Venezuela e a Revolução Bolivariana

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André

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Venezuela e a Revolução Bolivariana
« em: Novembro 25, 2007, 12:49:56 am »
Sequestrados e torturados dois estudantes que apelavam contra a reforma constitucional

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Dois estudantes da Universidade Fermin Toro, de Barquisimeto, Estado de Lara (400 quilómetros a oeste de Caracas) que entregavam panfletos contra a reforma constitucional, foram sequestrados e depois torturados, revelaram hoje as televisões privadas venezuelanas.

Segundo o canal televisivo de notícias Globovisión os estudantes foram sequestrados pouco depois das 17:30 horas locais (21:30 horas em Lisboa) de sexta-feira, num centro comercial de Barquisimeto.

"Três estudantes da Universidade Fermin Toro estavam distribuindo informação contra a reforma constitucional, quando apareceu uma carrinha Chevrolet Blazer de cor preta, sem matrícula, com pessoas armadas que levaram dois deles", disse a Globovisión.

Segundo o canal os dois estudantes foram libertados durante a noite da última sexta-feira depois "de golpeados fortemente no rosto e com queimaduras de cigarros nos braços".

A Globovisión transmitiu imagens dos jovens depois de torturados e precisou que as queimaduras de cigarros foram feitas durante um interrogatório sobre as intenções do movimento de jovens universitários que nas últimas semanas tem promovido acções de rua contra a reforma constitucional.

A polícia venezuelana reprimiu, nas últimas semanas e nalgumas ocasiões violentamente, marchas de estudantes nas cidades de Caracas, Barquisimeto, Arágua, Táchira, Mérida e Valência.

A 2 de Dezembro os venezuelanos vão às urnas para decidir sobre a reforma aprovada pela Assembleia Nacional, que prevê alterar 69 artigos da Carta Magna, 33 deles sugeridos pelo presidente Hugo Chávez.

A reforma inclui mudanças polémicas, como a reeleição presidencial indefinida, o alargamento de seis para sete anos do mandato do chefe de Estado, o fim da autonomia do Banco Central e a introdução de novos conceitos de propriedade pública, social (comunal ou estatal), colectiva e privada.

Contempla ainda uma nova geometria do poder baseada em distritos, municípios e territórios federais e a criação de distritos insulares em que a unidade política primária assenta em cidades formadas por comunas ou células geo-humanas.

Prevê igualmente a atribuição ao Presidente da República de poderes para decretar regiões especiais militares com fins estratégicos de defesa em qualquer parte do território e a transformação das Forças Armadas Nacionais num organismo "essencialmente patriótico, popular e anti-imperialista".

Contempla ainda limitações às garantias processuais e à liberdade de imprensa se for decretado o estado de sítio.

Lusa
« Última modificação: Novembro 26, 2007, 10:38:02 pm por André »

 

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« Responder #1 em: Novembro 25, 2007, 01:38:06 am »
Quem foi Simon Bolivar?

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General e político venezuelano, nascido em 1783, em Caracas, e falecido em 1830, foi o principal protagonista das lutas pela independência das colónias espanholas na América do Sul.

Filho de uma família abastada, estudou na Europa e regressou em 1807 à Venezuela. Detentor de um pensamento revolucionário e de génio político-militar, não acreditava na democracia na América do Sul devido à imaturidade das populações, mas defendeu a abolição da escravatura e mostrou-se favorável a uma união dos povos. Em 1799 viajou para a Espanha com o propósito de aprofundar os seus estudos. Em Madrid ampliou os seus conhecimentos de História, Literatura, Matemática e aprendeu a Língua francesa. Na capital espanhola casou-se com María Teresa Rodríguez del Toro y Alaysa (26 de Maio de 1802) mas, de regresso à Venezuela, María veio a falecer de febre amarela (1803). Bolívar voltou à Europa em 1804, passando de novo pela Espanha antes de fixar residência em Paris.

No dia 14 de Agosto de 1805, no Monte Sacro, em Roma, Simón Bolívar proclamou diante de Simón Rodríguez e do seu amigo Francisco Rodríguez del Toro que não descansaria enquanto não libertasse toda a América do domínio espanhol (Juramento do Monte Sacro). O local tinha grande valor simbólico uma vez que havia sido palco de protesto dos plebeus contra os aristocratas na Roma Antiga. Ainda na Itália escalou o Vesúvio na companhia de Humboldt e do físico Louis Joseph Guy-Lussac. De regresso a Paris ingressou na Maçonaria.

Combateu o exército colonial espanhol, com o apoio do Reino Unido, em várias rebeliões, libertando a Venezuela em 1821, a Colômbia e o Equador em 1822, o Peru em 1824 e a Bolívia em 1825. Em 1826, ainda munido dum espírito unificador para a América Latina, convocou o Congresso do Panamá, mas os seus planos sofreram um revés ao ser acusado de tentar dominar, pela força, a região. Simón Bolívar faleceu vítima de tuberculose, solitário, num casebre em Santa Marta. Ficou conhecido como "o Libertador".  

 

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André

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« Responder #2 em: Novembro 25, 2007, 11:04:30 pm »
Hugo Chávez diz que as relações com Espanha também foram congeladas
 
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O Presidente venezuelano Hugo Chávez garantiu hoje que até que o rei Juan Carlos de Espanha lhe apresente desculpas pelo incidente no encerramento da cimeira Ibero-americana, também as relações com Madrid serão congeladas.

A garantia foi feita durante a cerimónia realizada hoje em Maracaíbo, em que anunciou igualmente o congelamento das relações com a vizinha Colômbia.

"É como o caso de Espanha. Até que o rei de Espanha se desculpe, eu congelo as relações com Espanha, porque aqui há dignidade... dignidade", frisou Chávez, que continua a reafirmar, desde a cimeira Ibero-americana, em Santiago do Chile, que Juan Carlos lhe deve pedir desculpa por o ter interpelado com "porque é que não te calas" quando o presidente venezuelano insistia em interromper o primeiro-ministro espanhol, José Luís Zapatero, acusando o anterior chefe do governo de Madrid, José Maria Aznar de "fascista".

Na cerimónia realizada hoje em Maracaíbo, 700 quilómetros a Oeste de Caracas e a apenas 30 quilómetros da fronteira com a Colômbia, Chávez anunciou que tinha decidido congelar as relações com Bogotá, na sequência da anulação pelas autoridades colombianas do seu mandato de mediação na questão dos reféns da guerrilha colombiana.

"Declaro ao mundo que coloco as relações com a Colômbia no congelador. Já não acredito em ninguém no governo colombiano", disse Chávez.

No sábado, Hugo Chávez tinha já declarado que se sentia "traído" pela decisão de Álvaro Uribe em lhe retirar a mediação no conflito que opõe Bogotá à guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbias (FARC), designadamente no processo para a troca entre 500 guerrilheiros presos e um grupo de 45 reféns, entre as quais a franco-colombiana Ingrid Betancourt e três norte-americanos, um deles luso-americano.

A decisão (de Uribe) "vai afectar as relações bilaterais", sentenciou então Chávez.

Lusa

 

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André

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« Responder #3 em: Novembro 26, 2007, 06:43:50 pm »
Homem morre em protestos contra Chávez

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Um trabalhador de 19 anos morreu hoje num protesto contra a reforma constitucional prevista pelo presidente Hugo Chávez no estado de Aragua, Venezuela, indicou o vice-presidente venezuelano, Jorge Rodríguez, que responsabilizou os manifestantes opositores pela morte.
Além disso, 80 pessoas foram detidas, disse Rodríguez falando aos jornalistas numa acção de campanha eleitoral para o referendo sobre a reforma constitucional, previsto para 2 de Dezembro.

Segundo Rodriguez, um grupo de pessoas em Aragua ateou fogo a pneus e fechou a passagem de algumas vias, em manifestações de rejeição à reforma constitucional de teor socialista.

O jovem, identificado como José Aníbal Oliveros, dirigia-se para o trabalho quando encontrou as ruas fechadas.

«Não deixaram que ele passasse, dispararam a matar. Vamos actuar com toda a força da lei», afirmou Rodríguez.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #4 em: Novembro 26, 2007, 09:54:42 pm »
Igreja Católica refuta ataques de Chávez

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A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) refutou os recentes «ataques difamatórios e injuriosos» contra a hierarquia católica da Venezuela e considerou a reforma constitucional que será referendada a 02 de Dezembro, como «desnecessária, moralmente inaceitável e inconveniente para o país».

«Reiteramos a nossa convicção expressa em anteriores documentos de que a reforma é desnecessária, moralmente inaceitável e inconveniente para o país», refere a CEV num comunicado a que a Agência Lusa teve acesso.

O documento explica que além de «restringir muitos direitos humanos, civis, sociais e políticos, consagrados na Constituição», a reforma constitucional «cria motivos de discriminação política e introduz novos campos de confrontos e polarização entre os venezuelanos».

A CEV pede «a todos os eleitores que participem activamente e se expressem livre e conscientemente com o voto» e recorda «ao Conselho Nacional Eleitoral a imperiosa obrigação constitucional, democrática e ética, que tem ante Deus e ante a Pátria de assegurar a transparência da consulta», tanto no período de campanha como na «entrega de resultados».

Por outro lado, a CEV considera que os venezuelanos vivem «dias prévios a uma decisão histórica da qual dependerá o futuro» da Venezuela, apelando para o «respeitos pelos outros» para que «impere um clima de paz e de sã convivência».

O documento sublinha ainda que «todos os cidadãos têm o direito de ter uma opinião sobre a proposta de reforma e a expressá-la democraticamente» e que ninguém deve «insultar» os que discordam dela.

No comunicado, a CAV refuta ainda as recente críticas do presidente venezuelano, Hugo Chávez, à hierarquia da Igreja Católica.

«Repudiamos os ataques, difamatórios e injuriosos contra o Sr. Cardeal Jorge Urosa Savino, Arcebispo de Caracas, os bispos em geral e outros personagens e sectores do povo venezuelano», afirma.

Na última sexta-feira, no programa «La Hojilla» da estação estatal Venezuelana de Televisão (VTV), Hugo Chávez acusou os bispos venezuelanos de «malfeitores», vagabundos«, «desavergonhados», «mentirosos», «golpistas» e «traidores de Jesus».

Acusou-os ainda de «estúpidos» e «tarados mentais» e classificou o arcebispo de Caracas, cardeal Jorge Urosa Sabino, de «bandido da pior laia».

«Que o diabo os receba no seu seio, monsenhores. Faço-vos uma cruz em nome dos verdadeiros cristãos. Vocês são o próprio demónio, defensores dos mais podres interesses», disse Chávez.

«Os bispos sabem o que sabem, sabem que estão mentindo descaradamente e isso os faz uns vagabundos, desde o cardeal para baixo«, acrescentou o presidente da Venezuela.

Diário Digital / Lusa
« Última modificação: Novembro 26, 2007, 10:29:11 pm por André »

 

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Luso

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« Responder #5 em: Novembro 26, 2007, 10:23:43 pm »
Um verdadeiro presidente-pimba!:mrgreen:
À distância, o tipo tem piada.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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André

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« Responder #6 em: Novembro 26, 2007, 10:25:39 pm »
Citação de: "Luso"
Um verdadeiro presidente-pimba!:mrgreen:
À distância, o tipo tem piada.


Pois mas pode propagar-se, a Bolivia e a Nicaragua já foram afectadas.  :conf:

 

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André

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« Responder #7 em: Novembro 26, 2007, 10:37:25 pm »
Proibida divulgação de sondagens sobre referendo

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O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proibiu hoje a divulgação de sondagens de opinião sobre a reforma constitucional, que será referendada a 02 de Dezembro.

Em comunicado divulgado na imprensa venezuelana, o CNE informa os «representantes dos blocos do 'sim' e do 'não' e dos meios de comunicação social» da «proibição de divulgar sondagens», ao abrigo do artigo 209º da Lei Orgânica de Sufrágio e Participação Política.

Segundo a presidente do CNE, Tibisay Lucena, «não se pode publicar, explicar ou fazer menção, ou referência a sondagens» porque o tempo até ao referendo deve ser usado para a respectiva campanha.

A 02 de Dezembro, os venezuelanos vão às urnas para decidir sobre a reforma aprovada pela Assembleia Nacional, que prevê alterar 69 artigos da Carta Magna, 33 deles sugeridos pelo presidente Hugo Chávez.

A reforma inclui mudanças polémicas, como a reeleição presidencial indefinida, o alargamento de seis para sete anos do mandato do chefe de Estado, o fim da autonomia do Banco Central e a introdução de novos conceitos de propriedade pública, social (comunal ou estatal), colectiva e privada.

Contempla ainda uma nova geometria do poder baseada em distritos, municípios e territórios federais e a criação de distritos insulares em que a unidade política primária assenta em cidades formadas por comunas ou células geo-humanas.

Prevê igualmente a atribuição ao Presidente da República de poderes para decretar regiões especiais militares com fins estratégicos de defesa em qualquer parte do território e a transformação das Forças Armadas Nacionais num organismo «essencialmente patriótico, popular e anti-imperialista».

Contempla ainda limitações às garantias processuais e à liberdade de imprensa se for decretado o estado de sítio.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #8 em: Novembro 28, 2007, 12:11:09 pm »
Chávez diz que «bando de fascistas não vai deter a História»

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltou a denunciar alegados «planos de desestabilização» e afirmou que «um bando de fascistas» não vai conseguir deter «a marcha da História», salientando que as autoridades estão preparadas para enfrentar qualquer situação.
«Faremos o que for preciso fazer», disse Chávez, num discurso de cerca de duas horas no programa «La Hojilla» do canal estatal Venezolana de Televisión, que terminou esta madrugada.

«Um bando de fascistas não vai conseguir deter a marcha da História», disse o presidente venezuelano, referindo supostos planos para causar distúrbios no referendo de domingo sobre a reforma constitucional.

Ao chamar os venezuelanos a votar a favor da reforma, Chávez disse que as forças da ordem estão preparadas para responder contra distúrbios de rua.

«Eu disse aos generais, almirantes e oficiais comandantes de guarnição que redobrem a inteligência. A melhor guerra é a que se ganha sem disparar um tiro», disse.

«Em todo caso, as Forças Armadas estão activadas. A ordem que dei é de neutralizar, travar, evitar. Mas faremos o que for preciso», disse.

Chávez defendeu as respectivas propostas de alteração constitucional, afirmando que se destinam a dar «mais poder» ao país.

«Vamos ganhar com limpeza. Aconselho serenidade. Vamos a outra grande vitória», acrescentou.

Diário Digital / Lusa

 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #9 em: Novembro 28, 2007, 12:43:01 pm »
Esquerda caviar... :roll:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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FinkenHeinle

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« Responder #10 em: Novembro 30, 2007, 08:41:39 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Esquerda caviar... :wink:
Um Forte Abraço.
André Finken Heinle
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"Em condições normais, corro para vencer e venço. Em situações adversas, também posso vencer. E, mesmo em condições muito desfavoráveis, ainda sou páreo." (AYRTON SENNA)
 

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André

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« Responder #11 em: Novembro 30, 2007, 11:22:40 pm »
Citação de: "FinkenHeinle"
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Esquerda caviar... :wink:


O Cabeça de Martelo não estava a falar no Lula da Silva, mas sim no Chavez.  :wink:

 

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André

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« Responder #12 em: Novembro 30, 2007, 11:28:27 pm »
Portugueses marnifestam-se a favor da reforma constitucional de Hugo Chávez

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Milhares de venezuelanos, entre eles dezenas de portugueses, manifestaram-se, hoje, em Caracas, em apoio à reforma constitucional proposta pelo presidente Hugo Chávez, que será referendada no domingo.

Vestidos com t-shirts vermelhas e empunhando cartazes com a palavra "sim" e a foto do presidente Hugo Chávez, portugueses e venezuelanos desfilaram até à Av. Bolívar de Caracas (centro), onde quinta-feira milhares de opositores se manifestaram contra a reforma constitucional.

"Sim, sim, agora sim", "Chávez, amigo, o povo está contigo" e "uh! Ah! Chávez não se vai (embora)" eram algumas das palavras de ordem ditadas e cantadas pelos manifestantes que argumentam que a reforma constitucional dará "mais poder ao povo".

Maria de Lourdes Ferreira de Olival, natural de Vilanzuelos do Chão, Algodres, foi uma entre as dezenas de portugueses que hoje se manifestaram a favor de Chavez.

Para ela, é importante aprovar a reforma constitucional porque Hugo Chávez é o "melhor" presidente que a Venezuela teve desde que chegou ao país, há 30 anos.

"Eu amo-o, porque é o primeiro presidente que chegou à Venezuela que defende os pobres. Estou aqui há 30 anos e, antes do Chávez chegar, eu perguntava sempre porque é que na Venezuela não valorizam o ser humano".

"Digam o que disserem, no estrangeiro ou na Venezuela, é o único presidente que é verdadeiramente humano, que ajuda os pobres. Toda a vida, enquanto Chávez houver na Venezuela, vou votar nele", disse à Agência Lusa e à RTP-Madeira.

No seu entender, a reforma constitucional "dá a possibilidade aos pobres, profissionais liberais e desempregados, de terem direito à segurança social, o que antes eram só para doutores e cultos".

Vai votar "sim" porque "a reforma promove a igualdade social", adianta.

Interrogada sobre a possibilidade do presidente Hugo Chávez concentrar excessivamente o poder, ela argumenta: "Chávez terá só o poder que o povo lhe der".

"Chávez está consciente e nós também, que não tem poder, porque quem tem o poder somos nós (povo) e ele terá só o que lhe dermos".

Vários manifestantes explicaram à Agência Lusa que o presidente Hugo Chávez "ajuda muito as pessoas pobres" e que "a reforma fortalecerá os programas de assistência social.

A manifestação de hoje, a favor da reforma constitucional, aparentava ter muito mais participantes do que a realizada quinta-feira, dia do fecho de campanha pelos opositores do presidente Hugo Chávez.

Vários conrespondentes estrangeiros disseram à agência Lusa estarem a sentir dificuldades em transmitir as suas imagens para o exterior do país, por não lhes ter sido dada a autorização necessária.

Lusa

 

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André

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« Responder #13 em: Dezembro 01, 2007, 02:16:27 pm »
Chávez ameaça interesses dos EUA e de Espanha

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O presidente venezuelano Hugo Chávez, que este domingo submete a sua proposta de reforma constitucional a um referendo nacional, ameaçou agir contra interesses dos EUA e da Espanha no país.
No comício de encerramento da campanha para o escrutínio deste fim-de-semana, Chávez reiterou denúncias que vem fazendo há alguns dias contra a CIA e a administração de George W. Bush e prometeu que, se os norte-americanos tentassem boicotar o referendo «não haverá nem mais uma gota de petróleo» para os Estados Unidos.

Zeloso, Chávez adiantou que a segurança das instalações petrolíferas será reforçada com forças militares no domingo.

Sobre a Espanha e recuperando o incidente da Cimeira Ibero-Americana (quando o Rei de Espanha se lhe dirigiu com um «porqué no se calla?»), Chávez voltou a insistir no pedido de desculpas por parte do monarca espanhol.

Endurecendo o discurso perante milhares de apoiantes disse ainda que, caso não receba o reclamado pedido de desculpas do monarca Juan Carlos, começará a pensar em tomar medidas (visando interesses espanhóis na Venezuela).

Neste sentido afirmou: «(…), compraram alguns bancos por aqui (…). Não me custa nada voltar nacionalizá- los». Segundo a imprensa espanhola, os visados nesta ameaça são os grupos Santander e BBVA.

Na consulta popular de domingo, cerca de 16 milhões d e eleitores irão votar uma reforma constitucional à Carta Magna de 1999, com base na qual o presidente Chávez reforça os seus poderes (incluindo a possibilidade de se manter indefinidamente na presidência), propondo mais algumas medidas de carácter económico e social.

Diário Digital / Lusa

 

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FinkenHeinle

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« Responder #14 em: Dezembro 01, 2007, 05:58:47 pm »
Citação de: "André"
Citação de: "FinkenHeinle"
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Esquerda caviar... :wink:

O Cabeça de Martelo não estava a falar no Lula da Silva, mas sim no Chavez.  :wink:  :twisted:
Um Forte Abraço.
André Finken Heinle
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