Acordo Defesa com EUA

  • 31 Respostas
  • 11042 Visualizações
*

Upham

  • Perito
  • **
  • 503
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #15 em: Junho 11, 2007, 09:58:45 am »
Bom dia! :)

Citar
Quanto ao armazenamento de munições e explosivos, é que não há limites de quantidades. As únicas obrigações são as das regras de segurança e de comunicação do tipo e de quantidade dos materiais ao comandante da base área.


E transito e/ou armazenamento de armamento Nuclear (que de qualquer modo acho pouco provavel, mas....)? Há alguma referência quanto a isso?

Cumprimentos!
"Nos confins da Ibéria, vive um povo que não se governa, nem se deixa governar."

Frase atribuida a Caio Julio César.
 

*

MaisAlto

  • 70
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #16 em: Junho 11, 2007, 10:46:37 pm »
Nem sequer há sitio para armazenar munições...
O paiol da Caldeira, no enfiamento da pista abandonada, que em tempos serviu para guarda de munições em trânsito e carga contenciosa, é usado pela FAP. O paiol do Cabrito há muito está abandonado e só lá pastam vacas...

Engraçado que os açoreanos queixam-se tanto dos americanos, mas não se lembram de dizer que, por exemplo, se não fossem os parques de combustível no Juncal, a caminho de Praia da Vitória, que os americanos emprestam, pura e  simplesmente não havia onde guardar gasoleo e gasolina para abastecer a ilha...e quando o porto civil da Praia deixou de funcionar, devido a tempestade em 2005, sem que fosse possivel atracar barcos para abastecer a ilha, foram os americanos que avançaram com as reservas deles para manter a ilha em funcionamento...

No tocante aos tais contratos..por efeito do Acordo Laboral, existiu a famosa Comissão Representativa de Trabalhadores, que servia como o sindicato dos trabalhadores portugueses ao serviço dos EUA. Há pouco mai de um ano, os seus membros terminaram o mandato e mais ninguem se quiz candidatar. O que era de esperar, por já ter terminado o tempo em que havia aumentos salariais de 2 digitos ano após ano...
 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8525
  • Recebeu: 1621 vez(es)
  • Enviou: 681 vez(es)
  • +934/-7259
(sem assunto)
« Responder #17 em: Junho 11, 2007, 11:50:41 pm »
Estou a ver que o síndrome da "xicalhada" está bem vivo - para as coisas chegarem a esse ponto. E o pessoal cala-se... :shock:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

Duarte

  • Investigador
  • *****
  • 2354
  • Recebeu: 149 vez(es)
  • Enviou: 442 vez(es)
  • +614/-322
(sem assunto)
« Responder #18 em: Junho 12, 2007, 12:40:48 am »
Conheci um trabalhador das FEUSAÇORES, comunista ferrenho. Era uma das situações mais interessantes, pois adorava discutir política, mas quando se lhe punha o caricato e a hipocrisia de estar a trabalhar para os "capitalistas imperialistas Americanos" (palavras dele) só levantava os ombros e dizia que ganhava-se bem, não arranjava melhor  :roll:
слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
 

*

LM

  • Investigador
  • *****
  • 2481
  • Recebeu: 905 vez(es)
  • Enviou: 3128 vez(es)
  • +578/-75
(sem assunto)
« Responder #19 em: Junho 12, 2007, 10:42:00 am »
Pelo que entendi o Acordo das Lages regula as relações laborais e um vago "apoio à industria de defesa e inovação"... pelo que por aqui não temos nenhum apoio "contratualizado" de equipamento militar...

Assim resta a boa-vontade pontual da Administração dos EUA - e tendo em conta termos sido anfitriões na cimeira nos Açores, de sermos mais bem comportados que o Zapatero, da nossa presença no Iraque/ Afeganistão, das Lages.. talvez dê para oferecerem uma bateria de "M198 howitzer" para a BrigInt... e uns TOW, umas Barrett M95, etc  :(
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

*

nelson38899

  • Investigador
  • *****
  • 5343
  • Recebeu: 726 vez(es)
  • Enviou: 725 vez(es)
  • +509/-2608
(sem assunto)
« Responder #20 em: Junho 12, 2007, 11:28:17 am »
boas

O problema muitas vezes não está em ceder ou mesmo dar o equipamento (sucata), o problema está em manter e actualizar o equipamento, o que é que interessa receber por exemplo uma esquadra de aviões de combate ou de patrulha em segunda mão e por exemplo os aviões de combate ainda estarem dentro dos caixotes e os aviões de patrulha nem missões fazem, o problema em Portugal é o excesso de pessoas que não fazem nada e que só estão a consumir recursos ao país, dinheiro que podia ser usado para melhorar tanto as forças armadas como por exemplo comprar equipamentos em primeira mão como helicopteros tiger que muito jeito nos faziam.

Cump
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

*

Leonidas

  • Analista
  • ***
  • 618
  • Recebeu: 3 vez(es)
  • +1/-3
(sem assunto)
« Responder #21 em: Junho 14, 2007, 02:51:47 am »
Saudações guerreiras.

Citação de: "João S. de Lemos"
O peso e significado de um contingente português num teatro tem implicações em dividendos, nomeadamente caso Portugal fique sujeito a uma ameaça. E essa ameaça pode não se tratar de uma ameaça convencional (pode ser terrorismo, por exemplo).

O que pode também acontecer é o "intermédio" entre as duas situações anteriormente descritas. É que Portugal está a tomar parte na ISAF, no Afeganistão e as Forças Armadas dos EUA estão tão "esticadas" que agradecem qualquer comparticipação estrangeira que lhes alivie um pouco a carga. Falando de cor, parece-me lógico que a conversa entre o Ministro da Defesa Português e o Secretário de Defesa Americano tenha como teor qualquer coisa do género: "vocês precisam de nós, no sector para onde mudámos as coisas estão um bocadinho mais quentes, digam lá o que é que nos podem oferecer em troca da nossa manutenção na área...". Portanto, neste caso, tratar-se-ia de um misto das duas situações: por um lado, estamos a participar numa missão internacional, o que nos dá dividendos internacionais. Por outro lado, podemos fazer um pequeno acordo paralelo com uma das forças presentes no Teatro na medida em que estamos em posição de o poder fazer: o nosso Batalhão, por pequeno que seja, faz jeito aos americanos. É menos um que têm de lá colocar. Ou pelo menos, se não colocassem lá nenhum, não têm que se esticar tanto no terreno e, portanto, não ficar mais vulneráveis.


Caro João, se me permite, gostaria de lhe colocar a seguinte pergunta: O que ganharia Portugal se lá tivesse o mesmo que uma Holanda consegue oferecer ("-los")?  

Cumprimentos.
 

*

tgcastilho

  • Membro
  • *
  • 183
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #22 em: Junho 19, 2007, 08:30:13 pm »
Do Meu ponto de vista,acho que portugal nao deveria estar a espera de que os EUA oferecessem algo de qualidade.O que deviamos fazer era propor uma especie de desconto,do genero:voces utilizam a base,mas na compra de equipamento fazem-nos uma atençao por assim dizer.
cumprimentos
 

Importa-se de repetir ?
« Responder #23 em: Julho 02, 2007, 09:48:13 am »
Caro Leónidas:

Não entendi bem a sua questão. Poderia ser mais específico, por favor?

Respeitosamente,

JSL
 

*

Leonidas

  • Analista
  • ***
  • 618
  • Recebeu: 3 vez(es)
  • +1/-3
(sem assunto)
« Responder #24 em: Julho 06, 2007, 11:57:26 pm »
Saudações guerreiras

Caro João, entendo onde quis chegar com a sua sugestão, mas temos que ser honestos e, em primeiro lugar, sabermo-nos situar, saber qual o nosso lugar. Não querermos dar um passo maior que a perna, quando aquilo que temos não nos permite tal atitude ou nos é altamente desaconselhável a bem da dignidade que resta.

O mundo não gira á volta dos portugueses, mas sim, á volta dos que hoje ditam as leis. Já lá vai o tempo que tínhamos voz, mas isso era porque os políticos não eram formados em Direito e coisas do tipo “Engenheirias” , e andávamos á turras com os espanhóis e outras moiramas, que enfardavam sempre, dia sim, dia sim, se tal fosse preciso!  

Só podemos exigir se tivermos para dar algo que faça a diferença e a base das Lajes não é tudo. Pode ser uma mais-valia se houver algo em que eles possam reconhecer que há um esforço credível da nossa parte, coisa que, até agora, que eu me lembre, só se verificou nos Balcãs! O resto é para esquecer... Não são 150 boas-vontades que farão a diferença, quando o que se exige ultrapassa a capacidade de raciocínio dos nossos “dotores” e restantes bananas que nos governam.  

Se com um contingente de 150 homens podemos alcançar x resultados, então com 150  + 150, por exemplo, talvez o resultado dos “pedidos” portugueses possam alcançar outros patamares por horizontes nunca dantes alcançados.

O chorar e mamar (de: “quem não chora, não mama”, já dizia a minha avozinha) é atitude de pelintra, não por não haver dinheiro, mas porque, no nosso caso, a pelintrice é acima de tudo uma atitude que esconde um tipo de pobreza bem mais grave e com consequências mais devastadoras do que se não tivéssemos recursos!

---------------------------------------

Imagine-se se algum dia lhes tentássemos convencer os nossos aliados, que a casca do amendoim português é mais eficaz do que todo o “azul Pfizer” tomado até hoje! Já tou mesmo a ver...   :headb:

Cumprimentos
 

*

Get_It

  • Investigador
  • *****
  • 2270
  • Recebeu: 527 vez(es)
  • Enviou: 466 vez(es)
  • +836/-827
Redundância
« Responder #25 em: Julho 07, 2007, 12:48:34 am »
Citação de: "[url=http
Leonidas[/url] ^"]Só podemos exigir se tivermos para dar algo que faça a diferença e a base das Lajes não é tudo. Pode ser uma mais-valia se houver algo em que eles possam reconhecer que há um esforço credível da nossa parte, coisa que, até agora, que eu me lembre, só se verificou nos Balcãs! O resto é para esquecer... Não são 150 boas-vontades que farão a diferença, quando o que se exige ultrapassa a capacidade de raciocínio dos nossos “dotores” e restantes bananas que nos governam.
Esse ponto de vista faz-me pensar num cenário de participação de suporte vs. participação activa.
Para começar, é verdade que as Lajes não são tudo, mas discordo quanto ao resto, pois a a base das Lajes é mais importante estrategicamente do que a participação holandesa na ISAF. A única vantagem do tipo de apoio holandês é que esse mais visto e conhecido publicamente. Mas se formos a ver a importância das Lajes vemos que enquanto o apoio holandês neste momento só se estende ao Afeganistão, enquanto as Lajes apoiam os norte-americanos mais do que num cenário. A base ao permitir reduzir o tempo de viagem e o aumento de capacidade de carga e de armamento que os aviões têm de percorrer entre o continente americano e a Europa, ajuda na  defesa dos EUA ao possibilitar um contra-ataque, ajuda nos principais teatros de operações e permite também reduzir os custos de transporte de equipamento militar para os seus aliados (i.e. ver como exemplo Israel).
Talvez esteja aí o problema, pois ao as Lajes serem muito importantes torna-se mais difícil pedir para eles saírem de lá e até fazer com que nos levem a sério nas negociações. Outra verdade é que eles têm realmente contribuído para o desenvolvimento da ilha estes anos todos, vejam só nas infra-estruturas que construíram na ilha, especialmente os locais de armazenagem de combustível - que até foram utilizadas para abastecer a ilha durante a tempestade em 2006. A presença americana na ilha também contribui e alimenta uma grande parte do comércio. Eles sabem bem disto e isto também contribui para ser mais difícil nos levarem a sério quanto a um novo acordo. Mas que também é altura de criar um novo acordo é bem verdade, pois também vendo bem isto eles não têm grandes alternativas aos Açores, mas que vamos precisar duns governantes com uns grandes cojones, isso vamos precisar.

Citação de: "[url=http
Leonidas[/url] ^"]Se com um contingente de 150 homens podemos alcançar x resultados, então com 150  + 150, por exemplo, talvez o resultado dos “pedidos” portugueses possam alcançar outros patamares por horizontes nunca dantes alcançados.
Simplesmente quero explicar que penso o seguinte:
Talvez fossemos tão eficazes a alcançar os mesmos resultados que a participação de 300 militares no Afeganistão ao tirarmos a base das Lajes aos norte-americanos durante duas semanas. Claro que também teríamos as nossas dores de cabeça lá - além das dores de cabeça políticas -, ao tirarmos o comércio gerado pelos militares deles nas ilhas e ao negarmos o pequeno apoio que dão às pessoas lá.
Com isto todos os políticos dos EUA voltariam-se a lembrar da importância portuguesa para o esforço de guerra norte-americanos e não apenas dos aliados ricos deles e daqueles que os estão a safar ao participar mais activamente no Iraque e no Afeganistão.

Mas não se confudam, pois não sou contra a presença portuguesa no Afeganistão, nem nego a importância dela para o desenvolvimento do Afeganistão e para a imagem positiva de Portugal no estrageiro. Mas a base das Lajes é tão, ou mais, importante que mil soldados holandeses ou doutro país qualquer a participar na ISAF. E é isso que mais importa do que a imagem que os afegãos têm de Portugal para criar um acordo com os EUA quanto às Lajes

[EDIT]
Citação de: "[url=http
Leonidas[/url] ^"]Pode ser uma mais-valia se houver algo em que eles possam reconhecer que há um esforço credível da nossa parte, coisa que, até agora, que eu me lembre, só se verificou nos Balcãs!

Em resposta a isso:
Citação de: "Lusa"
Açores: Lajes são "porta de saída para a liberdade", diz general norte-americano

Lajes, 20 Jun (Lusa) - O tenente-general norte-americano, Robert Bishop,  comandante da Terceira Força Aérea da Base Aérea de Ramstein (Alemanha),  disse hoje que a base portuguesa das Lajes "é a porta de saída para a liberdade".

Robert Bishop, que falava na cerimónia da rendição de comando no destacamento  norte-americano sedeado na base portuguesa nº.4 das Lajes, realçou a "importância  que a base continua a ter para a projecção das forças militares norte-americanas".

O novo comandante do destacamento norte-americano é o coronel Jack Briggs,  de 48 anos, substituindo naquelas funções o coronel Robert Winston que deverá  ocupar uma posição no departamento das Operações Especiais
no Pentágono,  em Washington D.C..

Jack Briggs, que passou a ser o 37º comandante das forças do destacamento  norte-americano das Lajes, abandonou as funções vice-comandante da Base  Aérea de Ramsthein, na Alemanha, no 38.º Combat Support Wing.

Robert Winston sublinhou a importância que teve na sua carreira o comando  que exerceu nas Lajes e aproveitou a ocasião para agradecer aos trabalhadores  portugueses a colaboração que prestaram, garantindo que "são fundamentais  para o êxito das missões americanas".

O comando americano possui ao seu serviço 1024 militares dos três ramos  das forças armadas, 93 civis americanos, que em caso de necessidade, e tendo  em conta o acordo de defesa com Portugal, podem aumentar até aos 6.500 efectivos.

Residem ainda no perímetro externo da base das Lajes cerca de 1.155  familiares ou dependentes dos militares americanos.

O comando norte-americano tem também ao seu serviço 933 trabalhadores  portugueses colocados em todas as áreas dos serviços civis, militares e  de abastecimento da base.

(via Lancero)
Esta é todo o reconhecimento que preciso, visto que o Bush nem deve saber onde fica as Lajes.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

*

pmdavila

  • Perito
  • **
  • 366
  • +0/-0
Re: Redundância
« Responder #26 em: Julho 07, 2007, 10:34:00 am »
Citação de: "Get_It"
Simplesmente quero explicar que penso o seguinte:
Talvez fossemos tão eficazes a alcançar os mesmos resultados que a participação de 300 militares no Afeganistão ao tirarmos a base das Lajes aos norte-americanos durante duas semanas.

Concordo. E como disse o coronel que saíu de lá há poucos dias, não há A-10 que não passem lá a caminho do Afeganistão/Iraque/Alemanha (e eu sou testemunha disso, nem que seja pela barulheira que 20 A-10 fazem ao aterrar/descolar  :wink:
Quanto ao pequeno apoio... deve ser mesmo muito pequeno, porque eu não o vejo por lá...  :lol:
Com os melhores cumprimentos,
pmdavila

"Antes morrer livres que em paz sujeitos"
 

*

Boina_Verde

  • Membro
  • *
  • 50
  • +3/-0
(sem assunto)
« Responder #27 em: Julho 12, 2007, 11:35:38 pm »
penso que podiamos negociar os apache e + F-16
 

*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 20215
  • Recebeu: 2982 vez(es)
  • Enviou: 2230 vez(es)
  • +1325/-3460
(sem assunto)
« Responder #28 em: Julho 12, 2007, 11:43:39 pm »
Caro Boina Verde, nós infelizmente não temos pilotos para voar os actuais 26 F-16 que temos, como tal essa solução é para ser descartada.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 18199
  • Recebeu: 5497 vez(es)
  • Enviou: 5865 vez(es)
  • +7126/-9513
(sem assunto)
« Responder #29 em: Julho 13, 2007, 09:17:19 am »
Citar
Esta é todo o reconhecimento que preciso, visto que o Bush nem deve saber onde fica as Lajes.


que bom...uma palmadinha nas costas por parte do "grande irmão"...e siga a Marinha!!!!!



 :roll:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas