declarações do general do exército José Benedito de Barros Moreira "surpreenderam tanto a opinião pública como o mundo político" brasileiro, salienta o jornal.

O El País sugere que a surpresa é ainda maior quanto Barros Moreira é o actual secretário da Política, Estratégia e Relações Internacionais do Ministério da Defesa brasileiro.

No entender do general, o Brasil é alvo da cobiça internacional por dispôr de água, energia e alimentos, o que exigiria "pôr trancas à porta".

"Necessitamos ter no Brasil a possibilidade futura, se o Estado o entender, de desenvolver um artefacto nuclear, já que não podemos ficar afastados do mundo actual".

O jornal espanhol salienta que, apesar de encarregado da estratégia dos meios globais de defesa do Ministério, o general chegou a dizer que o Brasil se poderia retirar do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).

Instado por alguns deputados presentes que não esconderam a sua surpresa, o general terá explicado que isso poderia acontecer em dois casos: se um país vizinho do Brasil se dotasse de uma bomba atómica ou se o Estado se sentisse ameaçado.

De acordo com o general, hoje, "nenhuma nação se pode sentir completamente segura se não desenvolver tecnologia que lhe permita defender-se quando o necessitar".

O futuro afigura-se violento e perigoso, segundo o general, para quem «os sinais de eventuais conflitos entre os nossos vizinhos já deveriam ter sido acaptados pelo Ministério da Defesa».

Por seu lado, o ministro Jobim defende a necessidade da construção de um submarino de propulsão nuclear - mas não da bomba atómica - para defender o petróleo.

"Não o defenderemos adequadamente só com navios de superfície", acrescentou o ministro que entende que os novos poços de petróleo encontrados no país agudizam a necessidade de não encerrar o ciclo de enriquecimento de urânio para a construção de propulsores para a Marinha e para a energia eléctrica.

Lusa
Título:
Enviado por: Sniper BR em Novembro 17, 2007, 12:03:41 pm
Nada mais natural...

Países com bandos de terroristas como Índia e Paquistão possuem a bomba (com a benção de Mr. Bush), em um mundo violento e instável e agora o Brasil com um Vizinho ditador, com intenções expancionistas e que agora diz querer um programa nuclear com fins pacíficos em colaboração com o Irão e a Coréia do Norte... :roll:

  Abraços!
Título:
Enviado por: pedro em Novembro 17, 2007, 04:50:17 pm
E a seguir é Portugal. :twisted:
Cumprimentos
Título:
Enviado por: André em Janeiro 20, 2008, 07:13:00 pm
Número de homicídios desde 1978 pode chegar ao milhão este ano - estudo    

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O Brasil deve atingir este ano um milhão de homicídios cometidos desde 1978, de acordo com um estudo realizado por um economista do Instituto Brasileiro de Pesquisa Económica Aplicada.

"Até 2005, foram cometidos 843 mil homicídios (desde 1978)", mas se se somar os mais de 50 mil que se registaram em 2006 e 2007 "deve-se chegar em 2008 ao milhão de homicídios em 30 anos", disse Daniel Cerqueira, do Instituto Brasileiro de Pesquisa Económica Aplicada, ao jornal "Estado de São Paulo".

Segundo o jornal brasileiro, o número "é comparável aos de países em conflito bélico: Angola levou 27 anos a atingi-los mas estava oficialmente em guerra civil".

De acordo com o economista, que estuda o fenómeno da violência no país, o aumento dos homicídios deriva da "desigualdade social e da falta de um sistema coercivo", uma vez que o Brasil tem "um sistema de segurança fracassado".

Daniel Cerqueira disse ainda que a estatística, baseada apenas em dados oficiais, coloca o Brasil como um dos países com maiores índices de violência do Mundo e afirmou que a impunidade alimenta esses números, já que apenas 0,03 por cento dos homicidas chega a ser realmente castigado pela justiça.

O economista defendeu também que parte da responsabilidade é dos políticos que "não têm vontade" para lidar com o problema e enfrentam-no com medidas de curto ou médio prazo, em função dos calendários eleitorais.

Lusa
Título:
Enviado por: G.B.Schmitt em Agosto 16, 2008, 11:27:22 pm
O National Intelligence Council não entende muito de Brasil. Em 2020, se tudo continuar como está, o país será uma nação comunista; não apenas nós, mas, creio, que a maior parte da América do Sul.
Esse pessoal deveria ler algumas atas do Foro de São Paulo.
Título:
Enviado por: rafafoz em Outubro 08, 2008, 09:12:33 pm
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Governo brasileiro emite alerta ao continente


Discretamente e sem alardes o governo Luiz Inácio publicou no dia 02 de Outubro o Decreto Nº 6.592. Ele regulamenta o disposto na Lei nº 11.631, de 27 de dezembro de 2007, que dispõe sobre a Mobilização Nacional e cria o Sistema Nacional de Mobilização - SINAMOB.

O texto anterior publicado no fim de 2007 pode ter passado como mais um decreto burocrático, mesmo assim atraiu a atenção da imprensa internacional na época. Porém o Decreto nº 6.592 ao regulamentar o anterior apresenta um excepcional artigo, que pela primeira vez na história republicana e em especial pós-segunda Guerra Mundial, mostra uma nova postura que pode mudar a Política Externa Brasileira e afasta sua imagem de país pacifista, o que terá reflexos no futuro do país e na forma como vem tratando seus interesses.

O capítulo I, Artigo 3 ao qualificar os parâmetros de agressão estrangeira para acionar o SINAMOB explicita:

    “São parâmetros para a qualificação da expressão agressão estrangeira, dentre outros, ameaças ou atos lesivos à soberania nacional, à integridade territorial, ao povo brasileiro ou às instituições nacionais, ainda que não signifiquem invasão ao território nacional.”

Usando um termo muito em voga no atual governo, “nunca neste país” um documento foi tão explícito e claro sobre quais limites o Brasil poderá avançar na defesa dos seus interesses e incluindo um termo amplo e quase irrestrito “o povo brasileiro”.

A constituição de 1988 detalha no Título I - Dos Princípios Fundamentais em seu Artigo

    4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

    I - independência nacional;
    II - prevalência dos direitos humanos;
    III - autodeterminação dos povos;
    IV - não-intervenção;
    V - igualdade entre os Estados;
    VI - defesa da paz;
    VII - solução pacífica dos conflitos;
    VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
    IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
    X - concessão de asilo político.
    Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana.

O decreto que pode conflitar com as chamadas cláusulas pétreas da Constituição de 1988 foi assinado por um dos relatores da mesma, o então Deputado Federal Nelson Jobim, agora na condição de Ministro da Defesa.

O recado passado aos vizinhos é claro e incisivo. Uma agressão ou perseguição aos cidadãos brasileiros residentes no Paraguai – brasiguaios – assim como na região do Pando, na Bolívia e, uma nova ameaça de corte no fornecimento de gás e a tomada de instalações e empresas brasileiras legalmente constituídas e operando em outros países, caracterizarão a partir de agora agressões externas, e uma resposta militar por parte do Brasil passa a ter amparo legal.

A publicação do Decreto no dia 02 de Outubro às vésperas das eleições municipais e com as atenções também voltadas para os possíveis reflexos da crise econômica no Brasil, distraíram a atenção ao documento.

O Decreto também detalha a extensão das ações que serão feitas e que tanto os recursos públicos e privados serão requisitados de forma acelerada e compulsória:

    Art. 27. A execução da Mobilização Nacional consiste na implementação de forma acelerada e compulsória do Plano Nacional de Mobilização.
    Art. 28. A execução da Mobilização Nacional tem por objetivo o emprego de recursos existentes nas estruturas pública e privada, necessários ao esforço de Defesa Nacional.

E também menciona como base da Mobilização Nacional (Logística Nacional) as descrições que seriam descritas na Estratégia Nacional de Defesa - END. A END deveria ter sido anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 7 de Setembro.

    Art 2º § Para fins de Mobilização Nacional, entende-se como Logística Nacional o conjunto de atividades relativas à previsão e provisão dos recursos e meios necessários à realização das ações decorrentes da Estratégia Nacional de Defesa.

A partir de agora podemos afirmar que a surda guerra travada pelo Regime Bolivariano de cerco ao Brasil tem uma resposta legal e permite ao Brasil intervenção militar naqueles assuntos
Título: Governo brasileiro emite alerta ao continente
Enviado por: t.pereira em Outubro 23, 2008, 12:03:44 pm
:Combate:  :Combate:
Título:
Enviado por: Leonardo Besteiro em Novembro 29, 2008, 01:15:33 am
Citação de: "J.Ricardo"
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Pesquisa aponta Brasil como 2º país com mais mortes por armas de fogo
 
da Folha Online

O Brasil ocupa o segundo lugar em um ranking que compara taxas de mortes causadas por armas de fogo de 57 países. A pesquisa, realizada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), aponta que 21,72 brasileiros morrem por armas de fogo a cada 100 mil.

Somente a taxa da Venezuela --30,34 mortes-- foi superior. O Japão foi o país que obteve o melhor resultado, com apenas 0,06 óbito. O levantamento também comparou o número de assassinatos. No Brasil, foram 19,54 a cada 100 mil. Na Venezuela, 22,15; na Argentina, 4,34 crimes.

A comparação foi realizada com base em registros da OMS (Organização Mundial de Saúde) referentes aos anos de 2000 a 2003. No Brasil, o estudo recorreu a dados do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade)/Datasus e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado foi entregue nesta quinta-feira pelo representante da entidade no país, Jorge Werthein, ao presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE). A intenção, segundo Werthein, é sensibilizar o Congresso para agilizar a votação do decreto que prevê a realização de um referendo popular sobre o fim da livre comercialização de armas no país.
Educação

No encontro, Werthein apresentou também os resultados preliminares de um estudo que pretende medir o impacto da violência e das armas de fogo sobre a qualidade do sistema educacional brasileiro.

O levantamento aponta que cerca de 35% dos estudantes entrevistados afirmam ter visto armas dentro da escola, sendo que 12,1% viram revólveres.

Participaram da pesquisa 10.069 estudantes de 113 escolas da rede pública localizadas no Distrito Federal, São Paulo, Salvador, Porto Alegre, Belém e, apenas na parte qualitativa, Rio de Janeiro.

Este é um motivo a mais para que o plebicito s/ a proibição do comércio de armas de fogo seja feito, mas não vejo o que a situação interna tem a ver com nosso propósito de almejar maior projeção internacional, a Índia com certeza vive situação social pior que a nossa, no entanto também briga para ser mais ouvida no cenário internacional. Se o Brasil ficasse apenas quieto no "seu canto pensando no proprio umbigo" talvés nunca teria sido criado o G20, ficariamos assistindo a Europa e EUA arruinando nossa agricultura com seus subsídios e aceitando essa situação de subserventia histórica em relação a Europa e EUA. Vale lembrar que a cadeira no CS da ONU é um direito adquirido pelo Brasil pelo seu papel na 2º GM e que por motivos políticos foi deixado de lado na criação da ONU e teve até seu papel subvalorizado no pós guerra. Acredito que a posição do Brasil deve estar incomodando muito os países do norte, embora tenhamos hoje ótimas realações com os EUA, sem no entanto deixarmos de expressar nossa opinião, é isso que se espera de um país democratico e isso que estamos fazendo. (embora não goste do presidente Lula).


 Bem olá pessoal eu sou novo neste forum, e quero pedir licença para expor minha opinião. O Brasil primeiro não é um país miseravel e sim com má distribuição de renda, pois temos várias pragas aqui como montanhas de juizes que trabalham um dia na semana e ganham R$20.000,00 por mês, advogados as pencas colcando sempre processos contra a União as vezes por causas inuteis e sempre ganhando muito dinheiro. E uma maquina publica super inchada mas aos poucos estamos revertendo esta situação. Não temos 40 milhões de brasileiros na miséria como foi dito , já foi esse o número para minha vergonha mas hoje se me lembro bem~, pela ultima pesquisa do IBGE são 12milhões e estamos conseguindo diminuir a cada dia isso. Eu posso dizer pois a minha região está se transformando para melhor, como muitas outras do país que eu vi. E ainda posso dizer que o Brasil é um país muito promissor, voltado para a vanguarda tecnologica, berço de vários centros de pesquisa renomados e com vários estudos em andamento. E sei que serei cruxificado mas é o Brasil quem hoje guia os caminho do mundo Lusofono. Amigos visitem o forum do site www.basemilitar.com.br (http://www.basemilitar.com.br) e procurem pelos meus tópico lá, nesse site meu login é leonikiti um grande abraço a todos e até.
Título:
Enviado por: rafafoz em Novembro 30, 2008, 03:39:56 pm
Citação de: "Leonardo Besteiro"
Citação de: "J.Ricardo"
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Pesquisa aponta Brasil como 2º país com mais mortes por armas de fogo
 
da Folha Online

O Brasil ocupa o segundo lugar em um ranking que compara taxas de mortes causadas por armas de fogo de 57 países. A pesquisa, realizada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), aponta que 21,72 brasileiros morrem por armas de fogo a cada 100 mil.

Somente a taxa da Venezuela --30,34 mortes-- foi superior. O Japão foi o país que obteve o melhor resultado, com apenas 0,06 óbito. O levantamento também comparou o número de assassinatos. No Brasil, foram 19,54 a cada 100 mil. Na Venezuela, 22,15; na Argentina, 4,34 crimes.

A comparação foi realizada com base em registros da OMS (Organização Mundial de Saúde) referentes aos anos de 2000 a 2003. No Brasil, o estudo recorreu a dados do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade)/Datasus e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado foi entregue nesta quinta-feira pelo representante da entidade no país, Jorge Werthein, ao presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE). A intenção, segundo Werthein, é sensibilizar o Congresso para agilizar a votação do decreto que prevê a realização de um referendo popular sobre o fim da livre comercialização de armas no país.
Educação

No encontro, Werthein apresentou também os resultados preliminares de um estudo que pretende medir o impacto da violência e das armas de fogo sobre a qualidade do sistema educacional brasileiro.

O levantamento aponta que cerca de 35% dos estudantes entrevistados afirmam ter visto armas dentro da escola, sendo que 12,1% viram revólveres.

Participaram da pesquisa 10.069 estudantes de 113 escolas da rede pública localizadas no Distrito Federal, São Paulo, Salvador, Porto Alegre, Belém e, apenas na parte qualitativa, Rio de Janeiro.

Este é um motivo a mais para que o plebicito s/ a proibição do comércio de armas de fogo seja feito, mas não vejo o que a situação interna tem a ver com nosso propósito de almejar maior projeção internacional, a Índia com certeza vive situação social pior que a nossa, no entanto também briga para ser mais ouvida no cenário internacional. Se o Brasil ficasse apenas quieto no "seu canto pensando no proprio umbigo" talvés nunca teria sido criado o G20, ficariamos assistindo a Europa e EUA arruinando nossa agricultura com seus subsídios e aceitando essa situação de subserventia histórica em relação a Europa e EUA. Vale lembrar que a cadeira no CS da ONU é um direito adquirido pelo Brasil pelo seu papel na 2º GM e que por motivos políticos foi deixado de lado na criação da ONU e teve até seu papel subvalorizado no pós guerra. Acredito que a posição do Brasil deve estar incomodando muito os países do norte, embora tenhamos hoje ótimas realações com os EUA, sem no entanto deixarmos de expressar nossa opinião, é isso que se espera de um país democratico e isso que estamos fazendo. (embora não goste do presidente Lula).

 Bem olá pessoal eu sou novo neste forum, e quero pedir licença para expor minha opinião. O Brasil primeiro não é um país miseravel e sim com má distribuição de renda, pois temos várias pragas aqui como montanhas de juizes que trabalham um dia na semana e ganham R$20.000,00 por mês, advogados as pencas colcando sempre processos contra a União as vezes por causas inuteis e sempre ganhando muito dinheiro. E uma maquina publica super inchada mas aos poucos estamos revertendo esta situação. Não temos 40 milhões de brasileiros na miséria como foi dito , já foi esse o número para minha vergonha mas hoje se me lembro bem~, pela ultima pesquisa do IBGE são 12milhões e estamos conseguindo diminuir a cada dia isso. Eu posso dizer pois a minha região está se transformando para melhor, como muitas outras do país que eu vi. E ainda posso dizer que o Brasil é um país muito promissor, voltado para a vanguarda tecnologica, berço de vários centros de pesquisa renomados e com vários estudos em andamento. E sei que serei cruxificado mas é o Brasil quem hoje guia os caminho do mundo Lusofono. Amigos visitem o forum do site www.basemilitar.com.br (http://www.basemilitar.com.br) e procurem pelos meus tópico lá, nesse site meu login é leonikiti um grande abraço a todos e até.


A questão de advogados de acordo com pesquisas o Brasil possui mais advogados que os EUA, haha é pra caba e eles se aproveitam de falhas na nossa legislação e sempre conseguem uma forma de libertar os verdadeiros bandidos, nossa legislação tem que mudar urgentemente, mas como disseram na matéria esses políticos que nós temos são todos uns FDP que só querem mamar nas tetas do governo.

Bem a expectativa é que a desigualdade diminua com o tempo e as pessoas saiam de lugares de riscos (como favelas, invasões, etc) para lugares melhores (pois elas não estão lá por que querem e sim por não tem condições melhores de possuir moradias melhores) e diminua a pobreza e a violência, se o governo fosse gastar, retirando todas as pessoas de favelas e fizesse casas a todas elas, nem destinando metade do PIB do Brasil conseguiria.

O Melhor é investir em geração de empregos e educação, pelo que observo o próprio governo esta mudando suas diretrizes para esses investimentos (também investindo bastante em infra-estrutura), o que em minha opinião é ótimo, só ta precisando melhorar a educação mesmo, a geração de emprego está melhorando bastante a taxa de desemprego mesmo com a crise continua baixa, e se quer alterou com a crise financeira (resumindo não aumentou nada), o governo esta estimulando a economia interna o que esta bem aquecida ainda, apesar de que a confiança na indústria esta muito baixa, mais isso é o de menos.

Bem em uns 10 anos com certeza ira estar muito melhor, por em quanto ainda muitos olham com dúvida sobre o Brasil, mais isso ira mudar com o tempo.
Título:
Enviado por: rafafoz em Dezembro 09, 2008, 01:31:00 pm
Citar
Brasil ganha 'musculatura' e 'força' para enfrentar crise, diz Mantega sobre PIB

Segundo ministro, Brasil deverá crescer de 5% a 5,5% neste ano.
Para 2009, ele reiterou que há uma meta de crescimento de 4%.


Alexandro Martello Do G1, em Brasília


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira (9) que a economia brasileira, ao registrar um crescimento de 6,8% no terceiro trimestre deste ano, contra o mesmo período do ano passado, e de 6,4% no acumulado até setembro, ganha "musculatura" e "força" para enfrentar a crise financeira internacional - cujo maior impacto acontecerá em 2009.

"Esse crescimento forte que nós tivemos, de 6,8%, nos coloca em condições mais favoráveis para o enfrentamento dessa crise. Ganhamos musculatura e acumulamos força para o período mais difícil que já está acontecendo no mundo e também no Brasil. Entraremos com um desempenho mais forte para enfrentar essa desaceleração que já está acontecendo", avaliou o ministro da Fazenda.

Segundo Mantega, o último trimestre de 2008, porém, não será tão favorável. Ele previu que o PIB cresça de 3% a 3,5%, contra igual período de 2007, já por conta dos efeitos da crise financeira internacional na economia.

"O quarto trimestre não será tão bom. Devemos crescer de 3% a 3,5%. Isso já era esperado. É resultado das dificuldades que essa crise está trazendo para o Brasil", afirmou ele. Para todo ano de 2008, entretanto, estimou um crescimento de 5% a 5,5% - parecido com o de 2007.
Título:
Enviado por: André em Fevereiro 04, 2009, 05:06:36 pm
Política armamentista da Venezuela põe em risco defesa da Amazónia

O politólogo brasileiro Paulo Manduca considerou hoje que "a diplomacia "ad hoc"" e a corrida "armamentista" do Presidente venezuelano, Hugo Chávez, "acende um sinal de alerta nos sectores ligados à defesa da Amazónia".

Numa comunicação apresentada ao X Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais, que hoje começou na Universidade do Minho, o investigador salientou que a política de Hugo Chávez "pode levar à ampliação do cenário de conflito colombiano para outras áreas da região" e classifica o tema como "de suma importância e extremamente delicado".

Paulo Manduca é um dos 1600 investigadores das áreas das ciências sociais e das relações internacionais, oriundos de Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, que participam no congresso.

Apesar do alerta em termos de segurança, o investigador afirmou que a intensificação das relações entre o Brasil e a Venezuela está a possibilitar uma nova dinâmica económica de fronteira, que favorece, sobretudo, as comunidades da região, bem como a superação de problemas antigos como os garimpos ilegais e as invasões em terras indígenas.

O investigador refere que as relações entre os dois países assumiram um carácter estratégico nos últimos anos, nomeadamente no que tem a ver com o processo de integração económica: "a Venezuela significa a possibilidade de se injectar nova dinâmica ao Mercosul e recondicionar o processo de integração no subcontinente", sublinhou.

O tema da Amazónia foi também abordado pelo politólogo brasileiro José Cauby Soares Monteiro, para quem o Tratado de Cooperação Amazónica de 1978, renovado em 1995 e reestruturado em 2002, sob o nome de Organização do Tratado de Cooperação Amazónica (OTCA) tem, 30 anos depois, "resultados escassos".

No estudo que apresenta ao Congresso, o investigador lembrou "o novo papel internacional da Venezuela na América do Sul e o seu ingresso provável no Mercosul, a permanência da questão colombiana e a retomada das preocupações ambientais nas relações internacionais".

Nesse sentido, defendeu que deve haver uma actuação concertada em relação à Amazónia, dado que "meio ambiente, segurança e desenvolvimento ainda são temas desconexos".

Lusa
Título: Obama: I love this guy
Enviado por: shandowlord em Abril 02, 2009, 07:48:13 pm
Video
http://news.bbc.co.uk/2/hi/7978816.stm

02/04/09 - 11h53 - Atualizado em 02/04/09 - 14h12

Lula 'é o cara', diz Obama durante reunião do G20, em Londres

Presidentes se encontraram durante almoço de líderes.
Para Obama, Lula é o 'político mais popular do mundo'.

Do G1, com informações da Globo News

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou um elogio do presidente dos EUA, Barack Obama, nesta quinta-feira (2). Ao encontrar o presidente brasileiro durante almoço que fez parte da reunião de líderes do G20 (grupo de países desenvolvidos e em desenvolvimento), em Londres, na Inglaterra, Obama afirmou que Lula "é o cara" e que o presidente brasileiro é o "político mais popular do mundo".

 "É porque ele é boa pinta", frisou o presidente norte-americano, ao lado do secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner. Os elogios de Obama foram traduzidos para Lula pelo o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
 
Lula tem uma agenda cheia nesta quinta-feira. O presidente vai se encontrar depois do encontro do G20 com o colega chinês, Hu Jintao. Os dois devem conversar, entre outros asusntos, sobre a possibilidade da criação de uma moeda internacional sem ligação com qualquer país para substituir o dólar. Depois, Lula concede uma entrevista à rede britânica "BBC".

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,M ... 02,00.html (http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1070106-5602,00.html)[/url]
Título:
Enviado por: André em Abril 03, 2009, 01:01:19 am
Lula da Silva quer entrar para a História como o primeiro presidente do Brasil a emprestar dinheiro ao FMI


O presidente Lula da Silva afirmou hoje, na embaixada do Brasil em Londres, que gostaria de entrar para a história como o primeiro chefe de Estado brasileiro a emprestar dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Você não acha chique o Brasil emprestar dinheiro para o FMI?", referiu o presidente brasileiro, citado pelas páginas electrónicas dos principais jornais do Brasil, lembrando que passou parte da sua juventude a protestar contra o FMI no centro de São Paulo.

Apesar da decisão de se tornar credor no FMI, o Brasil ainda não definiu valores desta participação, o que deverá ser anunciado nos próximos dias, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O governo brasileiro já havia avançado que não estaria disposto a comprometer as suas reservas internacionais.

Na conferência de imprensa onde fez a sua avaliação sobre a reunião do G20, Lula da Silva destacou ainda que esta foi a primeira cimeira da qual participou em que houve "igualdade de condições" entre países desenvolvidos e emergentes.

Para Lula, isto acontece porque "ninguém tem a certeza absoluta de anos atrás".

"Ninguém chegou sabendo tudo, como se os outros não soubessem nada", acrescentou.

No comunicado final do G20, os líderes dos países mais ricos e dos emergentes anunciaram a adopção de um plano que deverá injectar cinco biliões de dólares (3,7 biliões de euros) na economia mundial até ao final de 2010.

Este plano inclui o reforço de um bilião de dólares (743 mil milhões de euros) destinados ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial e mais 250 mil milhões de dólares para apoio ao financiamento do comércio mundial.

Foi acertado ainda um controlo maior do mercado financeiro internacional e destacada a necessidade de fazer avançar a Ronda de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), além de ser divulgada uma lista dos paraísos fiscais como forma de desencorajar a evasão fiscal.

Segundo os líderes do G20, está a emergir uma nova ordem mundial e uma nova era de cooperação internacional.

Lusa
Título: Haiti
Enviado por: shandowlord em Janeiro 23, 2010, 05:19:28 am
Citar
Marinha pretende enviar navio e quatro helicópteros para o Haiti    
Escrito por Felipe Salles  
Sáb, 23 de Janeiro de 2010 01:09

 [O NDCC Almirante Saboia] [Helibras Esquilo do Esquadrão HU-1 da MB] [Helibras Super Puma do Esquadrão HU-2 da MB]

ALIDE apurou hoje que a Marinha do Brasil enviará um de seus navios para se juntar à frota de navios internacionais que apóia os esforços de assistência ao país caribenho vitimado por terremoto. O NDCC Almirante Saboia (G-25) deixará a Base Naval do Rio de Janeiro “o quanto antes”, levando além de equipamentos pesados para a tarefa de reconstrução do Haiti, dois helicópteros nos seus dois convôos. Irão neste navio um Esquilo (do Esquadrão HU-1) e um Super Puma (do HU-2), além de mais de 30 militares dos dois esquadrões para compor o seu Destacamento Aéreo Embarcado (DAE). O navio deixa o Brasil sem ter uma data certa para seu retorno, mas os esquadrões envolvidos estão levando suprimentos, peças de reposição e pessoal especializado para permitir pelo menos 60 dias de operações longe da Base Aeronaval de São Pedro d`Aldeia. Se a duração desta missão se alongar para além deste prazo, mais material de reposição e pessoal terá que ser enviado para o Caribe. Entre o pessoal de manutenção que irá no navio, estarão técnicos treinados na realização de inspeções regulares mais profundas que, normalmente, só são realizadas em terra e que ocorrerão embarcadas pela primeira vez.

Em paralelo, outro par de Esquilo e Super Puma será embarcado no porta aviões italiano Cavour que passará por Fortaleza entre os dias 27 e 28 próximos. O Cavour embarcará também um time de médicos e enfermeiros da Marinha para realizar cirurgias e atendimentos médicos mais complexos nos haitianos vitimados pela tragédia.   Os helicópteros brasileiros só devem chegar a bordo quando o navio italiano já estiver saindo, a umas 10/15 milhas náuticas do porto cearense.

http://www.alide.com.br/joomla/index.php/component/content/article/75-extra/1028-marinha-pretende-enviar-quatro-helicopteros-para-o-haiti
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: |FIT|_Benny em Setembro 05, 2010, 01:48:32 pm
Pessoal,
Sou novo aqui, achei esse fórum bem legal, e quero participar.
Esse tópico é de 2005, mas o acho bem pertinente e atual.
O que acham?
O que mudou nesse período?
Ou o Brasil continua estagnado?
Abraços.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 05, 2010, 09:09:04 pm
Você como Brasileiro pode dizer melhor do que nós Portugueses, mas pelo que ouvimos todos os dias na Tv, presumo que não (muito pelo contrário).
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: |FIT|_Benny em Setembro 05, 2010, 10:18:16 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Você como Brasileiro pode dizer melhor do que nós Portugueses, mas pelo que ouvimos todos os dias na Tv, presumo que não (muito pelo contrário).
Cabeça,
O tópico diz "...Brasil: Potência, mas sem influência..." Creio que nesse sentido, pouco se fala do Brasil pela TV a respeito.
Por outro lado, creio que avançamos muito nas relações Geo-Políticas.
Basta analisar a relevante consideração e o amplo respeito que o presidente Lula tem na comunidade internacional.
Não quero entrar no mérito se o mesmo é muito politico ou não (no amplo sentido da palavra) o fato é, que por o Brasil ser um país neutro, tem adquirido amplo respeito e confiança da comunidade internacional. E temos tido carta branca da ONU em algumas missões internacionais, fato jamais percebido em outros tempos.
O Brasil tem apenas 20 anos de democracia, e por esse tempo, podemos assim considerá-lo como uma criança, que evoluiu muito, fato não percebido em outros países com tão pouco tempo de democracia.
Como esse tópico é voltado para a área ibélica e não econômica, posso-lhe informar que SIM, o Brasil vem galgando um espaço entre as grandes potências em relação a intervenções e acordos internacionais, veja bem, eu disse vem galgando, não quer dizer que está conseguindo, mas tem tido relevantes avanços nesse projeto.
Na América do Sul, alinhado a ausência de interesses e projetos dos EUA, quando perdemos muito a influência do mesmo, (o que não faz falta, diga-se de passagem) o que por um momento deu-se a sensação de estarmos a deriva, aí surgiu Hugo Chavez, querendo fazer acordos militares com Equador e Colômbia, mas por implicância com os EUA do que qualquer outro interesse, o mesmo vem se armando até os dentes com equipamentos Russos, porém não tem o respeito da comunidade sulamericana.
Por outro lado, o Brasil vem despontando como a grande potência regional, não só econômicamente ( O que já somos de longe), mas também militarmente. Tem se equipado e melhorado suas forças armadas, que estavam há 20 anos sem nenhum ajuste considerável, e tem conquistado o respeito de todos, inclusive do conhecido "louco" Hugo Chavez.
Então, embora não tenhamos uma forte influência militar, por questões de interesses, economicamente, somos o maior influenciador na região, e podemos assim dizer ponto focal do mundo. Na minha opinião, o Brasil já deveria se pôr na condição de potência na região há muito tempo, não somente por sua dimensão territorial, mas pela sua posição geografica privilegiada no mundo, mas que por conflitos políticos e econômicos, isso não foi possível, mas estamos no caminho.
Pouco tempo atrás, o ministro das relações exteriores, Celso Amorim disse: "... O Brasil não tem pretensões de ser uma potêncial mundial, queremos apenas ter o respeito e nossa devida colocação no cenário internacional..." O que eu concordo plenamente com o mesmo.
Abraços

 :D
Título: Re:
Enviado por: |FIT|_Benny em Setembro 06, 2010, 11:51:26 am
Citação de: "G.B.Schmitt"
O National Intelligence Council não entende muito de Brasil. Em 2020, se tudo continuar como está, o país será uma nação comunista; não apenas nós, mas, creio, que a maior parte da América do Sul.
Esse pessoal deveria ler algumas atas do Foro de São Paulo.
Olha,
Olhando para Cuba, acho muito difícil que o Brasil, que é o que é devido ao capitalismo, passar a adotar o comunismo.
Isso deve ser mesmo uma piada.
 :)
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: João Vaz em Setembro 17, 2010, 11:55:51 am
Curioso que haja sempre reacções negativas à inegável potência em que se tornou o Brasil.

Na História do Mundo ocidental, àparte os óbvios E.U.A., onde é que outra nação conseguiu o mesmo em menos de 200 anos de existência autónoma?

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fstatic.blogstorage.hi-pi.com%2Fphotos%2Fturma.spaceblog.com.br%2Fimages%2Fmn%2F1255559853%2Fbandeira-do-brasil-imperio.jpg&hash=3f1f47632f0cd08723ab01f69163095b)
 
Já agora, e a propósito da proximidade dos 200 anos da Independência do Brasil...
 
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fupload.wikimedia.org%2Fwikipedia%2Fcommons%2Fthumb%2F7%2F7d%2FDescobrimentos_e_explora%25C3%25A7%25C3%25B5es_portuguesesV2.png%2F800px-Descobrimentos_e_explora%25C3%25A7%25C3%25B5es_portuguesesV2.png&hash=b7e5127c2072f1aa9df3ed61ae388408)
 
O peso estratégico do Brasil não parou de aumentar, desde essa imensa mancha verde reclamada em 1500 indicada no mapa.
 
Na verdade, tinha tudo para dar errado: vastidões imensas e quase impenetráveis, adversários em abundância, a distância até à metrópole.
 
A aposta da Coroa portuguesa no desenvolvimento do Atlântico Sul a partir do final de Quinhentos (a presença no Norte de África foi substancialmente reduzida e a Índia perdeu importância) mostrou-se plenamente justificada.
 
Todo o esforço colonizador, as estruturas defensivas, expansão territorial, missionação e exploração até ao início do séc. XIX foi empreendido por portugueses. Portugueses esses que se tornaram nos primeiros brasileiros modernos. O caldo de mestiçagem indígena, caucasiana e africana providenciou, à maneira portuguesa, uma base de crescimento robusta e ampla. Só após a abolição da escravatura, a demografia sofreu alterações significativas: italianos, polacos, alemães no final de Oitocentos, seguidos por judeus, árabes e japoneses já no séc. XX.
 
Em menos de dois séculos, o Brasil autonomizou-se, cresceu, modernizou-se e vingou. A herança portuguesa ainda sobrevive hoje forte no Rio de Janeiro, enquanto o brasileiro moderno e cosmopolita reside em São Paulo. O Brasil do séc. XXI permanece, de longe, a maior e mais original criação dos portugueses, desde o "achamento" de Cabral até à independência de D. Pedro I. Ao longo de 500 anos, acolheu vagas sucessivas de imigrantes e gerações de vultos da vida política e intelectual lusa, incluindo a própria Corte real, dissidentes políticos e militares do Estado Novo. Os necessários laços formais e as naturais ligações informais desde 1820 entre Portugal e o Brasil produziram uma vivência muito particular acompanhando e participando na evolução em que o "País de Futuro" de 1942 se transformou na prinipal potência regional económica e militar na América Latina, a par do México que celebra hoje o seu próprio bicentenário.
 
Criámos um colosso, demos-lhe nome, protegemo-lo. Ganhou vida própria, amadureceu e recomenda-se. A aposta deve continuar.
 
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F3.bp.blogspot.com%2F_0cdIKrBHs94%2FSqR_iqbeAEI%2FAAAAAAAAEBg%2FOFbMv6KMjcA%2Fs400%2FMapa_Brasil_na_AS-Politico.gif&hash=88e2ea6bd5ff0dc55e3879ea4942d231)
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 17, 2010, 12:03:06 pm
Certo, mas de chega-se ao Oceano pacifico ficava ainda melhor... :twisted:
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: |FIT|_Benny em Setembro 17, 2010, 04:19:56 pm
Citação de: "João Vaz"
Curioso que haja sempre reacções negativas à inegável potência em que se tornou o Brasil.
Na História do Mundo ocidental, àparte os óbvios E.U.A., onde é que outra nação conseguiu o mesmo em menos de 200 anos de existência autónoma?

Boas João !
Todos nós sabemos como foram dadas as colonizações tanto nos EUA quanto no Brasil.
Além desse fator importante, após a II Guerra mundial, com a Europa devastada, os EUA saíram-se por cima, financiando tudo na Europa, "apoderando-se" de Alemanha e Japão,(Até pouco tempo atrás como 2ª e 3ª potências mundial e econômicas), o que os deixou na condição de credor durante décadas.
Hoje o Brasil passou da condição de devedor ao FMI, para a condição de Credor. Hoje não temos mais a dívida, ou seja, as nossas reservas, sobresaem a dívida externa.
Outro fator importante, é que o Brasil pós-ditadura tem apenas 20 anos de democracia, o que é bastante relavante frente sua ascendência.
Hoje, o  Brasil é a maior economia da AS, e o país mais rico da américa Latina. A Desigualdade social é muito grande a exemplo da China (Atual 2ª economia do mundo).
Por sermos um país neutro, hoje temos grande influência na América do Sul, e em alguns países do hemisfério sul, o que é muito bom. Hoje já debatemos de igual para igual com os grandes na OMC sem constrangimentos e nem medo. Hoje, países do Oriente médio já olham para o Brasil como um país conciliador capaz de tratar de assuntos de negociações de paz. Temos uma juiza na corte internacional: A brasileira Sylvia Helena de Figueiredo Steiner já foi empossada, junto com outros 17 juízes, no corpo de magistrados do TPI, na cidade holandesa de Haia. Ela foi eleita em 4 de fevereiro de 2003, para um mandato de nove anos. E agora faz parte do seleto grupo de juristas nacionais que são juízes em tribunais globais, como Francisco Resek na CIJ (Haia) e Marotta Rangel no Tribunal Marítimo Internacional (Hamburgo)..."
 Além disso, o BRIC, objeto de estudos dos especialistas em Geopolíticas e políticas/relações internacionais representará  75% da economia mundial em 2040/2050.
É guardar para vermos, O Império Norte-Americano não vai cair, mas vai crescer menos, ao pontos das economias emergentes ultrapassá-lo, e o mesmo vai perder muito poder de influência.
Até mais.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 17, 2010, 04:40:15 pm
Mais importante que ter uma juiza em Haia é ter um Ministro da Defesa que vem à Europa e diz que a OTAN não se deve meter na América do Sul...isso sim é de homem! :G-beer2:
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: |FIT|_Benny em Setembro 17, 2010, 04:51:30 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Mais importante que ter uma juiza em Haia é ter um Ministro da Defesa que vem à Europa e diz que a OTAN não se deve meter na América do Sul...isso sim é de homem! :snipersmile:
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 17, 2010, 04:54:53 pm
Citação de: "|FIT|_Benny"
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Mais importante que ter uma juiza em Haia é ter um Ministro da Defesa que vem à Europa e diz que a OTAN não se deve meter na América do Sul...isso sim é de homem! :snipersmile:

A OTAN é uma consequência directa da Guerra Fria, é tão simples quanto isso. O Brasil se fosse esperto mandava os cucarachas darem uma volta que o que eles querem do Brasil é dinheiro e mais nada. Vê a Bolovia, o Uruguai, etc.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Daniel em Setembro 17, 2010, 07:08:14 pm
|FIT|_Benny
Citar
Outro fator importante, é que o Brasil pós-ditadura tem apenas 20 anos de democracia
Gostava de saber um pouco mais acerca dessa ditadura. c34x
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: |FIT|_Benny em Setembro 18, 2010, 12:47:37 pm
Citação de: "Daniel"
|FIT|_Benny
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Outro fator importante, é que o Brasil pós-ditadura tem apenas 20 anos de democracia
Gostava de saber um pouco mais acerca dessa ditadura. c34x
Daniel,
Achei dois sítios bons que falam a respeito.:
1 - http://www.culturabrasil.pro.br/ditadura.htm (http://www.culturabrasil.pro.br/ditadura.htm)
2 - http://www.suapesquisa.com/ditadura/ (http://www.suapesquisa.com/ditadura/)
Valeu
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Daniel em Setembro 19, 2010, 11:59:11 am
|FIT|_Benny
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Daniel,
Achei dois sítios bons que falam a respeito.:
1 - http://www.culturabrasil.pro.br/ditadura.htm (http://www.culturabrasil.pro.br/ditadura.htm)
2 - http://www.suapesquisa.com/ditadura/ (http://www.suapesquisa.com/ditadura/)
Valeu

Ok obrigada vou dar uma leitura. c34x
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Snowmeow em Setembro 20, 2010, 01:09:40 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Certo, mas se chegasse ao Oceano pacifico ficava ainda melhor... :twisted:
Nesse caso, um acordo com o Peru seria o melhor que poderia acontecer ao Brasil. Algo como a compra do Acre da Bolívia. Tipo... Em troca da área que compreende à confluência dos rios Juruá e Solimões, solicitarmos a parte do Peru que faz fronteira com o Chile e a Bolívia. Aí sim, o Brasil teria, além do acesso ao Pacífico, uma fronteira com o Chile, o que ampliariam as possibilidades de negócios. Em acréscimo, a Região Norte (Em especial o Acre) receberia mais desenvolvimento, por estar no "Caminho para o Pacífico". E o Peru não perderia extensão territorial, uma vez que seria uma "troca de terras".

Tal acordo poderia ser, inclusive, intermediado pelas colônias japonesas de ambos países.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg442.imageshack.us%2Fimg442%2F1129%2Fmapabrasilpacifico.png&hash=69cc2115413b0ac25918ccc3ddb41646)
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: João Vaz em Setembro 21, 2010, 05:52:08 pm
Só há um detalhe que me chateia.

Como é possível que uma potência desta envergadura não tenha nada parecido com uma transportadora aérea nacional para vôos intercontinentais?  :?  À conta desta falência, os vôos das transportadoras europeias andam sempre a rebentar pelas costuras e as tarifas não baixam. Aqui fica o meu protesto, ó gente  c34x
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Daniel em Setembro 21, 2010, 08:15:06 pm
João Vaz
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Como é possível que uma potência desta envergadura não tenha nada parecido com uma transportadora aérea nacional para vôos intercontinentais?

Grande verdade caro Vaz, nessa matéria nota 0 para o Brasil, pois não tem uma transportador aérea nacional em condições para vôos intercontinentais, a não ser alguns vôos operados pela companhia TAM, mas deixa muito aquém do exigido dum país como Brasil, quem perde com isso é o próprio Brasil, a TAP fica contente. c34x
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Snowmeow em Setembro 22, 2010, 09:50:13 pm
Não foi a TAP que havia-se cogitado uma fusão com a TAM, e o processo foi barrado?

Agora, a maior companhia aérea do Brasil está nas mãos dos chilenos.

Comemorem, iberistas. ¬¬
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: reij em Setembro 23, 2010, 04:56:23 pm
com relação a alcançar o oceano pacífico!
sem problemas o brasil ta construindo duas rodovia chamada chamadas interoceanicas que saem do brasil e vão até uma cidade portuaria no peru é tanto que os estado peruanos ja estão começando a ministrar aulas de português nessas regiões do peru visando os investimentos que serão feitos nessa região algo em torno de 5.000.000.000 de dolares ta realmente fantastica essa história

http://www.noticiasarequipa.com/new/obl ... -portugues (http://www.noticiasarequipa.com/new/obligaran-a-escolares-a-estudiar-portugues)
AREQUIPA 17 DE SETIEMBRE.-CERCADO. Más de 350 mil escolares de la región Arequipa deberán aprender el idioma portugués en su centro educativo como una forma de prepararse ante la presencia de empresarios brasileños que llegarán con la inauguración de la carretera Interoceánica.
El jefe de gestión institucional de la Ugel Norte, Julio César Delgado Gaona, sostuvo que para hacer realidad este proyecto se espera que en el año 2011 el presidente regional de Arequipa apruebe la resolución que permita enseñar el portugués.

"Dentro de 5 años Arequipa contará con 5 mil millones de soles en inversiones brasileñas gracias a la carretera Interoceánica, que permitirá un intercambio comercial fluido entre ambos países", señaló el funcionario, indicando además que empezarán a recibir clases de portugués a partir del mes de marzo del 2011.

Julio Delgado precisó que el presidente Lula dispuso, desde el año pasado, que en los colegios brasileños enseñen el idioma castellano.

El anuncio lo realizó en el seminario "Visión Educativa al 2021: Oportunidades de Desarrollo en la Región Arequipa", que se realizó ayer en el auditorio del colegio Santa Rosa de Viterbo de Antiquilla, donde participaron el cónsul honorario de Brasil en Arequipa, José Miguel Rivas Vizcarra; el ex gerente de educación, Ángel Manrique Linares, entre otros.

"Ante la llegada de la Interoceánica aperturaremos la primera oficina del consulado en Arequipa", anunció José Rivas.

TECNOLOGÍA. El director de la Ugel Norte, Roque Márquez Álvarez, señaló que otra de las alternativas para prepararse ante la llegada de los brasileños, es estudiando carreras técnicas como el manejo de maquinaria pesada y gastronomía.

"El proyecto Tía María, Majes Siguas II y la Interoceánica van a requerir de profesionales muy capacitados y un capital humano tecnificado", refirió la autoridad educativa.

Explicó que todas estas propuestas tienen que materializarse con la modificación en el diseño curricular, vale decir, enseñando en las instituciones educativas de primaria y secundaria.
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Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: reij em Setembro 23, 2010, 04:59:08 pm
fica só uma duvida em forma de piada

"será que depois que eles aprenderem português irão querer continuar sendo peruanos, ou vão pular pro outro lado da fronteira" :lol:
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Snowmeow em Setembro 23, 2010, 09:40:51 pm
Citação de: "reij"
Fica só uma duvida em forma de piada:

"Será que depois que eles aprenderem português irão querer continuar sendo peruanos, ou vão pular pro outro lado da fronteira?" :mrgreen:
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: reij em Setembro 25, 2010, 04:38:25 pm
você não tem ideia da quantidade de dinheiro que rola nessa região, as pessoas pensam que não mais na verdade toda a região norte o fluxo de dinheiro é muito grande, talvez não se declare ao fisco e tals mais que rola muito dinheiro com certeza, rola,

as pessoas tendem a pensar que é ao contrário mais só quem ja andou ou trabalhou por lá pra saber que é diferente, regiões como pará, mt, ms, rondonia são riquíssimas
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: P44 em Setembro 25, 2010, 04:45:54 pm
artigo publicado no jornal chileno La Tercera.

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Un relámpago en la oscuridad: del ABC al A(P)C
Sep. 15 , 2010

En la oscuridad nuestra vista se adapta y solo podemos percibir con cierta certeza el entorno inmediato, lo que está fuera de ese limitado espacio desaparece y deja de suscitar nuestro interés. Si un súbito relámpago ilumina la escena, durante un instante podremos ver con claridad las presencias y actividades más lejanas que nos afectan y de las cuales no habíamos tomado nota.

El 29 de agosto, el canciller de Brasil, Celso Amorim, nos notificó, - con suavidad pero sin dejar lugar a dudas -, que su país era parte clave del nuevo mapa mundial: “es innegable el peso cada vez mayor que hoy tenemos … en la discusión de los principales temas de la agenda internacional, desde el cambio climático al comercio, desde las finanzas a la paz y seguridad”.

Lo malo es que esto sucedió en el marco de la cancelación de la central termoeléctrica de Barrancones y la puesta en duda de la continuación de la central Castilla, perteneciente a bien relacionados intereses privados brasileños. No se necesita ser muy susceptibles para conectar una cosa con la otra.


Ya en febrero la embajada de Brasil había salido al paso de las críticas al lobby gubernamental a favor del empresario Eike Batista manifestando que “no es costumbre de la diplomacia brasileña hacer gestiones específicas a favor de un proyecto”. El vocero de la embajada planteó que "me extrañaría mucho que hubiera una gestión directa por parte del ministro Amorim con relación a este tema". Y es que según el diplomático, el gobierno brasileño no apoya a las empresas de ese país en gestiones de este tipo.

Sería muy bueno que fuera así, pero los antecedentes señalan lo contrario.

Por ejemplo, los reclamos por la toma de tierras pertenecientes a empresarios brasileños en Paraguay fueron acompañados de maniobras militares cariocas en la frontera entre ambos países; y en Chile, el Ministro Amorim si hizo lobby por la empresa, como consta en la abundante información periodística nacional. Además es sabido que el señor Batista arrastra una larga historia de relación con el poder.


Hay quienes suponen una amistad especial de Brasil hacia Chile. Seamos adultos, no existe tal amistad, entre países cuentan los intereses.

Mientras Argentina le dio la pelea a Brasil por la supremacía regional Chile fue un elemento en la estrategia carioca; las cosas cambiaron por completo cuando nuestro vecino se dio por vencido y abandonó su pretensión.
Ya desde la crisis con Argentina en 1978, pudimos ver como el comportamiento de Brasil fue acorde única y exclusivamente hacia la promoción de sus intereses nacionales, sin mostrar ninguna simpatía especial por nuestro país, sino destacando ante Argentina que podía confiar en él para entregarse en sus brazos sin temor.

No hay reclamos, no podría haberlos, se trata de un comportamiento tal y como debe ser en la arena internacional. Por algo de la llama “arena”.

Más allá de la innegable simpatía del hombre, de sus abrazos con mejilla y su emocionalidad a flor de piel, el comportamiento de Lula ha sido frio y calculador: Su amistad con los Castro lo llevó a calificar a los opositores a la dictadura cubana como “bandidos”, se arrimó a Ahmadinejad de Irán y le dio espacio en el ámbito internacional cuando los derechos humanos de sus compatriotas era seriamente conculcados. Se refirió al comandante – presidente Chávez como “el mejor presidente de Venezuela en un siglo” y no chistó cuando éste suprimió de la prensa opositora, reprimió en forma violenta las manifestaciones estudiantiles o cuando desconociendo los resultados de las urnas, despojó de sus oficinas y recursos al alcalde de Caracas.

En cada caso Lula privilegió los intereses de Brasil – según él los entiende – por sobre otros valores y principios.

Brasil es para Chile, y lo será más en el futuro, un socio comercial de gran interés, una presencia inevitable y un factor de poder ineludible, con el cual es imprescindible mantener las mejores relaciones posibles, pero sin confundirse, no hay amor de por medio, solo intereses circunstanciales.

Está en nuestro interés que desde ahora mismo Brasil entienda que ya no hay espacio en el mundo ni menos en la región para prácticas que fueron comunes durante los siglos XIX y XX, y que no bastan los abrazos y las buenas maneras para tratar de imponer prácticas que no hemos aceptado a gobiernos de países mucho más fuertes que Brasil.


Si alguien espera que la posible condición de potencia emergente transforme a Brasil en el campeón de los pobres, desvalidos y oprimidos de Sudamérica, está en un error. Se convertirá, se está convirtiendo, en el campeón de los intereses de Brasil y sería absurdo esperar otra cosa.


Este relámpago nos mostró un ABC (Argentina; Brasil y Chile) muerto y un desafío de futuro: el A-C (Argentina y Chile), ampliable a Perú cuando se decida a mirar hacia adelante y no hacia atrás.

Por nuestra propia tranquilidad, es necesario comenzar a pensar en serio y a largo plazo. El mundo no se queda quieto.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: reij em Setembro 29, 2010, 01:24:59 pm
essa desconfiança sempre vai existirr, temos a barreira do idioma que nós entendemos tudo que eles falam e eles são muito não sei se a palavra seria indolentes mais penso que eles tem preguiça de aprender português, tem a questão que todos os paises da america do sul pra pegar financiamento do BNDES tem que ou contratar uma empresa brasileira ou tem que associar-se com uma empresa brasileira, eles desconfiam muito de nós não os critico, o que eles não entendem é que não tem escapatória essa região toda e parte da africa será nossa zona de interesse e nada que eles façam vai mudar isso, eles tem que aprender a conviver com isso pois so pra exemplo as maiores empresas da argentina tirando (tecint) acho que é assim que se escreve o resto pertençe a brasileiros, loma negra(cimentos), frigorificos, a cerveja nacional deles(quilmes), a distribuição de petróles(petrobras argentina), os curtumes, agora vão investir numa mina de fosfato se não me engano que é uma das mairores reservas do mundo, as maiores empresas os maiores empregadores, empresas até mesmo extratégicas argentinas estão nas mãos do grupos brasileiros,é tanta coisa que não da pra fica tentando lembrar então em certo ponto eles tem razão de desconfiar agora tem aquela coisa, "relaxa e go..." :lol:  porque não tem muito o que eles possam fazer!!!
Título: "Potência, mas sem influência"?
Enviado por: Snowmeow em Setembro 29, 2010, 02:55:03 pm
Citação de: "reij"
...Só pra exemplo as maiores empresas da argentina tirando (tecint) acho que é assim que se escreve o resto pertençe a brasileiros, loma negra(cimentos), frigorificos, a cerveja nacional deles(quilmes), a distribuição de petróles(petrobras argentina), os curtumes, agora vão investir numa mina de fosfato se não me engano que é uma das maiores reservas do mundo, as maiores empresas os maiores empregadores, empresas até mesmo estratégicas argentinas estão nas mãos do grupos brasileiros...

E o Brasil está beliscando os EUA, também. A Burger King e a Budweiser, duas tradicionalíssimas marcas americanas, já estão sob comando verde-amarelo. Isso sem falar de outras aquisições menos "holofoteadas"...

"Potência, mas sem influência"? Em quatro anos o panorama mudou bastante, e a tendência é intensificar. Já estamos fabricando uma turbina aeronáutica (Argentina também, mas a deles é menor XD), temos planos para uma fábrica de semicondutores (Chips, e no futuro, processadores), a influência está crescendo, o "G20" já é mais considerado que o antigo "G8" (G7 + Rússia), o mundo está mais multipolar, e a década que está vindo agora será a prova de fogo que consolidará o Brasil entre os major players mundiais.

Se não fosse por D. João VI e a Corte Portuguesa, o Brasil seria um amontoado de repúblicas independentes, adversárias e miseráveis.
Um brinde a Portugal. O Brasil deve muito a vocês. :G-beer2:
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: J.Ricardo em Outubro 01, 2010, 06:22:00 pm
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Para 'Economist', ambição global do Brasil ajuda a 'modernizar' Exército Revista relata mudanças nas Forças Armadas do país devido a sua participação em missões internacionais de paz.

DefesaNet

Brazil and peacekeeping- Policy, not altruism - How global ambitions are helping to modernise the army
http://www.defesanet.com.br/ph1/economist.htm

A revista britânica The Economist traz uma reportagem na sua edição desta sexta-feira sobre como as aspirações do Brasil em crescer no cenário político mundial ajudaram o país a modernizar o seu Exército.
Segundo a revista, as missões de paz se tornaram um componente importante na política externa de Luiz Inácio Lula da Silva, como parte de uma estratégia para alavancar o status do país no cenário mundial.
A decisão, em 2004, de liderar as operações de paz no Haiti, enviando 13 mil homens ao país, teria sido parte dessa estratégia. A revista cita ainda outra medida mais recente: o anúncio feito no mês passado de que o Brasil assumirá o comando naval da missão da ONU no Líbano.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.defesanet.com.br%2Fyy%2Feb%2Feconomist_sept2010.jpg&hash=8e702a8abebaa79033ffb9e2e90ddbbf) Foto do artigo da
The Economist

A The Economist, porém, não entra no mérito do Brasil estar ou não conseguindo galgar posições na política global. Em vez disso, concentra-se em mostrar como esse esforço vem gerando melhorias para o próprio Exército.
Entre elas, estaria uma mudança de atitude entre os militares. Entrevistado pela revista, o cientista político da Universidade Cândido Mendes Clóvis Brigagão, diz que enquanto "a geração antiga (das Forças Armadas) se preocupava mais com guerras e segurança", uma "próxima geração" estará apresentando "novas ideias sobre prevenção de conflitos, governança e Estado de direito".
Como exemplo dessa modernização, a matéria cita o fato de que as operações abriram espaço para a criação do Centro de Instrução de Operações de Paz, uma escola sobre missões de paz localizada próxima ao Rio de Janeiro que permite uma maior integração entre militares e policiais que atuam em favelas.
Segundo a Economist, as Forças Armadas são "balcanizadas", com cada Arma "agindo autonomamente". Mas há sinais de que isso também pode estar mudando, diz a revista, como a recente nomeação do primeiro chefe do Estados Maior Conjunto das Forças Armadas e a colaboração conjunta em mecanismos como o Centro de Instrução de Operações de Paz (CI Op Paz), criado em 2007 para treinar militares em missões de paz no Haiti.
A The Economist acredita ser "improvável" que o próximo presidente seja tão ativo na política externa quanto Lula. "Nas missões de paz, assim como em outras questões, as ambições globais do Brasil tendem a dar dois passos para frente e um para trás."

fonte: http://www.defesanet.com.br/ph1/economist_1.htm
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: J.Ricardo em Outubro 06, 2010, 01:13:44 pm
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06/10/2010 - 07h45
Brasil deve ter presença militar no Oriente Médio

 DE SÃO PAULO

O Brasil deverá ter uma presença militar no Oriente Médio, seguindo a estratégia do governo Lula de tornar o país um ator relevante na conturbada região. A informação é da reportagem do editor de Mundo Fábio Zanini e de Luis Kawaguti publicada na edição desta quarta-feira da Folha (íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL).

O governo está em conversas avançadas para integrar o comando da Unifil, a missão de paz das Nações Unidas no sul do Líbano. As tratativas começaram no primeiro semestre. Segundo o DPKO (Departamento de Operações de Paz da ONU), a negociação está em "finalização de detalhes", mas não há prazo para sua conclusão.

A presença teria diversas etapas. A primeira, em estado mais adiantado, é assumir o comando da força naval da Unifil, atualmente a cargo dos italianos.

Segundo um diplomata que acompanha a negociação, esse convite já foi "pré-aceito", mas é preciso que o acordo passe pelo Congresso Nacional.

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/8104 ... edio.shtml (http://www1.folha.uol.com.br/mundo/810487-brasil-deve-ter-presenca-militar-no-oriente-medio.shtml)
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 06, 2010, 01:52:52 pm
E depois Portugal...é a invasão!!! :lol:

Sente-se no ar que o Brasil está a aumentar em todos os sentidos.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: P44 em Outubro 07, 2010, 09:06:57 am
Citação de: "Cabeça de Martelo"
E depois Portugal...é a invasão!!! :lol:

Sente-se no ar que o Brasil está a aumentar em todos os sentidos.


desde que tragam o Lula para nos governar...
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: papatango em Outubro 07, 2010, 04:41:29 pm
O Lula para governar em Portugal seria pior que o Socrates

O Lula tem sucesso num país com um crescimento económico considerável, resultado da aplicação de leis laborais liberais.
O crescimento dos grandes grupos economicos  e a exportação de matérias primas, apoiam um superavit comercial considerável.

Lula não faz mais nada que distribuir esse superavit.

Há um velho provérbio chinês que diz:
Se um esfomeado te pedir um peixe, ensina-o a pescar.

O que Lula está a fazer, é dar peixe ao esfomeado. O esfomeado comeu o peixe sentiu-se bem e em agradecimento vota no Lula.

Mas não aprendeu a pescar
No dia em que a situação economica não for sustentada. Em que o Brasil não conseguir vender os seus produtos na Europa e nos Estados Unidos e quando as empresas tiverem problemas, então o Lula ou os seus sucessores vão ter problemas.

A primeira coisa que vão fazer, é começar numa espiral de desvalorização da moeda para aguentar o sistema.
Depois, o problema acabará vindo ao de cima, como vem sempre.

O mais incrivel, é que está a acontecer o mesmo que acontece normalmente em Wall Street.
Toda a gente compra acções em alturas de boom economico, sem fazer perguntas sobre de onde vem o dinheiro e para onde vai o dinheiro.
É o crescimento económico que sustenta a distribuição de dinheiro.
Os milhões de pobres que sairam da pobreza, sairam porque receberam dinheiro do estado e não porque tenham ficado mais cultos e porque conseguiram empregos melhor remunerados.
O Brasil continua a ter entre 15 a 20% da sua população a ganhar até um salário mínimo: 220 Euros (quarenta e quatro contos) por mês.

Se o Lula viesse para cá, e trouxesse as leis laborais sobre os despedimentos que há no Brasil, o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda iam pedir a cabeça dele em 48 horas.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Luso em Outubro 07, 2010, 06:59:30 pm
O Brasil é aquilo que o deixarem ser.
E quem "deixa" é o pessoal do dinheiro, como o Soros.
Ainda não topei a jogada deste senhor no seu apoio ao Brasil.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: reij em Outubro 14, 2010, 02:05:32 pm
o lula é sucesso em qualquer lugar seria sucesso em portugal,na russia na china, nos USA nunca vi  um politico ter a sensibilidade, e o jogo de cintura desse moço :G-beer2:
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: reij em Outubro 14, 2010, 02:11:14 pm
papatango com o perdão da palavra mis não digas asneiras, o comercio brasileiro com euro e USA não representa nem metade do que representava hoje o brasil negoceia muito mais com china, mercosul e africa, oriente medio, é muito pulverizado o comercio exterior brasileiro, vc deve estar falando do mexico que quase todo seu comercio é com os estados unidos, por isso o brasil não sofreu tanto na crise mundial, e foi um dos primeiros a sair da mesma
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: papatango em Outubro 20, 2010, 01:40:08 am
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o comercio brasileiro com euro e USA não representa nem metade do que representava
Mas representava quando ?
O Brasil já exportava carros para o médio oriente, ainda o Figueiredo era presidente.
As exportações para a Europa e para os Estados Unidos continuam a ser importantes, porque o que a China compra é matérias primas.
Se o Brasil se quer desenvolver e ser um país ocidental normal, vai ter que negociar com a Europa e com os Estados Unidos.

São os europeus e os americanos, que compram os produtos brasileiros de maior valor acrescentado.
O que seria da mais iconica empresa brasileira de exportação de tecnologia, a EMBRAER, sem o mercado norte-americano ?

Você acha que o Brasil vai ser algum dia capaz de competir com a China em termos de produtos manufacturados ?
Se você acha, avise o Lula, porque até ele acha que não.
Para a China o Brasil é um enorme campo de Soja que só tem utilidade para produzir comida. O Brasil não pode ficar restrito a exportador de comida. A Argentina seguiu por esse caminho (foi uma dos maiores exportadores de comida do mundo) e hoje está como está.

O Lula aproveitou o plano real e uma recuperação económica estruturada pelo governo Fernando Henrique Cardoso.
Nos dias de hoje, dá até pena, ver o que os comunistas no Brasil dizem do governo FHC.

Eu lembro-me das ORTN, das OTN e da inflação a 300%.
Eu lembro-me do Cruzeiro e depois do Cruzado e depois do Cruzeiro outra vez, quando a moeda mudava a cada três anos.
Se hoje os brasileiros com 20 anos não sabem o que é uma moeda que não vale nada, devem isso ao FHC, por muito que os comunistas não gostem de ouvir as verdades.

Lula apenas aproveitou as vantagens, aproveitou a cama quente e dormiu nela.
Este Brasil, gerido pela corja de ladrões do Partido dos Trabalhadores, não vai longe se continuar por este caminho.
Enquanto houver dinheiro não há problema. O Brasil tem uma economia exportadora e enquanto for assim, tudo bem, mas se começar a cair areia na engrenagem, tudo pode sair dos carris.

Já aconteceu no passado. O Brasil já teve períodos de Boom, e depois eles acabaram. Acabam sempre.
O Brasil não está a preparar o futuro para dias de crise, e esses dias acabam sempre por chegar.

Não há mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe.
O Brasil de Lula/Dilma Russeva parece que não espera que haja um amanhã que pode ter problemas.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: João Vaz em Outubro 20, 2010, 03:20:07 pm
A Lebre e o Cágado

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.ems007.com%2Farticlefiles%2F14705-isuppli28_2_7.jpg&hash=05c96e319d37c5c08bd03f292bc7bc9c)

Não há regimes perfeitos, nem economias ideais. Pelo menos, nenhuma destas utopias é praticada neste planeta.
Mas há casos de sucesso. O Brasil é um deles. Essencialmente, o Brasil fez o que muitos países desenvolvidos e democráticos gostariam de ter feito. Arrumou grande parte da casa, tem as contas em dia e possui óptimas perspectivas de futuro.

Ninguém melhor do que os próprios sabem das grandezas e fraquezas da nação imensa com que foram abençoados. Os perigos inflacionistas decorrentes do rápido crescimento, o problema das taxas de juro e a necessidade de reformas no Banco Central, a corrupção endémica, etc. e tal, não são segredo, são um desafio. Mas estes são males à escala de uma potência mundial emergente. Por isso se diz no Brasil que a riqueza surripiada de noite é novamnete gerada durante o dia. Porque esta parcela exótica do Mundo está a crescer, algo que muito poucas nações, incluindo as principais, não se podem orgulhar de afirmar.

No dealbar do novo milénio, o Brasil tinha tudo para se tornar numa espécie de Venezuela gigantesca. E, no entanto, o operário nordestino de quem toda a gente suspeitava respeitou o sector privado, acalmou os investidores estrangeiros e evitou a recessão com que hoje o hemisfério Norte se debate. Com a adopção do modelo económico mais adequado e as reformas aplicadas desde Fernando Henrique Cardoso a partir da década de meados da década de 1990 foi possível uma cura parcial das fragilidades. Outra parte foi bem sucedida sob os dois mandatos de Lula na prossecução e desenvolvimento das mesmas. As potencialidades e capacidades do gigante sul-americano estão à vista. As estratégias de longo prazo e as apostas na escala nacional, de apoio social, formação e emprego foram certeiras.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fsg.wsj.net%2Fpublic%2Fresources%2Fimages%2FNA-AW399_BRAZIL_NS_20090310190638.gif&hash=9394b7db73102f29fbf0ffc94deaf5cb)

Vasta força de trabalho (e de consumo) e recursos naturais abundantes, alicerces da economia sustentada, também os há noutros países, mas quantos desses são democracias?

Em resultado, o índice de produtividade brasileiro atingiu novo auge em 2009 e o crescimento da economia superou todas as expectativas.
A criação de emprego aumentou 10% em Setembro passado, em relação ao mês homólogo de 2009 e a taxa de desemprego actual é inferior a 7% e o rendimento médio real continua a crescer.  http://www.cartacapital.com.br/economia ... -oito-anos (http://www.cartacapital.com.br/economia/ibge-registra-menor-taxa-de-desemprego-em-oito-anos)  

O sector das exportações e importações brasileiras, para além do futebol e samba, sempre foram complexas e pouco ágeis, embora tenham melhorado nos últimos anos. Na verdade, uma das principais características do crescimento económico do Brasil tem sido a sua forte sustentação na procura interna, no consumo doméstico. Isto, porque o poder de compra aumentou substancialmente com a ascenção de uma nova classe média em resultado dos estímulos dos dois últimos presidentes.

Outra característica (e reparem que nenhuma destas características foi alguma vez aplicada seriamente em Portugal) é o forte "tecido industrial" e a pujante livre-iniciativa. Apostas nacionais, públicas e privadas, que têm providenciado resultados invejáveis.
 
Isto tudo, obviamente, não nasceu da noite para o dia. Trata-se de crescimento sustentado e cada vez mais diversiicado, não se limitando a recolher os inegáveis benefícios da procura colossal da China em matérias-primas. Para além do conjunto de medidas de estímulo na última década e meia, o Brasil ainda teve a sorte de descobrir outro valioso recurso natural sob a fora de petróleo, não muito longe das suas principais regiões industrializadas. A estimativa de reservas de 8 bilhões de barris só podem ser recompensa divina... Por estas razões, o Brasil não sofreu tanto a crise económica mundial e conseguiu manter o seu motor em ritmo crescente.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fstatic.seekingalpha.com%2Fuploads%2F2009%2F6%2F18%2Fsaupload_6_brazil_retial.JPG&hash=4b665fee5154b56037b067819da22582)


Só mais uns números:
- 8.ª economia do Mundo, com tendência para subir um lugar já no próximo ano, destronando a Itália de Berlusconi.
Balança comercial positiva com superavit nas exportações
- Só no primeiro trimestre de 2010, a economia brasileira atingiu o ritmo mais elevado dos últimos 14 anos: os investimentos cresceram 7,4% e a indústria subiu 4,2%
- Crescimento do PIB nos 6 meses entre Outubro de 2009 e Março de 2010 equivalente a 11% com tendência para se manter acima dos 7% no futuro próximo. http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/06/100608_pib_brasil_fbdt.shtml

E ainda umas quantas constatações:
A crescente procura interna tem contribuído não apenas para o desenvolvimento do sector da indústria nacional, como diminui o risco recessivo que atinge as principais economias ocidentais. O Brasil não precisa de "querer ser" ocidental. Já é um país ocidental.

Integra o clube restrito do G-20 e é apontado como futuro membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil foi o país que mais melhorou em competitividade em 2009. O país possui um centro de lançamento de satélites e foi o único país do Hemisfério Sul a integrar a equipe responsável pela construção do Estação Espacial Internacional. O Brasil também é pioneiro nos campos da pesquisa de petróleo em águas profundas, de onde 73% das suas reservas são extraídas. É ainda detentor do principal parque industrial em toda a América Latina.

Constituída como principal potência da América Latina, o Brasil exporta mais de um quarto da sua produção para países dessa região (cerca de 25,9%), alguns dos quais também têm conhecido crescimento económico nos últimos anos.

Mais info: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumChannelId=402880811D8E2C4C011D8E33F5700158

O mais recente relatório do nosso tão bem conhecido FMI (http://http), que nos vem aplicar a receita contra a bancarrota, tem isto a dizer do Brasil:

"Brazil's economy will likely be larger than that of Italy next year",

Two years after the onslaught of the global financial crisis, some countries in the Western Hemisphere are growing at a pace that is second only to emerging Asia, according to the latest Regional Economic Outlook from the International Monetary Fund (IMF). Growth in many economies appears to be self-sustained and based on robust domestic demand, meaning their near-term prospects are positive even if recovery in advanced economies continues to be sluggish, says the IMF's Western Hemisphere: Heating up in the South, Cooler in the North, which was launched today in Bogotá in a seminar hosted by the Central Bank of Colombia.

Real GDP in the Latin America and Caribbean region is set to expand by 5.7 percent in 2010 and 4 percent in 2011. Within the region, countries are performing at different paces. Most commodity-exporting countries in South America enjoy very favorable external conditions––high international commodity prices and easy access to international finance ––and growth in some countries is projected to exceed 7 percent this year. Central American economies have kept a positive, but more moderate rate of growth (averaging about 3 percent in 2010), reflecting their greater linkages to the slower-growing U.S. economy. For most Caribbean countries, recovery is only beginning and prospects are still limited by high levels of public debt and weak tourism demand from the U.S. and other advanced economies.

Robust Domestic Demand

One of the most significant findings of the Regional Outlook is how domestic demand has been strengthening in the fastest-growing countries in South America. For such countries, the strength and momentum of domestic demand are likely to dominate their near-term growth prospects, provided advanced economies do not suffer any major setbacks. That is a different reality from the United States, where the recovery so far has been dependent on policy stimulus.

As commodity prices are expected to remain high, the commodity-exporting countries will benefit from strong export earnings. At the same time, those with stronger fundamentals and track records of sound policies will have ample access to foreign financing on easy terms. While those economies stand to benefit from low global interest rates and increased liquidity, policymakers must be alert to the risks of excesses. "Demand needs to moderate in these countries," said Mr. Eyzaguirre, "or they may risk experiencing overheating, inflation and widening current account deficits."

The report recommends that normalization of fiscal policy be the first line of defense, with emphasis on slowing the growth in public spending from recent high rates. This will allow monetary policy to play a following role, with policy interest rates moving to neutral levels more gradually than would otherwise be needed"

(...)

"Credit cycles and new tools

This edition of the Regional Economic Outlook has a special focus on financial sector issues. In particular, the report examines and draws lessons from the recent credit cycle in Latin America—the rapid growth of bank credit that ended abruptly with the global crisis, and which is resuming again in some countries. While the region’s financial systems were generally resilient to the crisis, the goal of avoiding financial crises brought on by excesses remains as challenging as ever".


Os riscos associados são os mesmos de sempre, desde que a economia disparou.


Alguma vez uma medalha de mérito só teve uma face?
Grandes ganhos, grandes riscos. Mas atenção à capacidade de encaixe deste gigante. É que ele gera riqueza, não depende de subsídios e cresce sobre uma população economicamente activa superior a 101 milhões. O futuro está literalmente nas suas mãos. Um futuro com sotaque português.

E porque não, em vez da crítica básica, nos orgulharmos também? É que as generalizações terceiro-mundistas cómodas e auto-gratificantes são sempre redutoras. O Brasil tem vários oásis de 1º mundo por entre arquipélagos de 2º e 3º mundos. Quem conhece as principais cidades, onde tudo acontece, sente imediatamente o entusiasmo deles situação que não vejo repetida por cá – nem no sonho mais utópico.

Oportunidades e construção de um futuro sólido é o novo tempêro daquele clima tropical. Deixemos de lado a arrogância europeia, porque se chegarmos lá somos forçados a rever tudo e ainda acabamos complexados e humilhados. Esquecemos que há um Brasil que pensa (e não é só o Gabriel o Pensador), que reflecte, que cria, que tem mais mundo e mais modos do que as "elites" portuguesas. Basta ler e viajar e os exemplos desse Brasil sofisticado, culto, digno, industrioso, multiplicam-se. E depois há uma característica que eu admiro: aquela gente não se queixa, já passou por muito pior e ainda sabe que tem um caminho a percorrer, mas desfruta e vive como se já estivesse no futuro. E nós aqui, nesta saudade do que já fomos... Nunca alguém tem razão, mas há sempre alguém que vai mais longe. E logo a seguir as críticas e os agoiros dos que estão na bancada. Serve de muito.

Mais infos: http://tambem.files.wordpress.com/2009/11/screenshot014.jpg?w=600&h=447

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.globalaffairs.es%2Fen%2Fwp-content%2Fuploads%2Fcardoso-edited2.jpg&hash=06c5a7f148ea72db49aa38158bb8b792)(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.globalaffairs.es%2Fen%2Fwp-content%2Fuploads%2Flula-edited1.jpg&hash=5cdf239f58de8174876beee5eed44d54)
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: reij em Outubro 20, 2010, 04:37:19 pm
temos um futuro brilhante, pela frente pessoalmente acredito que entre 2016 e 2020 estaremos na 5° ou 4° posição, mais é apenas uma opinião e esperença claro, embora os numeros possam me apioar.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: papatango em Outubro 20, 2010, 06:53:25 pm
Reiji, os brasileiros são normalmente pessoas muito misticas e religiosas (visto do ponto de vista europeu). Isso por um lado é bom, porque a confiança é boa para a economia, mas ao mesmo tempo a tendência para acreditar em soluções milagrosas de esperança, acaba turvando a imagem do futuro.
Isto é especialmente claro em época de eleições em que os candidatos disparam a sua bateria de mentiras e distorções.

Eu não voto em nenhum candidato brasileiro, mas conheci a situação de perto, por isso afirmo que as vantagens e os sucessos económicos do governo Lula da Silva, só foram possíveis porque ele encontrou a casa arrumada e em ordem. E quem arrumou a casa foi o FHC.

Se você despejar dinheiro na economia distribuindo pelas camadas mais pobres, isso vai aquecer a economia e a actividade económica sempre.
As pessoas mais humildes compram mais comida, e depois compram frigorifico/geladeira televisão e vários electrodomésticos.

O Brasil tem a grande vantagem de ser um mercado grande e por isso as fábricas que produzem esses produtos, estão no Brasil e isso implica a criação de mais empregos nessas fábricas, o que reduz o desemprego, aumenta os salários e dá ao nível seguinte de trabalhadores da classe média e média baixa, mais dinheiro para comprar carro, para comprar casa e bens mais caros.

É o oposto do que ocorreu nos países europeus e em Portugal, que é um país pequeno e onde dar dinheiro aos mais pobre apenas aumenta as importações.
Ainda hoje, se você comparar um supermercado em Portugal ou num país europeu com um supermercado brasileiro, o que você vai notar é que a esmagadora maioria dos produtos expostos no supermercado brasileiro são fabricados ou produzidos localmente. Quem compra está a mover dinheiro dentro da economia brasileira, enquanto que aqui esse dinheiro serve para pagar uma importação.

É por isso, que se diz e com razão que o crescimento brasileiro tem sido locomovido pela procura interna.
Isto quer dizer que o empurrão à economia através da distribuição de dinheiro, é mais eficiente no Brasil, mas isso não faz com que seja uma solução duradoura.
O Brasil pode fazer isso por causa da taxas  sobre os produtos importados e também porque beneficia de uma moeda relativamente forte, criada e estruturada pelo FHC. Beneficia de produzir matérias primas e beneficiará da disponibilidade de combustíveis.
Um dos programas brasileiros mais elogiados fora do Brasil é o proalcool, e hoje fala-se do Lula e do proalcool, como se um programa que começou nos anos 70 tivesse sido criado pelo Lula e não pelo regime militar.

O Brasil beneficia também, da manutenção de leis laborais que na Europa são consideradas medievais.
A exploração dos trabalhadores agrícolas continua.
Os brasileiros nos estados mais pobres (no nordeste, mas até no interior de Minas Gerais) continuam a ganhar salários de miséria (abaixo do salário mínimo para trabalhadores agrícolas) e é isso que permite o aumento das exportações de produtos agrícolas mantendo preços competitivos.

Portanto, o que eu digo, é que nem tudo vai bem no reino de Lula da Silva.
E os principais problemas estão a ser varridos para debaixo do tapete. O varredor olha para o lado e finge que não viu nada.

E o brasileiro da classe média baixa, tradicionalmente optimista não se apercebe do que se passa e continua alegremente a votar no Lula e no Lula de saias...

Esse é o problema.
Nenhum país na face da terra alguma vez se desenvolveu com Marxistas no poder.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: João Vaz em Outubro 22, 2010, 12:22:38 pm
PARTE II

A vida é injusta, já dizia o Calimero

O povo brasileiro tem sabido superar dificuldades e os últimos governos têm acertado mais do que falhado. A palavra crescer faz sentido naquela terra e também lá o português ganha nova expressão, incomparavelmente maior.

A verdade é que o Brasil alcançou uma conquista importantíssima ao apostar em si mesmo, nas suas imensas potencialidades, e é hoje não apenas culturalmente, mas financeiramente independente da influência dos EUA. Ficou por isso imune ao desastre económico recessivo das ondas de choque norte-americanas que atingiram toda a América Central, totalmente dependentes e influenciadas directamente por Washington. Pelo contrário, quase todos os vizinhos do gigante brasileiro têm melhorado substancialmente o seu crescimento económico.

Quanto à questão das condições medievais no interior produtivo brasileiro, cabe na categoria de hipocrisia básica.
Trabalho infantil e exploração abusiva da força de trabalho são itens bem conhecidos por aqui no Velho Mundo e nos EUA (já para não falar nos países de Leste, integrantes da UE, que julgo ainda serem “ocidentais”). Mostrem-me um Estado democrático integralmente “praticante” dos Direitos universais e recomendá-lo-ei para o Nobel...  
Comparado com os restantes membros ilustres dos BRIC, esse é o menor dos problemas. Poder-se-á até colocar a questão: o que é pior? Pagar muito pouco ou fazer pagar muito mais (mais conhecido como roubo tributário nos nossos célebres recibos verdes e grandioso IVA) a quem trabalha?

Aliás, se a resolução de tal problema fosse fácil, já o Fernando Henrique Cardoso (FHC) teria dado conta. Num país/continente com quase 200 milhões de almas, ainda para mais uma república federativa, nada é especialmente fácil. Daí o verdadeiro alcance do milagre brasileiro.

Vamos lá repetir-nos então: não há regimes ideais, nem modelos económicos perfeitos. Não existe neste pequeno planeta um único país imaculado. Para aqueles cuja memória selectiva os faz tropeçar em erros de interpretação básicos e facilitismos grosseiros, recordamos que os fazendeiros e coroneis do interiô já lá estavam há 10 e há 20 anos e foram bem apoiados pelos regimes anteriores, como toda a gente informada sabe. Mas não só. As empresas internacionais e estados democráticos "ocidentais" que importam do Brasil sabem e fecham os olhos aos salários praticados nessas regiões remotas onde algumas das melhores carnes do mundo são produzidas, além dos cereais e frutas. Curiosamente, nenhum governo estrangeiro parece muito incomodado com isso, sendo que é melhor haver trabalho do que o contrário, como os próprios trabalhadores que sempre durante outros regimes foram relegados o confirmam pessoalmente.

Para bom entendedor...

O Mundo mudou desde Fernando Henrique Cardoso (FHC), e o Brasil tem sabido inegavelmente tirar partido das suas potencialidades. A inteligência do Lula soube aproveitar a herança da governação antecessora. Coisa que por cá nunca se viu.

Se a situação positiva do Brasil se resumisse ao período de FHC, e houvesse hoje um Presidente/governo inábeis em Brasília, penso que não haveria resultados positivos como, por ex., uma sondagem global recente da insuspeita BBC World Service (http://http)
indicando a influência do Brasil no mundo mais positiva do que a dos Estados Unidos, China, Rússia e Índia, seus competidores directos.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F1.bp.blogspot.com%2F_sQ00yEv9tpk%2FS8x0GlZs-UI%2FAAAAAAAAFYM%2FUzVBq5QVdhA%2Fs1600%2FPoll_BBC.jpg&hash=d11a043a90c8b9ef7a3bbc106acccf0e)

Outra influência directa:

Em resultado da importância económica crescente do Brasil, a língua portuguesa também é mais procurada para aprendizagem. Graças sobretudo ao gigante brasileiro e aos restantes PALOP, somos a 5.ª língua nativa do Mundo, com 240 milhões de falantes. Já é a língua mais falada no Hemisfério Sul e será uma das línguas oficiais na ONU.

O potencial de influência do Brasil cresce proporcionalmente ao ritmo do seu crescimento económico, que é imenso.
Um dos principais problemas deste planeta, a "segurança alimentar", agravado pelo inexorável aumento populacional, tem no Brasil uma solução à altura. Por isso, a liderança agrícola deve aumentar a influência internacional do Brasil. O país já se encontra entre os líderes das principais culturas. É o principal produtor de soja e o terceiro de milho (depois dos EUA e da China). É também um dos maiores produtores de café, carnes, frutas e etanol.
Com disponibilidade de terras agricultáveis, água em abundância, condições climatéricas favoráveis, domínio da tecnologia de agricultura tropical e uma agroindústria desenvolvida, o Brasil poderá chegar a 2020 como a principal potência agrícola mundial.
Mais info:http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090331_brasil_agricultura_ac.shtml

Aí está mais “alguma” influência global com sotaque português.
Adiante.


Quem é Bacana?

Marx no Brasil, só se for o Groucho, o comediante. É anedota, portanto.

É sim uma das maiores democracias actuais e um dos principais casos de sucesso. Sucesso esse que se sabia iria acontecer, só não se sabia quando. O momento já chegou e está a ser muito bem aproveitado pelo gigante que fala português. As antigas ideias feitas não vingam face à realidade contemporânea. Os factos são inegáveis e os números gordos e sustentados. Entre as numerosas consequências deste sucesso estão algumas que nos deveriam fazer penar muito a nós, e especialmente aos marretas que nos desgovernam.

Uma das principais iniciativas está em curso: a recente política de modernização da indústria naval brasileira, a relação entre os sectores público e privado e o papel desta indústria no desenvolvimento económico e social do país que é a principal potência militar e económica da América Latina.


E agora, a influência pragmática: mar, músculo e metal

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F1.bp.blogspot.com%2F_9fNKRyQxUNw%2FSz_JpBWTuEI%2FAAAAAAAACFk%2F0MUGn0190IE%2Fs400%2Fpeamb.JPG&hash=37aae6baab50d4b94f9512ee2650bf49)

Crescimento e desenvolvimento andam a par no Brasil, apesar dos pesares.
Face à forte concorrência internacional, o Lula fez mais uma excelente aposta desenvolvendo o que havia de bom nas políticas anteriores e corrigindo os erros praticados durante a ditadura dos velhotes de pacotilha nos anos 70, quando o Brasil chegou a ser o segundo maior fabricante de navios.

Há aqui um detalhe importante, e revelador da comprovada fragilidade dos críticos de Lula. Um fato importante no governo anterior de Fernando Henrique Cardoso foi a tentativa de venda da PETROBRAS e a quebra na indústria como se vê nos indicadores económicos. Ora vejamos:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fglaucocortez.files.wordpress.com%2F2008%2F05%2Findustria-naval2.jpg&hash=668c4428b76b53cacd010456468a9783)

A falta de investimento do BNDES (Banco Nacional para o Desenvolvimento), através do Fundo de Marinha Mercante, no governo FHC até 2002 foi invertida em 2003, já no governo Lula, em que um considerável investimento motivou o relançamento da indústria naval.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fgo2.wordpress.com%2F%3Fid%3D725X1342%26amp%3Bsite%3Dglaucocortez.wordpress.com%26amp%3Burl%3Dhttp%253A%252F%252Fglaucocortez.files.wordpress.com%252F2008%252F05%252Findustria-naval-3.jpg%26amp%3Bsref%3Dhttp%253A%252F%252Fglaucocortez.com%252F2008%252F05%252F27%252Findustria-naval-acorda-no-governo-lula-2%252F&hash=74db927dba119bf18327e1b66417f46b)

Fontes: Sinaval (http://http) e BNDES (http://http)

Tornar a indústria naval brasileira sustentável a longo prazo é o próximo desafio. Pois o poderoso BNDES (http://http) está na linha da frente da revitalização da indústria naval, que emprega hoje cerca de 50 mil pessoas directamente. A previsão é de que o número de empregos directos no setor chegue a 70 mil nos próximos 3 anos. O estímulo da indústria naval passou por linhas de crédito consideráveis para fomento da marinha mercante e da indústria de construção naval, financiando parcialmente a construção, aquisição ou conversão de navios de pesca, de apoio à indústria petrolífera, oceanográfica e de transporte de passageiros. Através do Ministério da Pesca, foi possível um financiamento para a frota de pequenos barcos.

O mesmo sucede no sector portuário, cujo plano de modernização e ampliação conheceu importantes apoios financeiros. Aquele tipo de apoio que Portugal tem sido totalmente incapaz de providenciar para si mesmo.

A indústria brasileira de petróleo terá também efeitos sobre a construção naval. As projecções indicam que a produção, estimada actualmente em cerca de 2 milhões de barris/dia, chegará aos 4 milhões de barris em 2020. Parte dos lucros respectivos serão investidos na tecnologia de processos, engenharia de projectos e modernização da produção dos estaleiros.

Deste modo, graças a uma política integral para a indústria naval brasileira, estas medidas de fomento do sector naval já estão a dar resultados (que importam e reforçam a "influência" da potência):

Este Verão foi lançado o primeiro navio construído no Estado do Rio de Janeiro para a PETROBRAS (http://http)
 em 13 anos.

Na verdade, é o segundo navio lançado ao mar neste ano - o primeiro foi ao mar num estaleiro de Pernambuco. O  Estado do Rio de Janeiro já conta com 16 navios encomendados pelo PROMEF (Programa de Modernização e Expansão da Frota), com 2,2 bilhões de Reais em investimentos. O programa vai criar pelo menos 50 mil empregos no Estado, sendo 10 mil directos e 40 mil indirectos. No total, foram encomendados 49 navios.

A PETROBRAS contratou 42 navios, investimento necessário pois gastou por ano 1,2 bilhão de dólares em fretes. Vão agora inverter a situação e aplicar dinheiro na construção própria de navios nos estaleiros locais.

Não apenas navios, mas também as próprias plataformas de extracção petróleo e gás estão a ser concebidas e construídas nos estaleiros brasileiros desde 2008.  

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.farolcomunitario.com.br%2Fimg_jpg%2Fpetrobras_p_51g.jpg&hash=5fe637682369ebf95ec531922c42a2ab)
P-51, a primeira plataforma semi-submersível construída integralmente no Brasil no estaleiro BrasFels, em Angra dos Reis (RJ), em 2008

Uma das diferenças reveladoras entre dois países com vastas ZEEs e indústrias navais que já conheceram melhores dias (Brasil e Portugal) é que a grande potência do Atlântico Sul tem um PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) e nós temos... vários PECs que são aquelas nódoas que conhecemos.

Já havia velhos do Restelo há 500 anos, mas meter água é mesmo connosco. Não há vassoura que varra isto.

Enfim...

No plano militar, a Estratégia Nacional de Defesa (http://http) prevê a reorganização e modernização integral das Forças Armadas, apoiadas na reestruturação da indústria de defesa nos próximos 20 anos, incluindo a renovação da Marinha de Guerra (http://http) verde-amarela em virtude do extenso “Plano de Articulação e de Equipamento da Marinha do Brasil” (http://http) (PEAMB) formulado em 2008.

Aqui reside então a influência derradeira do Brasil.

Os objectivos são ambiciosos, mas... guess what? há dinheiro e há determinação:
Marinha, Exército e Aeronáutica vão receber investimentos na ordem de 27 bilhões de dólares ao longo dos próximos 10 anos e promete abrir um novo mercado para as indústrias nacionais, permitindo o fomento de pesquisa de materiais e equipamentos com a utilização de tecnologia nacional. O Brasil já constrói submarinos e aviões, como é sabido.
A actividade da indústria brasileira irá alargar-se em breve ao âmbito da construção naval de navios de guerra, fruto de parcerias com grandes empresas especializadas, como a britânica BAE Systems, líder global no sector da indústria da defesa, segurança e aerospacial.

Mais info: http://www.asdnews.com/news/30452/Joint_UK_Government_And_BAE_Offer_Set_To_Boost_Trade_With_Brazil.htm

Sendo que todos os novos navios serão construídos nos estaleiros brasileiros, assegurando a transferência de alta tecnologia entre a Inglaterra e o Brasil, ampliando o tipo de iniciativas ocorridas na década de 1970 com as fragatas brasileiras da classe Niteroi, construídas também em parceria com a BAE. Racionalização de custos, transferência de tecnologia e desenvolvimento da indústria naval, 3 em 1.

A nova geração de navios de superfície ao abrigo deste programa Global Combat Ship, encontra-se agora na mesa de estudo conjunta: uma variante da fragata multi-tarefas Tipo 26 da Royal Navy. Também se prevê utilização pela Marinha do Brasil do Ocean Patrol Vessel (OPV), para serviço de guarda-costeira, segurança das instalações de petróleo e gás, além de busca e salvamento. O modelo de base para desenvolvimento deste projecto é a classe River também ao serviço da Royal Navy e da Guarda-Costeira tailandesa.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F1.bp.blogspot.com%2F_f_TiAqdkqU4%2FTJAA4yeXq1I%2FAAAAAAAABDE%2FcxvAUXHa6Sw%2Fs1600%2FType%2B26%2BFrigate%2BConcept.jpg&hash=227d8f77f3fa8cce9ec4623c5546971a)
Protótipo da Fragata Tipo 26

A parceria envolve igualmente a produção de navios de suporte logístico e muito provavelmente planeamentos para porta-aviões.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F3.bp.blogspot.com%2F_AxCuBauiBF0%2FSnB1fco7LhI%2FAAAAAAAACwA%2F49MyracmCIs%2Fs400%2Fporta%2Bavi%25C3%25B5es%2Bs%25C3%25A3o%2Bpaulo.jpg&hash=f82fcbd79a94e7b4f80072a7673d55d5)
O velhinho São Paulo (A-12), já perto da reforma com quase 50 anos de mar

Pois é...
Deveríamos ter começado a fazer algo semelhante há uns tempos atrás, com a nossa grandiosamente pobre Estratégia dos Oceanos...

Alguém compreende, por exemplo, porque é que Sines não se tornou ainda comparável ao porto de Santos, no litoral paulista, o maior porto da América Latina?

É que justa e sensatamente, o Brasil canaliza parte do seu crescimento financeiro no desenvolvimento das indústrias do Mar para protecção dos seus recursos. O conceito é simples e o programa ambicioso, e é natural que assim seja, dada a escala da respectiva zona marítima.

Para tal, a Marinha brasileira prevê a necessidade de um conjunto sem precedentes de navios de superfície, submersíveis e meios aeronavais (http://http), abrangendo desde navios de patrulha até submarinos nucleares. Todos construídos localmente. Já foi escolhido o local do novo estaleiro/base naval, em Itaguaí (http://http) no Estado do Rio de Janeiro. Já estão contratados os novos submarinos de ataque convencionais - baseados no modelo francês DCNS-Navantia Scorpène - e um submarino nuclear e a nova base de submarinos adjacente será concluída em 2013.  

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.naval.com.br%2Fblog%2Fwp-content%2Fuploads%2F2010%2F03%2Festaleiro_base_naval-2.jpg&hash=46ff51cbd8d0bcc8d1e206b0d0cbe77a)
Nova Base/Estaleiro Naval da Marinha em Itaguaí, RJ (já em construção)

Os objectivos colocados à Marinha brasileira no futuro próximo incluem, por ordem de prioridades:

- 4 submarinos convencionais e um nuclear
- 3 classes de navios patrulha oceânicos (200, 500 e 1.800 toneladas), também conhecidos por Ocean Patrol Vessel (OPV);   2 destas unidades de 500 toneladas ("NAPA 500") estão em construção nos estaleiros de Fortaleza, num total de 12 OPVs planeados e outros 5 de 1.800 toneladas.
- Um navio de de abastecimento/hospital (AOR)
- 3 Fragatas de escolta  (6.000 toneladas cada)
- Um navio multi-tarefas, ou Multi-Purpose Ship (LPH) de cerca de 20.000 toneladas

A longo prazo prevê-se a substituição do porta-aviões São Paulo, bem como dos seus meios aeronavais (A4-Skyhawk e de alerta AEW), assim como helicópteros para as fragatas (em lugar dos Super-Lynx).

A Marinha solicitará ainda ao Congresso o aumento dos efectivos de marinheiros e fuzileiros ampliando os actuais 55.000 homens.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.saorbats.com.ar%2FNoticias%2FNoticiasChilenas%2FOPV2_foto3.jpg&hash=b5480891410ab09c1c893555b7104e10)
Protótipo dos futuros Navios de Patrulha Oceânicos (OPV) de 1.800 toneladas

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.naval.com.br%2Fblog%2Fwp-content%2Fuploads%2F2009%2F03%2Fesquadra.jpg&hash=8ce5c84f04cfea5061487008be74add0)
A influência do Brasil

Finalmente, está planeada a implantação do sistema de defesa da Amazônia Azul (http://http), o qual utilizará um sistema integrado de satélites, aeronaves, sensores acústicos distribuídos pelo litoral, plataformas de superfície e submarinas.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.mar.mil.br%2Fmenu_v%2Famazonia_azul%2Fimagens%2Fcapa.jpg&hash=0a8a4085623055fa5d2167b2c7129f0c)

http://www.mar.mil.br/menu_v/amazonia_azul/amazonia_azul.htm

E sim, Vicente de Lisboa, até há um link relativo ao Direito Marítimo e tudo. Até porque, sabiamente, o Brasil também pretende alargar a extensão dos limites da sua Plataforma Continental.

Enfim, vale a pena reflectir. Reflectir e apostar naquela terra que enriquece a um ritmo muito mais rápido do que aquele a que nós próprios (cá na terrinha) conseguimos empobrecer.

Qual era o título do tópico, mesmo?  c34x
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: PereiraMarques em Outubro 22, 2010, 02:33:38 pm
Citação de: "João Vaz"
uma sondagem global recente da insuspeita BBC World Service (http://http)

Neste caso, a BBC deu "barraca"...

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg254.imageshack.us%2Fimg254%2F2981%2Fpollbbc.jpg&hash=4e77bd505b1191d3cae58cb85dd756a4)
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: João Vaz em Outubro 22, 2010, 03:46:55 pm
É verdade. Parece ser gralha...

(na verdade, a Islândia ou a Turquia será o 28.º membro da EU proper)

Anyway, não invalida o resultado da mesma sondagem c34x
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: papatango em Outubro 26, 2010, 04:51:29 pm
Citar
Quanto à questão das condições medievais no interior produtivo brasileiro, cabe na categoria de hipocrisia básica.

Eu não sei se me fiz perceber...

Eu vivi durante algum tempo no sul do estado de Minas Gerais, num municipio do interior, próximo da fronteira entre Minas e São Paulo.
Eu não preciso que uns senhores da BBC ou de um organismo constituido por pessoas que na melhor das hipoteses conhecem o Brasil dos postais ou então de ter feito turismo sexual no Rio de Janeiro, para me explicarem como é o Brasil real.

Um português desempregado, que recebesse subsidio de desemprego de Portugal, poderia sustentar uma pequena fazenda, porque teria dinheiro para pagar os salários que se pagam no Brasil aos trabalhadores agricolas.

Esta é a realidade de quem viveu a situação in-loco.

O Brasil é uma potência industrial desde os anos 60. Nos anos 70 os estaleiros brasileiros já tinham capacidade para construir navios de grande porte, a Embraer já produzia um avião por dia em 1973 e a industria brasileira do audio-visual já estava entre as mais importantes do mundo nos anos 70.
Nos anos 80, o Brasil era um dos principais exportadores de armas e o maior exportador de automoveis do continente depois dos Estados Unidos. Só a Volkswagen de uma assentada nos anos 80, vendeu um milhão de VW Passat para o Iraque.
Nos anos 80 a RAF adquiriu o Tucano para treinador e a Embraer começou a vender aviões para o mercado comercial norte-americano.

Nos anos 70, Henry Kissinger, afirmou sem grande espanto para ninguém «Wherever Brazil goes, Latin America will follow». Para onde for o Brasil irá a América Latina.
Não foi preciso um Lula para perceber isso. O presidente era o Geisel, mas a dimensão da economia brasileira tornava a afirmação óbvia e mesmo redundante.
Kissinger nem sabia que havia um Lula da Silva.
Lula é apenas o homem que estava ao leme, quando a conjuntura era favorável.

O crescimento económico brasileiro deve muito muito pouco a Lula da Silva. O crescimento economico brasileiro é uma inevitabilidade decorrente da demografia e da geografia.
É como olhar para o crescimento da China com espanto, esquecendo que esse crescimento (como o da India) é uma inevitabilidade pelas mesmas razões.

Mas o crescimento actual, é resultado de uma bolha, que resulta da distribuição aleatória de renda, sem qualquer plano nem organização.
É um truque, que acabará por explodir nas mãos de um qualquer governante futuro.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: João Vaz em Outubro 27, 2010, 05:49:03 pm
Citar
Um português desempregado, que recebesse subsidio de desemprego de Portugal, poderia sustentar uma pequena fazenda, porque teria dinheiro para pagar os salários que se pagam no Brasil aos trabalhadores agricolas.

Hoje já não é assim, com o Euro a apenas 2,2 Reais e o aumento do custo de vida local.

Citar
Esta é a realidade de quem viveu a situação in-loco.

Também eu vivi uma época para aquelas bandas (não as mineiras, mas as paulistas e cariocas), e mantenho-me bem informado em viagens anuais c34x

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fveja.abril.com.br%2Fassets%2Fpictures%2F15368%2FPetrobras-size-598.jpg%3F1281546484&hash=b3df3cf857d94320621b9a55255a7c39)

As questões demagógicas no debate económico esbarraram há muito com a situação incontornável de sucesso actual. Na verdade, foram amplamente resolvidas. quando os "mercados" e governos estrangeiros (a começar pela administração Obama em Washington) reconheceram estes facto: o dinamismo da economia brasileira no governo Lula está em plena fase de consolidação essencialmente no seu mercado interno, estímulos positivos da indústria à escala nacional e à concentração de consideráveis investimentos multinacionais – o que propicia enormes vantagens, cabalmente comprovadas na rápida reacção do país depois da mais grave crise económica internacional desde a década de 1930.

Resultado:
- bancos incentivados a ampliarem as operações de crédito
- ajustamento/aumento da massa salarial média, a queda do desemprego
- aumento da formalização do mercado de trabalho.

Não há capitalismo, nem muito menos capitalismo dinâmico, sem crédito. E não há crédito sem confiança.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.universia.com.br%2Fmateria%2Fimg%2Filustra%2F2005%2Fdez%2Fbrasil_02.jpg&hash=a2d9d3ca5199ae393bbc1f38dbacfc71)

Os grande mitos acerca da política económica brasileira supostamente herdada de Fernando Henrique Cardoso foram desmontados nesta década.

1) O maior dos exemplos: a PETROBRAS (http://http).
Sob FHC, esteve prevista a sua venda .
É hoje, com Lula, uma das empresas mais capitalizadas no planeta (50,2 bilhões de Euros)
As suas reservas de lucros, incentivos e lucros a realizar ultrapassaram o valor do capital social anterior e todas as expectativas positivas.
Alcançou um prestigiante  4.o lugar das maiores empresas a nível mundial em lucros e valor de mercado. Mantém-se líder mundial em tecnologia de produção de petróleo em deep-offshore.
É a ponta de lança empresarial do relançamento da indústria naval brasileira (vejam-se os meus "posts" anteriores).

Supostamente, o governo Lula teria recebido como herança uma economia sólida e sem fragilidades  :mrgreen: ).

A ascensão dos BRIC, onde o Brasil se destaca pela democracia mais estável e "ocidental" sem guerras nas vizinhanças ou conflitos diplomáticos, são casos de estudo desde há décadas. O seu sucesso era previsível, e temido, desde há muito devido às suas especiais aptidões para ganhar terreno à concorrência mais desenvolvida do resto do mundo "ocidental" assim que conseguissem arrumar as suas casas e rentabilizar os seus recursos, globalizando-os. Invocar "bolha" neste contexto é, por isso, anedótico.
 
Os dados fiáveis, as constatações factuais e o conjunto de indicadores reconhecidos já estão todos disponibilizados nos "posts" anteriores. Não vou repetir-me, como é óbvio.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabecinhas em Outubro 27, 2010, 06:11:22 pm
Código: [Seleccione]
De então para cá, a economia globalizou-se...
A economia globalizou-se na altura dos descobrimentos  :mrgreen:
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: papatango em Outubro 27, 2010, 10:09:48 pm
Eu não sei se me fiz perceber...

Eu vivi durante algum tempo no sul do estado de Minas Gerais, num municipio do interior, próximo da fronteira entre Minas e São Paulo.
Eu não preciso que uns senhores da BBC ou de um organismo constituido por pessoas que na melhor das hipoteses conhecem o Brasil dos postais ou então de ter feito turismo sexual no Rio de Janeiro, para me explicarem como é o Brasil real.

Um português desempregado, que recebesse subsidio de desemprego de Portugal, poderia sustentar uma pequena fazenda, porque teria dinheiro para pagar os salários que se pagam no Brasil aos trabalhadores agricolas. Esta verdade, é do inicio do século XXI, ano de 2001 / 2002.
Continua a aplicar-se nos dias de hoje, na mesma região.


O Brasil é uma potência industrial desde os anos 60. Nos anos 70 os estaleiros brasileiros já tinham capacidade para construir navios de grande porte, a Embraer já produzia um avião por dia em 1973 e a industria brasileira do audio-visual já estava entre as mais importantes do mundo nos anos 70.
Nos anos 80, o Brasil era um dos principais exportadores de armas e o maior exportador de automoveis do continente depois dos Estados Unidos. Só a Volkswagen de uma assentada nos anos 80, vendeu um milhão de VW Passat para o Iraque.
Nos anos 80 a RAF adquiriu o Tucano para treinador e a Embraer começou a vender aviões para o mercado comercial norte-americano.


Nos anos 70, Henry Kissinger, afirmou sem grande espanto para ninguém «Wherever Brazil goes, Latin America will follow». Para onde for o Brasil irá a América Latina. E na altura, o Brasil já era parte da economia do mundo ocidental.
A Ford a Volkswagen, a General Motors em São Paulo e a FIAT em Minas Gerais eram já as maiores fábricas de automóveis do Brasil, e já exportavam veículos para toda a América Latina.
A capacidade economica do Brasil era já demonstrada, mesmo com as barreiras alfandegarias que entretanto foram sendo retiradas, para irritação de muitos argentinos, que dizem que não são capazes de competir com os baixos salários da industria brasileira.

A partir dos anos 70, altura em que o Brasil tinha a maior divida externa do mundo, as exportações sempre foram maiores que as importações. É nos anos OITENTA, quando o Figueiredo ainda era presidente, que se começa a criar o superavit. Foi a politica economica do regime de 64, que colocou freios às importações e criou condições para as exportações aumentarem. Foi proibida a importação de carros (todos os carros) do estrangeiro e de várias maquinarias, numa politica idêntica à politica de condicionamento industrial portuguesa de 1937.

Foi isto que deu dimensão à industria brasileira, para hoje pagar os impostos que sustentam a bolha do Lula.

Repito:
Lula é apenas o homem que estava ao leme, quando a conjuntura era favorável. Não foi o Lula que inventou a globalização, foi aliás um homem que lutou contra ela com todas as suas forças.

O crescimento económico brasileiro deve pouco ou nada a Lula da Silva. O crescimento económico brasileiro é uma inevitabilidade decorrente da demografia e da geografia, do tamanho do país. É por isso que em cada vaga de crescimento se afirma que o Brasil é o país do futuro.

É como olhar para o crescimento da China com espanto, esquecendo que esse crescimento (como o da India) é uma inevitabilidade pelas mesmas razões.

Mas o crescimento actual, é resultado de uma bolha, que resulta da distribuição aleatória de renda, sem qualquer plano nem organização.
É um truque, que acabará por explodir nas mãos de um qualquer governante futuro.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: João Vaz em Outubro 28, 2010, 01:11:49 pm
Citação de: "Cabecinhas"

A economia globalizou-se na altura dos descobrimentos  c34x
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 28, 2010, 02:39:58 pm
Uma perspectiva argentina sobre o Brasil:

Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: reij em Novembro 01, 2010, 02:55:09 pm
papatango não delira, o crewscimento do brasil em todos os seus setores é sostenido, não existem bolhas especulatorias, ah estuda mais um poquinho antes de falar wquer o plano real foi criado pelo HFC, foi criado durante o governo itamar franco fernado henriuque cardoso fazia parte mais o plano em si foi desenvolvido por um grupo de economistas da UFRJ baeado na solução alemão do pos-guerra o lula sim manteve a mesma linha de pensamento do FHC "sem a parte do entreguismo", vc esta falando do que não sabe então não emitas opinião

tenha uma boa tarde
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: reij em Novembro 01, 2010, 03:23:45 pm
Citação de: "reij"
papatango não delira, o crewscimento do brasil em todos os seus setores é sostenido, não existem bolhas especulatorias, ah estuda mais um poquinho antes de falar wquer o plano real foi criado pelo HFC, foi criado durante o governo itamar franco fernado henriuque cardoso fazia parte mais o plano em si foi desenvolvido por um grupo de economistas da UFRJ baeado na solução alemão do pos-guerra o lula sim manteve a mesma linha de pensamento do FHC "sem a parte do entreguismo", vc esta falando do que não sabe então não emitas opinião

tenha uma boa tarde

e so pra constar moro no estado de tocantins no norte do brasil , ja morei em brasilia, ja morei em goiania, ja andei pelo sul do pará, sei do que falo e digo vc não sabe de nada, absoluamente nada
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabecinhas em Novembro 01, 2010, 07:11:10 pm
Para quem sabe muito, escrever está difícil...
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: papatango em Novembro 01, 2010, 09:48:35 pm
Leia antes de dizer disparates. Eu não falei em nenhuma bolha especulativa.
Bolha especulativa é outra coisa.

A bolha de que falo é um «boom» consumista que não tem sustentação real.
O que acontece nas regiões pobres do Brasil é muito parecido com o que aconteceu em Portugal nos anos 90, com os fundos da União Europeia, distribuídos pela população de várias formas. Fosse com subsídios fosse com formação profissional ineficiente.

No Brasil nem sequer formação profissional se faz. A única coisa que faz sentido é a obrigação de deixar as crianças ir à Escola.
O programa bolsa-familia beneficiou 45.000.000 de brasileiros, que tinham rendimento de 30 a 60 Euros por mês per capita.
Uma família pobre brasileira com três filhos (numero comum) com um rendimento total de 175 Euros, pode receber um complemento adicional de até 90 euros.

No Brasil consideram família pobre aquela que tiver um rendimento per capita de até 65 Euros por mês. Mais de quatro quintos das pessoas que receberam subsídio continuam a receber esse subsídio e a situação não apresenta muitas melhoras.
É suposto o programa destinar-se a quebrar o ciclo geracional de pobreza, mas não serviu para mais nada que não fosse comprar votos para o PT.

Veja os resultados eleitorais. Nos municipios mais miseráveis onde mais de metade da população beneficia do bolsa-família, a Dilma ganhou com até 94% dos votos como em alguns municipios do Pernambuco, Amazonas ou Piauí.
A injecção de dinheiro na economia através deste tipo de programas sociais não resulta nunca em nada positivo.

Eu nem sequer sou contra esse tipo de programas, o que critico é o facto de sem informação, as pessoas partirem para conclusões estapafurdias (e isto em  Portugal, porque no Brasil há milhões de pessoas que dizem o mesmo que eu. Quase 45 milhões disseram isso mesmo ontem).
Não podemos falar dos milhões de pessoas que o Lula tirou da miséria, sem entender que uma família muito pobre no Brasil, é a que tem um rendimento per capita inferior a 30 euros por mês. Se passa a ganhar mais que isso, já passa de família miserável a família pobre. E se ganhar mais de 65 Euros por mês então já nem pobre é.

É basicamente isto que eu tenho dito, quando vejo elogios completamente disparatados ao Lula.
Elogios que ele PURA E SIMPLESMENTE NÃO MERECE !

E não venha com histórias típicas de campanha eleitoral sobre o programa de estabilização da moeda.
Existem dezenas de planos económicos. Mas é preciso quem avance e quem escolha o plano económico mais adequado para a situação e acima de tudo quem o implemente e ponha em prática.

E que pôs o plano em prática foi o FHC e não o Lula.

Se você fosse um pouco mais velho teria conhecido o plano-cruzado. E outros planos de estabilização que foram pelo cano, porque não havia gente capaz de pegar no plano e aplica-lo.
Quantas tentativas de estabilização foram feitas nos anos 80 ?
Quantas vezes foram declarados congelamentos de preços para reduzir a inflação ?
Quantas vezes os produtos desapareciam das lojas quando o sistema deixava pura e simplesmente de funcionar ?

Memória, é o que lhe falta.
Provavelmente não tem idade para ter memória e esse é o problema da maioria.
Uns não têm memória porque não têm idade, outros não têm memória porque é conveniente não lembrar.

Cumprimentos
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Snowmeow em Novembro 01, 2010, 11:57:03 pm
Eu acho que estamos fugindo do assunto, ao começarmos a discutir sobre quem colocou ou não o Plano Real na prática, a quem cabe os louros da consagração do Brasil como potência, et cetera.

Lula e FHC tiveram seus méritos, cada um a seu modo e à sua época. OK
O Brasil está pasando por uma fase excelente. OK
A influência do Brasil no mundo cresce a cada dia. OK

Que o empresariado e o politicado brasileiro saiba aproveitar essa oportunidade e contribuir para que essa fase se prolongue cada vez mais.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: reij em Novembro 02, 2010, 12:58:43 am
"pobre no Brasil, é a que tem um rendimento per capita inferior a 30 euros por mês. Se passa a ganhar mais que isso, já passa de família miserável a família pobre. E se ganhar mais de 65 Euros por mês então já nem pobre é."
quando mesmo que vc morou no brasil???????
pela cotação do euro hoje 1euro = R$ 2,37 = 71,10 no minimo ridiculo tuas afirmações
quanto tempo voçê ficou aqui no brasil, fiquei curioso. me da a impressão que tu é um completo mal intencionado


65 = 2,37 = R$ 154,00 ja nem pobre é deve ser um demente, pois acho que nem o senhor  mesmo acredita nas idiotices que escreves, e demente tambem é aquele que acredita em suas palavras, não conheço ninguem que consiga viver com essa "fortuna", alias não conheço ninguem que ganhe essa quantia por mês´, que o senhor muito "inocentemente" acabou de mencionar, creio que seja inocencia ou tu es um completo mal intencionado tentando diminuir um pais que é infinitamente maior que o teu, e mais importante, mais influente, mais rico, qu tem possibilidades reai de ser potencia, não falo mais por que os outros foristas portugueses não merecem que eu desemereça seu pais por causa de uma criatura ridicula e sem base nenhuma, como é o senhor que vive num conto de fadas tentando tapar o sol com uma peneira bem grande,  gostaria que me fornecesse as fontes de suas afirmações

sou desenvolvedor de sistemas faço parte de listas que tem gente de todo o brasil e latino america então tenho muito contato não deve ser dificil encontrar alguem da região que o senhor mencionou ter vivido para confirmarmos essa sua "estoria"

"E que pôs o plano em prática foi o FHC e não o Lula."

digamos se foi no governo Itamar franco então ele é o pai da criança ja que fernando henrique cardoso apenas fazia parte da equipe de economistas que criaram o plano real mais uma vez não sabes o que fala, e escreve

"Se você fosse um pouco mais velho teria conhecido o plano-cruzado. E outros planos de estabilização que foram pelo cano, porque não havia gente capaz de pegar no plano e aplica-lo.

sim devem ter todos ido para portugal para tira-los de seus 10/15 anos de crise continua, que os colocou na incomoda condição de PIGS, e estados com a iminencia de quebra, sinto muito pelos outros portugueses que são muito gente boa, e não merecem ler o que o senhor esta fazendo passar seus compatriotas.

Quantas tentativas de estabilização foram feitas nos anos 80 ?
Quantas vezes foram declarados congelamentos de preços para reduzir a inflação ?
Quantas vezes os produtos desapareciam das lojas quando o sistema deixava pura e simplesmente de funcionar ?"

"Memória, é o que lhe falta.
Provavelmente não tem idade para ter memória e esse é o problema da maioria.
Uns não têm memória porque não têm idade, outros não têm memória porque é conveniente não lembrar."

sim vi muitos planos, cruzado, depois a volta pra cruzeiro, cruzeiro novo.....,corte em numeros das moedas vi tudo isso mais era uma questão mais de cultura, o plano real tanto o FHC quanto o Rubens Ricupero lutaram muito pra colocar na cabeça das pessoas, até mesmo ameaçando destruir certas areas da economia como a agricola quando importaram arroz do vietnan por que estavan ocultando o produto, para conseguir um preço maior, foi um aprendizado, mais uma vez te falo conheço essa realidade vc viu pela tv ou ficou um curto tempo no brasil e fala por falar como quase todo europeu que pensam que o brasil é so selva amazonica
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Thiago Barbosa em Novembro 02, 2010, 02:01:53 am
"pobre no Brasil, é a que tem um rendimento per capita inferior a 30 euros por mês. Se passa a ganhar mais que isso, já passa de família miserável a família pobre. E se ganhar mais de 65 Euros por mês então já nem pobre é."

Parei de ler aqui. HAUSHASUAHU.

Relaxa, Reji... é só mais um senhor ''feudal'' tentando desmerecer o Brasil. Aposto quanto for que o mais próximo do Brasil que esse cidadão chegou foi nos livros de história. Não devemos falar de Portugal por causa de um cidadão apenas, já que babacas existem em todos os lugares, inclusive no Brasil.

''desenvolvedor de sistemas'' -

Que legal, cara! Eu também. Me formo agora no final do ano.
Sds.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: reij em Novembro 02, 2010, 05:58:53 am
pra voçê ver tiago como como tem gente ignorante no mundo, deve ter estado no brasil la pelos anos 80, ficou alguns meses no brasil, ja saiu brasilianista, com especialização em economia brasileira, principalmente salarios, putz, ficou feio pra esse senhor, pois, pela tabela desse moço quem ganha salario minimo e olha que são pouquissimas as pessoas que ganham so salario minimo no brasil, são classe media, media alta :lol:, e como eu disse a maioria dos portugueses são gente boa mais tem uns ressentidos(babacas como vc escreveu), que não se conformam que o brasil seja o colosso que é hoje e a potencia(na america latina ja é e no mundo muito em breve) que será amanhã, triste, pra não dizere vergonhoso, outro dia nos foros sindramas.com tivemos que colocar a espanholada no seu devido lugar também, por que estavam se achando muita coisa, esses caras tem que se concientizar que gostem ou não, aceitem ou não somo grandes, somos importantes, seremos maiores, seremos mais importantes ainda e muito em breve até 2020 seremos a 4º ou 5º economia mundial, temos problemas sim temos não os escondemos mais estamos resolvendo cada dia, estamos melhor,
, porem forçar a barra com esse senhor forçou pra criar uma imagem pais que não condiz, pegou muito mal, e não podemos aceitar isso seja de portugueses, espanhois, americanos marcianos.......

ah agora pra baixar a poeira
vc desenvolve em que linguagens eu em delphi e php
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 02, 2010, 11:58:14 am
Não será que os valores que o PT avançou sejam a de quando a bolsa-familia foi criado? Estou a perguntar, não estou a afirmar.

PS: é claro que o Brasil avançou muitissimo nos últimos anos, até porque já voltou a ser um destino atrativo para alguns Portugueses.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: papatango em Novembro 02, 2010, 12:01:28 pm
Citação de: "papatango"
O programa bolsa-familia beneficiou 45.000.000 de brasileiros, que tinham rendimento de 30 a 60 Euros por mês per capita.
Uma família pobre brasileira com três filhos (numero comum) com um rendimento total de 175 Euros, pode receber um complemento adicional de até 90 euros.

No Brasil consideram família pobre aquela que tiver um rendimento per capita de até 65 Euros por mês. Mais de quatro quintos das pessoas que receberam subsídio continuam a receber esse subsídio e a situação não apresenta muitas melhoras.
É suposto o programa destinar-se a quebrar o ciclo geracional de pobreza, mas não serviu para mais nada que não fosse comprar votos para o PT.

Mas vocês têm ideia do que é RENDIMENTO PER CAPITA ?
Você tem ideia do disparate que disse ?
Você tem ideia que demonstrou que nem sequer teve capacidade para ler o que está escrito ?

Você tem ideia, ou já leu o que está no site do Ministério do Desenvolvimento Social do governo do Brasil sobre o programa Bolsa-Família ?
http://www.mds.gov.br/bolsafamilia

Você deu-se sequer ao trabalho de ler o que está até em sites super fáceis de aceder como o Wikipedia (onde está a maior parte da informação disponibilizada pelo governo do Brasil)

O salário mínimo brasileiro, mesmo beneficiando de uma taxa de câmbio mais favorável, está em €233. Uma família em que apenas uma pessoa trabalhe, e com três filhos (algo muito comum no Brasil real) é uma família que é considerada pobre porque a renda per capita é de €46.6.
Se você não conhece nenhuma família brasileira, em que só uma pessoa trabalha e onde quem trabalha recebe salário mínimo, então você não viveu nunca no Brasil

Citação de: "Ministério da Saúde"
Bolsa-Família, o que é:
O BOLSA FAMÍLIA é um programa de transferência de renda destinado às famílias em situação de pobreza, com renda per capita de até R$ 140 mensais, que associa à transferência do benefício financeiro o acesso aos direitos sociais básicos - saúde, alimentação, educação e assistência social.[/color]

Qual é a diferença entre essas duas frases:
... família pobre aquela que tiver um rendimento per capita de até 65 Euros por mês.
... às famílias em situação de pobreza, com renda per capita de até R$ 140 mensais...
http://bolsafamilia.datasus.gov.br/w3c/bfa.asp

A diferença, é a imbecilidade de quem fala sem conhecer os assuntos
R$ 140 é grosso modo equivalente a €64 (arredondado para 65)
Para um português é irrelevante uma diferença de €5 porque apenas se demonstra uma realidade que parece estar a ser distorcida sobre o Brasil, dando uma impressão completamente deturpada da realidade.

Renda per capita é o valor do rendimento total da família, dividido pelo numero de pessoas dessa mesma família (é uma média). Calculo que um programador em php tenha ideia do que uma «média aritmética simples» é...

Estude primeiro o conceito de rendimento médio por cabeça.
Aprenda a ler o que está escrito antes de fazer comentários disparatados.
Pesquise antes de falar, para não cair no ridículo.
Tenha em atenção o que diz o governo do Brasil e os vários ministérios
Há uma coisa chamada Google, que também ajuda.

E deixe-se de retórica contra Portugal e contra os portugueses. O seu discurso é típico de imigrante brasileiro irritado com o patrão português.





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Citação de: "Thisgo Barbosa"
"pobre no Brasil, é a que tem um rendimento per capita inferior a 30 euros por mês. Se passa a ganhar mais que isso, já passa de família miserável a família pobre. E se ganhar mais de 65 Euros por mês então já nem pobre é."

Parei de ler aqui. HAUSHASUAHU.

Além de também não saber o que é uma média, também não sabe o que é renda per capita e aparentemente também não sabe ler. Que coincidentes estes dois :mrgreen:
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Chico Xavier em Novembro 02, 2010, 01:39:13 pm
Não percebo! Se o Brasil está tão bom o que fazem cá milhares de Brasileiros ocupando empregos que seriam para Portugueses?
Sinceramente não percebo.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 02, 2010, 01:45:38 pm
A maior parte dos Brasileiros que por cá estão emigrados vieram há já uns bons anos, antes de isto ter ficado como está. Qualquer um como minimo de cabeça sabe disso.

PS: Pt acreditas que lipor alto o teu texto e nem percebi que estavas a falar de valores "per capita"?! :oops:
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: reij em Novembro 02, 2010, 01:52:13 pm
quem continua a não entender é o senhor

1º o senhor esta a falar de programas sociais como se todos no brasil dependese, disso para viver, "lembra familia que ganha até 65 euros no brasil não é considereado probre"

2º mais uma vez o senhor mostra que a anos não anda no brasil(seu total desconhecimento), pois fala apenas do programa bolsa familia que foi uma grande sacada, agora vem o que vc's nãoi entendem é que pra vc se candidatar ao bolsa familia basta que vc não tenha como demonstrar sua renda no caso de um autonomo, desempregado, que tenha um salario menor na carteira de trabalho, que não emita nota fiscal nem, declare sua renda(no caso de autonomos) pra falar a verdade os documentos que se exigem para receber o bolsa familia, são creo eu que apenas o olerite(contra-cheque) desconheço outros, o que o senhor talvez não saiba é que no brasil existem em quase todos os empregos 2 contratos os clt(consolidação das leis do trabalho) que é oficial, e uma especie de contrato de cavalheiros em que uma parte do salario é registrado a outra parte ganha por fora, como uma especie de bonificação prática muito comum aqui por causa do pro-labore que se paga no brasil que é muito caro registrar um funcionario pra cada funcionario que a empresa registra paga quase o memo salario de pro-labore, impostos, procure viver no local e trabalhar la se integrar a comunidade pra poder tirar, conclusões quando te falei que quase não conheço ninguem que ganhe salario é por causa disso tem os que ganham salario e comissão tem os que ganham um salario e outro por fora tem os que fazem muita hora extra, aqui um vendedor de espetinho, hot dog, ou qualquer ambulante ganha muito bem, mais, pode procurar estão todos cadastrados no bolsa familia, todos os que eu conheço estão nessa circunstancia sempre vai haver gente que realmente ganha muito pouco ou nada, mais alem de não serem a maioria, isso existe em qualquer lugar, em portugal por acaso não existem pobres, picareatas estelionatarios, caloteiros, creio que não deve ser o paraiso na terra, por isso não fale do que não sabe como dizemos aqui no brasil o buraco é bem mais em baixo.

quanto ao ministerios ele apenas coloca os criterios minimos que uma familia precisa para se enquandrar em programas sociais, não vejo polemica nisso

pois o senhor apenas demonstra ser cada vez mais, apenas mais um europeu ignorante
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: reij em Novembro 02, 2010, 02:10:07 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
A maior parte dos Brasileiros que por cá estão emigrados vieram há já uns bons anos, antes de isto ter ficado como está. Qualquer um como minimo de cabeça sabe disso.

PS: Pt acreditas que lipor alto o teu texto e nem percebi que estavas a falar de valores "per capita"?! :oops:

cabeça de todos os portugueses que postam aqui vc e´sem sombra de duvidas um dos mais sobrios, junto ao joão vaz, e com os pés no chão com certeza, merecem todo o meu respeito por não terem ressentimentos com o brasil e cada post demonstram isso, o que o joão vaz demonstrou de conhecimento da atualidade do brasil é coisa incrivel, não sei se por que no teu caso, tu esta em quase todas as listas brasileiras de defesa, se não me engano topei contigo outro dia do DB, e alguns outros não é

por isso veio tiro o chapeu voçês, voçês sim dignificam os portugueses do forum(que em sua maioria creio eu são muito gente boa) e por causa de voçês aliviamos nas criticas a teu pais, ja que a maioria não deve ser levada em conta por causa de um ignorante ou outro.

realmente tu es um forista de auto nivel
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Chico Xavier em Novembro 02, 2010, 02:28:53 pm
Ó amigo Reij,então dizer certas verdades é ser ignorante?
nem queira saber o que pensa a maioria dos Portugueses acerca dos Brasileiros que estão aqui!
 Atenção que refiro-me aos Brasileiros que vivem cá.
 Conheço aqui um ou outro que é gente boa mas a esmagadora maioria não presta.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Chico Xavier em Novembro 02, 2010, 02:31:41 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
A maior parte dos Brasileiros que por cá estão emigrados vieram há já uns bons anos, antes de isto ter ficado como está. Qualquer um como minimo de cabeça sabe disso.

PS: Pt acreditas que lipor alto o teu texto e nem percebi que estavas a falar de valores "per capita"?! :oops:


 Lá por estarem cá há muitos anos não quer dizer que não possam regressar uma vez que o Brasil está assim tão bom!
 Assim sendo libertariam empregos que eles ocupam e que os Portugueses tanto necessitam!
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: papatango em Novembro 02, 2010, 02:38:06 pm
Citar
PS: Pt acreditas que lipor alto o teu texto e nem percebi que estavas a falar de valores "per capita"?!

Cabeça de Martelo -> Eu estava a falar de valores per capita, porque o site do governo do Brasil fala de valores per capita, porque todos os sites sobre o programa bolsa-familia falam de valores per capita.
Quem entra numa discussão e responde com acusações tem o dever de pelo menos ler o assunto que comenta e saber minimamente do que fala.
Você até tem justificação porque não é brasileiro e eu até entendo. O que não entendo, é como que alguém que se diz brasileiro produz afirmações tão desconjuntadas, falsas e claramente mal intencionadas.


Citar
1º o senhor esta a falar de programas sociais como se todos no brasil dependese, disso para viver, "lembra familia que ganha até 65 euros no brasil não é considereado probre"

Aconselho moderação na cachaça !
Será que ainda não te deste ao trabalho de ler o que está escrito ?
Eu não disse absolutamente NADA DO QUE VOCÊ ESTÁ A INVENTAR
PARE DE MENTIR !
LEIA O QUE EU ESCREVI, ANTES DE INSULTAR A INTELIGÊNCIA DAS PESSOAS.

Eu afirmei que há uma bolha de consumo provocada por um programa de distribuição de dinheiro.
Eu afirmei que esse programa de distribuição de dinheiro a 45 milhões de pessoas, é responsável pelo aquecimento da economia e que parte desse crescimento economico se deve a isso. Como esse crescimento está baseado em programas de auxilio social, qualquer problema que condicione esse programa vai acabar por produzir um efeito recessivo inverso.

Eu afirmei que esse programa não tem resultados para além de garantir um subsidio adicional para pessoas que continuam com o mesmo nível de escolaridade e que não vão sair do ciclo de pobreza nem dentro dos próximos 20 ou 30 anos.
Eu afirmei que a única vantagem é a obrigatoriedade de manter as crianças na escola, porque pelo menos assim poderá haver alguns que aproveitem uma possibilidade de futuro melhor.

Para já a unica utilidade do programa, foi garantir alguns milhões de votos, das pessoas que votaram na Dilma porque o Lula mandou.
As pessoas não votaram por a Dilma ser competente, mas sim para garantir que  vão continuar a receber a bolsa-familia.
Isso não é voto de cabresto no sentido literal do termo, mas é parecido.
O Brasil tem uma presidente, que comprou a presidência com o dinheiro dos impostos.

Quem tem problemas com os pobres do Brasil, é parte da classe média que não suporta que lhe mostrem o país real e que assume como critica ao Brasil, qualquer critica que se faça por alguma razão.
Se nós criticamos o Bush, o Obama, o Blair, o Sarkozy ou o Medvedev, e os seus países porque não podemos criticar o Lula e a Lula de saias ?
Se criticamos esses países, porque não podemos criticar o Brasil ou fazer considerações sobre a situação de miséria em que vivem tantos brasileiros ?
Por acaso o Brasil tem alguma Carta Divina que proíbe criticar ?

Citar
sempre vai haver gente que realmente ganha muito pouco ou nada, mais alem de não serem a maioria, isso existe em qualquer lugar
Foi você do alto da sua falta de atenção INVENTOU uma afirmação mentirosa, afirmando que eu disse que a maioria da população brasileira vive do dinheiro do programa bolsa-família.
Eu nunca disse isso, FOI VOCÊ QUE INVENTOU.


Pare de inventar realidades alternativas sobre o Brasil. Nós conhecemos muito melhor a realidade que o que você gosta de admitir.

A realidade é muito mais cruel, que o que a propagando comunista afirma:

Citar
Metade da população brasileira vive com até um salário mínimo por mês
Um pouco mais da metade da população brasileira vivia com uma renda mensal de menos de um salário mínimo em 2009. É o que mostra a Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta sexta-feira (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O mínimo da época era de R$ 465.

A pesquisa considera que, dos 191,2 milhões de brasileiros, 56,8% tinham renda familiar entre zero e R$ 465. Das pessoas residentes em domicílios particulares, a pesquisa mostra que 29% viviam com menos de R$ 232,50 (meio salário mínimo).

Em relação ao grupo que ganha de um a dois salários mínimos (R$ 930), o número de pessoas chegava a 22,5% da população. Outros 15,8% ganhavam a partir de dois salários mínimos. Já 2,3% da população não tinham renda alguma, enquanto 3,2% não declararam quanto ganham.

http://www.aepes.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=78:metade-da-populacao-brasileira-vive-com-ate-um-salario-minimo-por-mes&catid=1:noticias&Itemid=50


Deixe de inventar brasis alternativos que só existem na imaginação.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabecinhas em Novembro 02, 2010, 03:36:25 pm
Citação de: "Chico Xavier"
Citação de: "Cabeça de Martelo"
A maior parte dos Brasileiros que por cá estão emigrados vieram há já uns bons anos, antes de isto ter ficado como está. Qualquer um como minimo de cabeça sabe disso.

PS: Pt acreditas que lipor alto o teu texto e nem percebi que estavas a falar de valores "per capita"?! :oops:


 Lá por estarem cá há muitos anos não quer dizer que não possam regressar uma vez que o Brasil está assim tão bom!
 Assim sendo libertariam empregos que eles ocupam e que os Portugueses tanto necessitam!

De certeza que os portugueses querem... você só mostra ignorância nas suas intervenções! Que eu saiba existe muita gente dos PALOP, BRASIL, EUROPA DE LESTE a fazer trabalho que os NATIVOS não o querem fazer... pois preferem ficar no banco de jardim a receber o RSI.

ESTOU A GENERALIZAR porque você está a generalizar... Olhe à sua volta primeiro, deixe de ver os noticiários da TVI, lei um pouco de história e não se deixe levar pela análise fácil. Se quiser eu levo-o a muitos locais onde existe portugueses que não querem fazer nada...

Passe bem!
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: reij em Novembro 02, 2010, 09:30:11 pm
"Ó amigo Reij,então dizer certas verdades é ser ignorante?
nem queira saber o que pensa a maioria dos Portugueses acerca dos Brasileiros que estão aqui!
Atenção que refiro-me aos Brasileiros que vivem cá.
Conheço aqui um ou outro que é gente boa mas a esmagadora maioria não presta."

infelismente eles estão perdendo tempo ai em portugal, não demora caso sua situação economica deteriore, provavelmente é o que vai acontecer voçês portuguerses começarão a fazer como os espanhois que jogam a culpa de estarem na merda nos emigrantes, portugal por estar numa situação infinitamente pior que a espanha(que ja é lastimavel), diria com um pe e meio na cova, não é atrativo para ninguem, eles deveriam retornar infelismente pelos laços que se criam amizades, vizinhos e tals, familias,  continuam e so partirão quando a situação ficar insustentavel, porem de novo falo, o futuro de portugal é negro deveriam todos voltar pois pra portugal a maioria das pessoas que foram embora nos anos 90 e inicio do seculo XXi eram muito qualificadas, so isso, quanto ao cidadão papatango ja demonstrei a realidade se ele quer acreditar no informe, blz vivo no bradil posso falar como é se não quer acreditar problema dele, não posso fazer mais nada, apenas considera-lo ignorante, alias como tenho repetido.

enquanto ele pensa isso estamos cada dia melhor e ele e provavelmente toda a região onde vive cada dia pior, se estar em situação dificil for como a maioria dos brasileiros vive hoje(na opinião do moço) então estamos muito bem obrigado......
ele leu em algum lugar, e tirou suas conclusões nos vivemos no brasil não precisamos tirar conclusões baseada em algum texto, e não vemos em lugar nenhum o que ele disse, por isso, continuaremos nessa situação dificil :mrgreen:

o vidinha dificil que temos no brasil acho que vamos para portugal que é o paraiso na terra
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: papatango em Novembro 02, 2010, 09:48:40 pm
Citação de: "Xico Xavier"
Ó amigo Reij,então dizer certas verdades é ser ignorante?
nem queira saber o que pensa a maioria dos Portugueses acerca dos Brasileiros que estão aqui!
Atenção que refiro-me aos Brasileiros que vivem cá.
Conheço aqui um ou outro que é gente boa mas a esmagadora maioria não presta.

Não tenho ideia de que a maioria dos brasileiros sejam gente que «não presta». Não entendo sequer o que é uma pessoa que não presta. Existem pessoas de todos os lados que têm habitos que entram em conflito com os nossos, mas não temos o direito de achar que são gente que não presta.
Isso levaria muitas interpretações que sinceramente nem sequer entendo.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Thiago Barbosa em Novembro 03, 2010, 01:07:38 am
Faça a idéia de Brasil que quiser, Papatango. Tô cagando e andando. Se para você é mais agradável pensar dessa forma. Agora, se Portugal saísse da Zona do Euro, para onde iria sua arrogância e o valor da sua moeda, claro? rs
Sem mais.
Sds.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Thiago Barbosa em Novembro 03, 2010, 01:09:16 am
E sobre imigração Xico Xavier, acho que há mais portugueses no Brasil do que brasileiros em Portugal. Não sei sobre números, mas...
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Thiago Barbosa em Novembro 03, 2010, 01:21:18 am
Saindo um pouco do assunto, olhem o que eu achei. É engraçado:

Portugueses pobres no Brasil

Esses pequenos proprietários rurais pobres, rudes, originários do norte de Portugal, da região do Minho, contribuíram para a formação da imagem negativa e preconceituosa do imigrante português, estigmatizando-os como pessoas intelectualmente pouco qualificadas.

Na segunda metade do século XIX já aparecem os primeiros livros de anedotas, fazendo críticas sutis à herança colonial. O anedotário deve ser entendido como o lado mais popular do debate entre políticos e intelectuais do país que se preocupavam, sobretudo, em definir e afirmar a identidade nacional. Nesse contexto, as anedotas expressavam a rejeição do povo brasileiro ao seu passado colonial.

Os imigrantes pobres são retratados por um escritor da década de 1820, Raimundo da Cunha Mattos. Diz ele que o português pobre, ao desembarcar nos portos brasileiros, vestia polaina de saragoça, (...) e calção, colete de baetão encarnado com seus corações e meia (...) geralmente desembarcavam dos navios com um pau às costas, duas réstia de cebolas, e outras tantas de alhos... e ... uma trouxinha de pano de linho debaixo do braço. Eram minhotos que, para sobreviver, dormiam na rua e procuravam ajuda de instituições de caridade.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 03, 2010, 11:58:12 am
Eu acho que o pessoal tem que parar de usar a bílis antes de escrever no fórum.

Thiago o PT não é anti-Brasil, muito pelo contrário, se leres o que ele escreve sobre os políticos Portugueses, verás que não difere do que ele diz sobre os Brasileiros. Ele não gosta é de "bermelhos", comunas e comedores de criancinhas (também conhecidos por Socialistas cá em Portugal).

O que ele e muitos colegas cá do fórum (incluindo eu) não gostam é de planos despesistas como o dito programa social de Bolsa família.

É também verdade que enquanto Portugal e a Europa andam devagar e com sinais claros de fragilidades internas, o Brasil cresce a bom ritmo, mas não é verdade que se viva melhor no Brasil do que em Portugal. Isso é garantido e é facilmente comprovavel usando a estatística. O rendimento per capita, a segurança, saúde, etc; todos estes elementos são superiores em Portugal. Isso é um facto.

Li o artigo que colocou sobre os emigrantes Portugueses que foram para aí à tantos anos e ao contrário de se calhar muitos Portugueses aqui no fórum não fiquei ofendido, pelo contrário fiquei ao mesmo tempo triste e orgulhoso. Triste por ver como houve tantos Portugueses a terem que emigrar para ganharem o seu pão, orgulhoso por saber que muitos deles triunfaram e as gerações posteriores são exemplos de integração na sociedade Brasileira e sucesso no mundo académico e laboral.

Em Portugal houve duas vagas de emigração muito diferentes, uma feita por técnicos especializados e superiores e outra pelos que estavam a fugir à fome (tal como os Portugueses que foram para aí até aos anos 50). Posso dizer-te que uma das coisas que mais detesto são as telenovelas, e posso dizer-te que Portugal é o 4º maior produtor dessas ditas "obras". Isso foi conseguido em parte graças aos técnicos Brasileiros que vieram para aqui trabalhar. Lembro-me de uma TAP que é gerida por um Brasileiro, lembro-me dos dentistas Brasileiros...

A segunda vaga é de pessoas sem qualquer tipo de qualificações académicas, pobres e que mal têm para comer. Na escola de condução onde tirei a carta havia imensos Brasileiros já com os seus 30 anos para cima que não tinham carta de condução e que graças ao que ganhavam cá, já dava para esse "luxo", vi muitos Brasileiros a comprarem pela primeira vez um carro (a imagem estereotipada do emigrante Brasileiro é de um tipo com um Fiat Punto a cair aos bocados com um ou mais telemóveis/celulares no Português além-mar topo de gama).

Nisto tudo o que tenho a dizer é:

1-   Espero que o Brasil chegue ao top 5 no PIB mundial;
2-   Espero que os Brasileiros vejam a sua qualidade de vida melhorada, já que nesse aspecto ainda há muito para fazer;
3-   Espero que as relações entre Portugal e o Brasil se fortifiquem ainda mais e que haja uma maior cooperação a todos os níveis (a CPLP pode ser uma boa opção se os governos dos dois países investirem realmente na comunidade)
4-   Espero que os Brasileiros olhem para além da piada fácil acerca dos Portugueses e que a designação  PIG é uma invenção Britânica e esse país não tem moral para chamar nomes a ninguém.
5-   Espero que os Portugueses olhem para além da piada fácil acerca dos Brasileiros e que percebam foi um país como Portugal que criou a maior potência económica da América dos Sul. Há que ter orgulho nisso.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: reij em Novembro 03, 2010, 02:04:33 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Eu acho que o pessoal tem que parar de usar a bílis antes de escrever no fórum.

Thiago o PT não é anti-Brasil, muito pelo contrário, se leres o que ele escreve sobre os políticos Portugueses, verás que não difere do que ele diz sobre os Brasileiros. Ele não gosta é de "bermelhos", comunas e comedores de criancinhas (também conhecidos por Socialistas cá em Portugal).

O que ele e muitos colegas cá do fórum (incluindo eu) não gostam é de planos despesistas como o dito programa social de Bolsa família.

É também verdade que enquanto Portugal e a Europa andam devagar e com sinais claros de fragilidades internas, o Brasil cresce a bom ritmo, mas não é verdade que se viva melhor no Brasil do que em Portugal. Isso é garantido e é facilmente comprovavel usando a estatística. O rendimento per capita, a segurança, saúde, etc; todos estes elementos são superiores em Portugal. Isso é um facto.

Li o artigo que colocou sobre os emigrantes Portugueses que foram para aí à tantos anos e ao contrário de se calhar muitos Portugueses aqui no fórum não fiquei ofendido, pelo contrário fiquei ao mesmo tempo triste e orgulhoso. Triste por ver como houve tantos Portugueses a terem que emigrar para ganharem o seu pão, orgulhoso por saber que muitos deles triunfaram e as gerações posteriores são exemplos de integração na sociedade Brasileira e sucesso no mundo académico e laboral.

Em Portugal houve duas vagas de emigração muito diferentes, uma feita por técnicos especializados e superiores e outra pelos que estavam a fugir à fome (tal como os Portugueses que foram para aí até aos anos 50). Posso dizer-te que uma das coisas que mais detesto são as telenovelas, e posso dizer-te que Portugal é o 4º maior produtor dessas ditas "obras". Isso foi conseguido em parte graças aos técnicos Brasileiros que vieram para aqui trabalhar. Lembro-me de uma TAP que é gerida por um Brasileiro, lembro-me dos dentistas Brasileiros...

A segunda vaga é de pessoas sem qualquer tipo de qualificações académicas, pobres e que mal têm para comer. Na escola de condução onde tirei a carta havia imensos Brasileiros já com os seus 30 anos para cima que não tinham carta de condução e que graças ao que ganhavam cá, já dava para esse "luxo", vi muitos Brasileiros a comprarem pela primeira vez um carro (a imagem estereotipada do emigrante Brasileiro é de um tipo com um Fiat Punto a cair aos bocados com um ou mais telemóveis/celulares no Português além-mar topo de gama).

Nisto tudo o que tenho a dizer é:

1-   Espero que o Brasil chegue ao top 5 no PIB mundial;
2-   Espero que os Brasileiros vejam a sua qualidade de vida melhorada, já que nesse aspecto ainda há muito para fazer;
3-   Espero que as relações entre Portugal e o Brasil se fortifiquem ainda mais e que haja uma maior cooperação a todos os níveis (a CPLP pode ser uma boa opção se os governos dos dois países investirem realmente na comunidade)
4-   Espero que os Brasileiros olhem para além da piada fácil acerca dos Portugueses e que a designação  PIG é uma invenção Britânica e esse país não tem moral para chamar nomes a ninguém.
5-   Espero que os Portugueses olhem para além da piada fácil acerca dos Brasileiros e que percebam foi um país como Portugal que criou a maior potência económica da América dos Sul. Há que ter orgulho nisso.

cabeça como sempre vc é muito diplomatico e isso é bom, na realidade nem um brasileiro, disse que o nivel de vida no brasil é melhor que o portugues(por enquanto ainda não :lol: ), mais tambem ninguem, pode inventar mentirar e comparar o brasil a nações da africa subsaariana, isto não podemos nem devemos aceitar, tamanha calunia, outra coisa esses planos gastadores(que voçês não gostam) como vc diz tem ajudado em duas questões, primeiro tem ajudado a diminuir a evasão escolar, seguindo tem diminuido as desigualdades pois não são simplesmente um plano social são um pacote completo de obras sociais pro brasil tem sido fantastico não, pelas quantias mais sim pelos resultados, obtidos, não é atoa que são imitados em muitas partes do mundo e recebem premios constantemente, alem de ajudar a formar uma geração de novos brasileiros muito mais escolarizados, que os atuais e isso não tem preço pois indiretamente é mais um investimento em educação, e investir em educação é investir no futuro, pois para se manter nesses projetos os filhos tem que ter no minimo 80% de presença e notas copnsideradas boas.

traduzindo diferente do que o papa..... falou estamos no caminho certo, o que me irrotou é que ele apenas leu em algum lugar e ja tirou conclusões ridiculas como ele proprio, sem procurar conhecer a realidade
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Thiago Barbosa em Novembro 03, 2010, 04:21:26 pm
Eu jamais diria que a qualidade de vida dos brasileiros é maior que a dos portugueses, não tem cabimento. E sobre o texto que coloquei foi mesmo para atingir alguns portugueses que pensam ser o que não são. O Brasil tem muitos problemas sociais, mas muitos se esquecem que a forma de pensar portuguesa(brasileira também, óbvio) contribuiu e muito para isso, como quando os escravos foram abolidos, ao invés de dar-lhes oportunidades de empregos e etc, o Brasil promoveu vários projetos para incentivar a imigração européia no país, para ''clarear'' a população. Quando aquele senhor que postou pouco antes de mim diz que conhece poucos brasileiros que ''prestam'', também está falando dos portugueses já que a base da cultura do brasileiro é herdada do povo de Portugal, queira ele ou não. Quando não são descendentes de portugueses, são povos ''educados'' e influenciados por portugueses durante os séculos onde o Brasil ainda era apenas uma colônia de Portugal. Você, Cabeça de Martelo, parece ser um cara mais ''sóbrio''... Mas como é a opinião pública portuguesa sobre os brasileiros? Eu gostaria de admirar mais Portugal, porque de uma forma ou de outra somos um povo só, mas certas pessoas, certos comentários, certas formas de pensar mexem demais com o orgulho do meu país e se o clima quase sempre for hostil, sempre haverão conflitos verbais. Já fui a muitos países da Europa mas ainda não tive vontade de visitar Portugal, sempre há a impressão de que nenhum brasileiro é bem vindo nesse país.  :?
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 03, 2010, 04:37:49 pm
A generalidade dos Portugueses pensa que o Brasil é um sitio porreiro para se ir passar férias, que os vossos politicos são corruptos até ao tutano (em tudo semelhante aos nossos), que o Lulla é um grnade senhor e quem nos dera a nós termos um PR/PM de igual calibre, que as mulheres são mais fáceis, que os homens são mais "sacanas", que o turista Brasileiro (o verdadeiro) é rico e como tal deve ser tratado com respeito, que o Brasil é neste momento uma solução de recurso muito interessante para alguns sectores da sociedade, que os jogadores de futebol são bons, etc.

Eu nunca vi tanto interesse nas eleições de um outro país excepto quando é nos EUA como foi agora no Brasil. Nas noticias só se falou de duas coisas, o orçamento de estado e das eleições no Brasil. Por alguma razão há este interesse...
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 03, 2010, 04:47:17 pm
Abre os links e salva as imagens para o teu PC. Irás ver um artigo sobre a nova geração de Portugueses no Brasil:

http://i224.photobucket.com/albums/dd14 ... 867113.jpg (http://i224.photobucket.com/albums/dd141/cmbv79/forum/EN04867113.jpg)
http://i224.photobucket.com/albums/dd14 ... 867115.jpg (http://i224.photobucket.com/albums/dd141/cmbv79/forum/EN04867115.jpg)
http://i224.photobucket.com/albums/dd14 ... 867116.jpg (http://i224.photobucket.com/albums/dd141/cmbv79/forum/EN04867116.jpg)
http://i224.photobucket.com/albums/dd14 ... 867118.jpg (http://i224.photobucket.com/albums/dd141/cmbv79/forum/EN04867118.jpg)
http://i224.photobucket.com/albums/dd14 ... 867119.jpg (http://i224.photobucket.com/albums/dd141/cmbv79/forum/EN04867119.jpg)
http://i224.photobucket.com/albums/dd14 ... 867120.jpg (http://i224.photobucket.com/albums/dd141/cmbv79/forum/EN04867120.jpg)
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Thiago Barbosa em Novembro 03, 2010, 05:16:45 pm
Um ótimo artigo! Só uma correção, o PIB de São Paulo não é de 60% em relação ao nacional, é de 32% apenas.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: papatango em Novembro 04, 2010, 12:14:29 am
LOL

Eu não gosto é de bandidos e de gente desonesta.

Nem sequer é a ideologia de per si que me irrita, é a mentira, a tentativa de enganar, a tentativa premeditada de obstruir a verdade.
Devo confessar que a falta de estudo também me chateia, mas mesmo aí, só quando se explica algo a alguém e esse alguém, demonstra não ter argumentação mas ainda assim insiste no erro...

Infelizmente é relativamente comum.  :shock:
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 04, 2010, 08:55:12 am
PT deixa lá os "socialistas" em paz... :twisted:
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: João Vaz em Novembro 04, 2010, 11:10:08 am
Parte II, Volume 1

Pequenas enormidades à parte, bons motivos de riso e de apegos simbólicos aos orgulhos nacionais, com pontas de nostalgia e esquizofrenia geo-temporal (de fazer empalidecer o psicoterapeuto mais veterano)... regressemos ao diagnóstico em progresso do gigante.
 
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fdiariodopresal.files.wordpress.com%2F2010%2F08%2Fplataforma-petroleo-petrobras-rj.jpg&hash=4e85080a4baf7cbef716ffa50b7baec5)
 
1) Na semana passada, o Lula recebeu três enormes presentes de aniversário: novo bloco de petróleo no Nordeste, na Bacia de Sergipe-Alagoas (http://http), de qualidade semelhante ao encontrado nas águas profundas da Bacia de Campos.
 
A jazida situada a 2.341 metros de profunidade e a 58 km da costa do estado de Sergipe será explorada por um consórcio 100% nacional liderado pela PETROBRAS e constitui-se como a primeira campanha de exploração desta magnitude no nordeste brasileiro.
 
(nota 1) a): a PETROBRAS anunciou quase em simultâneo nova descoberta de petróleo em Angola, a segunda neste mês no bloco 15/06, operado pela ENI (35%), em parceria com a Sonangol (15%), SSI Fifteen Limited (20%), Total (15%), Falcon Oil (5%), STATOIL Angola Block 15/06 Award SA (5%) e o gigante estatal brasileiro (com 5%), sendo que as avaliações iniciais indicam existência de petróleo de alta qualidade, com potencial de extracção aproximado a 7 mil barris diários)
Estadão (http://http)
 
E olha só quem está na foto também:
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.onordeste.com%2Fadministrador%2Fblogs%2Ffotonoticias%2Fd88a4d2b4799bcd2ccdb2d2e2929f09d667.jpg&hash=56bd936cdafb7789b939b1a8f7f6f5fa)
 
Um português, pois está claro. O Ferreira de Oiveira (que nos evoca o lendário Oliveira da Figueira nas aventuras de Tintim)da GALP. Pela primeira vez, a GALP Energia está a produzir petróleo como operadora de um projecto onshore.
 
2) Lula despede-se com 83% de popularidade (http://http) (mais do que isto, só nos regimes megalómanos africanos e soviéticos) e obra feita de fazer inveja a muito "ocidental"...
 
...garantindo 3) a eleição da primeira mulher presidente do Brasil, com o voto de confiança da maioria dos brasileiros. Curiosamente, uma mineira filha de emigrantes, tal como Kubitschek (o presidente que concebeu Brasília e relançou o desenvolvimento industrial do Brasil), o que só augura algo de bom.
 
Há mais algumas migalhas para nós na Lusitânia, enquanto a inteligência não chegar a São Bento.
No desenvolvimento e uso de energias renováveis, por ex., que reuniu na semana passada em Lisboa no Global Clean Energy Forum (http://http) especialistas e CEOs do sector, e diversos representantes de governos.
O Director de biodiesel da Petrobras Biocombustíveis confirmou que o etanol já representa cerca de 53% do consumo de combustíveis no Brasil, e referiu o acordo entre PETROBRAS e GALP Energia para produção de biocombustível na refinaria de Sines, esse elefante branco. Sempre é algum negociozito fraternal. A malta agradece.
E ainda na realização de Cursos especializados de "Geologia e Petróleo" (http://http) no Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que entrará na sua segunda edição (http://http) já na próxima semana, em resultado
do Protocolo Universidade e a PETROBRAS (representando o Consórcio BR/GALP/PARTEX).
 
Lembremos que ainda no mês de Setembro passado, as exportações portuguesas para o gigante sul-americano (http://http) alcançaram novo recorde: 60,4 milhões de dólares, com potencial para crescerem muito mais.
Nos primeiros nove meses de 2010 atingimos os 397,5 milhões de dólares, quase 53% acima do verificado em igual período de 2009. Sendo que 32% as nossas grandiosas exportações consistem apenas no tradicional azeite e bacalhau...  c34x  
Há dois anos, o presidente Lula anunciou a encomenda de 146 barcos de apoio pela PETROBRAS. Desses, 13 já foram licitados e outros 24 estão em fase de disputa. Esses 146 não levam em conta a procura acrescida gerada pelo Pré-Sal – pois os estudos foram realizados antes da confirmação desta descoberta. Por isso, corre o rumor de que a PETROBRAS pensa na necessidade de triplicar o número total de 146, numa previsão que ronda as 438 unidades. Ao preço médio de 50 milhões de dólares, poderá atingir-se a marca de 22 bilhões de dólares em encomendas.
Comparativamente, em 1997 havia apenas 44 navios brasileiros. Hoje, são 130.  
As vultuosas encomendas para os próximos anos respondem também a outra exigência: a frota está envelhecida e necessita substituição.
Finalmente, assinale-se que a Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo é composta por 23 empresas nacionais, muitas com capital parcial ou até totalmente estrangeiro, pois a legislação concede pleno direito de actuação a empresa brasileira de capital estrangeiro, desde que encomende unidades no Brasil e use recursos marítimos locais. Ou seja, algo muito parecido com o que a Coroa de Portugal implementou desde o final do séc. XV e durante o séc. XVI, na época onde existia uma estratégia marítima.
 
A TRANSPETRO (http://http), subsidiária da PETROBRAS que cuida da frota de navios da companhia petrolífera, vai contratar 2.500 profissionais de Marinha Mercante nos próximos quatro anos (actualmente, a TRANSPETRO possui 52 embarcações, com cerca de 2.200 profissionais em operação. Dois petroleiros já foram incorporados à frota). Esta mão-de-obra trabalhará nos 49 novos navios encomendados pela empresa, praticamente duplicando a sua frota. em que se incluem sete petroleiros de grande porte, construídos no [urlhttp://www.estaleiromaua.ind.br/]Estaleiro Mauá[/url], no Rio de Janeiro.
 
O primeiro navio, o petroleiro “João Cândido” de 274 metros de comprimento com capacidade para um milhão de barris de petróleo (metade da produção diária nacional), destinado ao transporte de longo curso, foi lançado em Maio no Porto do Suape (http://http) (Pernambuco).
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fdiariodopresal.files.wordpress.com%2F2010%2F05%2Festaleiro-atlantico-sul-em-pernambuco-onde-foi-construido-o-primeiro-navio-do-promef-04-05-2010.jpg&hash=f0e1ca2933cb26d9195c41ae3d4c9f44)
Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco - onde foi construído o Primeiro navio do Promef - Programa de Modernização e Expansão da Frota, da TRANSPETRO
Graças ao Programa de Modernização e Expansão da Frota da TRANSPETRO (Promef) no Estaleiro ATLANTICO SUL (EAS), no Porto de Suape, em Pernambuco, o navio do tipo Suezmax constitui um marco histórico para a indústria naval brasileira. Trata-se do primeiro navio de grande porte construído no Brasil a ser entregue à PETROBRAS em 13 anos. A última havia sido encomendada em 1987 e levou 10 anos para ser concluída.
 
Outro lançamento histórico foi o navio-plataforma “Cidade de Angra dos Reis” da PETROBRAS que será responsável pelo início da prospecção definitiva de petróleo do primeiro dos 9 poços descobertos na camada do pré-sal (http://http) no Campo de Tupi, na Bacia de Santos (São Paulo).
 
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.offshoreenergytoday.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2010%2F08%2F2039137324_bce9f4d3_FPSO_MODEC_Venture_11.jpg&hash=d97d96b7081b2288891646d32345dafb)
O navio-plataforma com capacidade para produzir até 100 mil barris/dia e processar até cinco milhões de metros cúbicos de gás. Trata-se da primeira unidade programada para produzir em escala comercial no pré-sal da Bacia de Santos. A unidade produzirá petróleo leve de alto valor comercial e dará início ao sistema de produção definitivo de Tupi, recolhendo informações técnicas fundamentais para o desenvolvimento das grandes jazidas de petróleo descobertas nos últimos anos naquela bacia sedimentar.
 
1.2. Novos estaleiros
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fdiariodopresal.files.wordpress.com%2F2010%2F08%2Findustria-naval-brasileira.jpg&hash=293807a82f8006cf5a5452cb7472c118)
a) O Estado de Pernambuco ganhou dois novos estaleiros no Complexo Portuário de Suape, acolhendo a implantação das unidades, de origem portuguesa (MPG Shipyards) e coreana (STX Europe). O investimento conjunto atinge os 490 milhões de dólares.
Segundo as empresas, os estaleiros devem gerar um total de cerca de 5.200 postos de trabalho directos. O estaleiro português, MPG Shipyards - extensão da empresa portuguesa de estruturas metálicas Manuel Pires Guerreiro (MPG) sediada em Setúbal -, vai investir 140 milhões de dólares numa unidade produtora de módulos off-shore, equipamentos para navios e projetos eólicos.
O protocolo de intenções foi assinado em Março passado com o governo pernambucano. O projecto da empresa portuguesa (http://http)MPG Shipyards passa pela ocupação de uma área de 33,5 hectares no "cluster" naval do Complexo Portuário de Suape com a criação de 1200 empregos directos com a expectativa de outros 6 mil indirectos. A receita para o investimento português reside nos incentivos fiscais e no considerável aumento da procura de navios.
 
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F3.bp.blogspot.com%2F_oJ26WVBRRlQ%2FS6zW0D40tCI%2FAAAAAAAAAHk%2FbOJFEkmBAIs%2Fs1600%2Fstx.jpg&hash=db01dd468f02f5c30cf1396e652e2b17)
Somados ao Estaleiro ATLÂNTICO SUL que já está implantado em Suape e é o maior do hemisfério sul (1,8 bilhões de dólares / 5 mil empregos), e aos já anunciados Alusa/Galvão (495 milhões de dólares / 3 mil empregos), Construcap (120 milhões de dólares / 7 mil empregos) e Schahin-Tomé (180 milhões de dólares / 1,7 mil empregos) já são seis Estaleiros, num total de 3 bilhões de dólares em investimentos, resultando na criação de mais de 20 mil empregos directos e entre 60 e 80 mil empregos indirectos. Estes números levarão Pernambuco a assumir a liderança da indústria naval brasileira em menos de 10 anos.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwp.clicrbs.com.br%2Frbstvriogrande%2Ffiles%2F2010%2F04%2Festaleiro-03.jpg&hash=fb0507c9af232ca77ba6dc55ff1eac42)

b) Num investimento de 3,75 bilhões de dólares, a PETROBRAS deu luz verde à empresa Engevix, de São Paulo, para iniciar a construção de 8 cascos de plataformas para a estatal no porto de Rio Grande. Deve gerar 7 mil empregos nos próximos 5 anos no fabrico das plataformas tipo FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading), instaladas sobre cascos de navios. A construção do primeiro casco deve começar em 2012, e o último ficará pronto em 2017. As embarcações serão usadas na exploração de petróleo da camada do pré-sal. Excelente notícia para a cidade, que também deve ser sede da montagem das plataformas P-55 (semi-submersível) e P-63 (FPSO).
 
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.vwswestgarth.com%2Flibrary%2Fwestgarth.en%2Frepository%2F18233%2CFPBR3.JPG&hash=e9918884f39cbc82b814a30feb9fbbe8)
c) o estaleiro RIO NAVE (http://http) (RJ) venceu a licitação aberta pela TRANSPETRO para construção de 5 navios, incluídos na segunda fase do Programa de Expansão e Modernização da Frota (Promef). O investimento será de 268,5 milhões de dólares e vai gerar 2.500 postos de emprego directos.
Além destes postos de trabalho, a construção dos navios também vai gerar a criação de mil vagas adicionais. De acordo com a empresa, estes trabalhadores serão necessário para a modernização do estaleiro, que funciona numa área do extinto estaleiro Caneco, no Caju, zona portuária do Rio de Janeiro.
 
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Feverleit.files.wordpress.com%2F2009%2F11%2Fo-brasil-decola.jpg%3Fw%3D300%26amp%3Bh%3D224&hash=eb068f5b13637f86ff1dc3004e284b27)
d) Desenvolvimento Empresarial no Sector Marítimo/Naval
Um exemplo, entre muitos, do desenvolvimento da indústria naval nacional (http://http): a MPE Projetos Especiais S.A., principal empresa do grupo MPE, prepara um investimento de 200 milhões de Reais em 5 anos na construção/instalação de uma nova unidade industrial no Rio de Janeiro vocacionada para reparação e manutenção de plataformas e produção de módulos de plataformas, em resposta à procura adicional de navios e logística naval propiciada pelas descobertas do pré-sal.  
 
Os produtos e serviços prioritários provenientes das mais diversas áreas: instrumentos, mecânica, tubagens, equipamentos onshore e subsea, equipamentos de protecção individual, construção e manutenção naval, instalações e montagens industriais, manutenção industrial.

As oito FPSOs (navio-plataforma para produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás) estão em construção no Brasil com exigências de, no mínimo, 70% de conteúdo local. Juntamente com a ordem de encomenda de 28 plataformas de perfuração marítima (http://http) com licitação em curso, produziu-se um aumento exponencial das necessidades logísticas em guinchos de amarração, âncoras, guindastes, motores auxiliares, turbo-geradores, guindastes marítimos, etc.,

Precisamente para atender o aumento de procura em aprestos e máquinas, as micro e pequenas empresas têm agora uma grande oportunidade vender seus produtos para a PETROBRAS. A petrolífera, que actualmente tem apenas 30% de seu fornecimento proveniente do mercado interno, pretende ampliar o montante para 60%. Segundo estudo da ONIP (Organização Nacional da Indústria do Petróleo), elaborado pela consultoria internacional Booz & Company, nos próximos 10 anos deverão ser investidos em toda a cadeia de petróleo e gás natural 400 bilhões de dólares.
 
O Secretário do Desenvolvimento do Estado de São Paulo já apontou a falta de fornecedores nacionais, pois atcualmente mais de 50% do fornecimento dessa cadeia logística provém do Estado. Essa margem irá ser ampliada suprida, subcontratando os seus serviços à PETROBRAS como fornecedores indirectos da gigante estatal, permitindo simultaneamente melhorar os processos de produção. Isto é conseguido através da da agência paulista de fomento Nossa Caixa Desenvolvimento (http://http), que dispõe de importantes linhas de crédito (com juros a 0,96% ao mês). Por outro lado, os investimentos no Estado, cada vez mais procurados (só no último ano o Estado encaixou 2,7 bilhões de Reais), são intermediados e captados pela Investe São Paulo - Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (http://http) com empresas interessadas,

... (ver "post" seguinte)
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: João Vaz em Novembro 04, 2010, 11:14:44 am
1.2.1.Dois novos Super-Portos Marítimos no Estado do Rio de Janeiro.
 
Projecto do novo Porto Marítimo do Açu (RJ)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.itaesa.com.br%2Futil%2Farquivos%2Fporto_do_acu2.jpg&hash=f08c659161c8adf68d17cc7a53af6853)

O Complexo do Super-Porto do Açu (http://http), recém-aprovado Distrito Industrial de São João da Barra, situa-se no litoral norte do Rio de Janeiro. Com o apoio do Banco Nacional para o Desenvolvimento, configura o maior investimento do Brasil em infraestrutura portuária e tornar-se-á na mais recente e mais ampla Plataforma Logística.
 
O novo estaleiro em São João da Barra - a cargo da OSX, empresa do setor de equipamentos e serviços para a indústria de petróleo e gás pertencente ao grupo EBX do empresário multi-milionário brasileiro Eike Batista - abrange uma área de 320 hectares no futuro Complexo Industrial do Superporto do Açu, em construção no município fluminense de São João da Barra. servirá de centro logístico para as regiões mais desenvolvidas do Centro-Oeste e Sudeste.
Este terminal portuário privativo de uso misto providenciará a construção de equipamentos navais e apoio à indústria do Petróleo e do Gás devido à proximidade da bacia de Campos, assim como da produção siderúrgica.  
A capacidade de produção anual do estaleiro no Açu tem a previsão de, aproximadamente, 180.000 toneladas de chapas de aço e 220.000 toneladas de montagem. O cais projectado, ultrapassa os 3.500 metros de extensão com capacidade para receber navios Capesize com capacidade de até 220.000 toneladas e contará com dez berços de amarração, para minério de ferro, movimentação de petróleo, carvão e produtos siderúrgicos, escória e granito.                
     
Como complemento, o superporto terá um Complexo Industrial contíguo com 90.000 metros quadrados para instalação de diversos tipos de indústrias, siderúrgicas, termoeléctrica, cimenteiras, pólo metalo-mecânico, unidades de processamento de minério e tratamento de petróleo, além de área para armazenamento e movimentação de produtos. Disponibilizará ainda um conjunto de serviços complementares prestados por empresas especializadas em expedição, integração intermodal, armazenagem e unidade alfandegária. concentrando todos os serviços necessários à produção e escoamento de seus produtos às empresas instaladas no Complexo Industrial. Empresas essa que ainda deverão beneficiar de incentivos fiscais, à imagem de outros pólos navais no país. O empreendimento tem previsto o início de operações em 2012.

O pequeno irmão será o Superporto Sudeste, um terminal privativo de uso misto localizado no município de Itaguaí, na Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro, com localização privilegiada entre as jazidas de minério do Quadrilátero Ferrífero (Minas Gerais) e o mar, vocacionado essencialmente para embarque de minério de ferro.
Dispõe de integração com as linhas de caminho de ferro e futuras ligações rodoviárias do Rio de Janeiro, possuirá uma retroárea de 52,1 hectares, com grande capacidade para armazenamento 50 milhões de toneladas por ano (mtpa) e manuseamento de minério de ferro. O potencial de expansão poderá elevar a capacidade para 100 mtpa.
O Superporto Sudeste tem início de operações previsto para o final de 2011, início de 2012.

1.2.2. Novo Estaleiro/Base Naval da Marinha em Itaguaí (RJ)



(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F3.bp.blogspot.com%2F_-CWa36bt7UA%2FTF2rvIBjhBI%2FAAAAAAAABV0%2FfO61SMNgecw%2Fs1600%2Festaleiro_base_naval-1.jpg&hash=43f3aab14935888333292478a6706c23)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.naval.com.br%2Fblog%2Fwp-content%2Fuploads%2F2009%2F07%2Fjobim-senado31-bases-navais.jpg&hash=6711872a360db61c84ff6e578f837f70)
(ver "posts" anteriores)
 
2.1. Fundo Social do Pré-Sal
Como complemento ao bem sucedido programa do Bolsa-Família e das política de desenvolvimento social e regional em áreas de combate à pobreza, educação, saúde, cultura, ciência e tecnologia e ambiental, o Senado aprovou este ano a criação do Fundo Social do Pré-sal (http://http), vinculado à Presidência da República, constituindo-se em regime de partilha e distribuição dos 'royalties' sobre a receita da comercialização de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos (bem como os resultados de aplicações financeiras sobre suas disponibilidades) a todos os estados e municípios, estabelecendo que a união compensará os estados produtores - Rio de Janeiro e Espírito Santo - pela perda de recursos. destinando 50% dos recursos do fundo social para a educação pública superior e básica. Estabeleceu-se que, a partir desta fatia, 80% dos recursos precisam ser aplicados na educação básica.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.tnpetroleo.com.br%2Fimages%2Fahts_sda.jpg&hash=6ed11ee3c08cf0e597dd0ef0ad490278)

Ponto da situação naval

Estágio de encomendasDos 49 navios do Promef, 46 foram licitados, com 38 já contratados. Os últimos três navios estão em fase final de licitação.
Planeado e construído em função das encomendas do Promef, o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Suape, Pernambuco, montará 22 navios para a TRANSPETRO.

Encomendas contratadas:
● Dez navios Suezmax (160.000 Toneladas de Porte Bruto-TPB) – EAS (PE) – US$ 1,2 bilhão
● Cinco navios Aframax (110.000 TPB) – EAS (PE) – US$ 693 milhões
● Quatro navios Panamax (73.000 TPB) – EISA (RJ) – US$ 468 milhões
● Quatro navios de produtos (48.000 TPB) – Mauá (RJ) – US$ 277 milhões
● Quatro navios aliviadores Suezmax DP (com posicionamento dinâmico) (160.00 TPB) – EAS (PE) – US$ 746 milhões
● Três navios aliviadores Aframax DP (com posicionamento dinâmico) (110.000 TPB) – EAS (PE) – US$ 477 milhões
● Três navios de bunker (óleo combustível marítimo) – Superpesa (RJ) – US$ 46 milhões
● Cinco navios de Produtos, para transporte de derivados de petróleo – 30 mil TPB – Estaleiro Rio Nave (RJ) – US$ 268 milhões

Encomendas com o resultado definido, à espera da assinatura dos contratos:
● Oito navios gaseiros (quatro de 7.000 m³, dois de 12.000 m³ e dois de 4.000 m³), para transporte de gás liquefeito de petróleo – Estaleiro Promar Ceará (CE) – US$ 536 milhões

Encomendas em fase final de licitação:
● Três navios de Produtos, para transporte de derivados de petróleo
Competitividade – A necessidade de modernizar e aumentar a sua frota de navios – para atingir a meta de atender a Petrobras em 100%, na cabotagem, e 50%, no longo curso – levou a Transpetro a estruturar um programa capaz de contribuir para a consolidação de uma indústria naval moderna e internacionalmente competitiva.
O programa foi desenvolvido com base em três premissas essenciais:
* construir os navios no Brasil,
* alcançar um nível mínimo de nacionalização (65% na primeira fase, 70% na segunda)
* oferecer condições para os estaleiros nacionais conquistarem, após a curva de aprendizado, competitividade em nível global
Fonte (http://http)

Isto tudo no segundo ano da pior crise internacional desde a década de 1930.

Por aqui, no fundo do poço, continuamos a ver navios e a criticar o resto do Mundo. Mundo esse que nunca tem razão, apenas a culpa de todos os nossos males. Nada de novo.

Prosseguimos, portanto, orgulhosamente no bom caminho.  c34x
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Snowmeow em Novembro 04, 2010, 11:40:21 am
Se isso tudo for apenas uma "bolha", como andam a argumentar, então essa "bolha" sera muito bem aproveitada. :mrgreen:
E, o dia em que ela estourar, já haverá uma base sólida para não abalar a economia brasileira.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: J.Ricardo em Novembro 04, 2010, 03:39:27 pm
A bolsa-família é muito mal interpretada até mesmo aqui no Brasil, por isso, não me assusto com os irmãos portugueses a criticar esta política, relato agora uma experiência de um amigo que em uma viagem (pré-Lula) passou por uma pequena cidade do interior do nordeste e que se viu rodeado por locais a mendigar qualquer ajuda, esta realidade era muito comum no interiorzão e que o bolsa-família resgatou da situação de miséria, os valores distribuídos (incapazes de satisfazer 1/5 de minhas despesas) são o suficiente para que estas pessoas tenham uma vida melhor que a miséria que viviam, aqui vem minha crítica acho que o bolsa-família deveria vir com uma implementação desenvolvimentista nesta regiões para tirar estas pessoas desta situação de miséria, no entanto o próprio crescimento do Brasil já beneficiou enormemente muitas regiões de nosso país.
Quanto aos brasileiros que vivem hoje em Portugal, realmente no meio dos cidadãos de honestos também houve uma horda de homossexuais e prostituas a imigrarem para Portugal, mas também houve a mesma imigração por parte de europeus orientais, portanto, taxar a todos de "não presta" é uma enorme injustiça e também que estes roubam os trabalhos dos portugueses também não é absolutamente correto, pelo que sei (por favor se estiver errado me perdoem e me corrijam) eles ocupam os trabalhos normalmente desprezados pelos nativos, mas nos estados do sul/suldeste do Brasil há também o mesmo preconceito em relação aos nordestinos.
Mas hoje vejo amigos que imigraram para a "terrinha" voltarem devido para surfarem também nesta onda de prosperidade vivida pelo Brasil, só espero realmente que esta onda torne-se um tsunami!!!
E por inteira solidariedade com Portugal, para  ajudar os amigos portugueses a vencerem a crise mundial e surfarem na prosperidade brasileira só consumo azeite e azeitonas portuguesas, FORÇA PORTUGAL!!! :G-beer2:
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabecinhas em Novembro 04, 2010, 11:05:37 pm
Citar
...só consumo azeite e azeitonas portuguesas, FORÇA PORTUGAL!!!

Só podemos agradecer  :G-beer2:
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: papatango em Novembro 05, 2010, 12:39:58 am
Citar
os valores distribuídos (incapazes de satisfazer 1/5 de minhas despesas) são o suficiente para que estas pessoas tenham uma vida melhor que a miséria que viviam, aqui vem minha crítica acho que o bolsa-família deveria vir com uma implementação desenvolvimentista nesta regiões para tirar estas pessoas desta situação de miséria, no entanto o próprio crescimento do Brasil já beneficiou enormemente muitas regiões de nosso país.

Esse é o problema. A critica nem sequer é ao programa, mas sim ao facto de ele se limitar a atirar dinheiro às pessoas.
Esse dinheiro atirado às pessoas, como se atirava pão aos famintos em Roma, serviu para conseguir votos.

O problema é que é um erro achar que a situação se pode manter eternamente. Os Brasileiros são por natureza extremamente optimistas. Isso não é necessariamente mau, mas quando a coisa corre para o torto depois é o inverso.
Aqui se nota a influência portuguesa, o oito e o oitenta.
O que eu vejo, com esse programa, é uma cópia chapada de Portugal em ponto grande e é isso que é preocupante.

A única coisa vantajosa do Bolsa Família é a obrigação de as crianças frequentarem as escolas. É mais ou menos como o rendimento mínimo garantido em Portugal, mas muito menos exigente.
A vantagem brasileira, é que para já o governo tem dinheiro para esses programas, enquanto que Portugal depende do dinheiro emprestado para os pagar.

Ao contrário do proverbio chinês «Se um pobre te pedir esmola, ensina-o a pescar», o governo Lula está apenas a dar esmola.
Não está a fazer nada para ensinar a pescar.

E sem ensinar o pobre a pescar, estamos apenas a mascarar o problema.
E a máscara permitiu ganhar uma eleição

O povo votou, porque o Lula mandou.

Eu acho que até eu teria ganho a eleição, se o Lula mandasse.  :mrgreen:  :mrgreen:
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Snowmeow em Novembro 05, 2010, 11:28:46 am
Citação de: "papatango"
Ao contrário do proverbio chinês «Se um pobre te pedir esmola, ensina-o a pescar», o governo Lula está apenas a dar esmola.
Não está a fazer nada para ensinar a pescar.

E sem ensinar o pobre a pescar, estamos apenas a mascarar o problema.
E a máscara permitiu ganhar uma eleição.

Permita-me discordar dessa opinião, PT.
Há, sim, incentivo ao microcrédito, e cursos profissionalizantes, além de mais de 200 escolas técnicas que foram abertas nesses últimos anos.
Minha irmã tá trabalhando em uma empresa de calçados porque ela fez um curso gratuito de corte e pesponto, feito em parceria da prefeitura (Com ajuda federal) com uma empresa privada que precisava de mão-de-obra. Além disso, há escolas privadas que dão cursos especializados (Como aqui é região dependente da cana-de-açúcar, os cursos são de técnico em açúcar e álcool, caldeireiro e operador de colhedeira de cana).

E a tendência é de que aumentem os cursos profissionalisantes e as escolas técnicas, tanto públicas quanto privadas, porque como o Brasil está crescendo, vai precisar de profissionais qualificados, e o Brasil tá começando a importar trabalhadores especializados.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: João Vaz em Novembro 05, 2010, 05:01:36 pm
Não vale a pena cansares-te, Snow... Se não fossem essas opiniões desinformadas, outras reclamações haveria, com certeza: o mosquito da dengue ou a garoa paulistana... Faz parte do 8 no 80.  c34x
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Daniel em Novembro 06, 2010, 09:22:38 am
João Vaz
Citar
Não vale a pena cansares-te, Snow... Se não fossem essas opiniões desinformadas, outras reclamações haveria, com certeza: o mosquito da dengue ou a garoa paulistana... Faz parte do 8 no 80.  


João haver se começas a respeitar as opiniões dos outros, e deixas as picardias contra o papatango, é que já cheira mal, não sou defensor de ninguém nem o papatango precisa de tal, escreve o que pensas o que sabes etc e deixa-te de bocas, só te fica mal, esse sintoma é muito comum em pessoas frustradas. c34x

Cinjam-se ao tópico e resolvam os conflitos pessoais em privado.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: João Vaz em Novembro 06, 2010, 10:01:14 pm
Citação de: "Daniel"
João Vaz
Citar
Não vale a pena cansares-te, Snow... Se não fossem essas opiniões desinformadas, outras reclamações haveria, com certeza: o mosquito da dengue ou a garoa paulistana... Faz parte do 8 no 80.  


João haver se começas a respeitar as opiniões dos outros, e deixas as picardias contra o papatango, é que já cheira mal, não sou defensor de ninguém nem o papatango precisa de tal, escreve o que pensas o que sabes etc e deixa-te de bocas, só te fica mal, esse sintoma é muito comum em pessoas frustradas. c34x

Cinjam-se ao tópico e resolvam os conflitos pessoais em privado.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Daniel em Novembro 07, 2010, 11:39:52 am
João Vaz

Citar
A ver" se te sabes expressar correctamente e a pensar antes de escreveres. Aliás, não há neste tópico qualquer opinião tua. Se o teu olfacto te agride, tenta não descalçar as botas.

Eu já sabia que tu és o tal, mas pessoas como tu simplesmente ignoro, pois cada um vale o que vale.

Citar
Se há alguém que sistematicamente tenta contrariar argumentos válidos com horizontes mentais restritos e completamente desactualizados, além de não conseguir apontar qualquer fundamento às suas divagações, é a personagem a quem te referes. E tens razão, essa personagem não precisa de defesa, embora te deva agradecer a mãozinha. Basta ler os seus "posts" para perceber as intenções por detrás dos mesmos.


Estou errado ou o teu olfacto te agride, tenta não descalçar as botas, tem pessoas que não gostam de ver os seus argumentos contrariados que logo partem para a ofensa.Chegaste neste fórum sendo o senhorio da história de Portugal e até denegrindo a imagem de outros historiadores, estamos de acordo basta ler os teus posts para perceber as intenções por detrás dos mesmos, a raiva deixa muita gente sem ver, tal comportamente não é suposto vir de uma pessoa do teu nível, não só neste tópico como noutros tendo um comportamento ofensivo descendo a um nível muito baixo.

Citar
Se as verdades deste mundo te incomodam, pede o livro de reclamações.

Não pelo contrário a verdade não me incomoda, mas as meias verdades sim, um dos grandes problema deste mundo é que tem pessoas que acham que são os donos da verdade, eles dizem eu sou detentor da verdade isso sim incomoda, eu te pergunto o que é a verdade c34x

Cinjam-se ao tópico e resolvam os conflitos pessoais em privado.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Snowmeow em Novembro 07, 2010, 12:35:07 pm
Pessoas, acalmemos nossos ânimos, sim? O assunto do tópico precisa ser mantido. :mrgreen:
Se precisar falar mais algumas "verdades" a quem de direito, solicito usar as mensagens privadas, pois rusgas como essas desagradam  qualquer um que leia.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: papatango em Novembro 07, 2010, 10:17:35 pm
Citação de: "papatango"
O Lula para governar em Portugal seria pior que o Socrates

O Lula tem sucesso num país com um crescimento económico considerável, resultado da aplicação de leis laborais liberais.
O crescimento dos grandes grupos económicos e a exportação de matérias primas, apoiam um superavit comercial considerável.

Lula não faz mais nada que distribuir esse superavit.
Há um velho provérbio chinês que diz:
Se um esfomeado te pedir um peixe, ensina-o a pescar.

O que Lula está a fazer, é dar peixe ao esfomeado. O esfomeado comeu o peixe sentiu-se bem e em agradecimento vota no Lula e na Dilma.
Mas o brasileiro não aprendeu a pescar
No dia em que a situação económica não for sustentada e em que o Brasil não conseguir por exemplo vender os seus produtos na Europa e nos Estados Unidos, porque a Europa e os Estados Unidos são os principais compradores de tecnologia e produtos manufacturados brasileiros (a China compra comida), então os sucessores de Lula vão ter problemas.

A primeira coisa que vão fazer, é começar numa espiral de desvalorização da moeda para aguentar o sistema.
Depois, o problema acabará vindo ao de cima, como vem sempre.

O mais incrivel, é que está a acontecer o mesmo que acontece normalmente em Wall Street.
Toda a gente compra acções em alturas de boom economico, sem fazer perguntas sobre de onde vem o dinheiro e para onde vai o dinheiro.
É o crescimento económico que sustenta a distribuição de dinheiro.
Os milhões de pobres que sairam da pobreza, sairam porque receberam dinheiro do estado e não porque tenham ficado mais cultos e porque conseguiram empregos melhor remunerados.
O Brasil continua a ter mais de 50% da sua população a ganhar até um salário mínimo: 220 Euros (quarenta e quatro contos) por mês.

Se o Lula viesse para cá, e trouxesse as leis laborais sobre os despedimentos que há no Brasil, o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda iam pedir a cabeça dele em 48 horas.


Antes de se escrevinhar coisas e tentar encontrar bonecos e graficos bonitinhos, para dar a impressão de que se encontrou uma fonte que transmite a verdade absoluta, seria interessante ler o que se disse.

As minhas palavras, foram basicamente idênticas às que vários analistas produziram durante esta semana. Se tiverem visto o Vasco Graça Moura na TVI, verão uma visão da Dilma e do Brasil, idêntica à que aqui descrevi.
Toda a gente fala da diferença entre a votação da Dilma no norte e no nordeste subsidiodependente e no sul, onde a população que não recebe subsidio é muito menor.

Eu afirmei, e afirmo exactamente a mesma coisa que já foi publicada e escrita. A Dilma ganhou porque os votos foram comprados, nomeadamente com o programa Bolsa-Familia.
Desde quando as Nações Unidas  fizeram análises sobre o comportamento do eleitorado, com base na distribuição de dinheiro ?
Desde quando organizações como a FAO, não apoiam todas as «bocas livres» e distribuição gratuita de dinheiro ?
Trata-se de organismos das Nações Unidas, que passam o tempo a pedir dinheiro para os seus programas, é claro que eles vão elogiar o Bolsa-Família.

A comparação de um programa que abrangeu 45.000.000 (quarenta e cinco milhões de brasileiros), os quais podem (como efectivamente puderam) determinar a eleição do presidente da república de um país, com um programa de apoio social da câmara municipal de Nova Iorque, é outra anedota, que só pode fazer rir.
O programa em causa começa por ser um programa PRIVADO, e atinge 0,20% (zero virgula dois por cento) da população.
Alguém me explique em que e que estes programas diferem do nosso «Rendimento Mínimo Garantido» ou o seu substituto «Rendimento Social de Inserção» ?

Se em Portugal, 25% da população recebesse Rendimento Social de Inserção, acham que o Sócrates perderia alguma eleição ?
Acham que alguém teria coragem para dizer mal do Sócrates ou para dizer que acabaria com a mamata ?

Os chamados programas de «Transferência Condicional de Dinheiro» ou «Conditional Cash Transfer» não são nenhuma invenção do Lula. O problema é que o Lula criou o maior de todos os programas de distribuição de dinheiro grátis.

E esses programas não servem para grande coisa, além de criar currais eleitorais, quando a distribuição de dinheiro atinge a dimensão que atingiu no norte e no nordeste brasileiro.

O Banco Mundial continua a considerar estes programas como positivos, naturalmente, mas mesmo o Banco Mundial concluiu que :
Citar
At a February 2009 panel convened by the World Bank, economists noted mixed results. While CCT programs did correlate with a reduction in extreme poverty rates, they did not appear to demonstrate higher academic achievement and improved health among children whose families were receiving CCT grants...
http://www.devex.com/en/blogs/17/blogs_entries/58917t

Os programas, obviamente reduzem a pobreza, mas não têm resultados efectivos em praticamente mais nada. E ISSO FOI O QUE EU DISSE DESDE O INICIO.
No Brasil, o principal resultado do programa de distribuição de dinheiro, foi a obtenção de uma vitória eleitoral para uma candidata à presidência, que de outra forma dificilmente teria sido eleita.

Será preciso explicar mais ?
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: João Vaz em Novembro 08, 2010, 01:36:42 pm
Nada como uma boa polémica para esclarecer opiniões e entender outras realidades.

Não são os quadros que são bonitinhos, são os dados neles contidos; leia-se, a verdade é que é bonitinha.
Todas as fontes - e tem muito por onde pegar - que tenho citado são oficiais e não apenas brasileiras, mas internacionais, de isenção reconhecida.

O Graça Moura é um magnífico escritor, tradutor e crítico literário. Já no campo da filiação partidária, é um autêntico desastre, é um Cavaquista fundamentalista, ou seja, da cor partidária exactamente oposta ao campo do PT no Brasil. Penso não ser preciso dizer mais nada.
Seria muito mais esclarecedor e enriquecedor ouvir, por exemplo, o ex-embaixador português, apenas para dar um exemplo de alguém com conhecimento prático a outros níveis que não o da fofoca.
Recordemos o quão mal se falou, as previsões dignas de Nostradamus em relação ao então candidato Lula e compare-se com a situação actual. É todo o mundo ocidental a reconhecer a qualidade da obra e a sustentação da mesma.

Os riscos associados ao crescimento económico do Brasil e os problemas antigos (sim, já desde o Itamar Franco e o FHC) ainda persistem. Não é novidade, citei-os e fazem parte do reverso comum a qualquer país, em maior ou menos grau. Estão em processo de compensação e não vejo qual o problema de apontar casos de sucesso quando eles existem, aqui em Portugal, na América do Sul que fala português ou em Timor.

Revela-se, portanto, acção improcedente da defesa oficiosa (e redundante, visto que desnecessária, pois o Papatango sabe falar por si), sendo que o Autor da mesma sucumbe.

Está encerrada a sessão.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: reij em Novembro 08, 2010, 02:21:38 pm
mais uma vez o papatango vomitando todo seu "conhecimento", alias bem limitado, contra fatos não ha argumentos,o joão vaz te deu um banho de conhecimento(só por isso se fosse eu pararia de discutir, me daria vergonha), principalemte mostrando, as fontes desses dados, e o senhor ainda tenta buscar razão onde não há, simplesmente esta batendo cabeça contra a parede.

não adianta tapar o sol com uma peneira, por mais que o senhor tente desvirtuar as coisas elas são reais, mais o senhor é livre pra habitar em sua concha(seu mundinho bem pequenino) longe da realidade do mundo tranquilamente

 :lol:  :lol:
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: papatango em Novembro 08, 2010, 06:16:32 pm
Citação de: "João Vaz"
Não são os quadros que são bonitinhos, são os dados neles contidos; leia-se, a verdade é que é bonitinha.
Todas as fontes - e tem muito por onde pegar - que tenho citado são oficiais e não apenas brasileiras, mas internacionais, de isenção reconhecida.
Os quadrinhos e as fotografiazinhas com que nos brinda, dão apenas colorido a uma meia verdade utilizada pelos comunistas brasileiros para eleger uma radical para a presidência da república.
As entidades brasileiras e entidades internacionais, como o Banco Mundial, reconheceram que os programas de entrega de dinheiro não estão a atingir os seus objectivos, embora o Banco Mundial continue a apoia-los, por falta de outra coisa melhor.

Toca o ridiculo esquecer que as politicas de um governo não têm efeitos imediatos e que há sempre um espaço de tempo entre a aplicação das medidas e as primeiras consequências.
As politicas de liberalização económica do governo FHC foram iniciadas nos anos 90 e os mercados esperaram para ver o que acontecia com o Lula em 2002.
A opção do Lula, foi manter o que estava na calha, quando chegou ao poder.
Os mercados perceberam que a liberalização da economia era para avançar mesmo com Lula e responderam positivamente.

O resultado a partir daí, pouco ou nada tem a ver com o Lula. A dimensão do mercado brasileiro e a sua dinâmica natural, nomeadamente o facto de as empresas brasileiras estarem habituadas à concorrência num mercado grande, junto com uma economia empurrada pelas exportações de produtos agrícolas, levaria sempre a um crescimento económico de grande monta.
Por isso os resultados da economia brasileira não são resultado da politica do Lula são consequência inevitável da dinâmica de uma economia competitiva, forjada por um grande mercado extremamente concorrencial. A isto juntou-se o Mercosul, e o aumento de exportações para a China.

Citação de: "João Vaz"
O Graça Moura é um magnífico escritor, tradutor e crítico literário. Já no campo da filiação partidária, é um autêntico desastre, é um Cavaquista fundamentalista,
Interessante a sua argumentação, creio que a sua argumentação demonstra claramente o que pretende.
Tentativa de denegrir as pessoas apenas porque não defendem a sua linha política. Provavelmente se fosse um apoiante do desertor argelino Manuel Alegre, seria considerado um grande analista reputado.  :roll:
Eu dei o exemplo do Graça Moura, como poderia dar de outros que disseram grosso modo a mesma coisa: O Lula, não seria nada sem o Fernando Henrique Cardoso.
Sem o embasamento das politicas do FHC, em 2002 o Lula teria sido forçado a escolher um caminho DELE, em vez de continuar no caminho que já estava traçado.
Esse caminho, seria na melhor das hipóteses uma espécie de via estatizante como a que vimos na Venezuela de Chavez, como aliás muitos dentro do PT estavam à espera.

O Lula, teve que pagar, para calar muita gente e conven$$er muitos outros. O Partido dos Trabalhadores habituou-se e transformou-se numa máquina profundamente corrupta e dependente do roubo do Estado.

Citação de: "João Vaz"
Os riscos associados ao crescimento económico do Brasil e os problemas antigos (sim, já desde o Itamar Franco e o FHC) ainda persistem. Não é novidade, citei-os e fazem parte do reverso comum a qualquer país, em maior ou menos grau. Estão em processo de compensação e não vejo qual o problema de apontar casos de sucesso quando eles existem, aqui em Portugal, na América do Sul que fala português ou em Timor.
O senhor Vaz aparenta realmente ser um grande consumidor de palha.
Gostos não se discutem...
O que é que isto tem a ver com o facto de a DISTRIBUIÇÃO DE DINHEIRO DOS PROGRAMAS COMO O BOLSA-FAMILIA NÃO SER FUTURO PARA NINGUÉM e apenas ter servido para garantir uma vitória eleitoral ?
Onde é que alguma vez alguém colocou em causa os sucessos brasileiros ?
Não são críticas a um país na sua globalidade as criticas a uma ideologia politica e a um grupo de políticos que são os mais corruptos e ladrões da história brasileira. Os ladrões, criaram esta ideia de que quando um ladrão, um criminoso ou um terrorista ganha uma eleição, ele é automaticamente absolvido pelo voto.
No Brasil, os ladrões distribuíram um farto bodo aos pobres e os pobres responderam da forma habitual, votando nos que lhe atiram pão.

Citação de: "João Vaz"
Revela-se, portanto, acção improcedente da defesa oficiosa (e redundante, visto que desnecessária, pois o Papatango sabe falar por si), sendo que o Autor da mesma sucumbe.
E você quer dizer com isto exactamente o quê ?
A única coisa que é improcedente, são as suas afirmações vazias de conteúdo, que respondem a questões que não estão relacionadas com o tema.

Será raivinha de dentes ?  :roll:  :roll:
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Snowmeow em Novembro 08, 2010, 06:41:15 pm
Não entendo a raiva que você tem dos comunistas, PT.
A doutrina de esquerda do Lula é mais branda do que a média, poderia-se dizer até que o PT (O partido) em seu contexto caminha para a centro-esquerda.

Se os partidos de esquerda não têm feito boa coisa em Portugal, não sei por que a ideia de que, em todo o mundo, os comunistas são todos iguais. A doutrina em si se aperfeiçoa e modifica com seus erros e acertos, assim como o capitalismo.

O dinheiro distribuído às famílias é mais para manter as crianças na escola, mesmo, uma vez que a evasão escolar nas classes mais baixas era muito alta. E esse dinheiro tem ajudado, mas não como uma esmola, e sim como um complemento.

Pode-se ver diferenças nos ideários de esquerda ao redor do mundo. Não fosse por Deng Xiaoping, por exemplo, que disse que "é glorioso ser rico", a China hoje estaria tão miserável e fechada quanto a Coreia do Norte ou Myanmar.

O Lula fez muita coisa que deixou muito líder comunista radical de cabelo em pé, e isso provocou a debandada dos radicais do partido para fundarem outros partidos, de extrema-esquerda e inexpressivos. O mercado confiou em Lula e o cara fez por merecer essa confiança. Há mais coisas a fazer? Lógico. Mas agora é a hora da Dilma e, apesar do passado dela, é o presente que conta.
(Joseph Ratzinger foi oficial de Hitler, e hoje é o Papa. Quer mudança mais radical que essa?)
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: João Vaz em Novembro 09, 2010, 05:39:43 pm
Citação de: "papatango"
Os quadrinhos e as fotografiazinhas com que nos brinda, dão apenas colorido a uma meia verdade utilizada pelos comunistas brasileiros para eleger uma radical para a presidência da república.

Está a referir-se então, entre muitos outros, ao Banco Central do Brasil, ao Banco Nacional para o Desenvolvimento, à British Broadcasting Corporation, ao Fundo Monetário Internacional, à Marinha do Brasil, etc....   :roll:

"Radical"  :oops:

Este tem sido o tempêro básico do seu ideário. É todo um colorido histriónico com que PapaTango nos brinda, lá do fundo dos anos 70. Mas qual o verdadeiro significado? Apenas nos revelam o extremismo de quem os aponta. Um medo bizarro levado ao extremo de "caçar bruxas"... onde elas não existem.

Aliás, a esses qualificativos gratuitos e completamente desajustados, poder-se-iam recordar outras da mesma proveniência obsessiva: ele são "extremistas", "marxistas", "terroristas" e até "fascistas" (porque não, se vale tudo...?). E não apenas os políticos incómodos para mentes estreitas. Também quem se atreve ao pecado capital de escrever sobre eles e respectivas políticas.

O vazio de conteúdo neste tipo de pseudo-argumentação (martelar infantilidades como se estivesse no São João do Porto) é tão grande que neles caberiam a cordilheira dos Himalaias e mais alguma coisinha.

A incapacidade de reconhecer mérito a quem fez um bom trabalho é suficientemente reveladora do preconceito que inquina todo o argumentário repetido. Esse absurdo atinge o auge quando se invoca Marx numa sociedade onde a economia de mercado é rainha e a ascensão de uma nova classe média domina numa escala sem precedentes, assim como os investimentos estrangeiros alcançam novos horizontes. Isto, no 12.º ano de escolaridade, dava direito a reprovação no exame.

A sua indisposição crónica relativamente ao Lula prende-se com a impossibilidade - por muito que o tente forçar à pressão - de colocar uma etiqueta de Chavista na testa do ainda Presidente do Brasil. Isso é que deixa muita malta doida.

Vou apenas indicar para medalha de Frase do Ano/Prémio «Olhe Que Não» a seguinte sequência de pérolas de nonsense:

Citação de: "papatango"
As politicas de liberalização económica do governo FHC foram iniciadas nos anos 90 e os mercados esperaram para ver o que acontecia com o Lula em 2002.

Citação de: "papatango"
Sem o embasamento das politicas do FHC, em 2002 o Lula teria sido forçado a escolher um caminho DELE, em vez de continuar no caminho que já estava traçado.
Esse caminho, seria na melhor das hipóteses uma espécie de via estatizante como a que vimos na Venezuela de Chavez, como aliás muitos dentro do PT estavam à espera.

Nem o Paulo Coelho diria melhor.
 
I rest my case.

P.S. Mais um gráfico bonitinho.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fperilousperu.files.wordpress.com%2F2010%2F01%2Fobama.gif&hash=cbc46253ce98293e2377f4ec15d45052)
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: papatango em Novembro 09, 2010, 07:04:03 pm
Citação de: "João Vaz"
Está a referir-se então, entre muitos outros, ao Banco Central do Brasil, ao Banco Nacional para o Desenvolvimento, à British Broadcasting Corporation, ao Fundo Monetário Internacional, à Marinha do Brasil, etc...

Ó senhor Vaz, deve ser mesmo raivinha …

Comunistas são os comunistas, não deveria haver grande dúvida sobre isso. Constituem a ala radical do Partido dos Trabalhadores, que é uma mistura de partido os verdes com o Bloco de esquerda, juntando uma costela do Partido Socialista por causa da grande tendência para o latrocinio que caracteriza o PT.


Citação de: "João Vaz"
Este tem sido o tempêro básico do seu ideário. É todo um colorido histriónico com que PapaTango nos brinda, lá do fundo dos anos 70. Mas qual o verdadeiro significado? Apenas nos revelam o extremismo de quem os aponta. Um medo bizarro levado ao extremo de "caçar bruxas"... onde elas não existem.

Ò homem, não seja Tono, que até começa a meter impressão.
Será que isso que tem dentro do crânio é assim tão pouco utilizado?

Pela enésima vez, tento explicar facilzinho para ver se você entende:


Quando Lula da Silva chegou ao poder em 2002, ele tinha a possibilidade de fazer o que o PT queria que fizesse:
Seguir uma politica de estatização e socialização da economia brasileira, seguindo a via Chavista.

Em 2002, Lula da Silva, decidiu não seguir a linha marxista que muitos julgavam que seguiria por influência dos radicais do PT.

Ao invés, Lula da Silva manteve a esmagadora maioria das politicas que tinham sido delineadas pelo seu antecessor, que tinham em vista aproveitar as potencialidades brasileiras aproveitando a globalização em favor do Brasil.

Lula percebeu, como Fernando Henrique e muitos outros, que as empresas brasileiras (habituadas a um mercado de grande dimensão) estavam em condições de competir internacionalmente e aceitou e implementou politicas económicas muito mais liberais.


Agora, passados oito anos, vemos elogios a Lula da Silva, como se as politicas fossem dele !

NÃO FORAM DELE !
ELE LIMITOU-SE A PROSSEGUIR UMA POLITICA JÁ DELINEADA !
A UNICA COISA QUE FEZ FOI COLOCAR A ASSINATURA DELE NAS MESMAS LEIS E SEGUIR EM FRENTE !


Você pode dizer que as Nações Unidas, a BBC, o George W Bush, O Dalai Lama ou o Império Klingon elogiaram o Lula por ele ter aceite - em 2002 - seguir politicas neo liberais.
O Lula tem o mérito de ter seguido essas politicas que eram contrárias ao seu programa

Mas não tem o mérito de as ter cozinhado, organizado e implementado de raiz. Quem o  fez foi o governo FHC, e por isso os comunistas ainda hoje o consideram o Diabo na terra.

Agora, passados oito anos de sucesso resultado de politicas neo-liberais no Brasil, que legitimidade têm os comunistas para vir dizer que os sucessos brasileiros são resultado das ideias da esquerda brasileira ?

Há apenas uma palavra para designar essas afirmações :
MENTIRA !

Citação de: "João Vaz"
O vazio de conteúdo neste tipo de pseudo-argumentação (martelar infantilidades como se estivesse no São João do Porto) é tão grande que neles caberiam a cordilheira dos Himalaias e mais alguma coisinha.
(...)
A incapacidade de reconhecer mérito a quem fez um bom trabalho é suficientemente reveladora do preconceito

 :roll:  :roll:
Não seja «Tono» !
Uma coisa é reconhecer que em 2002 o Lula decidiu-se por prosseguir uma politica neo liberal baseada nas politicas iniciadas pelo FHC (parcialmente até pelo Color e pelo Itamar), outra coisa é aceitar a MENTIRA de que as politicas seguidas depois de 2002  foram do  Lula e não do governo anterior.


A sua afirmação, é tão disparatada, como seria afirmar que a China se transformou no potentado economico que é hoje, porque o comunismo é uma coisa boa e uma ideologia de futuro.
A China comunista é rica, porque explora o neo-liberalismo económico a um ponto que chega ao deboche, não por ser um país comunista.
A China pode ser um sucesso, mas não é por causa do comunismo e da ditadura do Partido Comunista.

O Brasil teve sucesso durante o governo Lula, não por causa de politicas de esquerda de autoria do Lula, mas sim porque este se limitou a aproveitar o trabalho dificil que já estava feito antes e também por causa das características intrínsecas do país, dimensão, economia de escala, grande capacidade para produção agricola etc....


Estes são os factos, quando se tenta raciocinar de forma razoável e lógica, sem o já característico ranço da esquerda corrupta.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 10, 2010, 12:45:43 pm
Citar
:arrow: http://www.npr.org/blogs/money/2010/11/09/131192182/cotton?ft=1&f=93559255

Planet Money is making the most thoroughly explained t-shirt in the history of the universe. Last week, we nailed down the design. Today's task: Buying four bales of cotton.

You can buy cotton from all over the place — Uzbekistan, Australia, Mali. But I started with the U.S., the world's largest cotton exporter.

I visited Dahlin Hancock, a fourth generation cotton farmer in New Home, Texas. We talked about the cotton business, and he showed me around.

Then he started hammering on two points:

We should buy from him.
We should definitely not buy from Brazil.
Point number one is self-explanatory. As for point number two, here's what Dahlin had to say about Brazil:


They lash out at us … They keep coming to the table, coming to the court and always griping and always bitching and complaining.

In other words, the United States and Brazil are in the middle of a war over cotton. It's an emotional and quiet war complete with global retaliation and a $147 million bribe.  It all started with a man named Pedro Camargo.

Pedro is a Brazilian cattle farmer and former trade official. He has huge glasses and a gray bushy mustache. He says the U.S. is cheating.

 
U.S. cotton farmers, Pedro says, get subsidies from the U.S. government that add up to somewhere between $1.5 billion and $4 billion a year.

"We want to compete farmer against farmer," Pedro says. "Not Brazilian farmer and the American farmer with the help of the United States government."

He says the U.S. isn't following the World Trade Organization's rules of global trade — rules that the U.S., Brazil and 151 other countries have agreed to follow.

Pedro became secretary of trade in the Brazilian Agriculture Department in 2000; two years later, Brazil filed a case against the U.S. at the WTO.

Brazil won the case in 2004, but nothing changed. The U.S. kept the subsidies in place almost exactly as they had been.

The U.S. appealed, and the case made the rounds at the WTO for seven years. The U.S. kept losing its appeals, but the subsidies stayed in place. And there wasn't anything the WTO could do about it.

"The WTO has no legal authority to make any sovereign country do anything," says James Baucus, a former WTO judge. "It has no police force; it has no black helicopters."

But Brazil did have one option: Retaliation.

WTO rules let the winning country — in this case Brazil — tax imports from the losing country.

So Brazilian officials decided to threaten some powerful American industries with taxes, in an effort to recruit them into their battle against American cotton.

They made a list of 102 products and got in touch with powerful American business groups. They said the new import tax would apply within 30 days — unless the U.S. government sent a team to Brazil to negotiate the cotton issue.

It worked.

The list turned American wheat growers and shoe makers (among others) into Brazil's allies, and they pressured Washington to send a team to Brazil to try to work things out.

Here is where our story takes it last and final twist.

The American negotiators sat down in Brazil and immediately declared it impossible to get rid of the cotton subsidies right away. But the two sides came to an agreement.

The U.S. would pay Brazilian cotton farmers $147 million a year, and Brazil would drop the threat of retaliation.

To review: The United States was found to be illegally subsidizing U.S. cotton farmers. We are still subsidizing U.S. cotton farmers. Now we're paying Brazilian cotton farmers, too.


"Maybe it's a bribe," Camargo says. "For Brazilian farmers, it's a lot of money."

In the meantime, we still need four bales of cotton for our t-shirts.

We have an excellent mill in North Carolina that will turn our cotton into fabric And for the most part, American mills, thanks to a whole other set of U.S. trade policies, typically only buy U.S. cotton.

So in the end, the choice has already largely been made for us: We're buying U.S. cotton.

Besides, we've already paid for a big chunk of it with our taxes.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: João Vaz em Novembro 10, 2010, 01:19:52 pm
PapaTono: o delírio continua... quantos são, quantos são? comunistas, esquerdistas, terroristas, maoístas, verdes, radicais livres e outros banhistas (espera lá...  :lol: vou mas é continuar a chamar-lhes nomes, para ver se colam)  :G-beer2:
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: papatango em Novembro 10, 2010, 04:02:50 pm
Senhor Vaz. Calculo que vindo de quem vem, e conhecendo já a sua arrogância, desinteligência e acima de tudo precipitação, volto a lembrar-lhe que fiz o seguinte comentário na página 6 :
Citar
O Lula tem sucesso num país com um crescimento económico considerável, resultado da aplicação de leis laborais liberais.
O crescimento dos grandes grupos economicos e a exportação de matérias primas, apoiam um superavit comercial considerável.

Ou seja, eu nunca coloquei em causa o crescimento brasileiro. E NUNCA DISSE NADA QUE CONTRARIASSE ISSO.
Nunca disse que o crescimento não existia
Nunca disse que a influência não existia.

Eu afirmei que as politicas que levaram à actual situação, foram as politicas neoliberais que foram implementadas depois de 2002, quando o Lula prosseguiu grosso modo a politica do governo anterior.
Os comunistas mais radicais não aplicaram nenhuma política, porque aliás ficaram irritados com o próprio Lula. Essa mesma ala, veio aumentando o seu poder até 2010, altura em que consegue colocar a antiga terrorista Dilma no poder.

São de sua autoria os disparates seguintes (que já são desgraçadamente seu apanágio), fazendo afirmações vazias de conteúdo, inventando e mentido de forma descarada, para depois contrapor respostas a afirmações que nunca foram proferidas. Esse truque é velho e típico daquilo que se costuma chamar de TROLL !

Deixe-se de raivinhas de dentes e deixe de se meter com as pessoas, que poderemos prosseguir normalmente.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: João Vaz em Novembro 10, 2010, 04:57:16 pm
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fcrimideia.com.br%2Fblog%2Fwp-content%2Fuploads%2F2009%2F07%2Fscreenshot421.jpg&hash=ba41923b822f48c9e4ac8a16d4116ad9)

Eu sei, as suas ideias neste tópico esgotaram-se há muito num catálogo diminuto de qualificativos primários (e à conta disso já se espetou ao comprido noutro tópico). Como diria Felipão Scolari: e o Troll sou eu...  :mrgreen: ).

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fbyfiles.storage.live.com%2Fy1prNOXCp7qI7DPt59hnWu58P3GdFu7aMGVksMUeNg1nV2y_aksUBowruJZ4EM-9sSAzO-YQSWSIqk&hash=86f3f3e90950730e875d81203c301408)

Na verdade, este tema ainda só agora começou a ser desenvolvido. As "polémicas" fazem parte de qualquer debate, mas para manter a qualidade do mesmo é indispensável a dialéctica aristotélica. E dados reconhecidamente válidos. Não é pedir muito, pois não?  c34x
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: papatango em Novembro 10, 2010, 07:42:32 pm
Senhor Vaz. Calculo que vindo de quem vem, e conhecendo já a sua arrogância, desinteligência e acima de tudo precipitação, volto a lembrar-lhe que fiz o seguinte comentário na página 6 :
Citar
O Lula tem sucesso num país com um crescimento económico considerável, resultado da aplicação de leis laborais liberais.
O crescimento dos grandes grupos economicos e a exportação de matérias primas, apoiam um superavit comercial considerável.

Ou seja, eu nunca coloquei em causa o crescimento brasileiro. E NUNCA DISSE NADA QUE CONTRARIASSE ISSO.
Nunca disse que o crescimento não existia
Nunca disse que a influência não existia.

Eu afirmei que as politicas que levaram à actual situação, foram as politicas neoliberais que foram implementadas depois de 2002, quando o Lula prosseguiu grosso modo a politica do governo anterior.
Os comunistas mais radicais não aplicaram nenhuma política, porque aliás ficaram irritados com o próprio Lula. Essa mesma ala, veio aumentando o seu poder até 2010, altura em que consegue colocar a antiga terrorista Dilma no poder.

São de sua autoria os disparates seguintes (que já são desgraçadamente seu apanágio), fazendo afirmações vazias de conteúdo, inventando e mentido de forma descarada, para depois contrapor respostas a afirmações que nunca foram proferidas. Esse truque é velho e típico daquilo que se costuma chamar de TROLL !

Deixe-se de raivinhas de dentes e deixe de se meter com as pessoas, que poderemos prosseguir normalmente.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: João Vaz em Novembro 11, 2010, 05:01:56 pm
Continua a rodar em seco, imaginando inimigos em toda a parte  c34x ].  

A primeira é o projecto da fábrica de antirretrovirais, com tecnologia doada pelo Brasil, e a segunda é o lançamento dos três primeiros pólos da Universidade Aberta do Brasil em África - em Maputo, Beira e Lichinga.  

Fontes diplomáticas informaram ainda à Lusa que Lula da Silva vai lançar também o programa Pró-Savana para o desenvolvimento da agricultura no Centro e no Norte de Moçambique.  

Durante a visita, o presidente brasileiro deverá discutir ainda com as autoridades moçambicanas a possibilidade de aumento de uma linha de crédito bilateral para exportação de produtos e serviços brasileiros, aberta em 2009, no valor de 300 milhões de dólares.
 (...)"

Angola Press (http://http)

O Globo (http://http) (Rio de Janeiro)


O Brasil apoia ou sustenta mais de 30 projectos através da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) nas áreas da Saúde, Desporto, Agricultura, Educação e Ciência e Tecnologia. O governo brasileiro ampliou significativamente a sua presença no continente na área diplomática, com representações em 34 dos 534 países africanos.

A África é hoje a quarta maior parceira comercial do Brasil. O total de negócios passou de 5 bilhões de dólares em 2003 para 29 bilhões de dólares em 2009. Também cresceu o número de empresas brasileiras operando em África.


O jornal moçambicano O País destacou a visita de Lula com uma reportagem de capa intitulada “A visita de um amigo”.

vai conhecer o local onde está sendo instalada uma fábrica de medicamentos antirretrovirais construída na cidade da Matola, vizinha de Maputo, financiada pelo governo brasileiro. O projecto nasceu há sete anos, durante a primeira visita de Lula ao país.

A unidade industrial vai também produzir outros importantes medicamentos destinados ao Sistema Nacional de Saúde e à exportação. Será a primeira fábrica pública de medicamentos contra a SIDA em África. Até agora, o continente tem apenas pequenas fábricas privadas na África do Sul, no Quénia e em Uganda.

Ainda em Maputo, Lula vai orientar, no Instituto Nacional de Ensino à Distância, a aula inaugural do pólo da Universidade Aberta do Brasil. Trata-se de uma instituição de ensino à distância, baseada em São Paulo, que vai acolher até 9.000 estudantes.

De entre os projetos, constam ainda o de melhoramento agrícola nas áreas de reflorestamento de Machipanda - fronteira com o Zimbabwe -, entre outros.

Foi no governo de Lula que, em 2004, a companhia brasileira Vale do Rio Doce, agora Vale, entrou no país para efectuar um investimento na ordem de 1,3 bilhão de dólares na exploração de carvão mineral, na cidade de Moatize.

A Vale também estuda a possibilidade de produzir energia a partir de termoelétricas, num investimento na ordem de 2,3 bilhões de dólares. A mineradora, cujo diretor-presidente, Rogger Agnelli, é assessor internacional de Armando Guebuza, pretende ainda explorar fosfato na província de Nampula.

Um outro gigante brasileiro ganhou o concurso para construir o importante Aeroporto Internacional de Nacala. As obras, estimadas em 112 milhões de dólares, foram adjudicadas à empresa brasileira Odebrecht, que terá 23 meses para transformar a atual Base Aérea de Nacala em aeroporto internacional.

Fonte: O País (http://http) (Maputo)

Tendo em conta infos do Ministério de Relações Exteriores (http://http) (Itamaraty, Brasília)

Tudo isto tentando não empregar terminologia estridente como "extremista", "terrorista", "comunista" ou qualquer outra tosta "mista". Conteúdo, meu caro, conteúdo  c34x
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: papatango em Novembro 11, 2010, 11:31:12 pm
Senhor Vaz. Calculo que vindo de quem vem, e conhecendo já a sua arrogância, desinteligência e acima de tudo precipitação, volto a lembrar-lhe que fiz o seguinte comentário na página 6 :
Citar
O Lula tem sucesso num país com um crescimento económico considerável, resultado da aplicação de leis laborais liberais.
O crescimento dos grandes grupos economicos e a exportação de matérias primas, apoiam um superavit comercial considerável.

Ou seja, eu nunca coloquei em causa o crescimento brasileiro. E NUNCA DISSE NADA QUE CONTRARIASSE ISSO.
Nunca disse que o crescimento não existia
Nunca disse que a influência não existia.

Eu afirmei que as politicas que levaram à actual situação, foram as politicas neoliberais que foram implementadas depois de 2002, quando o Lula prosseguiu grosso modo a politica do governo anterior.
Os comunistas mais radicais não aplicaram nenhuma política, porque aliás ficaram irritados com o próprio Lula. Essa mesma ala, veio aumentando o seu poder até 2010, altura em que consegue colocar a antiga terrorista Dilma no poder.

São de sua autoria os disparates seguintes (que já são desgraçadamente seu apanágio), fazendo afirmações vazias de conteúdo, inventando e mentido de forma descarada, para depois contrapor respostas a afirmações que nunca foram proferidas. Esse truque é velho e típico daquilo que se costuma chamar de TROLL !

Deixe-se de raivinhas de dentes e deixe de se meter com as pessoas, que poderemos prosseguir normalmente.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Snowmeow em Novembro 12, 2010, 11:21:44 am
Citação de: "papatango"
Essa mesma ala, veio aumentando o seu poder até 2010, altura em que consegue colocar a antiga terrorista Dilma no poder.

Disseste bem: ANTIGA. E a palavra "terrorista" está aí mal empregada, pois segundo eu me lembre, o terrorismo em questão na época era o terrorismo de estado praticado pela ditadura militar no Brasil à época.

E, definir a Dilma como "antiga terrorista", é como definir o Papa como "antigo oficial nazista". Ou seja, não faz o menor sentido, dado que "águas passadas não movem moinhos".

E por favor, peço encarecidamente que paremos com as rusgas e voltemos ao assunto do tópico.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: HaDeS em Novembro 17, 2010, 12:42:42 am
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Armas são decisivas para entrada em Conselho de Segurança da ONU, dizem analistas

O apoio dos EUA à pretensão da Índia a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) pode ser explicado, segundo especialistas, pelo arsenal de guerra de Nova Déli – que inclui pelo menos 60 ogivas nucleares e um Exército com mais de 1,3 milhão de combatentes.

O presidente Barack Obama oficializou o apoio à Índia na semana passada, durante visita ao país.

Pesou em sua decisão o fato de os indianos serem o maior contraponto militar à China no sul da Ásia. Mas o apoio não ocorreria se o país não contasse com armas nucleares, segundo um general da alta cúpula do Exército brasileiro, que pediu para não ser identificado.

Segundo estimativa do Sipri (Instituto Internacional de Pesquisas de Estocolmo), a Índia tem entre 60 e 80 armas nucleares.

Fora isso, possui um dos maiores Exércitos convencionais do mundo, além de grande quantidade de armas estratégicas, entre elas mais de 4.000 tanques pesados, 11 mil peças de artilharia, 660 caças e uma Marinha forte, cuja frota conta com um porta-aviões e um submarino de propulsão nuclear.

Em 2008, o país investiu na área militar mais de US$ 30 bilhões, o equivalente a 2,6% de seu PIB (Produto Interno Bruto). O Brasil investiu mais de US$ 23 bilhões, cerca de 1,5% do PIB no mesmo ano, segundo o Sipri.

Os EUA, maior potência militar do globo, gastou mais de US$ 610 bilhões (4,3%).

“Para ser membro permanente do Conselho de Segurança, o país tem que ser reconhecido como potência militar, o que não é o caso [do Brasil]“, afirma o pesquisador da Unicamp e coronel da reserva Geraldo Cavagnari.

Segundo o pesquisador, como o Conselho de Segurança é um órgão político (e não econômico), “independente do peso da economia de um país, ele terá que possuir armas para integrá-lo”.

Para ele, a diferença de tamanho das forças armadas da Índia e do Brasil não é fruto apenas de decisões políticas. A localização estratégica dos países pesa na balança.

Enquanto o Brasil fica em uma região considerada extremamente estável (América do Sul, Atlântico e Pacífico sul), a Índia tem uma população cinco vezes maior, situa-se em um possível teatro de guerras futuro e vive a possibilidade permanente de conflito com o Paquistão – outra força nuclear.

MISSÕES DE PAZ

Sem os recursos necessários para se tornar uma potência militar, o Brasil tenta obter prestígio internacional participando de missões de paz das Nações Unidas.

A maior delas hoje é a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti), em que o Brasil mantém mais de 2.000 capacetes azuis.

Porém, os recursos escassos prejudicam até a participação nesse tipo de missão.

Em meados de agosto, o Itamaraty conseguiu, em negociação com a ONU, o comando da Força Tarefa Naval das Nações Unidas, que hoje atua na proteção da área costeira do Líbano.

Em troca, o Brasil deveria emprestar apenas um navio de sua esquadra de guerra. A negociação emperrou no Ministério da Defesa, que afirmou que não poderia prescindir de uma embarcação na defesa do litoral do país.

Hoje, negocia-se a ida de oficiais da Marinha para integrar a missão e, no ano que vem, o deslocamento de tropas terrestres.

Porém, mesmo quando a comparação é sobre missões de paz, a participação do Brasil é inferior à da Índia – que tem quatro vezes mais tropas a serviço da ONU.

Para Cavagnari, a participação em operações de paz é positiva para o Brasil, mas não o torna uma potência.

“O Brasil passa a ser um país confiável porque contribui com a paz mundial. Mas ter um papel significativo nas decisões mundiais é outra coisa”, disse.

Fonte: Folha Online
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 17, 2010, 10:12:20 am
Eu sempre fui critico em relação às missões no estrangeiro pelas Forças Armadas Brasileiras. São sempre poucos militares e missões todas elas escolhidas a dedo. 2000 militares para um país como o Brasil é irisório, Portugal que é uma formiguinha em relação ao Brasil mantém salvo erro perto de 700 militares em missões internacionais.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Login em Dezembro 21, 2010, 03:06:17 pm
A Europa tem uma distorção da América Latina, certamente, oriunda de uma imprensa que apenas sabe falar mal e justifica tal oposição como ou liberdade de expressão da imprensa ou análise crítica dos fatos. De fatos o mundo está cheio; e, no Brasil, os fatos considerados “verdades absolutas” atolam o judiciário brasileiro por distorções e manifestações de opiniões pessoais com base em senso comum onde o respaldo acadêmico é deixado aos intelectuais cujo tempo não usufruem para o trabalho braçal. Portanto, quando se lê Brasil, não se lê tráfico de drogas, violência ou corrupção, ao contrário, tanto estes aspectos acontecem em nossa pátria, acontecem também em Portugal, Espanha, China, EUA, etc. mas não se deve levar à cunha como algo predominante em toda sociedade: é a chama ignorância popular em aceitar tudo o que se lê ou o que se vê.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: HSMW em Fevereiro 04, 2011, 06:27:31 pm
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Brasileiras no Egito são resgatadas por um avião da FAP
Duas brasileiras que estavam no Egito durante os protestos dos últimos dias recorreram a um avião da Força Aérea de Portugal para deixar o país


http://www.aereo.jor.br/2011/02/04/brasileiras-no-egito-sao-resgatadas-por-um-aviao-da-fap/

Era muito difícil tentar coordenar as coisa com o nosso governo?!
  :N-icon-Axe:
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: HaDeS em Junho 04, 2011, 07:17:42 am
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China age para vetar o Brasil no Conselho de Segurança da ONU
A China, o mais poderoso país do Brics, grupo que o Brasil integra, ampliou ofensiva diplomática contra tentativas de ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, uma das reivindicações da política externa brasileira. O Valor  apurou que o governo chinês tenta agora torpedear um projeto de resolução que o G-4 – Brasil, Índia, Alemanha e Japão, todos candidatos a um assento permanente no Conselho de Segurança – planeja apresentar em breve à Assembleia Geral da ONU.

O projeto, que tem 71 apoios firmes, procura fazer com que a Assembleia sancione a necessidade de expandir as duas categorias de membros do Conselho de Segurança, os permanentes e os não permanentes. É uma tentativa de dar fôlego politico à discussão e obter o reconhecimento de que o mundo mudou e que as mudanças têm de ser incorporadas na estrutura das instituições de governança global.

O governo chinês mandou seus representantes advertirem as delegações diplomáticas africanas na sede da ONU, em Nova York, a não apoiarem nenhuma resolução por reforma do Conselho de Segurança. Para ter a certeza de que a mensagem foi bem recebida, Pequim também despachou emissários a capitais na África.

Nos círculos do G-8, dos países industrializados, fontes confirmaram também a existência de um telegrama diplomático atribuído à missão americana na ONU, que teria sido divulgado pelo Wikileaks, relatando antiga demanda da China para os Estados Unidos não levarem adiante uma reforma na organização.

No plano bilateral, Pequim tem dito ao Brasil que no momento adequado não vai complicar o pleito brasileiro. No entanto, o sentimento é de que os chineses fazem tudo para que esse momento nunca chegue.

A pressão chinesa visa bloquear a entrada do Japão e garantir para si a posição de único emergente com assento permanente no Conselho, o que lhe dá a aura de representante dos países em desenvolvimento. Se entram Brasil e Índia, os chineses tem reduzido seu poder.

A China não tem sido especialmente solidária com os países em desenvolvimento na cena multilateral. Na reforma das quotas para dar mais poder aos emergentes no Fundo Monetário Internacional, em 2010, Pequim não ajudou o Brasil a lutar por um resultado mais amplo e equilibrado. Agora, tampouco quer brigar por um representante emergente para dirigir o Fundo, preferindo apostar na conquista para um chinês do cargo de número dois.

FONTE: Jornal Valor
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Snowmeow em Junho 04, 2011, 01:08:02 pm
Citação de: "HaDeS"
China age para vetar o Brasil no Conselho de Segurança da ONU
(...)
O lema da China é: "Não existe almoço grátis".  Tava demorando muito para o Dragão começar a mostrar seus dentes. :evil:
Se essas manobras se consolidarem, sugiro aos militares do Brasil começarem a fazer exercícios militares em conjunto com o Japão.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: HSMW em Junho 04, 2011, 01:23:01 pm
Então eram tão amigos...
Eu sempre disse no Poder Aéreo e afins, que o Brasil andava em más companhias! Que andava a dormir com o inimigo.

Mas não, os yankees, us americanus esses é que eram maus...

Afinal...
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Snowmeow em Junho 04, 2011, 01:57:19 pm
Citação de: "HSMW"
Então eram tão amigos...
Eu sempre disse no Poder Aéreo e afins, que o Brasil andava em más companhias! Que andava a dormir com o inimigo.

Mas não, os yankees, us americanus esses é que eram maus...

Afinal...
O termo BRIC foi cunhado por um economista americano, Jim O'Neill. Quem garante que não era essa a intenção, de colocar Brasil e China no mesmo balaio pra ver se sai algum atrito capaz de enfraquecer ambos?

Afinal, o Brasil é contrapeso aos EUA no continente americano, e a China é contrapeso aos EUA no mundo.

Vale lembrar também que China e Rússia, assim como China e Índia, fazem fronteira entre si e têm lá suas pendengas.
Citação de: "Wikipédia"
A China mantém algumas questões de fronteira com países vizinhos que já levaram a guerras nos últimos 50 anos, inclusive a guerra sino-indiana de 1962, o conflito fronteiriço sino-soviético de 1969 e a guerra sino-vietnamita de 1979.

Com certeza, os estrategistas americânus pensaram em futuros conflitos entre os países do BRIC de forma que tais conflitos façam os BRICs perderem sua força e, por conseguinte, sua influência no cenário mundial. Vale lembrar que os EUA também não querem Brasil, nem Japão ou Alemanha com cadeiras permanentes no Conselho de Segurança da ONU.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabeça de Martelo em Maio 03, 2014, 12:45:37 pm
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: marianah em Agosto 28, 2014, 10:58:34 am
Vocês já leram algo do Dugin? O intelectual que assessora a política externa da Rússia. Ele propõe uma aliança Brasil-China-etc.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Lusitano89 em Abril 29, 2017, 04:30:07 pm
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 03, 2017, 04:08:07 pm
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Lusitaniae em Janeiro 16, 2019, 01:55:57 am
A antiga fragata João Belo agora do Uruguai aos tiros a um barco de pesca brasileiro.

https://www.naval.com.br/blog/2019/01/15/fragata-do-uruguai-abriu-fogo-contra-navio-pesqueiro-do-brasil/
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 05, 2023, 03:06:38 pm
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Viajante em Janeiro 25, 2023, 09:11:43 pm
O Brasil tem uns amigos estranhos  :mrgreen:

Navios de guerra iranianos visitam o Brasil

https://www.naval.com.br/blog/2023/01/25/navios-de-guerra-iranianos-visitam-o-brasil/
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Lusitano89 em Março 04, 2023, 04:02:42 pm
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Vitor Santos em Março 09, 2023, 07:17:39 pm
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: HSMW em Abril 18, 2023, 02:34:54 pm

Can Brazil be a Global Power?
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: P44 em Abril 18, 2023, 03:12:23 pm
Novo satélite da Rússia e da China
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Lusitano89 em Abril 19, 2023, 04:12:07 pm
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: P44 em Abril 19, 2023, 04:54:51 pm
https://twitter.com/hoje_no/status/1648308281658540032

Citação
O chanceler russo Lavrov, em visita oficial ao Brasil, deu uma aula no Itamaraty na qual comparou as democracias europeias com a Alemanha nazista. Foi aplaudido pelos futuros diplomatas brasileiros.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Lusitano89 em Abril 20, 2023, 05:40:29 pm
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 22, 2023, 09:54:31 am
Os papagaios

Qualquer pessoa com um módico de boa-fé reconhece que a linha política adotada pelo Presidente do Brasil a respeito da guerra na Ucrânia é completamente incompatível com a posição adotada pela generalidade das democracias ocidentais, entre as quais Portugal. Tão diferente é que se situa praticamente nos seus antípodas. Em bom rigor, as palavras que Lula da Silva tem dedicado ao assunto são essencialmente iguais às que o nosso PCP tem vertido em comunicados, declarações e votos na Assembleia da República — senão piores.

Gemendo pela paz, como um crocodilo a trautear a “Ave Maria” de Schubert, os comunistas, locais ou de outras latitudes, iludem a existência de um agressor e de um agredido; propugnando o fim do auxílio à Ucrânia, preconizam realmente o seu esmagamento pela Rússia; condenando o Ocidente, mostram a sua indiferença pela ordem internacional fundada no direito e reduzem a Ucrânia a um peão cinicamente usado para benefício do imperialismo americano.

Toda a gente acede a estas evidências elementares? Toda a gente, não. O PS, implacável com o exotismo pró-russo do PCP no debate doméstico, tenta, no plano externo, disfarçar e relativizar o notório alinhamento do Brasil com a Rússia, explicitado pelo seu Presidente em termos já bem conhecidos nossos e que não se prestam a equívocos. Nem a China foi tão longe, bem pelo contrário, cultivando com muito talento uma ambiguidade que se resolverá em favor do interesse chinês. A diplomacia chinesa e o socialismo à chinesa não são ideológicos.

O Brasil já não pode, nem quer, intermediar qualquer processo de paz credível; só quer piscar o olho à Rússia e à China. Está feito

Segundo o PS, vista a sua trapalhona, excêntrica e arrevesada tomada de posição, Lula é o Ghandi que a situação reclamava, acrisolado apóstolo da paz e equidistante appeaser tropical, cujos esforços mereceriam o aplauso de Lisboa, Moscovo e Pequim. Foram apresentadas rebuscadas comparações entre o reconciliador de mundos e o Presidente Macron. Tendo examinado o argumento frente e verso, fui mais uma vez vítima das minhas limitações cognitivas.

O alinhamento do Presidente Lula só pode ser entendido se contextualizado na tradição do antiamericanismo e do anti-imperialismo das esquerdas, sobretudo comunistas, ibero-americanas. Com a exceção da Ucrânia (um caso em que as grilhetas favorecem os indígenas), são a favor das emancipações e movimentos emancipatórios em geral, galáxias de ideologias avançadas, onde as estrelas de Chávez, Fidel, Ortega e sucessores se posicionam firmemente do lado certo da História, como agora se diz.

Possuídos de antiamericanismo primário e saudades do sol na terra soviético, o comunismo ibero-americano conduz uma política externa ideológica, agora amparada pelos números das exportações brasileiras para a China, que já excedem as exportações combinadas para a Europa e para os Estados Unidos.

Interrompendo uma longa tradição de bajulação de Brasília, a diplomacia portuguesa deve referir-se, com verdade e rigor, à divergência de fundo que nos separa dos nossos amigos brasileiros sobre a Ucrânia. Estamos em lados opostos, como Borrell bem explicou no Parlamento Europeu, desmontando a cínica equidistância e neutralidade do Brasil. O Brasil já não pode, nem quer, intermediar qualquer processo de paz credível; só quer piscar o olho à Rússia e à China. Está feito.

Dispensamos as habilidosas, infantis e desonestas tentativas de transformar as legítimas escolhas de política externa do Brasil noutra coisa diferente daquilo que são. Esses esforços e manigâncias são não só ofensivos da inteligência dos nossos parceiros, como comprometedores da credibilidade da nossa política externa. Apenas servem para expor ao mundo um papel que, definitivamente, não nos serve: o de sermos papagaios do Brasil.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 22, 2023, 09:56:57 am
Visita oficial Marcelo, Costa e Santos Silva disfarçam “incidente político” com “país irmão”. Lula não fica para sessão do 25 de Abril

Amigos, amigos (BRIC à parte)

á uma frase de Marcelo Rebelo de Sousa que podia ser de António Costa ou de Augusto Santos Silva e que define na perfeição o entendimento partilhado pelos três órgãos de soberania portugueses perante os percalços que já complicaram a visita de Lula da Silva a Portugal e a sua presença na Assembleia da República, nas comemorações do 25 de Abril.

“Não, não me arrependi de coisa nenhuma” (em causa o convite que ele próprio dirigiu a Lula para vir a Portugal nesta altura), disse o Presidente da República quando confrontado com as bombásticas declarações do Presidente do Brasil, que de visita à China e aos Emirados Árabes Unidos atribuiu “a decisão da guerra” aos “dois países”, Ucrânia e Rússia, e considerou que a União Europeia e os EUA estão a dar “uma contribuição para a continuidade dessa guerra”.

A CÁBULA DE MARCELO: “BRASIL VOTOU CONTRA A RÚSSIA”

Estas declarações incendiaram os ânimos políticos em Lisboa e o maior partido da oposição desafiou o primeiro-ministro a demarcar-se de Lula no que à Ucrânia diz respeito, considerando as suas palavras inaceitáveis. Mas rapidamente se percebeu que, apesar dos desencontros que não escondem interesses geoestratégicos e económicos diferentes entre Portugal e o Brasil, nem o primeiro-ministro, nem o presidente do Parlamento, nem o maior partido da oposição divergem da leitura do chefe de Estado: a visita recomenda-se.

Para António Costa, a realização da cimeira Portugal-Brasil em Lisboa — que será um dos pontos altos do programa oficial, que começa este sábado e se prolonga até terça-feira — é da maior importância, sobretudo após anos de interrupção nestas cimeiras durante o consulado de Jair Bolsonaro como Presidente do Brasil. E o primeiro-ministro não retirou uma vírgula ao que sempre tem dito — que “as relações entre Portugal e o Brasil são, desde há 200 anos, uma prioridade constante da política externa portuguesa” e esta visita é “uma oportunidade extraordinária que o país tem” de “relançar tão rapidamente quanto possível essas relações”. Quanto a Marcelo Rebelo de Sousa, tratou de recordar que o Brasil foi contra a Rússia na ONU e disse esperar para ver se Lula mudou de posição.

Primeiro, avisou que esta visita “não tem nada a ver com a posição sobre a Ucrânia”; depois, recorreu a uma ‘cábula’ que tirou do bolso com as votações na ONU para lembrar que o Brasil — que faz parte do chamado grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) — “votou a favor do não reconhecimento das regiões ocupadas da Ucrânia” e “voltou a votar, ainda no mandato do Presidente Bolsonaro, que a Rússia deve ser responsabilizada pelas violações”, tendo, “já com o Presidente Lula, pedido a retirada imedia­ta das tropas russas da Ucrânia”. Ou seja, a posição brasileira nas Nações Unidas tem sido sempre a mesma: “ao lado de Portugal, da União Europeia, dos EUA e da NATO, contra a Federação Russa”. Marcelo terminou com um aviso de separação de águas: “Se o Brasil mudar de posição em relação ao que foi a orientação de Bolsonaro e de Lula, é uma escolha dele, e Portugal não tem nada a ver com isso, mantém a sua posição, que é muito clara, e não estamos de acordo, ponto final, parágrafo.”

No 25 de Abril, o PR brasileiro foi convidado, mas não fica para a festa

Sem antecipar discursos — seja o que fará no jantar que oferece a Lula no domingo, no Palácio da Ajuda, e onde o Presidente brasileiro também discursará, seja o que tem pensado para o 25 de Abril na Assembleia da República —, o Presidente da República prometeu reiterar a posição de Portugal, alinhada com a UE, os EUA e a NATO, perante Lula e “todos os chefes de Estado que receber”.

“Cada país tem a sua política externa. Se estivermos de acordo, melhor. Eu tenho a esperança de que estejamos de acordo. Veremos, e para isso é que servem as visitas, é para saber qual é a posição”, afirmou esta semana aos jornalistas. “Se não estamos de acordo, não estamos de acordo”, rematou. Diplomaticamente, em Belém (como em S. Bento ou no MNE) a convicção é de que a necessidade de uma estratégia de reafirmação externa do Brasil pós-Bolsonaro está a empurrar Lula da Silva para posições cada vez mais desalinhadas com a Europa e os EUA e cada vez mais próximas das novas potências emergentes do ponto de vista económico, seja a China, a Rússia, a Índia ou a África do Sul (os chamados BRIC), num mundo que se sabe estar a rodar estrategicamente para oriente.

“PORTEM-SE BEM!”

Com a duplicação do foco de protesto anti-Lula — primeiro pela sua presença no 25 de Abril, depois pelas declarações que fez sobre a guerra na Ucrânia e que entretanto emendou, voltando a reconhecer um invasor (Moscovo) e um invadido —, o presidente da Assembleia da República tratou de en­saiar um guião de boas maneiras.

Augusto Santos Silva aproveitou uma entrevista ao podcast de Da­niel Oliveira, “Perguntar não Ofende”, para pedir aos vários deputados, sobretudo do Chega, que ameaçam fazer protestos à passagem de Lula pelo Parlamento, para que mantenham a “urbanidade” e “cordialidade” devidas à receção a um chefe de Estado que foi convidado a visitar o nosso país.

Santos Silva reconheceu, no entanto, que esta visita se transformou em “motivo de incidente político”, coisa de que disse “ter pena”. E é indisfarçável a expectativa com que se espera para ver se a fórmula encontrada para minorar danos conseguirá evitar que a visita se transforme num fiasco.

Tudo começou, recorde-se, com o convite de Marcelo Rebelo de Sousa para que Lula da Silva, vindo a Portugal nesta altura para a cimeira bilateral e para a entrega do Prémio Camões a Chico Buarque, participasse na sessão solene comemorativa do 25 de Abril no Parlamento. Hipótese que foi assumida em público como um facto consumado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Gomes Cravinho, antes de ter sido consultada a Assembleia da República, à qual compete organizar os festejos. E logo aí o PSD torceu o nariz, os partidos à sua direita prometeram guerra e a busca de uma solução do tipo ‘do mal o menos’ acabou num figurino que prevê duas sessões contínuas no dia 25 na Assembleia.

Às 10h haverá uma primeira, de receção e boas-vindas ao Presidente do Brasil, onde estará Marcelo Rebelo de Sousa, mas onde só discursam o próprio Lula e o presidente do Parlamento, Augusto Santos Silva. E logo a seguir, pelas 11h30, haverá uma segunda sessão, já sem Lula, onde discursam o presidente do Parlamento, o Presidente da República e todos os líderes parlamentares, como é costume nos aniversários da queda do antigo regime.

Questionadas sobre a razão por que o Presidente brasileiro não fica a assistir à segunda sessão, como Marcelo tinha sonhado e para a qual foi convidado por Santos Silva, fontes oficiais limitam-se a sublinhar que “é melhor assim” para ambos os lados. Porque ninguém sabe até onde poderia ir a imaginação dos que, dentro e fora do Parlamento, estão dispostos a estragar a festa (ver texto ao lado).

MANIFESTAÇÕES NA RUA E NO PLENÁRIO

Apesar da mudança do discurso de Lula da Silva sobre a Ucrânia, ao condenar a violação da integridade territorial do país, o Chega e a Iniciativa Liberal (IL) continuam a criticar a posição do Presidente brasileiro e vão assinalar o seu descontentamento. O partido de Ventura promete a “maior manifestação de sempre” contra um chefe de Estado em Portugal, na manhã de terça-feira, em frente da Assembleia da República (AR), já os liberais só estarão representados no plenário pelo seu líder parlamentar, que usará um símbolo da Ucrânia na sessão com o Presidente brasileiro. “Estamos a ser contactados por milhares de pessoas. São portugueses, brasileiros e ucranianos”, afirma André Ventura ao Expresso. E diz que o chefe de Estado brasileiro tentou retratar-se das suas declarações, “mas sem sucesso”, mostrando a sua conivência com o regime de Putin. Também Rodrigo Saraiva, líder da bancada liberal, insiste que Lula continua no “lado errado da história” em relação à guerra na Ucrânia. “O Presidente brasileiro não se coloca do lado da liberdade, não sendo aceitável recebê-lo no Dia da Liberdade na casa da democracia”, reforça. Já o líder do PSD diz que não se pode confundir o posicionamento do Brasil sobre a Ucrânia e a relação com Portugal, mas aplaude a “aproximação” recente de Lula aos que condenam a agressão à Ucrânia. “Acho que tivemos a posição mais sensata do ponto de vista político-partidário”, diz Montenegro ao Expresso. LILIANA COELHO e HÉLDER GOMES
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Lusitano89 em Maio 21, 2023, 08:57:51 pm
Comandante da Marinha classifica navio alemão na costa brasileira como ameaça ao Brasil


Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: papatango em Maio 23, 2023, 05:55:35 pm

Este pequeno video de um minuto, mostra o momento em que opresidente da Ucrânia entra na sala em que estão reunidos os membros do G7, mais vários países convidados, como a India e a Indonésia.


O presidente brasileiro ficou sentado a fingir que estava a ler o discurso, e fez que não viu ...

Depois, marcaram uma reunião com o Zelensky, em que o presidente ucraniano tinha que se deslocar num percurso estimado em 20 minutos a meia hora para cada lado, para ir visitar o Lula...

O homem que dizia que a solução para estes problemas está numa conversa com uma cerveja, ou com tantas cervejas quantas fossem precisas para chegar a acordo.

Não sei quantas cervejas seriam necessárias para o Putin aceitar a paz ...

Depois vem dizer que o Putin quer que a Ucrânia se renda (o que é verdade) mas depois afirma que os ucranianos querem a rendição da Russia.
Lula tenta por tudo, tantar colocar os dois lados em igualdade de circunstâncias, mentindo se necessário.
As posições de Lula envergonham muitos brasileiros, mas infelizmente, é a este ponto que o país chegou.

Entre Lula e Bolsonaro, a diferença não seria nenhuma.
É trágico, como um país pode ficar refém de dois extremistas, um controlado pela ala esquerda do partido dos trabalhadores «, o outro controlado pelos fanáticos da direita religiosa brasileira.

O problema, é que não parece haver ninguém que seja alternativa.
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 28, 2023, 09:12:32 pm
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 10, 2023, 01:10:34 pm
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 31, 2023, 04:38:43 pm
Brasil ficará sem navios muito em breve e comandante da Marinha diz que estamos sob ameaça,


Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Viajante em Novembro 04, 2023, 09:58:00 pm
Estava eu a ver alguns dos vídeos que colocaram noutro separador, dos brasileiros a criticarem a nossa total ausência de filtro à entrada de qualquer brasileiro em Portugal e por mais de uma vez gozaram com uma Ministra Brasileira da Igualdade Racial!!!!!

Fui ver a recente entrevista e...... valha-me Deus! É a incarnação da imbecilidade Woke numa pessoa sem nenhuma qualidade para o cargo!!!! Não diz nada de jeito! Mas há mais, para além do salário de Ministra, tem ainda o cargo de Administradora de uma empresa pública brasileira (no qual ganha outro salário semelhante ao de Ministra, em acumulação)!!!!! Por causa de uma situação igual, o Pinho cá em Portugal foi preso!!!!!!

Mas vamos ouvir as ideias mirabulantes da Ministra que quer riscar do mapa termos científicos...... porque acha que são racistas!!!!!!!
Estranho este mundo onde os comunistas-socialistas seguem os passos da Inquisição de à 500 anos atrás, também contra a ciência!!!!!
Realmente impressionante como um país tão grande consegue ser governado por imbecis!!!!!!


Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 28, 2023, 05:48:51 pm
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: papatango em Dezembro 29, 2023, 02:13:12 pm

O casamento do Lula com uma especialista, deu resultados acima do previsto.

O investimento mais produtivo dos comunistas do Partido dos Trabalhadores.
No entanto, a posição do Brasil não seria muito diferente se o Bolsonaro tivesse ganho as eleições...

Ao ponto a que o Brasil consegue descer...
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 09, 2024, 12:33:38 pm
Um ano de ataque aos Três Poderes no Brasil


Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: MMaria em Fevereiro 25, 2024, 10:17:46 pm
Olás.

Em relação à reunião de sherpas do G20 e à visita do Min. Lord Cameron ao Rio, além da visita ao NAM do Atlântico, também foram assinados acordos e algumas declarações de apoio à política externa do Brasil.

Citar
Reino Unido e Brasil assinam Acordo de Implementação do Acordo de Colaboração em Defesa
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o Acordo de Parceria de Defesa, que permitirá o acesso ao Financiamento à Exportação do Reino Unido (Agência de Crédito à Exportação do Governo do Reino Unido) e apoiará empresas de defesa no valor de até £ 1 bilhão.
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O Reino Unido reafirmou a prioridade da presidência brasileira do G20 na reforma da governança global e quer trabalhar em estreita colaboração com o país na reforma das instituições multilaterais.

O Reino Unido continua apoiando o Brasil para ter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU...


https://www.defesaaereanaval.com.br/geopolitica/reino-unido-e-brasil-assinam-termo-de-implementacao-do-acordo-de-colaboracao-em-defesa

Sds
Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Lusitano89 em Março 01, 2024, 05:08:20 pm
"A Arte da Guerra". "O Brasil é polémico em todas as áreas em que quer ser relevante"


Título: Re: Brasil: Potência, mas sem influência
Enviado por: Lusitano89 em Abril 17, 2024, 02:43:36 pm
Ministério da Defesa Enfrenta o Maior Corte em 10 Anos!