Venezuela e a Revolução Bolivariana

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Luís Fernando

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« Responder #45 em: Fevereiro 05, 2008, 02:47:15 pm »
Da inserção do contexto Ideológico na revolução Bolivariana II:

"El proyecto bolivariano no tiene doctrina revolucionaria

 
 
 
El Hugo Chávez conspirador en el Ejército blandía como eje de su pensamiento ideológico el Árbol de las Tres Raíces (Bolívar, Zamora y Simón Rodríguez). Luego, en fase de campaña electoral para la Presidencia, propuso aplicar la Tercera Vía, que en el Reino Unido desarollaba Tony Blair; años más tarde llegó a la conclusión de que había que escoger entre "patria, socialismo o muerte".

Para el historiador y profesor de la UCV, Agustín Blanco Muñoz, "hoy está completamente claro que el llamado proyecto revolucionario y bolivariano no está ligado a ninguna doctrina que le pueda garantizar la condición revolucionaria de la que hace tanto alarde".

Señala que Chávez, en su afán de presentarse como un radical tipo Ernesto Guevara, ha pretendido mostrarse como un antiguo militante de la izquierda que ha evolucionado. No obstante, considera extraño que el hoy Presidente dijera en 1998 que "no puede ser marxista porque él no ha leído ninguno de los textos de Marx". Blanco Muñoz recuerda que en 2004 el mandatario declaró que "Venezuela cambió para siempre". Según el historiador, la idea era comenzar a implantar el modelo cubano.

No obstante, resalta que no  se ha asumido a plenitud -en lo teórico- el modelo cubano. "Por ello se ha creado la figura del socialismo del siglo XXI, en el cual parece no tener espacio el Árbol de las Tres Raíces o la Tercera Vía", mientras "la ideología militarista" crece y se extiende en ambiciones y búsqueda de cuotas de poder". <span style="text-transform:uppercase"
 

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André

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« Responder #46 em: Fevereiro 11, 2008, 10:47:01 pm »
Hugo Chavez ameaça cortar fornecimentos de petróleo aos EUA

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No seu programa semanal, Chavez alertou: «anote isto, Senhor Bush, Senhor Perigo – eu vou cortar os fornecimentos de petróleo» caso o presidente norte-americano decidir continuar o que o seu homólogo venezuelano considera «uma guerra económica».

Tribunais britânicos e norte-americanos congelaram os bens da companhia estatal petrolífera da Venezuela, como consequência de uma proposta de nacionalização das instalações venezuelanas do gigante americano do petróleo – a Exxon Mobil.

A companhia texana considerou que os montantes propostos para a nacionalização eram insuficientes. Chavez considera que o plano de nacionalização iria trazer milhões de dólares e de recursos para o seu povo, tornando-se um dos elementos cruciais na sua revolução socialista.

No seu discurso semanal, o presidente venezuelano apelidou directores da Exxon de «bandidos imperialistas», afirmando que pertencem a uma campanha americana para destabilizar aquele país sul-americano.

«Eu falo ao império americano, porque esse é a raiz do mal: continuem e vão ver que não vamos enviar nem um gota de petróleo», declarou Chavez. «Esses bandidos da Exxon Mobil nunca mais nos vão roubar».

A batalha, consideram os analistas, não vai ser fácil. Enquanto Chavez é um líder reputado e carismático que se rebela contra o sistema capitalista, a Exxon é uma empresa experiente e reconhecida por uma política de mercado muito forte, pouco habituada a derrotas.

Para além disso, os cortes no abastecimento de petróleo iriam afectar tanto Washington quanto Caracas, dado que os EUA são os seus maiores clientes.

SOL

 

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André

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« Responder #47 em: Fevereiro 15, 2008, 07:38:50 pm »
Popularidade de Hugo Chávez caiu 20 pontos num ano

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A popularidade do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, caiu 21 por cento desde Janeiro de 2007, passando de 54 para 33 por cento, indica uma sondagem hoje divulgada em Caracas.

O agravamento da insegurança no país, o elevado custo de vida, o desemprego e a corrupção estão na origem dos resultados do inquérito, que foi realizado pela empresa de sondagens Hinterlaces, a mesma que prognosticou a vitória de Chávez nas presidenciais de Dezembro de 2006 e que goza de grande credibilidade no sector empresarial venezuelano, em especial na banca privada.

Segundo Óscar Shélmer, director da Hinterlaces, 50 por cento dos venezuelanos «está desagradado ou reprova» a imagem do presidente Hugo Chávez, 33 por cento crê que é positiva, 10 por cento não concorda, nem discorda e 7 por cento não respondeu.

«Agora o chavista (simpatizante) é menos tolerante. É mais crítico e está mais impaciente. A qualidade do apoio é distinta porque já não está disposto a dar a vida pelo presidente, questiona, e uma percentagem importante crê que é responsável pelo agravamento de alguns problemas», disse.

Sublinhou ainda que a sua popularidade «caiu mais de 20 pontos desde que ganhou as eleições presidenciais de Dezembro de 2006, altura em que contava com 54 por cento de aprovação».

A sondagem, realizada em 15 Estados e que envolveu 1.103 pessoas, tem uma margem de erro de 3,3 por cento, aponta como razão para a queda da popularidade «a falta de resultados, o incumprimento de promessas, o agravamento de problemas como a insegurança, que 80 por cento dos venezuelanos dizem ser o mais grave, as dificuldades para abastecer o mercado de produtos, o alto custo de vida, o desemprego e a corrupção».

Segundo Óscar Shélmer, a imagem presidencial entrou em «desgaste» desde finais de Dezembro de 2006, altura em que «o presidente começou a radicalizar o seu discurso», perdendo «sintonia com as aspirações e expectativas dos sectores pobres, queda que se agravou com o encerramento da RCTV (o mais antigo canal de televisão do país)».

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #48 em: Fevereiro 19, 2008, 02:25:43 pm »
Problemas de abastecimento geram polémica

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A ausência, nos supermercados, de produtos como leite, queijo, frango, algumas carnes, açúcar e café, está a intensificar as divergências entre empresários e o Executivo que se responsabilizam mutuamente pela «crise» que afecta pequenos comerciantes.

As autoridades acusam os distribuidores e comerciantes de promover o açambarcamento. Os empresários queixam-se de demoras e de travões na concessão de divisas para as importações. Argumentam que a listagem oficial de preços de alguns produtos gera perdas e queixam-se de que são acusados de açambarcadores se tiverem alimentos armazenados mais de quatro dias.

No último domingo o Presidente Hugo Chávez acusou os distribuidores, entre eles o Grupo Polar - a principal distribuidora de alimentos do país -, de estar ao serviço da oposição e de «tentar tirar os alimentos» da boca do povo.

No seu programa radiofónico, Alô Presidente, pediu «mão dura» aos seus ministros e instou a tomar medidas, entre elas a «intervenção» nas empresas que incorram em açambarcamento de produtos.

A «ameaça» ocasionou mal-estar no sector privado, motivando a Federação de Câmaras de Comércio da Venezuela (Fedecâmaras) a acusar o Governo de avançar com uma «estratégia errada» e a condenar ameaças do Instituto de Defesa do Consumidor, de medidas para «confiscar, expropriar ou intervir nas empresas».

O presidente de Fedecâmaras, José Manuel González, instou o Governo a dialogar com as empresas privadas, argumentando que «não somos o problema, somos a solução do problema» e a que «permita ao sector privado que trabalhe em paz e abasteça todos os venezuelanos, os diferentes bens e serviços que procurem».

Por outro lado, anunciou que estão prontos a dialogar com o Governo nacional para procurar uma solução para o problema do abastecimento.

Segundo José Manuel González, no passado, os supermercados mantinham um inventário de produtos que oscilava entre 15 e 30 dias, sendo importante que «o Governo tenha claro a diferença entre armazenamento e açambarcamento» e que este último não pode ocorrer «com 3 ou 4 dias de armazenagem».

«Não é precisamente com medidas deste tipo (confisco e intervenção) que o Governo vai solucionar este problema. Somos conhecedores de como se abastece o país e continuar a atentar contra o sector privado afugenta os investimentos e gera atraso», disse.

O Grupo Polar reagiu à ameaça. Num comunicado enviado à Agência Lusa, a empresa explica que «nos últimos quatro meses» foi alvo de «mais de 70 inspecções» que comprovam que «é impossível que açambarque» produtos.

Acrescenta que não produz nenhum dos produtos que escasseiam nos supermercados, como leite, frango, carne, açúcar e café. Precisa ainda que distribui alimentos a 50 mil estabelecimentos comerciais, através de 16 armazéns e 33 sucursais.

«Desde há um ano que a empresa, de maneira responsável, tem alertado ao mais alto nível o Executivo Nacional sobre os riscos de implementação de algumas políticas que afectam a rede de distribuição agro-alimentar e consequentemente o oportuno abastecimento de alimentos ao povo venezuelano», diz o documento.

Na Venezuela, a maioria dos supermercados e armazéns são propriedade de empresários portugueses radicados no país, que se queixam frequentemente de atrasos dos fornecedores na entrega de mercadorias.

A Fedecâmaras promoveu, em Dezembro de 2001, uma paralisação de 12 horas em protesto contra a política económica do Presidente Hugo Chávez e a aprovação, pelo Executivo, de 53 leis, 49 das quais consideradas, por alguns sectores, violadoras de direitos estabelecidos pela nova Constituição nacional.

Em Abril de 2002 - altura em que Hugo Chávez foi afastado temporariamente do poder -, apoiou as grandes marchas em protesto contra o despedimento de funcionários da estatal Petróleos de Venezuela S. A. (PDVSA) e em Dezembro desses mesmo ano, uma iniciativa de comerciantes, políticos e oposicionistas que paralisou o país durante 63 dias.

Desde 2003 que na Venezuela está vigente um sistema de controlo de câmbio que obriga os empresários a solicitar às autoridades a concessão de divisas para a importação de produtos.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #49 em: Março 12, 2008, 11:55:00 pm »
Chávez teme conspirações e ciladas de Washington

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Hugo Chávez afirmou que o governo americano poderia torná-lo numa vítima de conspirações, emboscadas e provocações durante os meses finais do mandato de George W. Bush.

Chávez também comemorou a superação da crise andina na semana passada.

As relações entre Caracas e Bogotá regularizam-se depois da crise gerada pela resposta de Chávez à incursão militar da Colômbia em território equatoriano, que representou o encerramento da sua embaixada em Bogotá e a expulsão dos representantes colombianos em Caracas, além de mobilizar tropas para as áreas fronteiriças

«É preciso prestar atenção a todas as emboscadas e provocações. Serão a ordem do dia...Este é o último ano do governo do actual presidente dos Estados Unidos e ele é o senhor da guerra», discursou o popular presidente venezuelano.

Chávez, que considera Bush o seu inimigo ideológico e acusa de tentar derrubar o seu Governo, afirma que o presidente colombiano, Alvaro Uribe, é marionete da Casa Branca, que «move os seus cordelinhos».

Washington mantém um plano de apoio militar e económico à Colômbia para ajudar na luta contra o narcotráfico e a guerrilha. O presidente, que diz liderar uma revolução socialista em favor dos pobres, fez votos pela vitória de um governo pacifista nas disputas eleitorais norte-americanas de Novembro.

«Tomara que o povo dos Estados Unidos eleja um presidente que venha com uma mensagem de paz, de irmandade, de fraternidade com o mundo, de respeito à paz, à vida dos povos, de respeito à humanidade. Ainda que tenhamos diferenças, poderemos respeitar e viver em paz como seres humanos e não como bestas», disse.

Chávez confirmou que as relações entre Caracas e Bogotá se normalizaram, mas assegurou que continuará alerta a movimentos «de guerra» impulsionados por Washington.

A Venezuela, que é um dos principais fornecedores de petróleo aos Estados Unidos, ameaçou cortar o fornecimento a este país.

Reuters/SOL

 

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« Responder #50 em: Março 26, 2008, 10:38:29 am »
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The Coming War on Venezuela
By George Ciccariello-Maher

More than a year ago, I attended the official book release for the Venezuelan edition of Eva Golinger's Bush Versus Chávez, published by Monte Avila, and the book had previously been printed in Cuba by Editorial José Martí. I recount this to make the following point: long before the publication of Bush Versus Chávez in the current English-language edition, the book was already a crucial contribution to international debates regarding United States' efforts to destroy Venezuela's Bolivarian Revolution.

In choosing to publish the English edition of the book, Monthly Review Press has opened that debate to an entirely new audience, and for this we should be grateful. Furthermore, in an effort to streamline production, Monthly Review has further made the appendices to Bush Versus Chávez, largely composed of declassified or leaked documents, available publicly on its website, at the address: http://monthlyreview.org/bushvchavez.htm.

A New Toolbox

Golinger, a U.S.-born lawyer who has recently taken up full-time residence in Venezuela (and Venezuelan citizenship), first shot to prominence with her 2005 book The Chávez Code: Cracking U.S. Intervention in Venezuela. There, Golinger drew on a multitude of documents requested via the Freedom Of Information Act (FOIA) to thoroughly and convincingly document the role of the U.S. government in funding and sponsoring those Venezuelan opposition groups that participated in the undemocratic and illegal overthrow of Chávez in April 2002, most of which also signed the interim government's Carmona Decree which dissolved all constitutionally-sanctioned branches of Venezuelan power. All this against Condoleezza Rice's recent claim, patently preposterous, that "we've always had a good relationship with Venezuela."

In Bush Versus Chávez, Golinger continues this diabolical narrative, this time relying less on FOIA requests than on a series of other key documents and bits of testimony gleaned from anonymous sources. After the failed 2002 coup, Golinger documents how the United States changed its tack slightly, drawing upon the variety of experiences gained in the military overthrow of Salvador Allende in Chile and the electoral overthrow of the Nicaraguan Sandinistas. While it would be easy to say that this represented a "Nicaraguanization" of U.S. policy in the aftermath of the botched coup, in reality this new policy draws equally heavily on the many other elements that constituted the multifaceted war against Allende, and hence the thesis of the "Chileanization" of Venezuela remains all-too-relevant.

The key institutional devices deployed by the U.S. in its covert support for the coup remained the same in its aftermath: the neoconservative National Endowment for Democracy (NED) and the U.S. Agency for International Development (USAID), both convenient mechanisms for bypassing Congressional oversight. What was new on this front, as Golinger demonstrates, was the establishment by USAID in the months following the coup of a sinister-sounding Office of Transition Affairs (OTI). Both the NED and USAID (via the OTI) immediately began to shift strategies, providing covert support for the opposition-led bosses lockout of the oil industry which crippled the Venezuelan economy for two months in late 2002 and early 2003, and when this failed, by providing direct support for efforts to unseat Chávez electorally (a là Nicaragua) in a 2004 recall referendum spearheaded by opposition "civil society" organization Súmate. Needless to say, doing so entailed continuing to support those very same organizations who had proven their anti-democratic credentials in 2002, but such things are hardly scandalous these days.

Through the popular and military support enjoyed by the Chávez government, all these efforts failed, which is unprecedented in and of itself. In response to the emptying of its traditional toolbox, the U.S. government has been forced to diversify its tactics even more drastically than ever before, and this is where Bush Versus Chávez comes in.

Domestic Continuity

In her analysis of contemporary U.S. strategies to unseat Chávez, Golinger speaks of three broad fronts: the financial, the diplomatic, and the military (43-48). But we should be extremely wary of distinguishing too cleanly between such tightly-interwoven categories: the "financial front" remains largely in the hands of the NED and USAID, agencies directly controlled by the U.S. government and the embassy in Caracas, funding the domestic side of the equation through support for destabilizing opposition organizations and even psychological operations (psyops) targeting the Venezuelan press and military.

Since 2004, the NED and USAID have seen massive budgets earmarked for activities in Venezuela: currently, some $3 million for the former and $7.2 million for the latter's OTI operation (77). Of the NED funds, most went to the very same groups that participated in the 2002 coup, the 2003-4 oil lockout, and the 2004 recall referendum. Súmate, which headed up the recall effort, and whose spokesperson and Bush confidant Maria Corina Machado had signed the Carmona Decree, was granted more than $107,000 in 2005 alone. Súmate, to which Golinger devotes a chapter, had also received $84,000 in 2003 from USAID and $53,000 in 2003 and $107,000 in 2004 from the NED, as well as an inexplicable $300,000 from the U.S. Department of Health and Human Services (90). All of which demonstrates, for Golinger, that "Súmate is and continues to be Washington's main player in Venezuela" (91).

While USAID's funding structure has become more secretive, a turn that Golinger deems illegal, one project in particular has been publicly discussed: the establishment of "American Corners" throughout Venezuela, institutions which even the U.S. Embassy deem "satellite consulates" (145). Aside from the patent illegality of such underground U.S. institutions, Golinger points out that their primary function is the distribution of pro-U.S. propaganda to the Venezuelan population.

Perhaps most frightening on the domestic front is the strategic transformation that such U.S. funding has undergone. Specifically, such funding has increasingly begun to target what had previously been considered core Chavista constituencies, such as the nation's Afro and Indigenous populations (77-78). What Golinger doesn't emphasize is the fact that this has occurred alongside a concerted effort by opposition political parties, notably the NED-funded Primero Justicia, to penetrate the poorest and most dangerous Venezuelan barrios, like Petare in eastern Caracas.

While this domestic element has remained shockingly continuous, with the U.S. continuing to directly fund the groups involved in Chávez's 2002 overthrow, the military and diplomatic fronts are where Golinger reveals some veritably frightening new developments.

Asymmetrical Aggression

Perhaps the most intriguing and frightening revelation in Bush Versus Chávez surrounds a 2001 NATO exercise carried out in Spain under the title "Plan Balboa." Here we should bear in mind the open support provided by then Popular Party Prime Minister José Maria Aznar for the brief coup against Chávez. And while we might be struck by the irony of naming a NATO operation after the Spanish conquistador who invaded Panama, the name is far more accurate than we might initially believe.

Plan Balboa was, in fact, a mock invasion plan for taking over the oil-rich Zulia State in western Venezuela. In thinly veiled code-names (whose coded nature is undermined by the satellite imagery showing the nations involved), it entailed a "Blue" country (the U.S.) launching an invasion of the "Black" zone (Zulia) of a "Brown" country (Venezuela), from a large base in a "Cyan" country (Howard Air Force Base, in Panama) with the support of an allied "White" country (Colombia) (95-98). The fact that a trial-run invasion was carried out less than 11 months before the 2002 coup against Chávez should further convince us that this was mere contingency planning.

But Plan Balboa would be only the beginning, and Golinger deftly documents a series of increasingly overt military maneuvers carried out in recent years by the U.S. government in an effort to intimidate the Chávez government while preparing for any necessary action. Here, Golinger rightly trains her sights on the small Dutch Antillean island of Curaçao, which she deems the U.S.'s "third frontier." Curaçao hosts what is nominally a small U.S. Forward Operating Location (FOL) as well as, not coincidentally, a refinery owned by Venezuelan national oil company PDVSA. Furthermore, it sits fewer than 40 miles off Venezuela's coast, and more specifically, off the coast of the oil-rich "Black Zone" of Plan Balboa that is Zulia State.

Until February 2005, Curaçao probably seemed to be of little concern to Venezuelan security, given that its FOL housed only 200 U.S. troops. But this all changed when the U.S.S. Saipan made its unannounced arrival. The United States' premier landing craft for invasion forces, the Saipan arrived in Curaçao with more than 1,400 marines and 35 helicopters on board (104). When the Venezuelan government responded to the hostile gesture, U.S. Ambassador William Brownfield claimed there had been a "lack of communication," while simultaneously declaring that "it is our desire to have more visits by ships to Curaçao and Aruba [only 15 miles off the Venezuelan coast] in the coming weeks, months, and years" (105).

This veiled threat would come to fruition with Operation Partnership of the Americas in April 2006. In that instance, which dwarfed the Saipan's visit, the aircraft carrier U.S.S. George Washington arrived in Curaçao with three warships. The total strength of the force was of 85 fighter planes and more than 6,500 marines (106). Were this not worrying enough, then-intelligence chief and Latin American Cold Warrior par excellence John Negroponte admitted around the same time that the U.S. had deployed a nuclear sub to intercept communications off the Venezuelan coast (100). When we factor in the Curaçao-based Operation Joint Caribbean Lion, carried out in June 2006 with the goal of capturing the mock-terrorist rebel leader "Hugo Le Grand," there can remain little doubt that at the very least, the United States is keen to prepare for the possibility of a direct invasion of Venezuelan territory.

Of Terror and Dictators

But, one might ask, what are the chances that the U.S. would actually invade Venezuela, given the predictably harsh international rebuke that such an invasion would earn? It is here that another aspect, what Golinger loosely characterizes the "diplomatic front," comes into play, and it is here that U.S. policies and strategies have seen the most striking innovations.

Here Golinger cites a document by retired U.S. Army Colonel Max G. Manwaring published by the Army's Institute for Strategic Studies in 2005 (112). This document represents above all an inversion of strategies applied to Venezuela, and one which drastically complicates the military picture: Manwaring advocates appropriating the concept of "asymmetrical warfare" that many guerrillas and rebel movements have historically used with success against the United States, and converting it into an explicit U.S. strategy. Somewhat bizarrely, Manwaring compares this employment of asymmetric warfare to the "Wizard's Chess" of Harry Potter, deeming Chávez a "true and wise enemy" who must be dealt with by a panoply of maneuvers on all levels (112-113. Central to this strategy is the deployment of psychological operations (psyops), which had been previously focused on the Venezuelan press (toward the objective of justifying a coup or electoral removal of Chávez) to the international and diplomatic arena (toward what one could presume to be an objective of direct or indirect military action).

While domestic psyops have continued, notably in the 2005 deployment of "Gypsy" (JPOSE, Joint Psychological Operations Support Element) teams to Venezuela with the objective of spreading propaganda among the Venezuelan military and keeping tabs on radical Chavista organizations (117), much of their focus has been the spreading of news stories in the international arena. These stories, as Golinger astutely documents, tend to follow "three major lines of attack":

1.) Chávez is an anti-democratic dictator
2.) Chávez is a destabilizing force in the region
3.) Chávez harbors and supports terrorism (125).

Even the briefest of glances at any mainstream newspaper in the United States, or many other countries for that matter, will show to what degree this mediatically-constructed image has been a success.

New Strategies Unfold

This international effort to discredit the Chávez regime, thereby clearing the way for future intervention, brings us to a series of recent events that have transpired since Golinger first published Bush Versus Chávez.

The first was the sudden rebirth of the Venezuelan "student movement" in early 2007, nominally in response to the non-renewal of the broadcasting license for opposition television station RCTV. I have documented elsewhere the fact that this "student movement" was by and large supported if not directed by the traditional opposition parties, but what is more relevant here is that the strategies and even imagery of the movement were adapted directly from those used in countries such as Serbia and the Ukraine. These strategies, consisting largely of "non-violent" direct action, have been formulated and disseminated through institutions such as the Albert Einstein Institution which, in an irony of ironies, Golinger shows to be directly supported by the State Department (135), and linked to prior attempts to train Colombian paramilitaries to assassinate President Chávez (136-137).

Here again we have an inversion, in which the U.S. government has adopted the very strategies that had previously been deployed against it, and in this case the audience was international: the foreign press was so eager to show a violent repression of the students that it exaggerated the response of the largely unarmed police and, in an infamous incident, transformed an armed attack by opposition students against Chavistas at the Central University into just the opposite. The objective? To discredit and isolate the Chávez regime internationally, clearing the way for more directly offensive action.

Secondly, we have seen a concrete example of such offensive action in Colombia's recent illegal cross-border raid into Ecuador. The particular players involved should not distract our attention: this was a test-run, both militarily and diplomatically, for future U.S. interventions in the region. With Colombia standing in as proxy for the U.S. and the more recently-established Correa government standing in as proxy for the Chávez government, this was above all a test of the international response.

While that response was overwhelming in Latin America, with the OAS and even right-leaning governments condemning the Colombian raid as a violation of sovereignty, the U.S.'s international psyops campaign seems to have been overwhelmingly effective within its own borders. Rather than being presented as an instance of Colombian aggression, the initial raid was immediately erased from the picture in much of the international press, with the focus being diverted to what was perceived as Venezuela's bellicose response. But such a response was a strategic necessity aimed at discouraging any possible future intervention.

Furthermore, the revelations gleaned from the FARC's magic laptop, which allegedly implicate Chávez himself in funding the FARC (a charge which Colombia, not coincidentally, eventually decided not to pursue), are also drawn straight from the playbook of Plan Balboa, which was premised upon the threat posed by an alliance between the radical sectors of the "Brown" and "White" countries. The U.S. seems to be preparing to put that plan into motion with its recent legal gestures toward declaring Venezuela a supporter of terrorism, and given recent evidence of a massive influx of Colombian paramilitaries into the "Black Zone" of western Venezuela, the danger that Plan Balboa might become a reality should not be underestimated.

What would be the international response to such an incursion? Here there is little ground for optimism. After all, during the 2002 coup against Chávez, that bastion of the American left celebrated the maneuver, declaring that "Venezuelan democracy is no longer threatened by a would-be dictator." And all this before the concerted psyops campaign deployed against the Venezuelan government in recent years. Now, one democratic candidate spurns facts to declare Chávez a "dictator" while the other, eager to demonstrate his leftist credentials, deems the massively-popular Venezuelan leader a "despotic oil tyrant," and is promptly pilloried for his soft line.

George Ciccariello-Maher is a Ph.D candidate in political theory at U.C. Berkeley, who is currently writing a people's history of the Bolivarian Revolution. He can be reached at gjcm(at)berkeley.edu
When people speak to you about a preventive war, you tell them to go and fight it. After my experience, I have come to hate war. War settles nothing: Dwight David Eisenhower : 34th president of the United States, 1890-1969
 

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Cabecinhas

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« Responder #51 em: Maio 19, 2008, 01:26:48 am »
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Colômbia: Hugo Chávez paga, arma e protege FARC há dois anos - imprensa
18 de Maio de 2008, 23:42

Caracas, 18 Mai (Lusa) - Nos últimos dois anos, o governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, tem armado, pago e dado protecção à guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), garante hoje a revista Semana, de Bogotá.

A notícia é avançada com base em dados extraídos dos computadores apreendidos ao "número dois" das FARC, Raul Reyes, abatido a 01 de Março numa incursão militar colombiana contra bases da guerrilha no vizinho Equador

Na passada quinta-feira, a INTERPOL, depois de passar a pente fino os dados contidos nos computadores de Reyes, anunciou que eram fidedignos.

A revista colombiana asegura que esses dados provam o envolvimento directo do governo de Chávez com as FARC, nos últimos dois anos, em questões políticas, económicas e logísticas.

Os computadores guardavam correios electrónicos segundo os quais o presidente venezuelano ajuda a guerrilha colombiana a conseguir armas nos mercados internacionais.

A revista avança que Caracas doou, como solidariedade para coma s FARC, 300 milhões de dólares (192,5 milhões de euros).

Chávez também terá ordenado - segundo os mesmos dados - a crianção de abrigos e enfermarias próximos da fronteira colombiana.
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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André

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« Responder #52 em: Agosto 26, 2008, 11:56:35 pm »
Luso-venezuelanos esperam que nacionalizações «sejam justas»

Os empresários luso-venezuelanos reagiram, hoje, com “prudência” ante o anúncio da nacionalização das empresas de distribuição e estações de abastecimento de combustível.

Os luso-venezuelanos dizem esperar que o Estado “seja justo, reconheça os investimentos e o suor” dos empresários e que “garanta o emprego e condições de trabalho” dos empregados.

Em Caracas, mais de uma dezena de estações de abastecimento de combustível está nas mãos de portugueses (em grande parte originários da Ilha da Madeira) que, na sua maioria, evitam emitir opinião sobre a nova lei, argumentando que está em vias de aprovação e que, como possuem dupla nacionalidade, para as autoridades locais, eles são venezuelanos assim como as suas empresas.

Uma situação parecida à que acontece em localidades como San Juan de Los Moros e Cágua, onde nalguns casos as bombas foram herdadas de familiares, passando de filhos para netos.

Nos diferentes contactos efectuados pela Agência Lusa, alguns empresários, depois de algumas reticências, acederam a fazerem declarações com a condição de manterem o anonimato e de não serem revelados dados ou localização das suas estações de serviço. Alegam que “é preciso muita prudência” - uma situação semelhante à que acontece quando os empresários são interrogados sobre os sucessivos encerramentos do fisco.

“Nos últimos anos, as coisas estão a mudar muito neste país. Nós estamos habituados a ver as coisas de uma outra maneira, mantendo a qualidade do serviço prestado mas não olhando para os negócios com o mesmo carinho e emoção”, disse à Lusa um empresário luso-venezuelano do Sul de Caracas.

Contactado sobre a questão das nacionalizações das estações de abastecimento de combustíveis, o presidente da Câmara Venezuelana Portuguesa de Comércio e Indústria (Cavenpor), José Luís Ferreira, argumentou ter conhecimento de que vários portugueses se dedicam a essa actividade mas vincou não ter contacto directo com eles e que desconhecia a sua posição.

Composta na sua quase totalidade por partidos políticos que apoiam o presidente Hugo Chávez, a Assembleia Nacional votará, quarta-feira, a nova Lei Orgânica de Reordenamento do Mercado Interno de Combustíveis Líquidos, que prevê a nacionalização das estações de abastecimento de combustíveis e das empresas que os transportam, desde que tenham mais de cinco veículos.

O novo instrumento legal estabelece que “se reserva ao Estado, por razões de conveniência nacional, a actividade de intermediação para o abastecimento deste produtos, realizada entre as filias de Petróleos da Venezuela (Pdvsa) e os estabelecimentos dedicados ao seu dispêndio”.

Prevê-se também a criação de comissões de transição que se encarregarão das negociações para garantir que o serviço continue a ser prestado, dispondo as empresas intermediárias, alvo de nacionalização ou expropriação, de 60 dias para negociar com o Executivo Nacional.

Vencido o prazo, se as negociações forem infrutíferas, a PDVSA deverá iniciar “o procedimento de expropriação por causa de utilidade pública e interesse social, para aquisição dos aludidos activos”.

Segundo dados não oficiais, na Venezuela existem 1.600 estações de abastecimento de combustível e 200 empresas de transporte de combustível, que movimentam diariamente 75 milhões de litros de combustível para veículos. A nova lei abrange o transporte terrestre, aquático e de cabotagem de combustíveis líquidos.

Lusa

 

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Cabecinhas

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« Responder #53 em: Setembro 12, 2008, 10:15:34 pm »
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Venezuela: Chávez expulsa o embaixador americano em solidariedade com La Paz
12.09.2008 - 09h27 AFP
O Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou esta madrugada numa manifestação pública ter ordenado a expulsão, em 72 horas, do embaixador americano em Caracas, em solidariedade com a Bolívia, que também expulsou quarta-feira o representante americano em La Paz. Simultaneamente, Hugo Chávez ameaçou suspender o fornecimento de petróleo venezuelano para os Estados Unidos, que são o seu principal cliente, se Washington hostilizar o governo de Caracas.

“A partir deste momento, o embaixador ‘yankee’ em Caracas tem 72 horas para deixar a Venezuela, em solidariedade com a Bolívia”, declarou durante um encontro do seu partido em Puerto Cabello, a 120 quilómetros a oeste de Caracas.

“Vão para o diabo, yankees de merda”, acrescentou o Presidente Chávez.

O chefe de Estado venezuelano exprimiu a sua solidariedade com o seu homólogo boliviano, aliado e amigo, Evo Morales, que expulsou ontem o embaixador americano em La Paz, acusando-o de alimentar a divisão e o separatismo na Bolívia, confrontada com uma grave crise política interna.

Em resposta, os Estados Unidos decidiram ontem, por seu lado, expulsar o embaixador da Bolívia em Washington.

O Presidente Morales defronta os presidentes de cinco províncias (das nove do país) dirigidas por opositores, que lançaram em Agosto uma campanha de bloqueio de estradas a fim de protestar contra o poder central e obter um estatuto de maior autonomia.

Confrontos violentos eclodiram na passada segunda-feira nessas regiões chefiadas pela oposição. Os confrontos entre militantes pró-Morales e partidários da oposição terão feito pelo menos oito mortos durante o dia de ontem, no norte do país.

“Aqui há um povo digno, ‘yankees’ de merda. Vão para o Diabo cem vezes!”, repetiu Chávez, um dos homens mais odiados por Washington naquela região.

Os Estados Unidos abstiveram-se de fazer comentários. Um porta-voz do Departamento de Estado, Noel Clay, sublinhou apenas que “os Estados Unidos não foram informados através dos canais diplomáticos apropriados”.

A expulsão do embaixador americano em Caracas acontece poucas horas depois de Chávez ter denunciado uma alegada tentativa de Golpe de Estado contra si, precisando que o seu país é vítima de um “novo assalto imperialista”, em referência aos Estados Unidos.

Ameaça de corte de petróleo aos EUA

Durante a mesma reunião pública de ontem, Chávez ameaçou ainda suspender o fornecimento de petróleo venezuelano aos Estados Unidos, o seu principal cliente, se Washington ameaçar e hostilizar a Venezuela.

Em caso de agressão americana contra a Venezuela, “não haverá mais petróleo para o povo dos Estados Unidos”, advertiu.

A Venezuela é o quinto fornecedor de petróleo aos EUA, com 1,1 milhões de barris por dia durante o primeiro trimestre de 2008.

“Nós queremos ser livres, aconteça o que acontecer”, sublinhou.


http://www.publico.clix.pt/videos/?v=20080912121226&z=1

Fonte: Público Online
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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André

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« Responder #54 em: Setembro 20, 2008, 12:06:52 pm »
Quem opinar contra o governo será expulso

O ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro Moros, anunciou sexta-feira que os estrangeiros não podem entrar ao país para fazer política ou agredir as instituições nacionais, advertindo que quem opinar contra o governo será expulso.

«O estrangeiro que opine contra a nossa pátria será expulso de forma imediata», disse.

O ministro venezuelano falou aos jornalistas depois de questionado sobre a decisão do governo venezuelano de expulsar, quinta-feira, dois activistas de direitos humanos da Human Right Watch (HRW), o norte-americano Daniel Wilkinson e o chileno José Miguel Vivanco.

Esta atitude foi considerada «despropositada» por parte das autoridades chilenas que pediram explicações a Caracas.

«Ninguém deve meter-se na decisão soberana tomada pelo nosso país», exclamou Nicolás Maduro, esclarecendo que sará dada uma «resposta no momento específico» ao pedido de explicações do Chile.

Os activistas foram expulsos quinta-feira após apresentarem um relatório elaborado pela HRW, segundo o qual o desrespeito pelos Direitos Humanos piorou sob o regime do Presidente Hugo Chávez, existindo situações que colocam em risco a democracia e a liberdade de expressão.

A expulsão, segundo o MNE, aconteceu porque foram cometidas «graves ofensas» contra as instituições venezuelanas.

Lusa

 

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rafafoz

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« Responder #55 em: Setembro 22, 2008, 08:33:40 pm »
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Ação Russa na Região Irrita Lula
Media : O Estado de São Paulo
Data : 20/09/2008

Ação russa na região irrita Lula

Brasileiro advertirá Chávez de que laço com Moscou é provocação inútil


A crescente articulação militar e diplomática entre os governos da Venezuela e da Rússia, a ponto de os dois países terem agendado para novembro um grande exercício aeronaval conjunto no Caribe, irritou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O assunto foi discutido no Planalto com assessores, ficando decidido que a insatisfação brasileira será transmitida ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, quinta-feira, em Nova York, na cúpula dos países da Unasul (União das Nações Sul-Americanas).

Na avaliação do governo brasileiro, a Venezuela está “importando desnecessariamente para a América do Sul” uma disputa diplomática entre EUA e Rússia a reboque do xadrez geopolítico que levou forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) à Geórgia, à porta da fronteira russa. Virão, até mesmo, os bombardeiros supersônicos TU-160, que têm capacidade de carregar armas convencionais e nucleares.

“Não achamos isso positivo e o presidente Lula só não falou ainda com Chávez porque não teve oportunidade. Mas vai falar”, disse ao Estado um ministro. Apesar de ter expulsado o embaixador do EUA, Chávez confirmou sua presença em Nova York para cumprir uma agenda que começa com a abertura da 63ª Assembléia-Geral das Nações Unidas (ONU), terça-feira. Na avaliação de diplomatas e assessores do Planalto a aliança Venezuela-Rússia, bem no rastro dos conflitos na Geórgia, deixou claro que se tratou de um jogo de resposta aos EUA, com Chávez fazendo o papel de “intermediário” da provocação. “Já temos os nossos problemas e as nossas questões, não precisamos de mais nenhum ingrediente para acrescentar tensão à região”, observou o mesmo ministro.

Também incomodou o Brasil o fato de Chávez declarar-se “aliado estratégico” da Rússia. Outra preocupação: os russos também vão pôr um pé na Bolívia, o que já é do conhecimento do Itamaraty. Como o governo Evo Morales expulsou o embaixador dos EUA, La Paz vai perder, em dezembro, a preferência tarifária para exportações direcionadas ao mercado americano, assim como terá cortada a ajuda para o combate ao narcotráfico. A opção de Evo foi autorizar a ajuda do governo russo no combate ao narcotráfico, tarefa na qual Moscou tem pouca experiência.

A aproximação de Chávez, ressuscita uma influência russa sobre espaços latino-americanos, que existia a partir da revolução cubana (1959), mas que foi se esvaindo com o fim da União Soviética. A Venezuela viu na parceria, entre outras coisas, uma forma de responder à iniciativa dos EUA de reativar a 4ª Frota americana, com base no Mar do Caribe, que faz a vigilância do Atlântico Sul.

Para o exercício militar conjunto, em novembro, a Rússia promete enviar cerca de mil militares e quatro navios, entre eles o cruzador russo nuclear Pedro, O Grande, um dos maiores do mundo, com capacidade para lançar até 500 mísseis.

Diante da reclamação de Lula, Chávez tende a lembrar que 9 mil militares brasileiros, argentinos e dos EUA fizeram, em abril passado, na costa do Rio de Janeiro a Operação Unitas.

A operação, que é realizada há 49 anos, trouxe para o Brasil o maior porta-aviões da frota dos EUA, o George Washington - 333 metros de comprimento, 257 metros de largura e 74 metros de altura.

 
Nosso Comentário :

O presidente Chávez continua levando a Venezuela a um jogo perigoso entre EUA e Rússia, em sua renovada Guerra Fria. Ele parece querer reviver os terríveis anos 60 na América do Sul, incendiando-a. E cutucar onça com vara curta nunca tende a acabar bem.

O problema é que o Brasil é um vizinho e tem sua Amazônia Verde para zelar. Mais uma vez : sem uma Defesa forte já, agora, não haverá salvação. Olhos abertos.


http://defesabr.com/blog/index.php/20/0 ... rita-lula/
 

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André

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« Responder #56 em: Janeiro 09, 2009, 06:37:28 pm »
Chavez considera que deve permanecer pelo menos 10 anos como presidente

O presidente da Venezuela, Hugo Chavez, considerou quarta-feira que «deve» permanecer «pelo menos» dez anos no poder e indicou que se considera como «candidato potencial» às presidenciais de 2012, fim teórico do seu mandato.

«Pondo em perspectiva os 10 últimos anos e colocando em perspectiva o futuro, digo sem complexo nenhum: creio que devo permanecer ainda pelo menos 10 anos à frente do governo venezuelano» , declarou Chavez, num discurso proferido na televisão destinado a promover a alteração constitucional que deve autorizar um número ilimitado de mandatos presidenciais.

«Não posso dizer que sou candidato para 2012, mas, posso dizer que, se a alteração for aprovada, considero-me como candidato potencial à presidência para 2012, porque sinto que não é realmente o momento de me retirar» , acrescentou.

O Parlamento, dominado pela maioria de Chavez, começou em meados de Dezembro a debater esta proposta de alteração à Constituição de 1999, destinada a permitir ao presidente candidatar-se a um número indefinido de mandatos para prosseguir a sua «revolução bolivariana».

A Constituição actual proíbe o chefe do Estado de se candidatar a um terceiro mandato e, por conseguinte, Chavez, reeleito em 2006, deveria abandonar o poder em 2012 se a Constituição não fosse alterada.

Sob proposta do chefe do Estado, os deputados devem estender a proposta de alteração a todos os mandatos de eleitos, ou seja governadores, presidentes de câmaras municipais, deputados e conselheiros.

A abolição da limitação do número de mandatos presidenciais era um dos principais pontos de uma proposta de reforma constitucional apresentada por Chavez em 2007 e rejeitada por referendo.

Lusa

 

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André

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« Responder #57 em: Janeiro 16, 2009, 12:48:28 pm »
Washington quer melhorar as relações com Caracas

O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, está interessado em melhorar as relações bilaterais com o governo do presidente Hugo Chavez, revelou quinta-feira o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Caracas, John Caufield.

A posição do novo presidente dos Estados Unidos foi comunicada aos jornalistas através de um comunicado emitido após um encontro, em Caracas, entre o diplomata norte-americano e o ministro de Relações Exteriores da Venezuela, que se revelou uma "oportunidade para manter uma conversa franca e cordial sobre as relações bilaterais".

O comunicado precisa que John Caufield reiterou "a esperança de existir mais diálogo e uma maior cooperação entre os dois países com a investidura de um novo presidente dos Estados Unidos".

Caufield manifestou ainda o desejo de que a reunião "seja o início de uma maior comunicação entre ambos os governos com o fim de evitar mal-entendidos ou fricções desnecessárias entre os dois países".

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ameaçou recentemente expulsar o diplomata norte-americano caso se comprovasse a sua participação numa reunião de oposicionistas ao seu regime, realizada num hotel de Porto Rico.

O diplomata confirmou que esteve em Porto Rico, mas explicou que foi "assistir a um casamento de uns amigos", garantindo que notificou o Ministério de Relações Exteriores da Venezuela e que foi recebido no Aeroporto de Caracas por funcionários do governo venezuelano.

"Quando as relações (bilaterais) são tensas, há tendência para imaginar a pior hipótese em qualquer evento", disse o diplomata, que desde Setembro de 2008, está à frente da Embaixada dos EUA em Caracas.

A Venezuela expulsou o embaixador, Patrick Duddy, em solidariedade com uma decisão similar tomada pelo presidente da Bolívia, Evo Morales.

Desde a chegada de Hugo Chávez ao poder, em finais de 1998, que as relações entre a Venezuela e os Estados Unidos têm passado por altos e baixos, caracterizando-se essencialmente por tensões.

Lusa

 

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André

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« Responder #58 em: Janeiro 22, 2009, 10:34:16 pm »
Hugo Chávez deixará poder em 2013 se «Não» vencer

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou hoje que deixará o poder em 2013 se a maioria dos venezuelanos votar contra a aprovação de uma emenda constitucional para permitir a reeleição presidencial ilimitada no referendo marcado para 15 de Fevereiro.
“Este soldado revolucionário fará o que o povo mande. Se a maioria disser não, então eu me irei noutro Fevereiro, no de 2013”, disse.

O anúncio foi feito na primeira coluna de opinião escrita pelo primeiro mandatário venezuelano, “As linhas de Chávez” publicada hoje, pela primeira vez, no jornal Últimas Notícias (o de maior tiragem no país) e noutros 28 jornais regionais da Venezuela e que terá continuidade às terças, quintas-feiras e domingos, na imprensa venezuelana.

“Em contrapartida, se a maioria de vocês, venezuelanos, apoiar a emenda com o sim, então será possível que eu continue à frente do timão depois de 2013”, sublinha.

Hugo Chávez começa a coluna explicando que “as linhas mais fortes que na minha de pelotero (jogador de baseball) dei, foram sempre para o lado direito. Agora sobre o terreno do jogo da política e revolução, estas linhas que hoje começam, vão para todos os lados com a mesma força. Só que agora vão com a força das ideias, da convicção, da paixão pátria”.

“Sou em essência um soldado. E como tal fui forjado na escola do compromisso e da obediência ao legítimo poder que orienta o esforço colectivo, na busca dos objectivos tácticos e os fins estratégicos. As circunstâncias e condições que foram moldando a minha vida converteram-me, bem cedo, num soldado revolucionário. Daí que, deste então, foi assumindo como legítimo e superior o poder soberano do povo venezuelano, ao qual agora estou absolutamente subordinado e estarei até ao fim dos meus dias”, prossegue.

Chávez explica que no início de 2009 “recrudesce a batalha política” entre uns que querem a “independência nacional” e outros “converter de novo a Venezuela numa colónia, num país sub-imperial, numa sub-república”.

“Não há mais caminho para conseguir a independência venezuelana que a Revolução Nacional. Não há mais caminho para a grandeza Pátria que este, já começado, o do socialismo, o nosso socialismo bolivariano, a Democracia Socialista”, sublinha Hugo Chávez que escreve as palavras Independência, Revolução Nacional e Democracia Socialista com a letra inicial em maiúscula.

“O outro caminho, pelo que nos querem levar os colonialistas pitiyanquis (pequenos amigos dos americanos), condenaria o nosso país a uma deficiência, à pequenez e à tumba histórica; o caminho do capitalismo e a sua expressão política, a democracia burguesa (em minúsculas)”.
Depois de fortes críticas contra os oposicionistas de quem diz “são a negação, são a não-pátria”, Chávez refere-se ao significado do mês de Fevereiro para os venezuelanos.

“Fevereiro, outra vez Fevereiro. Sinto desde há anos, que a minha vida está poderosamente ligada a este mês (...) 27 de Fevereiro (1989, o Caracazo, explosão social contra medidas económicas), 4 de Fevereiro (1992, intentona de golpe de Estado contra Carlos Andrés Pérez, liderada por Hugo Chávez), 2 de Fevereiro (1999, tomada de posse) e agora 15 de Fevereiro (referendo sobre reeleição ilimitada)”.

“Vinte anos depois do “Caracazo” que me engendrou, 17 anos depois da Rebelião Militar Bolivariana que me pariu e 10 anos depois da toma de posse que me trouxe aqui ponho de novo a minha vida e todo o meu futuro nas mãos do povo e a sua soberana decisão”,explica.

O presidente da Venezuela termina a sua coluna explicando que “o essencial é que, se ganhar o não, se imporá a colónia, a contra-pátria” e que “se ganhar o sim se imporá a Pátria, a Independência”.

“Os que querem pátria, venham comigo. Os que vierem comigo terão pátria!”, conclui.

A direcção do Últimas Notícias explica, numa nota, que também a oposição terá voz no jornal, publicado uma coluna às segundas-feiras, o partido Um Novo Tempo, às quarta-feiras os partidos Acção Democrática e Copei e às sextas-feiras o partido Primeiro Justiça e os integrantes do Comando Angostura (grupo que coordena a campanha pelo não à reeleição presidencial ilimitada).

Lusa

 

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André

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« Responder #59 em: Fevereiro 01, 2009, 05:10:16 pm »
Hugo Chávez quer governar até 2049

Hugo Chávez revelou que pretende governar até 2049, quando completa 50 anos na presidência, e que alongará os mandatos presidenciais de 6 para 10 anos, se ganhar o referendo de 15 de Fevereiro sobre a reeleição presidencial.

"Hoje a situação mudou e mudou bastante. Que nos falta fazer? Sim. Falta-nos fazer muito. Agora começa o terceiro período 2009-2019 e depois 2019 - 2029, 2029-2039, 2039-2049", disse o presidente venezuelano, que hoje completa 10 anos desde que assumiu oficialmente a presidência da República.

Hugo Chávez falava, sábado, durante um acto com dirigentes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), transmitido pela estatal Venezuelana de Televisão (VTV), destinado a rever a estrutura política do partido.

A revelação das suas intenções tem lugar numa altura em que a Venezuela se prepara um polémico referendo para emendar a Constituição, para permitir a reeleição ilimitada do presidente e de todos os cargos de eleição popular.

As sondagens apontam valores superiores a 51% a favor da emenda e 47% contra, dados que indicam, segundo os analistas, um "empate técnico".

As palavras do presidente Hugo Chávez revelam ainda a intenção de modificar o mandato presidencial de 6 para 10 anos e motivaram reacções de diversos sectores da sociedade venezuelana.

Alguns alegam que a pergunta do referendo representa uma "carta branca" ao presidente e ao parlamento, e não explica como ficarão redigidos os novos artigos.

Os simpatizantes do presidente venezuelano argumentam que para que a "revolução bolivariana" avance é preciso que Hugo Chávez continue a gerir os destinos do país.

A 16 de Janeiro último, o parlamento venezuelano oficializou, junto do Conselho Nacional Eleitoral, o pedido de realização de um referendo para mudar cinco artigos da Constituição e permitir a reeleição ilimitada do presidente e de todos os cargos de eleição popular.

O referendo foi marcado para 15 de Fevereiro, altura em que os venezuelanos deverão responder a apenas uma pergunta: "Aprova a emenda dos artigos 160, 162, 164, 194 e 230, da Constituição da República, votada pela Assembleia Nacional, que amplia os direitos políticos do povo com o fim de permitir que qualquer cidadão ou cidadã em exercício de um cargo de eleição popular possa estar sujeito a apresentar-se como candidato ou candidata para o mesmo cargo pelo tempo estabelecido constitucionalmente, dependendo a sua possível eleição exclusivamente do voto popular?".

Em caso de concretizar as suas ambições, Hugo Chávez deixaria o poder com 95 anos, superando, provavelmente, o recorde de permanência estabelecido pelo ex-presidente de Cuba, Fidel Castro.

Em Dezembro de 2007, os venezuelanos reprovaram uma proposta de reforma de 69 artigos da Constituição nacional, promovida pelo próprio presidente Hugo Chávez, que estabelecia a possibilidade de reeleição presidencial indefinida.

Os constitucionalistas dizem que, segundo a própria Constituição, o mesmo assunto não pode ser referendado mais que uma vez durante um mandato constitucional.

Lusa